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NUNCA É TARDE DEMAIS Ana Pimentel Liliana Oliveira

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Health & Medicine


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Page 1: Trabalho em Power Point

NUNCA É TARDE DEMAISAna Pimentel

Liliana Oliveira

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CONCEITO DE ORIENTAÇÃO

“ É um processo de acção contínuo, dinâmico, integral e integrador, dirigido a todas as pessoas, em todos os âmbitos, fases e contextos ao longo de todo o seu ciclo vital, e com um carácter fundamentalmente social e educativo. Parte de uma postura holística, compreensiva, ecológica, crítica e reflexiva. Não só deve ajudar mas também mediar, inter-relacionar e facilitar distintos processos de transformação e/ou mudança social (Martínez Clares, P. 2002) ”.

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CONCEITO DE INTERVENÇÃO

“ Intervir é entrar dentro de um sistema de indivíduos em progresso e participar, de forma cooperativa, para ajudar a planificar, conseguir e/ou mudar os seus objectivos.” (De Charms, 1971)

A intervenção é um processo especializado de ajuda que, em grande parte, coincide com a prática da orientação. A intervenção só deve ser realizada por profissionais qualificados ou por para profissionais que sejam estritamente supervisionados por profissionais competentes para o caso.

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DIFERENÇA ENTRE ORIENTAÇÃO E INTERVENÇÃO

No caso de “Nunca é tarde demais”, relativamente às personagens principias, pensamos que sobretudo a orientação teria um papel preponderante, não deixando de fora a intervenção. A orientação tendo um carácter educativo e de mudança, ajudaria a definir os cuidados a ter durante a viagem, permitindo realizar a jornada não deixando para segundo plano a saúde.

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A intervenção permitiria às psicopedagogas procurar soluções para este caso específico, permitindo-lhes um tratamento individualizado, com atenção, dedicação e acompanhamento constante em relação aos pacientes. A família também não fica de fora, na medida que depois da morte de Edward e Carter, precisão de apoio e suporte na superação da perda.

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AGENTES Edward Cole (Jack Nicholson) Carter Chamber (Morgan Freeman) Sean Hayes (Thomas) Virgínia

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Edward é um grande empresário multimilionário. Já Carter é um simples mecânico, casado e com três filhos e com netos. Numa reviravolta do destino encontram-se num quarto de hospital, ambos em fase terminal de cancro. Juntos elaboram uma lista (Lista da Bota) com as coisas que gostariam de fazer antes de morrer. E parte então pelo mundo.

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Com eles viaja também Thomas, o assistente

de Edward, que os vai ajudando a realizar osdesejos.Virgínia, esposa de Carter tenta persuadi-lodesistir da viagem e a continuar a lutar,

porémem vão. Edward e Carter partem à aventura.

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MODELOS

Os modelos baseiam-se em teorias, as quais por sua vez são baseadas em ideologias. Estas ajudam a assegurar a consciência da abordagem dando um enquadramento dentro do qual podemos analisar, planear, implementar e avaliar a promoção da saúde.

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No caso concreto de “Nunca é tarde demais” podemos utilizar o modelo transteório/modelo de etapas de mudança. Com este modelo será possível preparar todos os aspectos da viagem tendo sempre em conta as limitações e todos os cuidados que deverão ser respeitados tendo em conta o problema de Edward e Carter. Assim as psicopedagogas inicialmente irão dar informação sucinta sobre a doença e as consequências de uma não mudança ou da mudança (pré-contemplação e contemplação).

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Em seguida (preparar a mudança) juntamente com a pessoa idosa, serão estabelecidas metas e planos de acção para a promoção da saúde durante a viagem. Os objectivos específicos, mensuráveis, acordados, realistas e orientados no tempo.

As psicopedagogas podem convocar a ajuda de outros profissionais, grupo de ajuda de amigos e familiares, no apoio aos sujeitos

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Na etapa de acção, que será realizada durante a viagem, Edward e Carter poderão contar com todo o apoio das psicopedagogas, terão um acompanhamento diário para que os objectivos sejam cumpridos. Poder-se-á alterar algum objectivo caso as circunstâncias assim o obriguem.

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Na manutenção os sujeitos serão informados de que poderão contar sempre com o apoio das psicopedagogas, mesmo que a viagem já tenha terminado.

O modelo centrado no utente também pode ser utilizado na medida em que as psicopedagogas deixam que sejam os sujeitos as estabelecer as suas agendas, a identificar as necessidades. Reconhecendo assim as suas capacidades, dando-lhe mais independência e principalmente empowerment.

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ÁREAS Em “Nunca é tarde demais” a área de

orientação será a atenção à diversidade. Esta atenção consiste na análise singular de cada caso. A análise particular do caso permitirá perceber o que está em jogo para o indivíduo e satisfazer as necessidades específicas do sujeito. Assim as psicopedagogas realizarão uma análise das necessidade de Edward e Carter, já que e apesar de ambos sofrerem da mesma doença, são pessoas diferentes e cada um com as sua necessidades.

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CONTEXTOS O primeiro contexto será no hospital. A intervenção de psicopedagogos em

hospitais implica a consideração simultânea do sujeito, da família, dos técnicos de saúde e do suporte social, com modelos integrados de avaliação e de intervenção, bem como uma perspectiva multissectorial que abrange o sistema de saúde e o sistema educativo, mas que também deverá englobar os dispositivos de segurança social e de suporte comunitário.

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A abordagem psicopedagogica pode passar pelo confronto com a doença e hospitalização, adesão ao tratamento, qualidade dos cuidados de saúde e humanização dos serviços.

O contexto se resume só ao hospital mas também durante toda a viajem. O objetivo das psicopedagogas será dgarantir a melhor qualidade de vida possível para os sujeitos, diminuindo o sofrimento destes e da família. Os cuidados devem prover conforto físico, suporte psicossocial e espiritual.

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Apesar de Carter e Edward não se encontrarem no hospital isso não significa que serão abandonados ou que não receberão medicação. Há necessidades de cuidados e de supervisão médica altamente qualificada com o objectivo de aliviar o sofrimento ou melhorar a qualidade de vida dos pacientes

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ONDE?

A intervenção directa tem um carácter terapêutico, agindo directamente no sujeito. Esta acção terapêutica de carácter reactivo tem como predominância a satisfação das necessidades específicas do sujeito.

Poderíamos falar de intervenção directa no caso de Carter e Edward podendo ser aplicada a “Terapias Individuais”, estas terapias baseiam-se nas actividades criativas e expressivas que permitem a cada indivíduo redescobrir-se expressar-se a si próprio, adicionando um novo sentido à vida criando a sensação de bem-estar.

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Trata-se de uma terapia fundamentalmente não verbal, que envolve modalidades e actividades sensoriais (música, dança, arte), em contraste com as formas de terapia tradicionais.

Fundamenta-se numa intervenção holística, cujo tratamento envolve os idosos na dimensão física, psicológica, social, intelectual e espiritual em simultâneo (Simper, 1985).

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INTERVENÇÃO/ORIENTAÇÃO FAMILIAR

“Nunca é tarde demais” mostra-nos o papel importante da família de Carter, na medida em que ao longo do filme este agente mostra-se bastante evidenciado.

A família não aceita muito bem a decisão de Carter, levando a vários conflitos interiores os quais devem ser ultrapassados com ajuda de profissionais.

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Uma das terapias que poderia ser utiliza na intervenção tem como nome “Terapia Conjugal e Familiar”, nestas formas de abordagem psicoterapeuta o tratamento é dirigido ao núcleo familiar com problemas emocionais, em vez de ser o indivíduo com patologia. O terapeuta observa simultaneamente um casal ou uma família de forma regular. Baseia-se na ideia de que as problemáticas emocionais, são causadas por relações patológicas e só intervindo nestas relações perturbadas se pode modificar os problemas de um determinado individuo (Glick e tal, 1980; Satir, 1967).

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INTERVENÇÃO/ORIENTAÇÃO COM A COMUNIDADE

Seguindo as características que propõe o modelo comunitário, a intervenção com a comunidade propõe-se a meta do incremento do bem-estar social e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. O psicopedagogo trabalha orientado pela finalidade de uma promoção da competência da comunidade para analisar seus problemas e gerar recursos para superá-los. Desenvolvem-se trabalhos de pesquisa social, dinamização de grupos, consultoria, entre outros, desde uma perspectiva preventiva e proactiva.

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Neste contexto poderia ser aplicada a “Terapia Ocupacional”, este tipo de terapia consiste na integração de modelos e práticas específicas, com métodos e teorias de outras escolas psicoterapêuticas, orientando para um tratamento muito focado na acção.

A palavra actividade, é assim usada num sentido muito amplo que abrange desde a avaliação ao tratamento. Engloba actividade de vida diária, de grupo, de análise, etc.

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Segundo a Teoria da Ocupação Humana ( Kielhofner, 1985), a construção de saúde reside no facto de se estar ocupado, quer seja em actividades de vida diária, no trabalho ou actividades recreativas.

As estratégias de intervenção são fundamentalmente de dois tipos:

Solução de problemas, com definição de alvos e objectivos mensuráveis e atingíveis, deve ser feito ao longo de todo o processo terapêutico, uma reapreciação constante dos objectivos a serem atingidos, preservando sempre a sua qualidade de vida;

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Valorização de forças e necessidades (Barrowclough, 1986) centradas no doente com definição de uma intenção positiva e de uma direcção para o tratamento. Foca os objectivos do tratamento especificamente no que o paciente necessita para ser capaz de fazer, e nas capacidades que possui que lhe permitem atingir os objectivos.

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QUANDO?

A oientação/intervenção deve ser feita ao longo do ciclo vital. O ser humano segue um processo de desenvolvimento, o qual poderá ser necessario ajuda psicologica.

Em Nunca é tarde demais, orientação/intervenção deve ser nas seguintes etapas:

Após a noticia da doença (cancro mortal) Durante a viagem; Após a morte - Familia e amigos.

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PORQUÊ?

A orientação Psicopedagógica é bastante importante pois ajuda a promover um desenvolvimento saudável da personalidade do indivíduo. A necessidade de orientação aponta para a prevenção e, também, para o desenvolvimento humano.

No filme “Nunca é tarde demais”, Carter e Edwards, lutaram para conseguir morrer com dignidade, concretizando todos os desejos e sonhos antes de morrerem.

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Neste caso, a orientação psicopedagógica, poderia ser útil no sentido de ajudar Carter e Edwards atingir os seus objectivos.

Enquanto psicopedagogas clínicas podemos traçar um plano de orientação com o objectivo de criar um maior esclarecimento às famílias e amigos mais próximos dos doentes, tentando através de ajudas externas esclarecer o melhor possível a situação em que se encontra o paciente, dando-lhes grande suporte emocional.

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PARA QUEM? O plano de orientação está direccionado para

todas as pessoas ao longo das suas vidas e não se destina exclusivamente a quem tem problemas.

Não tem qualquer exclusividade pois é importante que esteja direccionada para todos os meios que permitam uma melhor realização dos objectivos a alcançar.

De acordo o filme “Nunca é tarde demais” teríamos que direccionar o plano de orientação para a família de Carter, para os seus amigos, para o próprio Carter, para Edwards e para a sua filha, assim como para os serviços hospitalares.

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CONCLUSÃO

Neste sentido, cabe ao psicopedagogo ajudar a melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas, sendo suas as intervenções proactivas, preventivas e de melhora pela qualidade de vida.

Afirmou sabiamente Montaigne: “Quem ensinasse os homens a morrer os ensinaria a viver”. A reflexão sobre a morte é reflexão sobre a vida, pois só podemos viver intensamente se nos consciencializarmos de que somos finitos, mortais e que cada momento é irrecuperável, principalmente quando se está chegando ao fim da vida.

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BIBLIOGRAFIA

Bisquerra, R. (2006). Modelos de orientação e intervenção Psicopedagógica. Bilbao Wolter Kluwer. España, S.A;

Lopes-Cardoso, A.(1986). O direito de morrer: Suicídio e eutanásia. Europa – América. Mem – Martins;