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espaço solidario Obra Diocesana de Promoção Social Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009 pessoas a sentirem pessoas

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espaçosolidarioObra Diocesana de Promoção SocialAno IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

pessoas a sentirem pessoas

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Obra em 3D

dignidade,determinaçãoe dinamismo

Obra Diocesana de Promoção Social2

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Ficha Técnica

Administração: Américo Ribeiro, Helena Costa Almeida, Rui Cunha, Belmiro Teixeira, Manuel AmialDirecção/Redacção: Manuel Pereira AmialPropriedade/editor: Obra Diocesana de Promoção SocialColaboradores: A. Pronzato, Américo Ribeiro, Ana Rita Mota, Andreia Vasconcelos, Aurora Rouxinol, Belmiro Teixeira, Bernardino Chamusca, Confhic, D. João Lavrador, D. Manuel Clemente, Dra. Maria Barroso Soares, Filomena Semana, Frei Bernardo Domingues, João Alves Dias, João Pratas, Manuel Amial, Manuela Botelho, Margarida Aguiar, Maria Amélia Rhotes, Maria Isabel Cristina Vieira, Maria Lurdes Regedor, Maria Teresa Carvalho Lobão, Maria Teresa Souza-Cardoso, Mónica Taipa Carvalho, Padre Dr. Américo Aguiar, Padre Jardim Moreira, Padre José Maia, Padre Lino Maia, Paulo Lapa, Pedro Rhotes, Professor Daniel Serrão, Professor Francisco Carvalho Guerra, Rosa Maria Seabra, Sara Cardoso, Susana Carvalho.Gráfica - CLARET, Companhia Gráfica do Norte, www.graficaclaret.comPeriodicidade (2008): Trimestral; Tiragem 4.000 ex.; NIPC: 500849404; Depósito legal: 237275/06; Marca nacional: 398706; Registo ICS: 124901; Sócio AIC: 262; Sócio APDSI: 1000005; Postos de Difusão Porto: Casa Diocesana de Vilar; Edições Salesianas, Fundação Voz Portucalense, Livraria Fátima, Paulinas Multimédia, Ermesinde-Casa da JuventudeSede: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14, 4050-372 PORTO

Contactos: URL Geral: www.odps.org.pt; Mail: [email protected]; Telef. 223 393 040/ Fax. 222 086 555

04 - Editorial Manuel Amial

05 - Mensagem do Bispo do Porto Sua Revª. D. Manuel Clemente

06 - Espírito de Missão Américo Ribeiro

08 - A solidariedade em tempo de crise Padre Lino Maia

09 - Discriminar é perigoso Professor Daniel Serrão

10 - Generosidade gota a gota Bernardino Chamusca

11 - A Caridade Fraterna é a Luz de Deus Professor Francisco Carvalho Guerra

12 - Ano 2008 - Ano da INOVAÇÂO e CONFIANÇA Conselho de Administração

13 - A Senda de Paz Padre José Maia

14 - Nós por dentro... Sara Cardoso

16 - O Novo Sol da Esperança! CONFHIC

17 - Formação “práticas de cozinha” João Pratas / Mónica Carvalho

18 - Padre Lino Maia reeleito para presidente da CNIS João Pratas / Mónica Carvalho

19 - Quem sou eu? Quem posso e devo ser? Frei Bernardo Domingues

20 - Visita de Sua Excelência O Presidente da República Manuel Amial

26 - Ceia de Reis Manuel Amial

32 - A Ceia de Reis e D. António Taipa João Alves Dias

33 - Grupo de Fados “Ecos de Coimbra” em Machado Vaz Lurdes Regedor

34 - Na Linha da Frente - A importância da Creche Maria Teresa Souza-Cardoso

37 - Um Exemplo Belmiro Teixeira

38 - Futebol Masculino da ODPS em 2009 Paulo Lapa Mensagens para o Espaço Solidário

39 - Donativos

Sumário

3Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

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4 Obra Diocesana de Promoção Social

EditorialEm tempos de privação que a sociedade portuguesa está vivendo, de

modo mais intenso a classe mais desfavorecida, são muitos os apelos a respos-

tas solidárias para ajudar a minorar os seus efeitos.

Felizmente que se multiplicam as iniciativas e as acções generosas das

instituições, de que é exemplo a Obra Diocesana, e que os cidadãos individual ou

colectivamente têm despertado para o problema e unem os seus esforços para

ajudar quem precisa.

A lembrar-me destes apelos e dos exemplos de resposta que importa

relevar e incentivar, dei por mim a recordar o exemplo de São Martinho.

Como é conhecido, o cavaleiro São Martinho de Tours num dos seus pas-

seios pelo campo, encontrou um pobre que tremia de frio.

Sensibilizado tomou a espada, partiu a sua capa ao meio e deu metade

ao pobre que tiritava, mitigando-lhe assim o frio e o desconforto.

- Mas Senhor! – protestou um dos seus homens – A capa que partiste era

muito valiosa!

- Tão rica – respondeu São Martinho – que era digna deste pobre!

Naquela noite o futuro Santo sonhou que Jesus estava a dizer ao Pai:

- Martinho repartiu a sua capa comigo!

Eu gostava de ter conhecido São Martinho de Tours.

Ele sabia que o rico que dá ao pobre se enriquece mais, porque os pobres

são os representantes de Cristo neste mundo.

Também a Obra Diocesana ao fazer o seu trabalho solidário está a seguir

o exemplo deste Santo: ajudando os que mais precisam!

Uma boa prática no campo da solidariedade apontada pelo Senhor Presi-

dente da República “em prol dos mais vulneráveis da cidade do Porto” na visita

que fez recentemente à Obra Diocesana no âmbito do seu Roteiro para a Inclu-

são.

Que Deus nos dê forças para continuarmos o nosso trabalho!

E que o tempo de Páscoa que se aproxima seja tempo de reflexão, de

solidariedade e de acção da sociedade portuguesa para com os nossos conci-

dadãos mais necessitados, bem dignos da nossa ajuda, como bem justificou São

Martinho.

Manuel Amial

Sigamos o exemplo

solidário de São Martinho

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Caros amigos,

Nunca o título terá sido tão certeiro como nas actuais

circunstâncias: Espaço Solidário!

Assim deve ser a revista, como o é a Obra Diocesa-

na de Promoção Social. Porque a actual crise económica e

laboral, requerendo certamente a actuação dos poderes pú-

blicos, exige, antes e acima de tudo, outra atitude de nós

todos. Atitude que se traduz precisamente em “solida-

riedade”. O Compêndio da Doutrina Social da Igreja

diz-nos, a este propósito, coisas fundamentais e muito

oportunas. Por exemplo, que “a solidariedade confere

particular relevo à intrínseca sociabilidade da pessoa huma-

na, à igualdade de todos em dignidade e direitos, ao caminho

comum dos homens e dos povos para uma unidade cada vez mais

convicta” (Compêndio, nº 192).

Digamos então que ser solidário é levar à prática a convicção de

que ninguém se realiza como pessoa sem manter uma relação positiva

com os outros, muito menos contra ou sem os outros, começando pe-

los mais próximos. Mas também aproximando-nos dos outros e das

suas necessidades, que também são nossas. Digamos ainda que

a solidariedade é um caminho comum e inadiável, rumo a uma

unidade mundial, que, sem esbater particularidades legítimas,

as conjuga em partilha enriquecedora de todos.

É bom saber que, aqui na nossa cidade e Diocese

do Porto, a Obra Diocesana de Promoção Social participa

inteiramente neste caminho. Que a Obra Diocesana é e

quer ser cada vez mais um Espaço Solidário!

+ Manuel Clemente

Mensagem D. Manuel ClementeBispo do Porto

5Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

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Obra Diocesana de Promoção Social6

de

Momento do Presidente

Espírito de Missão

Américo RibeiroPresidente do Conselho de Administração da ODPS

EspíritoTrabalho, serviço, acção, labor,

actividade, produção, criação, exercí-

cio, esforço, profissão, vocação, dedi-

cação, empenhamento, desempenho,

função, sentimentos, Missão… são

termos que se associam, se interligam

e que possuem entre si uma intenção

formativa, pedagógica, para além de

outros objectivos, como os comunica-

tivos.

Essa intenção subjacente, reti-

rada da sua semântica, pretende que

todos estes vocábulos adquiram a sua

máxima força e união e arquitectem

um todo coerente, consistente e har-

monioso, situando-se, logicamente, no

contexto próprio que lhe dará sustenta-

bilidade e desenvolvimento.

Esta perspectiva afirma, com

elevada compreensibilidade, que todo

o trabalho é importante, desde que

seja exercido consciente e responsa-

velmente.

A responsabilidade, dedicação,

espírito crítico e espírito de missão são

factores essenciais no exercício de um

ofício.

Qualquer profissão, sendo bem

desempenhada e construa, gradu-

almente, os objectivos que lhe estão

adstritos tem valor intrínseco e extrín-

seco.

Intrínseco na medida em que

concorre para a progressão da car-

reira, crescimento e felicidade indivi-

duais.

Extrínseco porque contribui

para o desenvolvimento da organiza-

ção em que está inserida e, simulta-

neamente, num âmbito mais alargado,

para o bem da civilização e do pro-

gresso geral.

Evidenciando agora a nossa

Instituição, Obra Diocesana de Pro-

moção Social (ODPS), uma Instituição

Particular de Solidariedade Social, que

só por esse facto, já tem significado es-

pecial, distinguimos duas partes, mas

que se interligam e interagem, forman-

do uma unidade: clientes e colabora-

dores.

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7Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

Missão

Os primeiros ocupam lugar ci-

meiro, pois são eles a razão da institui-

ção existir e a causa de haver colabo-

radores. Estes últimos, encontrando-se

ao serviço dos clientes, devem envidar

o máximo de esforços, no sentido de

cooperar, de serem construtores da

grande obra humana que solicita, cla-

ma, compromete, responsabiliza e va-

loriza quotidianamente.

Obra que requer um serviço

polivalente, muitas vezes imprevisível,

eficiente, inovador, capaz de dar res-

posta ou respostas sociais a quem não

pode e não sabe defender-se, nem

viver sem essa ajuda efectiva e orga-

nizada.

A ODPS luta pela vida, justi-

ça, harmonia e bem-estar.

É uma constatação agradá-

vel saber que todos, uns mais do que

outros, procuram cumprir com muita

dedicação e aperfeiçoamento o seu

cargo. Contudo, lembrar estas consi-

derações é útil.

Este serviço global, que agrupa

serviços diferenciados e envolve cerca

de três mil clientes e quatrocentos e

dez colaboradores pretende criar um

índice de felicidade e bem-estar entre

as duas partes, situação que conduz à

grande meta da ODPS.

Trabalhar nesta Instituição, da-

das as suas características, dada a

sua singularidade, implica o exercício

permanente de saber fazer, impreg-

nado de saber ser e saber agir com

muita humanidade, sensibilidade, cari-

nho e afeição.

Cada colaborador tem uma fun-

ção importante a desempenhar. Como

tal, deve inculcar nela o espírito de mis-

são. Este dulcifica, promove e inquieta,

três acções que facilitam o caminho.

A missão de cada um, culti-

vando a solidariedade e o amor ao

próximo, junta-se à missão da ODPS

e dá-lhe o verdadeiro sentido e ex-

pressão!

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A solidariedade em tempo de crise

O tempo é de crise. E parece

que a crise está para durar e ainda não

“bateu no fundo”.

De todos os lados vão apa-

recendo profetas a sentenciar que já

há muito a tinham adivinhado: eram

os aumentos imparáveis dos bens es-

senciais, foi o disparar do preço dos

combustíveis e a especulação nos

mercados, é a crise financeira e será

algo mais que estará para vir. Mas não

pode ser ignorado que essa crise é

também reflexo de uma verdadeira cri-

se de valores.

Por quantificar estarão as con-

sequências da crise. Inimagináveis,

certamente.

Alguns vão decretando que o

futuro gerado nesta crise será bem di-

ferente de um passado que a gerou. A

ver vamos.

Mas não será difícil de prever

que, desta vez, serão muitos os afec-

tados pela crise e que alguns não dei-

xarão de com ela lucrar. Muito prova-

velmente, os mais culpados passearão

incólumes e alguns até com ela pode-

rão beneficiar. Como sempre, ou quase

sempre.

Até nós, neste recanto europeu,

que estávamos como que a viver num

país por vezes apresentado como sen-

do o das maravilhas, não deixaremos

de ser atingidos por mais esta crise.

Já estaremos habituados, mas de bom

grado a dispensávamos.

Mas como a crise é global, tal-

vez haja quem imagine que ela não nos

atingirá sobremaneira e que os outros

que a provocaram não deixarão tam-

bém de a solucionar.

Para mais, nós até nos está-

vamos a portar quase bem e “quase”

saíamos de um estado depressivo de

uma longa crise.

Um “quase” para além das

eternidades…

Se as euforias geram depres-

sões, também é verdade que as crises

poderão favorecer renovados tributos.

Também entre nós eles se im-

porão. Certamente.

Por exemplo, se quisermos que

da crise nasça uma nova aurora, será

importante que se estabeleça uma es-

pécie de tabela de valores a assumir

e a respeitar. De cidadania, de percur-

so, de convivência e de integralidade.

Uma tabela a encimar a dos direitos

e deveres e com enquadramento nos

projectos educativos, políticos e so-

ciais. Com serena determinação.

O momento é este. Adiá-lo será

temeridade.

Aquele que foi dogmaticamen-

te apresentado como valor supremo

– o da lei do mercado – já se revelou

inconsequente e talvez inumano.

Depois, ou ao mesmo tempo,

impõe-se uma mais aprofundada refle-

xão sobre a economia e a actividade

económica. As suas metas deverão

ser o crescimento integral da pessoa

humana, de toda a pessoa humana e

Padre Lino Maia

de todas as comunidades humanas e

a respectiva harmonização entre elas,

pelo que o seu móbil não poderá con-

tinuar orientado unicamente para a de-

senfreada produção e para o desuma-

no, alienante e inebriante consumismo.

O império do homem deverá suceder

ao império do mercado. Com abran-

damento consumista, com aprofunda-

mento de valores e com reajustamen-

tos retributivos.

De uma vez por todas se impo-

rá que tudo seja equacionado em favor

do homem. No seu todo e de todos os

homens. Para que o homem tenha futu-

ro e o futuro seja humano.

A Obra Diocesana continuará a

dar o seu contributo…

Obra Diocesana de Promoção Social8

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9Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

Estive no Vaticano em 20-22

de Fevereiro a participar na reunião

Plenária da Academia Pontifícia para

a Vida à qual tenho a honra de perten-

cer desde a sua criação, há 15 anos,

pelo saudoso Papa João Paulo II.

O tema deste ano era, ao

mesmo tempo, científico e ético:

Será que é possível e aceitá-

vel discriminar os seres humanos com

base na sua constituição genética?

Será aceitável impedir o nas-

cimento de seres humanos com alte-

rações genéticas?

Será que é desejável criar

uma humanidade constituída apenas

por seres perfeitos?

A resposta a estas perguntas

mobilizou cientistas, filósofos e teólo-

gos da maior qualidade, que debate-

ram o tema dos testes genéticos em

fetos, durante a gravidez, e até em

embriões constituídos no Laboratório

para escolher os perfeitos ou os úteis

eliminando os que tenham alterações,

por abortamento ou por eliminação

no Laboratório.

Todos foram unânimes em

responder não a estas três questões.

Os seres humanos valem

muito mais do que a sua genética e

ninguém é geneticamente perfeito

porque a perfeição genética é uma

utopia. Conviver com a diferença é

uma responsabilidade social.

Bento XVI, que nos recebeu

em audiência privada, foi muito claro

“É necessário repetir que

qualquer discriminação exercida por

qualquer poder em relação a pes-

soas, povos ou etnias com base em

diferenças relacionadas com reais ou

presumíveis factores genéticos é um

atentado contra toda a humanidade”

Diariamente, os que traba-

lham nesta Obra, fazem a experiência

vivida de não discriminarem ninguém

por ser diferente, Nem diferenças cul-

turais nem diferenças étnicas, nem

diferenças de capacidade intelectual

ou física jamais levam a uma discri-

minação por parte de quem aqui tra-

balha, a qual, como acentua o Papa,

seria uma ofensa grave à própria hu-

manidade.

Seria pensar que há pessoas

de primeira e pessoas de segunda ou

de terceira categoria.

Os frágeis, os diminuídos, os

vulneráveis merecem uma discrimi-

nação, sim, mas que seja discrimi-

nação positiva. Merecem, sim, mais

atenção, mais carinho, mais dedica-

ção por parte de quem os acompa-

nha e acolhe.

Quando a Obra usa este crité-

rio de dar mais a quem mais precisa

está a ser justa e esta justiça deve ser

agradecida por todos os cidadãos de

boa vontade

Discriminar, é perigoso

Professor Daniel Serrão

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Obra Diocesana de Promoção Social10

Generosidade gota a gota

Muitas vezes, ao entrar na

Casa da Rua D. Manuel II onde fun-

cionam os Serviços Centrais da

Obra Diocesana, evoco a figura dos

Viscondes de S. João da Pesqueira

– Luís Maria de Sousa Vahia Rebelo

de Morais (27.11.1862 - 01.09.1925)

e D. Maria Adelaide Pinto da Silva

(08.08.1854 - 18.03.1949) – que nela

habitaram e, no início do século XX,

com “mão” do arquitecto Gerard von

Kriken, lhe deram a configuração ac-

tual.

Habituados a viver em Roma

e em Paris, os Viscondes não esque-

ceram nunca o seu Porto de origem

e de abrigo, e muito menos esque-

ceram a Igreja do Porto para a qual

tiveram uma generosidade descon-

certante.

Tendo fundado, em Maio de

1898, com outras figuras ilustres por-

tuguesas, o Colégio Português de

Roma, os senhores Viscondes deixa-

ram todos os seus bens ao Seminário

Maior do Porto, numa prova pública

do muito amor que dedicavam à Igre-

ja portucalense.

Do seu legado, sobressai esta

Casa apalaçada onde, em boa hora,

se instalaram os serviços centrais da

Obra Diocesana.

O «14» é uma prova da enor-

me generosidade dos Viscondes,

nomeadamente da Senhora D. Maria

Adelaide, para com a Igreja do Porto.

Por certo, querendo que a sua resi-

dência fosse, no futuro, um local onde

os organismos eclesiais, nomeada-

mente a Acção Católica, pudessem

reflectir, rezar e agir, não imaginaria

a Senhora Viscondessa, ao falecer

em 1949, que a sua casa se tornaria,

décadas depois, um ponto essencial

no movimento de solidariedade social

que, mediante a Obra, a Diocese do

Porto realiza nos bairros da cidade.

São gestos como este de ge-

nerosidade efectiva que marcam a

história da solidariedade. Não que se

possam repetir facilmente actos de tal

magnitude; porém, a generosidade,

como trave mestra da solidariedade,

seja em doação pessoal, seja em en-

trega material, há-de marcar sempre

a acção da Obra Diocesana.

Em regra, nem são os grandes

gestos que fazem a solidariedade ter

eficácia. Se aqueles lhe dão visibili-

dade, os gestos menos visíveis (de

dentro e de fora da Obra) aportam à

solidariedade a solidez que ela exige

para agir no dia a dia.

Fundamentais são os gestos

de pequena dimensão, mas gestos

autênticos e perseverantes, fruto da

convicção pessoal profunda de quem

sabe que, na construção do futuro,

nenhum grão de areia é dispensável.

Daí o apelo do Bispo do Porto

à prática de uma “solidariedade acti-

va”, em tempo de Quaresma. Porque,

como disse alguma vez Mãe Teresa

de Calcutá, “por vezes sentimos que

Bernardino ChamuscaPresidente do Conselho de Administração da ODPS

aquilo que fazemos não é senão uma

gota de água no mar. Mas o mar seria

menor se lhe faltasse uma gota”.

Essa gota que é cada um de

nós!

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11Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

“A Caridade fraterna é a luz de Deus”

Caridade é Amor, e Amor ao

próximo, é vida santificante, é frater-

nidade.

No Mundo laico de hoje, a pa-

lavra caridade tem vindo a ser subs-

tituída pela palavra solidariedade,

modo envergonhado de designar a

caridade autêntica.

Von de Mines referia que “os

homens que se dizem incapazes de

ser solidários com os outros homens,

normalmente querem governa-los”.

Sem dúvida que a solidariedade,

como forma de relacionamento hu-

mano, já é importante, nomeadamen-

te na solidariedade politica, social,

económica, financeira, etc., mas a

caridade autêntica ultrapassa os do-

mínios humanos para ir ao encontro

de Deus. É, acima de tudo, um viver

e sentir o outro como de si mesmo se

tratasse (na forma heróica que a to-

dos nos interpela, é uma não-vivên-

cia de si mesmo para viver no outro).

“Amar a Deus sobre todas as coisas e

ao próximo como a nós mesmos”, é o

primeiro mandamento que Deus nos

legou nas Tábuas do Sinai.

Com a sua costumada gra-

ça, Jô Soares, dizia, num dos seus

programas televisivos que “egoísta

é aquele que se coloca antes de si

mesmo”, e acrescento eu, se duplica

para tapar o próximo! O mesmo diz

de outro modo o poeta castelhano

António Machado: “os meus olhos ao

espelho são olhos cegos que olham

para os olhos com que eu os vejo”,

ou seja, o olhar sobre si mesmo nada

mais vê que a si mesmo.

Cristo, no seu testemunho de

dar a vida por todos e cada um de

nós, ao deixar-se pregar no madeiro

feito Cruz, deu-nos o sinal que é pre-

ciso mais e mais caridade para mu-

darmos este mundo cada vez mais

economicista, ou seja, mais egoísta.

A autêntica Caridade, o ver-se

e sentir-se no outro como em si mes-

mo, é sinónimo de Paz para quem a

pratica e para quem a recebe, e é a

única seiva para um mundo fraterno.

Professor Francisco Carvalho Guerra

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Obra Diocesana de Promoção Social12

> Realização da Ceia de Reis

> Tomada de posse dos no-

vos Corpos Sociais para o triénio

2008-2010.

> Renovação do boletim “Es-

paço Solidário”, com o aumento do

número de páginas, novos cronistas,

novo e melhorado o aspecto gráfico.

> Reuniões diversas com vis-

ta à criação de um Centro de Noite.

> Visita de todos os espaços

da Obra Diocesana por parte do

novo Conselho de Administração

> Admissão de um novo Téc-

nico de Serviço Social, para garantir a

continuidade deste serviço nos Cen-

tros da Instituição, a lacunas previsí-

veis dentro de algum tempo.

> Visita do Senhor Padre Lino

Maia, Assistente Eclesiástico da Ins-

tituição, a todos os Centros Sociais,

com grande envolvimento por parte

dos colaboradores e utentes.

> Continuação da implemen-

tação do Sistema de Gestão da Qua-

lidade.

> Elaboração do Projecto

Educativo da Instituição.

> Remodelação do site www.

odps.org.pt.

> Criação de uma rede inter-

na de telecomunicações móveis, com

a distribuição de um telemóvel pelos

colaboradores de categorias profis-

sionais que dele necessitam.

> Realização da Reunião Ge-

ral de Colaboradores.

> Realização do Jantar de

Beneficência com alta colaboração

do Chef Hélio Loureiro.

> Promoção de diversas ac-

ções de formação profissional.

> Participação na organiza-

ção de uma Conferência subordinada

ao tema Tratado de Lisboa, promovi-

da pelo Secretariado Diocesano de

Pastoral Social e Caritativa.

> Participação dos membros

do Conselho de Administração em

vários convívios nos Centros Sociais

da Instituição.

> Renegociação dos acordos

de ATL com o Centro Distrital de Se-

gurança Social do Porto.

> Início dos contactos com

Sua Reverendíssima, D. Manuel

Clemente, Bispo do Porto, a fim da

apresentação de um projecto para

a construção de um Lar de Idosos.

> Realização do Passeio Anu-

al dos Colaboradores, que teve como

destino Trás-os-Montes.

> Recepção de diversos dona-

tivos em espécie por parte das empre-

sas Cerealis, Lactogal e Valmaltex.

> Aquisição de diverso equi-

pamento geriátrico (camas articula-

das, colchões anti-escaras, cadei-

ras de rodas, entre outros).

> Atribuição de um prémio à

Instituição pelo Consejo Iberoamerica-

no en Honor a la Calidad Educativa.

> Instalação de redes mos-

quiteiras e lavatórios com comando

não manual em todas as cozinhas.

> Renovação do Protocolo de

Colaboração com a Câmara Munici-

pal do Porto.

> Realização do Dia da Obra,

sob o lema “Arco-íris dos Afectos”,

no Coliseu do Porto.

> Apoio a agregados familia-

res carenciados, através do Fundo

Social Diocesano.

> Elaboração de novos Re-

gulamentos Internos para cada va-

lência.

> Comemoração do Dia do

Idoso com a celebração de uma

missa na Sé Catedral por D. Manuel

Clemente, envolvendo cerca de 500

idosos.

> Realização de um Leilão

de Arte e Antiguidades, em colabo-

ração com a leiloeira Porto Antigo

Leilões e sob o alto patrocínio de

Suas Altezas Reais Os Senhores

Duques de Bragança.

> Admissão de um sociólogo.

> Estabelecimento de uma

parceria com a Casa do Lavrador –

Associação Cultural e Recreativa de

Santa Cruz do Douro.

> Realização, pelo Senhor

Prof. Doutor Rogério Matos Gui-

marães, de uma palestra intitulada

“Escola de Valores – Viver Melhor”

dirigida a todos os Colaboradores.

> Organização e participação

na actividade “Chama da Solidarie-

dade”.

> Participação na actividade

“Festa da Solidariedade”.

> Visita do Director do Cen-

tro Distrital de Segurança Social do

Porto, Dr. Luís Cunha, e da Dra. Ma-

ria João Bastos a todos os Centros

da Obra.

> Início da implementação do

sistema HACCP.

> Início das obras de adapta-

ção e ampliação do Centro Social de

Fonte da Moura.

> Realização da Festa de Na-

tal dos Filhos dos Colaboradores.

> Participação na actividade

ecológica “Planeta Azul” no Centro

Comercial Dolce Vita a convite da

Empresa Chamartin.

> Participação na Arca de Na-

tal, organizada pela Câmara Munici-

pal do Porto.

Porto, 31 de Dezembro de

2008

O Conselho de Administração

ANO 2008 | Ano da INOVAÇÃO e CONFIANÇA

Conselho de Administração

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Por solicitação da Obra Dioce-

sana, venho, gostosamente, partilhar

com os leitores de ESPAÇO SOLIDÁ-

RIO uma reflexão à volta do lema que

me foi proposto: “ a senda da Paz”.

Não sendo adivinho, tentei

interpretar o porquê deste lema na

actual conjuntura do Mundo e da

Sociedade Portuguesa, bem assim

como na missão e acção da Obra

Diocesana.

Sou dos que sempre admirei

a visão pastoral e intelectual estraté-

gica do querido e saudoso D. António

Ferreira Gomes e que naturalmente

inspirou todo o seu percurso pastoral

na Diocese do Porto.

Foi precisamente esta visão

de longo prazo que constituiu o ali-

cerce da iniciativa por ele tomada de

dotar vários bairros sociais da cida-

de do Porto de equipamentos sociais

onde os muitos moradores, vítimas

de desalojamentos e realojamentos

resultantes das políticas de erradi-

cação de barracas clandestinas que

viriam a ser substituídas por empre-

endimentos de luxo, pudessem en-

contrar um acompanhamento social

da Obra Diocesana, numa acção

programada que ficou nesses bair-

ros como um “marco eclesial” que

assinala a relevância que a Diocese

do Porto, através da sua presença e

intervenção social junto de famílias e

comunidades humanas que se foram

aglomerando nestes bairros!

Quando me foi proposto o

lema desta reflexão (no intervalo de

uma reunião em Fátima), veio-me logo

à mente uma das mensagens que, to-

dos os anos, o Santo Padre apresenta

ao Mundo para meditação, a saber:

JUSTIÇA, CAMINHO PARA A PAZ!

Porque é que, entre tantas

mensagens apresentadas pelos su-

cessivos Papas ao Mundo, no Dia

da PAZ, dia 1 de Janeiro, fui escolher

precisamente esta?

Por três razões:

1ª- Por conhecer o valor que

D. António Ferreira Gomes, enquanto

Bispo do Porto, concedia à JUSTI-

ÇA, no pressuposto de que a leitura

que ele fez do tempo que lhe tocou

viver, numa sociedade e numa cida-

de concretas, foi certamente a razão

de muitas iniciativas que tomou na

defesa da JUSTIÇA e na denúncia

das INJUSTIÇAS, iniciativas que o

obrigaram a pagar o elevado preço

do exílio!

2ª- Pela constatação do clima

de INJUSTIÇAS que teimosamente

nos persegue, a ponto de ninguém

compreender muito bem como é que

Portugal continua com um tão escan-

daloso fosso entre os muito ricos e os

muito pobres, com tantas desigualda-

des sociais!

3ª- Pela repetição na histó-

ria e na cidade do Porto, bem assim

como noutras cidades, de algumas

conjunturas em muito semelhantes

àquelas que, noutros tempos, leva-

ram à deslocação de gente acam-

Padre José MaiaFundação Filos

A Senda da Paz

pada em barracas para as realojar

em bairros sociais, deixando livres,

e sem encargos, espaços que cons-

tituíam a cobiça de grandes investi-

dores, que, ontem como hoje e hoje

como então, estão sempre à esprei-

ta de solos livres que, mais cedo ou

mais tarde, lhes vão cair no colo na

forma de “créditos imobiliários” para

o que der e vier!

O tema que me foi proposto:

“ na senda da Paz” poderá constituir

uma forma de dar a conhecer uma

ideia/preocupação que, apesar de

ser da minha, e só da minha inteira

responsabilidade, me atrevo a parti-

lhar com os leitores de ESPAÇO SO-

LIDÁRIO.

Quem sabe se este “estado

de alma”, aqui transmitido, poderá

constituir um convite à vigilância que

urge assumir, em nome da cidadania

participativa, de modo a que pessoas

e famílias inteiras não continuem a ser

tratadas como “gente em permanen-

te exílio nas suas cidades”, à mercê

de políticas que, poderão até estar

suportadas em teorias económico-so-

ciais na moda… mas que, na hora da

verdade, vão semeando insegurança

e sofrimento em centenas de famílias

que têm direito às suas cidades e ao

respeito pela sua dignidade humana!

13Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

EspSolid-14.indd 13 23/03/09 17:18:42

Obra Diocesana de Promoção Social14

Sara CardosoTécnica de Serviço Social

As questões ligadas à preservação da identidade e intimidade devem ser um ponto fulcral no cuidado ao idoso.

O cuidador não deve considerar o idoso como mero objecto de cuidado, mas como um sujeito com uma autonomia

e uma identidade a preservar. Por muito que o idoso precise de ajuda para desempenhar as suas actividades da vida

diária e tenha um determinado grau de dependência física ou cognitiva, a preservação da sua intimidade e identidade

deve ser tida em consideração durante a prestação de cuidados.

Isto é conseguido através da forma como o cuidador comunica com o idoso e da forma como o cuidado é pres-

tado. O cuidador deve comunicar de forma respeitosa mesmo quando o idoso se encontra mentalmente incapaz e deve

preservar a intimidade do seu corpo.

Para a melhor compreensão desta questão por parte não só das nossas colaboradoras da Obra Diocesana de

Promoção Social, mas também para todos os cuidadores formais e informais de idosos transcreve-se, de seguida, uma

carta de uma senhora aos cuidadores de um Lar de Idosos sobre a forma como deseja ser tratada.

Nós por dentro...

“A um Lar de Terceira Idade”

“Em primeiro lugar, permitam-

me que me apresente, pois no ano

2010 terei 80 anos e é possível que

seja um dos vossos residentes. Como

possivelmente nesse momento serei

incapaz de vos comunicar os meus

desejos, aproveito a ocasião que hoje

tenho para o fazer e vos dizer como

queria que me tratásseis se tivesse

que passar uma larga temporada con-

vosco.

Primeiro gostaria de conservar

a minha identidade. Eu sou a Sra. Wills

e é assim que desejo que me tratem.

Não quero converter-me em “avozi-

nha”, em “Rosinha” ou na “Senhora da

cama 9”. Quero manter o meu nome,

quero continuar a ser a Sra. Rosemary

Wills.

Uma das coisas mais impor-

tantes para mim é a minha intimidade.

Poderei ter um quarto individual? Pro-

vavelmente não, e nesse caso vede

bem se há cortinas em torno da cama

e se estão corridas enquanto me la-

vam ou vestem.

Se tendes que me lavar, asse-

gurai-vos, por favor, da temperatura

da água. Não suporto lavar-me com

água fria e muito menos o suportarei

quando for velha. Dêem muita aten-

ção em secar-me bem, nada mais

desagradável que sentir-se molhado.

Quando me derem banho, cuidai não

só da minha higiene, mas também da

minha dignidade e intimidade, por fa-

vor. Se não for capaz de me vestir só,

espero que quem me cuidar se esfor-

ce em manter a minha boa aparência;

gostaria que desse atenção ao que

me veste (até tentando que as blusas

combinem com as saias), que não me

ponham meias velhas (ou collants com

malhas), que não permita que a com-

binação apareça por baixo do vestido

e, por Deus, não me enrole as meias

abaixo dos joelhos!

Depois, uma vez vestida, po-

dem pentear-me? Ah, espero que não

se esqueçam de lavar os dentes!

Algumas vezes irei à sala. Se

Este texto é uma carta escrita e endereçada a um Lar de Idosos por uma enfermeira americana que, preparando

o futuro, resolve dar indicações sobre a forma como deseja ser tratada.

Poderemos considerá-lo como “uma cartilha de comportamentos, de como tratar as Pessoas Idosas com Digni-

dade”.

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15Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

pudéssemos estar tranquilos!

Estou certa que não é preciso

deixar a televisão ligada todo o dia,

sem se preocuparem se alguém olha

para ela…

Se tiver livros por perto, vede se

tenho os meus óculos, se não ser-me-á

impossível ler…

Se, no momento das refeições,

for incapaz de cortar os alimentos, es-

pero que alguém o faça por mim. Se

for preciso, não tenho nenhum incon-

veniente em comer com colher, desde

que me sirvam a comida num prato

fundo e não num prato raso, que me

obrigaria a ir à caça dos alimentos.

Gostaria de ter um guardanapo, nem

que seja de papel, mas que não seja

um “babete”…

Se me tornar incontinente, po-

deriam continuar a tratar-me como um

ser humano?

Por favor, não me façam cara

feia quando descobrirem os meus len-

çóis molhados. Não me tratem nunca

por “porquinha”, não me ralhem como

se o fizesse de propósito. Se posso

usar fraldas, não me ponham sonda por

razões puramente práticas. Não que-

ro passear-me com um saco de urina

pendurado; seria um objecto de curio-

sidade dos outros, o que me causaria

um enorme mal estar psicológico.

Seria uma prova de gentileza

da vossa parte algum interesse pela

minha família, pelas fotos que tenho na

mesa de cabeceira; no entanto, pare-

cer-me-ia pouco caridoso que me per-

guntassem por que não se ocupam de

mim os meus familiares ou porque ra-

zão os meus filhos não vêm visitar-me

mais vezes ou não me têm com eles.

Serei feliz se puder sair de vez

em quando, ver árvores em flor na Pri-

mavera, o mar no Verão ou simples-

mente instalar-me no jardim quando o

tempo o permitir.

Quando estiver internada,

o meu mundo será muito reduzido;

permitam-me que participe no vosso.

Falai-me da vossa família, dos vossos

amigos; deixai que fale da minha vida

passada, fingi, se for preciso, que vos

interessais, mesmo quando repetir o

que disse ontem ou antes de ontem.

Poderei parecer-vos exigente,

exagerada nos meus pedidos, mas o

que desejo é só:

- quero afecto;

- quero ser bem tratada;

- quero ter uma pessoa amigá-

vel, que se ocupe de mim.

Estou segura, queridas cole-

gas, que já utilizais todos estes prin-

cípios, mas seria bom que os transmi-

tísseis às enfermeiras jovens já que,

no ano 2010, quero ser atendida por

peritas, que sejam amigáveis como

profissionais competentes. Ao fim e ao

cabo, desejaríeis o mesmo se tivésseis

que suportar um longo período de in-

ternamento?”

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Obra Diocesana de Promoção Social16

Não foi um jardineiro qualquer que nos plantou

na irmã terra - o grande jardim do mundo.

A vida é como semente,

da qual vai germinar a árvore frondosa que espera

o agricultor.

A vida é semente regada, dia após dia,

para que nasçam flores e frutos,

para a colheita abundante!

Não somos capazes de comparar

a semente e o fruto,

e muito menos os frutos e a colheita…

Sabemos, isso sim, que um dia,

um especial jardineiro nos plantou,

para que, em tempo de nova primavera,

saibamos colorir o mundo de vida

e de alegrias profundas!

De flores e frutos que se abrem ao sol da esperança

e se deixam colher,

porque chamados para dar

silenciosamente, sem ruído…

Esta grande Quaresma

seja de atitudes novas,

de vivências comprometedoras,

de visão correcta de que somos

CONFHICCongregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Imaculada Conceição

e do que somos chamados a ser e a dar!

Seja uma Quaresma grande

• emtemposfortesderecolhimento,para

harmonizar a vida;

• Emopçõesrevitalizantesdeumavidatãoíntima

quanto solidária;

• compassoscertosdequemselevaaodeserto,

porque o quer e livremente o deseja.

Uma Quaresma grande,

em que todos percebam o perfume

d’Aquele que nos amou

e se entregou por nós,

por inteiro e em extremo!

Uma Quaresma grande

que nos faça explodir o coração

de energias inesperadas,

de proximidades samaritanas

como quem se inclina,

diante do próximo, mais próximo.

Uma Quaresma grande,

capaz de fazer suscitar

a chama que fumega…

porque...todos os dias nasce o sol

o Sol da Esperança!

O novo Sol da Esperança!

EspSolid-14.indd 16 23/03/09 17:18:46

17Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

João Miguel PratasDirector do Economato, Logística e Manutenção

Nutricionista

Mónica Taipa de CarvalhoDirectora dos Recursos Humanos e Jurídicos

Advogada

Formação “práticas de cozinha”

Para dar seguimento ao lema

“Qualidade – Chave de Futuro”, o Con-

selho de Administração (CA) da Obra

Diocesana tem vindo a praticar um

intenso calendário de formação profis-

sional para todos os colaboradores da

Instituição.

No âmbito deste desígnio e

tendo sempre como objectivo máximo

a satisfação dos clientes na área da ali-

mentação, decorreu ao longo dos últi-

mos meses uma nova edição do curso

“Práticas de Cozinha”.

Esta edição beneficiou todas

as ajudantes de cozinha dos Centros

Sociais de Carriçal, Fonte da Moura,

Pasteleira, Pinheiro Torres, Rainha D.

Leonor, Regado e São Tomé.

A acção de formação teve

como objectivo principal dotar as cola-

boradoras de noções básicas de pre-

paração de alimentos e confecção de

refeições, procurando uma uniformiza-

ção de procedimentos.

Como já vem sendo hábito, a

formação decorreu no Centro Social da

Pasteleira, tendo sido ministrada pelo

Chefe Tiago Coelhoso. Desde o início,

este conseguiu uma enorme empática

com as formandas, tendo transmitido

uma série de novas práticas e atitudes

perante o trabalho diário que, apesar

de rotineiro, constituiu um ponto fulcral

para a qualidade merecida e exigida

pelos clientes.

O curso terminou com um almo-

ço em que as formandas apresentaram

diversas iguarias por elas confecciona-

das e em que era mais que notória a originalidade e a criatividade que o Chefe

Tiago imprimiu nesta formação. Neste almoço estiveram presentes o Presidente e

a Secretária do CA, os Directores de Serviço e a Responsável do Centro Social da

Pasteleira que juntamente com as formandas e com o Chefe saborearam todos

os pratos confeccionados.

O Presidente do CA encerrou a acção com um discurso de motivação às

formandas, elogiando o seu desempenho e realçando a sua importância para o

bom funcionamento dos Centros Sociais.

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Obra Diocesana de Promoção Social18

João Miguel PratasDirector do Economato, Logística e ManutençãoNutricionista

Mónica Taipa de CarvalhoDirectora dos Recursos Humanos e JurídicosAdvogada

Padre Lino Maia reeleito para presidente da CNISO Padre Lino Maia, actual presidente da Confederação Nacional das Insti-

tuições de Solidariedade (CNIS) e Assistente Eclesiástico da Obra Diocesana de

Promoção Social, foi reeleito para mais um mandato de três anos (2009-2011) à

frente da principal organização de instituições de solidariedade social do país.

A CNIS representa mais de 2500 Instituições Particulares de Solidarieda-

de Social (IPSS) que significam, em conjunto, mais de 70% das respostas sociais

em Portugal asseguradas pelo chamado sector da economia social solidária.

A eleição aconteceu a 31 de Janeiro, em Fátima, no último dia do IV Con-

gresso Nacional da CNIS. A lista encabeçada pelo Padre Lino Maia atingiu a vi-

tória com quase 64% dos votos. No seu discurso, o presidente reeleito disse que

“os tempos são de crise, mas nada que seja superior à nossa determinação”.

“A educação é a via, diria única, para o crescimento adequado e harmóni-

co desenvolvimento”, com todos e “nunca contra ninguém”, referiu ainda. A

qualificação do Terceiro Sector foi uma das propostas defendidas pelo Padre

Lino Maia, o qual considera que “a qualidade será, no curto prazo, o elemento

diferenciador mais importante para a escolha” destes serviços.

Presente neste Congresso esteve Sua Excelência O Presidente da Re-

pública, Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, que deixou alertas para a falta

de recursos das IPSS. Sobre a realidade dos “novos pobres”, o Presidente da

República sublinhou que esta “já não se alimenta de ilusões” e que “a sua di-

mensão e intensidade são razões suficientes para que encaremos com verdade e

firmeza os tempos difíceis que vivemos, mas também com esperança e ambição

os tempos futuros que desejamos construir”.

Neste contexto, o Senhor Presidente da República disse que é “importan-

te fazer chegar ao maior número de cidadãos em situação de carência os escas-

sos recursos geridos pelas instituições públicas e privadas de solidariedade”,

afirmou, frisando que “mais importante é que o façamos no respeito pela dig-

nidade de cada pessoa, cada família, cada caso a que pretendemos acudir”.

O Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva saudou todos os representantes

das instituições de solidariedade e expressou o seu reconhecimento pelo trabalho

que têm vindo a desenvolver no sentido

de contribuir para que a sociedade por-

tuguesa seja mais coesa, mais solidária,

mais justa e mais desenvolvida. Desta-

cou ainda que, com esta nova realidade

social, “é urgente mobilizar a força

solidária dos portugueses” e, neste

sentido, as organizações e instituições

de solidariedade são “catalisadores” de

iniciativas solidárias. O Senhor Presi-

dente da República terminou o seu dis-

curso com um apelo “por um Portugal

mais justo e solidário”.

O Ministro do Trabalho e da

Solidariedade, Dr. Vieira da Silva, que

também esteve presente no Congres-

so, sublinhou “a dimensão e a im-

portância social da CNIS”, dado que

congrega um “vastíssimo conjunto de

instituições” que têm como objectivo a

solidariedade e a coesão social.

Num balanço aos dois dias de

reunião nacional, o Presidente da CNIS

destacou uma ideia – a esperança. “Há

gerações a vir que precisam de um fu-

turo melhor. É importante que haja a

promoção de um envolvimento geral,

temos que dar as mãos para resolver

a crise. Os pobres, os marginalizados,

os desempregados vão aumentar este

ano e esperam muito de nós”, referiu.

A Obra Diocesana esteve pre-

sente neste Congresso, tendo-se feito

representar pelo Presidente e pelo Te-

soureiro do Conselho de Administra-

ção, os quais, em primeira mão, felici-

taram e saudaram o Padre Lino Maia

pela sua vitória.

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19Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

Quem sou eu? Quem posso e devo ser?

É útil avaliar-me, com a pos-

sível autenticidade, identificando o

próprio temperamento, o carácter e

as capacidades de ser em si e por si;

até que ponto sou pessoa conscien-

te, competente, honesta, verdadeira,

vocacionada e operativa, fazendo o

bem, bem feito, na partilha solidária e

discreta na vida familiar e social.

Todos somos filhos biológi-

cos, com uma determinada carga

genética traduzida em tendências e

temperamento primário, secundário,

optimista, pessimista e uma dinâ-

mica activa ou passiva no estilo de

enfrentar a problemática da vida nas

ocorrências e eventualidades. É com

estas tendências que devo construir

o meu “eu” possível.

Além desta identidade bási-

ca, psicossomática e psicossocial,

existem circunstâncias influentes

tais como: a qualidade e vivência do

amor filial e fraterno, as capacidades

de aprendizagem, relacionamento

com os professores, assim como, o

contexto de abundância ou carência

e a marca educacional de preparar

ou não para a qualidade e verdade

na vida operativa.

No arco da vida pessoal há

sempre a oportunidade de avaliar a

história vivida ou sofrida, ponderar os

acertos e os fracassos e a eventual

causalidade intrínseca, ocasional ou

contextual. Pelo que é oportuno para

ver, julgar e agir segundo a oportu-

nidade para escutar, olhar, ponderar

e decidir com a liberdade possível e

esclarecida consciência do dever.

Em vez de pregar sermões aos

Frei Bernardo Domingues

outros, devo assimilar os valores na minha vida e viver do modo discreto mas exem-

plar para que os bem intencionados descubram que sou pessoa inteligente, culta,

discreta e que vivo com prudência o dia a dia, ou seja, que pensa com liberdade e

decide com responsabilidade e de modo discreto mas produtivo e coerente.

Todos nós, por acção, omissão ou falta de sentido de oportunidade, co-

metemos erros que nos fazem mal e com eventuais consequências negativas

para os outros. Sem ressentimentos ou desânimo pessimista, devemos refazer

a capacidade de emendar a caminhada para a auto-realização, aprendendo a

não repetir o que foi disfuncional ou negativo. Não interessa chorar sobre leite

entornado, mas pode ser uma oportunidade para aprender a ser cauteloso,

humilde e verdadeiro e não desistir de ser o que posso e devo ser, aprendendo

a perdoar sem ressentimento os erros alheios.

Porque a história dever ser mestra da vida, devo programar os objecti-

vos futuros com realismo e coragem persistente, estudando as estratégias ade-

quadas, sem desistir de programar eventuais alternativas no caso de fracassos

insuperáveis porque é insensato insistir na asneira por imponderação ou teimo-

sia estúpida. Porque o caminho faz-se caminhando, vamos para a frente com

clarividência e persistência.

Uma coisa é sonhar e outra é programar, tendo em conta quem sou eu,

aqui e agora, em questões de idade, limitações, capacidades efectivas e meios

disponíveis. É sadio aceitar os limites, desenvolver com realismo as possibili-

dades e responder às necessidades pessoais e dos outros. Não interessa que

seja fácil, o importante é um caminho de respeito humanista para não cair no

desânimo, revolta ou pessimismo depressivo.

É importante descobrir uma vocação, uma orientação de vida significativa

e à medida do que posso e devo realizar com sentido e que marque a minha “ca-

minhada-história” com verdade, empenhamento e dignidade exemplares. Depois

de definir ponderadamente os objectivos a atingir a curto, médio ou longo prazo,

é importante identificar os meios e os ritmos a prossegui, ou seja: para onde quero

ir, que pertinentes métodos posso e devo utilizar para ter sucesso e fazer os ou-

tros felizes pela minha intervenção de remar para orientação adequada.

Nas nossas opções de vida é fundamental bem combinar o essencial,

a flexibilidade inteligente e a persistência diligente e realista. A teimosia é pró-

pria dos estúpidos, a adaptação ao real da vida é sinal de quem avança com

antenas e bússola. Ávida é uma aventura com riscos que exige objectivos bons

e possíveis, recorrendo aos métodos possíveis com clarividência e flexibilidade

inteligente, tendo em conta o eu, os outros e contexto existencial, ou as cir-

cunstâncias influentes, mas que não destrói a capacidade de me tornar livre,

consciente, responsável e misericordioso, no respeito por mim e pelos que, fre-

quentemente, são melhores do que parecem desde que sejam bem acolhidos

e cuidados.

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Obra Diocesana de Promoção Social20

Manuel AmialVogal do Conselho de Administração

Presidente da República visitou a obra diocesana no seu roteiro para a inclusão

O Senhor Presidente da Re-

pública Prof. Dr. Aníbal Cavaco Sil-

va, acompanhado da Esposa Dra.

Maria Cavaco Silva, visitou a Obra

Diocesana de Promoção Social, no

seu Centro Social da Pasteleira, no

passado dia 9 de Março, no âmbi-

to da 5.ª Jornada do Roteiro para a

Inclusão.

A data desta visita coincidiu

com a comemoração nesse mesmo

dia de três anos a ocupar o cargo de

Presidente da República.

A recebê-lo esteve o Presi-

dente do Conselho de Administração

da Obra Diocesana, Américo Ribeiro,

restantes membros do Conselho e dos

demais órgãos sociais e a responsá-

vel do Centro Social da Pasteleira Dra.

Teresa Carvalho.

A aguardar a comitiva presi-

dencial registamos também as pre-

senças do lado religioso, nomeada-

mente do Bispo Auxiliar do Porto D.

João Miranda, em representação do

Bispo D. Manuel Clemente, ausen-

te em Roma, Assistente Eclesiástico

da Obra Diocesana Padre Lino Maia,

também Presidente da Confederação

Nacional das Instituições de Solidarie-

dade Social (CNIS), Cónego Fernando

Milheiro Leite e Padres Domingos Oli-

veira e Dr. José Lopes Baptista.

Do lado civil registamos as pre-

senças, nomeadamente, do Presiden-

te da Câmara Municipal do Porto Dr.

Rui Rio, Vereadora da Acção Social

Dra. Matilde Alves, Governadora Civil

Dra. Isabel Oneto, Presidente do Insti-

tuto da Segurança Social Dr. Edmundo

Martinho, Director do Centro Regional

da Segurança Social Dr. Luís Cunha,

Presidente da Junta de Freguesia de

Lordelo do Ouro Dr. Alberto Lima, Pre-

sidente da Caritas Portuguesa Prof.

Eugénio da Fonseca, Presidente da

UDIPS Prof. Artur Borges, Presidente

da Caritas do Porto Dr. Barros Mar-

ques, Prof. Dr. Francisco Carvalho

Guerra, Prof. Dr. Daniel Serrão e Chefe

Hélio Loureiro.

Uma moldura humana de cer-

ca de 1.400 pessoas entre crianças e

idosos dos vários Centros Sociais da

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21Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

Obra Diocesana recebeu entusiasti-

camente o Presidente Cavaco Silva e

Esposa, à chegada ao Centro Social

da Pasteleira.

A acompanhar o Presidente da

República estiveram, nomeadamente,

o Secretário de Estado da Segurança

Social, Dr. Pedro Manuel Dias Marques

e o Deputado do Bloco de Esquerda,

Dr. João Semedo.

O Presidente descerrou uma

placa comemorativa da sua visita à

Obra Diocesana e percorreu toda a

zona de acolhimento de crianças, in-

teirando-se das óptimas condições ali

disponibilizadas.

Ao percorrer os espaços ver-

des do Centro o Presidente mostrou-

se encantado pela alegria contagiante

de crianças e idosos que o saudavam

e deteve-se várias vezes para tomar

contacto de viva voz com os utentes.

À entrada do salão multiusos

do Centro onde ia decorrer a sessão

de boas vindas ao Presidente da Re-

pública e à Dra. Maria Cavaco Silva, o

Grupo de Danças e Cantares da Obra

Diocesana, composto por idosos e

com direcção de Maria de Jesus Góis,

saudou a comitiva que se deteve a

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Obra Diocesana de Promoção Social22

apreciar este gesto melódico e gene-

roso de saudação.

O Presidente do Conselho de

Administração da Obra Diocesana,

Américo Ribeiro, saudou tão ilustres

visitantes e agradeceu a visita do

Senhor Presidente da República em

nome de todos os que nela dão o seu

melhor ao serviço das crianças e dos

idosos, relevando a “distinta honra, or-

gulho e alegria” por todos sentida, ex-

pressando “o nosso mais expressivo

e sentido reconhecimento”, conforme

vai em destaque.

Relevando os 45 anos de ser-

viço da instituição, Américo Ribeiro,

considerou uma “honra e prémio” a vi-

sita do Senhor Presidente da Repúbli-

ca e o apreço que demonstrou ter pelo

lema “Amor ao Próximo” que diaria-

mente é praticado de forma organiza-

da e efectiva, por 410 colaboradores,

nos seus 12 centros sociais ao serviço

servindo cerca de 2.800 utentes.

Falando do serviço prestado

pela Obra relevou a atenção “à po-

breza que não é declarada que não

é visível”, falou do projecto abraçado

entusiasticamente pela Obra “Pão por

Deus”, da autoria do Bispo do Porto

D. Manuel Clemente, e que benefi-

ciou, pontualmente, 256 famílias não

clientes da Obra Diocesana, corres-

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23Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

pondendo a 657 pessoas, sendo 417

adultos, 229 crianças e 11 bebés, em

situação desesperante.

Referindo a sensibilidade dos

colaboradores da Obra, enfatizou o

“bem-fazer” recolhendo dos utentes

“olhares, sorrisos, palavras e acções”

que são muito sensibilizadores como

pode ser apreciado nesta visita presi-

dencial.

Américo Ribeiro aproveitou a

oportunidade para “em sinal de gran-

de júbilo apresentar os parabéns a

Sua Excelência por hoje comemorar

três anos de significativo mandato”,

desejando-lhe muitas felicidades para

o futuro.

O Senhor Presidente da Re-

pública usou depois da palavra, num

sentido improviso, para agradecer a

recepção e dizer da sua surpresa e

do seu encanto em ter conhecido uma

instituição “que não conhecia”.

Relevou o grande trabalho da

instituição e desafiou as entidades

presentes com responsabilidades so-

ciais – a Câmara Municipal do Porto

e a Segurança Social – a apoiarem

de forma significativa a Obra Dioce-

sana.

“Saio daqui emocionado por

ver tantas crianças – eu que tantas

vezes tenho falado de natalidade. E

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Obra Diocesana de Promoção Social24

reconfortado por ver tanta alegria nos

idosos” – disse.

Num gesto de carinho e grati-

dão pelo trabalho da Obra Diocesana

que acabava de conhecer o Presidente

da República Aníbal Cavaco Silva fez

questão de cumprimentar efusivamen-

te o Presidente do Conselho de Admi-

nistração da Obra Diocesana, Américo

Ribeiro, elogiando-o e felicitando-o

pela sua liderança e pelo entusiasmo

com que se dedica à Instituição.

No final da sessão o Presidente

da Obra Diocesana ofereceu ao Presi-

dente da República uma estatueta de

Nossa Senhora, o ex-libris da Obra.

No livro de honra da Instituição

o Presidente da República deixou exa-

rado a seguinte mensagem:

“Manifesto o meu imenso apre-

ço pelo trabalho realizado pela Obra

Diocesana de Promoção Social em

prol dos mais vulneráveis da Cidade

do Porto”.

Esta visita denotou a preocupa-

ção do Presidente da República pelas

questões sociais e para as graves con-

sequências da crise que afecta o país

e serviu para apontar o exemplo da

Obra Diocesana como uma boa prática

no campo da solidariedade social.

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Sua Excelência O Presidente da República, Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva,Senhora de Sua Excelência O Presidente da República, Excelentíssima Doutora

Maria Cavaco SilvaSua Reverendíssima, D. João Miranda, Bispo Auxiliar da Diocese do PortoEntidades Civis, Militares e Religiosas,Minhas Senhoras, Meus Senhores, Crianças,

Excelência,Bem-vindo à Obra Diocesana de Promoção Social!Esta circunstância enleva motivo de distinta honra, orgulho e alegria para

todos nós: Patrono, Conselho de Administração, Colaboradores e Clientes.Pelo facto, o nosso mais expressivo e sentido reconhecimento. As vivências felizes podem converter em sementeira de generosidade o querer

dos homens!A Obra Diocesana de Promoção Social, uma Instituição Particular de Solida-

riedade Social, faz este ano quarenta e cinco anos de existência e de serviço social solidário.

A visita de Sua Excelência patenteia prémio pela divisa que ela protagoniza: o amor ao próximo, prática quotidiana, organizada e de forma efectiva.

Assente numa dinâmica pautada pelos Valores Humanos e Cristãos: Qualidade, Inovação, Cooperação, Empenhamento, Compromisso, Transpa-

rência, Responsabilidade e Personalização. Apoia cerca de 2800 clientes especiais, dadas as suas particularidades, que

não se ficam apenas pela insuficiência económica, captando outras, por arrastamento, ainda mais graves, repartidos pelos 12 Centros Sociais, que a si adstrita, situados nos pontos mais contingentes desta cidade, protegendo público fragilizado, que habita em Bairros Camarários.

Os serviços diferenciados são operacionalizados e realizados por 410 Cola-boradores, pedagogicamente preparados e que sentem no coração o que fazem, por que fazem e como fazem!

A Obra Diocesana, no seu percurso filantrópico, que regista múltiplos episódios triunfantes, o estar atento à pobreza, que não é declarada, que não é visível, também situa prioridade e, como tal, o auxílio, frequentes vezes, socorro SOS, dá um volume acima do previsto pela Segurança Social.

“O Pão por Deus”, um projecto de Sua Reverendíssima, D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, e que a Obra Diocesana abraçou entusiasticamente, beneficiou, pontu-almente, 256 famílias não Clientes da Obra Diocesana, correspondendo a 657 pesso-as, sendo 417 adultos, 229 crianças e 11 bebés, em situação desesperante.

É assim que a Obra Diocesana vai crescendo, é assim que o serviço diversifica-do se multiplica… assente na esperança de que um dia o contexto social possa exibir outro cenário.

A sensibilidade de cada um dos que aqui trabalha é apurada em cada gesto que realiza, como dever e, simultaneamente, como oferta de si para o outro, que o espera, ansiosamente, consubstanciado em olhares, sorrisos, palavras, acções.

Estes são bem-fazer de quem sabe fazer bem com a ajuda de Deus!Será oportuno e sinal de grande júbilo apresentar os PARABÉNS a Sua Excelên-

cia, por hoje, comemorar três anos de significativo mandato.Muitas felicidades para o futuro!

Excelência,Obrigado por estar hoje na OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃO SOCIAL!

Intervenção do Presidente do Conselho de Administração

25Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

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Obra Diocesana de Promoção Social26

Manuel AmialVogal do Conselho de Administração

Ceia de Reis em tempo de reflexão, de gratidão e de reconhecimento

Mais uma vez a Família da Obra

Diocesana se reuniu em tempo de Reis,

sob a presidência do Sua Excelência

Reverendíssima D. Manuel Clemente,

Bispo do Porto e congregando nesse

convívio os Colaboradores da Obra,

os representantes dos seus Órgãos

Sociais e ainda diversas entidades reli-

giosas, civis e paramilitares.

O encontro teve lugar no pas-

sado dia 10 de Janeiro na Quinta de

São Salvador, em Vila Nova de Gaia.

Do lado religioso, para além do

Bispo do Porto, destacamos as pre-

senças do Vigário Geral da Diocese

Doutor Padre Dr. Américo Aguiar, e do

Cónego Sebastião Vaz e Padre Doutor

Manuel Correia Fernandes.

Da sociedade civil e das forças

de segurança relevamos as presenças

da Vereadora da Habitação e Acção

Social da Câmara Municipal do Porto,

Dra. Matilde Alves, em representação

do Presidente Dr. Rui Rio, do Director-

Adjunto do Centro Distrital da Segu-

rança Social do Porto, Dr. Luís Vale, do

Presidente da Caritas Portuguesa Prof.

Dr. Eugénio da Fonseca, do Presidente

da Confederação Nacional das Institui-

ções de Solidariedade (CNIS) Padre

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Lino Maia, do Professor Daniel Serrão,

do Sub-Intendente da PSP do Porto

José Fernandes e da Liga dos Amigos

da Obra Diocesana Jorge Magalhães.

De relevar ainda a presença de

vários Beneméritos e Amigos da Obra

Diocesana.

Dos órgãos dirigentes da Obra

Diocesana estava presente o seu Pre-

sidente do Conselho de Administração,

Américo Ribeiro e restantes membros

do Conselho e do Conselho Fiscal,

bem como antigos membros destes

órgãos.

O Presidente da Obra Américo

Ribeiro deu início ao encontro com a

INVOCAÇÃO, seguida do MOMENTO

DE REFLEXÃO que vão em destaque.

Num gesto de grande solidarie-

dade e fraternidade, Américo Ribeiro,

pediu e comungou com todos os pre-

sentes um minuto de silêncio pelo fa-

lecimento nesse dia da mãe do Bispo

Auxiliar da Diocese do Porto, Sua Re-

verendíssima, D. António Taipa.

A Direcção da Sessão foi de-

pois entregue ao Director de Serviços

da Obra, Dr. João Pratas, que lhe deu

sequência.

Um momento cultural animou

o jantar destacando-se a actuação do

Grupo de Bombos “A Obra a Rufar”

com direcção de Ângelo Santos.

Também o Grupo de Danças e

Cantares da Obra Diocesana, com di-

recção de Maria de Jesus Góis, entoou

vários cânticos de Natal e de Reis.

Momentos que tiveram o aplau-

so geral.

No momento próprio o Presi-

dente do Conselho de Administração,

Américo Ribeiro, fez a sua INTERVEN-

ÇÃO que conta em destaque (3) rele-

vando o trabalho solidário e de inter-

venção social que é feito pela Obra

Diocesana.

Este convívio de Reis teve tam-

bém dois momentos altos: o Espaço

de Gratidão e o Espaço de Reconhe-

cimento.

No ESPAÇO DE GRATIDÃO fo-

ram reconhecidas as Colaboradoras

que completaram 25 anos de bons e

leais serviços à Instituição e que cons-

ta em destaque.

No ESPAÇO DE RECONHE-

CIMENTO foram agraciados dois ci-

dadãos de reconhecido mérito pelos

bons serviços prestados à Obra Dioce-

sana, conforme destaques:

O Professor Doutor Daniel Ser-

rão e o Professor Eugénio da Fonseca.

No período das INTERVEN-

ÇÕES usaram da palavra algumas das

entidades presentes para reconhecer

o trabalho de apoio social que a Obra

está a fazer no concelho do Porto, no-

meadamente o Prof. Dr. Eugénio da

Fonseca, Presidente da Caritas Portu-

27Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

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Obra Diocesana de Promoção Social28

gal, o Dr. Luís Vale, Director-Adjunto do

Centro Distrital da Segurança Social do

Porto e a Dra. Matilde Alves, Vereadora

do Pelouro da Habitação e Acção So-

cial da Câmara Municipal do Porto.

A encerrar a Ceia de Reis 2009

o Bispo do Porto, D. Manuel Clemen-

te, teve palavras de muito apreço pelo

trabalho realizado pela Obra Diocesa-

na e por todos os que nela dão o seu

melhor para bem servir a comunidade

portuense, especialmente a mais ca-

renciada.

Na sua mensagem, D. Manuel

Clemente, apelou também às enti-

dades presentes para continuarem a

apoiar a Obra Diocesana ajudando-a a

reforçar a sua missão neste tempos em

que a privação e a pobreza têm vindo

a crescer de forma alarmante.

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Invocação

Senhor Jesus, todos os dias são

jornadas para Te louvar e agradecer.

Mas hoje, nesta Ceia de Reis,

nesta noite de Festa, as emoções mul-

tiplicam-se e o clima de alegria e cele-

bração motivam-nos ainda mais para

Te dizer palavras simples, mas muito

afectuosas, as quais traduzem o nosso

presente, a exemplo dos Reis Magos

do Oriente: És Luz, Força, Poesia, Sa-

bedoria, Amor, Vida…

Na arte do ser, do saber e do

fazer o Teu lugar é a estrela que centra-

liza e fertiliza!

A flor que exala o perfume da

bem-aventurança!

A solicitude para chegar lá!

O desejo continuado de con-

verter gestos em caridade!

A água cristalina que encanta,

consola e concede felicidade!

Obrigado por tanta dádiva!

Recebe a nossa humilde grati-

dão!

Confhic

Momento de Reflexão

Caríssimos Amigos e Amigas,

todos de pé e em silêncio, escutem

este MOMENTO DE REFLEXÃO:

No acordar de mais um ano,

Senhor,

Chamamos por Ti,

Deus connosco – Emanuel,

Senhor do tempo e da história

Senhor de todos os começos!

Vem, Senhor,

Para dar sentido a cada gesto novo

Com que queremos tecer

Cada dia do Novo Ano.

Chamamos por Ti,

Porque só Tu,

Podes mover os nossos corações,

A rasgar caminhos novos.

Como diz, Emerson:

“Não queremos ir onde o caminho nos

leva;

Mas antes onde não existe caminho

para nele deixar um trilho.”

Um trilho singular,

Um trilho de hospitalidade,

Um trilho que aponte

Os caminhos novos do teu Espírito.

Tu nos prometeste:

RECEBEREIS UMA FORÇA.

Já a sentimos, Senhor,

Já a experimentamos,

Ao celebrar o teu nascimento.

Precisamos dela, Senhor,

Para que os nossos dias

Sejam de esperança, de alegria e de

paz.

Precisamos da tua força,

Para mantermos vivo este sonho,

No quotidiano que é o nosso,

Na rotina dos dias…

Pomos em tuas mãos

Este Ano que começa,

Cheio de lutas e de sonhos,

Cheio de confiança e de dúvidas,

Cheio de expectativa dos que crêem

Que, conTigo,

Tudo é possível acontecer.

É assim,

Que abrimos as portas ao Novo Ano

Que queremos cheio de Ti,

Para toda a família humana.

Confhic

Pai Nosso que estais no Céu

santificado seja o vosso nome,

Venha a nós o vosso Reino, seja

feita a vossa vontade, assim na terra

como no Céu.

O Pão Nosso de cada nos

dais hoje, perdoai-nos as nossas

ofensas, assim como nós perdoamos

a quem nos tem ofendido e não nos

deixeis cair em tentação, mas livrai-nos

do mal

AMEN!

Destaques >>>

29Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

EspSolid-14.indd 29 23/03/09 17:19:44

Saúdo todos com ampla estima e amizade.

Desejo que passem uns momentos agradáveis, relaxan-

tes, onde a alegria crie a tónica dominante de um clima de festa,

de convívio e de boas lembranças!

Esta Ceia de Reis comemora e traduz, simbolicamente,

comunhão de olhares, intenções, forças, vontades, acções…

que desenham harmonia e Paz consubstanciados no praticar o

Bem com amor solidário!

O número expressivo de pessoas aqui presentes, dentre

as quais, personalidades insignes, que, sem rodeios, aceitaram

o nosso convite e se mostraram disponíveis, fazendo questão

de comparecer, figuras célebres do nosso País, é prova convin-

cente de que a Obra Diocesana de Promoção Social organiza

um todo simples, mas muito importante, no campo social e hu-

manitário, um conjunto respeitado, conhecido, compreendido e

apreciado, não só pelo serviço, que, quotidianamente, presta a

cerca de 3000 clientes, com características especiais, mas tam-

bém e, sobretudo, pela forma como este é desempenhado.

Obrigado, por se terem associado a nós e, assim, con-

tribuir para uma Ceia de Reis digna do seu significado, para

além de fazer gerar motivação e alma, indo ao encontro de

quem, com gratuidade e vontade de servir, vai oferecendo o seu

tempo e saber.

A OBRA DIOCESANA, na missão que lhe foi confiada,

avança com entusiasmo, crer e muita esperança… mas gravan-

do, inúmeras vezes, para não dizer, sistematicamente, no rosto e

no coração, grande constrangimento, inquietação, por não po-

der ajudar mais, por não poder alargar o seu campo de acção

solidária organizada, pois as insuficiências de natureza diversa

nos diferentes grupos etários, défices e circunstâncias chocantes

denunciadas, de vidas adversas, fragmentadas e desarrumadas,

apresentam cenário social triste e duro.

As pessoas carenciadas sofrem imenso e chamam a si

muitas mais, ligadas por grau de parentesco e por outras ra-

zões.

Então, o número cresce vertiginosamente.

Parece inacreditável!

Intervenção do Presidente da Obra

Esta realidade fomenta muita instabilidade!

Torna-se imperioso, urgente, as parcerias envolvidas

(Igreja, que tanto realiza, Câmara Municipal e Segurança So-

cial) funcionarem com rigor e em tempo útil, projectando-se e

concretizando-se trabalho conjunto, devidamente estruturado e

actuante, capaz de minorar os problemas primordiais.

A este propósito, um exemplo magnânimo, quero e devo

evidenciar: a visão e acção levadas a efeito por Sua Excelência

Reverendíssima, D. Manuel Clemente.

De facto, a sua dedicação pela causa da Pobreza,

move-o nas palavras, nas profundas mensagens que profere,

dando-lhes vida, porque as converte em gestos, em obras.

Registou-se há dois meses atrás e através do Fundo

Diocesano doou 60.000€ (sessenta mil euros), donativo que,

através da Obra Diocesana, criou e desenvolveu um Projecto

pontual de apoio à Pobreza:

“Pão por Deus”, assim se chamou.

Beneficiou 256 famílias, correspondente a 657 pessoas

não adstritas, não clientes da nossa Instituição.

Foram distribuídas 29,3 toneladas de alimentos.

Mais um acrescento de amor, um toque de tranquilida-

de, ainda que momentâneos!

Quanto aos colaboradores da Obra Diocesana, terei

de mencionar, com elevação e satisfação, o admirável trabalho

diversificado, que desenvolvem nas diferentes áreas ou secções,

constituintes da Instituição, e orientado pelos responsáveis.

Pode considerar-se um meritório labor, pois insere-se

numa estrutura e contexto organizados com pormenor, onde a

afectividade, a sensibilidade embutem objectivo essencial de

cumprimento permanente.

Sinto que todos, uns mais do que outros, como é natu-

ral, procuram dar o seu melhor e marcar dimensão crescente de

evolução.

Parabéns, em nome do Conselho de Administração.

Continuem com alegria e acreditar, porque vale bem a

pena fazer bem através do bem-fazer.

Termino com um paradigma da Madre Teresa de Calcu-

tá, remetendo-o para mim, em primeiro lugar.

“Não quero que deis da vossa fartura.

Quero que deis até doer”.

Obrigado por tudo!

Obra Diocesana de Promoção Social30

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As almas nobres difundem ternura e virtude e vivem para

os outros!

Deixam sempre sinal tão digno, tão importante, que pro-

movem, espontaneamente, experiências enriquecedoras únicas, as

quais formam personalidades imprescindíveis.

É bom e gratificante olhar à nossa volta e avistarmos que

essas pessoas existem, bem perto de nós, semeando modelos, co-

nhecimento, bem-estar, amizade, amor, enternecimento no sentido

do engrandecimento do ser humano e da Humanidade.

A matriz mais bonita da vida é ser com saber!

Distinguimos o Professor Doutor Daniel Serrão.

O nosso e o meu sentido reconhecimento.

Obrigado.

Certamente que a Virgem Maria estará atenta a todos

os benefícios com que vai ajudando o nosso viver e fá-los-á surtir

efeito junto de seu Filho.

Parabéns!

Espaço de Reconhecimento ao Professor Doutor Daniel Serrão

O que é importante permanece e faz memória!

Todo o trabalho, que assenta na profissionalidade, no

sentido de missão, que distingue as competências humanas, tem

forçosamente, de ser acarinhado e elogiado.

Neste contexto entram todos os Colaboradores que com-

pletaram VINTE E CINCO ANOS de bons e leais serviços à

Espaço da Gratidão às colaboradoras que completaram 25 anos ao serviço da Obra

31Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

O viver é uma arte e uma comunhão de ideais psicoló-

gicos, sociais, culturais, em que as convicções e os sentimentos

estão directamente associados à dimensão humana.

Abraçar a Filantropia implica abdicar de muitos prazeres

e dedicar o seu tempo, o seu pensar, o seu percurso existencial

aos outros, aos mais precisados, aos mais abandonados.

Esta atitude compromete, envolve, oferece, satisfaz, reali-

za, inquieta… faz atingir o horizonte e o patamar mais elevados

do ser como pessoa.

Quaisquer procedimentos que concorram para a erradi-

cação da pobreza, exclusão social, solidariedade humana e pro-

moção do desenvolvimento integral da pessoa dão cariz, sentido

e razão a cada dia, que se vivência.

Nada é mais belo e eloquente como sentir, com amor ao

próximo, as fraquezas e necessidades de quem sofre, intervindo e

agindo, sem receios nem reservas, para apoiar, encaminhar e amar.

Professor Eugénio da Fonseca é uma honra para a Obra Dio-

cesana, para todos nós, neste dia poder dedicar-lhe singelo, mas senti-

do reconhecimento com a entrega da imagem de Nossa Senhora.

Obrigado e parabéns!

Espaço de Reconhecimento dedicado ao Professor Eugénio da Fonseca

Instituição.

Com o sentimento de gratidão relevo desejos de continu-

ação com motivação e dedicação.

PARABÉNS E OBRIGADO!

Continuação de muita vitalidade, de muita entrega.

EspSolid-14.indd 31 23/03/09 17:19:45

“Ceia de Reis” e D. António Taipa

A “Ceia de Reis” da Obra

Diocesana, no dia 10 de Janeiro, foi

pontilhada por momentos de intensa

vivência fraterna, desde a ternura dos

momentos musicais até ao carinho

das palavras de D. Manuel Clemente,

passando pelos espaços de gratidão

e reconhecimento. Porém, esta frater-

nidade atingiu o seu auge quando, por

convite do Presidente do Conselho de

Administração, todos os convivas, de

pé, fizeram um minuto de oração silen-

ciosa, irmanando-se no sofrimento do

nosso Bispo Auxiliar, D. António Taipa,

que, a essa hora, rezava na igreja de

Freamunde, junto ao féretro da mãe,

falecida nesse dia. O que talvez pou-

cos soubessem é que esse gesto era

também um acto de gratidão a quem,

desde o início, identificou com a Obra

Diocesana. Eu conto.

O primeiro trabalho de campo

da “Obra dos Bairros”, com início na

Páscoa de 1964, teve lugar no Bairro

do Cerco do Porto.

De entre as muitas equipas de

trabalho que nasceram nas reuniões

efectuadas com os chefes de família

do bairro, apenas uma era de cariz

iminentemente religioso: a Comissão

da “Missa e Catequese”. Enquanto as

comissões de carácter social (“Centro

de Convívio”, “Salas de Estudo”, “Pos-

to de Enfermagem”, “Fundo de Auxílio

Mútuo”, “Marco de Correio e Telefo-

ne”, “Mercado”, “Higiene e Limpeza”,

“Transportes”) eram apoiadas pela as-

sistente social Maria Augusta Negrei-

João Alves Dias

ros, a “Missa e Catequese” dependia

directamente do sacerdote responsá-

vel pela Obra. Esta Comissão, liderada

pelos senhores Alexandre e Guilherme

e apoiada por José Moura, dos Cursos

de Cristandade, preparou a celebração

da Missa Campal, no largo fronteiro ao

bloco 19, no dia 15 de Agosto de 1964,

que foi presidida por D. Florentino de

Andrade e Silva, o fundador da Obra,

com a presença do Presidente da

Câmara Municipal do Porto, Dr. Nuno

Pinheiro Torres, que, com o seu apoio

pessoal e institucional, desempenhou

um papel decisivo na criação da Obra

Diocesana de Promoção Social.

A partir dessa data, nunca mais

deixou de haver missa dominical no

bairro. Como não havia local de culto,

passou a ser celebrada no átrio da es-

cola primária, cedida ao domingo para

esse efeito, pelo Director Escolar do

Porto.

Era reconfortante para um jovem

sacerdote ver como, todos os domingos,

os cristãos se afadigavam em montar e

desmontar altar, em dispor e guardar as

alfaias litúrgicas, em preparar acólitos,

leitores e cantores, em arrumar e limpar

todo o espaço de modo que, na segun-

da-feira, tudo estivesse limpo e assea-

do para as crianças. E isto aconteceu

ao longo de mais de dois anos.

A partir de Novembro desse

ano, um aluno do Seminário Maior do

Porto, ofereceu-se para colaborar com

o sacerdote da Obra nas manhãs de

domingo. Para além de participar na

preparação e dinamização da Missa,

no final, dava um curso de formação

religiosa a jovens e adultos. Esse aluno

brilhante, do melhor que o Seminário

possuía, que todos os domingos se

deslocava ao bairro, pondo o saber e

entusiasmo apostólico ao serviço da

Obra, chamava-se António Maria Bes-

sa Taipa. De tal modo foi acolhido que,

quando foi ordenado diácono, aquele

núcleo de cristãos, a semente da futura

paróquia de Nossa Senhora do Calvá-

rio, encheu a Sé Catedral, festejando a

sua ordenação como se de um vizinho

se tratasse. Na Missa do domingo se-

guinte, todos os comungantes quise-

ram ter o privilégio de receber Cristo

das suas mãos jovens que tremiam de

emoção. Foi uma festa!...

Esta comunhão de sentimentos

foi ainda mais longe. Quando, no dia

15 de Agosto de 1966, foi ordenado

Presbítero, a Comunidade do Cerco

apresentou-se em peso na Sé para

participar na ordenação sacerdotal de

alguém a quem queria como pessoa

da família. Num gesto de amizade e

gratidão, o novo sacerdote convidou

vários jovens para partilharem do al-

moço da sua “Missa Nova”, pedindo

desculpa por não poder convidar toda

a gente…Mais ainda, como sinal da

sua estima pela Obra Diocesana, esco-

lheu para pregar nessa “Primeira Mis-

sa”, em Freamunde, não um pregador

afamado, mas sim o jovem sacerdote

responsável pela Obra Diocesana com

quem trabalhara no bairro do Cerco do

Porto.

Em síntese, atrevo-me a di-

zer que a escola/capela do bairro do

Cerco, o primeiro local de cultura e de

culto da “Obra dos Bairros”, terá sido

a primeira “cátedra” onde o futuro Pro-

fessor Catedrático deu as suas primei-

ras lições de Teologia, assim como a

primeira “catedral” onde o futuro Bispo,

pela primeira vez, proclamou a Palavra

e distribuiu a Sagrada Comunhão.

Obra Diocesana de Promoção Social32

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33Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

Grupo de Fados “Ecos de Coimbra” em Machado Vaz

O calendário marcava 13 de

Fevereiro de 2009. Sexta-feira. O re-

lógio 16h00. Um dia soalheiro serviria

de prenúncio a mais de cinquenta es-

píritos resplandecentes, que assistiram

a um par de antigos estudantes vesti-

dos a rigor - de capa traçada e vozes

bem timbradas e afinadas, - que foram

acompanhados por dois elementos –

um na viola e outro na guitarra – que

dignificaram da melhor maneira a clas-

se dos instrumentistas.

Na decoração da sala cons-

tavam algumas violas e até uma con-

certina também deu o ar de sua graça

com a sua presença. Foram vários os

fados interpretados durante o lanche

aos idosos, servido em louça típica de

barro decorado. Estes não se fizeram

de rogados e trautearam em uníssono

os fados de que eram conhecedores.

Houve emoções à flor da pele. Em al-

guns rostos, lágrimas furtivas. Noutros

elas deslizaram assumidamente. A Di-

recção da Obra Diocesana também es-

teve presente, na pessoa do Dr. João.

Por parte dos participantes fo-

ram rasgados muitos elogios a todas

as cordas participantes: a dos canto-

res e aquelas que eram dedilhadas por

dedos hábeis.

Os colaboradores de Machado

Vaz foram gracejados, após a ‘Tarde

de Fados’, com uma Serenata, propor-

cionada pelo Grupo, uma vez que es-

tes estavam ausentes nas suas tarefas

habituais, nos domicílios. Até houve

oportunidade para discos pedidos, por

parte de uma colaboradora: ‘O Meu

Menino É D’Oiro’. O Grupo acedeu. Os

colaboradores manifestaram o gesto

com uma sonora salva de palmas.

Depoimentos:

Maria Amélia de Jesus - «Gos-

tei muito do espectáculo. Gostei mui-

to de todos os fados, mas o que mais

gostei foi o último: ‘Olho de Vidro’. Ado-

rei o lanche. O caldo verde estava uma

especialidade. Deveriam de fazer mais

vezes destas iniciativas»

Filomena Barbosa – «Gostei

muito dos fados. O Grupo cantava mui-

to bem. Gostei muito do convívio, pois

houve respeito, uma vez que estavam

todos calados enquanto se cantava.

Também gostei da colaboração dos

funcionários, foram todos espectacula-

res. O lanche foi diferente dos normais:

O caldo verde deveria de ser servido

todos os dias! Gostei de todos os fa-

dos, mas o que me emocionou mais foi

‘O Meu Menino É D’Oiro’. Deveria de

haver iniciativas destas uma vez por

mês. Um beijinho para todos».

Ana Viegas - «Gostei. Gosto

muito de fados de Coimbra – há muito

tempo que não os ouvia! - Eles can-

taram muito bem. Gostei de todos os

fados».

Belmira Macedo - «Foi mara-

vilhoso! É pena não haver mais estas

alegrias. Gostei mais da ‘Balada da

Despedida’».

Isabel Costa - «Gostei muito

Lurdes RegedorTécnica de Serviço Social

dos fados, assim como do enfeite da

sala e do convívio entre todos. O ‘Olho

de Vidro’ foi de mais: Transmitia muita

alegria!»

Domingos Costa, Miguel Fer-

nandes, Lucília Coutinho e tantos

outros também foram unânimes nas

parabenizações ao Grupo e à inicia-

tiva.

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Obra Diocesana de Promoção Social34

A guarda e a educação das

crianças permaneceram durante mui-

tos e muitos anos, na nossa sociedade,

como sendo função da Mãe.

Contudo, e devido às transfor-

mações ocorridas na sociedade, que

provocaram a entrada da mulher no

mercado de trabalho, apareceu a ne-

cessidade imperiosa de confiar os fi-

lhos, cada vez mais cedo, a alguém.

Apareceram assim, as primeiras

instituições – as Creches – destinadas

às crianças dos 3 meses aos 3 anos,

que tinham como finalidade proporcio-

nar à criança cuidados de saúde, de

alimentação e de higiene.

Com o passar do tempo, come-

çou a haver consciência da necessida-

Maria Teresa de Souza-CardosoEducadora de Infância

Na Linha da FrenteA importância da Creche

de efectiva, de promover eficazmente

o adequado desenvolvimento de cada

criança; as Creches passaram então

a ser um recurso essencial da comu-

nidade, actuando ao serviço das Fa-

mílias e permitindo não só satisfazer

as necessidades básicas da criança,

mas proporcionando-lhe um ambiente

seguro e saudável, favorecendo um

desenvolvimento integral e harmonio-

so de todas as suas potencialidades e

competências.

A Obra Diocesana de Promo-

ção Social (ODPS) esteve, mais uma

vez, na linha da frente ao defender e

implementar a Valência Creche, não

como um espaço onde se toma con-

ta de crianças, mas como um espaço

educativo, onde nada sendo feito ao

acaso nem por intuição, tudo é devi-

damente planeado com objectivos e

intenções educativas.

As Creches da Obra Diocesa-

na, hoje já com cerca de 400 crianças

e com uma enorme lista de espera,

sempre dispuseram de projectos edu-

cativos e pedagógicos – mesmo antes

da implementação das Orientações

Curriculares (vide Ministério da Edu-

cação) – que possibilitam a verdadeira

socialização das crianças, mas que são

simultaneamente flexíveis ao nível das

actividades pedagógicas por forma a

respeitar o ritmo de cada criança.

Nas Salas de Creche da ODPS,

existentes em 9 Centros, as Educado-

ras esforçam-se, de forma especial, por

criar um clima o mais afectivo possível,

pois para as crianças em geral e os

bebés em particular, os vínculos afec-

tivos são uma necessidade tão grande

como comer ou dormir. É a Educadora

e a Ajudante de Acção Educativa (com-

plementadas pela ajuda preciosa de

todos os restantes colaboradores), que

passam a ser a sua referência afectiva

no Infantário, que se preocupam em

satisfazer as suas necessidades bási-

cas, como dar de comer ou mudar as

fraldas, que se preocupam em criar

uma rotina tão necessária à tranquili-

dade das crianças, que incentivam as

suas conquistas, e ajudam a conhecer

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as suas capacidades mas também as

suas limitações.

E não há dúvidas quanto à ex-

trema complexidade desta valência;

basta lembrarmo-nos de que o Edu-

cador, na Creche, para além do seu

papel fundamental no desenvolvimen-

to das relações de confiança e de pra-

zer através da atenção, de gestos, de

palavras e atitudes, apoiando-as nas

pequenas aprendizagens que vão fa-

zendo e valorizando-as devidamente,

tem que saber lidar da melhor forma

com a insegurança dos Pais, cada vez

mais novos, muitas vezes Pais pela pri-

meira vez, sem qualquer experiência

e que deixam os seus filhos numa in-

segurança absoluta; a propósito como

nos relata uma Educadora de Creche

de um dos nossos Centros: “… Em

ambiente de creche é essencial criar

laços e relações de confiança com as

Famílias, para que possamos não ape-

nas ajudar as crianças na aquisição de

competências, mas também ajudar os

próprios Pais a ultrapassar as suas di-

ficuldades.

Esta relação é cada vez mais

importante, visto que existem Pais

cada vez mais novos. Hoje em dia po-

demos observar um aumento de Mães

adolescentes, que muitas vezes ainda

não deixaram de ser totalmente “crian-

ças”.

Como Educadora tento apoiar

estas Mães nas suas necessidades:

tentando que aprendam a lidar melhor

com os seus filhos, aconselhando-as o

melhor possível, esclarecendo as suas

dúvidas, ajudando-as a enfrentar os

seus medos e receios, elucidando-as

sobre questões que se referem à ali-

mentação, higiene e saúde dos seus

filhos…”

Aqui, não podemos deixar de

referir a nossa profunda preocupação

na leviana inclusão na agenda política,

de temas tão fracturantes para a socie-

dade, como sejam o casamento dos

homossexuais, e a sua consequen-

te reivindicação da possibilidade de

adopção de crianças.

A Conferência Episcopal Portu-

guesa falou, desta vez, com voz forte e

clara, classificando esta intenção como

uma fortíssima tentativa de desestrutu-

rar a sociedade portuguesa retirando

à complementaridade do homem e da

mulher, base antropológica da Família,

a função de se transformar em célula

base da sociedade que assegure a

sua renovação harmoniosa. Alterar por

completo os conceitos de Casamento

e Família será fortíssima fonte de per-

turbação para todos nós, mas princi-

palmente para crianças e jovens. Ima-

ginem, por exemplo, como ficariam as

nossas crianças, na comemoração do

dia da Mãe ou do Pai !!!

A ODPS sabendo que os pri-

meiros anos de vida são decisivos

para o desenvolvimento global das

crianças, e antecipando em muitos

anos a preocupação, que agora, toda

a União Europeia demonstra, estrutu-

35Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

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rou um serviço de elevada qualidade

que corresponde integralmente às ne-

cessidades, expectativas e interesses

da Comunidade; e assim, é gratificante

ouvirmos diferentes testemunhos como

o da Mãe do Pedro, que depois de ter

tido o seu filho durante 5 anos num

Centro da Obra, e tendo, transitado

para o 1º ano do ensino básico de uma

instituição particular, vir-nos confiden-

ciar, posteriormente, que nada chega

ou se compara ao calor humano que

existe na Obra Diocesana, e que nada

pagará o Amor que todos os colabora-

dores da ODPS deram ao seu filho; ou

então, o da Mãe do Tiago, que não fi-

cou minimamente preocupada quando

ficou grávida, relativamente ao Infan-

tário onde iria colocar o seu filho, pois

a sua Sogra tinha trabalhado num dos

Centros da Obra, os seus sobrinhos

já o tinham frequentado e, por isso,

sabia que todos os seus funcionários

só se preocupavam com o bem estar

das crianças; e que as Educadoras e

Ajudantes privilegiando a interacção

Escola-Família, garantiriam ao seu filho

que brincasse e aprendesse, crescen-

do como uma pessoa consciente, boa

e confiante.

Claro que há toda uma plani-

ficação e organização tendo em vista

os interesses e as necessidades de

aprendizagem pessoal e social de

cada criança.

Neste sentido, está também a

ODPS, na linha da frente, – dando res-

posta a solicitações de muitos Pais –

ao possibilitar às crianças da Creche

actividades extracurriculares como a

música e a ginástica, que têm já uma

enorme adesão.

E se há todo um leque de ac-

tividades pedagógicas devidamente

pensadas e estruturadas, há também

na ODPS a consciência plena, de que

o brinquedo e o brincar são fundamen-

tais na Creche, pois são a melhor opor-

tunidade para um desenvolvimento

verdadeiramente harmonioso.

É na Valência Creche que a

ODPS se encontra, também, na Linha

da Frente, ao possibilitar a todas as

suas crianças, a construção de sólidos

alicerces de afectividade, de autono-

mia, de inteligência, de socialização,

enfim, a ajudar a iniciar a maravilhosa

aventura que é VIVER!

Obra Diocesana de Promoção Social36

Um Exemplo…

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37Ano IV . n.º14 . Trimestral . Março 2009

Um Exemplo…

A Sport Zone promoveu uma

vez mais a Corrida Sport Zone do

Dia do Pai, hoje dia 15 de Março, às

10h00, na Cidade do Porto. Com par-

tida e chegada junto ao Parque da

Cidade, este evento contou com uma

caminhada de 4 kms e uma corrida de

10kms.

Corrida para uns, caminhada

para outros, a 5ª Edição da Corrida

SportZone Dia do Pai, apoiou este ano

duas instituições particulares de soli-

dariedade social da Cidade do Porto:

a Associação Nun’Alvares de Campa-

nhã e a Obra Diocesana de Promoção

Social.

As inscrições custaram 2 Euros

e por cada participante que terminou a

sua prova com a t-shirt oficial, a Sport-

Zone doou 1 euro às referidas institui-

Belmiro TeixeiraVogal do Conselho de Administração

ções de solidariedade social.

Assim, a OBRA DIOCESANA

DE PROMOÇÃO SOCIAL (ODPS) re-

cebeu um cheque no valor de 7.215

Euros.

A ODPS congratula-se com o

êxito alcançado com este fantástico

evento que aliou o desporto, a saúde,

o convívio e ainda a ajuda a Institui-

ções que dia a dia trabalham em prol

das populações mais carenciadas.

Pelo apoio recebido, a ODPS

agradece reconhecidamente.

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mensagensespaçosolidariomensagens recebidas sobre o novo

Realizou-se no passado sába-

do, dia 21 de Fevereiro de 2009, pelo

quarto ano consecutivo a actividade,

Futebol Masculino.

Este ano, o “palco” desta acti-

vidade mudou-se do Pavilhão para o

Indoor Soccer em Matosinhos.

As quatro equipas que dispu-

taram o torneio quadrangular, integra-

ram elementos dos Serviços Centrais,

Armazém, Lavandaria, Centros, Pres-

tadores de Serviços e Conselho de

Administração.

Os jogos foram bem dispu-

tados e animados com equilíbrio

no marcador. De registar o elevado

número de golos, sendo entusiasti-

camente festejados pela claque de

apoio feminina que a eles assistiu.

No almoço convívio que se se-

guiu, falou-se na possibilidade desta

actividade, em 2010 ser substituída

por outra de cariz diferente e que

abranja um leque mais alargado de

colaboradores/participantes.

Paulo LapaEscriturário Principal

“Manifesto a V.Exª. o meu agradecimento, pela amabilidade comprovada, no envio de mais uma Revista “Espaço Solidário”, que sempre muito con-sidero.Endereço todo o meu apreço e estima à Obra Diocesana de Promoção Social, relevantemente representada pelo Conselho de Administração que V.Exª. dirige.Em nome do Senhor Presidente da Câmara Municipal do Porto, Dr. Rui Rio e ainda em designação da nossa cidade, exalto a esplêndida in-tervenção social que tem vindo a ser operacionalizada pela Obra Dio-cesana. Esta árdua e persistente tarefa, materializa inequivocamente uma parceria incomensurável, face ao contributo que representa nas respostas sociais ao combate da exclusão social.Expresso pois, os meus votos de continuidade de amplo êxito para a activi-dade da Obra, bem assim, o meu grato reconhecimento, pela colaboração. Com consideração e amizade, apresento os meus cumprimentos com os votos de um magnífico ano de 2009 e muito apreço

Dra. Matilde Augusta Alves (Vereadora do Pelouro da Habitação e Acção Social)

“Recebi a oferta que fez o favor de mandar entregar. Fico muito grato e desejo-lhe, bem como a todos os Cooperadores da Obra Diocesana, um Ano de 2009 fértil em surpresas de bem fazer.Com os meus cumprimentos.”

D. João Miranda (Bispo Auxiliar da Diocese do Porto)

“Venho por este meio agradecer a significativa oferta que me enviou e que muito admirei. Dadas outras ocupações pastorais foi-me impossível estar presente na Ceia de Reis como, aliás, tanto gostaria de partilhar com uma Obra que tanto admiro e que tão importante é para é para a Diocese do Porto.Rogo ao Senhor as melhores bênçãos para os vossos projectos e ac-ções deste ano 2009.Com os meus cumprimentos amigos”

D. João Lavrador (Bispo Auxiliar da Diocese do Porto)

“Como sempre a sua presença Natalícia chega… Peço a Deus Menino que lhe dê muita saúde, paz e bênçãos do Céu para continuar a sua missão a todos os níveis, nomeadamente na Obra Diocesana. Espa-ço Solidário. É um gosto e prazer lê-la pois é bastante interpelativa..., como se encontram tantas pessoas numa doação alegre, generosa e disponível em favor dos mais desfavorecidos!Só Ele é a recompensa... Força e ânimo para quantos trabalham nesta belíssima Obra. Desejo um 2009 cheio de Bênçãos e Graças.Um abraço amigo

Irmã Maria José Pires - CONFHIC

Futebol masculino na ODPS em 2009

Obra Diocesana de Promoção Social38

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mensagens

de 11/09/08 a 19/02/09Descrição ContribuiçãoA.A.M.J. Padaria Pastelaria 500,00 €Albino de Almeida Fernandes, Padre 50,00 €AAPN 18,00 €AAS 40,00 €Abel Ribeiro - Electrodomésticos e Mobilias, Lda. 150,00 €AJO 10,00 €AJO 10,00 €Álvaro de Pinho Ferreira Dias 125,00 €AMR 9,00 €Animécio Abranches Ferreira Maia 100,00 €Anonimo 20,00 €Anónimo 100,00 €APGC 24,00 €Armando José Fonseca Pinto, Dr. 120,00 €AS 25,00 €Aurora de Jesus Oliveira Barbosa 10,00 €Comissão Fabriqueira Paroquia de Lordelo 20,00 €Cón. Dr. Mons. José António G. Ribeiro Bastos 100,00 €Distribui Bragança 750,00 €Dulce Ferreira Alves Mendes Vasconcelos 72,00 €Dulcino Sousa Barafuta 25,00 €Estêvão Gomes Araújo 300,00 €Fernando Manuel Teixeira Fernandes Gomes 1.000,00 €Freguesia de Campanhã 100,00 €Horacio Magalhães, Lda. 500,00 €IFCP 24,00 €JFF 24,00 €José Armando Férrinha 200,00 €José Barros Pereira Silva 25,00 €

Descrição ContribuiçãoJosé Rainha Mateus 25,00 €Just All Design - Sociedade Unipessoal, Lda 3.006,00 €Leilão de Arte e Antiguidades 5.221,00 €Libório Almeida Pimpão 250,00 €Luís Pedro Carvalho Martins 25,00 €MAJL 24,00 €MAOSR 9,00 €Maria Azália Pires da Silva Cardoso 10,00 €Maria Clara Martins S.R. Miguel 50,00 €Maria Conceição 25,00 €Maria das Boas Novas 600,00 €Maria de Jesus Pinto 90,00 €Maria Emília Pinto Andrade 10,00 €Maria Helena V.P. Silva Torres, Dra. 300,00 €Maria Leonor Moutinho 25,00 €MCB 30,00 €MIA 72,00 €MMCM 20,00 €MMR 100,00 €Moreira & Carneiro 2.700,00 €Moreira Pires - Soc. Imobiliária, Lda. 25,00 €MP 20,00 €MPPS 18,00 €MSFA 72,00 €Palmira Leitão Conceição Santos Pereira 15,00 €ROM 25,00 €Rui Manuel Lopes de Sousa, Eng. 1.000,00 €Talho Ilhéu S.Roque 200,00 €VLC 24,00 €

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Sabia que o seu donativo é dedutível no IRS (Decreto-Lei 442-A/88, art. 56º., nº.2, alínea B e nº. 1 RC (artº. 40º., nº. 3)

Donativos

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