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  • 8/3/2019 Winnicott livro

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    IDBJETOS TRANSICIONAIS E FENCMENOSTRANSICIONAIS

    N este capftulo.T orneco a hip6tese orig inal, tal com o for--nulada em 1951,. e , depois, acompanho-a c om d o is ex empl osclfnicos,

    HIP6TESE ORIGIHALIE . sabido que os bebes, assim que nascem,lendem a usar

    o punho, os dedos e os polegares em estimula9iio da zonaere-gena ora l, para salisfa"ao dos instlntos dessa zona, e ta mb emem t ranqu il a unHio . ig ua lm en te s ab id o q ue ,a p6 s a lg un s m es es ,bebe.s de ambos essexos passam a gostar de brincar cern bo-necas e que a maiorla das m aes perm ite .3 seu s be be s a lgu mobjeto especia l, esperando que eles se tornem , par assim dizer,apegados a tais objetos.

    Exisie um relaclonamento entre e sse s dols conjuntos defenomenos que sa o separados por urn in tervale de tem po, e umestudo do desenvolvimento do primeiro para 0 ultimo pode serlucrative e utilizar im portan te m aterial c lin ico que te rn s id otanto negligenciado.

    A PRIMEIRA POSSEssioAqueles 80S quais acontece estar em contacto fntim o com

    os inreresses e p ro blem as d as m ae s ja se terao dado conta dospadroes bastante abundantes, normalmente apresentados porb eb es em sell uso da prim eira possessao que seja 'flao-eu', Esses

    1 Publicado no ln te rna ti ona l I ournal o f P,),C'fro-A..II.aiy:;is, Vol. 34,Parle 2 (1953), e em D.W. WiflnicolI, Collecred Papers: ThroughPaediatrics /0 P:ryc"o.Allal)'sj~ (19S8a),. Londres, Tevlstock Publications.13

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    pndroes, umu \'I:Z apresentadns, podern ser submerldoi a obser-va~il(:) dlrem,Pode-se cneomrnr ampla vnria!;ao nurna .e tj uE nc ia d e even-los que cerncea com as prim ciras aHvidades d, punho nB. bocado bebe reccm -n uscido e que acaba por conduzir II uma Iigafj:ao:I u rn u Tii nl1 o, u mn boueea ou brlnqucdo maeio, ou a urn brin-quedo duro.. elaro que olga mais c im po rta nte a qu l, slem dB e x ci ta -~o e da ali. r3~UI'I orai s, embora esias po om r D. bose- detodo 0 r sto. Muiln outr coisa Important podern er e tu-dad lai com :

    I. A natureza do objeto.2. A capncidade do bl!b- de rcccnnecer 0 objeto como'nao-cu',3. A loealiz"'lfiiQde objclo ~ lora, dentro, na fronteira.4. A enpaeidade do bebe de crinr, irnaglnar, inventer, ori-glnar , produzir urn objeto.S. ini tio de urn tlpo afetuoso de n:lll~jjo de objeto,Inlroduzi 0 termos 'objetos transitional' e fename-nostransicion ei p ara de- ig nar iJ u re a i nt erm ed it ir ia d e- e -~ e rl en c. ia .entre 0 p ole -g ar e 0 u r io lla , e ntre 0 erotism o ornl e a erdadeirarla~iio de objet . nrre a advidade eriadva prlmaria e a pro-j~ao do que j' (oj introjerado, entre D desconheeimento prima-rio de dividn e 0 reeonhecimente desla (Diga: "bigado" ').Por essa de-finilWiio.Q balbuclc de urn bebe e 0 modo comouma erian~i1 m ai vethn entoR urn repe;rt6riQ de cnnc;6es e me-[ od ia s e n qu an to s e p re -p ar a para dormir, incidem n&area inter-mediilria enquanlo fentilmenos transleienais, ju ntam en le com 0usc que : dado a objclo que nao fllzem parte do cerpo do

    be-be, embora (linda noo ejam ple-namente reconhccido comopertencem So a realid de externa.illodeqlf(J(,iio d m",c;ado Co 11II1Iejro do N",,,re1.Q HumanlJ

    g eralm cn te re c n he id o qu e u m e nu nclad o cin n aru re aahumanaem t rmo l i e : rela icnarnemes interpe oai nuo e su-ficientemcnte born. me mo q ua nd o 'silo ICVlldos em conta '8 ela-borar;i ' io irM.ginolilo'fI de fum;30 e [ ) l O ln li dl lc lc da f an ta si a, t an to14

    ron cieRtc quanro inconsciente. [nelusive 0 inconscieme repri-micJo. Exi te eutra maneira de deserever "es 08 orlunda depesquisas [caUzados nas duas ultim a!i deeada . De todo indiv l-duo "Iue c'hegou 0. 0 e'Sludio de ser uma unidade, com uma mem-brana lirnita:do[~ e urn exterior e urninterior , pode-se dlaer queexrste u ma reahdade ;ntemQ para e sse in di'lJ 'd uo , u rn mundoin terno que pede ser rico OU pobre. esrar em pazou em guerra .Is so a ju da .. r na e suiciente?

    Minha reivindica~ao e a de que. e exi te nece idade desscenun?iado duple, hii tambem a de um tripto: a terceira pmcda Vida. de urn er humane, parte que nao podemos ignorar,COns:tiIUI uma :ir,e:!.interntedilirill de uperilllt'nta~ii(}, para a qualcontribuem lanto 8.realidade interna quanto :I. vida externa. 1'r8-sa-se de uma area Que nao ~ dispuiada, porque nenhuma reiv in-dica~iio e le ila em seu nome, exe~ n qu e ela e xj to co mo lu garde repeuso paron 0 indMduo empenhado nn pcrpiHua tarefahumana de man ter as realidades inrerna e extema separarms d 'nm n que lnter-relactcnadas,

    : co tume Iazer refe-rentia no 'te ste da renlidade ' e e te tuaruma dis tin~iio clara entre apercepc;iio e perce~50. Reivindiceaqui urn estado intermediario entre a inabilidade de urn hebee ua ere cente habilidade em reconhecer e acehar :I realidade,Estou ".p '0 rt an ro . e tudando II subslancio de UIII'iio. uquilo lluee permitido no bebe e que, nil vida adults, e incrente a arte c : : .rc lig :ii to. mas que e lorna marca dis11ntivs de loucura quendnum adulto eiCig~demai da credulidude do outrcs .Iorcendo-nsIl compartilharern de uma i lusi Io !.j lle n 'u o IE propriu deles, Po-demos compart lihar do respeito pela e,rpuiellcia illIsuria. e. sequisermos, reunir e formar um gmpo com ba e n il imilarldadede nossas experii!ncias ilu oris. E a e uma roiz natural doagrupamemo entre 0 seres human es.

    Espero que e emenda que na o me refire exatamente 00ur inho da erianca pequena au ao primeim U0 que 0 bebe dtla seu punh~ (~oJegar. dedo ). Naoestou esuidando e pec ifl ca-mente 0 pnmerro cbie to das rela r;oe de obje to. Estou inte res-ad o no p ri me lr a , po ss e 1i0 e na area i nr er me dia ri e e nt re 0 ub -jClivo e aquJlo que ~ objct ivamente pereebide,

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    D esen vo tvin um to tie '1111 PruJ r ao Pe ss aalE xl ste m m uh us referenda!> n a J it er at ur a pSicaD:l.lilicoaoprogres.so da 'mao na boca' para 11 "mao no g en it al ', r na lalvezexi!;tom menos IIC progresso p os te ri or p ar a 0 mllnl. lseio d e n bje -

    lOS erdade lramerne 'nao-eu'. Mals cede ou mais ta rde, no de-senvolvlm ento de um bebe, surge per parte dele um a tendenclaa entremear objetos 'difcnnlcs--dc-mim' no pad ro o pessoal, Aleeer to p nro, esses objetos rcpresentam 0 seio , mas nao C espe-cialmcnte esse ponto que estll em debate,No CD de cello bebi ts . 0 polegnr IE co to cad o n n b oca ,enquamo e fnz com 4ue os dedos acariciem 0 r -to por mo-vimentos de pron~ao e SUpinB!;BO do ant braco, A ca acha-se enUio ali a Ill' relm,;ao ao polegar, mil n 0 cQl reID~5.oaosd ed os , O s d ed of> q ue a c r ie in m 0 labio superior Oil algoma par-le ,podern se r ou temar-se mais, importantes do que 0 polegarque ocupa a boca. Alem disse, essa ai lvldad acarieiante pedese r encontrada sozinbn, COl a unliie mal d i re ta p o le g a r- b o ca ,Na expcriencill n orm al, um a das scgu im es p ossib ilidadesacontece, complicando uma exper iencia aeto-ercr iea como a desugar e p ol g ar;

    (1) com a ouira mao , 0 bebe le a um objetO externo(uma parte do l enC;ol ou do cobenor, digarncs) itb n, juntamente com o. dedo ouIii) de uma maneira au outra, pedaeo de teeido I~ se-

    gurado e ehupado, ou nfio eoncrerameure ehupado:os objclos naturalmente usados lncluem bacudoresC (poster iermcnie) lences, dependendo do gue estejllprenta e e gu ra me nt e disponlvel, au

    (iii) (l ebe eomeca, desde es primeiro me es, a col herIii. a reuni-la c a . u si i- In p ar a II parte aeaneiante dalui idade; m enos com umente, 0 Ii i i! e ng ol id a, a in daque eausando problemas , ou( iv) rno irnento bucais acompanhado por eons de 'm um-

    mum', bnlbuc tos, ruldos annis, as prlmeira notas mu-s ic ula , e assim po r diante.Pode- e xup r ( IUt p ensar, ou fanlasillr, s e v ln cu le B essas

    e xp e ri C ne l( l f un ci Q ni li s.16

    Tudo i..II~.o u e ha rn an do d e /i!llOmellOS transicionais. D ctudn is SI), larnbem (se e 5lU da rm os q ua lq ue r bebe), p od e s urg iralg um a c ois ll o u alg um fe no me no - talvez um a bola de I ii npurna de urn cob rter uu cdredao, uma palavra ou uma meio-1 .1111 . ,(1lLurn maneiri mo - que, para 0 b e b e , S f lorna vhalmente.mpor,anll! pa ra s eu u se n o memento de lr dormir censtituindnuma defe.a contra a an . iedade, espeeialm ente [) ansiedade del ipo depress i o , Talvez urn objeto macio, ou outre rlpo de obje-lu, ienha . iu o encorurado e usade pelo bebe, Iernandc-se entaonquHo que C'llOU chamando de objelo transicional, E e objelocontinua s e ndo impon a n te . 0 pai vem a saber de eu valore le am-n co n i go q ua nd o iajom. A ma e perm ite que flqueIIUJO c ate me mo mal-cheiro 0, sabendo que, e lava-Io Intro-u U'lin i u mo ru pu ira d e e on tin uid ad e no e lt pe ri en ci a d o bebe,ruptura qu e pede destruir 0 significado e 0 valor do objeto paraele,

    Sugiro que 0 p.udrao do fcndmenos tran ioionais eomecu,I surglr par vo ila do s quarro e seis aos oito e doze me es d eidade. lntencicnalmeme, delxei campo pars ampla. variaeoes,Os padroc estabelecidu na renra in(~ncia podem persi -ilr na infflncia propriumente dira, de modo que 0 objeto macioorigiaal continua a ser ab olutamenre neee sario na hera deoorp1ir, em m m enlo de o.lidi iQ, ou Quando um humor de-presslvo ameaca manile ta r-se . a sai lde, contudo , doi -sc um aI .Implin~fillgradual d o ambi lo de intere es e, p ar rim . e e iimbi-

    10 ampliado c tnantido, mesrno quando a ansiednde depressiveseaproxim a., A necessidade de um objeto e&pecJfico QU de umpadrdo de eomportam ento que comeeou em data muiLo prim i-tjva pede reapareeer numa idade po terier, quando a priv8t;;iloameaca.Es. a primeira pos es a o ~ usada em conjunc;iio com tecni-ca. espccjni . d ri ada do inHlnclo multo primilivs. quaispodern induir as Iuividacle' au to -e ro tica m ai dir tn u e l l' i l i rioladamente del " radativamente, nn ida do b eb e, ur 'in ho .

    bOrlCC85 e brinquedos duros sao adquirido , O s meninos, lltecerto ponto, tendem it pa 'sr a usar objclo duro. ao p soque ~ rnenlna ,.: inelinam II pmgredir em rguida para II aqui-. i qao de urnu familia, impertame netar, l!'.::~ludD,que "fin" U rlifl/rI!nl'ii dig/III dc' nota entr men/ntl (! Itllmlna em sell IIS()11

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    da posse.~i1o uriginal '/lOO-CI/', que esiou chumandc de objetotransicional.A m ed id a q ue 0 bebe comeca a ussr son organizados('mum', '13', 'da'); pede surglr urna 'palavra' para designar oobjero transicional. 0 nome dado pelo bebe a esses prirnelroiebjetos d r re q il e nl emen lc s ig n iE i ca l iv o e em geral apresenta um npalavr a ernpregada pelos adultos, parcialmenre lneorporada IIe le . Por exemplo , 'be pede er 0 nome e 0 'b' pede provl r docrnprego que os adu l tos Iazem da pa lavra 'beM' (bab)') ou'urso' b or .Devo menclonar que, A . ' \ i v eze s, nio h ii o bje lO uansicional,It . e"c~ao da propria mae, QU, em ao, um bebe pode ser taoperturbado em seu desenvolvimcl'110 ernocional, que oe iadede. Iran i"ao nao pede ser fruldo, OU, alnda, a seqUencia desobjeto u do e rompida. A c qile nc ia , nau obstante, podemanter-se a s ocultas,Rt~'wllo rim Qttalidaties Especiais "a Reillfiio

    I. 0 bebe assu me d ireitn sab re 0 obJelo e concordamoscom esse uum ir. iio ob ta me , u rn s c erta n b-r og se riio da oni-pOlencia desde 0 inicio censti tul um a da s caraeterfsueas.

    2 , 0 o bjc lO .~ afetu osarn en te ncariciado, bern como excl-ta da rn erue am ad oc m utilad o,3 . E le nunca deve mudar, a m eno que se ja mudado pelo

    beb2.4. D eve obrevivcr ao amar in tintual, ao odiar ram bem er l agrc siv idadepura. e esta rcr urna caraeterlstice.5. Conrudo, deve parecer ao bebe que Ihe d a calor. ouque se move, ou que po ui textura, ou que taz a lgo que pa.re~amo trar que rern \~ la lld ad e e u r ea lid ad e p ro pr ia s,6, le e oriundo d o ex terior, seg un do nosso ponto de

    .....s tn , mas na o 0 c , egundo a ponte de v ista do bebe . Tampou-co provem de demro: n iio ~ . u ma a'ucina~ao,7. Seu c .I tine c pennitir que. cja g radativ amente desea-tex iU ldo . d e m ane ira q ue , com ccurse dos aneS,se lome na otanto esqueeido, ma retegado ao limbo. Com is quero dizerque, na autle, 0 objeto tran iclonal nlio 'vai para dentro ': tam-poueo 0 sentirnento a eu respello necessarium ente sofre repre -

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    ~ r H . Nau e csquech.lo e fino c prurneado, Perde 0 sisnificallo eI . ,C d.eve 3 0 Isro de que (), fcnomenos lransicionllis se t r-~aram di fu s, .e espal~ a r~nl POflooo 0 t cr ri lo ri o i nt er rn e dh i-no entre a ~ealldadcp iqurca interna' e '0 mundc cxterno, ta lcomo perccbido por duns pessoa" em ccrnum', i!tlo 6, per todoo campo cultural., .~cssc porno, meu lema se a mp llll p ara 0 do brincar doc na lr vl da tl e e u pr cc ia r; ii o n ni sl ic as do semimento 1 " ' . ,so h I b' .1 r .. . , .. re IgIOSO. ull~ nnar, e am em uo ~t ll:hl.mo, do mentir c do furlar, a orl-

    gC~l C_.:l pel'~3r ~o :!ICnllmcnlo ufetLiOSO, 0 vieio em droga 0lull 'ma do ruua. ob-cssivOJ."ere.Re/llru" do Objeto Trensiciono! ('(JIll n Imholi.I'IIW, Y~rdll.l.I~ qu e I I pontu do cobertor f ou 0 que quer queC Ia) e . 1~b6lJcu de algum objcio purciul, tal como 0 seio. N( 1enta.nlo, 0 rmportanrc n50 IS lun lo seu valor s irnbdl lco, mas SUIl

    real id . d :. ? rata L Ie elc nan scr 0 ficio (ou iJ miie) , cmborar en l~ c Ina u np crta nr e q uu ntu 11 f .H o d e r ep re se nt ar 0 seio (nua mae).Qu?n~ ~ ~ im bolisn1{l ~ cmprcgado, n b be ja C 'fa clara-mcn~edlslrngumu" entre fDnta~i(le Into, entre objc tos in te rnesC objero c'. t e rno s, e~ l. rc crimivitJuuc rrim~iritl c pcn:cpr;50. Maso t er mo ObJCLO InUlS! ronal. s eg un do l lI in hu s ug c~ li io , 1. 1 r e c am -r a . n o p ro ce s:- o d e tn rn nr -s e capol tic nccilur d llcrcnea c . i mi-l ar uJ .a u e. ~ r 10 (jUL' h.j usn para um tcrmo que desig l1c u rU lzd o ~ Im bo l'~ nl(l n o te mp o, 1II11Icrlllll lluC descrcvn a [ornada U O

    b be ~esuc o p~rilmt:nlC ~lI.bjeli (1 m~

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    sendo essencialrnente, lie rata. realmenie 0 pr6prio corpo, Emambos as caIDS, porem, trma-se de urn slmbolo,DBSC:RI~AO cLiNIC'" 0 UM OBJETO TR . ...NSIClONAl

    Para qua lquer pes on que estej a em contac to co m pais emho. exlste uma quantidade e uma vnried ade inH nitas ~ e m a-t er ia l c li nl co ilustrativo .. As i lusrracdes que sc segucm sao fo r-ne eidas im ple sm ente pa ra ree orda r nes I eitores m ate ria ls se me -I ha nte s e m su as p ro pr ia s l :~ p er ie n ci B .Dois IrmJos; Contraste 1 1 1 1 UM Prlmltivo l i a s Possessoes

    De/or'l!lofiio 110 I ISO do obje lO IrallsiciOJUlJ. X, hoje urnhomem sadie, teve de abrir n Iorca seu caminho para 0I1lllluridadc. A mile 'aprendera a ser mac' em seu Hatade X quando c. re era Ibebe. e COil s eg ul ra e i~nr comele~certos equlvccos com as ourras cnancas de ido 90 qut:aprendera com cle. Exi tiam lombem motives externopnra exp licar por que cia estava ansiesa I 1D epocD lie se uirate bastam e olitario de X , quando esie nil cera, evaruua lal ',ch de ma l! m u ll o a serio e 0 aJil'llc.I1la'rnao cia du-rente sere R iese. chava que, no caso dele, isso foro de-mais e X tluha ido multo dilieH de desmamar, uncachupafn 0po legar au as ded t, quand~ desman:' .ra ..'ele flap te e nada para 0 que se vettar', N unca uveram am adeira , chupetas au qualquer outra rorms de sHn lCR:rB~iio, Th'ers lima ligariio multo lone e precocc aela pro-flr1a. c om e p es so a, e ern de UB pe '08 re al que ele ne ce s-sitova.

    A partir do 12 me es, X a u lou um co lho que aca-riciava. e sua estirna aleuro a pelo coetho ucabou POtl ie I fn n ' ferir para c oe lh o s r e ni s, Esse c oe lh c e sp ec if ic o d u-TOU n le X eonta r c inco ousei s enos de kinde. P oderia serde crho com urn eonionador, I Ti nS nunca possotra aver-u de ira q unlld ade d e urn ob je t min icion I. NuneD rora,como urn ver d uetr e Qbjeto ua n icional (erin . ida, maisimponame do que a mae, um a parte quuse in epllN Ivel dobebe, N o c aso e pe c1fico de s. e rne nlno, O!i lipo!> lie 11n le -

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    d de, que chegaram eo auge devido 30 de m arne nos sereme produz;ram p teriormente a 11'8, que s O aos pou-cos ele .uperou, Foi-lhe lm pcna nte ier eneomrado empre-go b r an te I on ge da cidade natal. S ua ligar;io a miieBinda Ii mulm fone, cm bora ele calba na def in i",ao "mplad term normal ou sadlo. Esse'homem nfio se casou.Uso , Ipico do objeu) transicional, 0 lrmeo mai moco deX. Y, de envolveu-se de rnanelra ba tame dlrata em hoj lres mhos saudDvei~, Foi allmentado ao selo d ura nte q ua -t ro me ese, depois, desmamado scm di ficuldude, Y chu-pou () po legar na s prirn eira s se ma nas e i. so, m ais um a vez,'lorn U 0 desmame ma l facil para ele d o que para 0 I rmaom ais. velho', P oueo dcpoi. do de marne, com cinco a 1> ismeses, adotou n ponta de u rn c ob en or , onde a C O lu r atermina, F1C8V8 eontente com que urn pedacinho de 1;1s ob fe ss ai s e 110 c an to , c or n 0 qual fozia eocega no nuriz,o cobencr muj(o eedo ternou-se 0 eu 'Baa' : e le mesrnoinventou esse pala ra para 0 ccbertor (blanket), a .imqu e pooe u sa r s on s org an iz ad o . A p artir d o ep oca em qu econtava urn ana de idade, pOde sub titu ir a ponta do co-bertor por um made j~ rse i verde , co m urn 1at; '0 vermelho .Niio 5C Irala\'O de urn 'cenfortador', como no co 0 do de-p re s sl vo i rm i io mais velho, ma s de um ' ac a l' m ad o r" . C o ns -l i l u ia u rn edativo q u e em pre lun cio nav a. T rata-se de u rnexemplo tfpico do que csrou chamando de objew transi-ional. Quando Y era bem menino, era empre certo que,se IIlguem lhc desse sen 'Baa', ele imedlatamerue 0 chu-p a ., ,! ! e p e rd ln 3 ansiedade, e, de fato, eala no SOr lO empoue '1 m in uto , se a h ora d e d orm ir se ap ro sim av a. S ug aro polegar continuou a o mesmo 'tempo, durando ale elcter I r e s Ou quatro anos de idade. e ele 5 C I cm br a d es sel lugar e d um pomo duro num do polegares, que rcsul-LOu di (I. Ho]e, rna tra-: e interessado (como ur n pai) nosugar 0 polegar peles filhos e no usa que estes Iazem de'133a

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    Polegar ObJefo Transicional

    x Coelho(confortadorjMenina + '8aa' Jersei

    (acalmador)Menina 0 C h U P C I O Burro (amigo)

    Menjuo a M aeyca.meos Mellino a Ec' Ee (preretor)FI- M enina [) 'Baa" Cobenor(tl'anqUilizador)

    Manina + Polegu PQlegar(S3lisfar;ilo)thosMenino + 'Mimis: Ob.!elOs(dassHic.aclio) Ide Y

    Tipo decrian{a'Fixadona maeLivreMaturidade(orliiaPsicopatatatenreDesenvol-vendo-sebernDesenvol-vendo-sebemDesenvol-vende-sebe m

    Vnlor da ..11oln("iio da HisloriaNa tQnslJllacom urn genitor, rreqUentemente e valiosoo bt er i n, fo rm oCO cs so br e a s p rime ir as tecnicase passess6es detedas us. crianc;:asda familia. Isso faz B ma e inicisr uma com-p ar :a c; ao d os f il ho s u ns c om 0 ou tr o s, e p e rm i te -I h e recardareeornparar as caracrensueas deles em renra ldade,

    A Confriblliriio (}{j Cria1lraCom freqtie,ncia, pode- se obte r de uma criulH,j1lnromm-

    ( , : o e : s II n~!ipcito dllobjelos uansicionais. Por ! < l J ! . . t lm p l o :Angus (on~t anos e nove mese de idade), ecnteu-

    me queseu i,rmiio',linllll [ontladas de ursin luise coisas' eI nh,/a tl("'i""t'lIfUlIII: I~ :n50 ,;, . m""lm~" duro. mas dc ; l J 1 e : i 'Inl

    ~umo '~13V!I. I ).W. \ . , 197L

    'que 'anles d iss e, l iv er a u rs osp eq ue no s'; a essa,informaC;doseguiu-se uma eonversa sebre sua propria hist6ria. Coatouqu e n uae a tiv ers ursmhos, Havi ll . u r n cordia com cam -palnha que pendia, com urna bola na extremidade, JHlqua l ele fkava ba tendc ale dormir. Ao fioal,p rovave l-mente ela calu . . e esse foi seu fim, Havia, contudo, algomeis, sobre 0 que 51: mostrava muire limido. TraIQVa-sede urn caeUlo cor de purpura, de olhos vermelhos , 'Eu niiogostava dele. Cesunnava jog9.-10 rora . Elf,! agorae de fr-rem)'; de i para ele, Dei, para Jeremy porque era multou r a . v e s . s o . Viv/a caindo d a oOmoda. Ele ainJa me visiia.Oosro que ele me lIisitc". Surpeeendeu ..se quando desenhou10 coelhc cor de purpura.Note-se que esse meniae de enze anos de idade, com S8n-lido de reSlidade no~mal para sun jdade, ralau como se Ihera il lD s 5c es se s cn li dD ao descreve r asqual ldades 8 a s 3 Ji vi da de sdo objcto t-ronsicionlli. Posterlormente , quando vi a mae, ciamosrrou surpresa par' Angusainda se lembrar do eoelho cot dep .u rpur ll , e reconheceu-o com facilidade no desenho colorido ..

    Promo DisponibHidade de Exemplo$Abstenho-me deliberadamente de torneeer o.qui mais rna-lc.riaJ eUni.oo,.pa r ti cula rraenre porque n , f lo dese jo daraimpressaode que 0 que ~SIOU relatando e eoisa rara, Praticamcnte em. todah is t6 ri a c U ni ca p od e- se e nc on tr ar a lg o interessante no s rename,-1:10S'ransicionaili.OU na !Iusllncia deles,

    H 'A alguns comentartos que podem ser fei' los rem b as e n illeoria psicanaliti.ca Ilceila:1. 0 objelo lransicionnl representa 0 seie, 011 0 objelo daprimeira r,elajo.2 .0 o bj ec Ol ra .n si ci on al precede 0 teste da realidade esta-bcl'ccjdo.3. Na rela~j}o com 0 objclo r ra n si ei on a l, 0 bebe passa doeontrcle onipcrente (mligico) para o con t role pela manipu!.a'tao(envo!vendo 0 erousmo muscular e 0 prazer de CODMeDl!l;'ilol.

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    4. 0 objeto transicional pode acabar por e transformsrnum objere de lctichec assim persistlr c om o um a c ar aa te rt st lc ada vida sexual adulta , ( er 0 desen vo lv im en ro do tem a porWulff, )946.)5. 0 obje to transiclennl pede, devillo u orgtlniza~il:o anal-eroUca, repre entar fezes (mas n5 0 c por e ss e m o ti ve que pedetcrnar-se mal-cheiroso e nao ser lavade ) ,

    ~el(Jruo com 0Objl'fo lnterno (Klein)E interessante cnrnparar 0 conceira de objclo transicionalcom 0 conceito de objcto in te rn o, lie M e la nie K i n ( 19 3 4} . 0objcto transicioaa! 7IUfJ I : 1 1m ub;VlrJ interno (que : urn eonceito

    mentul) - t. urnn possessao, nmpouco e (pam 0 b be) urnobjere externa,o seguinle e c mph: 0 cnuneiado tern lie ser cfeiuado. 0bcbe pode usar urn objclo transitional quando 0 objclo internecsta vivo. e e real e surkienlemenle bam (nf io multo pcrsccuto-rio). Mn c se obj ett ) Inte rne depcnde, quantn 11 Sll8S qualida-des, da exi lenciu, vit al idnde c comportamentn do objeto e ter-no, 0 fracas 0 deste e m alg um a fu n~ fio e 'sen cial levu lndlretu-mente marie, all a uma qualidade pel' 'eculorill do objeto, 'Ap6s a per j te nia u a in od cq ua~ iln do O bjL :10 exrerno, n objcrolrucrne dllix3 Ill! re r !icnlil.lo pun~ I) bcbe. e CniaO - e somcntecolao - 0 objeto trnus icional tambern Iic.. .scm sentido. 0 obje-to translelcnal pede, portanto, representar CIciO 'e tcmo', masimJirtltII/'lVIIf('. per se r r e pre se runme dc um licio 'inlcrno.o j el 4. 1 II ' IIlsi ' i llO l ll ja rna is est:! lib cnlltmli! magic(:I. co -mo n l)bjCIO in terne, ncm tum poueo fora lie contrail', como ama e Il'OII.

    A r im u e p re pu ru r 0terre ne p urn m in oa p ro priu contribui-~iiQ positi\ '1l II esse a ss un to . t en ho tic pOr em pallvras algurnaLIn...coisas que achn que ~[. ) rucilnlcnl.c IOlluluas eornn e ide.nte.era muhos irubnlhos psicanalhlcos M1hn;: 0 descn olvlmenro erno-clonal inranlil, em bora possum ser cornpreemlida no pratica,

    exio aqlli mtJdifklul..... emborn "'L~"d. nil enl lndi ldo oriilinn!.24

    Nao h;. ipo ibiJidade aJguma de urn beb~ progredir do prin-oipil.lde prazer para 0 principia de rcalidadc au no sen[ ido, epara aU Em dela, da idenlifica~iia prim drla (ver Freud. (923 ),u meno que exlsra uma IDae uficicntcmente boa. A 'mne' sufl-cienternenre bl>n (n50 nece ariarnerue a pr6pria rnuc do bebe)c a t/u ela q ue efelua u ma ad ap uu ;iio atlv a i, neccs ldades dobebC. um a adapla~iio que dirninul gradatlvameme, egundo 11ere cente cspacidade deste em nquila tar o Irncasso da adapra-t;:5 e m to lernr os resultados da fro traq'uo. Naturatmeate, IIp ro prill m ue do bebe tern mal probabil ldade de ser uficlente-mente boa do que algum .. outra pe son, jii que eSS3 adapul~iioauva exige limn pre(lcupa~uo [cicil e sem ressemlmemos comuetermlnad beb< : na verdade, 0 axito no cuidado inlanti l de-pende do devUI;illl . e nao de "jeito" ou esclarecimento inteleetual,A mac suficientcmcnte boo. como afirmci. ccm ce u comuma adapt89-Q quase cornpleta n . ncce sidades de seu bebe. c.II medida que " tem po pussa, adapta._ e eada Ve2. menos CORl-pte tam en re , de m od o grndativo, segundo 0 c re se en te e n pa c id ad eclo bebe em lldar com 0 Iracassc dela.Os rneies de que 0 bebe disp-c pam lidar com e ss e I ra -casso materna incluem osseguintes:

    1. A expcriencia de b be. quae sempre repetida, d e quehu u rn l im ite iernperul par a rrualra9~a. A princlplo, natural-mente , es e limite deve ser curto,2. Crescente semldo de proce: o,3. Os prirn6n.li . do Dilvidllde menial.4. Emprego de lIlisen o e aUlo-erutica.5. R ec or de r, r ev iv er , f nO lD si ar , sonhar: (1 integrnr de pas-... d o. p re se me e rUiuro.

    e tuda corte brim. c bebe pede, 1111 realidade, vir a l uc ra rcom" expericnciB da frusLrBr,;iio, ja que' 11nc lop loc ;ao iecomple tanece idade lorna rem os objeto 0 que equi nle a dlzer,laO od iado s q uanto am do . A consequ neia disso Ii que, se '"(/0eorrbem, bebe pode ser perlurbado per uma -adoplofiao estri-ta il necessidade que e eOntinuada durame mutto tempo, scmque lhe seja petmilidll. ua diminuiiiio natural, de uma vez que[)adapla~ao exato se assernelha Ii magla, e 0 objclo que :'1:' COI11poria perfeitamente MO e torna m elhor do qu uma alucin~l;ao

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    Nao ob tante, de sOldo, a a d a p t a _ ; a o preci sa ser quase exata e,Q. meaos que ass im seja, na o c possivel ao bebe comecar a de-sen olver a eapaeidade de experirneruar uma relat;'ao com 3rea lidade edema ou mesrno formar urna concepcao des a rea-Iidade,A IIIl.sao e 0 Y lIlor da [J,I.SUO

    A mae, no eomeco, alravc.is de uma adapta~iio quase com-pleta, propicia ao bebe a eportunidnde para ,Q i l u o S t l a de que 0se io dcla faz parte do bebe. . de que esui, par assim dlzer, so h 0eomrote magico do bebe, 0 mesm se p de dlze r em {unc;;aodocuidado infantil em gera l, no mementos lranqilitos entre asexcita~oes. A onipotenoia e qua e urn fato da experiencia. Atarefa final da ma e consiste em desiludir gradativamente o b b e .mas s cm I l! >- pe ra ni ;i l desueesse, a menos que, II prinelpio, tenhap od id o p ro pi ci ar oportunidade suficiente para II ilus[io.

    Em ouira llnguagem, 0 eio e criado pelo beb e repeildavezes, pels capaeldnde que tern de amar 01.1 (pode-se dizcr) pelanecessldade. D esenvolve- e nele urn f enomcno subjetivo, quechamamo de eio da m ile.' A mae coloca 0 s el o r ea l e x at am e nt eonde 0 beb! eslli pronto para cria-Ia, e no momenta exato,

    Desde 0 nascim ento , portanto ocr humane ~ r e n vo i I I Ido com 0 prob lem a d rel~ ~io e ntre aq ullo qu e IS ob jet1 va me nt.epc rcc bid o c a qu ilo q ue c sub jetiv am eru e c nc cb ido e . na OIU~80des e problema. na o exlste saude para 0 ser humane que nliote nh a si de inic iadn suf icienccmenle b er n p ela m ile . A lit f1 inter-t Iledidr io a qUi> me reiiro ,; a t Irea que ; concedid

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    semp~~ ~ru irnportante para e l i10 C . uma ,irea neutra decxpcnencl~ que I 1UO serd. eonte [aUB. Do (}bjelO IrollJ'idmwl.pode-st! dlur que Sf: "010 d lima qllt's(iio cle cOflcordonciuntr l it is ~ (J bl!be, de que nunca Iormulemos fJerC/lnla: 'Vac;~Ofl ebeu I$SO Ot the [oi apruelltado a partir do exter ior" 0mrportQ1I1e ~ lI_ue.niJo se esper decisiio /kulha sabre esse P~1ll0,A per-glinJa frao e para .reI' formulado.

    . ~ . e prQ blem ~ que sern duvida in tere sa ao bebe humane,no InlCIO~de mane!ra oculta, !orna-se gradal ivamenle urn pro-blema e Id~~te devido ~o fa(o de qu e a principal tarera da mae. opUs .p~OpH!~a. ropor tumdl ldc par. a ilusao) c a de li i lu~ r lo . Estapreh.m'~.. r a tar()f~ do desmame e l am b em c on ti nu a sendo umadas ~ IM oe5 ~os_pal: e dos educadores , E rn e ut ra s palavras, aQUe5 tao ds lIus(to e assunto que c o nc :c r ne i ne re n tem e nl c DO Sseres ~uman9ue l IenhuID individuo o lu cio na d e modo finalpara _ s ! m e sr no , a ln ~ 1: I q ~c urna compreensiio l e o r i c a dele pOSSBpermu!r uma ol~(, 'a! 1t!(Jr;CQ. e tude corre bern nesse processogratJlltlv~ de d eS l lu ~ .i .l o. 0 p al co e l;j pronto para a fruslro(,'oesqu e reurumos so b 3 pulavra desm am e; dcvc- e lem brar pordm~~e. q ua nd o fal~ ,!,o s sa bre 0 fenameno (que K le in ' ( 19 40 ]'csc:lareceu e pcclflcam ente em eu conceiro obre posi~ii.o de -pre h..a) que se reuncm em itcrno do de m arne, es tamo pre u-~ ' ~ d o 0 p r O C C 5 S Q , ubjacent, 0 p ro e es so a tr a- v !s do qual I:p r o -~,c,ad.a 1 1 _ p ~ u n l ~ a d e pars a ilu 3 0 C a d e. j Ju sl io g ra ds ti a,e :I I lu ~ o -d e .. i lu \10 seextravla, 0 b b 1 !l ilo c on e .g ue c he ga rII um a COl lao ~l rrnal quanto desmame, nem a uma re~lIao110 u e mu ~. e; 1 :1 11

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    Os objetos transicionais e os fcoomenoslransicionais per-terreem ao dominic da Uusao que est' na base do initio daexperiencla . .E s se p r im e ir o estadio do desenvolvlmento e tornadopossfvel pela capacidade especial, por parte da mae, de efetuaradapla~oes a s necessidades de seu bebe. perruhindo-lhe assima i lusi lo de que aquilo que ele cria exlste realmente.

    Essa area intennediiiria de experiineia, i nc om e t ad a quantaa p e, :,e ~C t.r I I realidade lm erna o u ex iern a (eo mpartilhadaj ,C~)Ostllul a parte malor da cllperiilncia do bebS e, alrave do.~Ida. is conservada na exp.erimcnlaqio intensa que diz respeitoanes a reljgi-o, ao vrver imaginativo e ao I rab alh o cientificoeriador.a ebjeto transicional de um hebe normal mente Lornagradativamenre de carexlzado especlalmente na medida em quese dC J envolvem os inreres ses cututai s:a que urg~ dessas consideraeee a id610 adicional de queo paradoxa sceito pede tcr um valor positiyo. A solu~i'io doparadoxo conduz 3 uma organ:i .z .a~iio de defe a que, no adulto,pode eacontrar-se como verdadeira e rals8organiu(jiio do eu(sell (Winnicoll, 1960a).II UMA APLfCA.cAO DA TEOlUA

    Naa i ob jeto, naturalmen te, que I! Iran icional. Ell! re-pre ema a trAn"i"ao do bebe de: um estado em que este CSI:Ifundido com a mlie para urn e lado em que cstu em rela'tao comela como algo externo e eparade, Qua e sempre 51 : fa2 referen-cia a iso como endo 0 ponte em que a erianca, pelo erescl-mento, se I lberta de um tipo n rei leo d I' - 10 1 ;8 d e o bje ro ;absnve-me, porem, de ulilizar essa linguagem po .rque nao esteueguro de que e iS O que quero dizer. Adem ia, cia exclu] aideia de dqJendSflcia, la o e seneial nos est6dios mDi primitives,'antes que a crian~a se tenha cenifi ado de que pode existir algoque nao faz parte dela.PSI OPATOLOOIA tA IFSSTADA NA AR.EA 00.s FENOMEl'IOTRANSlCIONAl

    Dei bastante enfase il. nermalidace do h:nomenol> transl-donais, No o obstante,exi re uma p ieopatol & 1 0 a er di cernl-30

    111.1n eurso d o ex am e ettn lc o do. co 0 Como exemplo do ma-ncjo pela crianca dB separs( :ilo e da perda, chama a n lcn !;iio parao medceoma a seplu8(:al,l pede influenciar os fen.6rn.enos rran-ieienais.Como Sf a be . q ua nd o a m iie , ou algumo eutra pessoa deq.uem 0 bebe depcnde, estaau enle nao h a urna modificar;iioimediata de uma vez que a bebe po ui urna lembrorlr;a oulmagem mental ria mae, ou aquila que p(ldemo~ ehamar de um arepresentn~50 interns dela, a qual permaneee vrva durante ce~atempo. S a ma e ficar lange. par um penodo. de le~po alemde eerto limite medidoem minutes . heres au dias, entae a lem-branca, au a r preseruacao interna, e e maece, A medida .queiso acorn; os fenomeno tran icionai se tornam gradallvlI-mente scm sentido eo bebe nio pede expenmenta-Ios. Podemosobserver 0 objClo sendo descalexizado. Ex tameme antes doperda , podemos a s Vez'S pereeber 0 esagero do u~o de urnobjetn transicional como.parte da _negafao de que ba.Jaamell~ade ele se tornar em sent ido, Para ilu rrar c 'C aspeero da n g~-r;:lio,fernecerei u rn b re v e e xem pl o c ll nl co duo d e u ru c or da opor um menino.

    Carr/lio'Urn menino de er e anos de idalJe foi trazido 80 Departa-mento de P lcelogia do Hospltul Infanlll de PaddmgtanGreen p r sua mac e StU poi em ~ar~? de 1955. 0 out~osd i membro da r mtlla tambem vierarn: urns m em nade dez anos, que rreqUemuvu urna escola pam crian~aexcepeionai s, e o~t ra. bas~te normal, de 9uauo anos ~eidade, 0 e as e rO lc nc ammhado polo ~CdLCO de. rBmn~a.devldo a uma serie de inl0mas que mdicavam urn dlstur-blo de canlrer ne menlno. Um re IC de inteligenda dena e te um 01 d e 1 08 . P ara o s I ln s d esta d esc rir;iio , todoo pormenOrt. n-o imediatamerue pertinenies ao lemap.riOtiPlll deste capjtulo foram omiLidos.)

    I Pu Ii~ do em ("Mid I'SJdlo/tJRY aM PJ),cIl lQiry.Vol: I (1960).e em , ,"l1i~on. Tlu: fIItlfl,,.Ulloflul ,PrOCe'SJfS d~d ,ftc Far:i~I/Q1iI1I! 1II'lrlJll-lJIt!nl II 6~ I. LonclrC'l , Ho nrl h Pt e 11'.111010 de I'ilcllnlihsc.

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    j primeiro 0 pais, numa longa entrevlsta em queforneceram urn quadrn clare do desenvolvimente do me-nino e das deformaeoes desse de envo lv imento, Entretan-to. d eixaram de meneionar urn po rmeno r impenante , quesurgiu numa ent revi st a co m 0 gamlo.Nao ro i dirtcil perceber que a m ae em uma pessoad ep re ss iv e, e e la comunicou que estivera 1 10 p it al iz ad a p ercausa cia depressao. Pelo relate do pais, pude nola I' quea ma e uid ou d o menino ale a filha na see r, quando a que lec ntava ltc' anos e lrk me es de idade. Foi esss a primei-r a s e pa ra ea o d i mp or lii nc ia . c om a s eg ui nr e o co rr en ci a a esI r e s anos e onze m e es, quandea m ae fez u ma op eraJ;ii .Quando 0 menino e ta a com qualm anos e nove meses,a mih: passcu dcis meses n um h o sp it al psiqu14rri 0 e. du-rante e se perlodo, ele foi bem cuidado p els i rm a da mae.P o e e ss a ocasiae, rodos es q ue c uid av am d o m en in o c an -cordavam que e le e ra d il le il , e m bo ra a pr e e nt as .s e II pectosmuito bon . Ern ujeito II e trsnsformar repeminamentee a assustar as P so as, d lze nd o, p or exemplo, que iacortare irmd da mac. em pedacinho , Desenvolveu muirossint m as curio es, tals como u ma c om pu l a o a lamberCOiS8S e pes soas ; Iaz ia midas eompulsivos com H garganta;quase sem pre se reC US 8V B 0 evacuar e, de poi sujava Ludo.Estava obviamen lt ansio 0 a respeito da deficiencin men-LB I da irma m ais velha, rna a dc:form ac;-io de seu desen-v ol vi me nl o p ar ee e ter com eyado antes que esse fatar et or na ss e s ig n i fi ea n t e,

    Ap6 e a con CI"l

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    eu di era e depois de envolvendo 0tema da reparal;iio deaeordo com a T 'ea~ii.o;dele.iio live m ai noncia deles ate que vierarn ver-m e,ceres de els meses depcis, A mae nao me disse o quefizera, mas perguntei-Ibe e ela piXIe contar-me 0 que aeon-

    tecera pouco apes 3, consulta que me l inbam feito. Blaachara que 0 que eu dissera era r idiculo, mas, cer ia naiteabordara a assume com 0 menina e deseobrira-o -'vidapar Ialur u respeito de seu relacionarnenro com ela e seumedo de uma latta de eentactc com a mae. Fla passeuem revista IO Oss a separac;6es de que podia lem brar-se,com a ajuda die, e logo ficou conveneida de que a queeu dissera estaVa certo por ea u a da rea~_6es do menino.Ademals, a partir do memento em que teve es a con . ...rsacom ele, 0brinar com cord6e parou, Na o ocorrerarn malsjun Gel de obietos, I I mane ir a BIllig-a. M anteve muitas ou -tra converses COOl 0 rnenino a respeilo de . eu entimentode sepna~ilo quanta a rial e fez 0 comentario rnuire slg-nificanle de que achava que a epara~iio m ais Im portante101'8a perda deja par Ie q-uando esrivera grsvemente de-primida; nii C ora apenas 0 laro de ela se IC r afasladod isse, rn a sua Ialta de eontacto corn ele por causa dolnteira preocupacso dela com outr s assunto .Numa entrevista po terior, a mae contou-me que,urn ano dep is de prim eira con ersa com a menino, houveum retorno 30 brinc:ar com cordee e a [unlar objetos naCUB. 13 tinha, realm enre, de ir para 0 ho pilal a rim dee opera r, e di se-lhe: 'P 10 seu brinquedos com corddes,p sso ver que vocil eSI;) preocupado com rninha pari ida,rna . de a vez Iicarci Iora s O a lg un s d ia C \I OU ra.zcr um aOpera!;30que nilo c grave. Ap6s e II converso, a nova Iasede brincar cam corda 5 ce OU.

    Manrive-me em comacto com e sa familia e ajudeiem diver 0 pormenores na cscolarrza;ao QO menina eourros n un to s , Recen tcmcnl e. qualrO ano depoi daprime ira enl~ I ta, 0 p. ieemunteouuma nova fase depreocupa~uo com c rdoc ,as dada 0 recente depressiicno miie. E a f se durou doi me es, desvaneeendo-sequando todu a familia saiu em fer ias e quando, 110 rnesmo

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    tempo, hou\Ocurna melhora na silua~ao do Iar (0 poi en-t-ontcouyabalho. depois de urn per todn de desemprego},A par dlSO, o-carreu uma melhora no estado da mile. 0pal (om ceeu outre pormenor in teres ante , pertinente aolem a em e Iudo, D urante essa fase reeente, a m en in o f iz er aurnII. alua;iio (tJcred 011/) com cordas de alg.o que 0 paisenna que era ,significativo, por demonstrar quae intima-meru lodas essas coisas estavam vlnculada U ans ied adem o_ rb id a d a mic. Voltou para casa ceria d ia e enccntrouo Ilho pendurado de cabe"a pam baixo nurna eorda . In-tei ramente f13ddo, representando muito bemquc e tavamo!to. 0 p ai c .e mp re e- nd eu q ue mio devis prestnr atcn~aoe Iicou pebo jordim fazendo umu colsae outra ceres demeta hora; depois, 0. meninoehlediou- e eparou com abrincadejra, I 0 const ituiu umgrande teste da ausenc lade ansledade do pal, No dia segutrne, po rem . a rn en in ofez a mesma coisa numa a r ere que podia e r fac ilmentevi to da janela da cozinha. A mile preclpitcu-se para . fora,gravemc:nLe ehecada e eerta de que ele Sf! enforcara,

    o perm nor adiciOll8j eguinte lalvel. eja de valorna compn en ao do co o. Embora es e men ina, que hoietern ooze ano de idade , e teja 51 ! de envoi endo egunduma linha de 'durao ,. e muito acanhado e e n ru b es ce fa-dlmente. Po ui algun ur lohas, que, para ele, a o filhos.N inguc-m e atreve a dlzcr que e trata de brinquedos,I~al par com des, dispcnsa-Ihe grande afel. ;i io e faz cal-clOhas para. e te C'OiS.3 que cnvolve co, tUfa cuido.do D. 0pai di z ~~e ele pareee extra ir ent imento de eguran~a des ua ( am i li a, a qual. desse m oeo serve de mae. S e a p ar ee emvishas. rapidamenle coloea-e tedos na e rna da irmaporqu.e . n inguem estranha a famm a deve saber que el~po UI e a outra famil ia . Junrocom isso, hd relUlancia emdcfccar ou lendenaia 8 reteras lezes . Nao c diflcil adi"i-nhar, p tUrllo, que ele april. ema idenrifica~iio materna,ba e ad a c .m su .a . p r6 pr ia in se gu r~ qa e m. t -e la Q. ao ii mae, eque e sa ident itiea iio poderia transfermar-se em h mos-e :xual~mo. Da me ma maneira, a preocupaeao com cor-doe podcria (ron formar- c em p erv e io.

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    ComentdrioParece apeepriado Iazer 0 comeruario que e egue.I. 0 cordia pode ser eneeradc como uma eXlcnsi\o detodas as outras t icnicas de comUniCBCUO. 0 corcllio reune, asslrn

    como l3mbim aJuda no e mb ru lh ar o bj er o e n~ rete~ m.a.terialnao integrado. A e e re peito, 0 corono po: SUI urn slg".lflcadosimb6lic:O para tedos; uagero d seu us e pede Iacllmentepertencer 80S prim6rdio de um enrimente de tnseguranca o~a id6ia. de urna fa lt a d e comunjca~o. N es e c ase e sp ecifico , epcsslvel detectar uma anormalidade que ecrnplica in idio a-mente 0 uSO que 0 menino faz do cordso, sendo importamedescobrir uma maneira de enunciar a mudanca que p derla con-duz.ir a perverslie de eu u o. . po Jvel chegar alai enunci do case se leve em conside-ra~o ofato de que a funt;ao do cordio esla modificando-se decomurucat;ao para negofiio do sl!porar;ao. Como nl:&13900,0 cor-dia e tcrna iima coi a em i,aJgo que pos ui propriedades pe-rigosa e necessidade que precisam ser dominada . Ne e ca. 0,pareee que II mae pooe lidar com 0 u I) do corda peJo merunoexatamente antes que fosse tarde dernais, quando es e usa aindacoarinhs esperanc;a. Quando a e spe ra ll~a e s ta auseme e 0 cor-dan representa urns negac;llo dD: separac;ao . s urg e e nla o urnestado de coisas mul to mal complexo. urn eSlado, que sc . Iomadiffc il de curar, por causa dos ganhQ ecu~da~i oriundo daper tcia que se desenvolve empre que ur n obJeto tern de er ma-nuseado a fim de er dominllrlo.E!l se case , ponlLDlo. se ra de lnte re e especlat. se io~arpo~J ...el a observa

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    A pre se nr ar ei a qu l, c om porrnenores, urn po uco do m ate rialelinico provenieute de urns pac iente adulta, para demonstrarcomo 0 scntimento de perda em si rnesmo pode tornar-se umam aneira de integrar 11 propria cxperiencia,o material e d e d e te r rn inad a sessao da analise da paciente,e ap re ento- o p ar r eu ni r diver so s exemplo da gr ande var iedadeque ca rac te riz a a irn ens a a rea e :dstc ntc entre n objctividade e asubjeti idade,

    E' a p a ci en te , mae de dlversos fUl los. iniclou rraia-m enlo devido a urns am pla gam a de sintom atclogia gcral-mente agrupada ob a palavra 'e qu izeiid c', Com uma lute-li encia priv ilegiada que u tlliza cm eu uabalho, e tlm adapO I ro dos em geral eLida c om o p es so a de valor, e prove-vel que aqueles com quem coo\live n50 percebam ,3 qu eponto ela e scnle enterma,

    Essa sessao especffica in iciou-se com urn sonho quepoderia set' de crho como depre iva. Cominha materia!Ira nS fc renc ia l dire lo e reve la dor, nde 0 a na li ta a pa re elacomo um a mulher avasenta e dom inadora, a que a deixouansiando pelo fUlsLista anterior, que represenurva paraelaum a I igura mu it o m a s cu li na , Isso era soobo e, como so-nho, poder ia ser utilizado como material para interprets,~iio. paciente m o trava sa d [a~ao p or e sta r onbandom al . A o m esm o I m po, podia descrever certcs enrlqueci-mentes em sua vida real no mundo,M u ha s v eze e invadida peloque pOdeda s et c hama .do de 'Imrasr'ar. E ti viajando de teem; haum acidente.Como os filho vao saber 0 q,ue lhe aeonteceu? Como seuanali ta vai saber? Poderia gritar, mas sua m ae nao aescutaria. OM pas a a Ialer sobreua experfl!ncio mal ter-rive I quando ebandonara urn gate par certo tem po , tendoida ildotroada depoi que oaoima'i. e sl iv er a m ia nd o POthoras e hora lsso e 'horr!vel demats', e junta-ses variasepnrs90es que experimentou durante a in fineia, separa-~6e' ulem de U8 capaeidade de supo rta-las e, pcrtan to,traum rica, r er na nd o n ee e aria a organi2:a~iio de novosc onjunto de d efe sa~ .

    3!

    Grande parte do material des a analise diz respeuea o la do n eg at iv e do relaclonamentos, i10 e , a o g ra da ti voI racasso que tem de er experim en[ali pelo [iJllo quando05 pais nip estao disponiveis . .A paciente e extrernarnentes en sfv el a tu de is so em relar;ao a os p r6 pr io s filh os e a :tr'ib uigrande parte da dif iculdade de Hdar com 0primeiro IilheaD f ar o d . IiH o deixado durante Lres dias, para pas 'a-Iosfora com 0 marido, ocasiiio em que iniciou uma novagra.videz, iste e . quando II erianca tinha aproxlmadamemcdoisanos de idade, ontaram-lhe que II crianea tinha cho-rude i ni nt er ru pt ar ne nt e d ur an te t J. uB 1r o horas, Ao regre -SIlT, roi impassivel Ii paelente restabelecer 0 rapport como f ilho durante muito tempo,

    E t mo lld ando com urn fato: a impossibiiidade deoom lJnica~ do verbal com anim ai criaaeas pequenas, 0gato na o poderia compreender, Tambem um bebe commeno de dais anos na o pede lief a dc qu ad am en te 'l nf or ma -do sobre urn novo hebe que c esperado; ernbora, 'porvolta dosinle meses, pro imadament.e', seja po s Ivelda r a crianca um a e pli ac;ao, alrSve...; de palavra . de um alcrma ace ivel, capaz de er assimilada por ela,

    Ca d Sf lome. lm possivel rn2 .c r c om que II criancaeomprecnda I I 8U~nci ll da moe. quando cia Ilai d e: c as up ar a. r er u rn 110'10 b eb e. e n t ao , do ponto de vista do c rian-liio de dias, h ras ou minot .A nte s tfuc te cto lim ite s e]a atlngklo, u m ae a ind ll C.la iva;depois U~ unnsposte lil11i1c,alII morrcu. Enlrementc" h:iur n I '1reCioRo memento d e r ul . .. ..I, rapldaruen te per dido , po-r e m . 01 1 l 1 u n C l J experimentada. talvez, s cm pre p Ole nc ia l etr uzendo consigo n rnedo tI.. loh:ncia.D a qu i c I le g Jlm ns I10S dn i" ex tr emes. tii dif ren te urndo outre: a mortc da miie quando cia e."W p rcsente, c uam ortc 4uan uo nUll pode reaper r c. p na rno. v olta raovamente :1 vida. lssn rem Q ver com a o p uc ;u c xa ta rn en -Ie Ilnn:.rior il cpoca em que 11 rianca crln n . ca pa ci da de d emanter a pessous v as na realldade p si qu ic a i nt er na .independentemente I J3 e gu r. 10 1 ;a de v er, 'emir. eheirar.Pode-se d iz er q ue I I i n f i ln c i l l de Il p a te nte consrituiuum unico e long e. ercfcio pred. am enre nes a :irea, Du-

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    ra nte a. gue rra : hou ve II evatua~do que a ating iu quandoeontava aprox,lm adam enle oaae anes; 'c ia esqueceu com -pklamcnt t: a in fflnda e os pais,embora defendessc, siste-maticamen te. durante redo 0 tem po, '0 dire ito de Da o cha-m ar CI S qu e dela c uid ova m de 'Iia ' e 'I ia ', sCgJ.Indo0 pro-c e dim en l. o h a bi tu a l.Consegulu 1II~~ar-lIresqlla'quer IIOUle durante todosaqueles anes, 0 que nio era senao a mallein negativa derecorder a mace 0 pai. Ccmpreenda-se que 0 padrii.o detudo I ss o fo i c sta be le cid o e m s ua in ffr nc ia prim itiv o,A partir dai, minha pacientc.uingiu a posi9aa, quenovam ente sInge na tnmslerencia, de que I I un ica coisareal e a fa,lIaou lacuna, ls te e , ,3 morte, aB us~ncia au . aaronesia. N o decorrcr dB s e s s i i o , . te ve um a amnesi,a espe-cifiea e isso a aborreceu; rcvelou-se ' I luea comunicaQaoimponanlc d,irigida a m im estava em que pederla c:xist'irurn. ~n\llam enlo e que esse ponteem branco poderia SCI "o unrea !'ato e I I u n icO I. coisa real, A amnesia e real, DOpa S 0 qu e aquUo qu e f.oi e sq ue eid o p er de u se a realldade.Em c on ex ii o com is so , a p ae ie nte r ec ord ou a e xi st e" -

    c ia . d e um a m anta e m d is:ponib llidad e no c ons ull6 rio, e c o-mo se envoIvera n el a, e rn e er ta ocasi5.o, usa ndo-a pa ra urnepisOdio regressi.YQ durante IUlia sessl\OsnaJflioa. Areal-m ente, cia nuo ,toearia . nessa m ania nern a usada. Porquea mania que naos!: e nCOn' lr a . aU (porque nao vai bl1.sd.I~ I, e mais real do qu e II mant a. q ue lhe ofereeesse 0 ana-!iSla, tal com o teve id&;iadefaziM o , eertam en te. A partirdesses considers90es ,a paeiente defronis-sc com a ausen-cia da m ama, ou rnclhor dizendo, c om a ir re ali da de dclsemseu significado simb6lico.Daqui, ocorreu urn desenolvimellto em rerm os da ideiados s imbolos . 0 Illd m o d e. seus 1ll'!dllsllIsanu::riores ' seni scm-p re m fl is importanle p.artl mi;m l .Iue 0 analisI3 atua!' , Acresce~,-

    tou; 'Voce pode me fazer muite bem , mas g , G l } t o mail> dele,I S5Q . era verdade quando eu 0 l ive r c squecidoin '[ , ei ramente . 0negativo dele e m ais real que 0 positi.vo em voce', Pocicm nflor er ! lid o ' ex S. 'la me nle e ss as fit palavras da paelente, mas era. 04 0

    que me tran m it ia e m l in gu ag em c la ra , s ua propria, e aquil.o qu eprK i. ava que eu eom preendesse ..Olema da n os ta .l gia s ur ge n o q ua dr o: p er te ne e a e p re ca ri opontn de apoio que luna pessoa pode ter na r ep re se n[ B~ O j 11 -lerna de um obj clo perd ido, Esse lema reapareca no reiat6fi 0clinico !.fue se segue (pag. 57, ahaiao ) .pacieme fa lou entao scbre sua im.aginaflo e os I irni tesut' que cia aereditava q ue f os m: r ea l, C om cl Jo u di2.(llldo:'Niioi .t c led il ava r e s lmen re qu e nouvesse um an]o parada so lado deminha cama; ma~eu eosramava ier tlll'flberri um a aguia.presapa r 'UITJlI corrente a nleu pulse", Era 0 qu e parccla real a . e lacerram em e. ~ a ~n[a.. ' ie e st av a n as p a. la v( ,a s 'pres s pa r urna cor-rente a meu pulse ', Possuia tamben1 umeavalo blanco que eraf 5 .o r ea l quamo pos!>ivel eque cia 'momarla para todas a s ' pa rt ese 4ue amarrariOi u uma arvon: e t.O Oo ,esse l i .po de coisas', Blagostario rellimenl.e de ter um cavale branee a go ra ,. d e m a ne ir aa poder l ldar cilm

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    ad mitir que talvez se u e migo p ude sse ter lid'o u rn b or n p ot en ci aliareleetual, embora, no , case dele, foss!! necessario diu.r que: sed e sv i ar a p a ra 0 inverse, qu e e 0 r el a rd am emo men ta l almv's dad'oell~amerual.A paciente deseeeveatsmbdm diverses locuil;as para Iidll'fcam a 5epan:u;ao , tais como, par exempto, uMa a rs nhn d e papel

    C lI }8 .$ p er na s c ram . puxadas pelos dias em que It m il e S I: e cc on -uava d i! )t am c . T in ha tambem cia r o es , t al como el a oschamava,e podia ver, de repenre, po r ,c:xemplo.. seu c ao T ob y, u rn b ri m.-quedo;Oh, alic Ii i Toby' . Existc no album deramlliaumrerra to seu com Toby, urn b rinqueda do qual se esqueeera , ex-eeta no daroes. Isso ecnduziu-a iilembran!ra de umlcrrivelin ci de nt ,e e m qu e SUf i ma e lhe dissera.: 'M a s nos "ouY i,m os"q us.n do v oce c ao ra va durante toolo [cm po em que estivem eslonge ' . E Sla vam 11q ua tr o m ilh as d e dislflncia. A p ae ie nr e t in ll adais anos de idade aa ocasiiic e pensa.ro: 'Se ra. pos Ivel quem in ha m iie me tenba com ado uma memira?' Niio p6de enf reutaro tate na ocasiaoe lentara negar 0 que sabin set verdade: quesua m Dc re alrne nte m entira . E ra diH"n acreditar no mae s ob e ss ea sp ec to p < ll 'q ue lod.os di:ziam:'Sua ma c e rao maravilhosa!'Pomndo dtuj,ui, pareceu-nos passivel o he ga r n l im a . id ei ll 'que era ba tame nova, segundo meu ponto de visla. Tin'hamosali 0 rI:lralo de UJ~]!llcriam;;a,. e a crianq8 p os :s ul a o bj cl Os t ra ns l-c ie na is , h a" ia f en or ne no s aansidonais que c ram evidentes e te-de s (lIes simbolizavam algo e eram rea is pnra a cri.anc;a;gr,llda-[i...mclllle,porem, au talvGZ. fn :qUen te.m.eDte, por a:lgumtempo,ela l eve de duvida, do renll 'd(4/e do' cois qlll! desesto"'''tn sim-boli

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    E a resposta tinha sido: eles nao estavam hi e era essa a reali-dade. Ela ja me dissera sobre a manta que nac utilizara: 'Vocesabe nao e , que a manta podia set muito eonfortavet, mas arealidade e mais imponame que 0 conforto e, portanto, nenhu-ma "umla podeser mais importantc que uma mania'.Esse frngmento c 1inico ilustrao v alor d e g uarda r e m m en te

    as distin~Oes exisrcntes entre os renom enos. em ierm os de suapo s iC ; i io n a area situada entre a rcalidade ex te rn a o u co mp ur-t ll na da e onho verdadeiro.

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