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Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 1 Ano XXIV | Janeiro de 2015 | Edição 271 As 12 características das pessoas altamente criativas Aprenda a se posicionar no mercado de trabalho

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  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 1

    Ano XXIV | Janeiro de 2015 | Edio 271

    Vicente Falconi: o PDCA focado nos resultados

    As 12 caractersticas das pessoas altamente criativas

    Aprenda a se posicionarno mercado de trabalho

  • 2 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    Os valores-p no me assustam.

    Anlise de Dados DestemidaAnalisar dados com o Minitab Statistical Software fcil e agora Minitab 17 est disponvel em Portugus. Um Assistente integrado guia voc durante todo o processo, desde a escolha da ferramenta correta at a realizao da sua anlise e interpretao dos seus resultados. Voc conhece o seu negcio. Minitab fornece a confiana necessria para melhor-lo.

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  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 3

    Revista Banas QualidadeTelefones: +55(11) 3798.6380 /3742.0352

    Email: [email protected]: @banasqualidadeFacebook: banasqualidadeSite: http://www.banasqualidade.com.br

    EditorialPublisher: Fernando Banas [email protected]: Hayrton do [email protected]

    Colaboradores Editoriais Maurcio Ferraz de PaivaClaudemir Y.OribeRoberto InagakeRoberta PithonCristina WerkemaOdcio Branchini

    Colaboradores da EdioAlan Fraga OliveiraBibianna TeodoriBruno Barboza CunhaClaiton FernandezCristiano Bertulucci SilveiraErik PennaErnesto BergJos do Patrocinio H.AlvesStephen K.Hacker

    Eventos e TreinamentosChristine BanasTelefone: +55(11) [email protected]

    PublicidadeEdila Editorial Latina Ltda.Telefone: +55(11) 3798.6380/[email protected]

    AssinaturasTelefone: +55(11) [email protected] digitalAnual (12 edies) : R$ 140,00Bianual (24 edies) : R$190,00

    A Revista Banas Qualidade - DIGITAL publicada pela EDILA-Editorial Latina Ltda. com sede em So Paulo/SP - Brasil.

    A publicao no se responsabiliza pelas opinies e conceitos aqui emitidos por seus articulistas e colunistas.

    ISSN - 1676-7845Ano XXIII - Edio 271Janeiro de 2015

    EditorialHayrton do Prado

    Competitividade do pas cada vez pior

    Em setembro, foi divulgada a edio 2013-2014 do relatrio de competitividade global do World Economic Forum que retratou uma nova queda na competitividade da economia brasileira. O Brasil perdeu oito posies e caiu para a 56 colocao no ranking que avalia 148 naes. H quatro meses, a edio 2013 de estudo semelhante, elaborado pela escola de negcios sua IMD, j havia apontado o declnio da competitividade do pas, colocando-o na 51 posio em uma lista que inclui 60 economias.

    Os relatrios propem uma anlise comparativa dos pases e indicam que aqueles sem condies adequadas para avanar so atropelados por pases em melhor situao. Caso da economia brasileira, cuja carncia de progressos significativos permitiu a ultrapassagem de pases como Mxico, Costa Rica, frica do Sul e Portugal. No necessariamente os indicadores avaliados no perodo foram marcados por retrocessos em termos absolutos, mas o ritmo dos avanos foi muito inferior ao observado nos pases situados em seu entorno no ranking.

    Igualmente, um estudo da Federao das Indstrias do Estado de So Paulo (Fiesp), o ndice de Competitividade das Naes, desenvolvida anualmente com 83 variveis quantitativas abrangendo temas como economia, comrcio internacional, poltica fiscal, crdito, tecnologia, produtividade e capital humano, o Brasil ficou na 39 posio em uma lista com 43 pases em um ranking que avalia os pases de acordo com as condies sistmicas de concorrncia internacional. Quer dizer, o pas continua com suas eternas deficincias: infraestrutura bsica insuficiente, educao de pouca qualidade e baixa eficincia do governo. De todos os 59 pases analisados pelo estudo, o Brasil o que apresenta a maior diferena entre a competitividade do setor pblico e privado.

    mailto:[email protected]://www.banasqualidade.com.brmailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]

  • 4 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    Sumrio 03 - Editorial

    Competitividade do Pas esta cada vez pior

    06 - Pelo Mundo Os principais fatos internacionais

    08 - Eventos Os principais eventos de fevereiro

    10 - Opinio Treinamento para o Treinamento

    12 - Comportamento As 12 caracterstticas das pessoas altamente criativas

    24 - Metodologia Manuteno prreditiva perde espao para a manuteno preventiva.

    40 - Ferramentas As ferramentas do Lean : POKE YOKE

    42 - Perspectiva Alavancando qualidade em um mundo de transformaes

    44 - Qualidade Conhecendo o padro de competncia

    62 - Inside: Por dentro da Notcia

    73 - MASP O papel da liderana para o sucesso do MASP

    74 - Normalizao Telhas de fibrocimento

    86 - Normas & RegulamentosNovas Normas e Regulamentos da ABNT

    88 - Produtos metrolgicos

    89 - Cartas

    90 - Ponto Crtico

    48 - Gesto: Processos de negcios tolerantes a falhas: Os sistemas de gesto de processos de negcio devem se adequar ao

    reconhecimento de erros e recuperao de padres sem que seja necessrio recorrer a um exrcito de programadores.

    18 - Gestode Pessoas : Aprenda a se posicionar no mercado de trabalho: Conhecendo essas caractersticas e desenvolvendo-as conscientemente,todos podem acabar incorporando automaticamente esses atributos e habilidades s suas competncias profissionais e pessoais

    54 - Seis Sigma: Como empregar o Lean Seis Sigma em Servios e reas administrativas : A implementao do Lean Seis Sigma em servios e reas administrativas mais desafiadora do que na manufatura.

  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 5

    Janeiro de 2015 - Edio 271 - Ano XXIV

    80 - Metrologia : Implantao de um SGQ e desenvolvimento de um programa de proficincia para laboratrios de pr-medidos da RBMLQ-I - A implantao do Sistema de Gesto da Qualidade para o aperfeioamento dos padres de ensaios e gerenciamento do laboratrio de pr-medidos do ITPS, bem como o desenvolvimento de um Programa de Ensaio de Proficincia para os laboratrios da RBMLQ-I permite avaliar continuamente o desempenho desses laboratrios na realizao de ensaios em pr-medidos

    68 - Meio Ambiente : Se falta gua na superfcie, o ser humano comea a buscar as guas subterrneas: Um das formas de tirar gua dos lenis freticos a perfurao de poos tubulares, mas sempre importante cumprir as normas

    28 - Capa : Vicente Falconi - Usando o PDCA focado em resultados

    56 - Gesto Pblica: Iluminao Pblica compromete gestores : A transparncia exigida nas licitaes deve ser secundada por exigncias tcnicas que possibilitem uma competio, alm de tica e isonmica, extremamente atraente em termos de diversidade de propostas

    Ano XXIV | Janeiro de 2015 | Edio 271

    Vicente Falconi: o PDCA focado nos resultados

    As 12 caractersticas das pessoas altamente criativas

    Aprenda a se posicionarno mercado de trabalho

  • 6 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    Pelo Mundo Por Jeannette Galbinski

    Gases do efeito estufa

    A Nasa divulgou uma animao onde mostra como os gases do efeito estufa se comportam ao longo de um ano. Os gases se dispersam de acordo com o clima, e a maior concentrao na Europa, Amrica do Norte e sia.

    Metade dos gases emitidos permanecem na atmosfera e a outra metade absorvida pelas plantas e oceanos. Veja o vdeo: http://emp.bbc.co.uk/emp/embed/smpEmbed.html?playlist=http%3A%2F%2Fwww.bbc.co.uk%2Fportuguese%2Fmeta%2Fdps%2F2014%2F11%2Femp%2F141121_estufa_nasa_lab.emp.xml&product=news

    Auto-avaliao de Sustentabilidade de Fornecedor A AIAG lanou a nova Auto-avaliao de Sustentabilidade de Fornecedor que pode ajudar a avaliar os fornecedores da indstria automotiva. uma ferramenta padronizada para anlise de lacunas e melhoria de processos que permite que fornecedores informem sobre suas atividades de sustentabilidade com uma nica resposta fornecida para vrios clientes.A sustentabilidade das empresas um elemento fundamental. A cadeia de suprimentos da indstria automotiva uma parte integrante do seu negcio e, em muitos aspectos reflete sobre todos os parceiros. importante para as empresas avaliar as prticas de negcios para garantir a adeso aos princpios comuns.http://aiag.informz.net/admin31/content/template.asp?sid=40793&ptid=2248&brandid=4002&uid=1056671688&mi=4409587&ps=40793

    Renner autuada pelo Ministrio do Trabalho Em uma operao do Ministrio do Trabalho, 37 bolivianos foram encontrados alojados em pssimas condies de trabalho em uma oficina de costura terceirizada de dois fornecedores da Renner. De acordo com a investigao, a jornada de trabalho totaliza 70 horas semanais. A rede de lojas informou que desconhecia a situao dos bolivianos. O Ministrio pblico ainda ir decidir se haver uma ao civil pblica contra a rede. Voc tem conhecimento se seus fornecedores seguem as leis trabalhistas? Pense nisto!

    Acordo setorial Foi assinado em novembro pela ministra do meio ambiente junto com representantes do setor, um acordo que estabelece a logstica reversa de produtos do setor de lmpadas fluorescentes de vapor de sdio e mercrio e de luz mista, e vale por dois anos.O acordo assegura que os materiais utilizados sero reaproveitados. Ele est previsto na Poltica Nacional de Resduos, que prev que fabricantes, importadores e distribuidores de um produto especfico que possa causar danos ao meio ambiente ou sade humana, criem um sistema de recolhimento e destino final.

    http://aiag.informz.net/admin31/content/template.asp%3Fsid%3D40793%26ptid%3D2248%26brandid%3D4002%26uid%3D1056671688%26mi%3D4409587%26ps%3D40793http://aiag.informz.net/admin31/content/template.asp%3Fsid%3D40793%26ptid%3D2248%26brandid%3D4002%26uid%3D1056671688%26mi%3D4409587%26ps%3D40793http://aiag.informz.net/admin31/content/template.asp%3Fsid%3D40793%26ptid%3D2248%26brandid%3D4002%26uid%3D1056671688%26mi%3D4409587%26ps%3D40793http://aiag.informz.net/admin31/content/template.asp%3Fsid%3D40793%26ptid%3D2248%26brandid%3D4002%26uid%3D1056671688%26mi%3D4409587%26ps%3D40793

  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 7

    Pelo Mundo Por Jeannette Galbinski

    Reprovada verso draft da ISO 45001 Para um projeto de norma internacional ser aprovado, necessrio atingir dois teros na votao. Para a votao do draft da norma ISO 45001, este ndice no foi atingido. Foram 29 aprovaes contra 17 reprovaes. Isso significa que a maioria dos pases julga ser necessrio melhorias no projeto antes que avance mais uma fase. A previso inicial de publicao era para outubro de 2016. Enquanto ela no publicada, a OHSAS 18001:2007 continua como referncia mundial para certificao de organizaes nessa rea. Estamos acompanhando!

    Recalls em 2014 nos EUA Em 2014, houve mais de 56 milhes de recalls entre carros e caminhes nos Estados Unidos, sendo um em cada cinco veculos. Os recalls de alto impacto foram da General Motors, Takata e Chrysler. O recorde anterior era de 30,8 milhes de recalls em 2004

    Ferramenta de Avaliao Foi lanada uma nova ferramenta que ajuda a avaliar a cultura de qualidade da organizao. A ferramenta cresceu a partir da pesquisa da cultura da qualidade ASQ / Forbes Insights no incio deste ano, que resultou no Livro "Cultura da Qualidade: Acelerando o crescimento e desempenho na empresa". Para mais informaes, acesse: http://www.cultureofquality.org

    Marcas mais valiosas em 2014 A Petrobrs caiu duas posies no ranking da Interbrand das 25 empresas mais valiosas do Brasil. Em 2014, ela est em 7 lugar, valendo R$ 6,764 bilhes, 23% menos que em 2013. Em primeiro lugar est o Ita com R$ 21,687 bilhes, o Bradesco em segundo, com R$ 15,124 bilhes, e em terceiro a Skol com R$ 11,606 bilhes. Abaixo a lista com as 10 marcas mais valiosas em 2014, em R$ bilhes:1. Ita: 21,6872. Bradesco: 15,1243. Skol: 11,6064. Banco do Brasil: 10,4615. Brahma: 9,4066. Natura: 7,6407. Petrobras: 6,7648. Antarctica: 3,6069. Vivo: 2,70010. BTG Pactual: 1,993

    http://interbrand.com/assets/uploads/Interbrand-Best-Brazilian-Brands-2014.pdf?_ga=1.134171022.1084059876.1418145793

    Processo Especial: Molding Process Avaliao do Molding Process da AIAG uma abordagem de procedimento comum para controlar os processos de moldagem e uma metodologia para avaliar e corrigir processos atuais. Ele tambm fornece as melhores prticas para a melhoria contnua, destacando a preveno de defeitos, a reduo da variao e desperdcio na cadeia de fornecimento. Inclui um CD com os formulrios para completar a avaliao. Para mais informaes: http://www.aiag.org/Source/Orders/prodDetail.cfm?productDetail=CQI-23

    http://aiag.informz.net/admin31/content/template.asp%3Fsid%3D40793%26ptid%3D2248%26brandid%3D4002%26uid%3D1056671688%26mi%3D4409587%26ps%3D40793http://interbrand.com/assets/uploads/Interbrand-Best-Brazilian-Brands-2014.pdf%3F_ga%3D1.134171022.1084059876.1418145793http://interbrand.com/assets/uploads/Interbrand-Best-Brazilian-Brands-2014.pdf%3F_ga%3D1.134171022.1084059876.1418145793http://www.aiag.org/Source/Orders/prodDetail.cfm%3FproductDetail%3DCQI-23

  • 8 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    Energy 2015Energy se realiza a cada ano dentro do evento HANNOVER MESSE. As quatro temticas desta feira so produo e fornecimento de Energia, Transporte e Distribuio de Energia, Energias Convencionais e Energias renovveis. Esta ampla oferta transforma Energy no evento mundial lder no campo do mix de energias do futuroData: 13 a 17 de abril de 2015Local: Hannover/ AlemanhaInformao: http://www.hannovermesse.de/de/messe/energie-und-umwelttechnologien/energy/?source=redirect

    02/06ISO 31000 - Capacitao em Gesto de RiscoCapacitar no entendimento da norma ISO 31000 de conhecimentos sobre o processo para a identificao de oportunidades e ameaas aos objetivos da organizao e para a aquisio de uma base de informaes para a tomada de decises relativas a ganhos e perdasData: 02 a 06 de fevereriroLocal: So Paulo/SPInformao: http://www.qsp.org.br/capacitacao_gr.shtml

    09/10ISO 9001 e 14001 verso 2015 - Oque esta mudandoDiscutir os requisitos e as principais mudanas das normas. Apresentar ferramentas e tcnicas para a implementao dos novos r equ i s i to s .Desenvo lve r estratgias e planos de transio para adequao da organizao s novas normasData: 09 e 10 de fevereiroLocal: So Paulo/SPInformao:http://www.qsp.org.br/curso_novas.shtml

    07Green Belt Lean Seis SigmaO objetivo do treinamento de Lean Seis Sigma Green Belt ensinar a metodologia e suas ferramentas de forma a capacitar os participantes a desenvolverem projetos de melhoria em sua rea de atuao.Data: 07 de fevereiro a 04 de abril ( s sbados)Local: So Paulo/SPInformao: http://www.leansixsigma.com.br/loja/detalhes/?423

    Construindo um Sistema de Gesto da QualidadeUm livro especialmente escrito para os profissionais que pretendem IMPLANTAR um Sistema de Gesto da Qualidade ,VERIFICAR o sistema j implantado na empresa ou TREINAR sua equi-pe interna. http://qualistore.com.br/produtos/construindo-um-sistema-de-gestao-da-qualidade-isbn-9788589705455/

    Eventos

    Abril - 2015

    04/06Curso de Minitab Aplicado ao Seis SigmaUtilizar algumas das mais importantes ferramentas auxiliares do MINITAB. Realizar no MINITAB todas as anlises estatsticas aplicadas indstria que forem abordadas (de acordo com o(s) mdulo(s) escolhidos). Interpretar os resultados Data: 04 e 06 de fevereiroLocal: So Paulo/SPInformao: http://www.leansixsigma.com.br/loja/detalhes/?499

    http://www.hannovermesse.de/de/messe/energie-und-umwelttechnologien/energy/%3Fsource%3Dredirecthttp://www.hannovermesse.de/de/messe/energie-und-umwelttechnologien/energy/%3Fsource%3Dredirecthttp://www.hannovermesse.de/de/messe/energie-und-umwelttechnologien/energy/%3Fsource%3Dredirecthttp://www.hannovermesse.de/de/messe/energie-und-umwelttechnologien/energy/%3Fsource%3Dredirecthttp://www.hannovermesse.de/de/messe/energie-und-umwelttechnologien/energy/%3Fsource%3Dredirecthttp://www.qsp.org.br/capacitacao_gr.shtmlhttp://www.qsp.org.br/capacitacao_gr.shtmlhttp://www.qsp.org.br/curso_novas.shtmlhttp://www.qsp.org.br/curso_novas.shtmlhttp://www.qsp.org.br/curso_novas.shtmlhttp://www.leansixsigma.com.br/loja/detalhes/%3F423http://www.leansixsigma.com.br/loja/detalhes/%3F423http://www.leansixsigma.com.br/loja/detalhes/%3F423http://qualistore.com.br/produtos/construindo-um-sistema-de-gestao-da-qualidade-isbn-9788589705455/http://qualistore.com.br/produtos/construindo-um-sistema-de-gestao-da-qualidade-isbn-9788589705455/http://www.leansixsigma.com.br/loja/detalhes/%3F499%20http://www.leansixsigma.com.br/loja/detalhes/%3F499%20http://www.leansixsigma.com.br/loja/detalhes/%3F499%20

  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 9

    FIEE Eltrica 2015

    O maior e mais completo evento de eltrica, eletrnica, de energia e de automao Amrica Latina. O que h de mais moderno na indstria estaro reunidos, durante 5 dias, no Pavilho de Exposies do Anhembi. Data: 23 a 27 de maroLocal: So Paulo/Informao: http://www.fiee.com.br/O-Evento/Informacoes-Gerais/Apresentacao/

    23Upgrade MMOG V4 -AIAG (verso 2014)Este curso apresenta ao participante uma anlise das principais mudanas dos requisitos e do processo de avaliao do Global MMOG/LE V4, propiciando uma compreenso do participante das adequaes necessrias ao migrar da verso 3 para a verso 4Data: 23 de fevereiroLocal: So Paulo/SPInformao:http:/ /www.setecnet.com.br/convite.php?id_turma=3552

    09/10GD&T Bsico - Tolerncia Geomtrica e de Posio Baseada na Norma ASME Y 14.5MPropiciar aos participantes a correta interpretao da Norma ASME de GD&T, capacit-los a avaliar desenhos e especificaes que trazem requisitos de GD&T. Data: 09 a 10 de fevereiroLocal: So Paulo/SPInformao: http://www.setecnet.com.br/convite.php?id_turma=3577

    26/27Curso Bsico em Gesto de ProjetosBaseado no Guia PMBOK - Project Management Body of Knowledge o curso abrange as nove reas de conhecimento e os processos de gesto de projetos. O aluno ter contato com as tcnicas de planejamento e de estruturao de um projetoData: 26 e 27 de fevereiroLocal: So Paulo/SPInformao: http://www.vanzolini.org.br/eventos.a s p ? c o d _ s i t e = 0 & i d _evento=1677

    24/25CQI 12 - Sistema de Avaliao de Processo de RevestimentoPropiciar aos participantes a correta interpretao do requisito CQI-12, capacit-los a avaliar o sistema de revestimento conforme as tabelas de processos. Tornar homogneo os conceitos entre os participantes do treinamentoData: 24 e 25 de fevereiroLocal: So Paulo/SPInformao:http:/ /www.setecnet.com.br/convite.php?id_turma=3576

    23/24Supply Chain & Logstica

    O Congresso Brasileiro de Supply Chain & Logstica ter uma programao focada nas solues, melhorias e inovaes nacionais e internacionais voltadas para o setor. Um amplo e completo evento de negcios. O programa ser aberto com as solues de infraestrutura com vises de especialistas nessa rea, usurios e representantes da indstria.Data: 23 a 24 de maroLocal: So PauloInformao: http://www.sclsummitbrazil.com/pt/

    Implantando a ISO 9001:2008Kit para implantao do Sistema de Gesto da Qualidade na empresa. O Kit Passo a Passo traz todos

    os materiais necessrios para a aplicao completa da norma. http://qualistore.com.br/produtos/implante-voce-mesmo-a-iso-9001-em-sua-empresa/

    Maro - 2015

    Fevereiro

    http://www.fiee.com.br/O-Evento/Informacoes-Gerais/Apresentacao/http://www.fiee.com.br/O-Evento/Informacoes-Gerais/Apresentacao/http://www.fiee.com.br/O-Evento/Informacoes-Gerais/Apresentacao/http://www.fiee.com.br/O-Evento/Informacoes-Gerais/Apresentacao/http://www.setecnet.com.br/convite.php%3Fid_turma%3D3577http://www.setecnet.com.br/convite.php%3Fid_turma%3D3577http://www.setecnet.com.br/convite.php%3Fid_turma%3D3577http://www.vanzolini.org.br/eventos.asp%3Fcod_site%3D0%26id_evento%3D1677http://www.vanzolini.org.br/eventos.asp%3Fcod_site%3D0%26id_evento%3D1677http://www.vanzolini.org.br/eventos.asp%3Fcod_site%3D0%26id_evento%3D1677http://www.vanzolini.org.br/eventos.asp%3Fcod_site%3D0%26id_evento%3D1677http://www.setecnet.com.br/convite.php%3Fid_turma%3D3576http://www.setecnet.com.br/convite.php%3Fid_turma%3D3576http://www.setecnet.com.br/convite.php%3Fid_turma%3D3576http://%20http://bsi.learncentral.com/shop/Course.aspx%3Fid%3D12569%26name%3DForma%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Bde%2BAuditor%2BInterno%2BISO%252fTS%2B16949%253a2009http://www.sclsummitbrazil.com/pt/http://www.sclsummitbrazil.com/pt/http://qualistore.com.br/produtos/implante-voce-mesmo-a-iso-9001-em-sua-empresa/%20%20http://qualistore.com.br/produtos/implante-voce-mesmo-a-iso-9001-em-sua-empresa/%20%20http://www

  • 10 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    Treinamento para o Treinamento

    A norma ISO 9001, j na verso 2000, introduziu algumas mudanas , algumas sutis como o item 6.2.2 que cuida do desenvolvimento do RH, dentro das empresas, principalmente de mdias para cima!O pulo do gato foi na inverso do conceito competncia

    , que veio antes de educao. Parece que estavam trocando seis por meia dzia. No estavam no! O grande problema nas admisses justamente, encontrar o indivduo competente. Competncia a vai desde o conhecimento do assunto , objeto das atividades e processos a serem desenvolvidas por este indivduo, sua experincia, mais dedicao no antigo emprego, respostas rpidas e vontade de vencer, evoluir com a nova empresa! Difcil ? Claro, ainda mais no nosso Pas onde a EDUCAO primria juntamente com a secundria foi sucateada e o resultado todos j sabem, ndices cada vez mais baixos de conhecimentos e cultura geral , de uma Nao que faz parte do BRICS!

    A procura pelo funcionrio ideal est muito grande! Enquanto que candidatos sobram para as vagas que exigem qualificao, o mercado para os graduados , diminui medida que as multinacionais trazem de suas origens a mo de obra competente para ocupar os cargos de confiana e de Superviso. Nas industrias e empresas de servios a mo de obra intermediria e de cho de fbrica, mesmo aqueles com determinadas habilidades , como soldadores e inspetores de no destrutivos e dimensional, no esto encontrando facilidades por conta do mercado desaquecido, quase parado e tambm pelo baixo nvel educacional.

    Portanto a COMPETNCIA vem acertadamente em primeiro lugar, para depois a Empresa promover, quando aplicvel ,um Plano de Treinamento , quando a Empresa certificada! O requisito 6.2.2 obrigatrio e os auditores aceitam tudo o que a Empresa apresenta! Normalmente so listas e mais listas de presena em curso diversos em vrios dias e assinados com a mesma caneta ( pelo menos a cor da tinta igual, as canetas no falham )! O mais incrvel que os outros Cursos realizados em outras datas , a listagem a mesma e os que faltaram, nunca receberam a reciclagem e sempre apresentaram a mesma desculpa, ATESTADO MDICO !

    O que o auditor tem que fazer!? Primeiro , comentar que aqueles que faltaram deveriam ser chamados para uma turma extra, para mostrar ao RD ( normalmente figura decorativa) que funcionrios no educados, j que treinamento para animais, podem no trazer muito lucro para a Empresa. Por outro lado, ser que a ALTA DIREO est ciente que o RD um farsante? Se sabe, pior para ele pois um atestado de

    burrice, estar assinando toda vez que rubrica uma ACAD ( Anlise Crtica da Alta Direo) .

    O Auditor tambm , nunca pode dizer que aqueles registros so fajutos. O bom profissional, antes de anotar, d uma de Joo Bobo e pensa alto HUM ! HUM ( linguagem bovina )e escreve alguns nomes em locais onde ir visitar! Um bom Auditor no pratica o ZIG ZAG na fbrica ou escritrio. Quando chegar nestes locais programados ou no vai encontrar o cidado , que muitas das vezes no dia da auditoria foi para o turno da noite, ou dar sorte de encontrar o cidado que assinou a lista mas no aprendeu nada! Normalmente isto que acontece. Pode perguntar que nada sair e a o RD tentar dar alguma desculpa, aquelas bem esfarrapadas, mas o AUDITOR no perde a linha , d uma no conformidade , por no ter sido eficaz, o treinamento!

    Quando lanaram o tal do PBQP-H , a empresas de Construo Civil, teriam que fazer a Certificao ISO 9001 ( quela poca podia a 9002 e a 9003 mais conhecida por 9 mil e nada). Um dos pontos fortes, alis fortssimos era que o Empresrio, assinaria o termo de compromisso para dedicar tantos por cento para o treinamento, principalmente em Segurana do Trabalho , pois acidentes aconteciam e ns ramos e continuamos sendo Campees ( talvez mais que HEXA ) em qualquer modalidade. TANTOS , deve ser uma palavra GREGA ou dialeto parecido ,que significa na prtica a palavra ZERO!

    De posse do Certificado, a Construtoras corriam para a CAIXA econmica FEDERAL e l conseguiam os fundos desejados para seus negcios e os TANTOS por cento para o treinamento.... , h ou h ... babau! Os anos se passaram , vieram os Planos Habitacionais Estaduais e a as mesmas churumelas continuam acontecendo. No ITAQUERO , um funcionrio recm admitido para trabalhar em altura, morreu pois no tinha treinamento, mas o Estdio tinha que ficar pronto e assim so milhares de brasileiros que morrem por falta de treinamento ( educao ) e milhes desempregados ou subempregados por no terem qualificao.

    Fingir que est investindo em treinamento burrice, pois os buracos logo aparecem e s vezes imensos! Lembremos do buraco do metr de So Paulo! A culpa foi do terceiro que terceirizou para o terceiro e assim por diante... ser que sobrou grana para treinar pessoal?

    O quinteto titular era 9001! Plagiando o um certo Gordo... me deixa o tubo! t

    Rafael Stannieder Pereira - Diretor Executivo do BACQS

    Opinio Por Rafael Stannieder Pereira

  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 11

    http://www.dascertification.uk.com

  • 12 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    Comportamento

    As 12 caractersticas das pessoas altamente criativas

    Conhecendo essas caractersticas e desenvolvendo-as conscientemente, todos podem acabar incorporando automaticamente esses atributos e habilidades s suas competncias profissionais e pessoais

  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 13

    Ernesto Berg

    Pessoas criativas tm vrias caractersticas e qualidades especficas que as diferenciam bastante de indivduos menos criativos. Certamente, o tipo e o grau de criatividade variam de um indivduo para outro, e nem todas as pessoas criativas possuem uniformemente, e no mesmo nvel, todas as caractersticas aqui enumeradas, mas todas tm facilidade de lidar com esses mtodos e ideias por ser parte integrante de suas habilidades cotidianas. Alm do que, conhecendo essas caractersticas e desenvolvendo-as conscientemente, todos ns acabaremos incorporando automaticamente esses atributos e habilidades s nossas competncias profissionais e pessoais.

    1. Abertura para o inconscienteNosso crebro pulsa e emite vibraes contnua e regularmente. composto por cerca de 100 bilhes de clulas nervosas, chamadas neurnios, que emitem pequenas correntes eletromagnticas, as ondas cerebrais, as quais se alteram de acordo com nosso estado de conscincia. O eletroencefalograma detecta perfeitamente essas ondas que so medidas em ciclos por segundo (CPS), ou Hertz.

    Existem quatro categorias de ondas cerebrais: Beta, Alfa, Teta e Delta. Quanto mais alta a ciclagem por segundo, mais despertos estamos; o estado Beta (13 a 40 CPS). Ciclagens mais baixas evidenciam estados menos ativos de conscincia. O Alfa (8 a 12 CPS) uma onda cerebral mais lenta, estvel e rtmica. o nvel do estado mental de serenidade, paz e quietude. Ocorre durante o relaxamento induzido em estado de viglia quando fechamos os olhos e, tambm, quando praticamos visualizao criativa, meditao e tcnicas de autossugesto.

    A criatividade fortemente despertada no nvel Alfa porque, no estado de quietude por ele provocado, pensamentos e imagens antes impedidos de aflorarem por causa da agitao mental do estado Beta, ficam liberados e emergem at o nvel consciente. aquela ideia ou palpite que surge repentinamente e que d certo; o eureca, achei!; o insight.

    2. Base de conhecimentos essenciais.Quanto mais ampla a faixa de conhecimentos em outras reas, maior a capacidade criativa do indivduo. Pessoas que se interessam por outros assuntos (ou que praticam outras atividades) alm de suas atividades habituais levam grande vantagem criativa sobre as que no procedem assim. Voc no pode retirar da sua mente o que no foi colocado antes l dentro. A qualidade dos depsitos efetuados na nossa mente que ir determinar a qualidade das ideias e insights que surgiro. Nenhum especialista ou profissional capaz de fazer contribuies expressivas sem que tenha conhecimento de inmeros outros assuntos paralelos sua especializao. Sem estudo e aprendizagem contnuos em reas diferentes, impossvel produzir resultados criativos ou inovativos, pois a criatividade fortemente estimulada pelo conhecimento e vivncia em outros campos de atividade, alm dos da sua especialidade.

    3. Capacidade de anlise e snteseA capacidade de fazer anlises - e tambm de sintetizar - uma habilidade tpica de pessoas criativas. Embora a anlise possa dar a impresso de ser algo no criativo, ela uma fase fundamental do processo de concepo, pois permite avaliar problemas ou obstculos e dividi-los em partes menores essenciais e enxergar a relao entre a parte e o todo. Indivduos criativos dedicam muito tempo a anlise e sntese de soluo de problemas, porque dessas observaes depende a qualidade das decises criativas que sero tomadas, enquanto que pessoas menos criativas parecem querer arrancar a soluo - sem perder tempo com anlises -, antes mesmo de compreenderem a estrutura do problema ou do desafio.

    4. Capacidade de perceber e solucionar problemasTeorias, hipteses e fatos poucas vezes estimulam a criatividade. O grande combustvel da criatividade so as situaes problemticas, aquelas que requerem solues que aparentemente no tm u

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    Comportamento sada, ou situaes difceis de resolver. aqui que se revela o diferencial da criatividade e que a torna to especial atravs do uso de mtodos lineares (isto , lgicos) e intuitivos.

    As tcnicas ESCUTAR, Quadro de Ideias, Brainstorming, Incubao, so algumas das metodologias criativas extremamente prticas para solucionar problemas e muito fceis de usar.Indivduos criativos possuem grande habilidade de perceber problemas e desafios que escapam maioria das pessoas. Eles tm uma sensibilidade de entender aspectos menos bvios ou os pontos mais promissores de uma situao, aquelas oportunidades ocultas que poucos notam. No por acaso Martinho Lutero disse: "Se voc est procurando uma grande oportunidade, descubra um grande problema.

    5. CuriosidadeCuriosidade ter interesse pelas coisas. Pessoas curiosas no ficam quietas esperando que as coisas aconteam. Ser curioso permite que o indivduo esteja aberto a novas experincias, a conhecer novos lugares, pessoas, objetos, vivenciar novas situaes. algo que vamos perdendo medida que crescemos, pois j catalogamos, mentalmente, tudo o que julgamos ser importante para ns; desse modo, entramos num rotina diria apenas repetindo as experincias e deixamos de lado o fascnio da curiosidade e a busca pelas coisas novas.

    6. FlexibilidadePessoas criativas tm grande flexibilidade de raciocnio e conseguem enfocar problemas por vrios ngulos diferentes. Quando surgem novos fatos ou circunstncias, adaptam-

    se rapidamente nova situao, no hesitando em abandonar uma linha de raciocnio, substituindo-a por outra mais plausvel. Elas gostam de testar, examinar, avaliar, imaginar diversas alternativas e configuraes antes de se decidirem por aquela que consideram a melhor soluo para resolver o problema ou descobrir oportunidades. Uma das reas em que o indivduo flexvel mais se dedica a de fazer perguntas. E se fizssemos desse jeito, em vez daquele?, Se olhssemos a situao de outro ngulo, o que aconteceria?

    7. FlunciaA fluncia uma das caractersticas fundamentais para a resoluo criativa de problemas ou descobrir novas alternativas. Pessoas criativas conseguem gerar muitas ideias diferentes para as mais variadas situaes, e no se deixam levar pelo tradicionalismo ou por rotinas estabelecidas. Por exemplo:

    Quantos usos diferentes voc daria a um clipe, alm de prender papel? Eis algumas possibilidades: palitar dentes, limpar ouvidos, pendurar roupa, gancho, anzol, molho de chaves, marcador de pgina de livro, desentupir tubo de cola, limpar unhas etc. etc. Certa ocasio, em um curso de criatividade que ministrei, um dos participantes relacionou mais de 50 usos para um clipe, em menos de cinco minutos. Especialistas afirmam que existem mais de 500 utilidades para o clipe. Quantas voc consegue encontrar?

    8. Habilidade de raciocinar por metforas O que as seguintes frases tm em

    comum? Tempo dinheiro. Barriga da perna, Na flor da idade, Cheque sem fundo, Esfriar a cabea,

  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 15

    Dente de alho. Resposta: todas elas so metforas. A metfora uma figura de linguagem que interliga diferentes realidades atravs de suas semelhanas. Ela ajuda a compreender uma ideia recorrendo a outra ideia.

    Ela um dos instrumentos mais teis ao trabalho criativo, qualquer que seja o campo de atuao profissional. Utilizamos a metfora o tempo todo. Ela importantssima na comunicao do dia a dia. quase impossvel nos comunicarmos sem recorrer metfora. Pesquisas revelam que, durante as conversaes, usamos de 3 a 4 metforas por minuto, atravs de simbologias, comparaes e analogias. O GPS - ou um mapa - tambm uma metfora, pois embora no seja uma cidade, ele representa graficamente a estrutura viria da cidade, o que permite encontrar facilmente o endereo desejado.

    A parbola tambm uma metfora, pois atravs dela so ensinados ou expostos conceitos, s vezes complexos, que de outra forma seriam difceis de entender. Por isso mesmo Jesus Cristo utilizou inmeras parbolas para ilustrar melhor suas mensagens e facilitar a compreenso delas pelas pessoas.

    9. Motivao Pessoas altamente criativas criam, no porque algum exigiu que criassem algo, mas porque sentem necessidade de faz-lo. O desejo e a motivao de criar so elementos bsicos para elas. No importa as dificuldades e obstculos, o indivduo criativo seguir em frente sem desanimar, pois seus estmulos so internos, no externos. Ele movido por entusiasmos internos. Pessoas criativas encontram no trabalho que elas escolheram o caminho mais importante

    para alcanar sua realizao pessoal. De to motivadas e concentradas, elas, no raro, perdem a noo de tempo e espao ao se envolverem com suas atividades.

    10. OriginalidadeSer original significa livrar-se de esteretipos, ir alm do comum e corriqueiro, e imaginar solues diferentes, mais avanadas e singulares para problemas existentes ou oportunidades que surgem. Pessoas criativas conseguem desestruturar sistemas e processos tradicionais e enxergar alm das limitaes impostas por regras e regulamentos, criando novas combinaes e novas alternativas. Indivduos que pensam de forma original quebram paradigmas. Em outras palavras: elas pensam fora da caixinha. Elas fazem conexes e associaes mentais entre coisas muito diferentes entre si dando origem a eventos, fenmenos e experincias totalmente novas ou inusitadas. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a cirurgi-dentista Beatriz Zorowich, cuja empregada vivia entupindo a pia da cozinha quando lavava arroz. Ento, uma noite, assistindo televiso, Beatriz u

  • 16 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    teve um estalo e veio a ideia completa de como fazer um lava-arroz. Auxiliada pelo marido, colocou papel-alumnio em duas tigelas, grampeou uma na outra e fez furos com prego. Pronto! Estava inventado o prottipo do escorregador de arroz, til tambm para escorrer verduras, feijo, morango etc. O invento foi aperfeioado, patenteado e passou a ser produzido industrialmente pela Trol S/A, tornando-se um extraordinrio sucesso de vendas, rendendo polpudos dividendos inventora. Algo simples e til, no qual ningum ainda havia pensado antes.

    11. PercepoUm dos postos-chaves da criatividade a percepo. aquilo que muitas vezes est bem nossa frente, mas no enxergamos. Vemos, mas no percebemos, olhamos, mas no distinguimos. A pessoa perceptiva enxerga alm das coisas, alm do bvio, alm das aparncias. Foi o que Ray Krock viu no sistema de fast food criado pelos irmos McDonalds. Os irmos haviam criado o processo, mas no haviam se dado conta do alcance do seu invento. Ray Krock percebeu suas imensas possibilidades e adquiriu os direitos de terceirizao da metodologia, implantando-o em seus restaurantes e lanchonetes, tornando-se proprietrio da maior cadeia de lanchonetes do mundo.

    12. Perseverana e concentrao.Pode-se afirmar categoricamente que perseverana e concentrao so dois componentes fundamentais e indispensveis da criatividade e inovao. Muitos imaginam que ser criativo sentar na poltrona, relaxar, dar vazo s ideias e que, depois disso, as coisas se concretizaro automaticamente

    como num passe de mgica. Nada mais distante da realidade. Ter ideias uma coisa, coloc-las em prtica, outra, bem diferente. Por isso mesmo, criatividade no para preguiosos e indolentes. Ela exige esforo e trabalho concentrado tanto na fase de experimentao quanto na implantao.

    Thomas Edison, que patenteou 1.093 inventos, afirmava que a perseverana era uma de suas maiores armas para descobrir novos dispositivos. A lmpada eltrica, por ele inventada em 1879, teve cerca de 1.300 experincias fracassadas, antes do primeiro sucesso. Ele considerava os malogros apenas etapas indispensveis para o triunfo final. Logo, quando Edison afirmava que a genialidade 1% inspirao e 99% transpirao, ele queria dizer que a ideia representava somente 1% do processo, os outros 99% eram de pura transpirao para concretiz-la, isto , tinha que suar a camisa. Pessoas criativas demonstram persistncia inabalvel perante obstculos e frustraes.

    O raciocnio ininterrupto e trabalho continuado esto entre suas melhores caractersticas. Einstein observou: Eu penso sem parar durante meses e anos. 99 vezes a concluso errada. Na centsima vez eu acerto. Mentes produtivas so disciplinadas e concentradas naquilo que fazem, a ponto de, s vezes, perder a noo de tempo e desligar-se do que acontece sua volta.t

    Ernesto Berg consultor de empresas, professor, palestrante, articulista, autor de 14 livros, especialista em desenvolvimento organizacional, negociao, gesto do tempo, criatividade na tomada de deciso, administrao de conflitos. Graduado em administrao e sociologia, ps-graduado em administrao pela FVG de Braslia. Foi executivo do Serpro em Braslia por dez anos e consultor senior da Alexander Proudfoot Company de So Paulo.

    Comportamento

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    http://www.excelint.com.br

  • 18 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    Gesto de Pessoas

    Aprenda a se posicionar no mercado de trabalho

    Seu posicionamento algo muito pessoal e

    define quem voc no mercado.

    Tome sua posio

  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 19

    Da Redao

    Posicionamento um conceito muito usado em marketing e significa, resumidamente, o lugar em que voc est ou quer estar no mercado. Ter o seu posicionamento definido de extrema importncia, afinal, isso que decidir a forma como voc ser reconhecido no mercado de trabalho tanto pelos seus clientes quanto pelos seus concorrentes, assim como a viso que a mdia e os jornalistas tero de voc e retrataro o seu trabalho.

    Madalena Feliciano, diretora de projetos da Outliers Careers, comenta que marketing significa promover, divulgar e vender um produto ou servio e, acima de tudo, construir uma marca. E isso o que voc far com a sua carreira ao se posicionar no mercado: promover sua marca, saber seus objetivos, como se portar frente a dificuldades, etc.

    Infelizmente, vejo que muitos bons profissionais se perdem na carreira porque no tm um posicionamento definido. Atiram para todos os lados e no conseguem concentrar sua energia no que realmente lhes interessa, comenta a especialista. A partir do momento em que voc tem um bom posicionamento, voc reconhecido no mercado e tem maiores chances de se tornar uma referncia no assunto.

    Mas, como definir um posicionamento? Para isso, preciso ateno, vontade e dedicao para elementos diversos. Para um bom posicionamento voc precisar fazer um montante de escolhas pessoas e profissionais, exterioriz-las e torn-las palpveis e concretas. As caractersticas de uma empresa bem posicionada j esto dentro do prprio gestor, por isso, antes de tudo, voc precisa se concentrar nas suas caractersticas pessoais, por

    exemplo, qual a sua misso de vida? Quais so seus desejos? Qual a razo de fazer o que voc faz? Quais problemas voc gosta e deseja resolver?, explica Madalena.

    A especialista ressalta que o profissional tem que respeitar o que lhe d prazer e buscar fazer aquilo que lhe traz felicidade. Voc tem algum talento ou dom? Respeite-o e use-o a seu favor. Aquilo que se faz respeitando o dom pessoal tem melhores resultados, d maior satisfao e menos desgaste afinal, voc tem aptido para isso, comenta.

    Respeite e relembre tudo o que aprendeu com suas experincias profissionais e use as lies aprendidas. Ter foco, ser pontual, buscar resultados, respeitar o tempo de trabalho, etc. Cada emprego oferece uma srie de deveres e obrigaes a serem cumpridos, e eles sempre iro te ensinar algo, ressalta.

    Para ser diferenciado no mercado, repense quais so as suas virtudes, valores e principais caractersticas. So essas qualidades que iro distinguir sua atuao no mercado ou sua marca. Suas virtudes so aqueles pontos chaves que faro voc ser reconhecido, diz Madalena.

    O sucesso um equilbrio entre suas principais caractersticas e aquilo que falta no mercado e, a partir do momento em que voc harmoniza o que tem dentro de si com o que falta no mercado, voc tem mais chances de obter sucesso, sentir-se realizado com sua profisso e ter o reconhecimento do pblico que tambm saber qual o seu posicionamento.

    Objetivos bem definidosSeja na vida pessoal ou profissionalu

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    Gesto de Pessoas

    ter bons objetivos que rejam as suas aes algo muito importante: e, para fazer isso com destreza, nada melhor do que definir desde cedo seus objetivos e os planos concretos para alcan-los. Pode parecer complicado colocar em um papel seus planos para daqui dois, cinco ou mais anos, mas algo que, no futuro, ir lhe render muitos frutos. Muitas vezes o profissional no faz um planejamento de carreira quando termina a sua formao,

    o que torna grande o risco de ele entrar no mercado sem saber o que deseja ou sem conquistar um espao na sua rea de atuao, comenta Madalena Feliciano, diretora de projetos da Outliers Careers.

    Para evitar esse problema o ideal ter seus objetivos definidos, sabendo onde se deseja chegar em curto, mdio e longo prazo, assim como os recursos que sero necessrios para alcanar o que se deseja. Fazer isso sozinho muitas vezes pode parecer complicado, por isso, contar com a ajuda de um profissional na rea, que saiba indicar os caminhos e ajudar a achar a resposta dentro do prprio cliente pode ser uma alternativa interessante, sugere Madalena.

    Quando a pessoa tem um objetivo esclarecido e realmente o deseja, ela concentra seus esforos para que consiga essa realizao, essa vitria. E uma vitria nada mais do que a consequncia de um objetivo bem definido, uma estratgia bem elaborada,

    competncia superior e muito trabalho concentrado, ressalta a especialista.

    Madalena lembra que preciso, sim, saber lidar com imprevistos e possveis mudanas que possam aparecer no meio do caminho, mas, quando se est bem preparado para o que vem pela frente, obstculos e possveis imprevistos no so o suficiente para tirar uma pessoa determinada do seu caminho. Sempre existiro problemas e limitaes, mas o profissional no pode deixar que isso estrague a sua trajetria. preciso tirar fora desses momentos para seguir com ainda mais vontade at o objetivo traado, comenta Madalena.

    Algumas dicas que a especialista oferece para aqueles que no possuem um objetivo definido ou possuem apenas uma idia do que desejam fazer a partir de agora so: listar todas as aes necessrias. Quando se coloca as informaes no papel elas ficam mais claras e voc no corre o risco de esquecer algum detalhe. Deixe as anotaes em um local bem visvel, assim, voc pode acompanhar os avanos e checar os prximos passos com frequncia. Isso facilita o cumprimento das tarefas e aumenta a motivao, diz.

    Outras dicas so se espelhar em pessoas de sucesso e que representem um exemplo para sua vida, tanto profissional quando pessoal, e ser persistente afinal, voc escutar muitos nos, mas no deixe que isso destrua o seu caminho at o objetivo. Acredite em voc, na sua meta e no caminho que tomar at l.

    Se no sentir que ser capaz de tomar a iniciativa sozinho, conte com o apoio de um profissional na rea que te auxilie a enxergar o melhor caminho e o apie na hora de passar por cima dos obstculos com confiana e segurana, acrescenta Madalena.

  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 21

    Por Claiton Fernandez

    A literatura corporativa est repleta de livros que prometem revelar as tcnicas ocultas utilizadas pelos grandes lderes para influenciar e mobilizar pessoas. O psiclogo norte-americano Howard Gardner, um dos renomados pesquisadores da Universidade de Harvard, elaborou, ao longo de uma dcada, uma espcie de raio-x dos crebros mais influentes da histria. Focalizando da primeira ministra britnica Margaret Thatcher ao superCEO Jack Welch, ele analisou como essas personalidades mudaram a cabea de outros indivduos.

    O resultado da pesquisa deu origem ao livro Changing Minds The Art and Science of Changing Our Own and Other Peoples Minds (na traduo literal, Mudando Ideias A Arte e Cincia de Mudar as Ideias Prprias e de Outras Pessoas). A obra comprova que, ao contrrio do que se imaginava, a cincia da persuaso vai muito alm dos exerccios de oratria ou das nuances da linguagem corporal.

    Acreditava-se at ento que influenciar pessoas era uma habilidade comportamental e no intelectual. Uma pesquisa bastante conhecida na rea de Programao Neurolingustica, por exemplo, pregava que apenas 7% da comunicao interpessoal ocorre atravs das palavras. A entonao da voz responderia por 38% da mensagem, enquanto a postura corporal e as expresses do rosto transmitiriam nada menos do que 55% das informaes captadas pelo crebro humano.

    Diziam que o cantor mais importante do que a cano. Da mesma forma, quem fala mais importante do que aquilo que est sendo falado. No entanto, descobriu-se que os lderes mais influentes do mundo expem suas ideias de uma forma racional e sistemtica e com uma estrutura de argumentao envolvente. Resumindo, as

    palavras tm muito mais importncia no discurso persuasivo do que se pensava.

    Na verdade, a mente processa e arquiva informaes de diversas formas. Cada ideia que temos representada ou por uma imagem, ou por um som ou por outros tipos de signos mentais. Para mudar uma pessoa, ou suas opinies, necessrio, portanto, remodelar essas roupagens que a mente d a cada ideia. E isso pode ser feito de vrias maneiras, inclusive conversando.

    No que a neurolingustica esteja ultrapassada, mas a pesquisa ajudou a desvendar, de quebra, por que algumas pessoas conseguem mover multides com o dom da palavra. Hoje, provocar mudanas uma habilidade obrigatria para qualquer lder. Na atual dinmica da economia global, as empresas so obrigadas a estarem sempre em compasso de transio.

    O problema que raramente as pessoas esto preparadas para mudar na velocidade que o mundo dos negcios exige. Pelo contrrio, por natureza, a mente humana prefere as mordomias da estabilidade s incertezas da mudana. Os indivduos geralmente criam uma fixao pelos hbitos e comportamentos que se mostraram eficazes no passado.

    A tendncia acomodao uma verdadeira dor de cabea para os gestores que tentam implantar novos paradigmas em suas empresas. Sem a devida preparao, dificilmente eles conseguem contornar as resistncias e levar seus projetos adiante. Influenciar pessoas est cada vez mais difcil. u

    Claiton Fernandez palestrante, consultor e educador. Autor dos livros Caminhos de um Vencedor e Da Costela de Ado Administradora Eficaz. Site: http://www.claitonfernandez.com.br

    A arte de influenciar pessoas

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  • 22 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    Gesto de Pessoas

    Por Erik PennaNunca tarde demais para ser aquilo que sempre se desejou ser. (George Eliot)

    Gostaria de falar sobre a segunda-feira e propor uma reflexo sobre como dois elementos encaram to diferentemente esta mesma data. Pare para pensar e imagine o quanto uma pessoa desempregada espera pela segunda-feira. Muitas vezes, o profissional passa o domingo procurando vagas nos jornais ou pela internet e se enche de esperana quando encontra uma oportunidade, uma entrevista para uma vaga.

    Se a entrevista est agendada para segunda-feira, ele acorda bem cedo, se arruma com todo capricho e cuidado, coloca a melhor roupa, se enche de entusiasmo e parte para a seleo com muita motivao, pr-atividade e vontade de vencer. Em sua mente geralmente mentaliza fatos positivos e promete que, se a vaga lhe for concedida, far jus confiana e dar o melhor de si para as expectativas do contratante. Esse otimismo e performance ocorre normalmente com quem sai de casa na segunda-feira, aposta tudo nesse dia e espera ser contratado.

    Por outro lado, como palestrante comportamental, tenho visitado algumas empresas e escutado da liderana que muitos funcionrios chegam na segunda-feira de manh desmotivados, cansados, mal humorados, com cara de poucos amigos e alguns contrariados pelo fato de ter que abrir mo de um programa no domingo noite para poder chegar to cedo na segunda-feira para trabalhar.

    Segundo estudos do Instituto de Pesquisa eOrientao da Mente, de cada dez profissionais consultados, sete no esto satisfeitos com a sua carreira ou emprego. Analise como voc est hoje e responda: seus pensamentos, atitudes e motivao continuam iguais aos de quando foi trabalhar no primeiro dia? Se a resposta foi sim, parabns, voc faz parte da minoria. Se a resposta foi no, eu lhe pergunto: onde est todo aquele entusiasmo, aquele brilho nos olhos e a alegria contagiante do comeo?

    Por que ser que acontece isso com tanta gente? Dados da pesquisa realizada pela Talenses, consultoria de recrutamento executivo, apontam que a Gerao Y, (pessoas nascidas a partir da segunda metade da dcada de 1980), a que mais muda de emprego. Destes profissionais, 71% ficam de trs a seis meses numa mesma companhia, o que torna a motivao e reteno desses talentos um grande desafio para a liderana contempornea.

    Outro dia tive uma conversa com um rapaz, de 21 anos, que estava reclamando da sua carreira profissional. Ele mencionou que pretendia trocar de emprego, pois estava na empresa h cinco meses e era obrigado a fazer horas extras trs vezes na semana, o que o desagradava muito.

    Na ltima vez que o encontrei, ele disse que estava gostando do emprego, mas j estava procurando outro, afinal, ele agora no precisava fazer horas extras. O chefe era bacana, mas a empresa estava atrasando seu pagamento e isso o chateava muito. Eu penso que podemos buscar uma melhor recolocao, no entanto, primordial trabalhar com o que gosta, fazer o que ama, e lembrar que nenhuma empresa perfeita, como ns tambm no somos. Podemos almejar uma melhora contnua, mas a base da felicidade valorizar o que j foi conquistado.

    Se estiver insatisfeito, de baixo astral ou de mal com a vida, pea para sair, entregue o bon e v para casa, mas, enquanto estiver vestindo a camisa da empresa, mantenha a chama acessa e d o melhor de si. Lembre-se que a sua imagem como profissional e tambm a da organizao que esto em jogo. Recomece sua prxima segunda-feira com uma nova injeo de nimo, de uma forma mais inovadora, comprometida e apaixonada, como no primeiro dia. Voc perceber que seus resultados sero cada vez mais positivos, at porque a vida muda quando a gente muda.t

    Erik Penna especialista em vendas, consultor, palestrante e autor dos livros A Divertida Arte de Vender e Motivao Nota 10 http://www.erikpenna.com.br

    A motivao na segunda-feira

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  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 23

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  • 24 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    Manuteno preventiva perde espao para manuteno preditiva em busca de confiabilidade

    Metodologia

    A manuteno, que antes era feita aps a avaria dos equipamentos, passou a ser planejada.

  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 25

    Por Cristiano Bertulucci Silveira

    A indstria moderna objetiva produzir com eficincia e qualidade de forma a aliar tecnologia com respeito ao meio ambiente. No que tange a eficincia, so vrios exemplos que podem ser observados no ambiente fabril. O melhor aproveitamento dos insumos e a preservao dos ativos industriais so os mais frequentes. Para tanto, uma estratgia que vem se mostrando uma tendncia a correta manuteno das mquinas e equipamentos visando ganhos em performance e reduo de custos.

    A maneira de lidar com a manuteno dos ativos industriais evoluiu fortemente com o desenvolvimento da indstria. A manuteno, que antes era feita aps a avaria dos equipamentos, passou a ser planejada. Periodicidades de intervenes nos equipamentos foram definidas e a gesto da manuteno evoluiu ainda mais com a utilizao de tcnicas preditivas e de inspeo. Todas as ferramentas foram se desenvolvendo no sentido de proporcionar sempre o aumento da confiabilidade operacional. Neste artigo farei um breve resgate sobre a importncia da manuteno e como a engenharia de confiabilidade se insere como uma forte tendncia.

    Qual a diferena entre a manuteno corretiva, preventiva e preditiva? A manuteno corretiva aquela que acontece depois da falha ou quebra do equipamento. sem sombra de dvidas a manuteno mais cara, pois a quebra de uma mquina pode comprometer seriamente a estrutura, as peas do equipamento e ainda provocar a parada no planejada da linha de produo. Para evitar estes custos, a indstria lana mo da manuteno preventiva, que leva em considerao a manuteno (reparo, lubrificao, troca de peas, etc) da mquina ao longo do tempo.

    A manuteno preventiva prolonga a vida til das mquinas e equipamentos e consequentemente aumenta a disponibilidade das mquinas reduzindo os custos da empresa. O ideal que o programa de manuteno preventiva possa evitar qualquer falha em mquinas e equipamentos antes que ela ocorra. A manuteno preventiva aplicada pela grande maioria das empresas atualmente, apesar de ser

    bastante eficiente, este tipo de manuteno pode no ser a melhor alternativa. Ela se posiciona como sendo a segunda manuteno com maior custo na indstria, justamente por ter periodicidade definida, ela aumenta os custos com a substituio de componentes das mquinas e com a utilizao de mo-de-obra, alm de que alguns tipos de componentes, quando substitudos, so mais susceptveis a falhas no incio de sua vida til (curva da banheira).

    Para reduzir o problema de substituio de componentes sem aproveitar ao mximo a sua vida til, a indstria acrescentou as inspees programadas e a manuteno preditiva no processo de manuteno. Assim comeou a ser levada em considerao a anlise do estado dos componentes e dos dados coletados no monitoramento em cho de fbrica. O monitoramento pode ser feito tanto pelos funcionrios da indstria quanto por dados reais do funcionamento da mquina oriundos de sistemas de superviso. Com a inspeo e a manuteno preditiva, utiliza-se menos mo de obra e os componentes das mquinas so utilizados ao mximo, reduzindo as paradas programadas das mquinas e aumentando a confiabilidade. As paradas deixam de ser programadas e comeam a ser planejadas.

    Como voc pode analisar, a evoluo da manuteno tem como premissa a reduo de custos baseadas na produtividade, quebra de mquinas e reduo do tempo de parada das mquinas. Embora seja um conhecimento difundido, muitas empresas tem dificuldade em calcular o custo de paradas das mquinas. Isto pode acontecer devido a falta de informao ou mesmo por questo da complexidade dos equipamentos instalados. H ainda o problema em algumas indstrias de que os programas de manuteno preventiva e preditiva no conseguem cobrir todos os equipamentos e mquinas disponveis.

    Por este motivo, a engenharia de confiabilidade est ganhando fora, justamente para estudar, analisar e implantar as ferramentas com o melhor custo-benefcio para cada situao especfica. u

  • 26 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    Metodologia

    Manuteno preditiva ganha espao com tendncia para engenharia de confiabilidade.

    Um passo adiante manuteno preventiva e preditiva a aplicao da engenharia de confiabilidade na indstria. Esta engenharia estuda o funcionamento dos sistemas e subsistemas de uma forma geral ao longo de um determinado tempo. O engenheiro de confiabilidade analisa a probabilidade de um sistema completar sua funo ou mesmo manter seu funcionamento durante determinada rotina. Para tanto, preciso ter uma viso geral dos campos da engenharia envolvendo vrias disciplinas e ferramentas de anlise.

    A engenharia de confiabilidade ganhou fora em usinas nucleares, mineradoras, fbricas de avies e nas indstrias onde o risco intolervel. Todavia, a indstria est utilizando do conceito aplicado na engenharia de confiabilidade para calcular a anlise de risco, eventos probabilsticos e consequentemente o impacto da produtividade em todo sistema e subsistemas e assim poder produzir com maior eficincia.

    O que fao para aplicar a engenharia de confiabilidade na minha empresa?

    Primeiramente importante entender quais so os equipamentos crticos no processo. A criticidade geralmente definida para cada equipamento ou mquina, levando-se em considerao o volume de produo, custo de manuteno, qualidade, segurana e impacto no meio ambiente.

    Aps a definio da criticidade, deve-se iniciar os estudos para cada equipamento, no sentido de avaliar todos os componentes do sistema e como eles impactam no funcionamento do equipamento. necessrio avaliar

    quais so as rotinas empregadas e quais as rotinas seriam mais adequadas. Para isto so utilizadas ferramentas como Ishikawa (espinha de peixe), FMEA, FTA e RCM.

    Um ponto bastante importante o fato de que existe toda uma informao histrica de campo, que pode ser analisada para agregar conhecimentos na anlise dos equipamentos, geralmente esta informao no est disponvel ou no confivel. Por este motivo a empresa deve procurar trabalhar no sentido de extrair informaes importantes de paradas para correta anlise. Os apontamentos de produo e manuteno devem ser precisos e a utilizao da automao industrial para tanto perfeitamente aplicvel. Veja mais em Integrao de supervisrios com confiabilidade.

    Enfim, a aplicao da confiabilidade um processo de melhoria contnua. As rotinas devidamente estabelecidas e executadas, como a correta lubrificao, inspeo e anlise preditiva esto se mostrando o melhor caminho para o correto entendimento dos ativos industriais e seu melhor aproveitamento. Isto proporciona ganho de produtividade para a indstria e naturalmente maior competividade.t

    Cristiano Bertulucci Silveira engenheiro eletricista pela Unesp com MBA em Gesto de Projetos pela FVG e certificado pelo PMI. Atuou em gesto de ativos e gesto de projetos em grandes empresas como CBA-Votorantim Metais, Siemens e Votorantim Cimentos. Atualmente diretor de projetos da Citisystems [email protected] Skype: cristianociti

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  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 27

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  • 28 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    Trs fatores so fundamentais para a obteno de resultados: liderana,

    conhecimento tcnico e mtodo

  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 29

    CAPA

    Vicente Falconi iniciou sua histria como consultor em gesto empresarial na dcada de 1980 na Fundao Christiano Ottoni, ligada Universidade Federal de Minas Gerais. Na poca, conheceu as metodologias japonesas, notadamente na Toyota, e trouxe para o Brasil o conceito da Qualidade Total. Isso se espalhou pelo Brasil, virou sinnimo de eficincia em gesto e se fixou nos mais diversos escales da administrao empresarial. Organizaes de variados setores e tamanhos recorreram aos conceitos da Qualidade Total para cortar custos e sanar suas dificuldades financeiras.

    Usando o PDCA

    focado em resultados

    Vicente Falconi

  • 30 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    CAPA Por Hayrton Rodrigues do Prado Filho

    Mundialmente conhecido e amplamente aplicado, o PDCA focado em resultados constitui a base de trabalho implantado pelo Falconi em sua consultoria. um mtodo simples e, ao mesmo tempo, eficaz quando aplicado rotina diria.O ciclo composto por quatro etapas:

    P Plano de ao traado com base nas solues propostas para solucionar os problemas e alcanar as metas definidas;

    D Implementar as solues transferindo o conhecimento gerencial para os clientes, apoiando a execuo das aes planejadas;

    C Os profissionais acompanham todas as aes planejadas e verificam se as metas foram atingidas;

    AA equipe elabora planos adicionais para garantir o alcance e superao das metas preestabelecidas, alm de padronizar a melhores prticas.

    Os projetos so definidos de acordo com as necessidades especficas de cada cliente. O diferencial orientar, acompanhar e participar ativamente da implementao do novo sistema de gesto. Durante o processo, o maior desafio a ser alcanado fazer com que a prpria organizao aprenda a conduzir sozinha sua nova gesto.

    Para Falconi, em seu livro O Verdadeiro Poder, trs fatores so fundamentais para a obteno de resultados: Liderana, Conhecimento Tcnico e Mtodo. A liderana o fator mais importante numa organizao.

    Sem esta no acontece nada. De acordo com Falconi, liderar bater metas consistentemente, com o time fazendo certo. Um bom lder deve conseguir resultados por meio das pessoas, logo o

    lder deve investir um tempo substancial no desenvolvimento do seu time.

    Toda organizao deve zelar para que seja atualizada em conhecimento tcnico em nvel global. boa prtica trazer, como consultores temporrios, os melhores tcnicos do mundo para trabalharem junto com o time da empresa na soluo de seus problemas.

    A origem da palavra mtodo a soma das palavras gregas meta e hods. Meta significa resultado a ser atingido e hods caminho, logo mtodo o caminho para o resultado. A busca pela verdade contida nas informaes organizacionais o que fornece a orientao necessria para a boa tomada de deciso. Tomar decises baseado em opinies algo caro e muitas vezes desastroso.

    Quanto ao futuro da qualidade no Brasil, Falconi acredita que as empresas, tanto de servios como de indstria, precisam de um ambiente de estabilidade e previsibilidade. Primeira coisa: no d voc trabalhar em um ambiente de instabilidade, no se sabe o dia de amanh. Tem ano que a economia de recesso, tem ano que cresce muito. Isso muito ruim para todos. O que eu noto em todos os empresrios que eles sentem um ambiente de muita insegurana, e ningum consegue planejar. No se pede um crescimento chins, mas um crescimento pequeno, mas constante. O fato que a previsibilidade de uma continuidade cria uma srie de atrativos para atrair novas empresas e novos capitais. O investidor gosta de crescimento, explica.

    Segundo ele, a qualidade precisa estar associada aos processos de gesto e abertura de mercado. Quem no tem uma gesto boa nunca vai ter uma

    O Verdadeiro Poder, trs fatores

    so fundamentais para a obteno de

    resultados: Liderana, Conhecimento Tcnico

    e Mtodo

  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 31

    qualidade boa. Ainda nesse ponto de vista, muito importante uma abertura da economia.

    O Brasil ainda est muito viciado com reserva de mercado, ou seja, quem defende a reserva de mercado no est preocupado com qualidade ou gesto, pois o nico fornecedor. No existe um desafio para fazer as melhorias contnuas. Eu me lembro de 1990 quando o Collor abriu a economia e houve uma correria para a busca dos programas de qualidade.

    Segundo ele, o pas precisa se inserir no mercado mundial, na busca pela excelncia. Ns temos toda a competncia para tornar o pas competitivo. No precisamos mais importar conhecimento. O que falta o governo acabar com as reservas de mercado e melhorar as condies internas econmicas. Nos meus contatos com os empresrios, noto que eles no esto muito preocupados com a qualidade do produto e sim com os resultados financeiros. muito raro um cliente chamar a gente e falar que est buscando qualidade de produto e servio. No existe esse compromisso atualmente e sim quando o Collor entrou. Desenvolver qualidade no ambiente nacional no s uma coisa tcnica e sim conjuntural que envolve todos os brasileiros.

    Falconi acrescenta que o nvel gerencial dos brasileiros muito bom, j que os gerentes so muito competentes, pois as empresas nacionais, mesmo com todos os problemas, esto indo bem. H muita literatura de bom contedo, as empresas esto indo l para fora e comprando novas para aumentar o seu poder econmico e concorrer no mercado mundial, se internacionalizando. Temos muita

    competncia instalada, nossos engenheiros e tcnicos so muito criativos e inovadores. O problema est na gesto pblica que precisa ser apartidria e melhorar as condies internas, oferecendo segurana aos empreendedores, abrir o mercado e deixar o dlar flutuante. Essa a grande soluo para melhorar o pas.

    Conforme ressalta o consultor, a liderana o fator mais importante numa organizao. Sem esta no acontece nada. Liderar bater metas consistentemente, com o time fazendo certo. Um bom lder deve conseguir resultados por meio das pessoas, logo o lder deve investir um tempo substancial no desenvolvimento do seu time.

    E o que um lder deve fazer. Criar um sistema que atribua a todos as metas que sejam crveis e desafiadoras; promover o domnio do mtodo pela equipe com crescimento constante nas tcnicas e recursos de anlise; promover a aquisio de recurso tcnico pela equipe; garantir o estabelecimento e melhoria continua de um sistema de recrutamento e seleo, selecionando pessoas excepcionais e garantir a estes um crescimento mais rpido; participar das vrias formas de treinamento de sua equipe exercendo a funo de professor em alguns casos, e reconhecer que as pessoas tem a necessidade de aprender continuamente.

    Atualmente, deve-se inspirar as pessoas. Sonhe grande, promova o sonho e inspire as pessoas. Promova a meritocracia. Promova uma avaliao de desempenho de seu time dando feedback no mnimo uma vez por ano. Cuide da cultura da organizao, trabalhando valores que garantiro o u

    O problema est na gesto pblica que precisa ser apartidria e melhorar as condies internas, oferecendo segurana aos empreendedores

  • 32 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    seu futuro. Este valores devem estar includos na avaliao de desempenho.

    Promova a cultura de tomar decises com bases em fatos e dados. Incentive a prtica da anlise e da sntese como elemento principal do planejamento e fundamental no processo de aprendizado. Exija a apresentao das anlises em suas reunies. Promova uma cultura de enfrentamento de fatos que valoriza a verdade e no tem medo de ver os fatos como so.

    Ele complementa dizendo que os fatores culturais desejados devem ser continuamente discutidos e valorizados. Muitas organizaes de sucesso apresentam o esprito de excelncia, ou seja, a atitude de querer fazer o melhor do mundo, em tudo o que faz. Muitas pessoas que no gostam do que fazem tem a atitude de se livrar da tarefa o mais rapidamente possvel. Amar o que se faz uma necessidade suprema do ser humano, de acordo com Maslow.

    So necessrios de cinco a sete anos para que se tenha um bom sistema de recursos humanos, em que a liderana carismtica perde a importncia e a empresa passa a ter uma liderana institucionalizada. Da mesma maneira, a qualidade total demora cinco anos para ser absorvida por uma organizao e de acordo com um consultor japons so cinco anos porque as pessoas levam cinco anos para mudar.

    Para ele, existem lacunas que correspondem diferena entre o valor atual de um indicador e um valor ideal usado como referncia excepcional ainda que seja terico atingi-la. A meta estabelecida dentro da lacuna. A funo da lacuna prover uma maneira criteriosa de se estabelecer uma meta, alm de dar uma viso de futuro para o

    gerenciamento. Priorizao: Quem tem muitas prioridades acaba por no ter nenhuma. Quanto ao desdobramento, a grande maioria das metas em toda a organizao deve se originar das metas estratgicas, sendo que as metas devem ser suficientemente desafiantes para gerar a busca de conhecimento novo, no podem ser estabelecidas de tal forma a desanimar a todos mesmo antes do trabalho comea e so estabelecidas para ser atingidas. O mtodo de trabalho apresentado para o controle de metas e manuteno do foco corporativo o PDCA (Planejamento, Aplicar, Checar e Revisar).

    A sua viso terica cheia de sentido, o plano de mudanas descrito, com definio de prazos, est detalhado e repleto de motivos de comear j a implantao na sua empresa/setor/equipe. Seus conceitos podem ser facilmente aplicados em uma empresa, preparando os gestores em busca de uma viso holstica e uma administrao focada em resultados e lucratividade.

    Por fim, diz que ningum trabalha apenas pelo dinheiro. Sonhar grande d o mesmo trabalho que sonhar pequeno, promover a meritocracia. Promover uma avaliao do desempenho de forma honesta e construtiva, dando feedback/retorno contnuo (pelo menos uma vez por ano) alinhar os interesses das pessoas com os da organizao por meio de um sistema de incentivos, promover a cultura de tomar decises com base em fatos e dados. Para o alcance dos objetivos e manuteno do foco correto, h a necessidade da anlise dos resultados e de estabelecer metas.Os critrios, a disciplina e a paixo empregados no mtodo para estabelecer as metas.

    CAPA

    Sonhar grande d o mesmo trabalho que

    sonhar pequeno

  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 33

    Cartas ao PlanaltoVicente Falconi publicou trs cartas em seu site e no jornal Folha de S.

    Paulo endereada presidente da Repblica:

    Carta ao Planalto sobre a boa gestoNo podemos predizer o futuro. Mas podemos cri-lo. (Jim Collins e Morten T. Hansen)

    Prezada Presidente,O professor americano Jim Collins publicou um

    livro (Vencedoras por Opo, HSM Editora) no qual relata suas pesquisas de nove anos com 20.400 empresas dos EUA. O levantamento visava responder: Como algumas empresas crescem vigorosamente na incerteza, mesmo no caos, e outras no?.

    A concluso foi a de que aquelas que mantiveram um caixa robusto e um crescimento moderado, porm constante, foram as verdadeiras vitoriosas ao final de algumas dcadas. Jim Collins e sua equipe provaram que as empresas se beneficiam fortemente de uma prtica financeira segura e de um crescimento lento e previsvel.

    Para pases isso no pode ser diferente. As empresas (pblicas ou privadas) precisam de previsibilidade para ter a confiana de investir. Ningum deseja que o pas cresa 10% num ano e 1% no outro. Qualquer grande variao na economia provocada por desequilbrios s traz dissabor e prejuzo a todos.

    Um pas e uma empresa so sistemas complexos. Para a empresa investir, no significa simplesmente colocar dinheiro em uma obra. No um evento trivial, envolve a vida de muita gente e no pode ser feito somente com base em promessas ou projees otimistas.

    Para o governo no diferente. Desequilbrios e variaes causam sempre prejuzo. Quando a economia piora, o governo tem que sair em socorro de alguns setores. Nada gratuito. Tudo tem um custo e se resume a uma imposio de nus, hoje ou no futuro, sobre o restante da sociedade.

    Assim como o capito de um navio estuda as condies climticas para decidir seu rumo e

    velocidade, o empresrio observa o rumo poltico, a transparncia das contas pblicas, a condio fiscal do pas, a presso inflacionria, juros, cmbio, entre outros fatores, para tomar suas decises. Para acelerar, necessrio que o mar esteja calmo e previsvel.

    O crescimento contnuo, mesmo que moderado, importante para todo mundo. Talvez essa seja a principal poltica social que um governo possa desejar.Se queremos crescer, temos que mobilizar capital. Somente por criar condies estveis da economia e que permitam a previso segura de crescimento, o governo aumenta dramaticamente a capacidade de atrair capital ao pas. Crescimento previsvel tem valor em si mesmo para o investidor.

    Nunca ouvi de nenhum empresrio palavras contra as polticas sociais. Pelo contrrio. No entanto, todos ns temos ouvido muitas reclamaes sobre a imprevisibilidade da economia e sobre a falta de perspectiva de crescimento.

    O Brasil um pas de 200 milhes de habitantes e a stima economia do mundo. Um transatlntico que no admite mudanas muito rpidas de curso, pois estas custam muito caro a todos.

    Tudo o que um governo precisa fazer trabalhar duro em suas crenas polticas, mas dentro dos fundamentos da economia, com metas sobre indicadores simples e visveis, de tal modo a criar o ambiente de segurana e a expectativa do crescimento, ainda que moderado.

    Ningum est pedindo que o pas tenha um crescimento chins, mas que cresa um pouco a cada ano, sempre no mesmo ritmo, como sugere Jim Collins, de tal forma que possamos trabalhar com calma e sem sobressaltos, melhorando, de fato, a vida de todos. u

  • 34 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    Carta ao Planalto sobre o significado de Gesto Sonho, Planejamento,

    Poltica e Operao Sem mudanas no processo os resultados

    permanecero exatamente os mesmos. (Albert Einstein)

    Prezada Presidente,Os pesquisadores americanos Muzafer e

    Carolyn Sherif e outros conduziram em 1954, na Universidade de Oklahoma, uma pesquisa muito bem sucedida sobre conflito e cooperao entre grupos e uma das hipteses confirmadas foi:- Quando indivduos sem qualquer tipo de relacionamento prvio so agrupados para interagir em atividades com metas em comum, produzem uma estrutura do grupo com status hierrquicos e papis especficos.

    A concluso bvia dos pesquisadores foi que um sonho ou uma meta em comum agrega e organiza o grupo. De fato, constatei em minha vida que sempre muito mais fcil concordar nos fins que nos meios. Quando se coloca um sonho ou uma meta fica mais claro a todos onde queremos chegar e o que tem que ser feito. O grupo se organiza mais facilmente para concretizar seus desejos.

    PlanejamentoGesto nada mais que atingir metas ou

    resolver problemas, o que o mesmo. Se no existem metas no h gesto! Precisamos de sonhos e metas para nosso Pas! Isto ir facilitar a unio e a cooperao. O sonho se origina de uma chamada da liderana e as metas da Formulao Estratgica.

    Nos Governos geralmente entende-se Planejamento como a confeco do Oramento Anual. Ficamos, pois, no horizonte do ano. Nada contra o planejamento anual, mas o que precisamos ter no Brasil a instalao de uma organizao do Estado, e no do Governo, nos

    moldes da Polcia e da Receita Federal, para fazer a Formulao Estratgica Brasileira num horizonte de pelo menos uns 20 anos, renovada anualmente. Uma formulao desta natureza implica em fazer muita conta, pois todos os fatores de desenvolvimento so interligados, e envolver no processo as melhores inteligncias do Pas bem como especialistas estrangeiros. Em tal planejamento fatores tais como as mudanas climticas e populacionais deveriam ser levados em conta. Para tal este organismo deveria ter recursos prprios e gesto independente. Esta organizao faria a Formulao Estratgica ampla e de longo prazo a partir da qual formulaes estratgicas mais especficas e de mdio prazo poderiam ser feitas tais como: planejamento dos Estados, dos Municpios, Energtico, Logstico, das Comunicaes, da Educao, da Sade, da Defesa, etc. Este exerccio de Formulao Estratgica daria as condies de priorizar projetos e estabelecer metas concretas (Estados e Municpios saberiam exatamente com o que poderiam contar) que nos permitiria crescer contnua e vigorosamente.

    Quando existe falta destes planejamentos o Pas acaba sendo gerenciado, em seus trs nveis, ao sabor das crises e acontecimentos o que provoca ineficincia na utilizao dos recursos alm de apages de toda natureza. Gerenciar assim custa muito mais caro pois nem sempre os recursos, eternamente escassos, so empregados na direo e prioridades certas.

    PolticaPoltica direo a seguir. A poltica deve

    dar a direo e as prioridades do governo dentro da Formulao Estratgica estabelecida. por isto que os partidos deveriam ter seus programas

    CAPA

  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 35

    obrigatoriamente bem definidos e conhecidos pela populao para que suas aes no governo refletissem a vontade popular e no os interesses prprios dos polticos. A vontade popular a direo a seguir, deveria ser a poltica. A partir dai surgem as leis e os regulamentos que a funo do Congresso.

    Operao (Execuo)Poltica no operao do Estado. Operar

    o Estado executar as aes planejadas para atingir as metas necessrias para melhor servir ao Cidado. A Mquina Operacional do Estado deveria ser estvel, competente e bem treinada. Esta mquina deveria ser ocupada somente por profissionais continuamente treinados para se atualizarem das evolues tecnolgicas na administrao do Estado. Deveria tambm ter seu desempenho avaliado periodicamente e ser sempre reestruturada para atingir as metas propostas na Formulao Estratgica. Cada processo deve ser projetado para perseguir funes especficas (atendimento ao Cidado) e estes processos arrumados numa estrutura conveniente no momento.

    Atualizar estruturas e processos deveria ser uma constante pois tudo muda a nosso redor, novas tecnologias, novas necessidades das populaes, ameaas diferentes, etc. A padronizao de processos e operaes e o treinamento no trabalho deveriam ser religio. Precisamos construir confiana na burocracia estatal, valorizar idias criativas e dar liberdade de trabalho. As consequncias de uma boa Mquina Operacional do Estado seriam custos muito mais baixos e um atendimento primoroso a quem est pagando a conta: sade, segurana e educao cada vez melhores!

    No entanto, o que se v, independentemente do partido no poder, um assalto Mquina Operacional do Estado por meio de mais de 22.000 cargos comissionados (Nos EUA este nmero no passa de 200 para serem preenchidos por especialistas de confiana)

    ocupados, geralmente, por pessoas inexperientes e que ocupam posies importantes com agendas prprias, custando caro nao, no por seus salrios mas pelo prejuzo que provocam.

    Sugestes para melhoria da Mquina Operacional do Estado

    Um bom avano para o prximo governo seria:

    1. Estabelecer uma organizao em nvel de Estado para fazer e rever anualmente a Formulao Estratgica Nacional em funo de novas realidades e as metas decorrentes para cada Ministrio;

    2. Estabelecer uma organizao para avaliar o desempenho das polticas pblicas e reestruturar continuamente os processos e a estrutura do Governo;

    3. Reduzir, na medida do politicamente possvel, os cargos comissionados;

    4. Evitar, na medida do politicamente possvel, indicaes polticas para diretorias de estatais e cargos de Secretrio Geral de Ministrio, inclusive, para baixo na hierarquia (como feito hoje, por exemplo, na Receita e Polcia Federal);

    5. Criar um rgo operacional em nvel de estado para exercer as funes normalmente atribudas aos setores de recursos humanos nas empresas, ou seja: educao e treinamento, avaliao de desempenho e feedback, recrutamento e seleo, desenvolvimento organizacional, entre outros;

    6. Os melhores setores do Estado tm sempre uma carreira estruturada e escola associada: Foras Armadas, Polcia Federal, Receita Federal, Relaes Exteriores, etc. Porque no estruturamos as carreiras e instalamos escolas para treinamento contnuo do funcionalismo em todos os setores do Estado?

    O Pas precisa de uma boa Maquina Operacional do Estado! Precisamos reforar o Estado Brasileiro para reduzir a volatilidade dos Governos. Precisamos fortalecer nossas instituies. u

  • 36 - Revista Banas Qualidade - Janeiro de 2015

    Carta ao Planalto sobre a atuao da Mquina Operacional do Estado A

    Operao da Sade, Educao e SeguranaPrezada Presidente,

    Toda organizao humana tem como premissa religiosa que a prioridade o Cliente. Pergunte a qualquer um e repetiro o mantra: Nosso foco o Cliente! No entanto, na maioria das vezes, a realidade bem diferente e os verdadeiros problemas de qualquer organizao so a sua incapacidade de satisfazer, de fato, o cidado, razo e objetivo de sua existncia. Isto verdade para Empresas e para o Estado.

    bvio que a prioridade absoluta do Estado deve ser uma Poltica Orientada para o Cidado e isto quer dizer, entre outros, boa sade, boa segurana e boa educao. tambm bvio que se nossos polticos soubessem e pudessem eles promoveriam isto, at mesmo por interesse prprio, pois j muito bem conhecido o fato de que existe uma grande insatisfao popular nesta rea. Acontece que a Mquina Operacional do Estado no consegue responder a esta demanda por motivos j aqui expostos em artigo anterior desta srie. O Estado no consegue responder ao Governo!

    Que significa boa educao, boa sade e boa segurana? O que boa para um pode no ser para outro. Precisamos de indicadores simples e transparentes (ainda que imprecisos) que meam numericamente o desempenho destes sistemas nas reas Municipal, Estadual e Federal. No caso da educao j temos o IDEB e o ENEM, alm do PISA internacional. A existncia destes indicadores uma vitria e um grande avano para nosso pas. No interessa se estes indicadores sejam perfeitos ou imperfeitos ou ainda que possamos, no futuro, melhor-los. Tudo sujeito a crticas. O fato importante que eles existem e esto movendo a mquina operacional da educao pblica, em seus trs nveis, no sentido de melhorias contnuas.

    Podemos no estar satisfeitos com a velocidade destas melhorias na rea da educao mas no se

    pode negar que elas esto acontecendo e na direo certa. No temos a mesma certeza no caso da sade e da segurana.

    Recentemente nossa organizao de consultoria investiu recursos prprios para delinear o que seria um Sistema de Sade no Brasil. Vrios especialistas, empresrios e autoridades foram entrevistados e conseguimos fazer um mapa do Sistema e as interaes entre as partes dos subsistemas operacionais de preveno, correo, regulamentao e atividades privadas desde a indstria farmacutica, hospitais, laboratrios e seguradoras. Foi um trabalho estressante mas conseguimos visualizar as interaes entre as partes do sistema, como fluem as regulamentaes, os recursos, os servios e, principalmente, quais eram as verdadeiras fronteiras do Sistema de Sade com o cidado (Cliente!). Tendo em mos este mapeamento do Sistema de Sade pode-se ento delinear as suas funes e por consequncia os seus Indicadores Principais e os secundrios, a partir dos quais os problemas do Sistema podem ser entendidos, analisados e resolvidos.

    Gerenciar resolver problemas ou atingir metas o que o mesmo. Onde esto os verdadeiros problemas da sade, educao e segurana? A resposta : junto ao cidado! Se desejarmos resolver os problemas de sade temos que ir para as funes do Sistema de Sade e perguntar se estas funes esto sendo cumpridas. O no cumprimento destas funes so as Disfunes do Sistema ou Problemas e o primeiro ataque deve ser sempre gerencial. Antes que haja uma sequncia de esforos para conhecer estas funes, seus indicadores, levantar fatos e dados, entender os problemas, conhec-los melhor por sua variao geogrfica, temporal, tipo e sintomas, analis-los e, a partir desta anlise, estabelecer os Planos de Ao, no se pode falar em recursos

    CAPA

  • Janeiro de 2015 - Revista Banas Qualidade - 37

    adicionais. No entanto, o que mais temos ouvido de ministros que assumem este cargo dizer, logo no primeiro dia, que precisam de dezenas de bilhes de Reais para resolver os problemas da sade que, na verdade, no conhecem na profundidade necessria.

    Somente para exemplificar o que seria uma ao gerencial na interface do Sistema de Sade com o cidado vou citar o caso dos Hospitais de Emergncia. A maioria destes hospitais, seno a sua totalidade, est em crise e no consegue atender s demandas da populao. Levantamos algumas informaes e verificamos, por exemplo, que o Tempo Mdio de Permanncia do doente nestes hospitais era de 10 a 15 dias. Temos trabalhado com dezenas de hospitais particulares no Brasil e, em geral, o Tempo Mdio de Permanncia nestes hospitais de 4 dias (em muitos casos menos!). Isto quer dizer o seguinte: uma atuao simplesmente gerencial nos hospitais pblicos poderia, ao final de pouco tempo, pelo menos dobrar a capacidade de atendimento do subsistema hospitalar brasileiro sem nenhum investimento. Exemplos como este existem em vrias frentes dos Sistemas de Sade, Educao

    e Segurana. A soluo dos problemas de um Sistema deve sempre comear por suas interfaces com o Cidado e entrar no Sistema apenas em caso de necessidade. Por exemplo, s vou trabalhar um processo de aquisio de medicamentos se tiver impacto forte nos problemas prioritrios que afetam o atendimento final do Cidado. Da mesma forma, bvio que teremos que investir continuamente nos Sistemas de Sade, Educao e Segurana, mas s poderemos fazer isto, de forma responsvel, se for parte de um Plano de Ao decorrente de profunda anlise de informaes que garantam sua prioridade e seus benefcios populao. O que no podemos investir em mais hospitais para que tambm tenham Tempo Mdio de Permanncia de 15 dias. Antes de investir temos que gerenciar!

    Os verdadeiros problemas esto na fronteira dos principais Sistemas do Estado com o Cidado.

    Os primeiros a atacar estes problemas devem ser as pessoas que ali trabalham. trabalho para a Mquina Operacional do Estado. Falta domnio de conhecimentos em gesto para que isto acontea!Desejo-lhe um excelente Governo.u

    A nica publicao brasileira sobre:

    Certificao, Avaliao e Inspeo de Conformidade Informaes de como Implantar normas Normas nacionais e internacionais Detalhes d