trotskismo x leninismo - parte iv - duas linhas sobre a revolução chinesa

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  • 8/6/2019 Trotskismo x Leninismo - Parte IV - Duas Linhas sobre a Revoluo Chinesa

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    Trotskismo x Leninismo - Lies Da histria Parte IV

    Comunidade Josef Stlin - http://comunidadestalin.blogspot.com/ Pgina 1

    Trotskismo X Leninismo

    Lies da Histria

    Harpal BrarTraduo Pedro Castro

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    Parte IVDuas Linhas sobre a Revoluo Chinesa: A Linha do Comintern e a Linha da

    Oposio Trotskista

    Captulo 13O Trotskismo em Relao ao Movimento Comunista Internacional................03

    Captulo 14Por que a Oposio Trotskista na Unio Sovitica Cometeu o Tipo de Errosque Cometeu em Relao Revoluo Chinesa?..................................................21

    Captulo 15A Concepo de Frente nica que o Comintern Transmitiu ao PartidoComunista Chins.......................................................................................................35

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    Parte IV

    Duas Linhas sobre a Revoluo Chinesa:

    A Linha do Comintern e a Linha da Oposio Trotskista

    "Stalin o verdadeiro amigo da causa da libertao do povo chins. Nenhumatentativa de semear dissenso, nenhuma mentira ou calnia podem afetar o amor e

    o respeito de todo o povo chins por Stalin e nossa genuna amizade pela UnioSovitica."

    Mao Ts-tung

    Captulo 13

    O Trotskismo em Relao ao Movimento Comunista Internacional

    H vrias questes que podem ser consideradas sob este ttulo - questescomo, por exemplo, a Revoluo Chinesa e a linha da oposio trotskista e a linha daInternacional Comunista (Comintern) a respeito dessa revoluo; a questo da GuerraCivil Espanhola; o Pacto 'Hitler-Stalin', etc. Esses temas causaram disputas e confusesfuriosas no passado e ainda so de tremenda importncia e interesse no movimentoda classe operria internacional. So temas de grande importncia, pelo fato de que, amenos que o movimento da classe operria aprenda suas lies com o seu passadohistrico, ser incapaz de evitar e eliminar seus erros, e sem a eliminao desses erros

    ser difcil, seno impossvel, alcanar a realizao de novos sucessos. Entretanto, nopodemos, com justia, tratar de todas essas importantes questes em apenas umcaptulo. Decidimos, portanto, concentrar-nos neste captulo em uma dessas questes,a saber, a questo da Revoluo Chinesa e a linha da oposio trotskista (Trotsky,Zinoviev e Radek) e aquela do Comintern a esse respeito. Essa questo da maiorimportncia para o propsito de contestar os elementos trotskistas e outroselementos antileninistas que continuam a dizer que o Comintern e a "burocraciastalinista", isto , o Partido Comunista da Unio Sovitica (Bolcheviques), (CPUS(B),

    jogaram a Revoluo Chinesa e os comunistas Chineses rio abaixo. , portanto, degrande interesse para ns tratarmos da questo da Revoluo Chinesa e

    desvendarmos quem realmente jogou os interesses da Revoluo Chinesa rio abaixo.

    Pensamos que seria de muito interesse dos camaradas saberem que, no que serefere aos camaradas chineses (e os camaradas chineses fizeram uma revoluovitoriosa, o que muito diferente dos trotskistas; os trotskistas nunca fizeram umarevoluo vitoriosa nem seriam capazes de fazer uma revoluo ao menos e at queeles deixassem de lado seu trotskismo, pois sem abandonar o trotskismo e sem adotaro marxismo-leninismo no pode haver revoluo proletria), eles tinham um tremendorespeito pela linha da Internacional Comunista e pela linha de Stalin. No 60aniversrio de Stalin, eis o que Mao Ts-tung disse:

    "Stalin o dirigente da revoluo mundial. Isso de importncia suprema. umgrande acontecimento que a humanidade est sendo abenoada com Stalin. Como ns

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    o temos, as coisas podem ir bem. Como vocs sabem, Marx est morto e tambmEngels e Lnin. Se no tivesse havido Stalin, quem teria dado as diretivas? Mas, tendo-o, isto realmente uma bno. Agora existe no mundo uma Unio Sovitica, umPartido Comunista e tambm um Stalin. Assim, as questes mundiais podem ir bem.Devemos saud-lo, devemos apoi-lo e devemos aprender com ele... Devemos

    aprender com ele sobre dois aspectos: sua teoria e sua prtica"(Citado por Chen Po-Taem Stalin on the Chinese Revolution).

    Essa declarao, ao que eu saiba, nunca foi repudiada pelo Camarada Mao Ts-tung, o dirigente da revoluo democrtica popular, assim como o dirigente darevoluo proletria na China, e portanto era a posio no apenas do camarada MaoTs-tung mas do Partido Comunista da China. Portanto, realmente, quando ostrotskistas, que nada tinham a fazer com a Revoluo Chinesa, exceto expor seusvrios experimentos ultra-'esquerdistas' com o objetivo de objetivamente sabotar aluta do povo chins, quando eles diziam que os comunistas chineses estavam sendo

    jogados rio abaixo pelo 'superburocrata' Stalin e pela 'panelinha burocrtica' quedirigia a Rssia Sovitica, ento no devemos levar em conta suas palavras.

    Os pronunciamentos trotskistas no so seno mentiras, seno uma coberturae camuflagem para suas prprias atividades que, como mostramos no ltimo captuloem referncia massa de evidncias e s declaraes dos 51 acusados nos

    julgamentos de Moscou, eram contra-revolucionrias. Os julgamentos de Moscoumostraram que o trotskismo tinha cado na prtica contra revolucionria, porqueseguiu uma poltica contra-revolucionria, e, quando descobriu que suas prpriasforas eram insuficientes, fez aliana com Estados fascistas como Alemanha e Japo.

    Isso ficou provado fora de qualquer dvida. E, portanto, quando os trotskistas afirmamhoje, como fez Trotsky e o resto da oposio no PCUS(B), durante os anos 20 e 30 dosculo XX, que os comunistas chineses foram jogados rio abaixo, no devemosacreditar neles. Ao contrrio, nosso dever supremo repudi-los. A fim de fazer

    justia, temos de estudar o trotskismo, estudar o marxismo-leninismo, estudar odesenvolvimento concreto dos acontecimentos na URSS e no mundo e, depois, combase nesses estudos e pesquisas, provar especificamente porque o trotskismo contra-revolucionrio. Provamos que o trotskismo era contra-revolucionrio na UnioSovitica - agora, provemos que o trotskismo era tambm contra-revolucionrio noque se refere, por exemplo, questo da Revoluo Chinesa.

    No que diz respeito questo da Revoluo Chinesa, Trotsky e Zinoviev e oresto da oposio no PCUS(B) nunca cessaram de atacar o Camarada Stalin, de atacar oComit Central do PCUS(B) e de atacar o Comit Executivo da Internacional Comunista,por levarem adiante uma poltica que eles alegavam significar apoio burguesianacional na China. Na verdade, esta alegao da oposio na Unio Sovitica nadamais era do que uma fabricao e um embuste completos. De fato, a poltica daInternacional Comunista, do PCUS(B) e de Stalin era utilizar a burguesia nacional naChina para estender e ampliar o quadro da revoluo. Era uma poltica de fazer uso daburguesia nacional na luta antiimperialista, que estava ento sendo empreendida pelo

    povo chins e que, naquela poca particular, a burguesia nacional chinesa estava

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    realmente empreendendo uma luta contra o imperialismo. Esta era a poltica daInternacional Comunista e, como disse o camarada Stalin:

    " um infortnio da oposio que ela no consegue viver sem mexericos edistores."

    Sim, de fato era um infortnio no somente da oposio trotskista - era uminfortnio de todas as alianas e oposies desonestas. Era um infortnio de todos oscontra-revolucionrios e oportunistas que eles no podiam viver sem mexericos.Vemos isso no movimento de esquerda hoje - no continuam nos dias atuais seempenhando em mexericos os trotskistas? No esto os amigos dos trotskistas noprprio movimento anti-revisionista?

    As anlises do Comintern sobre a Revoluo Chinesa

    Qual era a anlise do Comintern em relao Revoluo Chinesa? O Cominternapresentou a seguinte anlise em relao Revoluo Chinesa, no que dizia respeitoao carter e perspectivas da Revoluo Chinesa. O Comintern entendia que o principalcarter da Revoluo Chinesa era antifeudal, porque o feudalismo e os sobreviventesdo feudalismo eram o fator mais predominante no interior chins. A China, na poca,por sua vez, tinha uma populao de 450/450 milhes de pessoas, das quais 350 a 400milhes de pessoas (dependendo de qual era a populao) viviam no campo. Cerca de90% da populao era de camponeses que eram explorados ao extremo pelofeudalismo e, portanto, o aspecto mais predominante da Revoluo Chinesa era a lutacontra o feudalismo. Em outras palavras, a Revoluo Chinesa, de acordo com a anlise

    do Comintern, era uma revoluo agrria ponta-de-lana contra o feudalismo e contra,certamente, a estrutura burocrtica-militarista que restava em sua estrutura feudal.Este era o carter da Revoluo Chinesa.

    O que uma revoluo agrria? um despropsito falar de uma revoluoagrria, a menos que ela seja dirigida contra o feudalismo. No se pode falar de umarevoluo como sendo agrria a menos que a revoluo em questo seja dirigidacontra o feudalismo. Uma revoluo agrria a base e o contedo da revoluodemocrtica burguesa.

    Uma revoluo democrtica burguesa, como se costumava dizer nos velhostempos, agora chamada uma revoluo democrtica popular. Ns a chamamos umarevoluo democrtica popular porque dirigida mais pelo proletariado do que pelaburguesia, porque somente o proletariado, em pases coloniais e semi coloniais, estinteressado em levar a cabo uma completa revoluo democrtica burguesa e,portanto, a nica fora que pode dirigir uma revoluo democrtica burguesa. Maisdo que isso, o proletariado a nica fora que pode levar o povo do estgiodemocrtico burgus para o estgio socialista da revoluo, enquanto a burguesia, emum ou outro estgio, faz acordos com o imperialismo e tambm com o feudalismo.Como, em ltima anlise, o proletariado que dirige a luta por uma revoluodemocrtica burguesa, chamamo-la de revoluo democrtica popular.

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    A revoluo na China era de natureza democrtica burguesa, ou o que agorachamamos de natureza democrtica popular, naquela poca especfica. A ponta-de-lana da luta era dirigida contra o feudalismo. Porm, a revoluo democrticaburguesa na China no era do velho tipo - no era uma revoluo democrticaburguesa como todas as revolues democrticas burguesas prvias que j tinham

    acontecido, por exemplo, na Inglaterra.

    Na Inglaterra, a revoluo democrtica burguesa foi de um tipo inteiramentediferente da revoluo democrtica burguesa na China. Por qu? Porque na China eem outros pases atrasados e semicoloniais, como a China era nessa poca particular, arevoluo democrtica burguesa no pode deixar de ser tambm uma revoluoantiimperialista. Por qu? Porque o imperialismo que apia toda a estrutura dofeudalismo, todo o tecido do feudalismo. o imperialismo que sustenta, inspira, apiae preserva o feudalismo e luta ao lado do feudalismo. Isso um fato - e, portanto, seos povos, em qualquer pas colonial ou semicolonial (como a China era naquela poca),

    querem lutar contra o feudalismo, eles no podem seno, ao mesmo tempo, estarenvolvidos em uma luta revolucionria pela derrubada do imperialismo, porque osinteresses do imperialismo esto intimamente entrelaados com os interesses daclasse dirigente feudal. Portanto, a revoluo democrtica burguesa na China, deacordo com a linha do Comintern, era tambm uma revoluo antiimperialista.

    A anlise de Trotsky da Revoluo Chinesa

    Qual era o ponto de vista da oposio trotskista quanto ao carter daRevoluo Chinesa? Seria de interesse saber a posio de Trotsky e da do resto da

    oposio.

    Trotsky subestimava e no dava importncia decisiva fora do feudalismo. Deacordo com ele, o feudalismo no tinha qualquer importncia particular. Ele entendiaque a principal razo para a Revoluo Chinesa era a dependncia aduaneira do Estadochins dos pases imperialistas e, isso, de acordo com Trotsky, era o que tornava arevoluo Chinesa uma revoluo antiimperialista. Assim, a posio de Trotsky era quea revoluo chinesa era uma revoluo pela autonomia dos direitos aduaneiros doEstado, uma revoluo para abolir a dependncia dos direitos aduaneiros do Estado doimperialismo. Houve vrios tratados desiguais impostos classe dirigente pelo

    imperialismo e, de acordo com Trotsky, a Revoluo Chinesa era antiimperialistaporque significava abolir esses tratados desiguais. Esta era a posio que Trotskydefendia sobre o carter da Revoluo Chinesa.

    Trotsky no dava qualquer importncia sobrevivncia do feudalismo, ao fatode que a estrutura burocrtica militar inteira - os senhores da guerra e tudo o mais -estava assentada no topo do feudalismo. Trotsky e o resto da oposio no foramcapazes de ver que o feudalismo e o que tinha restado do feudalismo eram o aspectomais predominante no interior chins. Permitam-nos referir-nos tese que Trotskysubmeteu, em maio de 1927, ao Comit Central do PCUS(B) e ao Comit Executivo doComintern. Eis o que Trotsky disse em sua tese:

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    "Fundamentalmente insustentvel a tentativa de Bukharin de justificar sualinha de compromisso oportunista com referncia ao alegado papel predominante dos'remanescentes feudais' na economia da China. Mesmo que a avaliao de Bukharin daeconomia chinesa fosse baseada em uma anlise econmica e no apenas emdefinies escolsticas, em todo caso, os 'remanescentes feudais' no poderiam

    justificar a poltica que to manifestamente facilitou o Golpe de Abril. A RevoluoChinesa apresenta um carter burgus nacional pela razo bsica de que odesenvolvimento das foras produtivas do capitalismo chins est sendo bloqueado

    pela dependncia dos direitos aduaneiros do Estado dos pasesimperialistas"(Trotsky, The Chinese Revolution and Stalin's Theses) (nfase minha -HBJ.

    No se pode querer, muito menos conseguir, evidncia mais clara do queTrotsky pensava da Revoluo Chinesa. Ele caracterizava a Revoluo Chinesa comouma revoluo antidependncia dos direitos alfandegrios do Estado, uma revoluo

    que era dirigida contra o imperialismo por um nico propsito, abolir os tratadosdesiguais que tornavam a China dependente de vrios pases imperialistas no que dizrespeito aos direitos aduaneiros do Estado.

    O que temos aqui nas teses de Trotsky uma negao do papel predominantedos resqucios do feudalismo na China. De acordo com Trotsky, esses resqucios eraminsignificantes, no tinham nenhuma conseqncia. Insistimos em reiterar isso, porque o ponto central das questo, porque a menos e at que se seja capaz de definir ocarter de uma revoluo, o conseqente sucesso da revoluo est simplesmentefora de questo. As teses de Trotsky so uma prova eloqente de que ele se equivocou

    ao entender porque no campo chins os senhores da guerra, os vrios governantesmilitares, espoliavam o povo, exploravam ao mximo a populao; que a venda demulheres e moas era ainda praticada na China - e, todavia, para Trotsky os resquciosdo feudalismo no eram importantes no campo chins. Tal era o ponto de vista deTrotsky sobre o carter da Revoluo Chinesa.

    Stalin estava absolutamente certo em caracterizar este ponto de vistacomo "aquele de um conselheiro estatal de 'Sua Alteza' Chang Tso-lin". Isso eraabsolutamente correto, porque Trotsky tinha de fato migrado para o ponto de vistados oficiais de 'Sua Alteza' Chang Tso-lin. Por qu? porque mesmo os mais raivosos

    reacionrios, como Chang Tso-lin e Chiang Kai-shek, realmente apresentaram aexigncia de que os tratados desiguais impostos pelo imperialismo na China fossemabolidos. Seguramente o proletariado seria capaz de ir mais longe do que isso.

    Aqui temos autor de frases ultra-'esquerdistas', o prprio Trotsky, dizendo ques o que importava na Revoluo Chinesa era a abolio dos tratados aduaneirosestatais. Como Stalin colocou:

    "Se o ponto de vista de Trotsky estiver correto, ento deve-se admitir que ChangTso-lin e Chiang Kai-shek estavam certos em no quererem revoluo agrria ou dosoperrios e em propugnarem apenas pela abolio dos tratados desiguais e oestabelecimento da autonomia de direitos aduaneiros para a China"(nfase de Stalin).

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    E adiante, fazendo uma comparao e resumo das linhas do Comintern e deTrotsky, continua Stalin:

    "(a) a linha do Comintern, que leva em conta a existncia dos remanescentesfeudais na China, como a forma predominante de opresso, a importncia decisiva do

    poderoso movimento agrrio, a ligao entre os remanescentes feudais e oimperialismo e o carter democrtico burgus da revoluo chinesa com sua lutadirigida contra o imperialismo;

    (b) a linha de Trotsky, que nega a importncia predominante da opressomilitarista feudal, deixa de apreciar a importncia decisiva do movimentorevolucionrio agrrio na China e atribui o carter antiimperialista da revoluochinesa apenas aos interesses do capitalismo chins, que estaria exigindoindependncia de direitos aduaneiros para a China.

    O erro bsico de Trotsky (e da da oposio) que ele subestima a revoluoagrria na China, no entende o carter democrtico burgus daquela revoluo, negaa existncia das pr-condies para um movimento agrrio na China, envolvendomuitos milhes, e subestima o papel do campesinato na revoluochinesa"(Stalin: Revolution in China and the Tasks of the Comintern, discurso proferidono 10 Encontro do 8o pleno do Comit Executivo da Internacional Comunista (ECCI),24 de maio de 1927).

    Porm, a maioria de vocs saber que este ponto de vista particular de Trotsky,seu desprezo pela influncia do feudalismo na sociedade chinesa, seu desprezo pela

    influncia dos remanescentes do feudalismo no campo chins, no era novo paraTrotsky. Toda a teoria da 'revoluo permanente' uma negao do papel docampesinato. De fato, um dos aspectos caractersticos do trotskismo, em sua lutacontra o bolchevismo - contra o leninismo -, tem sido sua subestimao, sua negaodo papel do campesinato. Essa subestimao, essa negao do papel do campesinato,est no mago da teoria da 'revoluo permanente'. a teoria da 'revoluopermanente', com sua subestimao, sua negao, do papel do campesinato, que porsi s explica a degenerao do trotskismo, que terminou por fazer uma aliana com ofascismo. A teoria da 'revoluo permanente' no poderia seno levar Trotsky a negaro papel do campesinato. No foi a primeira vez que Trotsky negava o papel do

    campesinato, quando ele deixou de ver os remanescentes feudais na China. Trotsky fezo mesmo em 1905. Ele repetiu seu erro 'original' logo antes da revoluo de fevereirode 1917 na Rssia. Trotsky afirmava que, por causa da contnua diferenciao entre ocampesinato, a dominao do imperialismo e porque o proletariado estava colocadocontra a burguesia (desde que "o imperialismo pe em choque no a nao burguesacontra o velho regime, porm o proletariado contra a nao burguesa": Trotsky), opapel do campesinato russo tinha declinado, o campesinato russo no iria longe nopapel importante a ele atribudo formalmente - e que, conseqentemente, a revoluoagrria no mais teria a importncia at ento atribuda a ela.

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    Permitam-nos, camaradas, citar a resposta de Lnin a essas afirmaes'esquerdistas' absurdas de Trotsky. Em um artigo escrito em 1915, eis o que Lnindisse sobre o papel do campesinato na revoluo democrtica burguesa na Rssia:

    "Essa teoria original de Trotsky[referindo-se revoluo permanente de

    Trotsky] toma emprestado dos bolcheviques seu apelo a uma luta revolucionriaresoluta pelo proletariado e para a conquista do poder poltico por este, e dosmencheviques a 'negao' do papel do campesinato. O campesinato, ele diz, tem sedesintegrado em estratos, tem se tornado diferenciado; seu papel revolucionrio

    potencial tem declinado firmemente; uma revoluo 'nacional' impossvel na Rssia;'Ns estamos vivendo na era do imperialismo' e 'o imperialismo pe em choque no anao burguesa contra o velho regime, mas o proletariado contra a nao burguesa'.

    Aqui temos um exemplo divertido de 'malabarismo com palavras':imperialismo! Se na Rssia o proletariado est j em posio antagnica 'nao

    burguesa', ento isso significa que a Rssia est encarando diretamente uma revoluosocialista!! Ento, o slogan 'confisco da terra dos proprietrios de terra' (que Trotsky,aps a Conferncia de Janeiro de 1912, lanou de novo em 1915) inverdico e nodevemos falar de um 'governo revolucionrio dos operrios' mas de um governo'socialista' dos operrios!! At que ponto vai a confuso de Trotsky pode-se ver em sua

    frase de que o proletariado deveria, por sua determinao, levar com ele as 'massas populares (!) no proletrias'(N 217)!! Trotsky no parou para pensar que, se oproletariado leva com ele as massas no proletrias do campo para confiscar a terrados proprietrios de terra e para a derrubada da monarquia, isso levaria suaconcluso a 'revoluo burguesa nacional' na Rssia, que seria a ditadura democrtica

    revolucionria do proletariado e do campesinato.

    Toda a dcada- a grande dcada - de 1905-1915 demonstrou que h duas, esomente duas, linhas de classe para a revoluo russa. A diferenciao do campesinatointensificou a luta de classes dentro dele, conscientizou muitos elementos

    politicamente adormecidos, trouxe o proletariado rural para mais perto do proletariado urbano (os bolcheviques tm insistido na organizao separada dos primeiros desde 1906, e introduziram esta demanda na resoluo do CongressoMenchevique, de Estocolmo). Mas o antagonismo entre o 'campesinato' e os Martovs-Ramonovs-Khvostovs tornou-se mais forte, mais desenvolvido, mais agudo. Essa

    verdade to bvia que mesmo milhares de frases em dzias de artigos de Paris deTrotsky no podem refut-la. Trotsky est de fato ajudando os polticos trabalhistasliberais na Rssia que entendem que a negao do papel do campesinato significarecusa a despertar os camponeses para a revoluo! E esse agora justamente ocentro da questo"(Lnin).

    Como Stalin disse:

    " essa peculiaridade do esquema de Trotsky - o fato de que ele v a burguesia ev o proletariado, mas no v o campesinato e no entende seu papel na revoluodemocrtica burguesa - precisamente essa sua peculiaridade que constitui o principalerro da oposio na questo chinesa.

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    Erro 1: "Incongruncia lgica" de Trotsky a respeito de Wuhan

    No perodo da frente nica nacional (o perodo de Canto), particularmente operodo entre 1925 e 12 de abril de 1927, por algum tempo Trotsky e o resto daoposio defenderam que os comunistas deveriam retirar-se do Kuomintang.

    Primeiro, umas poucas palavras sobre o Kuomintang nesse perodo: era umbloco de vrias classes oprimidas - era um bloco da burguesia nacional, dos pobresurbanos, do campesinato, da intelligentsia pequeno-burguesa e do proletariado. Eraum bloco basicamente de quatro classes. Entre 1925 e 12 de abril de 1927, a burguesianacional desempenhou um papel progressista (falaremos disso mais adiante).

    Trotsky exigia que o proletariado, o Partido Comunista da China (CPC) deveriaretirar-se do Kuomintang. Por qu? Porque, de acordo com ele, a burguesiaera sempre contra-revolucionria. Trotsky obviamente tinha a revoluo russa como

    modelo (Trotsky j tinha se mostrado errado a respeito da revoluo russa, mas, dequalquer modo, uma vez a Revoluo Russa tendo sido vitoriosa, seguindo as teses deLnin, Trotsky ento tomou a Revoluo Russa como modelo para todos os outrospases) deixando de compreender que a Rssia era um pas imperialista, enquanto aChina era um pais oprimido naquela poca especfica; que a burguesia de um pasimperialista, que completamente contra-revolucionria, no poderia ser comparadacom a burguesia de um pas oprimido, que tinha seus prprios dios e queixas doimperialismo. Ela tambm tinha motivos de sobra para lutar contra o imperialismo e,portanto, durante um certo perodo de tempo, sob condies especficas particulares,a burguesia podia realmente tornar-se aliada do proletariado. Ningum est dizendo

    que uma aliana temporria entre o proletariado e a burguesia exige que oproletariado se funda com a burguesia. No, camaradas, este no o conceitocomunista de tal aliana. Nosso conceito de uma aliana com a burguesia que oproletariado em nenhuma poca deve ser prejudicado em seu trabalho de organizaoindependente, organizando o proletariado, organizando o campesinato, organizandoas amplas massas do povo sob seu prprio programa independente. E, na medida emque o PCC estava no Kuomintang, no somente no foi prejudicado em seu trabalho deorganizao independente das grandes massas do povo pela revoluo como, naverdade, pelo prprio fato de pertencer ao Kuomintang, sua capacidade real deorganizar independentemente e dirigir as massas estaria aumentada (e voltaremos a

    isso mais adiante).

    Em abril de 1927, a burguesia nacional desertou da revoluo quando, no dia12, lanou seu golpe. A ala direitista do Kuomintang, dirigida por Chiang Kai-shek,comeou a massacrar os comunistas. A burguesia nacional estabeleceu seu centrocontra-revolucionrio em Nanking. Assim, a burguesia nacional, desde 12 de abril de1927, no continuaria ao lado da Revoluo Chinesa - ela se ombreara com a contra-revoluo e o imperialismo. O que foi que ocasionou a desero da burguesianacional? Foi o medo da revoluo agrria, e, em segundo lugar, a presso sobre apanelinha de Chiang Kai-shek aplicada pelo imperialismo em Xangai.

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    Aps ter a burguesia nacional desertado da revoluo, a ala esquerda doKuomintang estabeleceu seu centro revolucionrio em Wuhan. Wuhan tornou-se abase para o mximo desenvolvimento da revoluo agrria, que era dirigida pelopartido Comunista. Como a oposio trotskista caracterizou Wuhan, e qual foi suaatitude em relao a Wuhan? Trotsky descreveu Wuhan como uma "fico".Embora

    Trotsky descrevesse Wuhan como uma "fico", ele no advogava a retiradadessa "fico"do PCC, que era aliado na poca da ala de esquerda do Kuomintang, emWuhan.

    Permitam-me citar uma passagem do discurso de Stalin, que descrevecorretamente a atitude de Trotsky - "essa incongruncia 'lgica'"-em relao a Wuhan.Eis o que disse Stalin:

    "Suponhamos que Wuhan seja uma fico. Mas se Wuhan uma fico, porque Trotsky no insiste numa luta determinada contra Wuhan? Desde quando os

    comunistas tm apoiado fices, participado de fices, permanecido na direo de fices e assim por diante? No um fato que os comunistas tm o dever de lutarcontra fices? No um fato que, se os comunistas evitam lutar contra fices, issosignifica iludir o proletariado e o campesinato? Por que, ento, Trotsky no prope queos comunistas devam lutar contra esta fico, ao menos pela retirada do Kuomintangde Wuhan e do governo de Wuhan? Por que Trotsky prope que eles permaneamnessa fico e no se retirem dela? Onde est a lgica nisto?

    No ser esta incongruncia explicada pelo fato de que Trotsky assume umaatitude arrogante em relao a Wuhan e chama-a de fico, e depois fica com medo e

    evita extrair a concluso apropriada de suas teses?"

    Tal era a posio de Trotsky sobre a questo de Wuhan.

    Examinemos a posio de Zinoviev, que era ainda mais peculiar. Zinovievdescreveu o governo de Wuhan como um governo kemalista; um governo do perodode 1920 na Turquia, dirigido por Kemal. Esta descrio do governo de Wuhan como umgoverno kemalista surgiu diretamente do fato de que a oposio (Zinoviev, Radek eTrotsky) mais de uma vez confundiu a Revoluo Chinesa com a revoluo kemalista naTurquia.

    O que uma revoluo kemalista? uma revoluo do estrato superior, daburguesia mercantil, contra o imperialismo, que j de incio dirigida contra osoperrios e os camponeses. uma revoluo que fica presa em seu primeiro estgio esimplesmente no tem como passar para uma revoluo socialista. Um governokemalista, portanto, um governo que no luta contra o feudalismo. Tal governo lutacontra os operrios e camponeses e, portanto, no h lugar para comunistas em talgoverno. Se se acreditar realmente que o governo de Wuhan foi um governokemalista, ento, pode-se chegar apenas concluso de que seria absolutamentenecessria uma luta determinada contra Wuhan - a derrubada do governo de Wuhan.Como Stalin disse:

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    "Mas isso que as pessoas comuns, com a lgica humana comum, podempensar."

    No era como Zinoviev pensava. Ele caracterizou o governo de Wuhan comoum governo kemalista. A concluso a ser sacada disso: uma luta determinada contra

    Wuhan, a derrubada do governo de Wuhan. Porm, Zinoviev no apenas no advogavaa derrubada do governo de Wuhan. Ele realmente propunha que fosse dado um apoiomais enrgico a ele. Eis o que Zinoviev diz em sua tese, distribuda na plenria doComit Central do PCUS, em abril de 1927:

    " necessrio prestar a mais enrgica assistncia e em todos os campos aoHankow1 e organizar a resistncia deste contra os Cavaignacs. O futuro imediatodeveria ser concentrado precisamente em facilitar a organizao e a consolidao emHankow."

    O comentrio de Stalin sobre esta posio peculiar de Zinoviev foi:

    "Entenda isso se voc puder!"

    Sim, camaradas, entendam isso, se puderem!

    Trotsky disse que Wuhan era uma "fico", que "at agora ele (Wuhan) no nada, ou praticamente nada". A concluso a ser sacada disso: uma luta determinadacontra Wuhan, a derrubada do governo de Wuhan, uma luta determinada contraessa "fico"e a derrubada pelos comunistas dessa "fico". Mas Trotsky no

    advogava tal luta contra essa "fico".

    Zinoviev caracterizou o governo de Wuhan como um governo kemalista. Aconcluso a sacar disso: a derrubada imediata pelos comunistas do governo kemalistae uma luta "enrgica"contra esse governo, para que ele fosse derrubado. Porm, estano era a concluso, qual somente poderia chegar " gente comum com lgicacomum", a que Zinoviev chegou. Ele chegou concluso de que a esse governo deveriaser prestada "a mais enrgica assistncia e em todos os campos".

    Entendam isso, camaradas, se puderem!

    Trotsky e Zinoviev, tendo descrito o governo de Wuhan como uma "fico"eum governo kemalista, no advogaram uma luta determinada contraessa "fico", contra o kemalismo estabelecido. Tendo descrito o governo de Wuhannos termos antes descritos, Trotsky e Zinoviev comearam a ficar com receio e nosacaram a nica concluso possvel de sua prpria caracterizao do governo deWuhan como uma "fico"e um governo kemalista; a saber, que era necessrioempreender uma luta determinada contra essa "fico"e contra o kemalismoestabelecido. Em lugar disso, eles queriam que os comunistas chineses participassemdo governo de Wuhan e disseram que deveria ser prestada"a assistncia mais enrgicae em todos os campos"a essa "fico", este governo kemalista. Tal era a confuso emque a oposio trotskista se encontrava. Tal era o palavreado a que a oposiotrotskista recorria, porque tinha feito uma anlise errada do carter e das perspectivas

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    da Revoluo Chinesa, porque o ponto inicial da oposio era a teoria "absurdamenteesquerdista"da 'revoluo permanente', teoria da qual derivavam todos os infortniose todas as tragdias, todos os erros - grandes e pequenos - da oposio.

    Eis como Stalin resumiu a confuso da oposio no ponto ora em discusso:

    "O que tudo isso mostra? Mostra que a oposio enredou-se em suascontradies. Perdeu a capacidade de pensar logicamente, perdeu todo o sentido de

    perspectiva.

    Confuso do pensamento e perda de todo o sentido de perspectiva sobre aquesto de Wuhan tal a posio de Trotsky e da oposio, se que confuso podeser descrita como uma posio.

    Passemos agora ao segundo erro da oposio, um erro que tambm resultou ia

    anlise equivocada da oposio sobre a questo da Revoluo Chinesa.

    Erro 2: A exigncia da oposio de estabelecimento dos sovietes enquanto oscomunistas participavam do governo de Wuhan

    Ao mesmo tempo que a oposioeslava exigindo que o governo de Wuhanfosse "energicamente"apoiado (ver a tese de Zinoviev), exigia tambm o imediatoestabelecimento dos sovietes dos deputados operrios e camponeses na China.

    O que a criao dos sovietes significava? A tese especial do 2o Congresso :oComintern a respeito da questo dos sovietes dizia muito categoricamente que:

    "Sem uma revoluo proletria, inevitavelmente os sovietes se tornaro umtravesti de sovietes"(Tese Especial do 2o Congresso da Internacional Comunista:Quando e em que circunstncias os sovietes de operrios e deputados podem ser

    formados).

    O que significava ento a formao dos sovietes? Qual era o seu propsito? Dpropsito dos sovietes era passar da existncia dos rgos da luta revolucionria poruma luta determinada contra o governo para uma luta determinada pela derrubada dosistema de poder existente. Se os sovietes no existissem com esse propsito, se nofossem centros organizacionais para a revoluo, se de fato (e este era aspecto maisimportante dos sovietes) no fossem rgos de uma insurreio contra o sistemaestatal existente, ento estariam destinados a degenerarem e se tornarem locais paraconversas vazias, casas de brinquedos.

    Eis o que Lnin disse sobre a questo da formao dos sovietes de deputadosoperrios:

    "Os sovietes dos deputados operrios so rgos de luta direta das massas...No foi algum tipo de teoria, nem apelos por parte de algum, nem a

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    ttica Lnventada por algum, nem uma doutrina partidria, mas a lgica dos fatos quepS ante esses rgos de massa, no partidrios, a necessidade de uma insurreio, e fez deles instrumentos de uma insurreio. E estabelecer tais rgos na poca atualsignificaria criar rgos de uma insurreio, e clamar por seu estabelecimento clamar

    por uma insurreio. Esquecer isso, ou escond-lo das vistas da massa do povo, seria a

    miopia mais imperdovel e a pior das polticas."

    E adiante:

    "A experincia completa de ambas as revolues, a de 1905 e a de 1917, e todasas decises do Partido Bolchevique, todas suas declaraes polticas por muitos anosno passado, concentra-se nisso - que um Soviete de Deputados Operrios e Soldadossomente praticvel como rgo da insurreio, somente como um rgo do poderrevolucionrio. Se este no o seu propsito, os sovietes se tornam brinquedos semsentido que se limitam a disseminar a apatia, a indiferena e a desiluso nas massas,

    que muito naturalmente se tornam fartas da repetio sem fim de resolues eprotestos."

    Sendo assim, a conclamao para a formao dos sovietes de deputadosoperrios e camponeses, na primavera de 1927, na rea do governo de Wuhan,significaria conclamao para uma insurreio contra o poder da esquerda doKuomintang e que, nesta poca, era revolucionrio, e em cujas reas o movimentoestava se desenvolvendo rapidamente. Seria oportuna tal conclamao? Dificilmentese precisaria provar que no. Tal conclamao teria sido equivalente a 'passar porcima' da fase da revoluo do Kuomintang. Guiada, como a oposio era, pela teoria

    da 'revoluo permanente', com sua subestimao do papel do campesinato, estavadestinada a saltar a fase da revoluo do Kuomintang. O desejo de queimar etapas darevoluo um efeito necessrio da crena de algum na teoria da 'revoluopermanente'. Sendo este o caso, surpreendente que atualmente os trotskistasestejam sempre atribuindo abusos Frente de Libertao Nacional (FLN) do Vietn doSul por no ter um "programa socialista", que estejam sempre acusando os palestinosde no alcanarem o socialismo antes de recuperarem seus lares perdidos e seu pas, aPalestina? No, no .

    O segundo ponto sobre os sovietes que no se pode conclamar pelo

    estabelecimento de sovietes de operrios e camponeses e todavia defender que elesparticiparo no governo que esses sovietes esto buscando derrubar. No podemosclamar por uma insurreio contra um governo e, contudo, participar desse governo.Seria equivalente a clamar pela nossa prpria derrubada. Dificilmente ser necessriodizer que tal esquema 'esperto' no poderia ser descrito seno como pura loucura.Contudo, foi essa pura loucura que a oposio trotskista advogou a respeito daformao dos sovietes na China. A oposio exigiu que os comunistas chinesesapoiassem o governo de Wuhan, que o Partido Comunista no retirasse seu apoio aogoverno de Wuhan e que os comunistas desenvolvessem seu trabalho dentro dogoverno de Wuhan. Mas a oposio tambm propunha ao PCC o imediato

    estabelecimento dos sovietes, o que criaria a dualidade de poder; criaria rgos deinsurreio contra o prprio governo do qual era membro. Entenda isso se voc puder!

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    A criao dos sovietes significa a criao de um poder dual e, uma vez criado odualismo do poder, a questo de quem possui de fato todo o poder, quem que tem opoder do Estado, no pode seno ser levantada de forma contundente. Clamar peloestabelecimento dos sovietes clamar pelo estabelecimento dos rgosinsurrecionais "e clamar por seu estabelecimento significaria clamar por uma

    insurreio". Somente pessoas superficiais e levianas como Trotsky, pessoas queromperam com o marxismo-leninismo, poderiam dizer que os sovietes deveriam sercriados e, ao mesmo tempo, exigir que os comunistas participassem do prpriogoverno que esses sovietes tentariam derrubar. Quando foram criados os sovietes, naRssia de 19172, no poderia entrar na cabea dos bolcheviques advogar aparticipao bolchevique no governo provisrio.

    Assim, a oposio trotskista no PCUS enredou-se desesperadamente numacontradio pela simples razo de que:

    Primeiro: ela confundiu a revoluo democrtica burguesa na China com umarevoluo proletria. A questo da formao dos sovietes s podia ser levantadaquando a vitria completa da revoluo democrtica popular (democrtica burguesa,na velha terminologia) se aproximasse e os caminhos da transio para a revoluoproletria se tornassem claros;

    Segundo: ela confundiu a revoluo democrtica burguesa na China com arevoluo democrtica burguesa de fevereiro de 1917 na Rssia, isto , confundiu arevoluo democrtica burguesa em um pas semicolonial, oprimido e explorado peloimperialismo, com a revoluo democrtica burguesa em um pas imperialista. Foi esta

    confuso que tornou a oposio cega distino entre a burguesia de um pasoprimido, semicolonial, que pode, por um perodo limitado, desempenhar, edesempenhou, um papel antiimperialista progressista, e a burguesia de um pasimperialista, como a Rssia (antes da revoluo), que no podia, e no pde,desempenhar um papel progressista. Foi por causa dessa confuso que a oposiomergulhou num tumulto desesperado.

    Resumindo: A linha do Comintern e a linha da oposio trotskista

    Para resumir as duas linhas, a linha do Comintern e a linha da oposio

    trotskista, sobre a Revoluo Chinesa, permitam-nos citar algumas poucas passagensdo discurso do camarada Stalin. Estas passagens so notveis no somente porconterem, como contm, um resumo perfeito das duas linhas sobre a RevoluoChinesa, mas tambm por uma caracterizao brilhante da tpica confuso epalavreado, to caractersticos do trotskismo. Eis o que Stalin disse:

    "E assim, temos diante de ns duas linhas inteiramente diferentes sobre aquesto chinesa - a linha do Comintern e a linha de Trotsky e Zinoviev.

    A linha do Comintern

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    As remanescentes sobrevivncias feudais e a superestrutura burocrtica militarsobre as quais elas repousam e que recebem todo o apoio dos imperialistas de todos os

    pases so os fatos bsicos da vida chinesa hoje.

    A China no momento est passando por uma revoluo agrria dirigida tanto

    contra os remanescentes feudais quanto contra o imperialismo.

    A revoluo agrria constitui a base e o contedo da revoluo democrticaburguesa na China.

    O Kuomintang em Wuhan e o governo de Wuhan so o centro do movimentorevolucionrio democrtico burgus.

    Nanquim e o governo de Nanquim so o centro da contra-revoluo nacional.

    A poltica de apoio a Wuhan , ao mesmo tempo, uma poltica dedesenvolvimento da revoluo democrtica burguesa, com todas as conseqnciasresultantes disso. Da a participao dos comunistas no Kuomintang de Wuhan e nogoverno revolucionrio de Wuhan, uma participao que no exclui, mas pressupe,crticas mais enrgicas pelos comunistas tibieza e vacilao de seus aliados noKuomintang.

    Os comunistas devem utilizar sua participao para facilitar o papel doproletariado de hegemonia na revoluo democrtica burguesa chinesa e apressaremo momento da transio para a revoluo proletria.

    Quando o momento da vitria completa da revoluo democrtica burguesa seaproxima e quando, no decorrer da revoluo burguesa, os caminhos da transio paraa revoluo proletria se tornem claros, ter chegado a poca necessria aoestabelecimento dos sovietes dos deputados operrios, camponeses e soldados, comoelementos de um poder dual, como rgos de luta por um novo poder, como rgos deum novo poder, o poder sovitico.

    Quando esta poca chegar, os comunistas devem substituir o bloco dentro doKuomintang por um bloco fora do Kuomintang, e o Partido Comunista deve tornar-se anica direo da nova revoluo na China.

    Propor agora, como Trotsky e Zinoviev fazem, a formao imediata dos sovietesdos deputados operrios e camponeses e o imediato estabelecimento do poder dual j,quando a revoluo democrtica burguesa est ainda em uma fase inicial de seudesenvolvimento e quando o Kuomintang representa a forma de organizao darevoluo democrtica nacional mais adaptada e mais estreitamente correspondenteaos aspectos especficos da China, seria desorganizar o movimento revolucionrio,enfraquecer Wuhan, facilitar sua queda e prestar ajuda a Chang Tso-lin e Chiang Kai-shek.

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    Os remanescentes feudais na China so uma fico da imaginao de BukharinOu no existem em toda a China ou so to insignificantes que no podem ter qualquerimportncia sria.

    Parece haver uma revoluo agrria na China neste momento. Porm, de onde

    ela vem, somente o diabo sabe (risos).

    Porm, j que h essa revoluo agrria, ela deve ser apoiada de algumamaneira.

    A principal coisa agora no a revoluo agrria, mas uma revoluo pelaindependncia dos direitos alfandegrios da China, uma revoluo antidireitos, porassim dizer.

    O Kuomintang de Wuhan e o governo de Wuhan so uma 'fico' (Trotsky) ou

    um kemalismo (Zinoviev).

    Por um lado, o poder dual deve ser estabelecido pela derrubada do governo deWuhan atravs da formao imediata dos sovietes (Trotsky). Por outro lado, o governode Wuhan deve ser fortalecido, deve ser-lhe dada assistncia enrgica e em todos oscampos, tambm, parece, atravs da formao imediata dos sovietes (Zinoviev).

    O certo que os Comunistas deveriam retirar-se imediatamente dessa 'fico',isto , do governo de Wuhan e do Kuomintang de Wuhan. Por que eles deveriam

    permanecer em Wuhan, se Wuhan uma 'fico'? Isto, parece, s Deus sabe. E quem

    no concordar com isso um desleal e um traidor[nfase minha - HB],

    Tal a assim-chamada linha de Trotsky e Zinoviev.

    difcil imaginar algo mais grotesco e confuso do que essa chamada linha.

    "Tm-se a impresso de que no se est tratando com marxistas mas comalguns tipos de burocratas que esto completamente divorciados da vida real - ou,ainda mais, com turistas 'revolucionrios'. que tm estado ocupados com turismo emSukhum e Kislovodsk e lugares parecidos, no tomaram conhecimento do Stimo Pleno

    Ampliado do Comit Executivo do Comintern, que definiu a atitude bsica para com arevoluo chinesa e depois, tendo aprendido com os jornais que algum tipo derevoluo - agrria ou antidireitos alfandegrios, eles no entenderam bem - estavatendo lugar na China, decidem que era necessrio compilar um monto de teses - umaestabelecida em abril, outra em parte do incio de maio, uma terceira nos ltimos diasde maio - tendo feito assim, bombardeiam o Comit Executivo do Comintern com elas,aparentemente acreditando que uma pletora de teses confusas e contraditrias omelhor meio de salvar a revoluo chinesa [nfase minha - HB].

    Tais, camaradas, so as linhas sobre a questo da revoluo chinesa.

    Vocs tero de escolher entre elas."

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    Tais eram as duas linhas sobre a Revoluo Chinesa. Seria difcil encontrar umadescrio melhor dos burocratas e "turistas 'revolucionrios"'trotskistas do que estadada pelo camarada Stalin. Basta ter um mnimo de conhecimento da Linha poltica edas atitudes dos trotskistas contemporneos para perceber que no se est tratandocom marxistas-leninistas, mas com burocratas que esto divorciados da vida real, para

    perceber que se est tratando com pessoas levianas - turistas "revolucionrios'; quedecidiram bombardear o movimento marxista-leninista com uma pletora de tesescontra-revolucionrias anticomunistas, plenas de calnias e mentiras, acreditando sereste o melhor meio de 'salvar' a 'revoluo mundial (!)'.

    O trotskismo escolhe 'momentos inapropriados'para lanar ataques contra omovimento comunista

    O camarada Stalin terminou seu discurso com as seguintes palavras:

    "Devo dizer, camaradas, que Trotsky escolheu um momento inapropriado paraseus ataques ao Partido e ao Comintern. Acabei de receber informaes de que ogoverno conservador britnico decidiu cortar relaes com a URSS. No necessrio

    provar que isto ser seguido por uma campanha universal contra os comunistas. Estacampanha j comeou. Alguns esto ameaando o PCUS(B) com guerra e interveno.Outros ameaam com cortes. Algo como uma frente nica de Chanberlain Trotskyest sendo formada (Enfase minha HB)

    possvel que eles queiram amedrontar-nos. Porm, dificilmente sernecessrio provar que os bolcheviques no so do tipo que se amedronta. A histria do

    bolchevismo est repleta de tais 'frentes'. A histria do bolchevismo mostra que tais'frentes' invariavelmente foram esmagadas pela determinao revolucionria e acoragem suprema dos bolcheviques.

    "Vocs no devem ter dvida nenhuma de que teremos xito em esmagar essasnovas 'frentes' tambm"(Aplausos).

    Isto tpico do trotskismo. O trotskismo sempre consegue escolher um"momento inapropriado" para lanar ataques ao movimento comunista.

    Ataques contra o Leninismo: Ele lanou seus mais violentos ataques contra oleninismo, contra o bolchevismo, subseqentes derrota da revoluo russa de 1905,quando o movimento estava passando pelas provas mais difceis. O trotskismo feztudo que podia para ajudar os liquidacionistas. Durante o perodo de Brest Litovsk,quando de fato o destino da revoluo estava de fato um tanto precrio, o trotskismoresolveu lanar uma campanha violenta contra o leninismo. Fez o mesmo durante operodo da Nova Poltica Econmica (NEP). Nos anos 1920 e 1930, quando havia perigode interveno imperialista, o trotskismo no somente lanou ataques ao Partido e aoComintern, mas realmente recorreu destruio, ao diversionismo, sabotagem, aoassassinato e ao terror e, finalmente, fez uma aliana com o fascismo.

    Ataques contra o Movimento de Libertao do Vietn - Em dias mais recentes,os trotskistas tm feito o mesmo. Durante o perodo do governo Johnson, quando o

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    imperialismo dos EUA estava numa escalada da guerra de agresso contra o povovietnamita e contra outros povos indochineses, precisamente naquela poca, osburocratas trotskistas, nossos turistas 'revolucionrios', decidiram lanar umacampanha de mentiras e calnias contra a Republica Democrtica do Vietn, contra oPrograma da FLN do Vietn do Sul e contra o grande dirigente do povo vietnamita, o

    camarada Ho Chi Minh. "Ho Chi Minh um burocrata stalinista. O Programa da FLN burgus", bradou o turista super-'revolucionrio' Tariq Ali (agora do Grupo MarxistaInternacional Trotskista, anticomunista, anti-China). "Quando a vitria foralcanada (no est claro por quem) no Vietn, a primeira tarefa da revoluo ser aderrubada da burocracia de Hani", berrou outro contra-revolucionrio trotskista. Foiprecisamente por esses seus ataques e por sua sada bem sucedida da grandemobilizao do Vietn de outubro de 1968, sua recusa a participar da demonstraocontra a Embaixada do Imperialismo dos EUA, em lugar disso levando 60 mil pessoas aum piquenique no Hyde Park, que eles foram capazes de desorganizar o movimentoantiguerra do Vietn na Inglaterra, prestando assim a ajuda mais oportuna e mais

    necessria ao imperialismo dos EUA. Nenhum palavreado ultra-'esquerdista' podeocultar esta verdade, senhores trotskistas!

    Ataques contra o povo indochins - Agora, outra vez, quando a luta do povovietnamita tinha alcanado uma conjuntura crtica, quando o imperialismo norte-americano, enquanto fingia retirar-se do Vietn, tinha mais do que escalado sua guerrade agresso contra o povo do Vietn e todos os povos da Indochina, tinha mais do queintensificado sua poltica fascista de destruio gratuita, os trotskistas decidiram criarum diversionismo, com o lanamento de uma campanha de mentiras e calnias contraa Repblica Popular da China. Os trotskistas decidiram prestar ajuda muito necessria

    ao imperialismo norte-americano, ao lanarem ataques sobre a Repblica Popular daChina, desviando assim a ateno da juventude, que estava justamente se indignandocom a brbara agresso do imperialismo norte-americano contra os povos daIndochina, alm dos atos criminosos e de bandidagem do imperialismo norte-americano. Tal a essncia de todo o 'apoio' trotskista 'revoluo vietnamita'. Tal aessncia de todo o seu palavreado ultra-'esquerdista'. Palavreado ultra-'esquerdista'para cobrir uma prtica ultra-reacionria, contra-revolucionria - tal a essncia dotrotskismo.

    Parece que se formou algo como uma frente nica entre o trotskismo e o

    imperialismo norte-americano. Porm, "vocs no devem ter dvida nenhuma de queteremos sucesso em esmagar essa nova 'frente' tambm".

    Notas

    1. Wuhan: a trplice cidade Wuchang-Hankow-Haniang.

    2. Os sovietes tambm surgiram em 1905, mas desapareceram com a derrotadaquela revoluo.

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    Captulo 14

    Por que a Oposio Trotskista na Unio Sovitica Cometeu o Tipo de Erros queCometeu em Relao Revoluo Chinesa?

    J forneci a vocs uma razo importante - uma razo de natureza programtica,isto , a anlise errnea da oposio sobre o carter da Revoluo Chinesa. Jmostramos que Trotsky no podia entender a natureza antifeudal e anti imperialistada Revoluo Chinesa; que a oposio dirigida por Trotsky no atribua significado eimportncia suficientes natureza antifeudal da Revoluo Chinesa, precisamente porcausa de sua adeso teoria da 'revoluo permanente', pois esta adeso levou-a ano perceber o papel significativo que o campesinato estava destinado a desempenharna Revoluo Chinesa.

    Porm, no apenas no mbito do programa, no mbito da teoria, que o

    trotskismo provou estar completamente equivocado. Tambm no plano ttico otrotskismo provou estar igualmente falido.

    Trs princpios tticos do leninismo: a adeso a esses princpios pelo Comintern e aviolao desses princpios pela oposio trotskista

    Permitam-nos referir-nos aos trs princpios do leninismo em matria detticas. Sem levar em conta esses trs princpios tticos do leninismo, a tarefa de

    dirigir uma revoluo impossvel.

    Esses trs princpios so:

    UM: Que os aspectos nacionalmente peculiares, nacionalmente especficos emcada pas devem ser levados fielmente em conta pelos revolucionrios nesse pas e porquem (incluindo um corpo como a Internacional Comunista) esteja encarregado datarefa de traar diretivas para o movimento da classe operria do pas em questo.Agora, se a Internacional Comunista ou os comunistas chineses deixaram de levar emconta os aspectos nacionalmente peculiares da China, uma revoluo bem sucedida naChina simplesmente estaria fora de questo;

    DOIS: Que o Partido Comunista de cada pas deve infalivelmente aproveitar-seda menor oportunidade possvel que lhe seja apresentada para conquistar uma massaaliada ao proletariado, mesmo que esta massa aliada seja vacilante, fraca, temporriae pouco confivel. Este o segundo princpio. O proletariado necessita de aliados: aquesto dos aliados muito importante, tendo influncia direta no resultado darevoluo. Para o proletariado, absolutamente necessrio em diferentes estgiosencontrar aliados que sejam indispensveis para ampliar a extenso e odesenvolvimento da revoluo.

    TRS: Que os comunistas devem infalivelmente prestar ateno verdade deque propaganda e agitao apenas no so suficientes (disso, no se conclui, como os

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    revisionistas fazem, que a propaganda de nenhuma conseqncia e, portanto, noprestam ateno cincia revolucionria do marxismo-leninismo: o que no deve serfeito tambm); infalivelmente prestar ateno verdade de que para a educaopoltica das massas o que se precisa que esta agitao deve ser acompanhada pelaexperincia das prprias massas.

    Quem quer que se afaste dessas regras no um dirigente proletrio real, masum pseudo-dirigente. Pseudo-dirigentes assim eram os oposicionistas, os membros daoposio no PCUS(B), gente como Trotsky, Zinoviev e Radek. Como Stalin disse, osmembros da oposio eram do tipo de dirigentes que pensavam que podiam dirigir aRevoluo Chinesa "pelo telgrafo". Eles chamavam Stalin de "burocrata", mas eramos trotskistas que queriam conduzir a Revoluo Chinesa pelos mtodos de correios etelgrafos. E para citar Stalin outra vez:

    "O que, de fato, distingue esses 'dirigentes' dos dirigentes reais que eles

    sempre tm em seus bolsos duas ou trs frmulas prontas, 'apropriadas' para todos ospases e, 'obrigatoriamente', sob todas as condies ... Eles no entendem que a tarefa principal do dirigente ... descobrir, compreender, os aspectos nacionalmentepeculiares do movimento em cada pas e habilmente coorden-los com os princpios doComintern, a fim de facilitar e tornar factveis os objetivos bsicos do movimentocomunista"(nfase minha - HB).

    Tais tipos de pseudo-dirigentes de fato eram os membros da oposiotrotskista. A maioria dos erros e confuso sem sada desses pseudo-dirigentes, quesempre tm duas ou trs frmulas prontas em seus bolsos, deriva de seu completo

    distanciamento dos trs princpios tticos do leninismo. Tratemos agora dos erros daoposio na Revoluo Chinesa luz de cada um destes trs princpios tticos.

    O primeiro princpio ttico do leninismo: considerar os aspectos nacionalmentepeculiares de um dado pas

    O primeiro princpio ttico do leninismo tomar os aspectos nacionalmentepeculiares e especficos de um dado pas - a China, neste caso - para o qual a

    Internacional Comunista estava esboando diretivas. A Internacional Comunista fezjustamente isso, tomou em conta os aspectos nacionalmente peculiares da sociedadechinesa, seus hbitos, seus costumes, o lado econmico da sociedade chinesa, osremanescentes do feudalismo e assim por diante. Tudo isso tinha de ser levado emconta e a Internacional Comunista levou em conta e, precisamente por essa razo, sualinha estava correta.

    Mas, o que fez a oposio? A oposio tinha de algum modo ouvido dizer que arevoluo que teve lugar na China era de natureza democrtica burguesa. A oposiotambm recordou que uma revoluo democrtica burguesa tinha ocorrido na Rssia,em fevereiro de 1917. A oposio sabia que na Rssia a revoluo democrticaburguesa tinha tido lugar sem a aliana entre o proletariado e a burguesia. Ento, a

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    oposio saiu-se com a frmula pronta - nenhuma aliana com a burguesia nacionalchinesa, abaixo a burguesia. Essa foi a posio da oposio. Essa foi a bandeira que aoposio levantou em abril de 1926. Porm, a oposio esqueceu e deixou deentender que a burguesia de um pas oprimido por um perodo especfico de tempo,por um perodo limitado de tempo, sob certas condies, pode ser capaz de

    desempenhar um papel revolucionrio. E foi isso exatamente o que aconteceu. Noperodo de Canto, a burguesia nacional da China desempenhou um papelrevolucionrio, e o resultado foi que o exrcito nacional conquistou Yang Tse,estendendo assim enormemente a rea revolucionria. O resultado dessas vitrias foium recuo da oposio, sua renncia velha frmula e a adoo de uma 'nova', isto ,que os comunistas no deveriam retirar-se do Kuomintang. Da a tentativa da oposiode apegar-se linha do Comintern. Como Stalin disse:

    "Essa foi a primeira punio aplicada oposio, por deixar de levar em contaas peculiaridades nacionais da Revoluo Chinesa."

    Tomemos outro exemplo. A oposio na Unio Sovitica soubera que o governode Pequim estava realmente em litgio com os Estados imperialistas pela autonomiaquanto aos direitos alfandegrios da China. Portanto, a oposio apressou-se a chegara uma concluso e saiu-se com uma frmula pronta, de que a Revoluo Chinesa eraantiimperialista, porque seu objetivo era abolir aqueles tratados desiguais. Esta erauma revoluo pela independncia de direitos alfandegrios estatais da China. Porm,a oposio no soube compreender que a fora do imperialismo na China repousavano nas restries de direitos alfandegrios China, mas no fato de que oimperialismo se apropriava e controlava os maiores setores da economia chinesa -

    bancos, minas, ferrovias, fbricas, etc. A oposio no entendia que a RevoluoChinesa era antiimperialista devido, primeiro e principalmente, ao fato de que oimperialismo era a fora que inspirou, que preservava, que apoiava os exploradoresimediatos do povo chins, isto , os senhores feudais; que o povo chins no podiaseno lutar contra o imperialismo, se queria livrar-se da explorao deles pelofeudalismo, que o povo chins no poderia realmente colocar um fim ao feudalismo naChina sem ao mesmo tempo empreender uma guerra revolucionria contra oimperialismo. A oposio no conseguiu entender que eram precisamente estascircunstncias que tornavam possvel a transio da revoluo democrtica burguesana China para uma revoluo socialista. E quando milhes de camponeses, dezenas de

    milhes de camponeses, envolveram-se no movimento agrrio de massa que eradirigido contra o feudalismo e o imperialismo, a oposio mais uma vez foi forada aadmitir que se tinha enganado. Da o recuo da oposio de sua velha frmula arespeito da autonomia dos direitos alfandegrios e suas tentativas de adotar a linha doComintern. Como Stalin disse:

    "Essa foi a segunda punio que a oposio sofreu por recusar-se a fazer umestudo srio das peculiaridades nacionais da Revoluo Chinesa."

    Tomemos todavia outro exemplo. A oposio na Unio Sovitica soube que, no

    campo chins, a burguesia mercantil tinha penetrado e estava comprando terra earrendando ao campesinato chins. A oposio soube que os comerciantes no eram

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    senhores feudais. Ela, ento, saiu-se com a frmula pronta de que o feudalismo e osremanescentes feudais no tinham nenhuma importncia, que a Revoluo Chinesano era uma revoluo agrria dirigida, primeira e principalmente, contra ofeudalismo, mas uma revoluo pela autonomia dos direitos alfandegrios. Porm, aoposio esqueceu que era o feudalismo que explorava a populao chinesa, que a

    estrutura burocrtica militar inteira se apoiava na dominao pelos remanescentesfeudais. Outra vez, quando dezenas de milhes de camponeses juntaram-se a ummovimento agrrio de massas dirigido contra o feudalismo e contra o imperialismo,no podia deixar de estar claro para todos que a Revoluo Chinesa era de carterantifeudal e, portanto, de natureza antiimperialista, porque o imperialismo era a foraque realmente apoiava o feudalismo na China. Da, outra vez, o recuo da oposio desua velha frmula de que os remanescentes feudais no tinham qualquer significado eas tentativas sub-reptcias de se alinhar poltica da Internacional Comunista. ComoStalin disse:

    "Essa foi a terceira punio"que a oposio sofreu "por sua incapacidade delevar em conta as peculiaridades nacionais da economia da China."

    Continuava Stalin:

    "A desarmonia entre as frmulas e a realidade - tal a sorte dos pseudo-dirigentes oposicionistas"(nfase minha - HB).

    Essa foi exatamente a posio da oposio trotskista no PCUS(B), e esta exatamente a posio do trotskismo em toda a parte atualmente. E por que h tal

    desarmonia entre as frmulas do trotskismo e a realidade? Exatamente porque otrotskismo, porque a oposio na Unio Sovitica descartou e no deu ateno aoprimeiro principio ttico do leninismo que especifiquei antes, isto , levar em conta osaspectos nacionalmente peculiares de algum dado pas, ao estabelecer diretivas para arevoluo naquele pas. Eis como Lnin formulou o primeiro princpio ttico:

    "Topa a questo agora que os comunistas de todos os pases devemconscientemente levar em conta ambas as tarefas fundamentais da luta contra ooportunismo e o doutrinarsmo 'esquerdista' e os aspectos especficos que esta lutaassume em cada pas separado, em conformidade com os aspectos peculiares de sua

    economia, poltica, cultura, composio nacional (Irlanda, etc.), suas colnias, divisesreligiosas e assim por diante. Em toda parte sente-se que a insatisfao com a SegundaInternacional est se ampliando e crescendo, por causa de seu oportunismo e porcausa de sua inabilidade, ou incapacidade, de criar um centro realmente centralizado,realmente dirigente, capaz de dirigir as tticas internacionais do proletariadorevolucionrio em sua luta por um mundo de repblicas soviticas. Devemosclaramente entender que um tal centro dirigente no pode, sob quaisquercircunstncias, ser construdo em torno de regras tticas de luta estereotipadas,mecanicamente igualadas e idnticas. Enquanto existirem diferenas nacionais eestatais entre os povos e os pases - e essas diferenas continuaro a existir por longotempo, mesmo aps a ditadura do proletariado ter-se estabelecida em escala mundial -a unidade das tticas internacionais do movimento operrio comunista de todos os

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    pases exige no a abolio das diferenas nacionais (isto um sonho tolo, no atualmomento), mas uma aplicao de tal forma dos princpios fundamentais docomunismo (o poder sovitico e a ditadura do proletariado) que possa modificarcorretamente esses princpios em certos aspectos particulares, adapt-los e aplic-loscorretamente s diferenas nacionais e estatais-nacionais. Pesquisar, estudar, buscar,

    conecturar, captar o que nacionalmente peculiar, nacionalmente especfico namaneira concreta pela qual cada pas aborda o cumprimento da nica tarefainternacional, pela qual aborda a vitria sobre o oportunismo e o doutrnarsmoesquerdista dentro do movimento da classe operria, a derrota da burguesia e oestabelecimento de uma repblica sovitica e uma ditadura do proletariado - tal atarefa principal do perodo histrico atravs do qual os pases avanados (e no apenasos pases avanados) esto agora passando"(Lnin: 'Left-lVing' Communism, anInfantile Disorder) (nfase minha - HB).

    Na realidade, o camarada Mao Ts-tung resumiu em uma nica sentena esse

    primeiro princpio ttico do leninismo, ao escrever uma inscrio para uma delegaojaponesa visitante. A inscrio diz:

    "A revoluo japonesa seguramente ser vitoriosa quando as verdadesuniversais do marxismo-leninismo estiverem integradas com a prtica concreta darevoluo japonesa."

    Em outras palavras, no bastante conhecer duas ou trs formulas prontas,no bastante distribu-las por todo o mundo e dizer que elas so obrigatrias paratodos os tempos. As tticas tm que ser dependentes das circunstncias especficas

    vigentes, dos aspectos e circunstncias nacionais especficas vigentes em cada pas.Portanto, esperar que o que aconteceu na China seja obrigatrio para a Prsia; que oque aconteceu na Rssia seja obrigatrio para a China, no nada seno umaindicao de que aqueles que o exigem na verdade romperam de maneira decisivacom o marxismo-leninismo. Assim so as coisas no que se refere ao primeiro princpiottico do leninismo, camaradas.

    O segundo princpio ttico do leninismo: a questo das alianas

    Agora, consideremos o segundo princpio do leninismo, a saber, a questo das

    alianas. O proletariado no pode ficar sem aliados. O proletariado deve ter seusaliados; sem aliados, o proletariado no pode ter sucesso. Mas uma coisa a que sedeve atentar ao considerar as alianas que essas alianas devem ser alianas demassa, devem ser alianas de tal natureza que no impea o proletariado de organizar-se independentemente, que no impea o Partido Comunista de organizar oproletariado e as amplas massas do campesinato e conduzi-los revoluo, que denenhuma maneira restrinja sua propaganda. Desde que estejam satisfeitas ascondies acima, o proletariado deve aproveitar toda oportunidade que se lheapresente de conquistar um aliado de massa, mesmo que este aliado de massa sejaum aliado temporrio, fraco, vacilante, instvel ou inseguro. Tal a essnciado segundo princpio ttico do leninismo.

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    O proletariado chins teve aliados? A resposta - SIM - teve aliados. Noprimeiro estgio da revoluo, os aliados do proletariado chins foram a burguesianacional (este foi o primeiro perodo, o perodo de Canto, quando a revoluo estavanum estgio de uma Frente nica de toda a nao), a pobreza urbana, a intelligentsiapequeno-burguesa e o campesinato. Era o Kuomintang naquela poca uma

    organizao de massa, era uma fora revolucionria? Pensamos que era, e somente oscegos negariam que o Canto naquela poca era um centro de luta revolucionria; queo Canto naquela poca particular estava conduzindo o movimento revolucionriocontra o imperialismo.

    Quais foram os ganhos desse perodo? Os ganhos foram:

    (1) A extenso do territrio da revoluo: as tropas revolucionarias avanaramat o Yangts;

    (2) O proletariado chins conseguiu a chance de organizar-se abertamente. OPCC ganhou a possibilidade de organizar abertamente o proletariado em sindicatos,comits de greve, etc.;

    (3) Os comunistas chineses foram capazes de constituir-se, de diferentesgrupos, em um partido de massa de 5 ou seis mil pessoas;

    (4) O proletariado chins foi capaz de criar o primeiro ncleo de organizaesdos camponeses, as associaes de camponeses; e

    (5) O PCC foi capaz de penetrar no Exrcito.

    Pode-se negar que esses foram ganhos significativos naquela poca particular,quando os comunistas e o proletariado eram uma 'fora insignificante'? No, no sepode. Esses ganhos s puderam ser realizados pelos operrios com o Kuomintang,primeiro, porque o Kuomintang era uma fora revolucionria no perodo do Canto e,secundariamente, porque no impediu os comunistas de organizarem o proletariadocomo uma fora independente. Depois, em 12 de abril de 1927, a burguesia nacionaldesertou da revoluo e estabeleceu um centro contra-revolucionrio em Nanking.Naquela poca, a inteligncia pequeno-burguesa ombreou-se com a revoluo e um

    centro-revolucionrio foi estabelecido em Wuhan. Wuhan nessa poca tornou-se ocentro do movimento revolucionrio. No primeiro estgio da revoluo teria sido umerro para os comunistas terem sado do Kuomintang, porque o Kuomintang naquelapoca estava dirigindo a luta do povo e, secundariamente, no tinha ainda sedesiludido e desacreditado aos olhos das massas do povo chins. Isto era muitoimportante, porque para ns, comunistas, muito fcil perceber e entender anatureza reacionria de pessoas como Chiang Kai-shek, a natureza basicamentereacionria e comprometida da burguesia. No difcil para um operrio politicamentecompetente perceber que fulano reacionrio, que a burguesia est fadada aabandonar o proletariado. Mas isso no bastante. As massas do povo tm deaprender por sua prpria experincia, tm de saber qual a inteno da burguesia eque trapaas ela vai fazer. E as massas chinesas ganharam essa experincia quando

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    Chiang Kai-shek ensaiou seu golpe e a burguesia nacional desertou da revoluo,estabeleceu um centro da contra-revoluo ao lado do imperialismo e comeou areprimir e massacrar os operrios e camponeses militantes.

    No segundo estgio da revoluo, quando a burguesia nacional tinha j

    desertado da revoluo e quando o centro da revoluo tinha se transferido de Cantopara Wuhan, quem, nesse perodo, eram os aliados do proletariado? Os aliados doproletariado nesse perodo eram o campesinato, os pobres urbanos e a intelignciapequeno-burguesa. Foi correto para os comunistas na China, no segundo estgio darevoluo, participarem no Kuomintang de Wuhan, e foi correto para a InternacionalComunista aconselhar o Partido Comunista da China (PCC) a ombrear-se com o centrorevolucionrio em Wuhan? Certamente foi. Na poca teria sido errado o PartidoComunista ter sado do Kuomintang de Wuhan, porque Wuhan na poca era o centroda revoluo, e porque o Kuomintang de Wuhan era uma organizao de massa.Somente lunticos e cegos poderiam negar que Wuhan era o centro da revoluo

    naquela poca particular e que o Kuomintang de Wuhan era uma organizao demassa revolucionria. E, o que mais importante, o Partido Comunista podia terentendido que a inteligncia pequeno-burguesa estava caminhando para desertar darevoluo, o povo chins no, porque naquela poca essa gente, a ala esquerda doKuomintang - os esquerdistas do Kuomintang - no unha ainda se desgraado, nemestava suficientemente desacreditada.

    Qual foi, ento o ganho desse segundo estgio da revoluo? Quais foram osganhos do perodo Wuhan?

    (1) O Partido Comunista, de partido insignificante de 5.000 a 6.000 memores,tornou-se um partido constitudo por 50.000 ou 60.000 membros;

    (2) Os sindicatos cresceram, tornando-se uma fora tremenda, e chegaram aincluir 3 milhes de membros;

    (3) As organizaes camponesas expandiram-se, passando a incluir dezenas demilhes de camponeses nelas;

    (4) O Partido Comunista ganhou a possibilidade de organizar abertamente a

    revoluo;

    (5) O Partido Comunista e o proletariado comearam a mudar, de um fatorinsignificante para o domnio hegemnico da Revoluo Chinesa. Tornou-se o fatormais importante da revoluo, reunindo em torno de si as massas do povo chins.

    Tais foram as conquistas desse perodo.

    Uma poltica correta no pode por si garantir a vitria

    Quando o Kuomintang de Wuhan, o Kuomintang de esquerda, desertou da

    revoluo, a oposio trotskista comeou a dizer que isso aconteceu porque aInternacional Comunista tinha seguido uma poltica errada. Mas, camaradas, uma

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    poltica correta no poderia por si prpria garantir a vitria. O que necessrio paraalcanar o sucesso no apenas uma poltica correta, mas tambm uma correlao deforas favorvel. Se as foras da reao so mais fortes, a revoluo pode serderrotada, mesmo que esteja guiada por uma poltica correta. Uma coisa, entretanto, certa: para a vitria ser alcanada, alm de um balano de foras favorvel, so

    necessrios uma poltica correta, um programa e tticas corretos. Porm, uma polticacorreta, por si s, no pode levar vitria da revoluo, a menos que haja tambmuma correlao de foras de classes favorvel. Assim, seria correto dizer que embora osucesso seja alcanvel sem uma poltica correta, o fracasso, por si s, no indicativode uma poltica errada, pois mesmo uma poltica correta, a menos que a correlao deforas esteja do lado da revoluo, pode levar a uma derrota.

    Tomemos, por exemplo, a Revoluo Russa de 1905. um fato que em 1905 aRevoluo fracassou na Rssia? Sim, . Devemos concluir disso que as tticas dosbolcheviques estavam erradas? De fato, nesta poca particular os mencheviques

    atriburam a derrota da revoluo burguesa de 1905 s tticas 'extremistas'dosbolcheviques em geral e de Lnin em particular. Estavam as tticas dos bolcheviquescorretas? Sim, estavam. Por que, ento, a Revoluo de 1905 fracassou? Porque osremanescentes feudais e a autocracia provaram estar mais fortes do que as forasrevolucionrias.

    Aps a Revoluo de Fevereiro, durante os dias de julho em 1917, osbolcheviques foram derrotados e caram na clandestinidade. Devemos dizer que astticas bolcheviques estavam erradas? No, as tticas dos bolcheviques no estavamerradas. O que, ento, explica a derrota dos bolcheviques em julho de 1917? A derrota

    dos bolcheviques explicada por um nico fato, a saber, o imperialismo russomostrou-se mais forte do que o movimento revolucionrio do proletariado. Como ocamarada Stalin disse:

    "A oposio atribui a derrota temporria da revoluo [na China -HB] polticado Comintern. Mas "apenas as pessoas que romperam com o marxismo podem dizerisso. Somente as pessoas que romperam com o marxismo podem afirmar que uma

    poltica correta deve sempre e necessariamente levar vitria imediata sobre oinimigo (Stalin: Notes on Contemporary Themes - China, Pravda, 28 de julho de 1927).

    E adiante:

    "Uma poltica correta no levar obrigatoriamente, de forma alguma, vitriadireta sobre o inimigo. A vitria direta sobre o inimigo no determinada somente

    pela poltica correta: determinada primeiro e principalmente pela correlao de foras de classe, por uma preponderncia marcante da fora do lado da revoluo,pela desintegrao do campo inimigo, por uma situao internacional favorvel.

    Somente dadas essas condies pode uma poltica correta do proletariado levar vitria direta.

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    Mas h um requisito obrigatrio que uma poltica correta deve satisfazersempre e em todas as condies. Este requisito que a poltica do partido deveacentuar a capacidade de luta do proletariado, multiplicar seus laos com as massastrabalhadoras, aumentar seu prestgio entre essas massas e converter o proletariadona chefia hegemnica da revoluo.

    Pode-se afirmar que esse perodo passado tem apresentado o mximo decondies favorveis para a vitria direta da revoluo na China? Claramente, no se

    pode.

    Somente os cegos podem deixar de ver que o proletariado chins foi vitorioso,nesse perodo, em separar as amplas massas do campesinato da burguesia nacional eda inteligncia pequeno-burguesa, de modo a congreg-las ao redor de sua prpriabandeira"(Stalin, ibid.; nfase minha - HB).

    A capacidade de luta do proletariado chins, seus laos com as amplas massas eseu prestgio entre essas massas cresceu proporcionalmente sua adoo da polticacorreta do Comintern. Foi somente por ter seguido uma poltica que estava corretaque o proletariado chins foi capaz de alcanar o tipo de resultado que apontamosantes. Mesmo a oposio, durante o segundo estgio da Revoluo Chinesa (abril de1927), declarou que estava correto perseguir a poltica em um bloco revolucionriocom o Kuomintang de Wuhan. Porm, logo que o Kuomintang desertou da revoluo,e por causa desta desero, a oposio comeou a afirmar que a poltica do bloco como Kuomintang de Wuhan estava incorreta e procurou atribuir a derrota temporria daRevoluo Chinesa poltica do Comintern.

    As tentativas da oposio trotskista no PCUS de atribuir a derrota temporriada Revoluo Chinesa poltica do Comintern eram indicativas da falta de fora moralda oposio, do fato de que a oposio tinha rompido com o marxismo, que tinhaperdido os ltimos remanescentes do marxismo e, acima de tudo, que tinha seseparado do segundo princpio ttico do leninismo, a saber, a necessidade doproletariado de assegurar-se de suas alianas de massas. Assim Lnin formulou essesegundo princpio ttico:

    "O inimigo mais poderoso somente pode ser vencido exercitando-se o mximo

    de esforo e fazendo, infalivelmente. o mais seguro, cuidadoso, atento e competenteuso de todas, mesmo as menores, 'divises' entre os inimigos, todos os antagonismosde interesses entre a burguesia dos diversos pases e entre os vrios grupos ou tipos deburguesia dentro dos pases individuais, assim como de toda, mesmo a menor,oportunidade de ganhar um aliado de massa, mesmo um aliado temporrio, vacilanteinstvel, inseguro e condicional. Aquele que no entender isso no entender mesmouma partcula do marxismo ou do socialismo cientfico, em geral. Aquele que no

    provou, por feitos durante um perodo considervel de tempo e em situaes polticasbastante variadas, sua habilidade para aplicar esta verdade no aprendeu a ajudar aclasse revolucionria em sua luta para emancipar todo a humanidade trabalhadorados exploradores. E isto se aplica igualmente ao perodo anterior e aps o proletariado

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    ter conquistado o poder poltico"(Lnin, 'Left-Wing' Communism, an InfantileDisorder).

    Assim esto as coisas no que diz respeito ao segundo princpio ttico doleninismo.

    O terceiro princpio ttico: a questo de educar as massas

    Passemos ao terceiro e ltimo princpio ttico do leninismo, isto , a questo deeducar as massas. A questo como um slogan do Partido pode se tornar um sloganpara as massas. Como devem os comunistas levar as massas a posiesrevolucionrias, de tal modo que elas (as massas) se tornem convencidas, por suaprpria experincia, da correo do slogan do Partido? Como deve o PartidoComunista liderar as massas a fim de tornar uma frmula, uma perspectiva para ofuturo imediato, em uma frmula como o slogan do dia? Como devem os comunistas

    realmente agir? Isso de importncia particular.

    Os trotskistas sempre disseram a vocs "ns fomos os primeiros a dizer-lhes quea burguesia nacional desertaria". Camaradas, a questo no de forma alguma saberquem foi o primeiro a dizer que a burguesia nacional desertaria. Isto absolutamenteestpido. A questo que poltica voc advoga em uma dada poca particular - umapoltica que adequada para a situao e que nem est muito adiante das massas,nem ficou para trs dela. Se voc est lanando um slogan muito antes que as massaso aceitem, ento, no basta que voc mais tarde diga que foi o primeiro a lanaraquele slogan particular.

    Suponhamos que amanh os trotskistas na Inglaterra levantem a palavra deordem de uma insurreio imediata. Trs trotskistas, em resposta a esta bandeira ,tomam parte em uma 'insurreio' que imediatamente subjugada por um nicopolicial. Para os trotskistas que fizeram este chamado a uma insurreio, seria absurdoem uma data posterior, quando j tenha sido conduzida uma insurreio vitoriosa peloproletariado ingls, afirmar que eles estavam corretos porque foram os primeiros alevantarem a bandeira da insurreio contra a burguesia inglesa. O mais importanteno ser o primeiro a lanar a palavra de ordem. O mais importante levantar apalavra de ordem na poca apropriada.

    Havia um grupo de bolcheviques em Petrogrado (como Leningrado entocostumava ser chamada), chefiado por um bolchevique chamado Bagdatayev. Em abrilde 1917, este grupo lanou prematuramente a palavra de ordem "Abaixo o governo

    provisrio e todo poder aos sovietes". Na poca particular, o governo provisrio eraainda apoiado pelos operrios. Era ainda apoiado pela maioria esmagadora do povo naRssia. No tinha ainda se desacreditado, o que aconteceria durante os dias de julho,com o banho de sangue com que reprimiu as manifestaes dos operrios, o queaconteceria mais tarde, com sua desavergonhada ofensiva imperialistano front. Porm, naquela poca, ele no estava ainda desacreditado. Portanto, quandoBagdatayev, seguido por uns poucos bolcheviques em Petrogrado, lanou o slogan' Abaixo o governo provisrio, todo o poder aos sovietes",Lnin surgiu com uma

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    denncia muito severa de Bagdatayev e chamou as tticas dos bolcheviques dePetrogrado, chefiados por Bagdatayev, de aventureiristas. Por que Lnin fez assim?Ser que Lnin se opunha revoluo proletria? Se era assim, e se os trotskistasacreditavam nisso, por que no disseram isso? Por que, ento, Lnin denunciouBagdatayev? Porque naquela poca particular Bagdatayev estava lanando um slogan

    prematuramente, porque estava indo perigosamente longe demais, muito adiante dasmassas, porque estava caindo no aventureirismo. No poderiam Bagdatayev e seusseguidores ter afirmado, quando seis meses mais tarde a revoluo proletria j tinhaocorrido, que eles foram mais espertos do que Lnin, porque foram os primeiros alanar a bandeira da ditadura do proletariado, porque tinham levantado a questode "todo o poder aos sovietes", em abril de 1917? No est claro que os trotskistas, aoargirem dessa maneira, esto seguindo no caminho de Bagdatayev e no naquele deLnin?

    Porque os trotskistas fizeram isso? Os trotskistas o fizeram porque eles tinham

    realmente esquecido o terceiro princpio ttico do leninismo, do qual estamos falandoat agora: o princpio de como fazer de uma forma que uma perspectiva para umfuturo imediato uma bandeira do dia. No difcil para um operrio polticocompetente, para um comunista, saber que caminho deveria seguir. correto eapropriado que o Partido Comunista esteja cabea das massas. Esta exatamente afuno do Partido Comunista. Se ele fica no mesmo nvel das massas, a cada partidocomunista em cada pas s restaria uma alternativa, que passar uma resoluodeclarando-se redundante. No adianta ter um Partido Comunista se o PartidoComunista no consegue ver mais longe que as massas. Se o Partido Comunista seguea ttica, como Stalin costumava dizer, de perpetuamente ficar alm e aqum do ponto

    certo, ento uma ttica assim no pode ser chamada de ttica de longo alcance. Aoposio trotskista na URSS chamou sua ttica de ttica de longo alcance. Stalin disse:

    "Vocs esto errados, meus caros senhores, absolutamente errados! Isso no ttica de longo alcance: ttica aleatria, ttica de perpetuamente ficar alm e aqumdo alvo correto"(Notes on Contemporary Themes. Pravda, 28 de julho, de 1927).

    Foi ttica de ficar aqum quando a oposio descreveu a Revoluo Chinesacomo sendo apenas uma revoluo de direitos alfandegrios estatais e no umarevoluo antifeudal, antiimperialista. Foi uma ttica de ficar alm quando, em abril de

    1927, a oposio reclamava a formao imediata dos sovietes, quando os comunistasestavam realmente participando do governo de Wuhan. Tais, de fato, foram astticas aleatrias da oposio trotskista na URSS.

    Essas eram as tticas de ficar sempre alm e aqum, nunca acertando o alvo.No podem ser chamadas de tticas de 'longo alcance'. Conquanto o Partido

    Comunista deva ser capaz de ver adiante das massas, nunca deve, em tempoalgum, substituir a conscincia das massas pela conscincia de um operrio polticocompetente - um comunista. Faz-lo seria obliterar a diferena entre os comunistas eas massas e entre o Partido Comunista e as massas; e levaria avaliao subjetiva dasituao, levaria a erros subjetivistas, idealistas e 'esquerdistas' e a experimentos

  • 8/6/2019 Trotskismo x Leninismo - Parte IV - Duas Linhas sobre a Revoluo Chinesa

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    Trotskismo x Leninismo - Lies Da histria Parte IV

    Comunidade Josef Stlin - http://comunidadestalin.blogspot.com/ Pgina 32

    'esquerdistas' aventureiristas, que no podem deixar de causar srios danos aoPartido, assim como ao movimento revolucionrio.

    A oposio trotskista advogou, na questo chinesa, como de fato em qualqueroutra questo, uma poltica aventureirista baseada em uma avaliao subjetivista, no

    realista, da situao. Tivesse essa poltica aventureirista sido seguida pelo PCC, noteria havido revoluo na China. Por que a oposio advogou essa polticaaventureirista? Porque esqueceu e se afastou do terceiro princpio ttico do leninismo.Eis como Lnin formulou esse terceiro princpio ttico:

    "A vitria no pode ser alcanada apenas com a vanguarda. Lanar s avanguarda na batalha decisiva, antes de toda a classe, antes das amplas massas teremtomado uma posio, ou de apoio direto da vanguarda ou ao menos de neutralidadebenevolente com ela, ou tal que elas no possam seno apoiar o inimigo, no seriameramente uma tolice, mas um crime. E. para que realmente a classe como um todo,

    para que realmente as amplas massas do povo trabalhador e daqueles oprimidos pelocapital possam tomar uma posio, propaganda e agitao sozinhas no sosuficientes. Para isso, as massas, devem ter sua prpria experincia poltica. Tal a lei

    fundamental de toda grande revoluo, agora confirmada com extraordinria fora enitidez no somente na Rssia, mas tambm n