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Tânia Mara Pereira

Cantigas de Roda do Folclore: Uma Proposta de Leitura e Dramatização

PDE 2010

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Tânia Mara Pereira

Cantigas de Roda do Folclore: Uma Proposta de Leitura e Dramatização nas 5ª e 6ª Séries

Caderno Pedagógico ao programa de DESENVOLVIMENTO

EDUCACIONAL Sob Orientação do Professor Me. Wilson Rodrigues Moura da FACULDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS E LETRAS DE CAMPO MOURÃO

Barbosa Ferraz

2010

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Sumário

1. Introdução 1.1 Objetivo Geral

1.1.1 Objetivos Específicos 2. Referencial Teórico:

Leitura, Cantigas de Roda, Folclore, Poesia, Dramatização

2.1 Leitura 2.2 Cantigas de roda a

Folclore 2.3 Poesia e Dramatização 3. Fundamentação Teórica 4. Estratégias de ação 5. Oficinas de cantigas de

roda 5.1 Objetivo das Cantigas

de roda 5.2 Propostas de Atividades

de Cantiga de roda 5.3 Atividades 6. Resultados Esperados 7. Referências

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1. Introdução

Pode parecer curioso para alguns falar em cantigas de roda nos dias de hoje. Em tempos em que estas manifestações da cultura popular espontânea estão com o seu espaço tão diminuído. Nas ruas, nas praças, nos quintais está mais raro de se ver ou ouvir das bocas infantis aquelas canções que, na simplicidade das suas melodias, ritmos e palavras, guardam séculos de sabedoria e riqueza condensada do imaginário popular.

Porém, sem estarem em alta, também não estão extintas. E configurando uma situação contrastante e quase contraditória, é certo que muitas vezes tendo partes omitidas ou formas esquecidas e transformadas, elas sobrevivem a era do computador. Talvez como junto com elas, lembranças, imagens e emoções de uma outra época e que, naquele momento, tornaram-se de alguma forma presentes novamente.

Este trabalho trata das cantigas de roda folclóricas, abordando as suas características lúdico-poético e buscando as suas ligações com o processo ensino-aprendizagem proporcionando por meio do gênero cantigas de roda o conhecimento prazeroso que permite ao educando uma aprendizagem com sentido à leitura e a escrita, buscando desenvolver um trabalho resgatando e preservando um pouco mais as tradições deixadas por nossos pais e avós, e que sejam lembradas pelas gerações futuras.

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1.1. Objetivo Geral

Desenvolver a leitura e a dramatização por meio das cantigas folclóricas com intuito de minimizar os efeitos perniciosos das músicas contemporâneas.

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1.1.1. Objetivos Específicos

Aprender a apreciar as cantigas de roda conhecidas por nossos pais e avós.

Reencontrar o Elo perdido com a literatura e a arte de ler e cantar. Despertar o prazer pela leitura de diversas fontes bibliográficas. Promover o gosto pela leitura em especial de poesias das

cantigas populares. Incorporar na semana cultural do colégio a apresentação das

cantigas. Produzir pequena feira com a cantigas trabalhadas no projeto.

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2. Referencial Teórico: Leitura das cantigas de roda, Folclore, Poesia e dramatização.

2.1. Leitura

A leitura é uma atividade que se realiza individualmente, mas que se insere num contexto social, envolvendo disposições atitudinais e capacidades que vão desde a decodificação do sistema de escrita até a compreensão e a produção de sentido para o texto lido. Abrange, pois, desde capacidades desenvolvidas no processo de alfabetização “stricto sensu” até a capacidade que habilitam o aluno à participação ativa das práticas sociais letradas que contribuem para seu letramento.

A compreensão dos textos pela criança é a meta principal do ensino da leitura. Ler com compreensão inclui, além da compreensão linear, a capacidade de fazer inferências. A compreensão linear depende da capacidade de construir um “fio da meada” que unifica e inter-relaciona os conteúdos lidos, compondo um todo coerente. Por exemplo, ao acabar de ler uma narrativa, ser capaz de dizer quem fez o quê, quando, como, onde e por quê. Já a capacidade de produzir inferências diz respeito ao “ler nas entrelinhas”, compreender os subentendidos, os “não ditos”, à realização de operações como associar elementos diversos, presentes no texto ou que fazem parte das vivências do leitor, para compreender informações ou inter-relações entre informações que não estejam explicitadas no texto.

A leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais: Jornalística, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não verbais. A leitura de imagens, como: Fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam

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com intensidade crescente nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos mencionados nestas Diretrizes.

Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Sob esse ponto de vista, o professor precisa atuar como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Assim, o professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade.

Tendo a necessidade da familiarização cultural pela aprendizagem de elementos presentes na linguagem artística por meio de informações obtidas na leitura de textos, poemas, cantigas de roda e canções populares da cultura brasileira teatralizando sobre a reflexão da concepção de ensino/aprendizagem que fundamentam a ação pedagógica em sintonia com as necessidades dos sujeitos no processo escolar Bakhtin valoriza em 1953 a falta da leitura e enunciação e afirma sua natureza social, pois, a falta da leitura estão indissoluvelmente ligados as condições da comunicação, que por sua vez estão sempre ligados a estruturas sociais.

Para Bakhtin (1990), a leitura e escrita de textos através dos gêneros textuais é a criação de um ambiente de leitura e escrita perfeito para que os alunos possam produzir do saber através da reflexão e da troca de experiências de leitura.

Na visão de Bakhtin (1992)

“Mesmo enunciados separados um do outro no tempo e no espaço e que nada sabem um do outro, se confrontados no plano de sentido compreende a palavra “diálogo” num sentido mais amplo: “Não apenas como a comunicação em voz alta, mas toda a comunicação verbal, de qualquer tipo que seja.”

Só há uma maneira de nos tornarmos leitores: lendo. E essa atitude é cultural, ela não nasce conosco, tem que ser desenvolvida e sempre alimentada. O entorno cultural em que a pessoa vive é determinante para que a habilidade de ler tenha chances de crescer. Ela é fruto do exemplo e das oportunidades de contato com a cultura letrada, em suas diversas formas. O exemplo e as oportunidades são criados por adultos que estão próximos às

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crianças e aos jovens. Cabe aos professores brasileiros uma carga muito pesada, já que a maioria das famílias não tem chances de comprar livros, jornais diários e revistas semanais, dificultando o acesso ao texto escrito nas casas. Para que os professores possam desempenhar essa função, as escolas devem oferecer as condições para eles agirem de maneira a suprir essa falta, o que significa oferecer meios para uma formação continuada, ter bibliotecas com livros novos e variados e um projeto pedagógico em que o convívio com os livros e a leitura esteja no centro dos trabalhos e dos interesses de todos.

A leitura no mundo moderno é a habilidade intelectual mais importante a ser desenvolvida e cultivada por qualquer pessoa e de qualquer idade. Os alunos que não tiveram a oportunidade de descobrir os encantos e os poderes da leitura terão mais dificuldades para realizar seus projetos de vida do que aqueles que escolheram a leitura como companhia. Apesar dos atrativos atuais trazidos pelas novas tecnologias, hoje há um número expressivo de alunos que leem porque gostam e ao mesmo tempo são usuários da internet. Aqueles que são leitores têm muito mais chances de usufruir da internet do que aqueles que não têm contato com a leitura de livros, jornais e revistas. Contudo é a leitura literária que alimenta a imaginação, a fantasia, criando as condições necessárias para pensar um projeto de vida com mais conhecimento sobre o mundo, sobre as coisas e sobre si mesmo. Uma mensagem: Nunca é tarde para começar a ler literatura. Portanto aqueles que não trilharam esse caminho e desejarem experimentar, vale a pena tentar.

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2.2. Cantigas de roda e Folclore

Tendo em vista que as cantigas de roda foram introduzidas no Brasil pelos Portugueses, durante muito tempo as cantigas ou as brincadeiras de roda foram as principais atividades lúdicas das crianças. Partimos do pressuposto de que a criança aprende melhor quando tem domínio e conhecimento do assunto com o qual a escola busca introduzi-la no processo de alfabetização. Quando nos referimos às cantigas buscamos compreendê-las no universo lúdico infantil. E recorre a elas considerando sua contribuição para uma aprendizagem ativa, no sentido de que a criança não se submete as imagens, mas aprende a manipulá-las e transformá-las. Essa cultura lúdica não é composta apenas pelas brincadeiras e manipulações, mas ela é também simbólica, suporte de representações. O fato de contar uma história, contar uma cantiga, dramatizar, insere-se os saberes escolares às atividades que compõe o universo lúdico infantil e que possibilitam ao aluno imaginar e criar novos conceitos de valores. Por isso, os alunos demonstram maior afinidade e interesse pelo trabalho desenvolvido em sala de aula.

As cantigas de roda e canções populares são uma grande expressão folclórica e acredita-se que pode ter origem em músicas modificadas de um autor popular ou nascido anonimamente na população. São melodias simples, tonais, com âmbito geralmente de uma oitava e sem modulações, sendo que as letras das canções podem sofrer manifestações de transmissão oral.

As canções do folclore aparentemente simples são fontes de estímulo e afeto do ser humano, sendo também uma forma de auto-expressão, pois é natural e todo ser humano precisa vivenciar o lado lúdico da realidade pois a ludicidade não deve ser vista apenas como diversão ou momentos de prazer, mas momentos de desenvolvimento da criatividade, da socialização com o próximo, dos domínios cognitivos e afetivos.

As cantigas de roda, comuns no cancioneiro folclórico infantil, geralmente canções anônimas advindas da cultura espontânea dos povos dão continuidade à elaboração emocional e estruturação da pessoa em desenvolvimento iniciado pelos acalentos. Devido a simplicidade musical, riqueza simbólica e ludicidade peculiar, as vivências através destes elementos lúdicos, conquistam a criança como aquilo que é próprio do seu tempo.

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As cantigas de roda projetam a essência da inserção na vivência cultural e na socialização.

Alimentam a imaginação oferecendo ao educando desenvolver atividades e vivenciar de maneira concreta as cantigas de roda visa como excelente meio de transmissão de conhecimentos e revelador da cultura de nosso povo.

2.3. Poesia e Dramatização

Fazer poesia hoje é remar contra a correnteza de um mudo mecanicista e utilitário. É criar oásis com mãos, pena e papel; ocas de sonhos para nos abrigarmos das tempestades da vida. A poesia é um outro dizer, interposto entre dois intervalos do tempo. É como se parássemos o tempo para instaurar um novo tempo, em que a vida corre com plenitude. Fazer poesia é amar a humanidade e enlamear seus tempos – um pouco cansados da correria, um pouco aborrecidos pela amargura – com uma seiva eterna que sempre se renova: a poesia.

O poema surge de um momento de encantamento, diante de coisas que nos fazem parar e contemplar; ou de um momento de perplexidade, diante de coisas que nos deixam pasmos ante a falta de lucidez da humanidade. Houve um tempo em que era possível fazer poesia falando apenas de flores e amores. Hoje ainda é tempo de falar de flores e amores, numa tentativa de resgatar o belo da vida e reencantar o mundo, mas já não basta.

Os imperativos do nosso tempo proclamam uma poesia de constatação, de indignação face às justiças, à intolerância e à crueldade a que chegamos. Assim, o poeta de hoje é bem mais exigido, deve aliar o ritmo poético universal a temas nada poéticos. Este é um grande desafio – trazer para a poesia, à luz da estética, tanto a contemplação quanto a denúncia, sob pena de tornar-se um poeta alienador.

Há um certo mito que ronda a poesia, entabulando-a como matéria para loucos ou iluminados, algo quase sobrenatural. Entretanto a “inspiração poética”, hoje já questionada por muitos, como João Cabral de Melo Neto (que afirmava ser a poesia “5% de inspiração e 95% de transpiração”), é resultando de um complexo mecanismo de associações psíquicas, de imagens captadas consciente ou inconscientemente.

As escolas podem ser um meio de produção e disseminação do texto poético, embora nem todas percebam a importância desse aspecto no contexto escolar. Trabalhar a poesia na escola é plantar sementes de sensibilidade.

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Contrapor ao deus-mídia que rouba nossos filhos, tecendo com eles novos horizontes que os ajudem a enxergar mais longe e a descobrir seu papel no mundo. Fazer com que se desacomodem e lutem por um mundo mais humano, que não se conformem com o senso-comum esperança e força. A esperança faz nascer o brilho nos olhos e a força, quando bem direcionada, cria as condições para a materialização do sonho.

Para as escolas que ainda acreditam na utopia de que um mundo diferente pode ser construído, a poesia surge como um dos canais dessa construção. A escola pode proporcionar condições para o desabrochar do ser poético nos educandos, através de momentos de fruição do texto poético, criando sempre o clima para tal.

Por ser a poesia um enigma (daí ser considerada hermética e de difícil acesso, quando não inacessível), presta-se muito bem às atividades de interpretação. Mesmo as poesias mais complexas contém em si as chaves para o seu deciframento. Toda poesia pressupõe um público. Não teria sentido uma poesia indecifrável, compreender poesias, aprender a usar as chaves também é um longo exercício de leitura e diálogo com a palavra. Aqui cabe uma ressalva: nunca usar o texto poético como pretexto para a gramática, isso seria matar a poesia.

Mas a melhor atividade que a escola pode desenvolver são as oficinas literárias. Estas podem ser montadas pelo professor ou retiradas de livros. São técnicas de produção e socialização do texto. São atividades completas que estimulam desde o gosto pela leitura até o processo de dramatização das cantigas Folclóricas.

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3. Fundamentação Teórica

Educar para a sociedade atual impõe um trabalho que não pode ficar restrito à transmissão de conhecimentos por mais relevantes e atualizados que sejam. Por isso pode-se dizer que participar de diferentes situações de ensino devem ser tomadas como objeto de estudo. Pois a escola pública vem revendo seu papel e sua função social buscando ensinar e garantir a aprendizagem de habilidades completas e eficaz, privilegiando o uso teórico e prático da língua.

Sendo a construção cotidiana cada vez mais necessária que envolva certas habilidades em situações formais de expressão oral, buscando cada vez mais a coragem de se expressar na mais variada situação em constante diálogo com o mundo.

Baseando-se coo base teórica nas reflexões de Bakhtin, a respeito da linguagem das Diretrizes Curriculares Estaduais defende que: O presente projeto vem propiciar ao aluno de lúdico e prazeroso desenvolvimento da leitura e escrita, por meio da linguagem oral, oferecendo atividades diversificadas para ajudar a superar estas dificuldades identificadas. Fazendo um resgate de cantigas de roda e canções populares visando formar o ensino da leitura e da escrita um processo criativo, alegre em que o aluno se sinta motivado para adquirir o conhecimento nesta área.

Sendo conhecimento adquirido na interlocução, o qual evolui por meio do confronto. Assim a linguagem segundo Bakhtin (1992) é constitutiva, isto é, o sujeito constrói o seu pensamento a partir do pensamento de outro, portanto uma linguagem dialógica.

“A vida é dialógica por natureza. Viver significa participar de um diálogo: interrogar, escutar, responder, concordar, interagir, etc. Neste diálogo, o homem participa todo e com toda a sua vida: Com os olhos, os lábios, as mãos, a alma, o espírito, com o corpo todo, com as suas ações. Ele se põe todo na palavra e esta palavra entra no tecido dialógico da existência humana no simpósio universal. (Bakhtin, 1992)”

A teoria escolhida é a sócio interacionista, pois ela ajuda a estabelecer relações entre os alunos e as diversas áreas de conhecimentos sendo que esta

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teoria compreende que o ser humano só se desenvolve no interior de um grupo cultural e através das interações com o outro.

Sendo que o desenvolvimento e o comportamento do indivíduo é moldado pelas experiências que estabelece com seu meio. Por isso o conhecimento de cada ser humano bem sendo ampliado, modificado e transformado de acordo com as necessidades de cada um.

Assim, o trabalho de resgatar o lúdico principalmente cantigas de roda pela poesia e dramatização para a aquisição da leitura e da escrita merece ser estudado e resgatado sob todos os aspectos: Social, intelectual, artístico, técnico e recreativo, pois favorece a construção do conhecimento de forma mais interessante, criativa e prazerosa.

Vygostsky (1989) afirma que é através da brincadeira que a criança aprende e elabora níveis mais complexos do desenvolvimento e é na zona de desenvolvimento próxima (ZDP) construída pela brincadeira que o professor deverá intervir e mediar para que seja possível a construção de novas aprendizagens.

Assim pode-se concluir que o papel do professor na relação com o aluno é fundamental enquanto mediador entre educando e o conhecimento.

O professor deve perder o medo de que brincar e cantar com os alunos estará indo contra os princípios da escola: também em hipótese alguma deve pensar que se proporcionar brincadeiras aos seus alunos, estará perdendo tempo e deixando de lado os conteúdos que estão delineados para serem repassados durante o ano.

E assim conhecendo e revivendo a cantiga que estão cantando, irão procurar acompanhar na letra em que está cada palavra e na palavra que formará a poesia. Assim a poesia já memorizada permite que o aluno cante e poetize o que escreve, entendendo assim a função social da escrita. Sabendo que o aluno aprende com prazer e dinamismo, se ele é o sujeito do processo educativo, havendo dicotomia entre o aspecto cognitivo e afetivo, mas sim uma relação agradável dirigida para o ato do resgate da cultura em processo sociocultural.

Pois nas últimas décadas têm- se presenciado uma modificação no pensamento, na vida e no gosto dos jovens provocado pelo desenvolvimento tecnológico aplicado ás comunicações. Tudo isso vem modificando as referencias musicais da sociedade de acesso a velocidade temporal á escuta da produção mundial. Uma proposta da ensino desejando envolver o educando com a musica da produção mundial. Uma proposta de ensino desejado

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envolver o envolver o educando com a musica (cantigas de rosa) considerando essas múltiplas referências sonoras aliadas a construção da sensibilidade e do pensar ( ouvir) crítico do aluno, que resulta como uma consequência direta, na melhoria da qualidade do processo de ensino aprendizagem.

“(...) as mudanças sociais e tecnológicas trouxeram mudanças nas experiências musicais; as modificações no ambiente sonoro e o elevado consumo de média (...) contribuíram para outros modos de percepção e apreensão da realidade e os próprios modelos de formação musical.”

(Souza<2000, p.40)

Diante desse contexto e com o intuito de fazer ressurgir as cantigas de roda no processo de ensino aprendizagem, pode- se dizer que as cantigas de roda no universo escolar é parte essencial na vida do educando, pois contribui para a formação sociocultural das mesmas, como instrumento capaz de reorganizar a estrutura social e a solidariedade entre os educandos.

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4 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Este caderno pedagógico será realizado com os alunos da 5ª e 6ª série do Colégio Estadual de Ourilândia Ensino fundamental e Médio do distrito de Ourilândia no Município de Barbosa Ferraz que propõem a valorização dos conhecimentos que os alunos possuem, fazendo leituras prévias de livros de literatura no acervo da biblioteca possibilitando a todos uma aprendizagem do que se refere o resgate das cantigas de roda do folclore, onde é feito um trabalho com a poesia e a dramatização teatral em uma nova dinâmica na sala de aula e comunidade escolar.

Sendo a poesia e a dramatização teatral objetos de interesse deste trabalho, busca-se levar aprendizagem dos educandos a uma aproximação significativa em relação ao tema Cantigas de Roda. Uma proposta pedagógica tais como as cantigas.

Se Essa Rua Fosse Minha

Alecrim Dourado

Teresinha de Jesus

Escravos de Jô

E muitas outras maravilhosas cantigas de folclore brasileira que oportuniza ao aluno ler, escrever, e expressar de maneira competente na língua portuguesa.

Para o desenvolvimento satisfatório e alcançar o objetivo proposto pelo projeto, devera ocorrer um sincronismo dentro do ambiente escolar.

No primeiro momento, a teoria e os conhecimentos das cantigas de roda do folclore, da poesia e dramatização.

Para reconhecimento da leitura prévia dos alunos, é preciso investigar, a partir do relato a de historia escolar de cada um, as experiências vivenciadas com leituras de textos literários, em fim acervo da biblioteca com que os alunos

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possam manusear, explorar e mesmo conhecer a literatura acessível à sua leitura.

Por meio da leitura previa, fazer aproximação do espírito lúdico do aluno e os elementos poéticos, fazendo o resgate do passado, a fase de infância com quase todas as cantigas da época e a diferenciação das cantigas nos dias de hoje enfatizando a herança lúdica- cultural das cantigas de roda.

5 OFICINA DE CANTIGAS DE RODA

Ao criar um ambiente musical na escola, pode-se notar que o interesse do alunos aumenta e a participação fui de maneira mais livre e solta. Por meio da musica a sensibilidade e atenção dos alunos cresce e desenvolve sua capacidade concentração raciocínio, memória, pois os benefícios da utilização da música na educação se estendem por todas as áreas de aprendizagem.

Um dos gêneros de musicas utilizados em sala de aula são as cantigas de roda.

O ato de ouvir e expressar as cantigas de roda é reforçado por uma atitude prazerosa associada a brincadeiras, dramatização e o prazer poético.

Será proposto uma oficina de cantigas de roda com os alunos de 5ª e 6ª serie do Colégio Estadual de Ourilândia. Ensino Fundamental e médio.

Pois Musica, Música e Música, esta é a ordem. Cantar e carregar o som com sua energia. Quando cantamos e interagimos em grupo nossa energia é ainda maior.

Cantar para promover a integração entre o ritmo e a vida, para oferecer a todos mais uma possibilidade de expressão social num pais musical com o nosso.

`` Quem canta seu males espanta.``

(ditado popular)

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OBJETIVO: OFICINAS CANTIGAS DE RODA

- Aprender a ouvir/ apreciar cantigas de roda

- Ouvir canções em roda (CDs).

- Deixar ao alcance dos alunos, os livros que estão cantigas de roda.

- Fazer a escrita e a leitura de algumas cantigas.

- Pesquisar sobre o tema conhecendo as cantigas.

- Conhecer previamente cantigas antigas trazidas de casa pelos pais e avós.

- Selecionar cantigas e serem trabalhadas.

- Declamar as cantigas pelos alunos.

- Fazer dramatização pelos alunos das cantigas de roda.

-Produzir um pequeno livro com cantigas apresentadas no projeto.

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ATIVIDADE Nº 1

5.1.1 PROPOSTA DE ATIVIDADE

1 Cantiga

Terezinha de Jesus

Terezinha de Jesus

Deu uma queda

Foi ao chão

Acudiram três cavalheiros

Todos os três de chapéu na mão

O primeiro foi seu pai

O segundo seu irmão

O terceiro foi aquele

Que a Tereza deu a mão

Terezinha levantou-se

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Levantou-se lá do chão

E sorrindo disse ao noivo

Eu te dou meu coração

Dá laranja quero um gomo

Do limão quero um pedaço

Da morena mais bonita

Quero um beijo e um abraço

Responda oralmente:

As cantigas de roda são antigas mais ainda hoje fazem parte das brincadeiras infantis. Você já conhecia essa cantiga? Sabe como brincar?

Você conhece alguma outra cantiga de roda? Qual?

Na sua comunidade as crianças brincam de roda? Qual cantiga elas preferem?

As cantigas de roda são criações populares e fazem parte do folclore infantil. Que forma mostra claramente o dialeto popular em “Terezinha de Jesus.”

O que você sentiu ao ouvir a música?

A letra que você acabou de ouvir pode ser considerada uma poesia?

5.1.2 ATIVIDADES

* Declamação poética da cantiga Terezinha de Jesus.

* Dramatização da música pelos alunos.

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2 ALECRIM DOURADO

Alecrim alecrim dourado

que nasceu no campo

sem ser semeado

Foi meu amor

Que me disse assim

Que flor do campo é o alecrim

Alecrim, alecrim dourado

Que nasceu no campo

Perfumando tudo

For meu amor

Que me disse assim

Que flor do campo é o alecrim

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Alecrim, alecrim aos molhos

Por causa de ti choram os meu olhos

Foi meu amor

Que me disse assim

(cantiga popular)

ATIVIDADES

Primeira etapa- leitura da cantiga de roda em forma de poema

- Propor aos alunos que em uma folha de papel, desenhe como imagina um pede alecrim ou já é conhecido por algum da classe.

- Conversação valorizada e resgatando a cultura da comunidade

- Depois da exposição dos desenhos de pé de alecrim feito pelos alunos.

- Apresentar uma planta natural do alecrim, para que eles possam observar, conhecer e ao mesmo tempo todos entoarem a cantiga de roda Alecrim dourado.

Segunda etapa.

Organização dos alunos em grupo para declamação da letra da canção.

Terceira etapa.

Sugerir a realização de uma linda, dramatização da cantiga Alecrim Dourado.

Não esquecendo que devemos contar e apreciar a canção a todo momento.

3 Se Essa Rua Fosse Minha

Se essa rua

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Se essa rua fosse minha

Eu mandava

Eu mandava ladrilhar

Com pedrinhas

Com pedrinhas de brilhante

Só pra ver

Só pra ver meu bem passar

Nessa rua

Nessa rua tem um bosque

Que se chama

Que se chama solidão

Dentro dele

Dentro dele mora um anjo

Que roubou

Que roubou meu coração

Se eu roubei

Se eu roubei teu coração

Tu roubaste

Tu roubaste o meu também

Se eu roubei

Se eu roubei teu coração

Foi porque

Só porque te quero bem

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( cantigas populares)

ATIVIDADE

1ª Etapa

Interpretação da cantiga sendo um poema.

1- Explique o título do poema?

2- Que razões, na sua opinião, temos para amar?

3- O eu- lírico consegue explicar a pessoa amada e motivo de ama- lá tanto?

2ª Etapa

- Propor que os alunos façam um círculo e leiam em voz alta a poesia.

- Levar CDs- Cantigas de roda, se essa rua fosse minha, cantando com os alunos fazendo com que os mesmos apreciem a cantiga.

3ª Etapa

- Confecção de fantoches com personagem da canção.

- Propor aos alunos dramatização da peça teatral Se Essa Rua Fosse Minha poética com cenário da cantiga de roda.

- sempre cantando com os alunos e apreciando a cantiga de roda estudada.

Assim as atividade de leitura, poesia, dramatização, especialmente no gênero cantigas de roda, resultarão em um fazer transformador onde será realizado um ensino voltado para realidade do aluno e que venha de encontro ás suas expectativas.

Escravos de jó

Escravos de Jó é uma cantiga de roda de origem, significado e letra controversos. Formada a roda, as crianças (ou jogadores) permanecem paradas, podendo inclusive ficar sentadas, com um objeto igual para todos (pedrinhas, copo, caneca, etc.), na mão direita. Ao ritmo da música, marcando os tempos fortes, iniciam a brincadeira de passar o objeto que têm na mão

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direita para o vizinho da direita, e receber com a mão esquerda o objeto do vizinho da esquerda (se estiver de pé), trocando-o rapidamente de mão.

Quando a letra diz "zigue, zigue, zá", o objeto é retido na mão direita, e só passado para a pessoa da direita na última palavra.

Observação: Quando o jogo é feito sentado (geralmente em torno de uma mesa), pode-se usar somente a mão direita, largando-se o objeto sempre à frente do vizinho da direita. Vão saindo da roda aqueles que se perderem no ritmo, ou passarem mal o objeto, que pode ser caixinha de fósforo, ou qualquer outro objeto que seja fácil de tomar com uma só mão. Para super cobras no jogo, pode ser tentada uma rodada especial invertendo o sentido da brincadeira (para a esquerda)

Vários jogadores se dispõem ao redor de uma mesa, com um objetivo (uma pedra, uma caneca ou uma caixa de fósforo ao ritmo e ao som de uma música com letra, ficam trocando as peças com os jogadores ao lado

Quem erra a disposição das pedras é eliminado da competição. Ver descrição

Escravos de Jó jogavam caxangá. Tira. Põe. Deixa ficar... Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá. Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá. Escravos de Jó, jogavam caxangá Tira, bota, deixa o Zé Pereira ficar... Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá. Escravos de Jó, jogavam caxangá Tira, bota, deixa o Zambelê ficar... Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá.

Escravos de Jó, jogavam caxangá Tira, bota, deixa o cão guerreiro entrar... Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá

Escravos de Jó jogavam caxangá Tira, bota, deixa ficar... Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá; Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá.

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As mesas devem estar sempre alinhadas, em caso de mais de uma mesa;

1. As mesas devem estar sempre alinhadas, em caso de mais de uma mesa; 2. Cada jogador deve ter um objeto nas mãos; 3. Na primeira vez é cantada a música com a letra tradicional; 4. Na segunda, a melodia é entoada apenas com os sons de "lá-lá-lá" no mesmo

ritmo; 5. Na terceira vez, os jogadores apenas murmuram a melodia no mesmo ritmo

fazendo "Boca Chiusa"; 6. Na quarta vez, os jogadores apenas movimentam os objetos no ritmo, sem

nenhum som, de modo que apenas as batidas na mesa deem o ritmo da cantiga; 7. A partir de então, bem vindo ao nível cinco, onde tudo acontece em ritmo mais

acelerado a iniciar pela 3ª regra internacional. 8. Dispostos ao redor de uma mesa, os jogadores pegam um objeto cada um. 9. Ao ritmo da música, entregam seu objeto ao companheiro da direita. 10. Em determinados momentos da letra, não o solta e o trazem de volta.

11. Movimento

12. Escravos (entrega a pedra e pega a do jogador à esquerda) (movimento 1) 13. de Jó (repete o movimento 1) 14. jogavam (repete o movimento 1) 15. caxangá (repete o movimento 1) 16. Escravos (repete o movimento 1) 17. de Jó (repete o movimento 1) 18. jogavam (repete o movimento 1) 19. caxangá (repete o movimento 1) 20. bota (leva a pedra e não a solta) (movimento 2) 21. tira (traz a pedra de volta) (movimento 3) 22. deixa (movimento 1) 23. o zambelê (movimento 2) 24. ficar (movimento 3) 25. Guerreiros (movimento 1) 26. com guerreiros (movimento 1) 27. fazem zig (movimento 2) 28. zig (movimento 3) 29. zá (movimento 1)

Pombinha Branca

Pombinha branca o que esta fazendo Lavando roupa pro casamento Vou me lavar, vou me secar Vou pra janela pra namorar

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Passou um moço de terno branco, Chapéu de lado meu namorado Mandei entrar, mandei sentar Cuspiu no chão, limpa aí seu porcalhão vai na rua lamber sabão

(Cantiga Popular)

Atividades

Primeira etapa Interpretação oral.

Converse com os alunos

1) Primeira acha que a letra da Cantiga pode ser considerada uma poesia? 2) Colocando a música, para os alunos.

O que mais lhe chamou a atenção: a letra ou a música?

Por quê?

3) Na letra aparecem rimas? Quais? 4) Que tipo de sentimento é expressado na cantiga?

Segunda etapa

Confecções de fantoches com personagens da cantiga

Propor aos alunos dramatização da peça teatral Pombinha Branca e declamação poética com cenário da cantiga de roda.

Sempre cantando com os alunos e apreciando a cantiga de roda estudada.

Resultados esperados

Espera-se que a partir da proposta do método sócio-interacionista leve os alunos a apreciar e a apreender as cantigas de roda conhecidas por nossos pais e avôs. Encontrando o elo perdido com a literatura e a arte de ler e cantar.

Produção de pequeno livro com as cantigas trabalhadas no projeto, incorporando na semana cultural do colégio com a apresentação e dramatização das cantigas e declamação das mesmas.

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Principalmente para que nossos alunos de hoje não deixe está maravilhosa cultura do nosso folclore que chamamos de cantiga de roda.

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7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, Mikhail V. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

FREIRE, Paulo. Leitura do mundo. 2ª Edição: Paz e Terra, 1994.

LAJOLO, M. Do mundo da leitura a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993.

Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de língua portuguesa para os anos finais do ensino fundamental e médio.

SOARES, Magda. Linguagem e escola, uma perspectiva social. 1986.

SOUZA, Jusamara. Cotidiano e educação. Porto Alegre: Programa de pós graduação em música, 2000.

VYGOTSKY. Uma perspectiva histórico-cultural da educação. 8ª Ed. Petrópolis, Rj: Vozes, 1995.

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