vicente falconi - como se constrói um sonho

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  • 8/8/2019 Vicente Falconi - Como se constri um sonho

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    GestoVistaVICENTE FALCON I

    Com o se constr iumsonho

    A m a io ria da s o rgan izaes sep reocupa em desenvo lve r nos

    func ion rio s o senso de funo , de ixa ndoo senso de m isso em segundo p lano . possv e l e s t imular as duas co isas?Carlos Rocha, Fortaleza,

    E preciso esclarecer uma coisa logo de cara - no existenada errado com o senso de funo. O primeiro passopara um profissional conhecer os procedimentos-padroexistentes na empresa em que trabalha e se preparar para odia a dia. Fao essa ressalva porque tudo isso muito fcil defalar, mas nem sempre feito. Grande parte das companhias(mesmo as grandes) no tem processos padronizados ou, quan-do os tem, os padres so complexos ou desatualizados.

    Agora vem o que voc chama de senso de misso. Pode-mos chamar isso de sonho ou aspirao - e consiste emalgo to fundamental quanto o senso de funo. No entanto, rara a empresa que consegue desenvolver uma aspiraoreal, aquele sonho genuno e no "da boca para fora". Como passar do tempo, as pessoas percebem muito bem o que

    - e o que no - genuno. Um sonho para virar realidadedentro de uma empresa precisa ser estabelecido como algoa ser atingido e perseguido por meio de uma meta maior,para os prximos cinco ou dez anos. Mesmo que esse obje-tivo parea distante e "impossvel" hoje, ao se estabelecerplanos de ao e execuo para cada funcionrio, as metasimpossveis podem virar realidade. Distribuir essas metas(que sejam mais tarde recompensadas) por todos uma ma-neira de envolver a equipe em torno dessa aspirao.

    Trata-se de um aspecto profundamente estudado pelo psi-clogo americano Abraham H. Maslow: as pessoas definiti-vamente no trabalham somente pelo dinheiro. Para nossaestabilidade emocional, precisamos ter outras necessidades

    U m s o n h o p a r a v i r a r r e a l i d a d ed e n t r o d e u m a e m p r e s a p r e c i s as e r e s t a b e l e c id o c o m o a lg oa s e r a t i n g id o e p e r s e g u id op o r m e io d e u m a m e t a m a io r

    25 de agosto de 2010 1129

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    satisfeitas. Uma dessas necessidades o que Maslow definecomo "necessidades sociais". Precisamos sentir que perten-cemos a um grupo - e ter um sonho genuno comum umforte fator de unio. O grande problema nesse tipo de assun-to que as pessoas so aconselhadas a estabelecer um sonhocomum, mas ao longo do tempo todas percebem que aquilono passa de puro discurso. "Sonhar grande d o mesmo tra-balho que sonhar pequeno", como dizem meus amigos daABlnBev. Vamos sonhar grande e ter a satisfao de quematinge o cume de uma montanha ou conquista uma medalha.D um trabalho danado chegar l, mas vale o momento.

    ..........................................

    M uito se fa la que pa ra cr ia r um aemp re sa in o va d ora p re c is o c ria r

    um am bien te em que o e rro se ja to le rado .M as com o chega r l se , em ge ra l,o s p ro fiss io na is p re fe re m e vita r o u e sc on de ros p rp rio s e rros , co m re ce io d a pu ni o?Alexandre Cardoso , Curi ti ba

    Q uem executa dedicadamente seu trabalho, busca melho-rias e tenta novas solues sempre se arrisca a errar. Seexiste algum que nunca erra porque nunca tenta melho-rar, burocrtico e no deveria ser chefe de nada. Em meunovo livro, O Verdade iro Poder , afirmo que chefias que no

    130 Iwww.exame.com.br

    tm problemas simplesmente "deveriam ir para a praia". Eno fariam falta alguma porque quem "cuida da operao" um operador bem treinado. Declarar um problema deveser uma alegria. Se uma empresa quer vender mais, tem dedeclarar como problema o baixo volume de vendas, mesmoque o desempenho dos vendedores seja considerado timo.Em qualquer empresa, existem dois tipos de problemas quedevem ser enfrentados prontamente: os problemas ruins,que so aqueles que aparecem a qualquer momento semque esperemos (como a quebra de um equipamento ou orecebimento de uma matria-prima errada, por culpa dofornecedor), e os problemas bons, que ns mesmos criamosquando nos colocamos novas metas e tentamos atingir ou-tro patamar de resultados.

    Temos de desenvolver uma atitude de atacar todos os pro-blemas ruins tanto de forma corretiva como preventiva (porexemplo: consertar o equipamento e descobrir como evitarque ele quebre novamente), de tal maneira que tenhamosmais tempo para nos dedicar ao que realmente interessa -atacar os bons problemas. Todo chefe que tem medo dessetipo de situao e evita problemas no est apto a comandarequipe alguma. Falar abertamente sobre os problemas daempresa e se organizar pessoalmente (e ao mesmo tempocoordenar o time) para resolv-los o objetivo que executi-vos devem ter ao desenvolver a cultura de enfrentamentodos fatos. E s assim podem melhorar e criar algo novo.

    V IC E NT E F A LCO N I u m d os m a is re no m ad os e sp ec ia lis ta s e m g es t od o B ra sil e c ofu n da d or d a c o ns u lto ria IN DG. E nv i e s u a s p e rg u n ta s p o r e - rn a ilp a ra e sta c olu n a m e n sa l: fa lc o nj@ abril . com ,b r