tu cordao sexual e estroma
TRANSCRIPT
TUMORES DO ESTROMA E CORDÃO SEXUAL
MARCELO MADUREIRA MONTRONI
ETIOLOGIA Tumores derivados do cordão sexual ou mesênquima (estroma) ovariano.
Estroma Fibroma, tecoma (fibrotecoma)
Cordão sexual Tumor de células da granulosa (Adulto e juvenil)
Cordão sexual + estroma Tumor de Sertoli-Leydig (androblastoma)
Outros: Tumor estromal esclerosante, tumor de células esteroidais, ginandroblastoma, tumor do cordão sexual com túbulos anulares.
EPIDEMIOLOGIA
5-10% das neoplasias ovarianas
2% dos tumores ovarianos malignos
50%: fibrotecoma 10-20%: tumor de células da granulosa 5%: tumor de sertoli-leydig Restante: Tumor estromal esclerosante, tumor de células esteroidais,
ginandroblastoma, tumor do cordão sexual com túbulos anulares.
Maioria dos tumores contém mais de um tipo celular
EPIDEMIOLOGIA
Podem ocorrer em qualquer idade
Fibrotecoma 80% dos casos na pós menopausa (~59 anos)
Tumor de células da granulosa 5% - juvenil
< 30 a (~13 anos) 95% - adulto
Peri ou pós menopausa (~52 anos)
Tumor de Sertoli-Leydig ~25 anos
QUADRO CLÍNICO Massas pequenas: incidental Massas grandes: dor e desconforto pélvico
Sintomas relacionados a produção hormonal Estrógeno
Tumor de células da granulosa e tecomas Jovens: pseudopuberdade precoce (sem ovulação ou progesterona)
80% dos tu de céls da granulosa juvenil -> 10% dos casos de puberdade precoce
Menacme: irregularidade menstrual. Pós menopausa: sangramento uterino (estímulo endometrial com
hiperplasia 30-50% ou carcinoma 3-25%) Andrógeno
Tumor de Sertoli-Leydig: 30% sintomáticas
ULTRASSONOGRAFIA
Tumores geralmente sólidos ou predominantemente sólidos Tumores hormonalmente ativos podem ser pequenos e difíceis de
encontrar
Características diversas e pouco específicas Desde pequenos tumores sólidos a grandes massas multicísticas
FIBROTECOMA
Massa sólida hipoecogênica com sombra acústica posterior (“leiomioma”) Podem ser mais hiperecogênicos se mais células da teca (tecoma) - lipídios
Tamanho variável ~13 cm; tipicamente unilateral Calcificações são incomuns; difusas e puntiformes Hemorragia, áreas císticas, derrame pleural se grandes massas ->
degeneração, torção
Ascite + derrame pleural + fibroma/fibrotecoma Síndrome de Meigs
Carcinomas basocelular + cistos mandibulares + fibromas ovarianos Síndrome de Gorlin
Massa anexial semelhante a leiomioma pedunculado e espessamento endometrial
Grande massa adjacente ao útero com ascite
Massa com áreas císticas no seu interior
Formação nodular ovariana hiperecogênica, circundada por tecido ovariano normal (tecoma)
Grande massa pélvica, com sombra acústica posterior e má definição dos limites posteriores
RM T2: baixo sinal; útero deslocado posteriormente
Massa heterogênea medindo 11 x 11 x 10 cm , bem definida, com algumas formações cisticas no seu interior.
TUMOR DE CÉLULAS DA GRANULOSA
Cistos de paredes espessas, aspecto de “esponja” Podem ser complexos, com conteúdo hemorrágico Podem romper e causar hemoperitoneo
Forma adulta e juvenil tem mesmas características de imagem Calcificações são raras 5% bilaterais
Adulto: Carcinoma, hiperplasia e pólipos endometriais Juvenil:
Puberdade pseudoprecoce Doença de Ollier (encondromas múltiplos) Sindrome de Maffucci (encondromas e hemangiomas múltiplos)
6 anos, puberdade precoce
Massa com áreas císticas no interior, aparência de esponja
Usg 3º trimestre com massa anexial direita predominantemente sólida com áreas císticas no interior
T2: sinal intermediário – sólido, hipersinal – cistos.
Espessamento endometrialMassa ovariana com cistos complexos no seu interior; cistos com ecos internos (hemorragia).
Massa ovariana medindo 11 cm, heterogênea, com áreas hipoecogênicas e focos hiperecogênicos no seu interior.
Grande massa complexa na região anexial esquerda contendo áreas sólidas e císticas no seu interior.
TUMOR DE SERTOLI-LEYDIG
Grande sobreposição de achados com os tumores de células da granulosa, mas com menos cistos e menos hemorragia
Tumor virilizante do ovário mais comum Amenorreia, hirsutismo, alopecia
Massa heterogênea, com áreas císticas no seu interior e história de virilização
22 anos, dor abdominal há 1 mês
Formação sólida, com algumas áreas císticas, sem calcificações aparentes, com vascularização no seu interior.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Carcinoma ovariano
Tumores epiteliais são predominantemente císticos Podem confundir se grandes massas com componente sólido com ascite
e derrame pleural
Tumor de células germinativas Mais heterogêneos, com calcificações, níveis líquidos.
Torção de ovário Quadro agudo com ovário aumentado de volume e cistos periféricos
Outras massas ovarianas hormonalmente funcionais
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Hiperandrogenismo Tumores
Sertoli-Leydig Estromal esclerosante Gonadoblastoma Brenner
SOP Hiperplasia estromal Hipertecose estromal Hiperreação luteinica Doença de Cushing (hipófise) Síndrome de Cushing (adrenal)
Hiperestrogenismo Tumores
Células da granulosa Tecoma Serosos Mucinosos Endometrioides
PROGNÓSTICO
Fibrotecomas são benignos
Outros: Baixo grau de malignidade
Maioria: estadiamento 1 ao diagnóstico Cirurgia é curativa na maior parte dos casos