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Teorias da Comunicação Digital Pós Graduação em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais 2012 Pablo Moreno Fernandes Viana

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Material da aula 02 do curso de Pós-Graduação em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais. Disciplina: Teorias da Comunicação Digital.

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Page 1: Teorias da Comunicação Digital - Aula 02

Teorias da Comunicação Digital

Pós Graduação em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais

2012

Pablo Moreno Fernandes Viana

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Aula 02Redes Sociotécnicas

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Mapeamento de bits

Espaço-informação

A criação das primeiras interfaces transformou as relações dos sujeitos com as tecnologias.

Douglas Engelbart

Irá desenvolver, em 1968 o primeiro experimento que relacionará esses dois elementos.

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Douglas EngelbartFoi influenciado pela leitura de um artigo de 1945…

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As We May ThinkVannevar Bush, 1945

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As we may think

Ensaio escrito por Bush em 1945, que descrevia um processador teórico, chamado Memex.

O Memex permitiria ao seu usuário abrir caminho por grandes coleções de dados.

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Memex

A metáfora que descrevia o Memex era a de uma lancha veloz, que seria uma mistura de uma máquina de microfilmagem e computador.

Consiste de uma escrivaninha, e embora possa ser presumivelmente operado à distância, é sobretudo o móvel em que o usuário trabalha. Em cima há telas translúcidas inclinadas, em que o material pode ser projetado para fácil leitura. Há um teclado, e conjunto de botões e alavancas. Sob os demais aspectos, parece-se uma escrivaninha comum.

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Engelbart

Influenciado por esse artigo, Engelbart fará grandes contribuições para a área da tecnologia da informação e da comunicação.

Uma delas é o mouse, ferramenta capaz de extender o corpo humano para dentro da tela, através das interfaces gráficas.

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Engelbart

O mouse, criado por Engelbart faz um mapeamento de bits na tela e, conforme o deslocamento espacial de um dispositivo sobre uma superfície, novas informações são transmitidas, de acordo com o mapeamento da tela.

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E o que é uma interface?

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Interface

Softwares que dão forma à interação entre o sujeito e o computador.

Ela atua como uma espécie de tradutor, mediando entre as duas partes, tornando uma sensível para a outra.

A interface governa uma relação semântica, caracterizada por significado e expressão, não por força física.

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InterfaceOs seres humanos pensam

através de palavras, conceitos, imagens, sons e

associações.

O computador pensa – se pensar é a palavra correta no caso – através de minúsculos pulsos de eletricidade, que

representam um estado “ligado” ou “desligado”, um 0

ou um 1.

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Interface

Para que a revolução digital aconteça, é preciso que o computador se apresente ao usuário numa linguagem que este seja capaz de compreender.

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As metáforas

As interfaces serão constituídas a partir de metáforas visuais já existentes na vida cotidiana. Uma das mais importantes será a das janelas, também criada por Engelbart.

As janelas vão trazer aos computadores a noção de espacialidade.

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Janelas

Pesquisadores da Xerox Parc vão desenvolver experimentos com o mouse e as janelas de Engelbart.

Uma das limitações da janela estava no pouco espaço disponível nas telas dos computadores.

Até que um dos pesquisadores da Xerox, Alan Kay, revolucionará a percepção acerca das janelas.

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Janelas

Embora Engelbart e seus parceiros de trabalho tivessem introduzido a janela, a partição que tinham em mente demarcava sua própria porção do monitor. Não só era difícil conservar a janela com que se estava trabalhando, como as janelas acabavam competindo pelo território extremamente limitado da tela.

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Janelas

A solução de Kay para isso foi conceber a tela como uma escrivaninha. Era a metáfora original do desktop. Como se estivéssemos trabalhando com papeis de verdade, aquele com que estaríamos lidando num momento dado ficava em cima da pilha.

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Janelas

Nesse período, as metáforas eram bem menos visuais, em função da tecnologia disponível. No entanto, essa proposta dotou a tela de profundidade.

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O hipertexto

Uma das razões para o sucesso da web.

O hipertexto é a base da informação na rede e é o que a diferencia dos demais meios de comunicação.

Vínculos de associação espalhados pela infosfera.

No entanto, o hipertexto foi negligenciado durante muito tempo em detrimento a outros recursos multimídia.

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O hiperlink

Promoveu transformações no nível da linguagem. É a primeira nova forma significante de pontuação a emergir em séculos.

Ele sugere uma nova maneira de escrever e narrar.

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Link, segundo a linguísticaAlgo que desempenha um papel conjuncional, ligando ideias díspares em prosa.

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Hiperlink: A origem

A origem do hiperlink remonta ao já citado artigo de Vannevar Bush.

O autor afirmava que um dos problemas do mundo pós-guerra era que as ferramentas de produção do conhecimento haviam avançado mais depressa do que as de processamento de conhecimento.

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Hiperlink

O Memex surge como uma solução para isso. A ideia de navegação e, por consequência, de hiperlinks já está implícita.

No entanto, no caso do memex, os “elos de conexão” foram pensados como trilhas, que seriam um meio de organizar informação que não segue os ditames estritos, inflexíveis do sistema decimal ou de outras convenções hierárquicas.

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Hipertexto

A informação hipertextual já estava presente nas enciclopédias.

No entanto, nesse formato, o caminho já estava pré-determinado pelas informações catalogadas.

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Hiperlinks

É curioso pensar que o artigo de Bush traz tantas previsões interessantes acerca do computador e das tecnologias.

Mas ao mesmo tempo, o artigo vê a ferramenta potencial como algo que irá contribuir somente para o universo corporativo e não imagina as transformações que seu projeto utópico poderia trazer à sociabilidade e ao universo do entretenimento.

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Hipertexto

O advogado de patentes tem à sua disposição milhares de patentes concedidas com trilhas conhecidas para cada ponto do interesse de seu cliente. O médico, confuso com as reações de seu paciente, encontra a trilha estabelecida no estado de um caso similar anterior, e percorre rapidamente registros de casos análogos com referências laterais aos clássicos de anatomia e histologia pertinentes. O químico, às voltas com a síntese de um composto orgânico, tem toda a literatura química diante de si, em seu laboratório, com trilhas que acompanham as analogias dos compostos, e trilhas laterais para o comportamento físico e químico destes.

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Trilha x Hiperlink

Embora assemelhem-se bastante à experiência contemporânea de navegação na web, o Memex ainda representa algo que a tecnologia atual não permite.

Conforme as trilhas fossem construídas no Memex seu conteúdo perduraria. Na rede, o percurso individual do sujeito depende dos conteúdos disponíveis e é reconstruído por cada sujeito.

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Hiperlinks x Trilhas

Steven Johnson (1996) critica os desenvolvedores web ao alegar que um cientista de meia-idade, do exército, escrevendo 30 anos antes do surgimento do computador foi capaz de compreender melhor a interatividade do que todos os titãs do vale do silício...

No entanto, em 1996 ainda não havia links patrocinados, omnibox... essas tecnologias se aproximam mais das trilhas do Memex?

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Quão interativo é o hipertexto?Alex Primo

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Interatividade?O que isso quer dizer?

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Interatividade

Bidirecionalidade, resposta rápida do sistema, largura de banda, feedback, inteligência

artificial, entre outros.

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A chegada do computador...

Pensou-se que seria mais fácil ampliar o papel do ouvinte para além de escutar, dando a ele a oportunidade de falar, de não ficar isolado, e sim, relacionado.

Porém, o que se observa é que a interação é, atualmente, reduzida a meros aspectos tecnológicos, o que menospreza a complexidade do processo de interação mediada.

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Interatividade ≠ Interação social ≠ Bidirecionalidade

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Bidirecionalidade

É somente o fluxo de mensagens em mão

dupla.

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Participar x apontar-clicar:

Quanto mais clicável um site for, mais interativo ele será considerado...

...mesmo que todas as reações dos links e botões estejam determinadas na programação/previsão.

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Interação é diálogo

A interação deve ser tratada como diálogo, uma

prática real de conversação, onde cada

rodada modifica os interlocutores, seus

comportamentos, suas mensagens e a própria

relação entre eles.

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A questão dialógica nos meios de comunicaçãoSegundo Thompson (1998)

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Características interativas

Interação face a face

Interação mediada

Interação quase-mediada

Espaço-tempo

Contexto de co-presença; sistema referencial espaço-temporal comum

Separação dos contextos; disponibilidade estendida no tempo e no espaço

Separação dos contextos; disponibilidade estendida no tempo e no espaço

Possibilidade de deixas simbólicas

Multiplicidade de deixas simbólicas

Limitação das possibilidades de deixas simbólicas

Limitação das possibilidades de deixas simbólicas

Orientação da atividade

Orientada para outros específicos

Orientada para outros específicos

Orientada para um número indefinido de receptores potenciais

Dialógica / Monológica

Dialógica Dialógica Monológica

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A questão dialógica...

O autor sugere que as novas tecnologias de comunicação permitem um grau de receptividade maior.

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Homem e Máquina

Não se pode pensar em interação entre o homem e a máquina, pois a máquina não dialoga com o homem.

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Conversacionality

Interação onde o usuário e o computador estão em diálogo permanente, onde a uma ação corresponde um leque de possibilidades de respostas.

A interatividade seria uma espécie de conversação entre o homem e a máquina através das interfaces.

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Intecionalidade...Não se pode atribuir intencionalidade a objetos que não a demonstram...

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Intencionalidade

Intencionalidade intrínseca

fenômeno que seres humanos e determinados outros animais têm como parte de sua natureza biológica.

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Intencionalidade

Intencionalidade como-se: não implicam na presença de nenhum fenômeno mental. A reação é automática e previsível.

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Interatividade

Se baseia na natureza da resposta e como uma variável processual.

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Interação

Varia qualitativamente de acordo com a relação mantida entre os envolvidos, variando progressivamente da interação mais reativa (programada e determinística) à de maior envolvimento e reciprocidade (interação mútua).

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De receptor a usuário...

O conceito “usuário” foi herdado dessa visão tecnicista que prioriza a interação homem-máquina em detrimento do diálogo homem-homem.

O usuário faz uso daquilo que já está pronto e lhe é oferecido para manipulação.

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O sujeito no ciberespaço

É preciso enxergar o sujeito no ciberespaço além de um mero visitante.

O sujeito tem um papel fundamental na construção dos conteúdos na rede.

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Edward Tufte (Yale)

Existem apenas duas indústrias que denominam seu público como usuários: a que vende tecnologia e a que vende drogas!

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Marcos Silva

O usuário é, portanto, um experimentador com imenso leque de possibilidades. Na perspectiva da “criação interativa”, ele pode agir sobre a imagem, sobre o processamento do programa, em tempo real (quase simultaneamente) e mudar parâmetros, dados e instruções.

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O problema de “usuário”:

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Usuário

O termo refere-se à utilização de um pacote acabado, pré-determinado pela empresa produtora do software.

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Alex Primo

O autor propõe a adoção desse termo, que emana a ideia de interação, ou seja ação (ou relação) que acontece entre os participantes.

Interagente, pois, é aquele que age com o outro.

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Tipos de hipertexto

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Como fica a autoria de algo no ciberespaço?

A estrutura não linear do hipertexto suscita discussões sobre a autoria do texto no ciberespaço.

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Landow (1997)Multissequencialidade: As sequências ainda estão lá. Elas encontram-se, no entanto, multiplicadas.

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Hipertexto potencial

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Hipertexto potencial

Os caminhos e movimentos possíveis estão pré-definidos e não se abre espaço para o interagente visitante incluir seus próprios textos e imagens.

Era a forma mais tradicional de hipertexto no início da internet.

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Hipertexto colaborativo

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Hipertexto colaborativo

É um tipo de hipertexto com as possibilidades de edição limitadas por padrões pré-determinados, sem discussões durante o processo criativo.

Não é um tipo de produção exclusiva do ciberespaço.

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Hipertexto colaborativo

A colaboração se volta mais para a organização e gerenciamento de informações do que propriamente a construção conjunta de algo.

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Hipertexto Cooperativo

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Hipertexto Cooperativo

Terceiro nível de interação hipertextual, que também oferece possibilidades de criação coletiva, mas através de uma discussão contínua, o produto é modificado enquanto é desenvolvido.

Piaget (1973)

Cooperar envolve “operações efetuadas em comum ou em correspondência recíproca”. O eu é substituído pelo nós e as ações e operações se tornam interações.

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Cooperativo e Colaborativo

Esses dois formatos se confundem o tempo todo na rede, pois um hipertexto cooperativo pode ser transformado através do volume de acessos de um conteúdo, por exemplo.

Ao mesmo tempo, um hipertexto puramente potencial pode ser transformado de maneira colaborativa, também.

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Web 2.0

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Web 2.0

Segunda geração de serviços online.

Trocadilho com o indicador de versão de softwares, foi popularizado pela O’Reilly Media e pela MediaLive International em 2004.

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Web 2.0

Caracteriza-se por potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações.

Amplia os espaços de interação entre os participantes do processo.

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Web 2.0

Repercussões sociais

Potencializa processos de trabalho coletivo, de troca afetiva, de produção e circulação de informações, construção social de conhecimento, apoiada pela informática.

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Web 2.0

Princípio-base

Trabalhar a web como plataforma. Viabilizar funções online que antes só poderiam ser conduzidas por programas instalados em um computador.

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Web 2.0

Arquitetura da participação

Além do aperfeiçoamento da “usabilidade”, surgem nos sistemas recursos de interconexão e compartilhamento.

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Web 2.0

Arquitetura da participação

Quanto mais sujeitos usarem um serviço, melhor ele irá se tornar.

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Web 2.0

Integração de funcionalidades:

A ênfase sai do modelo transmissionista (da emissão) e passa para a participação.

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Web 2.0

Integração de funcionalidades:

Blogs com sistemas de comentários, sistemas de assinatura, Flickr, enciclópedias e jornais online, webjornalismo participativo.

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A rede ganha importância

Os blogs ilustram perfeitamente a web 2.0, pois são capazes de aglomerar os sujeitos em torno de grupos de interesse, através do modelo de conexão de micro-redes.

Blogosfera, Blogroll

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O Blog na web 2.0

No entanto, foi apropriado socialmente como diário pessoal...

E posteriormente como ferramenta de comunicação organizacional.

O blog surge como um weblog, uma ferramenta que permitiria o registro sobre informações de sites da rede.

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O que faz um blog ser um blog?

Pots ordenados cronologicamente

Permalink (endereço permanente para postagens)

Blogroll (lista de blogs favoritos – Blogosfera)

Comentários (com ou sem moderação)

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Web 2.0

Modelo Push

Pull: O conteúdo é puxado pela audiência

Modelo Pull

Push: O conteúdo é empurrado até a audiência.

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Web 2.0

Modelo push / PullA Web 2.0 desenvolve uma forma híbrida desses dois modelos.

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Web 2.0

Social Bookmarking

O surgimento de serviços de registros online de favoritos para a organização, como o del.icio.us ou o Technorati permitem a associação de tags a referências e materiais: Metadados.

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Web 2.0

Folksonomia

Neologismo criado por Thomas Vander Wall a partir dos termos folk + taxonomia.

Classificação social de “baixo para cima”.

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Folksonomia

Exemplo: Flickr. A partir das tags registradas para as fotos, outros internautas podem encontrar essas imagens a partir de buscas específicas.

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Web 2.0

A escrita coletiva e o processo de tagging demonstram que a abertura para o trabalho colaborativo oferece uma dinâmica alternativa ao modelo de produção, indexação e controle por equipes de autoridades.

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Web 2.0

A credibilidade e relevância dos materiais publicados é reconhecida a partir da constante dinâmica de construção e atualização coletiva.

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Web 2.0

No entanto, ao mesmo tempo que a abertura para o trabalho coletivo pode motivar a intervenção de múltiplas vozes, vandalismos, confusões e erros de informação ou de uso das ferramentas ganham também espaço.

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Web 2.0

Como prevenir e evitar que os participantes se afastem em virtude de conflitos excessivos, de ataques insistentes de vândalos, spammers ou de pessoas apenas interessadas em testar os limites do trabalho voluntário?

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Web 2.0

Gestão coletiva

A arquitetura da participação dos serviços online deve oferecer também recursos para a gestão coletiva do trabalho comum.

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Web 2.0

A arquitetura da participação pode impor certos condicionamentos à coletividade. Sistemas de produção abertos atraem os colaboradores, mas também os aproveitadores e vândalos.

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Web 2.0

Coletividade

Para combater isso, os próprios sistemas atribuem status de moderador ou administrador a qualquer participante com um histórico de colaborações regulares.

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E a web 3.0?

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Web 3.0?

A web 2.0 não foi marcada por uma ruptura de uma primeira fase com a segunda. Foi um processo natural.

No entanto, muitos autores tentam criar um novo marco para transformações na rede. Mas, de fato, observa-se que a rede é caracterizada pela web 2.0

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A wikipédia diz...

O termo Web 3.0 foi empregado pela primeira vez pelo jornalista John Markoff, num artigo do New York Times e logo incorporado e rejeitado com igual ardor pela comunidade virtual. A principal reação vem da blogosfera. Nos diários virtuais de especialistas detratores, a crítica mais comum é a de que Web 3.0 nada mais é do que a tentativa de incutir nos internautas um termo de fácil assimilação para definir algo que ainda nem existe. Aliás, críticas idênticas já se fazem à Web 2.0.

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A wikipédia diz...

A Web 3.0 propõe-se a ser, num período de cinco a dez anos, a terceira geração da Internet. (...) A Web 3.0 pretende ser a organização e o uso de maneira mais inteligente de todo o conhecimento já disponível na Internet.

Esta inovação está focada mais nas estruturas dos sites e menos no usuário. Pesquisa-se a convergência de várias tecnologias que já existem e que serão usadas ao mesmo tempo, num grande salto de sinergia. Banda larga, acesso móvel à internet, e a tecnologia de rede semântica, todos utilizados juntos, de maneira inteligente e atingindo a maturidade ao mesmo tempo.

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Exercício

A partir das três categorias de hipertexto apresentadas por PRIMO (2007), selecione três sites e enquadre-os em cada uma das categorias, respectivamente. No caso do hipertexto colaborativo/cooperativo, analise, também, se é feito algum controle contra vândalos ou aproveitadores.

Escolha um blog e analise os seguintes aspectos:

1. Se é pessoal ou profissional2. Se é individual ou coletivo3. Qual é o blogroll4. Se permite comentários5. Se o número de participantes cresceu em relação à sua origem (comentários e compartilhamentos)6. Se o estilo de escrita mudou desde a sua origem