the portuguese tribune, january 15th 2012

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Craig Mello - Prémio Nobel de Medicina Honoris Causa pela UAç A Universidade dos Açores (UAç) anunciou a atribuição de um doutoramento “Honoris Causa” em Bioquímica e Biologia ao in- vestigador de origem açoriana Craig Mello, distinguido com o Nobel da Medicina em 2006. A entrega das insígnias ao professor da Medicina Molecular na Escola de Medicina da Universidade de Massachussets e inves- tigador do Instituto de Medicina Howard Hughes, em Maryland, Estados Unidos, está prevista para dia 26, em Ponta Delgada. Bisneto de açorianos nascidos na ilha de S. Miguel, Craig Mello recebeu o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina, conjuntamen- te com Andrew Fire, em reconhecimento pelo contributo dos dois investigadores para a compreensão dos mecanismos de silencia- mento dos genes nas células, abrindo novas perspetivas terapêu- ticas para o tratamento de diversas doenças genéticas, nomeada- mente do cancro. Lusa / AO online XXXVI Conferência Anual sobre Educação da LAEF 19 - 22 Abril de 2012 O XXXVI Congresso Anual sobre Educação da Luso- American Education Foundation terá lugar em 2012 na cidade de São José, entre os dias 19 e 22 de abril. O tema do congresso é Construindo Comunidade Atra- vés da Educação e Tecnologia. Os eventos, que serão abertos a toda a comunidade, ocorrerão na San Jose State University, Portuguese Athletic Club e Museu Português no Kelley Park. Ler noticia completa nas páginas 13 e 30 (Inglês) QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 1 a Quinzena de Janeiro de 2012 Ano XXXII - No. 1124 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

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The Portuguese Tribune, January 15th 2012

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Page 1: The Portuguese Tribune, January 15th 2012

Craig Mello - Prémio Nobel de MedicinaHonoris Causa pela UAçA Universidade dos Açores (UAç) anunciou a atribuição de um doutoramento “Honoris Causa” em Bioquímica e Biologia ao in-vestigador de origem açoriana Craig Mello, distinguido com o Nobel da Medicina em 2006.A entrega das insígnias ao professor da Medicina Molecular na Escola de Medicina da Universidade de Massachussets e inves-tigador do Instituto de Medicina Howard Hughes, em Maryland, Estados Unidos, está prevista para dia 26, em Ponta Delgada.Bisneto de açorianos nascidos na ilha de S. Miguel, Craig Mello recebeu o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina, conjuntamen-te com Andrew Fire, em reconhecimento pelo contributo dos dois investigadores para a compreensão dos mecanismos de silencia-mento dos genes nas células, abrindo novas perspetivas terapêu-ticas para o tratamento de diversas doenças genéticas, nomeada-mente do cancro.

Lusa / AO online

XXXVI Conferência Anual sobre Educação da LAEF

19 - 22 Abril de 2012O XXXVI Congresso Anual sobre Educação da Luso-American Education Foundation terá lugar em 2012 na cidade de São José, entre os dias 19 e 22 de abril. O tema do congresso é Construindo Comunidade Atra-vés da Educação e Tecnologia. Os eventos, que serão abertos a toda a comunidade, ocorrerão na San Jose State University, Portuguese Athletic Club e Museu Português no Kelley Park.

Ler noticia completa nas páginas 13 e 30 (Inglês)

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

1a Quinzena de Janeiro de 2012Ano XXXII - No. 1124 Modesto, California$1.50 / $40.00 Anual

www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

Page 2: The Portuguese Tribune, January 15th 2012

Year XXXII, Number 1124, Jan 15th, 2012

2 15 de Janeiro de 2012SEGUNDA PÁGINA

EDITORIAL

Enquanto que os Republicanos andam a tentar descobrir qual deles tem maior capacidade para defrontar o Presidente Oba-ma em Novembro, este por sua vez está contente porque os indicadores económicos e de emprego estão a favorecê-lo.

É lógico que o Congresso irá tentar dificultar todas as leis que lhe pos-sam ajudar aos olhos dos votantes. Política, quanto a queira.Os republicanos da California estão a ficar fartos de serem deixados para trás no respeitante à escolha do candidato, porque muito antes de Junho, o candidato estará escolhido e eles nem participaram nessa escolha.Seria importante mudar muitas regras políticas, quer no respeitante aos partidos, quer no respeitante às eleições presidenciais. Todos os quatro anos se fala nisso mas ninguém as quer mudar.Não faz sentido nenhum que o povo americano não possa eleger o seu presidente.Salazar usou este estratagema quando o seu Candidato, Américo To-más, perdeu as eleições com Humberto Delgado em 1958. Criou então um Colégio Eleitoral, para que o povo não pudesse votar em candida-tos. Esse colégio não era mais do que "paus mandados" do governo fascista de então.

O Carnaval está já na rua. É o tempo do nosso povo, quer aqui, quer na Terceira, dar vida ao teatro mais popular do mundo.As críticas sociais serão, como sempre, o ai-jesus do carnaval. E é nesse teatro popular que todos os anos aparecem grande actores. Aqui na California temos meia dúzia ou mais de grandes virtuosos do tea-tro popular. Pena que o teatro mais sério tenha desaparecido da nossa comunidade há vários anos. E não vemos sinais de ressuscitação. Está morto e mal morto.

O Tribuna deseja a todos os amigos, assinantes, patrocinadores, um Bom Ano de 2012, agradecendo toda a vossa amizade. jose avila

Ano de eleições

Crónicas do Perrexil

J. B. Castro Avila

Estou mesmo a ver a cena.Corria o ano de 1858 e John Smith vivia nos suburbios de Londres. Era Sábado de inver-no, com aquelas tardes frias e nevoentas. John estava sentado numa cadeira feita de madei-ra com restos de caixo-tes das laranjas vindas das ilhas açorianas. John estava nos seus 50 anos, mas em 1858, cinqenta anos pareciam séculos.Nem dava para traba-lhar tal a humidade que fazia.Era preciso arranjar qualquer divertimen-to para sair daquele torpor de nada fazer, porque nada havia para fazer.De repente lembrou-se de uma cena que presenciara há alguns dias. Ao atirar às gali-nhas uma maçã meia podre, estas atiraram-se a ela, e como eram cerca de duas duzias,

empur raram-na com o bico e muitas vezes com os pés. Batiam umas nas outras, a maçã rolava e lá iam elas todas atrás e como havia ga-linhas pretas e castanhas, era interessante de ver que aquilo até pare-cia um jogo.Levantou-se da cadei-ra, foi à cozinha e disse: "Hey Mary, lembras-te daquela cena que eu te contei outro dia com as galinhas atrás de uma maçã?Claro que me lembro, respondeu a inglesa.Pois eu estava a pen-sar que se podia fazer aquilo com pessoas. Fazia-se uma bola de trapos e as pessoas an-davam atrás dela.E qual era o objectivo? perguntou Mary.É uma boa pergunta. E se tivessemos uma pa-

rede pequena e quem acertasse nela ganhava pontos?Uns vestiam de cor e outros não e podiam brincar algumas horas e talvez desse para po-dermos apostar.O que é que dizes? Olha, eu penso que pode ser um entrete-nimento para os mais novos e os velhos po-deriam gozar com isso.E assim nasceu o fute-bol na velha Albion.Em 1863 nasceu a pri-meira associação de foot-ball.Estes profundos pen-samentos vieram-me à

cabeça quando estava a assistir ao jogo Spor-ting-Porto.Penso que o futebol português está ainda mais no lado das ga-linhas do que dos ho-mens.Muito empurrões, mui-tas caneladas, tudo im-próprio de profissionais que são pagos a peso de ouro.Penso que o futebol português chegará ao nível do Inglês quando as nossas ilhas volta-rem a exportar laranjas para Londres, como se fazia no século dezoito. Ponto final.

O futebol

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3PATROCINADORES

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4 15 de Janeiro de 2012COMUNIDADE

Pedro Carvalhonutricionista*

Já diz o ditado popular que “san-tos da casa não fazem milagres” e no que concerne aos nossos alimentos, a batata-doce é um bom exemplo de um produto com origem nacional e um potencial incrível mas que é quase um pa-rente pobre das nossas escolhas alimentares quotidianas.

Sendo igualmente produzida na Madeira, foi a produção de bata-ta-doce de Aljezur recentemen-te classificada como produto de indicação geográfica protegida - o que de resto é o corolário de uma íntima ligação que tem pre-lúdio na própria conquista desta cidade aos mouros. Reza então a lenda que a razão da tenacidade e robustez das nossas tropas na invasão e conquista do castelo de Aljezur teve origem numa po-ção vitamínica mágica: nem mais nem menos do que a hoje muito badalada feijoada de batata-doce de Aljezur.

A batata-doce é assim uma au-têntica ode à vitamina A, sendo apenas superada pela cenoura no que a produtos de origem vegetal diz respeito, e com a vantagem de possuir ainda níveis superio-res de vitamina E, C e Magnésio. Sendo certo que a quantidade de hidratos de carbono que possui coloca a batata-doce na dimen-são nutricional da batata, arroz e massas alimentícias, é também uma realidade que quer na quan-tidade de fibra, quer nas vitami-nas lipossolúveis e minerais, a batata-doce ganha “aos pontos” aos seus congéneres “farináceos”.

Sendo muita desta quantidade as-tronómica de vitamina A prove-niente de carotenos, a sua acção sinérgica com as antocianinas, para além de conferem à batata-doce uma fantástica tonalidade alaranjada e púrpura, tornam-na num alimento com um potencial anti-inflamatório e antioxidante bastante significativo. Enquadra-se assim perfeitamente nesta fase inicial do ano onde para muitos, o objectivo primordial é recuperar dos abusos cometidos no Natal e Réveillon.

Parece quase um paradoxo a ri-queza da batata-doce em vita-minas lipossolúveis (A e E), e em simultâneo apresentar 0% de gordura na sua composição. Será então importante que a um processo de confecção que pre-serve as suas propriedades (cozer a vapor é uma excelente opção) se alie a adição de uma pequena quantidade de gordura (como um azeite virgem extra nacional) que nos disponibilize toda esta exu-berância vitamínica.

Se 2012 se afigura como um ano especialmente difícil, olhar para dentro e descobrir o que temos de melhor será sempre uma boa al-ternativa. Existirão sempre casos a merecer uma atenção redobrada e a batata-doce é um deles.

*Professor Assistente Convi-dado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da

Universidade do [email protected]

in publico.pt

A Coluna da Saude

B de Batata-doce

“The trouble with the world is that the stupid are cocksu-

re and the intelligent full of doubt”.

Bertrand Russell

Estejam descansados! Não vamos engrossar o coro das vozes que nesta hora estão já rou-

cas de tanto defender a heran-ça pastoral da neuro-economia deixada pelo reaganismo. Além disso, não nos parece ser hoje e agora a ocasião mais apropria-da para adivinhar o que está na mente dos 60 milhões de cató-licos dos E.U.A., cuja maioria imagino abismada com a por-celana dialéctico-teológica de Bento XVI (para não referir a religiosidade “mcdonaldiana” do candidato republicano Rick Santorum, um moço inteligente que finge desconhecer a diferen-ça entre deístas e católicos..).

Falemos agora dos viventes so-fredores. É claro que a missão deste vosso cronista não se des-tina a relatar em diferido o chil-rear dos pássaros, ou o buliço infernal das auto-estradas…ou até mesmo a cor do pijama que Michael Jackson terá usado na sua derradeira consulta médica. Com a ferramenta da palavra na ponta da lingua, vamos en-frentar alguns dos desafios que a generalidade da opinião co-munitária parece evitar ou finge ignorar.

Primeiro, para lembrar que não somos crentes na mitologia lu-sófona, segundo a qual a ousadia de formular perguntas pertinentes aos go-vernantes é atitude alcunhada de sacrilégio arrepiante; depois, referir que a beleza da nossa terra natal tem sido vilipendia-da pelo comportamento nefasto (para não dizer criminoso) de alguns segmentos da sua popu-lação residente.Este tipo de comentário assu-mido à distância confortável de 5,000 milhas, não pretende ignorar ou minimizar o rol dos empreendimentos já realizados,

e que estão à vista da opinião comunitária. Todavia, quere-mos dizer, serenamente, que o acto de discordar das priorida-des assumidas pelos governos vigentes (central e regionais) acarreta uma significativa vali-dade democrática. Concordamos que a deselegância política ditada pela ingratidão não entra no jogo democrático; contudo, depois de ponderada a respectiva fundamentação, o dever de discordar passa a fazer parte do alfabeto da honradez cívica…

Vejamos: a tendência açoriana (e não só) para glorificar o rit-mo de vida acelerado dos cen-tros neo-capitalistas; o delírio em venerar o vedetismo con-sumista; a pulverização da res-ponsabilidade como empecilho hedonista... fazem parte das conhecidas “fragilidades” que já foram atempadamente denun-ciadas perante o autismo crónico da maioria dos gestores políticos da nossa terra. Aliás, muitas das conhecidas enfermidades sócio-culturais da açorianidade estão minuciosamente diagnosticadas; algumas dessas enfermidades são “caridosamente” socorri-das, sob a falsa suspeita de incu-rabilidade politica. Entretanto, o que lamentamos são os indícios crescentes que apontam as ilhas como “passadeiras-atlânticas” para o imparável tráfico interna-cional das “drogarias”...A descontinuidade territorial é vista como imerecido “pecado original” da açorianidade. De-vido às especificidades ambien-tais, os Açores são ilhas natural-mente vocacionadas para manter o tipo de serenidade rústica que é cada vez mais raro encontrar na superfície do nosso tão mal-tratado planeta. Não, não se trata de travar o “re-lógio da história”. Nada disso. O que se receia é que o relógio açoriano rebente com “corda” a mais…

Historicamente, os Açores já foram usados como entreposto logístico para os famosos em-

preendimentos náuticos de an-tanho; já serviram de colónia penal para gente politicamente subversiva; mais tarde (e isso sem cuidar do bem-estar geo-estratégico dos autóctones) vie-ram as “bases” para defesa aé-rea do Atlântico Norte; e, até há pouco tempo, os Açores eram o porta-aviões atlântico gerador de emigrantes… E agora? Bem... agora, a pressa está toda apostada em transfor-mar os Açores numa “catedral turística”. Na ilusão de serem promovidos a “curadores” des-sas tais catedrais turísticas, mui-tos ilhéus dificilmente poderão fugir ao “curto-circuito” duma subalternidade avassaladora, apesar de lhes ser garantido o fardamento turístico, feito de te-cido azul e branco…

Perante a tentação “politico-cosmética” de transformar a ilha de São Miguel numa pista para corridas de automóvel; perante o delírio de profanar a rusticida-de paroquial duma terra outrora pacata (mas que nos ultimos 20 anos tem sido profanada com o delírio orgíaco de drogas ile-gais, alcoolismo, prostituição), falta talvez dizer que não seria má ideia sugerir a Bruxelas uma “ajudazinha” para construir (dentro da cabeça da maioria da classe política) estradas lar-gas, palacetes orientais, piscinas olímpicas – para facilitar a cir-culação de ideias novas, e forta-lecer a coragem cívica dos que não temem a sombra do futuro... De resto, a tarefa ético-política de treinar o estômago para resis-tir às manjedouras do servilis-mo, implica opções, sacrifícios e suores (frios) ...

... /... Para muitos, a dor e a morte continuam a rasgar o bom tecido da vida. Se calhar, morrer é emi-grar um pouco. Quem disse aí que a morte nos faz eternos…? Acreditemos na Vida! Aos amá-veis leitores do Memorandum, votos de Bom Ano.

A Fala da Memória

Memorandum

João-Luís de [email protected]

Maria Alice Cateringdeseja aos seus clientes um Bom Ano Novo

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5COLABORAÇÃO

Imagens da Segunda Guerrana minha Terra (10)

Manuel Greaves nasceu na cidade da Horta, Faial, em 1878 e faleceu em 1956.

Ainda jovem destacou-se pela sua propensão literária e jornalística. Já aposentado, publicou dois excelentes livros "Histórias que me contaram, 1948" e "Aventuras de Baleeiros, 1950", cujas cópias guardo nas minhas estantes. É pre-cisamente do livro de Histórias que agora passo a historiar um episódio ocorrido no Atlântico no período da Segunda Guerra.Em abril de 1943, sob mau tempo e nevo-eiro, a cerca de 200 milhas norte da ilha das Flores, o navio inglês "Hororata" (na foto) foi atingido por um torpedo dispara-do por um submarino alemão, causando um rombo a bombordo p¹rà ré da máqui-na e rompendo um dos depósitos de óleo combustível.Após o ataque, o submarino retirou-se do local com a presunção que o navio estava prestes a afundar-se. Foi então que o capi-tão inglês decidiu levar o barco a máxima velocidade com destino às Flores, a ilha mais próxima, alcançando o porto de San-ta Cruz, aonde fundeou.Conforme a narrativa de Greaves, "no porão estanque, invadido pelo mar, carre-gado com caixas de manteiga, o turbilhão foi-as erguendo, chocando-as, até expelir, às dezenas, sujas de óleo. Mais de mil cai-xas sairam pela bocarra escancarada, p'ra boiar nas ondas. As praias das Flores e do Faial, depois, arrojaram caixas com man-teiga".Passados uns dias, entrava em Santa Cruz o pequeno navio-motor "Corvo", cujo ca-

pitão teve a gentileza de avistar-se com o capitão do "Hororata" oferecendo-lhe a as-sistência do seu navio até ao porto da Hor-ta, no Faial. O inglês agradeceu, atencioso, mas recusou o serviço. Aparentemente,

como Greaves descreveu, ele havia formu-lado um plano secreto."Após a saída do "Corvo", em sua vaga-rosa marcha, o capitão inglês embarcou a sua tripulação sem alarme. Noite fechada, bem escura, o "Hororata" larga nas águas do "Corvo", sem luz alguma. Guiava-o, po-rém, a iluminação do pequeno barco por-tuguês. A umas sessenta milhas oés-noro-este do Faial, o "Hororata" lançou-se à sua marcha normal, vindo fundear, ao raiar do dia, no porto da Horta. Cinco horas depois entrava o "Corvo" no porto. Surpreendido, o capitão português exclamou: "Este diabo será o barco que ontem estava nas Flores? Se não é ele, será a sua alma, talhada num barco igual!"Curiosamente, este episódio foi recordado por Filomeno Salema Bicudo numa entre-vista publicada no "Diário dos Açores" (25-dezembro-20050. "Um navio-frigorí-

fico inglês, torpeado perto das Flores, lan-çou um "S.O.S." e o CORVO (que estava a descarregar nas Flores) foi em sua aju-da, mas ele fez sinal de que não precisava nada, exceto que só seguiu o "Corvo", às

escuras, até ao Faial, visto que os nossos navios eram altamente ilu-minados, com focos aponta-dos p'rà ban-deira como forma de se perceber que eram portu-

gueses e, por isso, neutros.Ora o navio inglês foi deixando cair no mar latas de manteiga, que enchiam um porão inteiro. Muita gente recolheu essas latas. O que fizeram foi tirar a manteiga das latas originais e passá-la p'ra latas da marca "Ilha Azul", que era produzida no Faial. Nesse tempo não se considerava isso roubar, pois era "comida apanhada". Hou-ve o caso duma mulher que tinha sido apa-nhada a roubar um inglês, e quando con-frontada pelo juiz no Tribunal, respondeuinocentemente que "ele era inglês".No prosseguimento da entrevista, Bicudo declarou: "Lembro-me de ver carroças

cheias de galinhas depenadas a serem for-necidas aos navios. O Faial organizou-se muito bem, plantando-se muitas terras de couves e outros produtos, e até foram contratados agricultores do Pico. Depois disso, quase que era difícil apanhar uma couve".Por sua vez, nas suas "Memórias", o dr. Cândido Pamplona Forjaz (1901-1987) es-creveu: "Os ingleses, quando aportaram à Terceira, vinham positivamente esfomea-dos, pois a Inglaterra estava sofrendo os terríveis efeitos da guerra submarina que a privavam de alimentos. Por isso, os solda-dos procuravam desforrar-se das carências sofridas em casa. E viam-se alguns com uma casca de ovo espetada numa cana e um escudo na mão a dizer que compravam ovos a escudo cada um. E foi esse o pri-meiro efeito no custo da vida. De um diap¹ró outro os ovos passaram de seis p¹ra doze escudos a dúzia".Porém, os ovos não foram o único veículo de intercâmbio entre a população tercei-rense e os militares britânicos. Como For-jaz acentuou: "Não se calcula a quantia de tascas que se abriram na área Praia-Lajes p'ra servir bifes com batatas e ovos fritos em pratos que pareciam picos, tal a abun-dância espalhada nas mesas".

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno

Actividades Comunitárias:Jan 14 - Crab dinner em MRPS, MantecaJan 17 - Festa S. Antão de Gustine, com Missa às 6 pm, Procissão, JantarJan 21 - Crab dinner MPPA, ModestoJan 21 - Cozido à Portuguesa, Banda de EscalonJan 28 - Crab dinner no MPPA, Modesto

Fev 4 - Crab dinner no Turlock PentecostFev 11 - Apres. Rainhas no MRPS, Man-tecaFev 18,19 - Matança em Watsonville

Mar 4 - Crab dinner em AlvaradoMar 23 - Jantar de Peixe, angariação de fundos para a nova Igreja de Hilmar

Grupo de Carnaval Cultural San José:

Jan 14 - Tulare Angrense, 8 pmJan 15 - Artesia DES, 4 pmJan 21 - Assunção, Turlock, 8 pmJan 22 - Nova Aliança, S. José, 4 pmJan 28 - Thornton, 8 pmJan 29 - SES Santa Clara, 4 pm

Fev 4 - Banda de Escalon, 8 pmFev 5 - PAC, San José, 4 pmFev 11 - Centro São João Baptista, Hanford, 8 pmFev 17 - Grupo de Carnaval S. José, 7 pm

Admissão $7.00

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Page 6: The Portuguese Tribune, January 15th 2012

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Page 7: The Portuguese Tribune, January 15th 2012

7COLABORAÇÃO

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San Leandro

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Madeline Moniz GuerreroConselheira Portuguesa

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Atrevido, venenoso, com vonta-de de fazer estragos, o vírus infiltrou-se. O ano despedia-se. A malícia intrometeu-se.

Irritei-me. O computador ressentiu-se. Encalhou. Quando dei por mim, estava a escrever à mão.Há tempos que não o fazia. Mas tem clara-mente outro sabor. Ainda sou dos dias em que havia brio na caligrafia e respeito pelo mataborrão. A pena descia enxuta ao tin-teiro e subia molhada ao papel. O desafio era evitar rabiscos ou borradelas e empres-tar aprumo às letras na frescura das pala-vras empenhadas em tratarem os temas com o máximo asseio. Traz-me sempre muita ternura este recordar ingénuo das minhas primeiras redações. Desafiavam-me a imaginação. Escrever era já um pra-zer enorme de minúsculas sensações que dava gosto alimentar.Quando os teclados apareceram, o mundo sofreu uma reviravolta tremenda. Ninguém duvida. Deu-se uma cambalhota espetacu-lar. Para melhor, crê-se. Pena é que, a par-tir de então, por parvo descuido ou simples desleixo, a linda arte de caligrafar se tenha vindo a deteriorar e permaneça sob séria ameaça no trémulo despontar deste tenro dois mil e doze.Também nasceu ameaçado, coitado. Mal esperneia e já lhe cravaram o quebranto. Vai ser duro de roer e difícil de tragar, cospem-lhe logo à entrada. Lá, da formosa terra que nos viu nascer, por exemplo, os costumados votos de próspero ano novo foram cautelosamente emitidos com sorri-sos amarelados. As perspetivas não são as melhores. Prosperidade, por agora, já não parece. É mesmo a cínica miragem que o pobre do Zé Povinho persegue desiludido, farto de protestar com razão. Começar o ano com a esperança engasgada, custa a engolir. Mas os governantes, coitadinhos, porventura parcos de ideias úteis, com as contas no buraco e a corda ao pescoço,

sem que a troika alargue o laço, até acon-selham a emigrar. Claro que não é uma sugestão simpática. Incomoda muito. Cha-teia mesmo. Nem faz grande sentido. “…Eleitos para isto?” Ora bolas, quem é que gosta…?...Sem mais nem menos, ter de emalar a trouxa e zar-par? Custa. Bem sei. Há trinta e tal anos foi-me sugerido praticamente o mesmo. Comigo, embarcaram algumas centenas naquele ano. Naqueles anos, bem sabemos que foram muitos os milhares a partirem para não voltarem. O drama, por demais conhecido, castigante, aflitivo, permanece doloroso. No entanto, que remédio tivemos senão amargurá-lo, sacudi-lo, reescrevê-lo. Três décadas ensinam-nos muito.Ainda bem que aprendi à minha custa. Mas não tenho conselhos a dar. A não ser o de que continuarei a aprender. Nesse caso, será sempre bom cada qual fazê-lo por si. Custe o que custar. Tem nitidamen-te outro sabor.Que bem soube, através dos anos, apren-dermos a gostar deste elegante Tribuna, tal como o Vinho do Porto, cada vez me-lhor com a idade. Já veio atrasado o re-conhecimento oficial da governação lá da terra, como sempre, algo distante dos nos-sos migrados anseios. Mais, no entanto, do que qualquer prestigiosa condecoração vinda de fora, é o reconhecimento local da vasta comunidade de dedicados leitores que melhor o atesta. O José sabe-o melhor do que ninguém. Como também está farto de saber ser-lhe praticamente impossível contentar todos. Há-de haver sempre um ou outro malicioso vírus pronto a introme-ter-se para estragar o arranjinho. Mas isso não é desculpa nem jamais será motivo para desânimo. Antes pelo contrário, inci-ta-nos a tratar-lhes ainda melhor da saúde. Irritantes, sorrateiros, eles vão continuar por aí a querer fazer das suas. Mas já não vivemos na remota era do escrever à mão para lhes dar com o pé. Basta-nos a pon-ta dos dedos. É assim, hoje em dia, nesta

fabulosa era digital, capaz do pior antes que venha melhor. Pesquisem-se os riscos, detetem-se os sinais, ataquem-se as crises, destrua-se o nocivo – com urgência e exa-tidão. Nunca se sabe – a esperança viva em dias melhores bem como a fórmula mági-

ca para a felicidade, podem estar mesmo à mera distância dum curto click.The virus is gone. Happy 2012, everyone!

Curto ClickRasgos d’Alma

Luciano [email protected]

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www.tribunaportuguesa.com

Page 8: The Portuguese Tribune, January 15th 2012

8 15 de Janeiro de 2012COLABORAÇÃO

Agua Viva

Filomena [email protected]

Assim diziam os mais antigos em geito de pressá-gio, como agoi-

rando alguma coisa por castigo ao que alguém fez a outrem. O tempo não se ren-de. Nós é que nos rendemos ao tempo e o que estiver para acontecer, assim será. O que será é que ninguém sabe. Depois de tanto tempo e energias gastas no ano que passou, que sempre deixa rasto, ora alegre, ora triste, cá estamos de novo, com esta vontade de viver que às ve-zes aflige um pouco, sobretu-do se sabemos que a doença e a morte pregam partidas de mau gosto, quando menos esperadas! Mas todos fazemos planos, invocando Deus e os Seus Santos, confiando no des-tino e também consultando videntes e cartomantes, pelo sim pelo não, porque depois de um ano tão em reboliço, quase ninguém quer outro igual ou pior. Já basta de ou-virmos falar na palavra mais ventilada que é a “crise”, embora os entendidos digam que nem fizemos a metade do caminho para batermos no fundo da pior situação

que ainda está para vir.Muito se fala, pouco se acer-ta, mesmo que muitos já te-nham perdido os seus traba-lhos, as suas casas, as poucas economias que levaram anos a juntar, na esperança de um dia terem um espaço absolu-tamente seu. Mas o mal está por todo o Mundo. Nos mais recônditos lugares do planeta em que vivemos há desenten-dimento, e até nas entranhas da terra, a Natureza se revol-ta e extravasa a sua fúria nos vulcões, nos rios, nos mares, nos desertos e pelos ares. Não admira, portanto, que algumas vozes se levantem a dizer que o mundo vai ter-minar.“O homem é a medida de todas as coisas, das que são, enquanto existem, e das que não são, enquanto não exis-tem”. Por essa razão, por que não pensar melhor no tempo que dura a sua existência, com este poema, um soneto de Frei António das Chagas?O Tempo.

Feliz Tempo para todos, nes-te Ano Novo 2012!

Assine o Tribuna Portuguesa e fique a par do que se passa na nossa Comunidade

Atrás de tempo,tempo vem!

“A minha vida não tem idade; tem tempo.”

Vitorino Nemésio, in Eu, Comovido a Oeste

É véspera de Natal e estou tranquilamente sentado na banqueta de pedra da velha casa onde nasci.

Pesa em mim o silêncio da ma-nhã e paira no ar um vago aroma a sargaço.O meu olhar surpreende a lumi-nosidade suave desta vila gracio-samente emoldurada pelo azul intenso do mar. E é tudo subita-mente tão belo ante meus olhos enternecidos.Saio e percorro a vila de uma pon-ta à outra. Revisito, assim, a geo-grafia sentimental de ruas, becos e atalhos por onde feliz correu a minha infância. Reencontro-me com o paraíso irremediavelmente perdido dos meus verdes anos… E o coração não me cabe no peito de tanta emoção…Sento-me num dos bancos da Praça de onde espraio o olhar. E, à sombra doce de uma araucária, recordo saborosas e inefáveis lembranças do meu (iniciático) despertar para a vida, para o mundo e para o conhecimento das coisas. Tempo de inquietações, alegrias e dúvidas, de sonhos e desejos, de partidas e chegadas, de separações e reencontros.Não esqueço os primeiros amo-res intempestivos… As delicio-sas brincadeiras proibidas… A Escola e as reguadas impiedosas do professor Louro… As missas do padre Genuíno, a cintilação do sacrário, a talha dourada do altar-mor, o pau preto da sacristia, as jarras de porcelana, os lustres de cristal… As intermináveis tardes de solfejo… Schmoll e o matra-quear do velho piano…A cister-na de água fresca e límpida…As alegrias do cinema…. As minhas tias que me davam afectos, bolos e inesperados afagos… Os pri-meiros poemas e os vagos dese-jos de celebridade literária... Am-bições enevoadas… Felicidades

indefinidas…Estou, assim, embrenhado em pensamentos, amolecido em re-cordações…O Natal convida-me à pieguice… Não consigo esconder as belas e doces saudades que sinto do meu Natal menino…Quanta melancolia! Nesse tempo o Natal fazia sentido e enchia a casa de alegria transbordante.Desconhecíamos, então, a figu-ra pagã do Pai Natal em trenó puxado por renas voadoras... O que havia era o Menino Jesus, fascinante, louro, papudo, rosado como um morango, sorrindo nas palhas do seu rústico berço. O Menino Jesus era o centro das atenções, pois ingenuamente acreditávamos que era Ele que nos trazia as prendas e as colo-cava nos sapatinhos. Para isso escrevíamos bilhetinhos a pe-dir presentes e colocávamos os mesmos na mão direita da Sua imagem, que permanecia dentro do Oratório durante todo o ano. Só no Natal é que o Menino Je-sus era de lá retirado e colocado em cima de um altarinho, sobre o qual havia trigo grelado, laranjas e camélias.

Naquele tempo o que imperava era o pre-sépio como símbolo da festa da família.

Começávamos a armá-lo com muita antecedência e a ele desti-návamos uma área que ocupava praticamente metade da sala de estar das nossas humildes casas. A árvore de natal era coisa secun-dária e, em vez das fitas, das lu-zes e das bolas, ela era enfeitada com laranjas e tangerinas…Havia o aconchego familiar da consoada, tão alegre e farta. E havia a Missa do Galo, uma ver-dadeira inquietação para as crian-ças, pois no fim da mesma era um tal correr para casa na doce ex-pectativa das prendas – não mais que uma ou duas por cada filho, porque nesse tempo o Natal não era a especulação comercial em que hoje se tornou.Comíamos figos passados, bebí-

amos licores e cantávamos loas ao Menino. E, à nossa maneira, éramos felizes.Não sou caçador de saudades nem de saudosismos. Esses bons tempos não foram tempos bons – foram tempos impiedosos. Azar o meu que vivi os melhores anos da minha vida num país de misérias várias e repressões variadas – o salazarismo, a pobreza, o subde-senvolvimento, a intolerância, a emigração, a guerra. Apren-demos, contudo, a resistir. E, em plena adolescência, conheci finalmente a cor da liberdade, o sabor da democracia e o aroma da fraternidade.…………………………………………………………………………………………

Quem me dera sacudir da minha alma estas recordações. Para quê sonhar o Natal se tudo não passa de sonhos sonhados?Natal de quê? Natal de quem?O Natal é uma mentira anual! O Natal é uma especulação de falsa paz empacotada!E, no entanto, finjo que está tudo bem. Quero ser outra vez menino e acreditar nas bem aventuranças da paz na terra aos homens de boa vontade… Amanhã é Natal e eu quero mes-mo crer que os pássaros que oiço, nesta Praça, estão a cantar ale-luias de justiça e de esperança.

Ao Cabo e ao RestoVictor Rui Dores

Lembranças do meu Natal menino

O Tempo

Deus pede estrita conta de meu tempo,E eu vou do meu tempo, dar-lhe conta.Mas, como dar, sem tempo, tanta conta,Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?

Para dar minha conta feita a tempo,O tempo me foi dado, e não fiz conta.Não quis, sobrando tempo, fazer conta.Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.

Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,Não gasteis vosso tempo em passatempo.Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!

Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,Quando o tempo chegar, de prestar contaChorarão, como eu, o não ter tempo...”

Page 9: The Portuguese Tribune, January 15th 2012

9 COLABORAÇÃO

Why doesn't the consulate of Portugal move to San Jose?É este um dos títulos da página em Inglês do último

número do Tribuna Portuguesa. Bem sa-bido é que o consulado em San Francisco fica numa área um tanto difícil quanto ao acesso, estacionamento, condições para as pessoas que lá vão e etc. Penso que a razão para alguns consulados estarem ainda em San Francisco deve-se ao facto do prestígio que tal cidade tem e até concordo que o nosso deva ser transfe-rido para San Jose. E vou mais longe: será possível que o governo Português, mesmo com o problema financeiro que tem, possa comprar à diocese de San José, a Igreja das Cinco Chagas e transferir para os salões da igreja o consulado Português? Se bem que nós chamamos “Igreja nacio-nal das cinco chagas”, aquela igreja não é património Português, mas, sim, pertença da diocese de San Jose. O consulado em San Francisco necessita de obras para que possamos ter um lugar mais amplo onde os funcionários possam trabalhar à vontade, cada qual ter o seu gabinete próprio, haver casa de banho para os utentes que lá vão e muito mais.Com o dinheiro da venda de tal edifício, poder-se-ia comprar a Igreja, continuar na mesma maneira a usá-la para as rezas e missas e tudo o mais que a igreja oferece aos fiéis e teríamos um consulado com es-paço suficiente para quem lá necessita de ir não ter que se preocupar com estaciona-mento. E já agora porque não nos mandam

um cônsul que seja também padre? Ooops! Estava a brincar e isto não é assunto para brincadeiras. Quanto à atual sede do nosso consulado, se uma pessoa não conhece a área, fica re-almente às aranhas e vai ter que dar umas voltinhas para um lado e para o outro até que encontre um local para estacionar. A última vez que lá estive foi quando o Sr. Cônsul António Costa Moura ofereceu-me o local para lançar meus livros, o que aceitei com muito prazer. Tanto ele como

os funcionários foram duma extrema de-licadeza e todos se prestaram a ajudar no que fosse preciso. O próprio cônsul, que em minha opinião é um Homem excepcio-nal, ajudou com os arranjos do aposento, a Vice Cônsul Manuela Silveira, a Júlia, a Jéssica e o João, todos ajudaram. A toalha da Madeira que cobria a mesa, segundo parece, só sai da gaveta em ocasiões es-peciais. Os talheres de prata vieram para fora, os copos de cristal, enfim, não medi-ram esforços para que tudo estivesse muito bem e foram incansáveis. Puseram minha família à vontade. Usa-

mos a cozinha, um dos quartos das meni-nas para mudarmos de roupa e eu até usei o chuveiro. Lembrei-me da frase do Raul Solnado, o meu filho vai a pé, mas vai lim-po. Tive um problema com as torneiras, apanhei uma escaldadela e isso não me fez abrir os olhos. Pois não vêm que em vez de vestir a roupa que minha mulher havia es-colhido para eu vestir, vesti o fato do meu amigo Brasileiro, Carlos. Foi um momento de muitas risadas. Conheci vários cônsules aqui em San Francisco, porém, em minha

opinião, como este, nunca houve algum. Não digo isso por ele ter feito o que fez por mim, mas pelo que fez pela comunidade. Quem esteve na sua festa de despedida no SES, em Santa Clara, pôde presenciar a maneira emocionada como ele estava e como provou ser inteligente e agradeceu a toda a gente, sem ter nomeado o nome de alguém. Enfim, o intuito deste meu artigo não é re-alçar, de novo, as virtudes do Sr. Cônsul. Os cônsules chegam e vão embora. Até, talvez, possa ter havido algum que não de-veria ter vindo e outros que deveriam ter

ficado mais tempo. No entanto, não posso deixar de dar valor aos outros funcionários. Alguns deles já cá estavam quando che-guei a esta terra. Dou-me bem com todos e, confesso, há um, neste caso uma, pois que se trata da Chanceler Sra. Júlia, com quem tenho assim mais um à-vontade de falar. Estava eu um dia a dizer-lhe que me lembro da alcatifa verde que havia na en-trada do consulado e que tinha um buraco enorme no meio. Há tempos diz-me ela: “o Sr. Raposo tem que vir cá ver o novo chão do consulado e assim poderá publicar no jornal que temos um chão novo e brilhan-te”. Fui mesmo. O chão realmente brilha e quase que os nossos rostos se podem espe-lhar nele. Assim como nós costumávamos dizer na tropa que os sargentos é que eram a máquina do exército Português, são, na minha opinião, os funcionários do consu-lado que fazem movimentar o barco. Claro que o comandante se não for uma pessoa experiente pode fazer com que o mesmo não navegue em águas calmas. É só uma questão de manejar o leme e ter sempre o olho na agulha para que se chegue a um porto seguro. Eu estou muitíssimo grato a todos os funcionários do nosso consulado que fizeram com que o lançamento dos meus livros fosse um sucesso.Se porventura acontecer que o consulado seja mudado para os aposentos da Igreja Nacional das Cinco Chagas, eu penso que a maioria dos nossos Portugueses até co-nhece a canção DO YOU KNOW THE WAY TO SAN JOSE?

Do you know the way to San José?

Ao Sabor do Vento

José [email protected]

Ultimamente tenho lido alguns trabalhos de bastante interesse sobre a pesquisa que

Sra. Rufina Bernardetti Silva Mausenbaum, da África do Sul, tem feito sobre a sua família de judeus sefardins portugueses e que ela tem publicado na pági-na da internet,a que deu o nome: “SAUDADES”, palavra que, se-gundo o seu amigo, Inácio Stei-nhardt, também existe na língua hebraica, ou seja, ERGAH (ayin resh gimel he), que quer dizer SAUDADE. Ela ficou muito surpreendida, pois como muitos de nós, julgava que SAUDADE não existia em nenhuma outra língua.Confesso que muito tenho apren-dido sobre a história de Portugal através do trabalho da Sra. Rufi-na que acho muito interessante e fascinante.Ela nasceu na África do Sul para onde o seu pai havia emigrado, em 1936, devido à prevalência do anti-semitismo em Portugal. A Rufina teve o mesmo nome da sua avó paterna que, perante alguma humilhação e vergonha, mantinha a sua fé judaica quan-do vivia em Portugal. Todos os anos, pela altura de “Antepura” (Yom Kippur) ela desaparecia de casa e ia para os campos onde permanecia sozinha durante 24 horas para jejuar e orar de acordo

com o costume da sua religião. Quando a Rufina tinha apenas seis anos de idade, o seu pai foi espancado por dois indivíduos brancos sul africanos porque ele aparentava ser estrangeiro. O que teria acontecido se eles também, soubessem que ele era judeu, um segredo que era guardado por muitas famílias judaicas. Com o fim de evitar discriminação, na sociedade, muitas eram conheci-das como famílias católicas e pro-testantes, mas no secretismo dos seus lares, observavam os ritos da sua religião, por isso, era co-mum o matrimónio entre primos primeiros para o segredo poder continuar na família. No caso da Rufina, ela e as suas irmãs foram baptizadas na igreja católica mas os pais converteram-se ao protes-tantismo quando a Rufina tinha cinco anos de idade.Hoje, apesar de terem decorrido mais de trinta anos desde que a Rufina se coverteu ao Judaísmo Ortodoxo, ainda continua a ser tratada por “convertida”. Porém, ela sente muito orgulho das suas raízes judias portuguesas, espe-cialmente , devido ao sofrimento e discriminação a que os seus an-tepassados foram sujeitos, e que, pela sua crença e dedicação, não abandonaram os seus princípios religiosos, mesmo com a ameaça de morte ou de martírio. Presentemente, alguns descen-dentes de judeus sefardins por-

tugueses sentem certo conforto ao descobrirem as suas raízes judaicas , mas, ao mesmo tempo, interrogam-ne sobre este dilema: “ Como posso ser judeu? Sou ca-tólico! O que, é, precisamente o contrário do que seus ante-passados expressavam quando confrontados em escolher entre o baptismo ou o martírio: “Como posso ser católico? Sou judeu!” A história dos judeus sefardins na Península Ibérica, que eles chamavam Sepharad, estende-se por 3,000 anos. Eles viviam e ne-gociavam em organizadas comu-nidades tendo Lisboa como um importante porto de comércio. Os judeus continuaram a nego-ciar durante o domínio grego e cartaginense do Mediterrâneo. A influência da sua religião, cultura e língua foi muito relevante du-rante aquele período histórico.Segundo a Sra. Rufina, já no rei-nado de D. Afonso Henriques existiam grandes comunidades hebraicas em Lisboa, Porto, San-tarém, Beja, Viseu, Faro, Évora, Covilhã e Tomar. O secretário tesoureiro de D. Afonso I era judeu, Yahya ibin Ya’ish, o qual deu início à grande preponde-rância judaica nos reinados por-tugueses. Médicos, astrónomos, cartógrafos, artifíces, comercian-tes e conselheiros, entre outros, deram grande contributo ao reino antes da sua expulsão. O Rei D. Manuel I publicou um decreto no

dia 30 de Novembro de 1496, or-denando que todos os judeus te-riam que sair de Portugal até ao mês de Outubro do ano seguinte.Este indigno acto era a condição proposta pelo rei de Espanha para que a sua filha Isabella pudesse casar com D. Manuel I. Porém, não levou muito tempo para que este monarca começasse a duvi-dar da sua decisão, pois ele bem sabia quão importante era o tra-balho exercido pelos judeus para o desenvolvimento do país e sua expulsão de certo, poderia con-tribuir para o declínio do reino, o que , infelizmente se veio a ve-rificar. O judeus sefardins portugue-ses não são descendentes dos que foram expulsos de Espanha. São, todavia, descendentes dos judeus que ficaram em Portugal, conhecidos por Cristãos Novos. Julga-se que muitos destes an-tepassados eram Marranos que praticavam, secretamente, a sua religião.Enquanto alguns nomes de ju-deus sefardins como, Machado, Teixeira, Álvares, Castro, Câma-ra, Gomes, da Silva e da Costa são portugueses, alguns peritos estão dividos quanto à sua ori-gem, pois não se sabe, ao certo, se aqueles nomes eram hebraicos e foram introduzidos no Cristia-nismo durante a conversão for-çada dos judeus, ou, se eram de origem ibérica e dados aos judeus

que foram obrigados a renunciar o Judaísmo.Muitos judeus portuguese re-fugiaram-se na Holanda e em outros paises onde, livremente, podiam praticar a sua religião. Vinte e três desses indivíduos deixaram a Holanda e rumaram até ao Novo Amesterdão, New York, onde chegaram em 1654, tendo sido os primeiros imigran-tes judeus a estabelecerem-se na América do Norte. Em New York fundaram a Sinagoga Shearith Is-rael, a primeira no Novo Mundo, e foram pioneiros na fundação do que veio a ser a maior e mais próspera comunidade judaica no mundo.A Sra. Rufina diz que, fora de Israel, o lugar onde tem encon-trado mais pessoas com “acentu-ada face semita”, é em Portugal. Quem sabe, se foi por isso, que alguém me disse um dia: “Pelo formato do seu nariz, a Marga-rida deve ser judia!” Desconheço se essas raízes, fazem parte da minha árvore genealógica, mas respeito o Judaísmo, talvez, em parte, devido a ter conhecido um simpático e carinhoso casal ju-deu americano quando cheguei ao Marin County e cuja mútua amizade durou até à morte deles.“SHALOM!”

SaudadesTraços do Quotidiano

Margarida da [email protected]

Quanto à atual sede do nosso consulado, se uma pessoa não conhece a área, fica realmente às aranhas e vai ter que dar umas voltinhas para um lado e para o outro até que encontre um local para estacionar

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10 15 de Janeiro de 2012COLABORAÇÃO

Sessão CulturalO Centro Português de Evangelização e Cultura em colaboração com o Instituto de Estudos Açor-Ame-ricanos apresentam uma sessão cultural destinada a apresentar o novo livro de Maria Fernanda Simões: Saudades dos tempos que já lá vão. Esta sessão terá lugar na quinta-feira, 26 de Janeiro, no salão paroquial de St. Aloysius, pelas 19h00 (sete da noite). Haverá a apresentação do livro, incluindo alguma poesia da autora, assim como uma pequena exposição de quadros da mesma artista. A noite ter-minará com a actuação do grupo de violas do Sau-dade do Bravo do CPEC, uma sessão de autógrafos e um café oferecido pelo Centro e o Instituto a todos os presentes.Convida-se a nossa comunidade para assistir a este sarau cultural na quinta-feira, 26 de Janeiro, na ci-

dade de Tulare. A entrada é livre e todos estão convi-dados para mais esta sessão cultural.

Reflexos do Dia–a–Dia

Diniz [email protected]

Três personalidades marcantes que nos deixaram no fim de 2011

E lá se foi o ano de 2011. Na comu-nicação social, particularmente a norte-americana ouvimos, e lemos, as lamentações de um

ano marcado pela crise económica, pelas batalhas políticas e pelos protestos mun-diais. Aliás, a revista Time, elegeu como a personagem do ano, o manifestante. É que apesar da crise que se viveu (e viver-se-á por mais algum tempo) em algumas partes do mundo, 2011 foi também um ano em que o cidadão comum teve um papel importante na história mundial. Bem haja à revista Time por eleger o manifestante como a personalidade do ano, o homem e a mulher anónima que luta por uma socie-dade, um país, uma ideia. Numa época em que muitos de nós estamos completamente apáticos e letárgicos, muito bem quieti-nhos com as nossas vidinhas, ainda bem que o mundo ainda tem esta gente, estes homens e estas mulheres que dão tudo por uma causa, que lutam pela justiça social, pela igualdade de oportunidades, pela de-mocracia, a liberdade e que ainda acredi-tam em utopias. Que seria o mundo sem o manifestante? Nem o quero imaginar. Em 2011, perdemos alguns cidadãos que marcaram este mundo, as nossas vidas e a nossa cultura de cidadãos atentos e aman-tes das artes. De todos esses que desapa-receram do rol dos vivos em 2011, gostaria de destacar, e relembrar, três personalida-des que faleceram no espaço de uma se-mana, quase mesmo no fim de 2011e que pessoalmente me marcaram: uma cantora, um escritor/politico e um escritor/activis-ta.

No sábado dia 17 de Dezembro, no hospital Batista de Sou-sa, na cidade de Mindelo, em Cabo Verde, faleceu Cesária

Évora. A divã de pés descalços, como era popularmente conhecida, tinha uma voz única e levou as mornas do seu querido Cabo Verde a todo o mundo. Nasceu a 27 de Agosto de 1941. Aos 7 anos de idade o pai faleceu. A mãe, com 10 filhos, numa ilha cheia de pobreza e desespero, ainda no tempo colonial português, teve que a colocar num orfanato. Começou a cantar com 16 anos de idade nos bares de Cabo Verde, e foi graças aos franceses que teve sucesso internacional. Em 1988 gravou, na França, o álbum La Diva Aux Pieds Nus, o qual lançou-a ao mundo. Poucos anos mais tarde, em 1995, o álbum Cesá-ria foi lançado em 12 países, trazendo-lhe fama internacional e a primeira nomeação para um Grammy. Mais tarde, no ano de 2003, com o álbum Voz D'Amor obteve o Grammy na classificação de música mun-

dial. Adorava o seu país e voltava, sempre que podia, para a sua casa, onde a família viveu, e a qual reconstruiu porque gostava de receber os seus amigos. Cesária Évora levou Cabo Verde aos pontos mais diver-sos do planeta. Dizem que actuava descal-ça porque queria representar o seu povo e as necessidades do mesmo. Tive a oportu-nidade de a ver no auditório da Universi-dade de Califórnia em Berkeley, já lá vão uns bons anos. Foi uma experiência única. Cantou e encantou uma audiência, de mais de 3 mil pessoas, quase toda americana, já que se contavam pelos dedos de uma mão os portugueses presentes. Foi um sucesso. Nem uma palavra em inglês. No intervalo, como era o seu estilo, e mesmo no mais

politico correcto do politico correcto, sen-tou-se no palco, fumou dois cigarros e to-mou o seu cognac. Levantou-se, fez uma segunda parte memorável e no fim disse meia dúzia de palavras em português. As artes da lusofonia estão mais pobres com a morte de Cesária Évora.

No dia seguinte, domingo 18 de Dezembro, faleceu um dos políticos mais distintos dos últimos anos, Václav Havel.

Filho de uma família de diplomatas, ar-quitectos e escritores, Václav Havel foi escritor, dramaturgo e preso politico du-rante vários anos. Antes de se tornar pre-sidente, o dramaturgo - um dissidente do regime comunista, na órbita de influência da antiga União Soviética - liderou a sua nação na pacífica Revolução de Veludo, de 1989. O movimento derrubou o governo comunista na Checoslováquia e, em 1993, o país foi dividido em República Checa e Eslováquia. Foi presidente da Checoslo-váquia de 1989 a 1992 e, posteriormente, da República Checa, de 1993 a 2003. Uma das figuras mais importantes na Europa no século vinte, foi como o classificou o antigo Presidente da República Portugue-sa, Mário Soares. Foi um grande defensor

do movimento de resistência não-violenta. Acreditava, veementemente nos actos de protesto, mas no protesto pacifico, sem armas. Foram vários os lideres mundiais a lamentarem a morte de Václav Havel, porém as palavras do Presidente dos EUA, Barack Obama foram marcantes, ao des-tacar que depois de muitos contratempos, Havel viveu com um espírito de esperança que ele definiu como "capacidade de tra-balhar por algo bom e não somente porque representa um oportunidade de alcançar êxito". O Presidente Obama, recordou que a resistência pacífica do dramaturgo "sa-cudiu os alicerces de um império, esteve exposto ao vazio de uma ideologia repres-siva, e demonstrou que a liderança moral

é mais poderosa do que qualquer arma". Tal como o Presidente norte americano, acredito, veementemente, que Václav Ha-vel desempenhou "um papel fundamental na Revolução de Veludo e a sua mensagem de liberdade inspirou gerações, em todo o mundo, pela autodeterminação e dignida-de". Como escritor e dramaturgo publicou 22 peças de teatro, 9 livros de crónicas e ensaios, um livro de ficção e um guião para um filme de longa metragem. Já tive o privilégio de ver duas das suas peças de teatro e de ler quatro dos seus livros de crónicas e ensaios. Um verdadeiro inte-lectual que nunca se sentiu bem na pele de político, apesar de ser um defensor de moralidade e da ética na política. Uma perda para o mundo, particularmente para a Europa, num momento em que a classe política europeia, e porque não mundial, está em maus lençóis. Aliás, não seria má ideia que os políticos lessem um pouco da sua obra, particularmente os livros: Dis-turbing the Peace (1991), The Art of the Impossible (1998)e To the Castle and Back (2007). Este último as suas memórias como Presidente da República.

Uns dias antes, precisamente no dia 15 de Dezembro, faleceu em Nova Iorque uma das vozes mais intelectuais do mundo an-

glófono, o escritor Christopher Hitchens. Nascido na Grã-Bretanha, vivia nos Esta-dos Unidos há várias décadas. Foi durante vários anos colaborador da imprensa nor-te-americana, particularmente das revis-tas The Nation e Vanity Fair. Dizia-se de Christopher Hitchens, que, ou se gostava muito dele ou se o odiava. Pessoalmente, embora nem sempre concordasse com ele, gostava imenso da sua escrita, meticulosa, audaz e irónica. É que, quer se goste ou não de Hitch (como era conhecido popu-larmente) ele era acima de tudo um exímio

construtor da palavra. As suas crónicas são das melhores na língua inglesa. A sua ironia e o seu sarcasmo de uma autêntica finura. Educado nas escolas e universi-dades mais prestigiosas do Reino Unido, Christopher Hitchens, começou a escrever para a revista New Statesman. Identifica-do como um homem da esquerda, Hitchens durante os último anos, particularmente os últimos vinte, desafiava a esquerda mais do que a direita. Foi um opositor feroz de Bill Clinton e de tudo que se relacionava com a Terceira Via (Third Way) e mais tarde, en-fureceu toda a esquerda ao alinhar-se com o Presidente George W. Bush defendendo a invasão do Iraque. Por outro lado, enfu-recia a direita, praticamente todos os dias, com as suas posições sobre as religiões. Era ateu e escreveu várias crónicas e um livro sobre o assunto. Quer se concorde ou não com Hitchens, foi uma voz importante na comunicação social americana. Nunca abdicou dos seus princípios. E numa era de populismo, e por vezes mediocridade, nunca pedia desculpa pela sua intelectua-lidade. Quer gostemos, ou não, os homens e as mulheres devem ser iguais a si pró-prios e jamais devem pedir desculpa pelo seu intelecto.

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11COLABORAÇÃO

Preços das RaçõesNova legislação procura moderação nos preços das rações

Os Representantes ao Congresso dos Estados Unidos, Jim Costa, D-Calif., e Bob Goodlatte, R-Va., introduziram uma proposta-lei para providenciar auxílio aos produtores de leite, carne e con-sumidores. Esta proposta, não partidária, liga a grande quan-tidade de milho requerido pela produção de etanol para cumprir a lei do “Renewable Fuel Stan-dard, (RFS), mandato Federal, a actualizada produção e inventa-rios de milho grão dos Estados Unidos.RFS é considerado um sucesso na redução de uma grande quantida-de na importação de petróleo de que dependemos, mas a contínua dependência no milho grão para a produção de etanol tem um enor-me impacto financeiro e é um dos factores, que tem influenciado, e de que maneira, os preços pagos pelos produtores, e consequente-mente o que o consumidor paga pelos seus alimentos.Desde a implementação da lei “Renewable Fuel Standard”, a percentagem do milho dos Esta-

dos Unidos usada para a produção de etanol tem continuado a subir. Uma estimativa de 40% da pro-ducao de 2011 está a ser enviada para as fabricas de produção des-te produto. Em 2004-2005 o ulti-mo ano de produção de milho an-tes da implementação de (RFS), apenas 12.5 % do milho foi para a produção de etanol. Este ano produtores de carne, aves e lei-te, vão usar menos 1.1 biliões de “bushels” (alqueires) de que em 2004-2005, e será o primeiro ano nos Estados Unidos em que a industria do etanol vai usar uma maior quantidade de milho grão do que as industrias de produção de carne, leite e aves.Esta nova proposta-lei, “Renewa-ble Fuel Standard Act” se aprova-da, ligará o corrente mandato sob a lei (RFS) à produção anual de milho grão.

Para determinar as exigências da nova lei, o Administrador da (EPA) Enviramental Protection Agency, revisará a produção de milho cada corrente ano, e as de-mandas dos mercados alimenta-res, determinando os padrões das exigências ambientais de acordo com a produção, o que deve acon-tecer duas vezes por ano.Pelos fins de Novembro de cada ano, a EPA fará a sua determi-nação final para o seguinte ano, usando o relatório publicado no mês anterior pelo USDA “World Agricultural Supply and Demand Estimate” para determinar a re-lação dos inventários com a de-manda alimentar e providenciar alterações no corrente mandato Federal, quando os inventários o exigirem.Esta é uma das ligações necessá-rias para proteger o consumidor, não é a primeira vez que nos refe-rimos às exigências desta lei, que não teve em conta o consumidor e a produção alimentar, além dis-so os pagadores de taxas tem até a este momento subsidiado a pro-dução do etanol.

Os preços do milho grão no “fu-tures market” subiram de $3.40

por bushel no fim de Junho, para o nível presente $6.80 com ten-dância para subir. Isto não pode ser boas notícias para a produção de carne e leite ou para o consu-midor.

Perspectivas dos precos do leite: 2011, est. $20.10-$20.20. 2012, est. descida para $18.05-$18.95, o que é superior a 2010, que foi $16.29 e muito superior a 2009, que era de $12.83, por cada 100 libras.

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Temas de Agropecuária

Egídio Almeida

[email protected]

Page 12: The Portuguese Tribune, January 15th 2012

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BENEFITS: ➢ Cash Value accumulation ➢ Discounts for early payoff ➢ Forecasting the total cost of insurance ➢ Policy Loans may be granted against the cash value (loan may not exceed 80% of available cash value) ➢ Policy may be re-instated up to 5 years from last due date (medical approval may be required) ➢ Lower Face limit amounts than “interest sensitive” products

TARGET MARKET:Excellent product for someone who wants to buy or offer insurance protection, but wants to budget and manage the cost of coverage.

20-YEAR AND 30-YEAR RETURN OF PREMIUM:Level premium plans with a fixed number of payments and fixed term. Unlike term insurance, these plans offer cash value accumulation, re-instatement options and policy loans. At the end of the 20 or 30-year term, insured will be paid the total premiums paid minus council dues and any indebtedness they may have.

BENEFITS:

➢ Lower cost than whole life plans ➢ Policy Loans may be granted against the cash value (loan may not exceed 80% of available cash value) ➢ Policy may be re-instated up to 5 years from last due date (medical approval may be required) ➢ Cash Value accumulation ➢ Forecasting the total cost of insurance ➢ Reimbursement of premiums. At the end of the Term member gets reim bursed for all premiums paid except the Council dues.

TARGET MARKET:

Young adults and families who want to buy insurance protection for a determined number of years with the assurance that at the end of the term they will get the pre-mium amount returned to them.Home buyers looking for Mortgage Insurance

COVERDELL EDUCATION IRA

➢ Coverdell (Education) IRA – great to start a college fund for children; deposits can be made until the child is 18 years of age; annual deposits up to $2,000.00; funds can be withdrawn for education tax free; funds my be transferred to another child. Minimum to open is $100.00 plus Membership dues

PORTUGUESE FRATERNAL SOCIETY OF AMERICA

1120 East 14th Street, San Leandro, CA 94577Phone: (510) 483-7676 • 1-866-687-PFSA

Fax: (510) 483-5015www.mypfsa.org

Have a rep contact you today!

1-866-687-PFSA (7372)

Or email us at

[email protected]

1-866-687-PFSA (7372)

Portuguese Fraternal Society of America

Page 13: The Portuguese Tribune, January 15th 2012

13 COMUNIDADE

O XXXVI Congresso Anual sobre Educa-ção da Luso-American Education Foun-dation terá lugar em 2012 na cidade de São José, entre os dias 19 e 22 de abril. O tema do congresso é Construindo Comu-nidade Através da Educação e Tecnolo-gia. Os eventos, que serão abertos a toda a comunidade, ocorrerão na San Jose Sta-te University, Portuguese Athletic Club e Museu Português no Kelley Park.

O programa do congresso está a ser de-senvolvido em parceria com várias insti-tuições comunitárias. Qualquer organiza-ção que queira colaborar e participar no evento é bem-vinda.

A sessão de abertura do congresso será na noite de quinta-feira, 19 de abril, no Museu Português em Kelley Park, com a apresentação de um presépio açoriano vindo expressamente das ilhas, e uma exposição sobre a caça à baleia, vinda da costa leste. Haverá música e uma receção com bebidas e aperitivos servidos a todos os presentes.

Na sexta-feira, 20 de abril, terá lugar em San Jose State University um programa especial para os jovens, durante o dia. To-dos os jovens, programas de Português e clubes portugueses de escolas secundá-rias estão convidados a participarem nos eventos desse dia (e em todos os outros, também) que incluirão muita informação universitária, visita ao campus, painel de estudantes graduados, almoço e muita ale-gria.

À noite, haverá uma sessão cultural na Bi-blioteca Martin Luther King de San Jose State com a apresentação de vários livros. Serão oferecidos doces e bebidas não alco-ólicas a todos os presentes.

No sábado, 21 de abril, terão lugar durante o dia, em San Jose State, várias sessões su-bordinadas ao tema do congresso para as quais foram convidados oradores de gran-

de qualidade e prestígio. Durante o dia, ocorrerão sessões paralelas subordinadas à temática da língua e cultura portugue-sas, a tecnologia e o ensino, e a genealogia. Haverá sessões em português e inglês. O almoço será servido na universidade . À noite haverá jantar no Portuguese Athletic Club. Durante as refeições usarão da pala-vra altas individualidades convidadas para o evento.

O Congresso terminará no domingo, 22 de abril, no PAC com uma confe-rência especial sobre As Mulheres Migrantes (en-tenda-se Imigrantes) que terá sessões de manhã e à tarde, além do almoço.

A comissão organizado-ra do XXXVI Congresso Anual Sobre Educação da LAEF em São José con-vida toda a comunidade a participar nesse evento que é para todos. Não se trata de um congresso apontado a professores. É um encontro comuni-tário em que a educação dos nossos jovens e o seu futuro, além de vários aspetos culturais, vão ser abordados de uma forma multifacetada. Façam o favor de marcar as datas nos seus calendários e não percam esta oportu-

nidade de estar presentes neste importante acontecimento. Em breve serão publici-tados mais detalhes do Congresso. Para mais informações, é favor contactar Bela Ferreira-Gonçalves, Directora Adminis-trativa, LAEF ([email protected] ou telefone 925-828-3883).

O Fenómeno da Quinzena

Já alguém teve a pachorra de ler os in-gredientes de um Steak Sauce?Penso que nunca ninguém leu. Pois aqui fica para os mais curiosos.Depois de ler esta lista da quantidade de produtos que nós ingerimos, enquanto saboreamos um bom bife, se ninguém disser um "palavrão" tem direito a ir para o céu, porque é realmente um santo.

XXXVI Congresso Anual sobre Educação da LAEF - San José - 19-22 Abril

Excursão a FátimaTour Portugal with Carlos Medeiros

Partida a 11 de Agosto de San Francisco/Boston/Terceira

Dia 14 - Visita ao Faial

Dia 16 Partida para Lisboa

Dia 17 Saída para Fátima, Batalha, Nazaré, Obidos.

Dia 18 Visita a Lisboa e ou-tras cidades em redorÀ noite Corrida de Toiros no Campo Pequeno

Dia 19 Regresso aos Açores e EUA

VER PROGRAMA COM-PLETO NA NOSSA PROXI-MA EDIÇÃO

707-338- 5977

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14 15 de Janeiro de 2012 COMUNIDADE

Jantar de Natal dos Forcados de Turlock

Realizou-se no dia 17 de Dezembro no Picadeiro dos Irmãos Martins em Hilmar, o jantar anual dos Forcados de Turlock, que juntou, além dos forcados e familias, muitos amigos. Já é tradição estes jantares de confraternização entre os verdadeiros românticos da Festa Brava.

Em cima: Justin Martins, o mais novo dos forcados do grupo agradeceu toda a ajuda e companheirismo na temporada de 2011.Esq: George Costa Jr. associou-se à festa cantando e bem alguns fados

Dia de Reis na Tertúlia de António Nunes

Missa do Galo na Igreja da Cinco ChagasO Coro de Reis da Igreja das Cinco Chagas trouxe alegria à Missa do Galo.Uma das canções do grupo tem sido sucesso no facebook e no you tube. Assim se di-vulga o bom que temos.

Na Tertúlia do António Nunes, de Merced, o maior coleccionador do mundo de chocalhos, e como é habitual, realizou-se um jantar de Reis, com a presença do Grupo de Reis da Casa dos Açores. Até houve fado com George Costa Jr, e cantoria com António Azevedo, Antonio Carvalho e Jorge Teixeira.

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15 COMUNIDADE

Passagem de Ano com muita alegria

No Newark Pavillion ao som e cantar de Gilberto Amaral dançou-se toda a noite saudando o ano de 2012.

Nas Cinco Chagas até António Reis, pároco das Cinco Chagas cantou e tocou

Sacramento, capital da California não poderia ficar atrás e no Salão do Sacramento Portu-guese Holy Spirit Society (SPHSS) dançou-se até não poder mais.

No Portuguese Athletic Club a passagem de ano foi muito concorrida e muito alegre

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16 15 de Janeiro de 2012COMUNIDADE

Comunidade em Festa

Artesia D.E.S. engalanou-se para passar a ultima noite de um ano para esquecer. O espírito dominante era mesmo fazer com que 2012 seja uma bom ano para todos

Como se pode ver nestas três fotos, a festa de passagem de ano da Irmandade do Espírito Santo de San José teve casa cheia, houve muita alegria e muita juventude.

Nas fotos da direita, e já no Vale de San Joaquin, a passagem de ano no Salão de Festas de Igreja de Nossa Senhora da Assunção em Turlock teve alegre, divertida e até serviu para se cantar o Happy Birthday ao Padre Manuel Sousa e ao Mike Silva, DJ da noite, que fizeram ambos 60 anos.

Happy Birthday para Manuel Sousa e Mike Silva

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17 PATROCINADORES

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18 15 de Janeiro de 2012COMUNIDADE

Mal se entra na Loja da Mafalda's Bridal & Tuxedo fica-nos a impressão de estarmos, não em Gilroy, mas sim num centro dos mais importantes de moda. O bom gosto, a variedade de oferta, quer para noivos quer para outras ocasiões, fazem com que esta loja possa oferecer aos seus clientes o que de mais moderno existe nos Estados Unidos.Nas fotografias desta página podem ver uma pequena amostra do mundo da moda da Mafalda.É um espavento esta loja, como diria o nosso Conselhei-ro. Vale a pena a vossa visita.

Mafalda começou o seu negócio em 1991 abrindo uma loja de alterações. Em 1994 essa loja tornou-se uma bou-tique dedicada não só a noivas como também a vesti-dos para todas as ocasiões, como graduações, passagem de ano, festas do Espirito Santo, "quinceneras" e muito mais.A loja tem centenas de vestidos à escolha e um acolhi-mento excepcional, não fosse a dona uma açoriana de gema.

O colorido dos muitos bonitos vestidos de noite, a beleza dos vestidos de noiva, os sapatos, tudo isto numa loja tão perto de si - em Gilroy.

Mafalda's Bridal & Tuxedo

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19 COLABORAÇÃO

Visite o nosso site na WebO nosso site www.socialsecurity.gov é onde você poderá obter informações importantes sobre todos os programas de Seguro Social. No nosso site, você também pode:

Preencher pedidos de benefícios;Obter o endereço do escritório local de Seguro Social;Solicitar um Social Security Statement (Extrato de Se-guro Social) ou um novo cartão da Medicare; eEncontrar cópias das nossas publicações.

Alguns destes serviços são somente disponíveis em in-glês. Para encontrar todas publicações em português, por favor visite www.socialsecurity.gov/multilanguage/ na Web e selecciona o “português”.

Contate o nosso número 1-800Além da utilização do nosso site na Web, você pode tam-bém telefonar gratuitamente para o 1-800-772-1213. Tra-tamos todas as chamadas como confidenciais. Podemos responder a perguntas concretas das 7 da manhã às 19 horas, de Segunda a Sexta-feira. Podemos providenciar serviço de intérpretes gratuitamente ao telefone ou no seu escritório local. Também damos informações através de atendimento telefónico automático, 24 horas por dia. Se você for surdo ou sofrer de dificuldades auditivas, pode contatar o nosso número TTY, 1-800-325-0778.Queremos também ter a certeza de que você beneficia de um serviço correto e atencioso. É esta a razão pela qual possuímos um segundo representante de Seguro Social que monitoriza algumas chamadas telefônicas.

Pensões de invalidezA incapacidade é algo em que a maioria das pesso-as não gosta de pensar. Mas as probabilidades de ficar incapacitado(a) são maiores do que o que pensa. Os es-tudos mostram que um trabalhador com 20 anos de idade tem uma probabilidade de 3 em 10 de ficar incapacitado antes de atingir a idade da reforma.Esta publicação fornece informações básicas sobre as pensões de invalidez do Seguro Social e não visa respon-der a todas as perguntas. Para informações específicas acerca da sua situação, deve falar com um representante do Seguro Social.Pagamos pensões de invalidez através de dois programas: o programa de seguro de incapacidade do Seguro Social e o programa de Supplemental Security Income (SSI). Esta publicação fala sobre o programa de incapacidade do Se-guro Social. Para obter mais informações sobre o progra-ma de incapacidade ao abrigo do SSI para adultos, con-sulte Supplemental Security Income (SSI) (Publicação n.º 05-11000-PE). Para obter mais informações sobre progra-mas de incapacidade para crianças, consulte a publicação Benefícios para crianças incapacitadas (Publicação n.º 05-10026-PE). As nossas publicações estão disponíveis on-line em www.socialsecurity.gov.

Quem pode receber pensões de invalidez do Seguro Social?O Seguro Social paga pensões a pessoas que não podem trabalhar devido ao facto de apresentarem uma condição clínica que se prevê prolongar-se durante pelo menos um ano ou resultar em morte. A lei federal exige esta defini-ção muito rigorosa de incapacidade. Enquanto alguns pro-gramas dão dinheiro a pessoas com incapacidade parcial ou incapacidade a curto prazo, o Seguro Social não o faz.Alguns membros da família de trabalhadores incapacita-dos também podem receber dinheiro do Seguro Social.

Como posso satisfazer o requisito de vencimen-to para receber uma pensão de invalidez?Em geral, para receber uma pensão de invalidez, tem de satisfazer dois testes diferentes de vencimento:Um teste de “trabalho recente” com base na sua idade na altura 1. em que ficou incapacitado(a); e um teste de “duração de trabalho”, para demonstrar que 2. trabalhou tempo suficiente com descontos para o Se-guro Social.Alguns trabalhadores cegos têm apenas de satisfazer o teste de “duração de trabalho”.A tabela na página 4 mostra as regras relativas a quanto tempo de trabalho necessita para o teste de “trabalho re-cente” com base na idade que tinha quando a sua incapa-cidade começou. As regras nesta tabela são baseadas no trimestre de calendário no qual adquiriu ou irá adquirir uma certa idade.Os trimestres de calendário são:Primeiro trimestre: 1 de Janeiro a 31 de MarçoSegundo trimestre: 1 de Abril a 30 de JunhoTerceiro trimestre: 1 de Julho a 30 de Setembro

Quarto trimestre: 1 de Outubro a 31 de Dezembro

Regras de trabalho necessário para o “teste de trabalho recente”:Se ficar incapacitado(a)... Precisará normalmente de:No ou antes do trimestre em que faz 24 anos de idade 1,5 ano de trabalho durante o período de três anos que ter-mina no trimestre em que a sua incapacidade começou.No trimestre após fazer 24 anos de idade, mas antes do trimestre em que faz 31 anos de idade Trabalho durante metade do tempo para o período que co-meça no trimestre após fazer 21 anos de idade e termina no trimestre em que ficou incapacitado(a). Exemplo: Se tiver ficado incapacitado(a) no trimestre em que fez 27 anos de idade, então irá precisar de três anos de trabalho no período de seis anos que termina no trimestre em que ficou incapacitado(a).No trimestre em que faz 31 anos de idade ou depois Trabalho durante cinco anos do período de dez anos que termina no trimestre em que a sua incapacidade come-çou.

A tabela seguinte apresenta exemplos de quanto tempo de trabalho necessita para satisfazer o “teste de duração de trabalho” se ficar incapacitado(a) em diferentes idades seleccionadas. Para o teste de “duração de trabalho”, o seu trabalho não recai dentro de um determinado período de tempo.OBSERVAÇÃO: Esta tabela não abrange todas as situa-ções.

Exemplos de trabalho necessário para o teste de “du-ração de trabalho”:

Se ficar incapacitado(a)... Precisará normalmente de:Antes dos 28 anos de idade - 1,5 ano de trabalho30 anos de idade 2 anos34 anos de idade 3 anos38 anos de idade 4 anos42 anos de idade 5 anos44 anos de idade 5,5 anos46 anos de idade 6 anos48 anos de idade 6,5 anos50 anos de idade 7 anos52 anos de idade 7,5 anos54 anos de idade 8 anos56 anos de idade 8,5 anos58 anos de idade 9 anos60 anos de idade 9,5 anos

TTY gratuito, 1-800-325-0778, entre as 7h00 e as 19h00 em dias úteis. Se marcar uma entrevista, ser-lhe-á remeti-do por correio um conjunto de iniciação de incapacidade. O conjunto de iniciação de incapacidade irá ajudá-lo(a) a preparar-se para a sua entrevista do pedido de incapaci-dade. Se requerer on-line, o conjunto de iniciação de in-capacidade está disponível em www.socialsecurity.gov/disability.

Quando devo requerer e de que informações necessito?Deve requerer uma pensão de invalidez assim que ficar incapacitado(a). Pode demorar bastante tempo a processar um pedido de pensões de invalidez (três a cinco meses).Ser-nos-á possível processar o seu pedido mais rapida-mente se nos fornecer informações (veja abaixo) quando requerer a benefícios, e se preencher o Disability Report (Relatório de Incapacidade). Pode preencher o Relatório de Incapacidade on-line em www.socialsecurity.gov/disability/3368. Também pode imprimir o Relatório de Incapacidade, preenchê-lo e remetê-lo para os seus servi-ços locais do Seguro Social. Poderemos processar o seu pedido mais rapidamente se nos ajudar a obter quaisquer outras informações de que necessitemos.As informações de que necessitamos incluem:O seu número de Seguro Social;A sua certidão de nascimento ou de baptismo;Nomes, endereços e números de telefone dos médicos, as-sistentes sociais, hospitais e clínicas que cuidaram de si e datas das suas consultas;Denominações e dosagens de todos os medicamentos que toma;Registos médicos dos seus médicos, terapeutas, hospitais, clínicos e assistentes sociais que já tenha em seu poder;Resultados laboratoriais e de exames;Um resumo de onde trabalhou e que tipo de trabalho re-alizou; eUma cópia do seu formulário W-2 mais recente (Declara-ção de vencimentos e impostos) ou, se trabalhar por conta própria, da sua declaração federal de vencimentos do ano passado.

Quem decide se sou incapacitado(a)?Iremos analisar o seu pedido para garantirmos que sa-tisfaz alguns requisitos básicos para receber uma pensão de invalidez. Iremos verificar se trabalhou durante anos suficientes para se qualificar. Além disso, iremos avaliar quaisquer actividades de trabalho actuais. Se satisfizer estes requisitos, iremos enviar o seu pedido para o gabi-nete dos Serviços de Determinação de Incapacidade do seu estado.Esta agência estatal pronuncia a decisão de incapacidade em nosso nome. Os médicos e os especialistas em incapa-cidade na agência estatal solicitam informações aos seus médicos sobre a sua condição. Os mesmos irão considerar todos os factos no seu caso. Eles irão utilizar as provas clínicas dos seus médicos e hospitais, clínicas ou institui-ções onde foi tratado(a) e quaisquer outras informações. Eles irão perguntar aos seus médicos:Qual é a sua condição clínica;Quando começou a sua condição clínica;De que forma a sua condição clínica limita as suas acti-vidades;O que demonstraram os testes clínicos; eQue tratamentos recebeu.Também irão pedir aos médicos informações sobre a sua capacidade para realizar actividades relacionadas com o trabalho, como andar, sentar-se, levantar-se, transportar pesos e lembrar-se de instruções. Não é pedido aos seus médicos que decidam se é incapacitado(a).Os funcionários da agência estatal podem necessitar de mais informações clínicas antes de poderem decidir se é incapacitado(a). Se não estiverem disponíveis mais infor-mações pelas suas fonte, um exame especial. Preferimos pedir ao seu próprio médico, mas por vezes o exame pode ter de ser realizado por outra pessoa. O Seguro Social as-sumirá os encargos do exame e algumas das despesas de deslocação.

Como tomamos a decisãoUtilizamos um processo com cinco passos para decidir se é incapacitado(a).1. Está a trabalhar?Se estiver a trabalhar e a média dos seus vencimentos for superior a um determinado montante a cada mês, geral-mente não o(a) iremos considerar incapacitado(a). O mon-tante muda a cada ano. Para o valor actual, consulte a Ac-tualização anual (Publicação n.º 05-10003-PE).Se não estiver a trabalhar, ou se a média dos seus venci-mentos mensais for igual ou inferior ao montante actual, a agência estatal tem então em consideração a sua condição médica.2. A sua condição médica é “grave”?Para que a agência estatal decida que é incapacitado(a), a sua condição médica tem de limitar significativamente a sua capacidade de realizar actividades profissionais bási-cas — como andar, sentar-se e lembrar-se — durante pelo menos um ano. Se a sua condição médica não for grave, a agência estatal não irá considerá-lo(a) incapacitado(a). Se a sua condição for grave, a agência estatal avança para o passo três.3. A sua condição médica está na Lista de Incapaci-dades?A agência estatal possui uma Lista de Incapacidades (List of Impairments), que descreve condições médicas que são consideradas tão graves que significam automaticamen-te que é incapacitado(a), conforme definido pela lei. Se a sua condição (ou combinação de condições clínicas) não constar desta lista, a agência estatal procura ver se a sua condição é tão grave como uma condição constante da lis-ta. Se a gravidade da sua condição clínica for idêntica ou equivalente a uma incapacidade indicada, a agência esta-tal irá decidir que é incapacitado(a). Se tal não acontecer, a agência estatal avança para o passo quatro.4. É capaz de realizar o trabalho que fazia anterior-mente?Neste passo, a agência estatal decide se a sua condição clínica o(a) impede de ser capaz de realizar o trabalho que fazia anteriormente. Se a mesma não o impedir, a agência estatal irá decidir que não é incapacitado(a). Se o impedir, a agência estatal avança para o passo cinco.5. Pode realizar qualquer outro tipo de trabalho?Se não puder realizar o trabalho que fazia anteriormente, a agência estatal procura ver se seria capaz de realizar outro trabalho. A mesma avalia a sua condição clínica, a sua idade, educação, experiência profissional anterior e outras competências que possa ter e que possam ser utilizadas para realizar outro trabalho. Se não puder re-alizar outro trabalho, a agência estatal irá decidir que é incapacitado(a). Se puder realizar outro trabalho, a agên-cia estatal irá decidir que não é incapacitado(a).

Informações importantes sobre o Social Security

Pergunte a JuditeJudite [email protected]

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20 15 de Janeiro de 2012

Adelina e Francisco Diniz 50 anos de matrimónio

Realizou-se no dia 3 de Dezembro de 2011 no Rose Room do Kings Fair Grounds em Hanford, as celebrações dos 50 anos de matrimónio do casal Adelina e Francisco Diniz, que estiveram acompanhados pela familia e muitos amigos.

Frank Borba Júnior comemorou 60 anos

Realizou-se no Salão da Banda Portuguesa de Escalon uma festa-surpresa de aniversário de Frank Borba Junior, que fazia 60 anos de idade.O salão encheu-se de muitos amigos e familiares que quiseram estar presentes e cantar os parabéns ao Franquinho, como é mais comhecido.Frank Borba Junior é o filho mais velho do falecido e saudoso ganadero Frank Borba.

COMUNIDADE

Matança da Casa dos Açores

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21 DESPORTO

LIGA ZON Benfica em primeiro lugar

Sporting 0 Porto 0O FC Porto isolou-se provisoriamen-te na liderança da Liga portuguesa mercê do empate 0-0 frente ao Spor-ting no Estádio José Alvalade e igualou o recorde do clube de 53 jogos segui-dos sem perder na prova (45 triunfos e oito empates).A jogar no no mes-mo palco diante da equipa que precisa-mente lhe infligiu a última derrota (3-0 a 28 de Fevereiro de 2010), o nulo na 14ª jornada, ainda assim, fez o FC Por-to igualar a marca conse-guida entre 23 de Outubro de 1994 e 23 de Março de 1996, quando o treinador dos "dragões" era o inglês Bobby Robson, registo que tentará bater quando receber o aflito Rio Ave na próxima ronda. No en-tanto, dista ainda três de-safios do máximo nacional fixado pelo Benfica entre 24 de Outubro de 1976 a 28 de Agosto de 1978, na altura treinado por John Mortimore, compatriota de Robson.No que respeita ao encon-tro, Domingos Paciência surpreendeu ao apostar no jovem Renato Neto a titular – médio brasileiro, de 20 anos, resgatado há

poucos dias aos belgas do Cercle Brugge KSV após empréstimo de ano e meio – e viu a sua equipa dispor da melhor oportunidade da etapa inicial, aos 28 minutos. Após um canto da direita apontado por Stjin Schaars, o capitão dos "leões", Anderson Pol-ga, rematou de cabeça e viu o guarda-redes Helton negar-lhe o primeiro golo no campeonato em 211 jo-gos pelo Sporting.A segunda parte revelou-se mais emotiva e João Moutinho deu o mote num livre directo defendido com segurança por Rui Patrício dois minutos de-pois do reatamento, antes do guarda-redes do Spor-

ting voltar a defender a tentativa de Hulk, aos 57. O extremo brasileiro dos "dragões" chegou mes-mo a introduzir a bola na baliza adversária aos 73 minutos, quando Cristi-án Rodríguez tirou a bola a João Pereira e isolou o avançado, mas o árbitro assinalou fora-de-jogo.Pouco depois, Helton conseguiu anular o ligei-ro desvio de Ricky van Wolfswinkel (76) e, pou-co depois, aos 83, Álvaro Pereira interceptou prati-camente em cima da linha de baliza o remate ataba-lhoado de Marat Izmailov no limite da pequena área, após assistência de Matías Fernández.

Finalmente, nos descontos o FC Porto esteve perto de marcar, quando Steven Defour cruzou da esquer-da e o pontapé de primeira de James Rodríguez, no coração da área, acertou em cheio em Nicolás Ota-mendi.O FC Porto soma agora 34 pontos e pode ser ultrapas-sado pelo Benfica no topo, isto se os "encarnados" vencerem fora a União de Leiria, no domingo, enquanto o Sporting man-tém-se a seis pontos dos "dragões" após ter conse-guido somente um triunfo nos últimos quatro jogos no campeonato.

in uefa.com

Liga Zon Sagres J V E D P1Benfica 14 11 3 0 362FCPorto 14 10 4 0 343Sporting 14 8 4 2 284SCBraga 14 8 4 2 285Marítimo 14 7 4 3 256Académica 14 5 3 6 187V. Guimarães 14 5 2 7 178Beira-Mar 14 4 4 6 169GilVicente 14 3 6 5 1510Nacional 14 4 3 7 1511Olhanense 14 3 5 6 1412Rio Ave 14 4 2 8 1413Feirense 14 3 5 6 1414V. Setúbal 14 3 5 6 1415UD Leiria 14 4 0 10 1216P. Ferreira 14 2 2 10 8

Liga Orangina J V E D P1Estoril 14 7 5 2 262Moreirense 14 7 3 4 243Desp. Aves 14 6 5 3 234Leixões 14 7 2 5 235Atlético 14 6 5 3 236Oliveirense 14 5 5 4 207Naval 14 5 5 4 208Sp. Covilhã 14 5 4 5 199Santa Clara 14 5 3 6 1810Arouca 14 3 8 3 1711Penafiel 14 4 5 5 1712Trofense 14 4 4 6 1613Freamunde 14 3 6 5 1514Belenenses 14 3 5 6 1415U. Madeira 14 3 4 7 1316Portimonense 14 3 3 8 12

II - Zona Norte J V E D P1Varzim 14 9 3 2 302Ribeira Brava 14 8 3 3 273Tirsense 14 6 5 3 234Mirandela 14 6 4 4 225Limianos 14 6 4 4 226Desp. Chaves 14 5 5 4 207Mac. Cavaleiros 14 5 5 4 208AD Fafe 14 6 2 6 209Vizela 14 5 5 4 2010Famalicão 14 5 4 5 1911Camacha 14 5 4 5 1912Ribeirão 14 4 6 4 1813Marítimo B 14 4 6 41 1814Lousada 14 4 4 6 1615Merelinense 14 0 4 10 416AD Oliveirense14 0 4 10 4

II - Zona Sul J V E D P1Oriental 14 9 3 2 302Torreense 14 8 4 2 283Carregado 14 7 4 3 254Pinhalnovense 14 8 1 5 255Fátima 14 7 3 4 246Est.Vendas Novas14 7 3 4 247Louletano 14 6 4 4 228Sertanense 14 6 3 5 219Mafra 14 4 7 3 19101º Dezembro 14 4 4 6 1611Moura 14 4 3 7 1512Tourizense 14 3 5 6 1413At. Reguengos 14 3 4 7 1314Monsanto 14 2 6 6 1215Juv. Évora 14 3 2 9 1116Caldas 14 2 2 1 8

III Divisão - Açores J V E D P1Lusitânia 11 7 3 1 242Santiago 12 7 3 2 243Praiense 11 7 1 3 224Prainha 11 4 4 3 165Boavista S. Mateus11 3 6 2 156Guadalupe 12 4 2 6 147Sp. Ideal 11 2 7 2 138U. Micaelense 12 2 5 5 119Fayal 12 2 4 6 1010Águia 11 0 3 8 3

O Benfica ultrapassou o FC Porto e isolou-se no topo da Liga portugue-sa ao bater fora a União de Leiria, por 4-0.Em igualdade com os "dragões" des-de a quinta jornada, o Benfica apro-veitou o empate a zero dos "dragões" no terreno do Sporting, no sábado, para chegar pela primeira vez ao topo da classificação à 14ª ronda, dois pontos à frente do adversário e com oito de vantagem sobre o Spor-ting.O Leiria dispôs da primeira oca-sião de perigo na Marinha Gran-de, aos sete minutos, quando Jorge Djaniny desviou a bola do guarda-redes Artur Moraes e Maxi Pereira conseguiu anular, em cima da linha de golo, a fraca tentativa do jovem cabo-verdiano de 20 anos. Só que na resposta, três minutos depois, o Benfica inaugurou o marcador num excelente remate cruzado de Bruno César, de fora da área, com o pé es-querdo.Aos 23 minutos, isolado por Óscar Cardozo, Rodrigo não conseguiu bater Eduardo Gottardi e, antes do intervalo, o guarda-redes do Leiria voltou a mostrar-se atento aos pon-tapés de Cardozo e Emerson.Depois de não ter conseguido emen-dar com êxito, à boca da baliza, uma defesa de Gottardi a remate de Ro-

drigo, Cardozo redimiu-se e aumen-tou a diferença três minutos após o reatamento, igualando Baba Diawa-ra (Marítimo) no topo dos melhores marcadores, com nove tentos.Lançado pelo avançado espanhol, o ponta-de-lança do Paraguai desferiu um potente pontapé na passada, com o pé esquerdo e ainda fora da área, ao ângulo da baliza da formação da cidade do rio Lis, agora penúltima classificada, antes de Rodrigo bisar aos 73 e 76 minutos.Em Barcelos, o Nacional, sem ven-cer há quatro jornadas, averbou a primeira vitória fora da temporada ao bater o Gil Vicente por 3-0, golos de Danielson (1), Mário Rondon (6) e Dejan Školnik (83), numa partida em que o gilista Rodrigo Galo foi

expulso a meio da segunda parte.De resto, o Marítimo, outra equipa da Madeira, ganhou 2-1 ao Olhanen-se e igualou o Sp. Braga no quarto lugar da classificação, enquanto numa partida entre os dois últimos da tabela o Rio Ave afundou o Pa-ços de Ferreira na cauda do pelotão, ao ganhar por 1-0 em Vila do Conde graças a um penalty apontado por João Tomás (32).A fechar o domingo, o Guimarães ascendeu ao sétimo lugar ao derrotar o Feirense, por 1-0. Marcelo Tosca-no assinou o único tento do encontro realizado no Minho, mas a ronda fe-cha na segunda-feira com a desloca-ção do Sp. Braga (4º) ao terreno do Beira-Mar.

in uefa.com

Benfica 4 Leiria 0

Messi ganha Bola de OuroLionel Messi, avançado do FC Barcelona, foi distinguido com a Bola de Ouro FIFA pelo terceiro ano consecutivo.O internacional argentino, que havia já vencido a edição inaugural do pré-mio de Jogador do Ano da UEFA, referente à temporada 2010/11, e que venceu também o prémio de Melhor Jogador do Ano FIFA e Bola de Ouro em 2009, distinções agora fundidas numa só, afirmou, após receber o troféu das mãos do antigo internacional brasileiro Ronaldo: "É um enorme prazer voltar a receber este prémio."

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22 15 de Janeiro de 2012TAUROMAQUIA

Quarto Tércio

José Á[email protected]

Esta é a razão porque a Festa Brava nunca acabará na California

II FÓRUM DA CULTURA TAURINA

A Ilha Terceira aco-lhe o II Fórum Mun-dial da Cultura Tau-rina entre os dias 25 e 28 de Janeiro.À semelhança da primeira edição, que decorreu em Janeiro de 2009, cabe à Tertúlia Tauromá-quica Terceirense (TTT) a organização do evento, sen-do que os trabalhos irão arrancar no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo (CCCAH), dia 26, com sessão de abertura, pelas 9h30, seguindo-se uma mesa redonda sobre Informação Taurina no Mun-do, e, às 12h30, a conferência “Intelectuais que escre-veram sobre Toiros”, proferida pelo professor catedrá-tico Alejandro Pizarroso.A partir das 16h00, a temática será a Internet e Aficio-nados em formato mesa redonda, à qual se seguirá a projecção de filme.Já no dia 27 de Janeiro, os trabalhos prosseguirão no auditório do Ramo Grande, na Praia da Vitória, com início previsto às 10h00, com a conferência “Obra Jor-nalística de Sãnchez Mejías” - Juan Carlos Gil. Mais tarde, às 11h30 as atenções estarão focadas no tema Toureiros / Ganaderos Comentadores de Corridas; e, depois do almoço, às 15h30, a Linguagem e Mensagem da Informação Taurina no Séc. XXI está no centro do debate.Não menos importante será a conferência “Situação dos Toiros no Equador” - Santiago Aguilar, às 17h30.Os trabalhos do dia 28 irão regressar ao CCCAH, às 9h30, com os assuntos Marketing e Promoção; e Artis-tas e Tauromaquia.O evento terminará com a realização de Tenta Pública, na Praça de Toiros Ilha Terceira, às 17h30.

in auniao.pt

Estas fotos de Jorge Avila "Yauca", têm alguns anos. Estes jovens hoje já são mais crescidos, mas con-tinuam a ter as mesmas atitudes em relação a uma festa que gostam - a festa dos toiros.Esta é a razão que a fes-ta brava irá continuar por muitos anos nesta dourada California, a não ser que alguns adultos a queiram estragar.

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23TAUROMAQUIA

O melhor de uma Feira é esperar por ela...A Feira Taurina de Thornton fecha a temporada, por isso temos de esperar por ela 10 meses. Quando ela chega é importante gozá-la de minuto a minuto, porque, depois do cornetim tocar para sair o primei-ro toiro, tudo se acaba em duas horas e meia.Se na Corrida de Sábado estamos ainda no auge da festa de Thornton, própriamente dita, já na Segunda-feira as coisas são diferentes. Na generalidade temos 3 ou 4 "tascas" com o melhor que se pode comer. E o importante é que estas três tascas servem comida gratui-tamente aos amigos. Os inimigos das tascas para lá não se chegam, por isso estamos muito à vontade. Se continuarmos neste ritmo de grandes comilhanças, vamos propor um concurso de culinária para esse dia, tal é a categoria dos pratos apresentados - desde alcatra, mexilhão, coelho, galinha, bifanas, torresmos, sardinhas, bom vinho, etc.. Só visto. Mas uma certeza temos - se a corrida não correr bem, no fim da mesma voltamos à tasca. Convém ter sempre um "designa-ted driver".

Em cima: a tasca da Área da BaíaEsquerda: a tasca da Àrea de RiverdaleEmbaixo: a tasca do Vale de San Joaquin

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24 15 de Janeiro de 2012PATROCINADORES

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26 15 de Janeiro de 2012ARTES & LETRAS

Deka Purim, pura poesia

Brasileira, natural de Curitiba, a viver nos Açores, depois de ter trabalhado 12 anos no Canadá. Deka Purim, 48 anos, acaba de lançar o seu primeiro livro de poemas: Rio Virando Mar. O JL conversou com a autora

Às vezes, o poema surge a meio da noite, no escuro. Acende a luz. Levanta-se, corre para encontrar um dos seus muitos "pape-linhos" e escreve. De um jorro. Apaga a luz. E, se a poesia deixar, talvez volte a adormecer. Para a brasileira Deka Purim, 48 anos, os versos estão em todos os luga-res e podem chegar a qualquer hora. "Bas-ta estar atenta", diz ao JL, a propósito da recente publicação do seu primeiro livro Rio Virando Mar, uma edição do Instituto Açoriano de Cultura (71 pp, 10 euros).A viver no concelho de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, nos Açores (ver caixa) e a trabalhar na freguesia da Praia - são cerca de 25 quilómetros de distância - a autora há muito que desistiu de fazer a viagem pela via rápida que une os dois lu-gares: "Prefiro a estrada nacional porque preciso de ver os lavradores, as velhotas a irem buscar os netos à escola. Preciso de 'xingar' o homem do trator que para no meio do caminho. Para mim, é material de escrita, é pura poesia".Os versos sempre estiveram presentes na sua vida. Sobretudo os da Música Popu-lar Brasileira (MPB) que, na sua Curitiba natal, chegou mesmo a interpretar, cantan-do num barzinho. "Sem me dar conta fui criada num mundo de poesia através da MPB. Nos anos 60, quando eu era adoles-cente, os Beatles estavam no auge, mas eu sempre fui Chico Buarque, Vinicius, Tom Jobim... Eles trouxeram respostas para os meus problemas e inquietações e confir-

maram muito do que eu sentia", revela.Até agora, nunca tinha "ousado" escrever: "Estive sempre caladinha, a ouvir. Nem para ler em voz alta eu tinha coragem". Foi depois de ter vivido "um período de depressão, um pouco atrapalhado" que os poemas começaram, como diz, "a pin-gar". E explica-o em Casa: "O meu quar-to/ Tem goteira/ Pinga poema/ A noite inteira.// Acordo húmida/ Derramando." A depuração e a simplicidade são dois dos traços da sua escrita: "Vou podando cada verso até estar 'no ponto'. Ao longo dos anos, tenho vindo a despir-me de mui-

tos acessórios que acabam por se tornar pesados. A minha vida é cada vez mais simples e isso dá-me uma liberdade muito grande. Também para escrever". Tem em Adélia Prado uma das suas referências e foge "como o diabo da cruz" das palavras "complicadas, melequentas, rendilhadas que afastam os leitores". Porque Deka Pu-rim só quer aproximar-se, sobretudo dos jovens. E brinca dizendo: "A minha poesia é muito prática. Pode-se mesmo enviar por sms". Com a depressão - completamente ultrapassada: "Sou uma pessoa tão feliz que às vezes nem sei onde colocar a mi-nha alegria" - houve momentos bastante difíceis e os versos ajudaram-na muito.

"Consegui resolver questões pesadíssimas para mim, como a religião, ou a relação com a minha mãe. Fui educada na Igreja Baptista, muito austera, em que tudo era pecado. Escrever ajudou-me a encontrar contrapontos para a alegria, para o amor. Quando vejo as palavras tatuadas no papel sinto, ao mesmo tempo, um grande alívio e um enorme prazer. Mesmo quando dói". Em Poeta, Deka Purim parece dizer tudo:

"Ser poeta é/ quase/ quase/ dei-xar de Ser.// É se diluir/ pra per-tencer.// É o gozo do/ aperto do leito/ das palavras/ das grafias/ e do divino ritmo.// Ser poeta é/ Ser Rio/ virando Mar".

Dar e ter voz

Em miúda sonhava ser jorna-lista, repórter: "Queria ser a voz dos que não têm voz". Mas, depressa se apercebeu que não iria ter a liberdade que deseja-va. "Na altura do vestibular tive algum contacto com pessoal li-

gado ao jornalismo e percebi que eles só escreviam o que o patrão deixava, além de terem uma situação profissional muito pouco segura", recorda. Nascida em Curi-tiba, capital do estado do Paraná, Brasil, em 1962, Deka Purim, teve uma educação austera, baseada nos valores da Igreja Bap-tista - "muito puritana e hipócrita", diz. Na família do pai havia "adoração pelos gene-rais da ditadura" e na da mãe, de origem italiana, uma "excessiva reverência à non-na". "Hoje em dia, a minha família seria considerada disfuncional", remata. Ainda assim, foi com o pai que aprendeu que

uma fuga possível era a leitura, e assim soube "que depois da cerca do galinheiro, havia mais mundo".Desiludida com o jornalismo, Deka Purim virou-se para a Assistência Social - "Para ajudar outros a terem voz" - estudando na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Curitiba. Pouco depois - sem ter entre-gue a monografia, e portanto, sem termi-nar a licenciatura -, teve a oportunidade de ir para Montreal, no Canadá. Foi. Casou então pela primeira vez e teve um filho, Rodrigo. Mas, passado um ano e meio, separou-se. Sozinha, com uma criança a cargo, foi "uma verdadeira emigrante", trabalhando nas limpezas. Por essa altu-

ra, numa festa em casa de uma amiga, conheceu o seu "portu-ga", Marcolino Candeias, que então era leitor de português na universidade. Uma ligação, no mínimo, invulgar: "O meu ma-rido teve a coragem de me ver, de perceber quem eu era. Esta-mos juntos há 22 anos. Tivemos uma filha, Maïthé. Nunca mais nos largamos". Depois de 12 anos no Canadá - "A oportunidade de aprender bem outra língua fez com que o meu amor às palavras cres-cesse", afirma -, Deka Purim

chegou aos Açores, em 1997. Sentiu-se em casa. Na Universidade dos Açores tratou do processo de equivalências para obter a sua licenciatura, fazendo mais tarde uma pós-graduação em Ciências Sociais e Po-líticas Sociais e Envelhecimento. Hoje tra-balha como assistente social na Direção Regional de Prevenção e Combate às De-pendências. E será que vai voltar a editar? "Tenho que juntar os meus papelinhos es-palhados por todo o lado", responde, en-tre risos. Aí estará, certamente, um novo livro de poemas.

Francisca Cunha RêgoJL, 30 de novembro a 13 de dezembro de

2011 p. 11

Feliz Ano Novo. Cá estamos em 2012. Cá estamos com os nossos votos since-ros que este seja o melhor de todos os anos. Cá estamos com a promessa de continuarmos a trabalhar para através das artes abraçar-mos a açorianidade nas suas múltiplas vertentes, dentro e fora do arquipélago. Daí que esta pri-meira edição de 2012 apresenta-nos uma nova autora. Já aqui falámos da poesia de Deka Purim, quando teve a amabilidade de partilhar, antes da sua publicação, alguns dos seus poemas com os leitores da Maré Cheia. Po-rém, o seu livro acaba de ser apresen-tado nos Açores e cá estamos com al-guns textos originalmente publicados no prestigioso Jornal de Letras. No Verão de 2008, publicámos, alguns dos seus poemas. Eis, alguns excertos do que então escrevi."... Ao longo dos últimos meses a Deka tem-se dedicado à poesia. E que poemas ela tem escrito! É que tal como escreveu Robert Frost: escrever um poema é uma descoberta. E esta descoberta da Deka é um bem para a cultura, uma dádiva à arte. Frost que também escreveu que cada poema, co-meça como um nó na garganta...Todos os poemas estão repletos dum imagi-nário onde a vida é celebrada sem os fantasmas, e as falsas mitologias, aos quais os seres humanos gostam de se aprisionar. São poemas de uma mu-lher livre, fixa apenas aos sentimentos mais nobres que se pode cultivar: o amor e a justiça. Leiam a poesia da Deka e vivam o poder das palavras, a liberdade da poesia. Vivam o que Emily Dickin-son escreveu algures: a poesia não é meramente libertar uma emoção, mas escapar-se dela. Não é a expressão duma personalidade, mas livrar-se da personalidade. Porém, só as pessoas com emoção e com personalidade sa-berão o que é libertar-se delas. Porque a poesia é, indubitavelmen-te, as palavras no seu mais refinado e poderoso sentido, os poemas da Deka são preciosidades que oferecemos aos leitores desta Maré-Cheia."

Diniz [email protected]

Apenas Duas Palavras

Page 27: The Portuguese Tribune, January 15th 2012

27 RECORDAÇÃO

Tudo à cabeça, como nos disse Julia Rose

Há um ano atrás, quando entrevistámos Julia Rose, de 109 anos, residente em Santa Cruz, e perguntámos como era o Pico no seu tempo de jovem ela respondeu: "Eu sofri bastante no Pico. Acartava tudo á cabeça, "oh gosh" (perdeu-se em risos). Tudo era acar-tado à cabeça - madeira, inhames, fetos. "Everything era na cabeça" (mais risos)."Aqui estão as provas do que a nossa amiga Juia Rose queria dizer. Era mesmo duro.

Page 28: The Portuguese Tribune, January 15th 2012

28 15 de Janeiro de 2012ENGLISH SECTION

Page 29: The Portuguese Tribune, January 15th 2012

29 ENGLISH SECTION

POLITICIAN OF THE YEAR

David Valadão (R-Hanford) started his tenure as an assemblyman at the California State Assembly in January 2011. He is al-ready being pursued by his political party to run for the US House of Representatives and already has a Facebook page citing his intentions to run and move from Sacra-mento to Washington, DC this year.Honorable mentions go to US Congress-men Jim Costa (D-Fresno), who was nar-rowly reelected in November 2010, Dennis Cardoza (D-Merced) who announced he will not seek reelection this year, both con-tinued to be ranking members in the House of Representatives for the Democratic Par-ty, and Devin Nunes (R-Hanford) who has big aspirations and was named as TIME magazine’s “40 Under 40,” the top 40 civic leaders under age 40. Pedro Ribeiro was chosen as communi-cations director for the Mayor of Wash-ington, DC, Vincent Gray, a difficult job having in mind that the mayor is facing a recall campaign and one of the council members, Harry Thomas, Jr., just resigned and pleaded guilty to stealing $353,000. Ribeiro previously served on US Con-gresswoman Zoe Lofgren’s deputy chief of staff. Portuguese-American national organiza-tions PALCUS and NOPA continue to represent the interests of the community before elected officials in Washington, DC.

RELIGIOUS OF THE YEAR

Last year’s Religious of the Year, the Irmãs

Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada

Conceição who celebrated their 50 years of serving the local community, had an-other reason to celebrate in 2011. Their founder, Irmã Maria Clara was beatified,

the first step recognized by the Vatican be-fore sainthood.Honorary mentions go to Monsignor My-ron Cotta who served as interim Bishop of Fresno, Monsignor Patrick Browne who is serving as administrator at Five Wounds Portuguese National Church for bringing some needed leadership in the almost centennial parish, Victor Ribeiro who celebrated 25 years as a deacon, and João Fontes Sousa for his ordination as deacon.

ARTIST OF THE YEAR

Sebastian Michael Mendes is as pas-sionate about art as he is about promoting the legacy of his grandfather, Portuguese diplomat Aristides de Sousa Mendes. He is an associate professor of studio and contemporary art at Western Washington University in Bellingham, WA, hosts a weekly radio program “Yellow Radio” on new and unusual music and sound art, and is a working artist who in 2011 exhibited his artwork entitled “There is a Mirror in My Heart: Reflections on a Righteous Grandfather” at the Yeshiva University Museum in New York City. In 2010, one of his works (pictured) was exhibited at the Consulate of Portugal in San Francisco for the 70th anniversary of Sousa Mendes’ Act of Conscience. Born and raised in San

Francisco, Mendes studied art at St. Martin’s School of Art in London, Stanford University, and the Univer-

sity of California, Santa Cruz.

MUSICIAN OF THE YEAR

The Portuguese Band of San José, cur-rently the oldest Portuguese band in Cali-fornia, celebrated its 40th anniversary this year.The young maestros and musicians of our marching bands are an example of traditions that will persevere as demon-strated when the 14 bands from California marched down Lafayette Street in Santa Clara at the 8th Annual Festival of the Bands.Honorary mention goes to the Encontro de Improvisadores that took place in Hilmar.

BEST IMAGE OF THE COMMUNITY IN PORTUGAL

The Consulate of Portugal-led organiz-ing committee for the Presidential visit showed that even with only a few weeks’ notice, the community can serve host to a Head of State.Forcados Amadores de Turlock per-formed in three corridas de touros in Por-tugal over a period of four days, at Por-tugal’s cathedral of bullfighting, Campo Pequeno Bullring for the second year in a row, and in Tomar and Monte Gordo. And after a 14-hour flight, the group performed in Laton, CA.Donya Oliveira, of Turlock, played for the Portuguese National Team. A young talented soccer player, Donya studies and plays soccer at California State University, Fullerton.

REVELATIONS OF THE YEAR

The community is proud to have new tal-ents among its ranks. Erik Avis Carvalho received his doctorate in physical therapy from Duke University, Silvana Raposo was deployed to Afghanistan as part of the US Air Force mission, Andreia Sales donated her long hair to young cancer pa-

tients, Conjunto de Fado Os Rouxinóis and singers Carmencita and Natália Rosa for making fado cool to the younger generations, Steven Nascimento who was promoted to deputy district director for US Congressman Dennis Cardoza, John Cabral, new US Postmaster in Newman, among many others.

“MISSED OPPORTUNITIES” OF THE YEAR

With a full house and visiting dignitaries including the President of Portugal and the Ambassador of Portugal in Washington, DC, an opportunity was missed by the pre-siding priest of showcasing the historical importance of the Five Wounds Portu-guese National Parish.Also during the Presidential visit, an op-portunity was missed to honor communi-ty leaders who are sometimes forgotten. Enough said...While parishioners were focused on get-ting rid of a pastor, they lost over one year that could have been used to establish working groups or committees to envi-sion the future of the Five Wounds Por-tuguese National Parish. And there went another pastor, the fifth in nine years. The new year now seems to bring new hope for community involvement. Let’s not waste another opportunity.How do we have a voice in the political process when only 30 voters voiced their opinion in the Portuguese presidential election and only 211 are actually regis-tered to vote amongst all Portuguese citi-zens residents in the 13 western states of the US. Should we even continue to be al-lowed to vote?

CALL TO ACTION FOR 2012

In our last edition of 2011, we published a financial analysis with the option of mov-ing the Consulate of Portugal to San José. Well worth a look especially for the finan-cially-strapped Government of Portugal.

THE BEST OF 2011

2011 IN MEMORIAMConnie Cardoso, 1954-2010Jesuina do Coração de Jesus Melo Soares, 1913-2010Humberto Francisco Fagundes, 1942-2011Margie (Margaret) Silveira, 1957-2011Derek Steven Rocha, 1980-2011João Brum, 1938-2011, Portuguese Tribune founderLuis Freitas Reis, 1940-2011Mary Rosa Giglitto, 1938-2011Vielmino Simões, 1960-2011José de Sousa Melo, 1933-2011Serafim V. Costa, ...-2011Nazaré Sousa Ataíde, 1946-2011Mário da Costa Machado, 1919-2011Mário Freire, 1929-2011António (Tony) Duarte, 1965-2011António Goulart Bernardo, 1948-2011Francisco Coelho Costa, 1923-2011António Silveira Vargas, 1919-2011Alberto Lemos, 1922-2011Frank R. Dias, 1926-2011Maria Freitas Avis, 1913-2011Manuel C. Capela, 1936-2011Manuel de Serpa, ...-2011Emília Gonçalves Brasil, 1913-2011Maria Germina Martins, 1918-2011Robert Howard, 1962-2011Ana-Maria Dias, 1961-2011Samantha Dias Howard, 2000-2011Veronica Dias Howard, 2002-2011Deolinda Fontes de Sousa, 1923-2011Laureano Silveira Rodrigues, 1940-2011Manuel Lemos, 1943-2011Maria Adelaide Soares, 1924-2011Urbino de San-Payo, 1933-2011Maria da Glória Vargas, 1926-2011Guiomar Pires Santos, 1935-2011Mary L. Bettencourt, 1911-2011Steve Jobs, 1955-2011

And many other friends and relatives...May their souls rest in peace!

Sebastian Mendes is the 2011 Artist of the Year; his work represents 1,000 signatures

of those rescued by his grandfather

Ideiafix

Miguel Valle Á[email protected]

Denmark Strait. 10,058 meters of alti-tude. A Scotch whiskey on hand with just two small cubes of ice. Reykjavik is already behind me and the snow-covered mountains of Greenland peak over the clouds and the frozen glaciers. Just returning from Paris on an urgent business trip on Christmas week, I turn to old French-language favorites: Charles Aznavoir’s “La Mamma” and “La Bohème” and Jacques Brel’s “La Valse de Mille Temps”, “Ne Me Quitte Pas”, “La Chanson des Vieux Amants”, and “Amsterdam”, very ap-propriate to this trip to Amsterdam and Paris.Across from me, a rental car company executive prepares a PowerPoint pre-sentation with an extensive analysis between growth on western Europe as compared to the eastern part of the old continent. The sun that shone over the clouds is now barely peaking over them as it is now barely a sunrise across the North Atlantic. “Mon merveilleux amour” sings Jacques Brel. A husband helps his handicapped wife take a walk down the aisle as their two teenage daugh-ters look on with a smile. ‘Maman’ seems to be excited to go spend Christmas in the States.

An unpredicted tear runs down my face. The adrenaline finally seems to kick in at the end of the stressful week. A major medical scandal took me to France. While my company is not im-plicated, the entire industry is being questioned by the media and the pub-lic because of the horrible decisions of some unscrupulous executives who looked at profit above patient safety -- and the CEO is somewhere in Costa Rica enjoying its tropical climate. I think of my family on this eve before Christmas Eve -- they are still asleep in California. The dining room will be full tomorrow in Modesto and the next day in San José. I envision my wife and daughters running towards me at the San Francisco International Airport being careful for not going beyond the security zone. My glass is now empty. And the red-dish sun rays can barely provide enough light to write these lines. I turn to my iPhone and my friend Hélio Beirão’s “Balada do Pacífico” plays, a friendly reminder of some-thing very familiar, very close, very Atlantic and Azorean. The ‘faucet’ starts uncontrollably. The screen of the iPhone where these lines are be-ing typed is now covered with salty fingerprints.

I pause to regain composure. The lights are deemed inside Air France’s Affaires cabin. The iPhone screen dis-plays a photo of Hélio and Maria das Dores Beirão, a love affair of over 50 years. I guess France and California have things in common -- wine and love being two of them.Randomly, The Fevers’ “Mar de Ro-sas” (Portuguese version of “Rose Garden”) plays. “Temos muito tempo para amar” sings the lead singer. “Eu não lhe prometi um mar de rosas [...] nem sempre o sol brilha e há dias em que a chuva cai.” This song along with Roberto Carlos’ “A Montanha” bring back memories of the fair across my house on Avenida Tenente Coronel José Agostinho in Angra do Heroísmo in the early 1970s. And life seemed simpler, at least for a 4-year-old. The days before Christmas were full of an-ticipation. The home smelled of fresh-ly cut pine and of baking goods. An occasional shaking of the presents to try to guess its contents, how unlike 2011 when you can download an App for your iPhone that almost gives you x-ray vision.“Bienvenue à San Francisco! Joyeux Noël!” announces the head purser. Indeed, welcome home and a very Merry Christmas this will be.

A Christmas Journey

Page 30: The Portuguese Tribune, January 15th 2012

30 15 de Janeiro de 2012ENGLISH SECTION

The XXXVI Annual LAEF Edu-cation Conference will take place in 2012 in San Jose, on April 19-22. The theme of the conference is Community Building Through Education and Technology. The events, which will be open to the whole community, will occur at San Jose State University, Portu-guese Athletic Club and the Por-tuguese Museum in Kelley Park.

The program of the conference is being developed in partnership with various community organi-zations. Any group that wishes to collaborate and participate in the event is welcome.

The opening session of the con-ference will be Thursday eve-ning, April 19, at the Portuguese Museum in Kelley Park, with a presentation of an Azorean nati-vity scene which will be coming from the islands, and an exhibit on whaling from the East Coast. There will be music and a re-ception with beverages and light foods served to all present.

On Friday, April 20, a special youth program will take place during the day at San Jose State University. All high school stu-dents, Portuguese programs and Portuguese clubs are invited to participate in that day's events (and all others) which will inclu-de college information, campus visit, graduate student panel, lun-ch and much more.

In the evening, there will be a cul-tural session at the Martin Luther King Jr. Library in San Jose State University. The program includes the presentation of several books. Sweets and non-alcoholic drinks will be served to all present.

On Saturday, April 21, several sessions related to the theme of the conference will take place at

San Jose State, for which presen-ters of great quality and prestige have been invited. During the day, there will be parallel ses-sions on Portuguese language and culture, technology and edu-cation, and genealogy. Sessions will be in Portuguese or English. Lunch will be served at the uni-versity. Dinner will take place at the Portuguese Athletic Club. During the meals, keynotes will be delivered by high officials in-vited to the event.

The conference will end on Sun-day, April 22, at the PAC, with a special session on Migrant Wo-men (more specifically, immi-grant women,) which will have presentations in the morning and afternoon, and lunch.

The XXXVI LAEF Annual Education Conference organi-zing committee invites the who-le community to participate in this event which is for everyone. It is not a conference created ex-pressly for teachers. It is a com-munity gathering in which the education of our youth and their future, along with several cultu-ral aspects, will be tackled in a multifaceted approach. Please mark the dates on your calendars and don't miss this opportunity to be present at this important happening. More details will be made public soon. For more in-formation, please contact Bela Ferreira-Gonçalves, Adminis-trative Director, LAEF ([email protected] or by phone 925-828-3883.)

XXXVI Annual LAEF Education Conference San José

April 19-22, 2012

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Presépio do Dimas Alves, San José COMUNIDADE

Na nossa próxima edição mostraremos outros presépios

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