UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CAMPUS DO SERTÃO

NÚCLEO DE GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

LEANDRO RIBEIRO ARAGÃO SILVA

DIAGNÓSTICO PRODUTIVO DE VACAS DA RAÇA GIROLANDO EM

FAZENDA NO ALTO SERTÃO SERGIPANO

Nossa Senhora da Glória - SE

Março/2020

LEANDRO RIBEIRO ARAGÃO SILVA

DIAGNÓSTICO PRODUTIVO DE VACAS DA RAÇA GIROLANDO EM

FAZENDA NO ALTO SERTÃO SERGIPANO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Zootecnia da Universidade Federal de

Sergipe como requisito à obtenção do título de

Bacharel em Zootecnia.

Orientador (a): Profª Drª Patricia de Azevedo

Castelo Branco do Vale.

Co-Orientador (a): Profª Drª Ligia Maria Gomes

Barreto

Nossa Senhora da Glória – SE

Março/2020

DEDICATÓRIA

Dedico essa nova conquista aos que estiveram sempre ao meu lado, entre amigos e familiares, em

especial aos meus pais Ivete e Eriberto, por serem sempre os meus principais estimuladores,

colaboradores e apoiadores.

“Por isso não tema, pois estou com você; não tenha

medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o

ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita

vitoriosa”. Isaías 41:10

AGRADECIMENTOS

Para aquele que é a minha principal fonte de força, entusiasmo, sabedoria e dedicação, meu

Senhor JEOVÁ. Por tudo que me proporcionou durante todos esses anos de muita luta e

aprovações, por ter mostrando o quanto forte sou junto ao senhor, já que não houve barreiras que

não pudéssemos derrubar e dificuldades que não pudéssemos superar, pois Tu és o grande “Eu Sou”

e esteve sempre comigo.

Aos meus maiores exemplos de dignidade, amor, dedicação e educação, meus pais Eriberto

S. Silva e Ivete Ribeiro A. Silva. Obrigado por realizarem tão bem o real papel de um pai e de uma

mãe. Por nunca terem medido esforços, mesmo diante das limitações, para que eu pudesse alcançar

minhas metas. A minha querida irmã Beatriz, por me apoiar, aconselhar e incentivar nas minhas

ideias. A minha amada vó Iolanda Ribeiro por todo amor, cuidado, carinho e cumplicidade. E a

minha outra amada vó Maria Inácia (In memoriam), pela companhia aos finais de semana, por todas

as orações, amor e dedicação. Sei que de onde estiver, estará feliz por essa minha conquista. Aos

meus queridos avôs Augusto e Francisco por todos os ensinamentos e atenção. A todos os meus

familiares (tios, tias, primos e primas), que nas suas particularidades nunca mediram esforços para

me apoiar e incentivar a buscar meus sonhos.

Aos amigos que se mantiveram ao meu lado sempre e independente da situação, que me

apoiaram nas decisões mais difíceis, que vestiram a camisa para me dar suporte e superar os

momentos de altos e baixos durante essa jornada. Em especial, ao amigo e primo/irmão Evandro

por toda amizade, companheirismo e troca de conhecimento durante todos esses anos, desde o

colegiado até agora. A “turma do sinuca”, os grandes amigos Álvaro, Ericlis, Wiliam e Ivens por

toda parceria e momentos de alegria vivenciados durante esses anos de curso. Aos grandes amigos

Felipe e Paloma e primos Inácio e Debora, pelos apoios e suportes em minhas idas a Aracaju para

resolver assuntos pertinentes ao curso. Ao meu primo, amigo e irmão Danilo por toda ajuda

prestada e apoio direto e indireto durante esses anos de universidade. A todos vocês, meu muito

obrigado e os levarei sempre comigo.

A grandiosa UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS), pela oportunidade de

ensino superior que me proporcionou, mesmo diante das limitações. Por todas as oportunidade e

portas abertas diante dela. A todo corpo docente do Campus do Sertão - UFS, dos diferentes núcleos

de ensino, especialmente aos do Núcleo de Graduação em Zootecnia, representados por minha

orientadora e co-orientadora de TCC, as professoras Drª Patrícia de Azevedo Castelo Branco do

Vale e Drª Ligia Maria Gomes Barreto, respectivamente. Orientador de PIBIC, professor Drº Elias

Alberto Gutierrez Carnelosse e professor Drº,Carlo Aldrovandi Torreao Marques, coordenador do

curso.

A todos os meus amigos e colegas de curso e de diferentes cursos (Agroindústria,

Engenharia Agronômica e Medicina Veterinária) por todo apoio e convivência acadêmica. Ao

corpo técnico do Campus (secretários, técnicos e administradores) e colaboradores terceirizados

(motoristas, limpeza, segurança e serviços gerais).

Aos amigos e colegas que tive a oportunidade de conhece-los e trabalhar durante a

realização do meu Estagio Supervisionado Obrigatório (ESO) no estado do Mato Grosso e na

cidade Nossa Senhora da Glória-SE.

Por fim, sou eternamente grato a todos aqueles que diretamente e indiretamente

contribuíram para que eu pudesse chegar até aqui, pois sem a colaboração de todos vocês esse

sonho não estaria sendo concretizado.

SUMÁRIO

Introdução ....................................................................................................................................... 8

Material e Métodos ......................................................................................................................... 8

Resultados e Discussão ................................................................................................................. 10

Conclusão ..................................................................................................................................... 12

Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 12

Anexo 01 ...................................................................................................................................... 14

Artigo científico elaborado segundo as normas da REVISTA ELETRÔNICA:

SCIENTIFIC ELECTRONIC ARCHIVES – ISSN: 23169281

Diagnóstico produtivo de vacas da raça Girolando em Fazenda no Alto

Sertão Sergipano

Productive diagnosis of Girolando cows on a farm in Alto Sertão Sergipano

L.R.A. Silva; P.A. Castelo Branco; L.M.G. Barreto; W.G. Vale

Universidade Federal de Sergipe

Author for correspondence: patriciaacbvale@hotmail.com

Resumo: A raça Girolando possui diversos graus sanguíneos, desde 1/4 Holandesa (Hol) x 3/4 Gir (G), até o 7/8 Hol x 1/8 G. Esses animais apresentam boas características produtivas de leite herdadas da raça holandesa e uma boa rusticidade adquirida da raça Gir. Diante disso, o presente trabalho objetivou avaliar o desempenho produtivo de três diferentes graus sanguíneos da raça Girolando em uma fazenda no Alto Sertão Sergipano. Para a pesquisa, os dados utilizados referiam-se a maior produção em 305 dias de lactações distintas, entre a primeira e a quarta lactação. Os graus sanguíneos avaliados foram: 1/2 HG (G1); 3/4 HG (G2) e 7/8 HG (G3). Para o diagnóstico, foi utilizada a Carta de Controle Individual, que é uma das ferramentas do Controle Estatístico de Processo (CEP), com o intuito de avaliar e controlar, de forma global, toda a produção. Os resultados obtidos não demostram superioridade de produção entre os três grupos genéticos. No entanto, o grupo G1 foi o que apresentou maior regularidade na produção de leite, apresentando maior média de produção e menor amplitude media. Contudo, a fim de se obter um melhor diagnóstico da produção leiteira, são necessários mais estudos abordando produção de leite em 305 dias com distintos graus sanguíneos da raça Girolando, na região do Alto Sertão Sergipano. Palavras-chaves: mestiços, leite, semiárido. Abstract The Girolando breed has several blood grades, from 1/4 Dutch (Hol) x 3/4 Gir (G), to 7/8 Hol x 1/8 G. These

animals have good milk production characteristics inherited from the Dutch breed and a good acquired rusticity of the Gir

breed. In view of this, this work aimed to evaluate the productive performance of three different blood grades of the

Girolando breed on a farm in the Alto Sertão Sergipano. For the research, the data used referred to the highest

production in 305 days of distinct lactations, between the first and the fourth lactation. The blood grades evaluated were:

1/2 HG (G1); 3/4 HG (G2) and 7/8 HG (G3). For the diagnosis, the Individual Control Chart was used, which is one of the

tools of the Statistical Process Control (SPC), with the purpose of evaluating and controlling, in a global way, all the

production. The results obtained do not demonstrate superiority of production among the three genetic groups. However,

the G1 group showed the highest regularity in milk production, with the highest average production and the lowest

average range. However, in order to obtain a better diagnosis of milk production, more studies are needed addressing

milk production in 305 days with different blood grades of the Girolando breed, in the Alto Sertão Sergipano region.

Keywords: mestizos, milk, semiarid.

Introdução

No Brasil estima-se que 80% das vacas ordenhadas são mestiças de raças europeias e zebuínas, sendo a raça Gir a que predomina entre as zebuínas e, entre as europeias, a raça holandesa (Gomes, 2007). A finalidade desse cruzamento é aliar a rusticidade de raças zebuínas à produtividade leiteira de raças europeias especializadas, resultando em animais com melhores índices de eficiência reprodutiva, desenvolvimento corporal, sobrevivência e produção de leite (Ribeiro et al., 2017).

A raça Girolando foi oficializada em 1996 e possui diferentes graus sanguíneos, essa composição genética pode ser desde 1/4 Holandesa (Hol) x 3/4 Gir (G) até o 7/8 Hol x 1/8 G. Porém, apenas os animais resultados dos cruzamentos entre indivíduos 5/8 Hol x 3/8 G são considerados como Puro Sintético (PS) da raça (Silva et al., 2012). Segundo Balancin Júnior et

al., (2014) animais que possuem uma maior composição genética holandês, apresentam consequentemente maiores índices produtivos. Bem como, animais F1 apresentam melhor desempenho reprodutivo. Já os animais azebuados tendem a apresentar bons índices produtivos e reprodutivo, por apresentar boas características de adaptação as condições tropicais (Diaz Gonzalez, 1991). O Girolando destaca-se por apresentar bom vigor, adaptação as condições adversidades tropicais, excelentes índices produtivos e reprodutivos (fertilidade) (Silva et al., 2012).

Segundo Luckner (2017) há uma predominância, entre os produtores de leite que utilizam animais mestiços, por vacas conhecidas como F1, isto é, as meio-sangue Gir x Holandês (1/2 G x 1/2 H). Uma das características que tanto realça tais animais na produção de leite é que, há décadas elas vem sendo selecionadas para maior produção de leite, através de intensa seleção

genética, conferindo assim o status de raça leiteira.

O Brasil apresenta cerca de dois terços de seu território situado na faixa tropical do planeta, sendo caracterizado por elevadas temperaturas, devido à intensa radiação solar incidente (Pinheiro, 2012). Segundo Azevedo (2005), a temperatura ambiente de 5 a 25°C é considerada como faixa ótima de conforto para bovinos leiteiros e, segundo Nääs (2001), em umidade relativa do ar menor que 75%.

Nessas condições adversas do clima tropical, encontrar a composição genética Holandês-Gir que forneça a relação ideal entre a rusticidade/especialização e rentabilidade, de acordo com as diversas condições climáticas existentes no Brasil, é uma tarefa extremamente desafiadora, porém necessária, uma vez que são animais que conseguem conciliar tolerância ao estresse por calor com produção eficiente de leite (Silva et al., 2014).

Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo realizar o diagnóstico produtivo de uma propriedade localizada no Alto Sertão Sergipano, considerando a maior produção de leite total (em 305 dias) de três grupos com diferentes graus sanguíneo da raça Girolando

Material e Métodos

A Fazenda em estudo está localizada na região do Alto Sertão Sergipano, o qual apresenta uma caracterização climática denomina como sendo semi-árido, com a classificação do clima como Aw (Köppen e Geiger), sendo 7 a 8 meses do ano secos e a temperatura é sempre superior aos 22ºC, com as chuvas não só se concentrando num período muito curto, mas também sofrendo variações cíclicas aleatórias (Incra-SE, 2006).

A propriedade encontra-se distante 13 km do município de Nossa Senhora da Glória. Segundo Oliveira et al., (2014), o município está localizado em uma área de transição entre dois regimes climáticos e a classificação climática dessa região é um clima sub-úmido seco podendo ser alterado para semiárido. O município apresenta comportamento sazonal, com média das temperaturas máximas nos meses de dezembro e janeiro de 32,1°C, com tendência a diminuir até o mês de agosto, o qual apresenta média das mínimas de 21°C. O município também apresenta precipitação com média anual de 711,3 mm, com 58% desse total distribuído entre os meses de abril e julho.

Os sistema de criação adotado na propriedade é o Intensivo, no qual os animais permanecem confinados em piquetes, dotados de sombreamento artificial e natural. Com

fornecimento de água durante todo o dia em bebedouros. A alimentação dos animais é fornecida em Dieta Total no cocho, sendo dois tratos diários, nos momentos pós ordenha. Entre os alimentos que compõe a dieta dos animais estão: silagem de sorgo; palma, silagem de capim, silagem do milho moído reidratado, concentrado e outros.

Esses animais, três vezes ao dia, sendo dois no período pre ordenha (um no período manhã e outro no período da tarde) e um no intervalo entre ordenha, são acomodados em uma sala de espera dotada de sistema de ventilação e aspersão, para amenizar o desconforto térmico acometido por altas temperaturas no período de seca na região.

O planejamento genético do rebanho da

propriedade é realizado utilizando-se da

Fertilização in vitro- FIV e Inseminação Artificial-

IA. Para a FIV são utilizados touros com índices

extremos.

Os animais da propriedade são separados por produção individual, sendo distribuídos em diferentes lotes, em função da produção. No lote 01 estão os animais de alta produtividade, lote 02 estão as primíparas, lote 03 vacas em final de lactação e lote 04 pós-parto.

O controle leiteiro (pesagem) na propriedade é realizado duas vezes ao mês e registrado para posterior conferência. A ordenha das vacas é realizada duas vezes ao dia (uma no período da manhã e outra no período da tarde) de forma mecânica (ordenhadeira) sendo que, no momento da pré-ordenha elas são acomodadas na sala de espera.

Para a presente pesquisa, os dados utilizados para realizar o diagnóstico da produção de leite do rebanho referem-se a maior produção em 305 dias, utilizando ordens de lactação distintas, entre a primeira e quarta lactação, tendo sido desconsideradas lactações anormais ou não finalizadas. Os dados foram obtidos a partir do banco de dados do software ABS TECHNICAL SERVICES (Abs Monitor), o qual armazena informações produtivas dos animais, permitindo o gerenciamento da produção.

Para a coleta dos dados e posterior análise dos mesmos, os animais foram separados em três grupos distintos com graus sanguíneos Holandês/Gir (HG), sendo eles: Grupo 1- Animais 1/2 HG; Grupo 2 – Animais 3/4 HG e Grupo 3- Animais 7/8 HG. Foram observadas as produções leiteiras de 54 vacas, sendo: 13 vacas no G1, 18 no G2 e 23 no G3.

Para realizar o diagnóstico da produção de leite em 305 dias, dos três grupos genéticos distintos, foi utilizada a Carta de Controle Individual, que é uma das ferramentas do

Controle Estatístico de Processo (CEP). Para o trabalho em questão, esta carta possibilitou o controle do processo produtivo, observando se existe uma regularidade no processo ou alguma oscilação no mesmo. A carta de controle foi elaborada utilizando o programa Minitab 19 (MINITAB 19 Statistical Software, 2019).

Resultados e Discussão

Os resultados referentes ao diagnóstico da produção total de leite em 305 dias de vacas girolando agrupadas de acordo com seu grau sanguíneo Holandês-Gir, são apresentados na figura 01, através de uma carta de controle.

Figura 1 – Carta de controle individual para a Produção de leite em 305 dias.

Os dados contidos na carta de controle não confirmam superioridade de produção de um grupo em relação aos demais, mas sim permite observar as variações das produções individuais das vacas dentro de seu grupo sanguíneo.

Porém, o diagnóstico que pode ser feito em relação à produção de leite em 305 dias (em kg) é que o Grupo 1 (G1), com grau sanguíneo

1/2 HG, foi o que apresentou maior regularidade na produção de leite, uma vez que apresentaram maior média de produção e menor amplitude média (figura 2), ou seja, os valores mínimos e máximos de produção individual estão mais próximos ao valor de produção média do grupo, quando comparados a esses parâmetros nos outros dois, respectivamente, G3 e G2.

Figura 2 – Carta de amplitude média para a Produção de leite em 305 dias.

Este resultado discorda de alguns trabalhos encontrados na literatura, em que McManus et al (2008), encontraram maiores valores de produção na lactação e produção corrigida em 305 dias foram obtidos para os animais 3/4 Holandês-Gir (3/4 HG) e os menores observados em animais com maior proporção de genética Gir (1/2 HG).

Da mesma forma, Freitas et al. (2001) e Valente et al. (2002) verificaram que a menor produção de leite ocorreu em vacas 1/2 HG, sendo observado um aumento da produção de leite proporcional ao aumento da contribuição da composição genética da raça Holandesa. Glória et al. (2006) verificaram diferença entre as produções de leite (kg/lactação 305 dias) de vacas de composição genética 1/2, 3/4 e 7/8 Holandês-Gir (3.549,3; 4.331,7 e 4.515,7, respectivamente), refletindo o aumento da produção total de leite com o aumento da contribuição genética da raça Holandesa.

Faber (2009), ao analisar a produção total de leite de vacas mestiças Holandês-Gir, de graus sanguíneos distintos (1/2, 3/4, 7/8 e 15/16 HG) constatou que à medida que a composição genética da raça Holandesa aumentava, também foram observadas (P<0,05) maiores produções de leite em 305 dias de lactação.

Madalena et al. (1996) ao compararem o desempenho na primeira lactação de 30 vacas azebuadas (1/4 HVB), filhas de sete touros

Guzerá considerados leiteiros, com o desempenho de 57 vacas, também 1/4 HVB, filhas de oito touros Guzerá não leiteiros, em 65 fazendas da Região Sudeste, constataram semelhança de produtividade entre as vacas dos dois grupos (P>0,10).

Uma alternativa para tentar explicar os resultados obtidos na presente pesquisa, de acordo com o comportamento produtivo das vacas em relação ao seu grau sanguíneo é que, segundo Diaz Gonzalez (1991), animais com grau de sangue azebuado têm maior adaptabilidade às condições climáticas adversas, maior eficiência na utilização dos volumosos e, consequentemente, tendem a apresentar melhores índices reprodutivo e produtivos, quando em condições tropicais. Como a fazenda em questão encontra-se localizada no Alto Sertão Sergipano, com temperaturas mínima e máxima superiores às recomendadas na literatura (Youlsef, 1985; Roenfeldt, 1998), essas vacas encontram-se, durante os 305 dias de lactação, fora da zona de conforto térmico, levando as mesmas a realizar uma série de ajustes comportamentais e fisiológicos na busca de minimizar os efeitos danosos do estresse calórico. E como os animais mais azebuados, como o 1/2 sangue HG, são mais resistentes e adaptados às condições climáticas adversas, a redução de sua capacidade produtiva é mais singela e a longo prazo, quando comparados aos

animais com maior proporção de genética holandesa.

Tal fato pode ser corroborado por Lima et al. (2013) que, ao estudarem algumas respostas fisiológicas de termorregulação de vacas leiteiras da raça Girolando, avaliaram animais distribuídos em 3 grupos genéticos distintos (1/2 HG, 3/4 HG e vacas 5/8). Os animais 1/2 HG apresentaram taxa de sudação (Tsud) mais alta e frequência respiratória (FR), temperatura da epiderme (TE) e temperatura da superfície de pelame (TSP) mais baixas entre os três grupos genéticos. Nas vacas 3/4 HG, foram verificadas as médias mais baixas de Tsud e mais altas de TE e TSP. As vacas 5/8 HG ficaram em posição intermediária para os valores de Tsud, TE e TSP. Sendo assim, os pesquisadores concluíram que os animais de grupos genéticos 3/4 e 5/8 HG demonstram maior sensibilidade ao estresse pelo calor que as vacas 1/2 HG.

Conclusão

Pelo diagnóstico conduzido na propriedade rural do estudo, pode-se perceber que animais 1/2 HG apresentaram melhor resposta em comparação aos outros dois grupos HG, quando se levou em consideração a média geral da produção de leite e a amplitude média de produção por grupo genético.

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Anexo 01

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cm. O layout de página deve ser em duas colunas (vide Template abaixo disponível). Para Resumo

(português e inglês), palavras-chaves (português e inglês), tabelas, figuras e gráficos o tamanho da

fonte deve ser 9. O título (português e inglês) deve ser fonte Arial 14. O máximo de páginas será de

10 (dez) para artigos ou 14 (catorze) para revisões, incluindo tabelas, figuras e ilustrações.

O artigo científico deverá conter os seguintes tópicos quando escrito em português: Título; Resumo;

Palavras-chaves; Título em inglês, Abstract; Keywords; Introdução; Métodos; Resultados e

Discussão; Conclusão e Referências. Caso o artigo estiver na língua inglesa, o mesmo está

dispensado de incluir o Título, o Resumo e as Palavras-chaves em português. O tópico

Agradecimento (s) quando pertinente, deve aparecer antes das referências. Em caso de artigos que

envolvam comitê de ética, o tópico "Princípios éticos" devem ser expresso após o tópico "Métodos"

com o seguinte dizer: "Essa pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética (NOME DO COMITÊ) e foi

aprovada dentro dos princípios éticos e da legislação vigente." O documento comprovatório da

aprovação de Comitê Ético deve ser anexado no momento da submissão em "Documentos

Complementares".

As revisões devem conter os seguintes tópicos: Título; Resumo; Palavras-chaves; Título em inglês,

Abstract; Keywords; Contextualização e Análise, Considerações finais e Referências. O tópico

Agradecimento (s) quando pertinente, deve aparecer antes das referências. Revisões na língua

inglesa não precisam incluir Título, Resumo e Palavras-chaves em português.

No texto, as referências deverão ser citadas por autor e ano, conforme o exemplo "(Henze, 2010)",

"(Henze & Brown, 2010)", "(Henze et al., 2010)", "... conforme afirmaram Henze et al. (2010)". As

referências no fim do texto deverão ser apresentadas em ordem alfabética, conforme os formatos

abaixo:

Artigo completo:

TIAN, G., KOLAWOLE, GO. Comparison of various plant residues as phosphate rock amendment

on Savanna soils of West Africa. Journal of Plant Nutrition 27: 571-583, 2004.

Livro:

BOLLAG, J.M., Stozky, G. . Soil biochemistry. Marcel Dekker, New York, USA. 519 p. 2000

Capítulo de livro:

MIZRAHI, Y., NERD, A. Climbing and columnar cacti: new arid land fruit crops. In: Janick, J.

(ed.) Perspectives on new crops and new uses. ASHA Press, Alexandria, USA. p. 358-366, 1999.

Tese ou dissertação:

OLIVEIRA NETO, F.V. . Neurorrafia látero-terminal: estudo experimental no rato. 198f. (Tese de

Doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Botucatu, Brasil, 1992.

Referência On line:

FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. 2008. http://apps.fao.org/

As referências deverão priorizar artigos publicados em periódicos reconhecidos pela comunidade

científica. Preferencialmente, não citar trabalhos publicados em eventos ou teses/dissertações. Não

serão aceitas citações de comunicações pessoais ou de artigos no prelo.

As tabelas e figuras devem ser auto-explicativas, em Arial, tamanho 9, numeradas com algarismos

arábicos, inseridas no contexto do texto, com o título abaixo para figuras e acima para tabelas. As

tabelas devem ser editáveis. As figuras não devem apresentar bordas. Poderão ser enviadas até 4

(quatro) figuras coloridas (formato jpeg e com tamanho inferior a 800 kbs).

A nomenclatura científica deve ser citada segundo os critérios estabelecidos nos Códigos

Internacionais em cada área. Unidades e medidas devem seguir o Sistema Internacional (SI).

Visando uma melhor visibilidade internacional dos artigos publicados na Scientific Electronic

Archives, o cadastro do artigo deverá ser todo realizado em inglês (Titulo, Resumo e Palavras-

chaves, separadas por vírgula). Os nomes dos autores deverão ser abreviados contendo por extenso

apenas o sobrenome (ex: José Carlos Andrade ficaria J. C. Andrade).

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