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Superior de Tecnologia em Logística Empresarial O N L I N E UNIGRANRIO O N L I N E

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Superior de Tecnologia em Logística Empresarial

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Objetivos da Logística Reversa de Pós-consumo

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Olá, bem-vindo(a) a unidade 2.Hoje falaremos sobre Objetivos da Logística Reversa de Pós-consumo.

Vamos começar nossos estudos?

Boa aula!!

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Objetivos da Logística Reversa de Pós-consumo

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Tópicos Especiais em Logística

OBJETIVOS

TÓPICOS

ABORDADOS

UN

IDA

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I. Destacar quais os objetivos traçados pelas organizações ao implementarem o conceito de logística reversa de pós-consumo.

I. Os objetivos gerais pleiteados pelas organizações ao implementarem a logística reversa em seus processos; Objetivo econômico da Logística Reversa; Objetivos econômicos nos canais reversos de remanufatura; Objetivos econômicos dos canais reversos de reciclagem; Objetivos econômicos dos canais reversos de reuso; Objetivo ecológico e de sustentabilidade ambiental da logística reversa de pós-consumo; e objetivo legal da logística reversa de pós-consumo.

Introdução

As empresas que têm implementado o gerenciamento da cadeia de abastecimento estão conseguindo, de acordo com Bowersox & Closs (2009), significativas reduções de estoque, otimização dos transportes e eliminação das perdas, principalmente aquelas que acontecem nas interfaces entre as organizações e que são representadas pelas duplicidades de esforços. Como agregação de valor, estão conseguindo maior confiabilidade e flexibilidade, melhoram o desempenho de seus produtos e estão conseguindo lançar novos produtos em menores intervalos de tempo.

Em resumo, de acordo com Bowersox & Closs (2009), pode ser destacado que o Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos) consiste no estabelecimento de relações de parceiras, com tempos duradouros, entre os componentes de uma cadeia produtiva, que passarão a planejar estrategicamente suas atividades e partilhar informações de modo a desenvolverem as suas atividades logísticas de forma conjunta e integrada, através e entre suas organizações. Com isso, melhoram o desempenho conjunto pela busca de oportunidades, implementando, em toda a cadeia, a busca pela redução de custos para agregar mais valor ao cliente final.

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Embora o conceito de Supply Chain Management, de acordo com Bertaglia (2009), ainda esteja sendo desenvolvido e não exista uma metodologia única para a sua implementação, a sua adoção poderá ser uma fonte potencial de obtenção de vantagem competitiva para as organizações e mostra-se como um caminho a ser seguido pelas demais. Ao adotar o conceito de Supply Chain Management, segundo Fleury (2009), as organizações empresariais ampliam sua visão e podem se tornar muito mais ágil e mais flexível do que os concorrentes, o que seria extremamente desejável e interessante para o atingimento das metas estabelecidas.

O projeto e o desenvolvimento conjunto de produtos permite que uma cadeia lance novos produtos, com mais rapidez, podendo ser dotados de melhor funcionalidade e ser produzidos a custos totais mais baixos. Como existe parceria, de acordo com Fleury (2009), o planejamento estratégico será compartilhado e os riscos serão divididos.

Neste ambiente, novos arranjos produtivos podem ser desenvolvidos, empregando o conceito de localização compartilhada. Como exemplo, podem ser citados o que ocorre nos condomínios industriais, ou no modulo empregado na fábrica de caminhões da Volkswagem, em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde se percebe que as montadoras de automóveis, na recente instalação de suas modernas plantas produtivas no Brasil, lançaram mão de tais arranjos.

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Para que um sistema de gerenciamento de cadeia de abastecimento seja corretamente implantado e atinja os objetivos planejados, alguns pontos precisam ser observados, de acordo com Bowersox & Closs (2009):

a) o sistema deve ser planejado para atender as necessidades dos clientes;

b) o pessoal envolvido deve ser treinado e estar capacitado;

c) devem ser definidos os níveis de serviços a serem oferecidos;

d) a segmentação dos serviços deve dar-se de acordo com os requisitos exigidos pelos clientes e pela capacidade dos fornecedores e dos serviços dos clientes e com a lucratividade de cada segmento;

e) faz-se necessária a utilização de tecnologia de informação para integrar as operações logísticas;

f) Deve haver constantes e consistentes previsões de demanda e a percepção do seu comportamento;

g) Precisamos determinar e realizar a adoção de indicadores de desempenho que permitam garantir que os objetivos sejam alcançados.

Figura:1 Gerenciamento da Cadeia de suprimentos direta x reversa

Fonte: Adaptado de Rogers & Tibben-Lembke(1999, p.5).

Processo Logístico Direto

Processo Logístico Reverso

Logística Reversa

Logística de Suprimentos Logística de Distribuição

Resíduos de pós-consumoe pós-venda

Cliente

Cliente

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2.1. Objetivo econômico da Logística Reversa Segundo Leite (2009), a logística reversa tem como principal motivação obter lucros através de seus canais reversos seja pelo reaproveitamento de componentes de matérias-primas secundarias ou pela revalorização de produtos para o mercado secundário gerando rentabilidade para seus agentes. Ela também possui economias obtidas nas reduções de insumos, pois, com a substituição de matéria-prima virgem por reciclada, permite além da economia devido à diferenciação de preço entre elas como também:

I. Economia de energia na produção;

II. Economia de componentes que entram na

composição de matéria-prima virgem;

III. Economia pela diferenciação de

investimentos em fábricas de matérias-primas

virgem por recicladas.

‘De acordo com Donato (2008), em uma cadeia reversa, com todos os seus processos (coleta, consolidação/separação, reciclagem ou remanufatura, reintegração ao ciclo produtivo), torna-se necessário que cada etapa obtenha seus resultados financeiros para que haja sucesso no fluxo reverso.

De acordo com Leite (2009), quando existe a falta de ganho em um ou em alguns dos elos da cadeia reversa, haverá a interrupção de alguma parte do processo reverso ou simplesmente não haverá fluxo reverso, resultando em desequilíbrio entre os fluxos diretos e reversos e suas consequências.

Logística Reversa

Oque vai volta

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Ou seja, como nos canais diretos, para que seus participantes da cadeia tenham interesse e formem uma cadeia, torna-se necessário que todos obtenham ganhos suficientes para que se criem ou mantenha uma cadeia de fluxo reverso. Analisando pelo lado econômico, pode-se auferir que cadeias reversas são geradas a partir de matérias que geram maiores ganhos assim geram concorrência com outros materiais de pós-consumo (DONATO, 2008).

Neste processo, primeiramente são selecionados as fontes de melhor acesso e menor custo e, consequentemente, as outras, ou por melhores quantidades, ou por valor de produto e por aproveitamento mais vantajoso. Pode ser citado como exemplo os metais ferrosos e não ferrosos que, naturalmente, em seu reaproveitamento, geram ganhos a todos os envolvidos no fluxo reverso há muito tempo e em diversos países, conforme destacado por Donato (2008), não pela legislação ou fatores ecológicos, mas pelos resultados financeiros obtidos.

2.1.1. Objetivos econômicos nos canais reversos de remanufatura

Os canais reversos de remanufatura possuem como objetivo principal reaproveitar partes de um produto, substituindo alguns de seus componentes e tornando-o propício a desempenhar as mesmas funções do produto do qual deriva (LEITE, 2009). As partes que não podem ser reaproveitadas são recicladas e tornam-se elementos novos que são inseridos em produtos remanufaturados reduzindo ainda mais o custo e o preço final de mercado do produto que utiliza estes materiais remanufaturados.

2.1.2. Objetivos econômicos dos canais reversos de reciclagem

Os objetivos econômicos dos canais reversos de reciclagem possuem como objetivo reintegrar os materiais constituintes dos bens de pós-consumo na fabricação de outros produtos como, por exemplo, a sucata de ferro na produção de ferro e aço, conforme destacou Leite (2009).

Geladeira Nova

Tempo de uso

Conserto e

Revenda

Desmontagem, Reciclagem de peças e Venda

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2.1.3. Objetivos econômicos dos canais reversos de reuso

Os objetivos econômicos nos canais reversos de reuso possuem como objetivo a reutilização de produtos que ainda desempenham suas funções a um preço mais barato comercializando-o em mercados secundários (LEITE, 2009). A diferença de preço o torna de grande relevância apresentando elevado interesse para a logística reversa. Podemos citar como exemplo o comércio de veículos e outros maquinários.

2.2. Objetivo ecológico e de sustentabilidade ambiental da logística reversa de pós-consumo.

Conforme descrito anteriormente, o excesso de resíduos não destinados corretamente gera a poluição do meio-ambiente. Para a sociedade, a principal consequência deste evento, de acordo com Donato (2008), é o custo da destinação final desses excessos quanto que para as empresas o custo da repercussão negativa de sua imagem.

Atualmente, de acordo com Leite (2009), nota-se o crescente interesse das empresas em diminuírem os impactos de seus resíduos. Isto se deve ao fato de a sociedade estar mais ativa nas críticas ambientalistas, por meio do acesso a informação ou a própria observação dos fatos que são acompanhando como desastres naturais, o crescimento da ação de

doenças, diminuição das reservas naturais, entre outros. Por estes motivos, geram, consequentemente, a necessidade de novas teorias econômicas, teorias que equilibrem a balança do consumo e a responsabilidade social.

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Deste equilíbrio, surge a chamada teoria do desenvolvimento sustentado,

conforme destacado por Leite (2009), que destaca o atendimento

às necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de

as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades.

Diferentemente da cultura destacada do consumo, em que se valoriza mais a aquisição de produtos por moda ou novidade do que pela utilidade ou durabilidade dos mesmos, conforme destacado por Donato (2008), a concepção da cultura ambientalista valoriza a responsabilidade mútua gerada entre a sociedade em todas as suas esferas em relação aos impactos dos processos produtivos ao meio-ambiente.

De acordo com Leite (2009), o conceito gerado pelo ciclo reduza-reuse-recicle, carrega uma mudança de cultura gerara pela mudança individual do consumidor que passa a exigir de seus fornecedores maior responsabilidade com o impacto de seus resíduos no meio ambiente e de seus governos maior rigor nas legislações ambientais.

Isto possibilita as empresa, através da logística reversa, ao mesmo tempo satisfazer essa nova exigência de seus consumidores, o cumprimento das legislações impostas pelo poder publico, obter ganhos de economia em seus processos produtivos e fortalecer a sua imagem de empresa ambientalmente responsável.

De acordo com Leite (2009), a logística reversa é inserida no pensamento estratégico organizacional, de forma a garantir sua sustentabilidade econômica, através da maior competitividade no mercado e da manutenção e crescente aumento da imagem corporativa junto aos consumidores

Reduza

Recicle

Reuse

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2.3. Objetivo legal da logística reversa de pós-consumo.

Conforme destacado, alguns fatores naturais como o retorno financeiro ou a preservação da imagem da empresa propiciam o surgimento e a manutenção das cadeias reversas. Mas, em algumas situações, os custos superam as vantagens de se coletar e reintegrar os resíduos ao processo produtivo, de acordo com Leite (2009). Nestes casos, a ação governamental é necessária, através da criação de mecanismos legais que propiciem a implantação da logística reversa nas organizações empresariais, normatizando a destinação final correta de seus resíduos.

Segundo Donato (2008), a criação de leis sobre os resíduos sólidos tem por meta principal a redução do desequilíbrio entre a oferta e a demanda de produtos reciclados através de modificações nas condições de oferta e seus mercados, garantindo a distribuição da responsabilidade ecológica a todos os agentes da cadeia direta, bem como os da cadeia reversa, até o reaproveitamento de seus resíduos ou seu descarte correto.

Materiassecundários

Expandir Embalar Coletar

Reciclar

Descarte

Revender

Recondicionar

Retornar ao fornecedor

Processo Logístico Reverso

Figura 2 : Canais reverso de revalorização

Fonte: Adptado de Rogers & Tibben-Lembke (1999)

As organizações empresariais líderes na aplicabilidade da logística reversa trabalham de maneira a se antecipar as legislações e, muitas vezes, ajudam a criá-las, através de processos desenvolvidos e já adquiridos por elas, conforme destaca Donato (2008). Esses modelos de organizações utilizam a logística reversa como forma de garantir o atendimento as leis, criando mais uma forma de se diferenciarem no mercado e evitando custos tangíveis e não tangíveis, como os de imagem e multas por não cumprimento das normas legislativas.

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Nesta unidade de estudo foram abordados tópicos que demonstram quais os objetivos que as organizações empresariais almejam ao implementarem a logística reversa em suas atividades de gerenciamento da cadeia de suprimentos. Esta unidade mostra que as organizações, muito além do objetivo econômico, possuem objetivos legais e ecológicos, tão ou mais essenciais na percepção do governo e da sociedade em geral, incluindo neste caso os seus consumidores.

Selos verdes contribuem para práticas sustentáveis – http://www.oglobo.globo.com/amanha/selos-verdes-contribuem-para-praticas-sustentaveis-9623393#ixzz2cXHrbZBjWMS - Warehouse Management System: adaptação proposta para o gerenciamento da logística reversa - http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132006000100011&script=sci_arttext ARAÚJO, C.F.,& SILVA, J.R. Pneus Inservíveis: Análise das Leis Ambientais vigentes e processos de destinação final adequados. XXV ENEGEP – Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Porto Alegre. 2005. – http://www.engema.org.br/wp-content/uploads/2013/10/anais2005.pdfVídeo – Logística reversa de Embalagens de agrotóxico - INPEV (Instituto Nacional de Processamento de embalagens vazias) - Programa de logística reversa de embalagens vazias - https://www.youtube.com/watch?v=cgtOV1RIo9YVídeo – Logística reversa de Embalagens de agrotóxico – Destinação Final de Embalagens Vazias - https://www.youtube.com/watch?v=ZQXIKmCXIRY

CHOPRA, Sunil, MEINDL, Peter. Gerenciamento da cadeia de suprimento: estratégia, planejamento e operação. São Paulo. Ed. Prentice Hall. 2003.LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa: Meio ambiente e competitividade. 2ª edição. São Paulo. Ed. Pearson. 2009.MOURA, Luiz Antônio Abdalla de. Qualidade e Gestão Ambiental: sugestão para implantação das normas ISO 14.000 nas empresas. 3ª edição. São Paulo. Ed. Juarez de Oliveira. 2002.