versátil magazine edição 17

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1 Ano 3 • Ed. 17 • jun 2010• PArA os mElhorEs lEitorEs. VERSÁTIL entrevista Ilana Volcov saúde Amores Doentes – Codependência esporte Ironman - Brincadeira para ser levada a sério meio ambiente O que está sendo feito do meio ambiente? turismo Vendi tudo e fui viajar negócios Planejamento de vida e carreira:você faz? game Prince of Persia: Forgotten Sands cotidiano A nova mulher amada

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Revista de variedades da região do Butanta, Granja Vianna e Morumbi. Sempre trazendo entrevistas exclusivas com personalidades do mundo artístico e cultural, a Versátil é um excelente canal para divulgação de sua empresa. Seja Versátil!

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Ano 3 • Ed. 17 • jun 2010• PArA os mElhorEs lEitorEs.

VERSÁTIL

entrevista

Ilana Volcov

saúdeAmores Doentes – Codependência esporteIronman - Brincadeira para ser levada a sériomeio ambienteO que está sendo feito do meio ambiente?turismoVendi tudo e fui viajarnegóciosPlanejamento de vida e carreira:você faz?gamePrince of Persia: Forgotten Sands cotidianoA nova mulher amada

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Criare participa da Casa Cor 2010 que, nesta edição, abordará o tema sustentabilidade

Publieditorial

Pensou em móveis planejados, conte com a ACR Criare

AC

E M

ais

Com mais de 100 ambientes distribuídos em 56 mil m2, a 24ª edição da CASA COR acontecerá sob o tema “Sua casa, sua vida,

mais sustentável e feliz”.Ao percorrer o evento, o público encontrará diver-sos ambientes que revelam o prazer de morar bem e com bom gosto, explorando as principais tendên-cias que o mercado tem a oferecer. A exposição será composta por uma Casa da Família, com living, sala de jantar do guloso, suíte do casal apaixonado, quarto da jovem vaidosa, entre outros espaços; ain-da, contará com quatro Casas Temáticas: sustentá-vel, campo, praia e piloto de automóveis; oito Lo� s e um Apartamento do Jovem Milionário. Este úl-timo, projetado pelo arquiteto Leonardo Junquei-ra, receberá toda a parte de marcenaria e porta da CRIARE. A marca vai explorar os segmentos de armários, cozinha e objetos em madeira a serem utilizados na decoração e otimização dos ambien-tes, através de uma combinação moderna de cores e design, e um estilo único, típico da CRIARE.

A edição deste ano acontecerá simultaneamente com mais três eventos: CASA HOTEL, dedicado ao setor de hotelaria e turismo; CASA KIDS, com tendências em decoração e arquitetura para toda a família; e o CASA TALENTO, onde jovens pro� s-sionais da arte e do design farão exposição de seus trabalhos.Em celebração ao 50° aniversário de Brasília, o ho-menageado será o urbanista Lucio Costa, responsá-vel pelo projeto da capital federal.A Casa Cor é o maior evento de arquitetura, deco-ração e paisagismo da América Latina e o segundo maior do mundo. Este ano, os organizadores con-� rmam que haverá maior interatividade entre as mostras. Não perca!

CASA COR 2010 De 25 de Maio a 13 de Julho Jockey Club de São Paulo - Av. Lineu de Paula Machado, 1.075 - Cidade Jardim www.casacor.com.br/saopaulo

A edição deste ano acontecerá simultaneamente com mais três eventos: CASA HOTEL, dedicado ao setor de hotelaria e turismo; CASA KIDS, com tendências em decoração e arquitetura para toda a família; e o CASA TALENTO, onde jovens pro� s-sionais da arte e do design farão exposição de seus

Em celebração ao 50° aniversário de Brasília, o ho-menageado será o urbanista Lucio Costa, responsá-

A Casa Cor é o maior evento de arquitetura, deco-ração e paisagismo da América Latina e o segundo maior do mundo. Este ano, os organizadores con-� rmam que haverá maior interatividade entre as

Jockey Club de São Paulo - Av. Lineu de Paula Machado, 1.075 - Jockey Club de São Paulo - Av. Lineu de Paula Machado, 1.075 -

CASA COR 2010De 25 de Maio a 13 de Julhono Jockey Club de São Paulo

A ACR Criare participa deste evento!

Sucesso de vendas!Aproveite o último mês

da promoção

Criare Pagina dupla Versatil junho.indd 1 10.06.10 12:17:31

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Criare participa da Casa Cor 2010 que, nesta edição, abordará o tema sustentabilidade

Publieditorial

Pensou em móveis planejados, conte com a ACR Criare

AC

E M

ais

Com mais de 100 ambientes distribuídos em 56 mil m2, a 24ª edição da CASA COR acontecerá sob o tema “Sua casa, sua vida,

mais sustentável e feliz”.Ao percorrer o evento, o público encontrará diver-sos ambientes que revelam o prazer de morar bem e com bom gosto, explorando as principais tendên-cias que o mercado tem a oferecer. A exposição será composta por uma Casa da Família, com living, sala de jantar do guloso, suíte do casal apaixonado, quarto da jovem vaidosa, entre outros espaços; ain-da, contará com quatro Casas Temáticas: sustentá-vel, campo, praia e piloto de automóveis; oito Lo� s e um Apartamento do Jovem Milionário. Este úl-timo, projetado pelo arquiteto Leonardo Junquei-ra, receberá toda a parte de marcenaria e porta da CRIARE. A marca vai explorar os segmentos de armários, cozinha e objetos em madeira a serem utilizados na decoração e otimização dos ambien-tes, através de uma combinação moderna de cores e design, e um estilo único, típico da CRIARE.

A edição deste ano acontecerá simultaneamente com mais três eventos: CASA HOTEL, dedicado ao setor de hotelaria e turismo; CASA KIDS, com tendências em decoração e arquitetura para toda a família; e o CASA TALENTO, onde jovens pro� s-sionais da arte e do design farão exposição de seus trabalhos.Em celebração ao 50° aniversário de Brasília, o ho-menageado será o urbanista Lucio Costa, responsá-vel pelo projeto da capital federal.A Casa Cor é o maior evento de arquitetura, deco-ração e paisagismo da América Latina e o segundo maior do mundo. Este ano, os organizadores con-� rmam que haverá maior interatividade entre as mostras. Não perca!

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A edição deste ano acontecerá simultaneamente com mais três eventos: CASA HOTEL, dedicado ao setor de hotelaria e turismo; CASA KIDS, com tendências em decoração e arquitetura para toda a família; e o CASA TALENTO, onde jovens pro� s-sionais da arte e do design farão exposição de seus

Em celebração ao 50° aniversário de Brasília, o ho-menageado será o urbanista Lucio Costa, responsá-

A Casa Cor é o maior evento de arquitetura, deco-ração e paisagismo da América Latina e o segundo maior do mundo. Este ano, os organizadores con-� rmam que haverá maior interatividade entre as

Jockey Club de São Paulo - Av. Lineu de Paula Machado, 1.075 - Jockey Club de São Paulo - Av. Lineu de Paula Machado, 1.075 -

CASA COR 2010De 25 de Maio a 13 de Julhono Jockey Club de São Paulo

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editorial expediente

Nova fase, novos ares! A Versátil Magazine traz a você inovações, artigos para

entreter e descontrair. Sempre buscando novidades, pessoas e projetos inova-

dores, presenteamos nossos leitores, nesta edição, entre-vistando Ilana Volcov, cantora e intérprete que tem a ca-pacidade de comover pessoas. Quando Ilana começa a cantar, parece que a paz se instala no ambiente. As inter-pretações que oferece a canções de importantes compo-sitores brasileiros é algo que precisa ser visto e ouvido de perto. Presença e voz únicas, encantadoras.

O ensaio fotográfico foi realizado na Granja Viana, no espa-ço Vila da Granja, com produção impecável feita por nossos profissionais. Mais um trabalho realizado com dedicação e amor para levar o melhor a todos que nos acompanham.

Ainda nesta edição, um pouco de cores e devoção: a artista plástica naif Luciana Mariano, moradora da Granja brinda-nos com sua arte: apreciem sem moderação.

A Versátil Magazine agradece o apoio dos vários e novos empresários que têm elogiado nosso trabalho. Vislumbra-mos inovações e mantemos o compromisso com a quali-dade editorial e visual, trabalhando com empenho e alegria.

No mais, abrimos espaço para que você também faça par-te das nossas edições – com sugestões, críticas, opiniões.

Seja Versátil - escreva para nossa redação. Versátil Magazine: especialmente para os melhores leitores.

MUITO OBRIGADA!

PublisherClaudia Liba Produtor ExecutivoHorácio Sei Redaçã[email protected] DutraValéria DinizClaudia Liba

Jornalista Responsável Silvia Dutra – MTb [email protected]

[email protected]+Q Artes Gráficas

Assistente de arteAura RosaMariana Alves

Produção Gráfica+Q Artes Gráficas Revisã[email protected]éria Diniz

ColaboradoresAlexandre Lourenço - DiversatilidadeBeatriz Nogueira - EducaçãoCarolina Battellino - PetsGabriel Leicand - GastronomiaMarília Coutinho - Esporte Paula Carvalho - LivrosJessé Guimarães - Negócios [email protected] Penteado

Pré-Impressão, Impressão e AcabamentoW Gráfica

Distribuição Butantã, Vl. Indiana, Jd. Rizzo, Jd. Bonfiglioli, Vl. Gomes, Cidade Universi-tária, Caxingui, Jd. Ester, Morumbi, Jd. Guedala, Vl. Sônia, Pq. dos Príncipes Vl. São Francisco e Granja Viana.

Tiragem20.000 exemplares

Para Anunciar(11) [email protected] www.revistaversatil.com.br

VERSÁTILVersátil Magazine é uma publicação mensal, distribuída gratuitamente e não se responsabiliza por eventuais mudanças na pro-gramação fornecida, bem como pelas opiniões emitidas nesta edição. Todos os preços e informações apresentados em anúncios publicitários são de total responsabilidade de seus respectivos anunciantes, e estão sujeitos a alterações sem prévio aviso. É proibida a reprodução parcial ou total de textos e imagens publicados sem prévia autorização.

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saúdeAmores Doentes – Codependência

petCoça-coça sem fim

esporteIronman - Brincadeira para ser levada a sério

meio ambienteO que está sendo feito do meio ambiente?

turismoVendi tudo e fui viajar

cidadaniaAnjos para Doação

capaIlana Volcov

nosso bairroSobre santos, quadrilhas e fogueiras...

gastronomiaDois pastel e um chopps

receitaPastel

decoraçãoTapetes

negóciosPlanejamento de vida e carreira:você faz?

gamePrince of Persia: Forgotten Sands

mix culturalLivros, Cinema, DVDs, CDs, Shows e Teatro

cotidianoA nova mulher amada

diversatilidadeA acupunturista do 8º andar

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sumário

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saúde_Amores doentes

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Amores doentes_saúde

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Codependência é conceito controverso, se-quer classificado no DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders). Trata-se de síndrome de comportamento no contexto interpessoal, em que o codependente procura “curar” o parceiro (de aflições reais ou imaginá-rias) através da própria versão de amor. O co-dependente envolve-se com pessoas emocio-nalmente indisponíveis e/ou abusivas, não logra a meta inconsciente de mudar comportamentos do parceiro, manipula pessoas e vive inferno conjugal e familiar.

A terapeuta Robin Norwood, no livro Women

Who Love Too Much (Mulheres Que Amam De-mais), descreve casos de mulheres tratadas por ela e conclusões de estudiosos.

O transtorno atinge mais as mulheres e pesso-

as cujos pais/mães (mais pais) eram alcoólatras ou abusivos (ou emocionalmente indisponíveis). Em geral, coocorre com outras morbidades.

Por mais que a autora seja imparcial e acen-tue a responsabilidade do codependente pelo próprio sofrimento, não há como não empatizar com as vítimas. À semelhança dos Alcoólicos Anônimos (Alcoholics Anonymous), formou-se o “Co-dependents Anonymous (CoDA). Nos Esta-dos Unidos, vi mulheres destruídas por padrões

inacreditáveis de relacionamento. Uma estava no quarto relacionamento – em todos, espancada. Dizia ser assustadora a certeza de que os envol-vimentos seriam diferentes. Quem não lhe pare-cia violento assumia comportamento de abuso. Ela sabia que, inconscientemente, buscava tais homens.

Outra, após cirurgia cardíaca, foi espancada pelo companheiro, que tentou abrir os pontos cirúrgicos. Uma terceira só abandonou o com-panheiro ao vê-lo jogar a filha na parede.

Comumente, o abusador, homem ou mulher, é alcoólatra e/ou dependente químico. No Brasil, existe o CoDa (Codependentes Anônimos), que assim se apresenta em seu site: “irmandade de homens e mulheres cujo propósito comum é aprender a desenvolver relacionamentos sau-dáveis”.

Se “grupos de iguais” funcionam, se são me-

lhores que terapia, se a condição é ou não do-ença - eterna discussão. O consenso diz serem modos eficientes de administrar condições crô-nicas geradoras de grande sofrimento.

Mais informações www.codabrasil.orgDra. Marília Coutinho é consultora esportiva, personal trainner, atleta e escritora. [email protected]

Amores DoentesCodependência

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pet_Coça -Coça Sem Fim

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COÇA-COÇA SEM FIM

Por que seu cão se coça tanto? Não há pulgas e coça até ferir-se? Ele pode ser alérgico – o que deixa cães e donos com cabelos em pé. A cura dificilmente é conseguida: na maioria dos casos, controlamos sintomas.

Casos avançados mostram intensa vermelhi-

dão da pele, áreas com poucos pelos ou alopéci-cas (ausência completa de pelos), pele “enruga-da”, espessa e, em casos crônicos, enegrecida.

Inúmeras são as causas: alergia a produtos como xampu, perfume, sabão de coco e anti-pulgas, alergia alimentar, à grama, à picada de pulga e hipersensibilidade medicamentosa.

Descobrir o que incomoda o cão não é fácil. Além de minucioso histórico do animal, são ne-cessários alguns exames - raspados de pele, biopsias e testes alérgicos - para saber se a causa é, de fato, alérgica.

A experiência do clínico é importante para identificar áreas acometidas e tipos de lesão, como crostas hemorrágicas, pústulas (“boli-nhas” de pus), descamação. Baseado no his-tórico do paciente e na resposta a tratamentos já tentados sem eficácia, pode-se traçar novo tratamento e/ou plano diagnóstico.

Se o cão for realmente alérgico, começa a peno-

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Coça-Coça Sem Fim _pet

sa função de descobrir “a que”. Descarto, primei-ro, alergia a produtos usados no banho, pedindo uso de xampu hipoalergênico - e nada de perfume e sabão de coco. Depois, mudo a alimentação, prescrevendo ração hipoalergênica. Em casos ir-responsivos, aconselho o SPOT TESTE, que iden-tifica a presença de anticorpos contra alergenos, substâncias responsáveis por alergia.

Uma das medicações mais empregadas é o

corticoide. Porém, só controla a coceira en-quanto administrado e alguns pacientes, extre-mamente alérgicos, não respondem a tal subs-tância. Há o tratamento de hipossensibilização - através de vacinas produzidas a partir do re-

sultado do SPOT TESTE. Outro medicamento é a ciclosporina A, por via oral.

Alguns proprietários desistem de tratar o cão,

achando que nada adiantará. Mas é preciso pa-ciência e persistência. Também é importante a avaliação do veterinário dermatologista para, ao menos, se não for possível sanar o problema, amenizá-lo e garantir qualidade de vida. A co-ceira estressa demais!

Carolina Battellino é Médica Veterinária pela UNESP e Mestre em Patologia Experimental e Comparada pela USP. Contato 11 9689 7630

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esporte_Ironman

Em 1978, no Havaí, três amigos desafiaram-se: percorrer 3,8 km de natação, 180 de ciclismo e 42 de corrida, sem interrupção. A experiência originou o Ironman, precursor do triatlo, que tam-bém oferece competições com distâncias menores, podendo ser praticado por crianças.

A partir de 2000, a etapa sul-americana do Circuito Mundial de Ironman passou a ser realizada em Florianópolis, o que tornou a prova conhecida, com muitas pessoas aventurando-se na disputa.

Entretanto, muitas delas, movidas por entusiasmo e atraídas pelo desafio, não têm preparação adequada e correm risco de comprometer a saúde.

É importante saber o que você objetiva: autossuperação? com-petir para mostrar até onde pode chegar? alto rendimento, fa-zendo do esporte meio de vida? Os objetivos podem mudar, mas tenha sempre em mente o que o motiva e o que deseja alcançar.

IRONMANBRINCADEIRA PARA SER LEVADA A SÉRIO

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Ironman_esporte

Ivan Razeira. Triatleta e Treinador. CREF 7733/G-SCwww.companhiadacorrida.com.br

O treinador tem parcela significativa no suces-so do atleta. Sua qualidade não deve ser medi-da apenas por conhecimento técnico e prático, mas também pela capacidade de compreender e motivar.

Cerque-se de profissionais que o auxiliem a melhorar a qualidade dos treinos - médico do esporte, nutricionista, massagista, fisioterapeu-ta. Tenha um profissional de Educação Física para orientá-lo sobre equipamento e material, que devem estar de acordo com características antropométricas. Tênis, pneus, correntes de bi-cicleta têm vida útil e deve-se trocá-los no tem-po certo para evitar acidentes ou lesões.

Uma grande virtude do esporte é favorecer a socialização. Junte-se a atletas com quem sim-patiza, pois os treinos são longos e o melhor é a companhia de quem lhe agrada.

O progresso dos treinos depende de regulari-dade. Programe-os no dia a dia para realizá-los sem preocupar-se com outros compromissos -

e reserve tempo para o lazer e para a família.

O treinamento segue um ciclo que deve ser criado e respeitado. O treinador planifica um “macrociclo” - sequência de treinos até a com-petição, chegando a um final que é início de nova etapa.

Para obter qualidade, o atleta necessita res-peitar o planejamento. É comum pessoas abandonarem o treino por estafa física e men-tal - e voltarem meses antes da prova. Ficam mais sujeitas a lesões e à perda de vontade de praticar o esporte. Parar completamente não é o melhor. Deve-se estimular o corpo para que se recupere.

Bons treinos!

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meio ambiente_O Que Está Sendo Feito Do Meio Ambiente?

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É comum este tipo de anúncio na mídia - atrati-vo para decidir pela compra. Morar longe do caos urbano é desejo de muitos.

Até quando teremos condomínios em áreas to-talmente preservadas?

Erigidos em Áreas de Preservação, muitos lote-amentos são autorizados pelo poder público de forma irresponsável, que promove “enriquecimen-to” do município expandindo área urbana. O argu-mento dos governantes é a necessidade de cres-cimento da cidade e da arrecadação de impostos.

Mesmo prevendo área preservada, o percentual desmatado é sempre muito maior. Muitas vezes, áreas preservadas ficam em região de pouca di-versidade de vegetação ou fauna, representando grande perda de biodiversidade.

Não se critica governantes que anseiam pelo

crescimento do município visando à qualidade de vida, geração de emprego e renda. E não pode-mos permitir falta de responsabilidade, respeito pelo bem de uso comum quando se aprovam em-preendimentos em detrimento de recursos natu-rais - o que deve ser revisto urgentemente.

A questão traz dúvida quanto à existência de es-tudos sobre sustentabilidade em empreendimen-tos imobiliários.

Percebe-se, claramente, ausência de plane-jamento, o que causa, a cada dia, maiores pro-blemas no ecossistema local e regional – já que a perda do potencial natural de produção de água e manutenção da vegetação reflete no entorno do local.

O questionamento sobre qual a competência do Poder Público Municipal de legislar assunto de in-

O QUE ESTÁ SENDO FEITO DO MEIO AMBIENTE?

Até quando teremos condomínios em áreas totalmente preservadas?

LANÇAMENTO

CONDOMÍNIO DE ALTO PADRÃO

EM ÁREA VERDE PRESERVADA

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teresse local e em conflito com a necessi-dade de preservar o meio ambiente amplia a discussão. Os Municípios não deveriam acatar normas federais e estaduais de pro-teção ambiental, de mananciais e flores-tas?

O parcelamento de solo urbano é disci-plinado pela lei 6.766, de 1979. Mas uso e forma de ocupação disciplinam-se pelo plano diretor ou por lei municipal.

A lei impõe casos de proibição do par-celamento. Antes, tratou de afirmar que "somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas ou de expansão urbana, assim definidas por lei municipal."

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meio ambiente_O Que Está Sendo Feito Do Meio Ambiente?

A Lei prevê:

- proibição do parcelamento de solo urbano em terrenos ala-gadiços e sujeitos a inundações, antes de providenciar escoa-mento das águas;

- exigência de saneamento do terreno para parcelar solo urba-no em terreno aterrado com ma-terial nocivo à saúde pública;

- atendimento a exigências es-pecíficas das autoridades para parcelar solo urbano em terre-nos com declive igual ou supe-rior a 30%;

- o não-parcelamento de solo urbano em área cuja condição geológica não aconselha edifi-cação;

- a vedação de áreas de pre-servação ecológica ou daquelas onde a poluição impede condi-ção sanitária suportável.

Nem sempre as proibições são atendidas, principalmente quando o município classifica uma Área de Preservação em área de expansão urbana, para aprovar o empreendimento.

Recentemente, o programa Fantástico, da Rede Globo, de-monstrou pesquisa feita pelo Instituto Akatu Pelo Consumo Consciente que simulou cons-trução de empreendimento imobiliário de luxo em áreas de preservação ambiental em cinco estados. Prédios seriam cons-truídos no morro da Urca (Rio de Janeiro), na Lagoa da Con-ceição (Florianópolis), no Lago Paranoá (Distrito Federal) e nas praias de Boa Viagem (Recife) e Pitangueiras (São Paulo).

A maioria dos cidadãos mos-trou interesse pela aquisição de

tais imóveis.

Esse tipo de empreendimento só existe por possuir demanda. O consumidor desconhece pre-juízos ambientais ou não se im-porta com eles.

O consumidor precisa rever pos-turas relacionadas a hábitos de consumo. Devemos cobrar do po-der público postura ética ao anali-sar impactos ambientais e reflexos gerados por novos condomínios - antes da efetiva aprovação.

Procure órgãos públicos para saber a viabilidade ambiental de construções. Se irregulares, busque órgãos de fiscalização, como o Ministério Público, que tem se mostrado eficiente ins-trumento para cumprir as leis.

Fique atento!

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turismo_Vendi Tudo e Fui Viajar

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Vendi tudo e fui viajar

Há poucos meses, comecei um novo projeto de vida. Deixei o trabalho em uma multinacio-nal, vendi tudo o que tinha e em-barquei em um projeto com meu noivo, que é chileno: uma via-gem de dois anos, partindo do Chile para conhecer, entender e difundir culturas e tradições da América do Sul. Aqui começa o diário de viagem, cheio de vivên-cias e acontecimentos inespera-dos, como um terremoto.

Na madrugada antes da via-gem, 27 de março, o caos: a terra tremeu e, por instantes,

pensei que tudo acabaria. Seria o fim antes do começo? Feliz-mente, apenas mais uma ex-periência. Saímos ilesos e de-cidimos partir mesmo com os sistemas de transporte e comu-nicação chilenos colapsados.

O ponto de partida foi co-nhecer lugares pitorescos da capital, Santiago: Palácio de La Moneda, Mercado Munici-pal, Parque Florestal. Provamos uma bebida típica - ironias à parte - chamada Terremoto (Vi-nho Pipeño, sorvete de abacaxi e Fernet). Na manhã seguinte,

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Vendi Tudo e Fui Viajar_tursimo

deixamos Santiago rumo à Requinoa e, de lá, a Curicó, cidade destruída pelo tremor. O fenômeno afetou não só a civilização, mas também a nature-za: uma das mais belas cachoeiras do Chile, Siete Tazas, está seca devido a uma rachadura na terra.

Os primeiros dias marcaram-se por imagens de desastre. Molina, Talca, Colbun, Linares, Cauque-nes, Parral, (cidade de Pablo Neruda), Chillán, San Carlos (onde nasceu Violeta Parra), todas com ca-sas antigas e casco histórico no solo. Mudamos o rumo para ficarmos mais próximos à natureza e às culturas tradicionais. Passamos por Saltos de Laja e descobrimos uma cachoeira imponente. De lá, fomos ao lago Budi, lugar de beleza única, na comunidade indígena Mapuche.

Nos últimos dias do primeiro mês de viagem, dormimos em autênticas rukas (ocas) e vivencia-mos a cerimônia Kamarikun, em agradecimento pela colheita do ano. O evento dura dois dias, com comidas e bebidas exóticas, como o ñache (sangue de cordeiro, coentro, cebola e pimenta) e o muday (trigo cozido, batata, água e açúcar). Atualmente, estamos na Argentina. Tivemos que cruzar a fronteira, pois o acesso ao sul do Chile é complicado durante o inverno.

A cada dia conhecemos e descobrimos diversas realidades interessantes - e a vontade de viajar aumenta. Camila Momesso é Administradora pela Universidade Ibero-Americana. [email protected]

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cidadania_Anjos Para Doação

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Anjos para doação

Anjos Para Doação_cidadania

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por Silvia Dutra

Maria Augusta Toledo é uma professora universitária aposentada que transformou a indignação com a situação de animais abando-nados em ação e luta pela cidadania. Nos últimos 15 anos, sem qualquer apoio de órgãos oficiais, ela e as amigas Cristina Mari-nho, Cássia Teixeira e Márcia Mac Dowell resgataram e arrumaram lares adotivos para mais de 2 mil cães e gatos abandonados nas ruas de Cotia, nas proximidades da Granja Viana.

Apaixonadas por cães e gatos, recolhem animais famintos, doentes, feridos, atropelados. Cuidam deles em suas próprias casas, bancam despesas com alimentação e medicamentos e lamentam não terem espaço maior e mais apropriado, nem ajuda do Poder Público ou de empresas para expandir a operação e acolher outros animais.

Criaram até o blog anjosparaadocao.multiply.com para divulgar o trabalho e aumentar o número de adoções, que atualmente gira em torno de 120 animais por ano. Antes de entregues aos novos donos, os animais são castrados - para evitar que outros nasçam e perpetuem a ciranda do abandono.

Apesar das dificuldades diárias e do descaso dos órgãos gover-namentais, Maria Augusta acredita que “as coisas estão mudando; embora os animais não votem, os políticos começam a entender que alguns humanos votam pelos animais; Feliciano Filho (depu-tado estadual) e Roberto Trípoli (vereador) são os únicos políticos que fazem algo pelos animais e eles são sempre reeleitos”.

Ela lembra que um modo de contribuir para amenizar o pro-blema é, ao invés de comprar animais, adotar algum que tenha sido abandonado e precise de lar e carinho - e ensinar às novas gerações que abandono e maus-tratos são crimes.

Interessados em adotar, fazer doações (dinheiro, ração, brin-quedos, medicamentos) ou ajudar o grupo comprando a cami-seta Anjos para Adoção podem entrar em contato com Maria Augusta em [email protected] No blog é possível também visitar a galeria de animais adotados, conhecer os que aguardam na fila e emocionar-se com histórias de resgates feitos por Maria Augusta e suas amigas nesses 15 anos de importante e incansá-vel trabalho voluntário.

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capa_Ilana Volcov

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Ilana Volcov_capa

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Uma estrela chamada ILANA VOLCOV

por Claudia Libafotos João Valério

Bangüê é o precioso CD da cantora Ilana Vol-cov, lançado em março deste ano. Quem já a ou-viu cantar entende nossa alegria em trazê-la na capa desta edição. Ilana entrega-se totalmente a cada canção que interpreta, emocionando o público singularmente.

Ela já esteve ao lado dos compositores Edu-ardo Gudin, Guinga, Vanessa da Mata. Seu pri-meiro CD resultou de grande conquista: um prê-mio concedido pelo ProAC (Programa de Ação Cultural da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo).

O show intimista a que tivemos o privilégio de assistir aconteceu no bar Casa de Francisca. Na plateia, Ed Motta admirava a presença e a voz impecáveis de Ilana Volcov.

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capa_Ilana Volcov

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Versátil Magazine_ Como você se interessou pela música brasileira?Ilana Volcov_Desde muito menina conheci nos-sos grandes autores e intérpretes. Adorava ou-vir com meus pais os LPs do João Gilberto, do Ivan Lins, da Gal, do Chico, da Simone. E os meus disquinhos, eram Os Saltimbancos, ver-são do musical italiano com letras do Chico; a trilha do Sítio do Pica-pau Amarelo, produzido pelo Dori Caymmi, com canções de artistas como Gil, João Bosco, Dorival; Arca de Noé, com músicas do Vinícius na voz de intérpretes como Elis, Clara Nunes, Milton; O Grande Circo Místico, trilha do balé composta por Edu Lobo e Chico Buarque. Nessa época, as crianças ou-viram discos maravilhosos.

Versátil Magazine_ Como surgiu o repertório do CD Bangüê?Ilana Volcov_Em 2006, fui ao Festival Nacional de Choro, organizado pelos grandes chorões do Rio de Janeiro, professores da Escola Portá-til de Música. Ali conheci o choro Recife, Cida-de Lendária, do Capiba, autor pernambucano mais conhecido pelos frevos. Fiquei encantada pela melodia sinuosa e pela expressão “pretas de engenho cheirando a bangüê”, que significa engenho de cana-de-açúcar.Nessa época, resolvi cantar choros e sambas pra estudar, pesquisar repertório e trabalhar na noite, pois sempre fui cantora de teatros. Con-videi o Zé Barbeiro, grande violonista de sete cordas e arranjador, que organizou um quinteto para gravarmos um CD demo: percussão, cava-quinho, violão, clarinete e flauta. A primeira res-posta que tivemos foi o convite para participar do programa do Rolando Boldrin na TV Cultura. Logo depois, consegui uma data para um show no Tom Jazz. Nesse momento, incluí novos gê-neros no repertório. Como o Zé Barbeiro não se identificou com as músicas, chamei o violonista Diogo Carvalho para criar os arranjos. Mantive-mos os demais músicos e executamos ritmos diversos com a instrumentação do choro: criou-se uma orquestrinha popular, que executava ar-ranjos originais com instrumentos tradicionais.Recife, cidade lendária, esteve presente no re-pertório desde aquele demo e o cheiro do ban-güê sugeriu o mote do disco: quais os perfumes que a gente leva sem se dar conta e contam

tanto sobre a gente? Desde o show do Tom Jazz, comecei a reunir canções com diferentes aromas e coloridos. Como resultado, o CD reuniu histórias brasilei-ras, formando uma graciosa coleção de regis-tros sobre o nosso povo.

Versátil Magazine_ Pode contar um pouco so-bre as dificuldades encontradas e as pessoas que lhe favoreceram? Ilana Volcov_ Sempre atuei como intérprete de canções inéditas ao lado dos compositores. Os principais foram Rubens Nogueira e Eduardo Gudin, violonistas que criam sambas com har-monia e melodia sofisticadas. Com eles aprendi a executar, com precisão, frases melodiosas e rítmicas. O Rubens Nogueira é parceiro de Paulo César Pinheiro – letrista de artistas como Baden Po-well, Tom Jobim, Edu Lobo e Francis Hime. E o Eduardo Gudin tem uma história de mais de 40 anos de música, gravado por Clara Nunes e Eli-zeth Cardoso, e conhecido pelas músicas Ver-de, que lançou Leila Pinheiro, e Paulista, com Vânia Bastos. Ao lado de Gudin, cantei para grandes plateias, dividi o palco com estrelas como Paulo Vanzo-lini, Paulinho da Viola, Vânia Bastos, Jair Rodri-gues, Toquinho, e gravei o CD Um Jeito de Fa-zer Samba (Dabliú; 2006), lançado também no Japão. Foi uma excelente escola.Cantar com o Guinga, meu ídolo, foi especial. Um gênio da música brasileira, o compositor carioca, com as notas do seu violão, me ensi-nou um jeito mais bonito e musical de cantar, e com suas palavras, me incentivou a virar solista.Dificuldade é a quantidade de atividades não musicais que envolvem a vida do artista inde-pendente. É preciso desempenhar funções de 10 ou mais profissionais, com criatividade à la Magaiver...

Versátil Magazine_ Além do repertório brasilei-ro, que outros gosta de cantar?Ilana Volcov_ Adoro cantar canções, palavra por palavra, degustar o texto. Tudo precisa fa-zer sentido. Ainda que as imagens evocadas não sejam belas, o texto tem que parecer bem construído, em qualquer língua e gênero. Às ve-zes, canto em castelhano, inglês e, ultimamen-

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te, em criolo do Cabo Verde. No CD tem uma versão para um fado do repertório da Amália Rodrigues, O namorico da Rita, de Antônio Mestre e Artur Ribeiro. Por outro lado, gosto muito de usar a voz sem as palavras. Tenho o hábito de memorizar te-mas instrumentais. Já apresentei em shows, mas não aparecem no disco.

Versátil Magazine_ Quais são suas referências na música brasileira? O que tem escutado?Ilana Volcov_ A maior parte dos meus discos é de música brasileira. Amo nossos autores e intérpretes. Referência, desde criança, é João Gilberto. E meus “professores de canto” são Paulinho da Viola, Guinga e Chico Buarque, artistas que seguem a escola do samba, do choro, da seresta, da “Era do Rádio”, da can-ção americana, francesa. Para compreendê-los é importante pesquisar a conversa da arte ao longo do tempo. Tenho escutado os discos da americana Mar-lena Shaw e fui a dois shows excepcionais: Maria João e Mario Laginha, cantora e pianista portugueses que acompanho há anos; e Dee Alexander, também americana, que conheci re-centemente.

Versátil Magazine_ Qual a sensação de estar sozinha no palco, sendo ouvida pelas pessoas? Ilana Volcov_ O trabalho solo traz as perguntas: o que dizer? Como dizer o que se quer dizer? E essas duas perguntinhas geram inúmeras res-postas. Escolhi todas as canções do repertório, os produtores, a formação instrumental e os arranjadores. Participei da concepção dos ar-ranjos, do projeto gráfico do CD, do site, criei figurinos. O trabalho solo “chamou a criança”: deu tinta, giz de cera, papel - momento de experimentar, criar, se deliciar. E exigiu matu-ridade para fazer escolhas, trocar ideias, divi-dir responsabilidade e mérito. Então, nunca se está sozinha no palco. Por trás do canto, estão todas as histórias e aprendizados envolvidos na idealização do CD e do show.Pode parecer solitário porque a comunicação com o público é estabelecida a partir dos meus gestos e de minhas escolhas estéticas. Mas é o conjunto que cria a mágica. Quanto mais harmonioso o diálogo com os instrumentistas,

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mais a canção aparece. É preciso viver cada som. Quando se está presente, a música, os músicos e a plateia viram a mesma coisa.

Versátil Magazine_ Como professora, o que busca despertar nas pessoas? Ilana Volcov_ Ofereço vários recursos técnicos e proponho experiências com repertório, consi-derando as diferentes linguagens - não se can-ta samba como se canta frevo, blues.Mas é preciso ir além da técnica, pois nem todo canto afinado é musical. É como se a voz fosse a roupa e, a alma da música, a pessoa que vai dentro. “O importante não é tocar as notas da música, mas a música das notas” (esqueci o nome do autor...)Além de adquirir ferramentas para fazer suas escolhas expressivas, o aluno aprende a des-manchar padrões de tensão. Há muito esforço inútil. Proponho formas de usar a voz que aju-dam o aluno a ficar em contato direto com a música. Isso exige uma nova atitude corporal, mais livre e espontânea. Nesse caminho, pro-curo despertar o prazer de pesquisar, experi-mentar, vivenciar. É possível se divertir durante o aprendizado seguindo princípios orientais: a prática é um fim em si mesma; e o som pode ser, ao mesmo tempo, exploração técnica e ex-pressão do espírito.

BangüêCom inédita de Guinga e Paulo César Pinheiro, canções de Breno Ruiz, Chico Saraiva e Kari-na Buhr e temas de Paulinho da Viola, Caetano Veloso, Capiba, Edu Lobo. Convidados: Dante Ozzetti, Paulo Aragão e Rodrigo Bragança, Gui-lherme Ribeiro e Cristóvão Bastos. Arranjos de Michi Ruzitschka. Produção de Ricardo Mosca, Michi Ruzitschka e Ilana Volcov. Distribuição www.tratore.com.br

Vestido de crepe de seda IORANE, de Beatriz GheneinJóias CECILIA BERNARDES E LYNN CARONEMake-up EQUIPE GRANJAFlores BRASIL GARDENSDecoração COISAS DI CASA

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nosso bairro_Sobre Santos, Quadrilhas e Fogueiras

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Sobre santos, quadrilhas e fogueiras...

Época de fazer fogueira, dançar quadrilha, comer canjica, pamonha, pipoca, pé de moleque, paçoca, beber quentão. Festas, alegria, costumes tradicio-nalmente europeus que se mantiveram por aqui. A devoção aos santos mis-turada na alegria do brasileiro.

São JoãoConta a história que Santa Isa-bel era muito amiga de Maria. Em uma visita, quando estava grávi-da, combinaram que uma foguei-ra bem grande seria acesa como sinal do nascimento do filho. Isa-bel mandou erguer um mastro com uma boneca na ponta para que Nossa Senhora, lá de longe, o avistasse - João Batista nasceu!

São PedroDe origem humilde, Pedro foi o Após-tolo de Cristo encarregado de fundar a Igreja Católica, da qual foi o primei-ro Papa. O famoso “porteiro do Céu”, também protege viúvas e pescadores - e também é responsável pela chuva que abençoa e faz crescer o alimento na terra.

Santo AntônioDeclarado Doutor da igreja pelos sermões proferidos quando era professor de Teologia, o sábio mon-ge franciscano, atualmente, é muito mais conhecido como santo Antô-nio de Pádua. Objeto de grande de-voção popular como padroeiro dos pobres ou santo casamenteiro, sua imagem tem sido constantemente “torturada” pelos que almejam um casamento. O pobre santo, de pon-ta cabeça (conforme a simpatia), é quem mais sofre...

VAMOS PRA QUERMESSE? Colégio Viver – Dia 25 de ju-nho Rua Carlos Antonio Pereira de Castro, 891 - Caiapiá - Cotia/SPInformações: (11) 4616-9475

Colégio Waldorf Micael de São Paulo – Dia 26 de junhoRua Pedro Alexandrino Soares, 68 - Jardim Boa VistaInformações: (11) 3782-4892

Casa de Cultura do ButantãDias 26 e 27 de junhoNa programação do arraiá, apresentações selecionadas por artistas do Fórum de Cul-tura Butantã. Rua Junta Mizumoto, 13 – Jardim Peri-PeriInformações: (11) 3742-6218

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Sobre Santos, Quadrilhas e Fogueiras_nosso bairro

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Eu pedi numa oraçãoAo querido São JoãoQue me desse um matrimônioSão João disse que não!Isto é lá com Santo Antônio!Eu pedi numa oraçãoAo querido São JoãoQue me desse um matrimônioMatrimônio! Matrimônio!Isto é lá com Santo Antônio!

Implorei a São JoãoDesse ao menos um cartãoQue eu levava a Santo AntônioSão João ficou zangadoSão João só dá cartãoCom direito a batizado

Implorei a São JoãoDesse ao menos um cartãoQue eu levava a Santo AntônioMatrimônio! Matrimônio!Isso é lá com Santo Antônio!

São João não me atendendoA São Pedro fui correndoNos portões do paraísoDisse o velho num sorriso:Minha gente, eu sou chaveiro!Nunca fui casamenteiro!São João não me atendendoA São Pedro fui correndoNos portões do paraísoMatrimônio! Matrimônio!Isso é lá com Santo Antônio

Ilustrações: Luciana Mariano lucianamariano.wordpress.com

Isto é Lá com Santo Antônio (Lamartine Babo)

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gastronomia_Dois Pastel e Um Chopps

O pastel de feira faz parte da cultura do paulista-no. Está em nosso vocabulário pedir “dois pastel e um chopps” (chacota feita pelos cariocas), trocando os plurais. Aqui na capital, a variedade de sabores, for-matos e lugares onde achá-los não para de crescer. O gozado é que, tradicionalmente, o pastel era feito por feirantes, mas, com o ritmo acelerado que a cida-de e nossas vidas vêm tomando, as feiras tornam-se menos usuais e os supermercados, pouco a pouco, tomam seus lugares. O pastel migrou para bares, está-dios de futebol, restaurantes, sessões de congelados dos supermercados, dia do varejão da CEAGESP.

Muito se discute sobre qual é a melhor pastelaria da cidade. Recentemente, houve uma eleição promo-vida pela prefeitura e venceu a “barraca da Maria” na feira do Pacaembu. Recomendo, mas essas eleições são arbitrárias e variam de sabor e gosto. Se preferir minipastéis de palmito e camarão, certamente estará no lugar errado. Recomendo o Canto Madalena, bar na Vila Madalena, com pastéis de carne seca, super delicados, outra proposta.

Mas você já foi à CEAGESP? Isso, sim, é cultura. Uma explosão de cores e aromas para explorar todos os sentidos, inacreditável, bonita, imperdível. Colossal.

Em dias de varejo, vendem-se flores, carnes, peixes (até vivos, para aquário) e até comida japonesa; frutas, tudo. Há barracas com pernil assado, doces e - quem diria? - uma concorrência entre pastelarias. Certifi-que-se de que comerá na Yokohama, só para pedir uma curiosidade da qual não se arrependerá: pastel de takenoko. Importante: não confunda a Yokohama com a Yokoyama: as duas melhores pastelarias de São Paulo diferenciam-se por uma letra, mas apenas a primeira fica no varejão.

O pastel de takenoko é um mimo, uma evolução na cadeia dos pastéis. Takenoko é broto de bambu - no caso, combinado com mozarela e temperos. O cro-cante da massa e o do broto contrastam com o cre-moso do queijo, tudo maravilhosamente temperado. Ao lado da pastelaria Yokohama, fica um caminhão com um caldo de cana infalível, daqueles em que o refil é quase maior do que o copo. O dono é simpático.

CEAGESP mais pastel de takenoko, mais caldo de cana é um programa completo.

*Dica – Se fritar pastel em casa, pincele cachaça na massa antes de imergi-lo, para não encharcar.

Gabriel Leicand.

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por Silvia Dutra

Dois pastel e um chopps

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Dois Pastel e Um Chopps_gastronomia

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Misture os ingredientes em uma tigela e amasse com as mãos.

Sove bem a massa sobre uma superfície lisa enfarinhada.

Estique a massa com um rolo até ter, apro-ximadamente, 2 mm de espessura.

Corte a massa no tamanho desejado - com aro de 10 cm para pastéis em formato de meia-lua ou com aro quadrado, de 20 cm x 20 cm, para pas-

téis retangulares. Recheie com o que desejar! Queijo, bacalhau,

camarão, carne seca, broto de bambu.Ao fechar, deixe o recheio apenas em um dos la-

dos (o outro vai cobri-lo) e dobre como a capa de um livro por cima. Cole as bordas com clara de ovo e feche com um garfo.

Pincele com cachaça e frite em óleo bem quente até ficar dourado.

PASTEL 1 kg de farinha de trigo1/2 xícara de chá de óleo1 colher de sopa de sal1 ovo1/2 dose de pinga1 colher de chá de vinagre250 ml de água

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decoração_Tapetes

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TAPETES

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Grupo NobreEstrada Fernando Nobre, 1190 – Condomínio Beverly Hills - JandiraTelefone: 4618 1270 E-mail: [email protected]

Tapetes_decoração

Usar tapetes é modo fácil, rápido e relativamente barato para decorar ambientes. Separam áreas dis-tintas, conferem calor e aconchego - especialmente a locais com pisos de cerâmica, granito, porcelanato.

As várias opções de cores, formatos e materiais trazem sofisticação e identidade e unem diferentes peças decorativas - móveis, cortinas, quadros. Redu-zem ruídos, convidam a tirar os sapatos e relaxar.

Para não errar no uso desse curinga da decoração, algumas regras:

*use-o para separar áreas (sala de jantar, de estar) ou demarcar o hall de entrada

*se usar mais de um em um mesmo lugar, varie tamanhos e formatos para não empobrecer visual-mente o local

*as cores dos tapetes de um mesmo cômodo de-vem complementar-se e terem algum ponto de con-tato com peças do mobiliário, paredes

*cores e padrões vibrantes apimentam ambientes formais, mas, com paredes, mobiliários e acessórios

também em cores marcantes, convém equilibrar com um mais discreto

*use formatos que valorizem a posição do mobiliário*crie novos visuais pendurando-os nas paredes * jamais cubra um ambiente inteiro - subtraia pelo

menos 60 cm da largura e do comprimento, deixando o assoalho aparecer nas extremidades - o cômodo parecerá mais amplo

*ao colocá-lo sob a mesa da sala de jantar, certi-fique-se de que é grande o suficiente, para que as cadeiras fiquem sobre o tapete mesmo quando afas-tadas para uso - evita desníveis, sustos e acidentes

* passadeiras devem ser pelo menos 10 cm mais estreitas do que a largura dos corredores e de 30 a 50 cm mais curtas no comprimento - preservam a ilusão de maior amplidão

Não se esqueça dos forros antiderrapantes apro-priados ao tipo de assoalho. Investir em materiais de limpeza indicados pelo fabricante garantirá a preser-vação da beleza e do conforto desse importante ele-mento decorativo.

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O que você vai ser quando crescer? Ouvimos tal pergunta na infância e respondemos rapi-damente, para fugir de indagações, comentá-rios e cobranças. Adultos, a mesma questão: e agora? o que farei?

por Claudia Lessa. Consultora de Orientação Profissional.

[email protected]

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PLANEJAMENTO DE VIDA E CARREIRA:

VOCÊ FAZ?

negócios_Planejamento de Vida e Carreira

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Planejamento de Vida e Carreira_negócios

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Situações insólitas (perda de emprego; separa-ção; doenças) levam-nos a “pensar na vida”. Mui-tas são as ofertas para desvendar os mistérios do presente e futuro e propor novos rumos: astrologia, vidência, pacotes de coachings, counselling, men-torys. E esperamos que pensamentos mágicos re-solvam tudo - igual à Polyana, tudo acabará bem.

O acelerado modus vivendi e o discurso que diz que o sucesso depende de cada um cobram, com juros impagáveis, o uso do “tempo-vida” - e basta um va-cilo para acharmos ter perdido o “bonde da história”. A oportunidade que pensamos ter deixado passar, o sentimento de ter rasgado o bilhete premiado (mesmo sem ter jogado) deprimem e incapacitam-nos.

O planejamento de vida e carreira é matéria nova em um mundo determinista, onde o destino foi tra-çado e basta esperar – “deixa a vida me levar; vida, leva eu”. Pode até “pintar uma sorte”, “estar no lugar certo na hora certa”, mas, no jogo da probabilidade, poucos chegam ao sucesso e, quando chegam, vi-ram cases em livros de autoajuda.

O “conhece-te a ti mesmo” socrático abre um

atalho para enxergarmos o quão amplo pode ser o território que nos circunda e as várias escolhas que podemos fazer, fundamentadas em necessidades do corpo e aspirações da alma. Planejar a vida e a carreira começa pela reflexão linear do “tempo-vida” e caminha para o estudo das principais dimensões que ocupam a dinâmica do viver. A idade ajuda a de-finir possibilidades do momento de acordo com dis-posição física e mental. Usamos as duas primeiras décadas da vida para crescer, mas sem autonomia, sob cuidados e jurisdição dos pais e do estado. Só damos partida à vida com independência após 21 anos de idade. Com o aumento da longevidade e os progressos da ciência oferecendo qualidade de vida, ampliam-se as expectativas de colher os frutos plantados, coroados, principalmente, com sucesso profissional.

Assim, cabe a analogia entre planejamento de vida e plantação: arar, semear, irrigar, adubar e co-lher - tudo sujeito a intempéries. Se deixarmos o bar-co à deriva, só com muita sorte os bons ventos irão conduzi-lo a terra firme. Planejar é prática salutar que prospecta o futuro, provendo subsistência e dese-nhando metas do tamanho dos nossos sonhos.

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game_Prince of Persia

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A esperada continuação da franquia de games criada por Jordan Mechner finalmente foi lançada.

Prince of Persia: Forgotten Sands foi desenvolvido pela Ubisoft e teve lançamento em 18 de maio

para as plataformas PC, Xbox 360, PlayStation 3, Wii, PSP e Nintendo DS.

A história do jogo desenvolve-se um pouco antes dos acontecimentos de Prince of Persia: Sands of Time e conta

com o mesmo protagonista, o mesmo ambiente e os mesmos controles.Nesta versão, além das antigas

Sands of Time, que permitemretornar no tempo, o príncipe pode utilizar a Domi-

nação da Natureza para ajudá-lo em sua jornada.

Fato interessante sobre o título é que seu lança-mento se deu exatamente 10 dias antes do lança-mento do filme

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo, no Brasil - sem nenhuma relação direta entre ambos. O jogo re-torna ao estilo clássico da série, abandonando a ver-são “desenho animado” da última edição da franquia.

Prince of Persia: Forgotten Sands

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Grupo NobreEstrada Fernando Nobre, 1190 – Condomínio Beverly Hills - JandiraTelefone: 4618 1270 E-mail: [email protected]

Prince of Persia_game

Ficha técnicaEstilo AçãoPlataformas DS®, PC, PSP®, Wii® e Xbox 360®

Criadores UbisoftTempo médio 15 horasLançamento 18/05/2010Indicado para Quem goste da mistura espadas e “Le parkour”Nota final 7,9

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mix cultural_Livros por Valéria Diniz

2666. Roberto Bolãno. ROMANCE. Cinco romances do escritor chileno interligados por dois dramas: bus-ca por um autor recluso e assassinatos na fronteira México-Estados Unidos. Vencedor do National Book Critics Circle Award (2006). Companhia das Letras.

ALGUMA POESIA – O LIVRO EM SEU TEMPO. Carlos Drummond de Andrade. POESIA. Org.: Eu-canaã Ferraz. Edição especial da obra de estreia do poeta. Com fac-símile do volume que pertenceu ao escritor e suas anotações. Instituto Moreira Salles.

ALMANAQUE DOS MUNDIAIS. Max Gehringer. FUTEBOL. O autor abre um baú de dados, causos e histórias para recontar a saga das Copas, de 1930 a 2006. Partidas disputadas pela seleção brasileira, com placares, fichas técnicas e escalações. Editora Globo.

CONFERÊNCIAS, ARTIGOS E CRÔNICAS. Mon-teiro Lobato. CONTOS E CRÔNICAS. Textos extra-ídos de revistas e jornais - além de crônicas, pará-bolas, ensaios. Com sua última entrevista, dois dias antes de morrer. Editora Globo.

DO UNIVERSO À JABUTICABA. Rubem Alves. Contos e Crônicas. A obra contém textos curtos que discutem temas polêmicos do cotidiano. O autor re-úne reflexões sobre os mais diversos assuntos - in-fância, amor, sexo, velhice, morte. Editora Planeta.

HIPOPÓTAMO, BATATA FRITA, NARIZ: TUDO DEIXA UM POETA FELIZ. Lalau e Laura Beatriz. INFANTIL. Este livro tem de tudo: bicho engraçado, formas, cores, a preguiça da gente, batata frita e até nariz. Ilustrado por Laura Beatriz. Editora DCL.

O ALBATROZ AZUL. João Ubaldo Ribeiro. RO-MANCE. Um homem muito velho que, apesar de de-tentor da sabedoria trazida por sua existência, ain-da busca apreender o sentido da vida. Indicado ao Prêmio São Paulo de Literatura 2010. Editora Nova Fronteira.

O ALEPH. Jorge Luis Borges. CONTOS E CRÔNI-CAS. Publicado em 1949, é considerado um dos pontos culminantes da ficção de Borges. O texto mostra a vida real com contextos e significados in-comuns. Companhia das Letras.

O ENIGMA DE EINSTEIN. Jeremy Stangroon. MA-TEMÁTICA. Einstein criou desafios prevendo que só 2% da população mundial seriam capazes de resol-vê-los. Em forma de quebra-cabeça, exigem pensa-mento lógico. Editora Marco Zero.

PIGMEUS. Rogério Andrade Barbosa. INFANTO-JUVENIL. Eles vivem na floresta escura e chuvosa, protegendo-a. Pequenos, são os mais ágeis dos seres humanos e dominam segredos da natureza. Editora DCL.

NOITE ETERNA. Claudia Gray. FICÇÃO. História de uma adolescente que estuda em uma escola misterio-sa, onde os alunos são perfeitos demais para serem reais. Editora Planeta.

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por Valéria Diniz

POESIA COMPLETA, TEATRO E PROSA. Fer-reira Gullar. OBRA. extraordinária obra de Ferreira Gullar, vencedor do Prêmio Camões 2010, em edi-ção especial. Com o livro de estreia do escritor, Um Pouco Acima do Chão - jamais comercialmente ree-ditado, além de vários inéditos. Nova Aguilar.

SOJA – RECEITAS DO CHEF. Kurumi Hayter. CULI-NÁRIA. Fonte de proteínas, fibras, vitaminas, a soja é essencial para uma dieta saudável. Receitas deli-ciosas para incluí-la no cardápio. Editora Marco Zero.

SUPERNERD – A SAGA DANTESCA. Laura Ber-gallo. JUVENIL. Bruno é um garoto aficionado por game. Jogo e realidade misturam-se em emocio-nante partida. Corra para zerar essa história antes do game over! Editora DCL.

TANTOS DIAS – MEMÓRIAS DE UMA LUTA PELA VIDA. Marco Antônio Uchôa. MEMÓRIAS. Relato sem meias palavras de um homem com novo olhar sobre a própria existência, sobre o mundo, so-bre as pessoas. Um brinde à vida. Editora Globo.

AMPUTADOS VENCEDORES. Flávio Lucio Peral-ta. MEMÓRIAS. A experiência de Flávio Peralta, um jovem que se viu diante da morte, sem os dois bra-ços, e lutou pela vida. Um exemplo de superação. Editora Conex.

DE GIRINOS A SAPOS. Camilla de la Bédoyère IN-FANTIL. Da Série “Ciclos da Vida”, o livro traz curio-sidades sobre o desenvolvimento dos sapos. De Fi-lhote a Tubarão e De Semente a Girassol completam a série. Editora Zastras.

O ALIENISTA. Machado de Assis. CONTOS E CRÔNICAS. O mais extenso conto do autor – um clássico da literatura brasileira -revisado pelo novo acordo ortográfico. Com suplemento de leitura, in-formações sobre linguagem, personagens e resumo da obra. Editora Nobel

O MASSACRE. Eric Nepomuceno. CIÊNCIAS SO-CIAIS. O autor relembra uma das mais frias e em-blemáticas matanças da história contemporânea do país: em 1996, trabalhadores rurais foram mortos em Eldorado do Carajás. Um grito contra a impuni-dade. Editora Planeta.

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TEATRO

O BOBO DO REI. Angelo Brandini. IN-FANTIL. Baseada em Rei Lear , de William Shakespeare. Um rei, certo de ser amado pelas filhas, divide seu reino entre elas de acordo com suas declarações de amor. Com a Cia. Vagalum Tum Tum. Até 11/07. Teatro Alfa Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 – Santo Amaro Informações: 11 5693-4000

A GRANDE VOLTA. De Serge Kribus. COMÉDIA. O publicitário Henrique perdeu o emprego, a esposa deixou-o (levando o filho) e, seu pai, ator velho e ultrapassado, mudou-se para sua casa. Tradução de Paulo Autran. Direção de Marco Ricca. Com Fúlvio Stefanini e Rodrigo Lombardi. Até 15/08. Teatro FAAP Rua Alagoas, 903 – Higienópolis Informações: (11) 3662.7233

CINEMA. Felipe Hirsch. Inspirada em cena de Educação Sentimental do Vampiro, outro espetáculo do grupo sobre contos de Dalton Trevisan. O universo urbano em foco. Com a Sutil Companhia de Teatro. Cenografia de Daniela Thomas. GRÁTIS às quintas e sextas. Até 04/07. Teatro do SESI Av. Paulista, 1313 - Metrô Trianon-Masp

EXPOSIÇÕES

FALA DOS CONFINS. Virginia de Medeiros viajou pelo sertão em uma Kombi – a “Catarina”. Coletou vozes de poetas populares, cordelistas, con-tadores de casos e gravou-as junto à exposição multimídia de Fernando Peres. GRÁTIS. Até 27/6. Complexo Cultural Funarte São Paulo

Alam.Nothmann, 1.058 - Campos Elíseos. Informações: 11 3662-5177

METAMORFOSES. Cerca de 30 tra-balhos de Nelson Screnci em acrílico sobre tela. Comparam paisagens na-turais à urbanas. GRÁTIS. Até 24/07. Lugar Pantemporâneo Av. 9 de Julho, 3.653 - Jardim Paulista Informações: 11 3018-2230

BOLA MANDALA BRASIL. Em comemoração à Copa do Mundo, a artista plástica Julainne apresenta 12 telas em formato de mandala, repre-sentando expressões e emoções que o futebol leva aos brasileiros. Shopping Continental – 2º Piso Av. Leão Machado, 100 – Butantã

mix cultural_Cinema, DVDs, CDs, Shows e Teatro

Música

THE NOCTURNES. Nelson Freire. INS-TRUMENTAL. Um dos maiores musicis-tas do mundo, o pianista contribui com sua interpretação dos “Noturnos” 1-20 para celebrar o Ano de Chopin – 2010 (200º aniversário do gênio polonês).

MADONNA’S STICKY & SWEET. Madonna. DVD. POP. A turnê foi vis-ta por mais de três milhões de fãs. O DVD, filmado em Buenos Aires, traz sucessos como “Material Girl”, “Vogue” e uma emocionante interpretação de

“Don’t Cry For Me Argentina”.

EXILE ON MAIN St. Rolling Stones. ROCK. Primeiro e único álbum duplo, gravado em 1972 no porão de uma mansão francesa. Reedição com 10 faixas inéditas encontradas por Mick Jagger - que pensava ter utilizado todo o material composto na época.

TREM MALUCO E OUTRAS CAN-TIGAS DE RODA. Helio Ziskind. IN-FANTIL. Autor e intérprete de músicas do “Cocoricó” e “Castelo Rá Tim Bum” (TV Cultura), Helio mostra a riqueza das

cantigas de roda. “Corre Cutia”, “Mi-nhoca Minhoca” e “Marcha Soldado” estão no repertório.

PAULINHO BOCA - CANTA NOVOS BAIANOS.DVD. MPB. “Acabou Cho-rare” (1972), dos Novos Baianos, ficou em primeiro lugar entre os 100 melho-res discos da MPB segundo a revista Rolling Stone (2007). O grupo revelou Moraes Moreira, Baby do Brasil, Pe-peu Gomes. Paulinho, que integrava o grupo, canta “Preta Pretinha”, “Brasil Pandeiro”.

por Valéria Diniz

CINEMA

A RESSACA. Steve Pink. COMÉDIA. Depois de uma noitada regada com muita vodca e Red Bull, um grupo de amigos embarca em uma inesperada viagem no tempo dentro de uma ba-nheira. Com John Cusack.

A SAGA CREPÚSCULO: ECLIPSE. David Slade. ROMANCE. Terceiro filme da Saga Crepúsculo. Bella e Edward vi-vem um romance proibido e perigoso, ameaçados por um vampiro em busca de vingança. Com Kristen Stewart, Ro-bert Pattinson. Estreia: 30/06.

ESQUADRÃO CLASSE A. Joe Car-nahan. Ação. Adaptação do seriado de TV. Veteranos da guerra do Iraque são acusados de um crime. Para limpar seus nomes, criam o Esquadrão Clas-se A. Com Liam Neeson.

FLOR DO DESERTO. Sherry Horman. DRAMA. Aos três anos, a ex-modelo Waris Dirie sofreu circuncisão - prática adotada na Somália para evitar o pra-zer sexual feminino. Hoje é embaixado-ra da ONU e luta contra tal violência. Com Liya Kebede. Estreia: 25/06.

O PEQUENO NICOLAS. Laurent Ti-rard. COMÉDIA. Adaptação do perso-nagem das histórias infantis de René Goscinny e Jean-Jacques Sempé. O garoto Nicolas tem uma vida tranquila até descobrir a gravidez da mãe. Com Maxime Godart, Valérie Lemercier. Es-treia: 02/07.

TOY STORY 3. Lee Unkrich. ANIMA-ÇÃO. Woody, Buzz e o resto da turma de brinquedos são despejados de sua casa quando Andy vai para a faculdade. Vozes de Tom Hanks, Michael Keaton.

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DVDs

COLATERAL. Michael Mann. POLI-

CIAL. Assassino profissional chega a

Los Angeles para matar cinco pessoas,

obrigando taxista a conduzi-lo até as ví-

timas. Com Tom Cruise.

DUMBO - EDIÇÃO DE 70º ANIVER-

SÁRIO. INFANTIL. O amável elefantinho

voador da Disney em edição especial

com cenas e músicas inéditas.

IDAS E VINDAS DO AMOR. Gar-

ry Marshall. COMÉDIA ROMÂNTICA.

Cinco histórias românticas interligadas

acontecem no Dia dos Namorados em

Los Angeles. Com Bradley Cooper.

GUERRA DOS MUNDOS. Steven

Spielberg. FICÇÃO. Refilmagem do

clássico feito por Byron Haskin em

1953. População entra em pânico quan-

do a Terra é invadida por marcianos em

forma de máquinas de guerra. Com Tom

Cruise.

MEU MONSTRO DE ESTIMAÇÃO.

Jay Russell. AVENTURA. Garoto solitário

descobre um misterioso ovo que está

sendo incubado. Dele, nascerá uma

lendária criatura marinha. Com Bruce

Allpress.

SHERLOKE HOLMES. Guy Ritchie.

Nova versão das aventuras do detetive

Sherlock Holmes e seu fiel escudeiro

Doutor Watson, personagens criados

pelo escritor Arthur Conan Doyle. Com

Michael Robert Johnson.

UM OLHAR DO PARAÍSO. Peter Ja-

ckson. SUSPENSE. Susie tem 14 anos,

mora no subúrbio da Pensilvânia e é as-

sassinada por um vizinho. Do céu, narra

o fato e mostra como a vida de quem vi-

via com ela mudou. Com Saoirse Ronan.

LANÇAMENTOS EM BLU-RAY – 3D

AVATAR. James Cameron. FICÇÃO.

Ex-fuzileiro naval paraplégico é enviado

ao Pandora, planeta onde vive a raça

humanoide Na’vi - que entra em choque

com os humanos da Terra. Com Sigour-

ney Reaver.

O FANTÁSTICO SR. RAPOSO. Wes

Anderson. ANIMAÇÃO. Baseado no li-

vro Raposas e Fazendeiros, de Roald

Dahl. Fazendeiros tentam livrar-se da ra-

posa com quem dividem galinhas. Com

Bill Murray.

Cinema, DVDs, CDs, Shows e Teatro_mix culturalpor Valéria Diniz

Page 40: Versátil Magazine Edição 17

A nova mulher, esse belo ser, vem em novo formato e nova com-posição. A nova mulher é rica em fibra, tem uma vontade louca de crescer, vencer e satisfazer. A nova mulher é rica em energia - energia para acordar cedo, amamentar, le-var os filhos ao colégio, coordenar sua equipe de trabalho, arrumar-se, dedicar-se à família, a todos - e a si mesma. É um produto reco-mendado em todos os casos de doenças do corpo, da mente e do coração: use-o com moderação e o sucesso será garantido!

A nova mulher vem em em-balagem customizada para cada “cliente”, com o mais sutil charme até a mais linda etnia, com mui-tas ou poucas cores, com quase nenhum ou com muito adereço, adequada aos seus sonhos e desejos, mas todas, sem dúvida

alguma, garantem o sucesso da própria existência.

Mas esse “produto”, como to-dos, tem prazo de validade e, durante sua vida útil, deve ser amado, admirado, respeitado, acariciado, dignificado. A forma como for tratado será uma garan-tia de retribuição imediata. Porém, um lembrete: esse “produto” ja-mais, em hipótese alguma, pode ser esquecido!

Esse “produto” será encon-trado em todos os lugares próxi-mos de você, mas não se poderá comprá-lo com dinheiro. Deverá ser conquistado. Diria mais: para ter esse “produto”, deve-se fazer por merecer. Na verdade, a mo-eda que melhor se aplica à essa operação é a moeda da mão du-pla: tudo que se dá se recebe e, com certeza, o amor é a nota de

maior valor, capaz de comprar, com certeza, o melhor dos “pro-dutos” para você.

Esse “produto” é único e in-comparável. Não se podem ter dois ao mesmo tempo. Um - e somente um desses maravilhosos “produtos” - é muito mais que su-ficiente à nossa simplória compre-ensão do belo.

Como diferencial da nossa oferta, recomendamos a utili-zação dos seguintes nomes ou apelidos, e isso irá conferir a esse grande “produto” um charme todo especial. São eles: meni-na, moça, mulher, mãe, amada e amor. Qualquer sinônimo dos no-mes anteriormente indicados será bem aceito.

Jessé F. Guimarães Netto é filho, irmão, tio, neto e amigo de grandes mulheres.

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Page 41: Versátil Magazine Edição 17

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diversatilidade_A Acupunturista do 8º Andar

Na sala de espera do consultó-rio, resolvi puxar conversa com um senhor de bigode cujo semblante sereno me impressionava.

— O senhor vai fazer acupuntura?— Não, não. RPG.— Ah... eu vou fazer minha pri-

meira sessão de acupuntura.— Com quem? — em tom inqui-

ridor.— Com a doutora Carolina.— Você vai fazer acupuntura com

a doutora Carolina Clímax??Estranhei o tom aflitivo com que

ele falava.— Sim... Por quê? Algum proble-

ma?Ele deu uma bufada e arregalou

os olhos.— Eu tentei fazer acupuntura

com ela... nem lhe conto!— Por favor! — implorei curioso.— Olha, só pra você ter uma no-

ção: na época em que eu iniciei o tratamento, um senhor morreu de tétano por causa das agulhas dela.

— O quê?Fiquei surpreso, mas logo julguei

que aquilo só podia ser uma brin-cadeira. Fiz menção de um sorriso.

— Não pense que é brincadeira. É sério. Pior que isso foi o homem que teve 178 agulhas espetadas no corpo.

— 178?!— Exato. Acho que ela não lem-

brava direito o ponto que tratava de enxaqueca e foi tentando até acertar. O problema é que a cama em que ele estava quebrou, e o po-bre infeliz caiu de bruços. Enterrou as 178 agulhas. Na própria carne. Parecia um faquir. Claro que não sobreviveu.

Minha ojeriza por agulhas subi-tamente tomou ares descomunais. Neste exato instante, a atendente

gritou:— Senhor Walter? Pode subir.Abandonei a sala de espera a

contragosto, sob o olhar de miseri-córdia do homem de bigode.

Chegando ao consultório, me de-parei com quatro saletas internas separadas por divisórias improvisa-das. Numa delas havia marcas de sangue. Foi dessa que saiu a famo-sa dra. Carolina, uma loira alta de sorriso flamejante.

— Bom dia, seu Walter. Vamos lá? Dor na coluna, não é? O senhor vai ver que acupuntura é como tirar com a mão!

Deitei-me sentindo fortes resis-tências internas. Enquanto ela ia buscar o material, tomei coragem e lancei minha dúvida fatídica:

— É verdade que um paciente morreu de tétano aqui?

Fez-se um silêncio constrange-dor. Ela voltou com um copinho de iogurte cheio de agulhas.

— É, mas não foi culpa minha. O tempo tava muito úmido. Não tem metal que resista, né?

Quis estar longe dali.— Fica calmo que não vão doer

nadinha...Senti uma dor agudíssima na tes-

ta.— Doeu?— Doeu...— Humm... é porque esse pon-

to está em superdesequilíbrio. Vai passar.

A dor continuou, mas procurei re-sistir bravamente. Não queria que ela me acusasse de má vontade. Só voltei mesmo a me manifestar quando senti que minha camiseta estava ficando úmida e percebi o sangue que escorria abundante-mente do lugar da espetada.

— Hi... acho que eu peguei um

vasinho...Com ela era tudo assim, no di-

minutivo. Mas os estragos eram maiúsculos.

— Vou tirar a agulha, tá?Senti mais dor na retirada que na

colocação. Eu suava frio. Ela tentou estancar a hemorragia com uma gaze e decidiu mudar de estratégia.

— Tá vendo? Você fica com medo e acaba atrapalhando o tra-tamento. Vou usar sementinhas, tá? Peraí que antes eu vou trocar a gaze.

Quando vi que a gaze estava en-charcada de novo com meu san-gue, temi por minha vida.

— Com as sementinhas não tem problema. Você vai ver.

Ela cutucou com o indicador a re-gião bem abaixo do umbigo e co-locou um durex com três sementes minúsculas. Pelo menos eu não senti nada. Acho que era alpiste.

— Olha, você vai ficar com isso uns três dias, tá?

Pareceu-me extraordinário que aquelas coisas miúdas e inocentes pudessem ter algum efeito tera-pêutico.

— Hi... a gaze já encharcou de novo! Vamos trocar...

Comecei a sentir uma leve tontu-ra.

— Você vai apertar as sementi-nhas duas vezes por dia.

Antes de desmaiar ainda lembro que ela havia trocado cinco vezes a gaze. Só acordei no pronto-so-corro, com o médico plantonista me perguntando qual era meu tipo sanguíneo.

A Acupunturista do 8º Andar

Alexandre Lourenço é Veterinário, microbiologista, professor, bípede, mamífero e, agora, escritor. Não necessariamente nessa ordem.e-mail: [email protected]

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