revista nº1
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Analise LiterariasTRANSCRIPT
2010
Blogue Oficial
Canal Youtube
David Andrade
[ANÁLISES LITERÁRIASCompilação de críticas de livros expostos no blogue oficial: www.analiseliterárias.blogspot.com
ANÁLISES LITERÁRIAS] de livros expostos no blogue oficial: www.analiseliterárias.blogspot.comde livros expostos no blogue oficial: www.analiseliterárias.blogspot.com
ANÁLISES LITERÁRIAS David Andrade
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Índice
David Andrade… o blogue e o seu canal youtube ------------------------------------------ 3
Críticas de livros
Lua Nova --------------------------------------------------------------------------------------- 4
Eclipse ------------------------------------------------------------------------------------------ 5
Amanhecer ------------------------------------------------------------------------------------ 6 Alugo o meu corpo --------------------------------------------------------------------------- 7
Marcada --------------------------------------------------------------------------------------- 8
Traída ------------------------------------------------------------------------------------------ 9
Lua de Joana ---------------------------------------------------------------------------------- 10
Sorriso das estrelas --------------------------------------------------------------------------- 11 Solução Primária ----------------------------------------------------------------------------- 12
Hush, Hush ----------------------------------------------------------------------------------- 13
Sangue Fresco -------------------------------------------------------------------------------- 15
Dívida de Sangue ----------------------------------------------------------------------------- 16
Retrospectiva
Stephenie Meyer e o seu legado vampiríco-------------------------------------------------- 17
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David Andrade
O blogue e o seu canal youtube…
David Andrade é um apaixonado por livros, filmes e videojogos.
Todos estes géneros de multimédia têm algo em comum… uma
história.
Adora ler, ver e contar histórias e o seu sonho desde criança é ser
um contador de histórias.
Começou quando via os filmes da Disney ou as bandas desenhadas do tio patinhas… ou
também devido a origem do ‘vicio’ de jogar videojogos – algo que uns dizem ser somente
entretenimento, mas para muitos, uma forma interactiva de contar histórias. Em criança queria
ser actor mas depressa desapareceu esse desejo devido à necessidade de contar histórias aos
outros. Agora quer ser escritor/guionista.
Actualmente está a acabar o curso de multimédia e o seu seguinte passo é tirar uma licenciatura
em cinema.
Com apenas 19 anos já começou a publicar o seu trabalho – o mais recente foi a escrita de um
guião cinematográfico em colaboração com o director do mesmo. O filme está em pós-produção.
Até chegar onde ambiciona, entretém-se a mostrar a sua paixão e ao mesmo tempo mostrar aos
outros que ainda existem histórias que vale a pena ler…
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Lua Nova
de Stephenie Meyer
A primeira análise que vou apresentar é do livro "Lua Nova" de Stephenie Meyer que ganhou fama através da série Lua e
Escuridão, onde Lua Nova é o segundo livro da série.
Lua nova começa com um sonho de Bella sobre a envelhecimento, desde então é "obcecada" com o envelhecimento e indisposta
porque tecnicamente é mais velha que o seu parceiro Edward que tem 17 anos de vida (antes de ser convertido em vampiro).
Após isso vem consequências que põem em acção o motor de um
novo relacionamento e descreve a face mais negra da vida de Bella. O segundo livro de Stephenie Meyer em relação ao Crepúsculo é
muito parado, o seu ritmo de acontecimentos é lento e os seus
plot-points são poucos. Como o tema do livro é o amor quebrado
(tal como Romeu e Julieta e sim têm algumas semelhanças), quem lê este livro fica ainda
deprimido porque a protagonista passa por momentos escuros que não é recomendado a
leitores que também tenham o seu estado de espírito quebrado (se lerem, procurem de imediato
um livro de auto-ajuda).
O livro é muito grande para o conteúdo que têm e muita coisa podia ser cortada que os leitores
nem se apercebiam que faltava algo - tal como conversas desnecessárias de ocupam capítulos inteiros (algo recorrente na série).
Recomenda-se a pessoas que gostaram do Crepúsculo e pouco mais, porque este livro
em si não é muito atractivo.
Nota: 6/10
O que é agradável - O desenvolvimento da relação entre Jacob e Bella. Lobisomens. O aparecimento dos Volturi.
O que é desagradável - Victoria quase não aparece no livro (não existe confronto físico). Muito
parado, sem ritmo, o argumento por vezes começa a arrastar-se um pouco pelo livro.
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Eclipse
de Stephenie Meyer
Eclipse é a 3ª entrega da saga Luz e Escuridão criada por Stephenie
Meyer onde uma rapariga mortal - Bella - se apaixona por um vampiro
que deseja o seu sangue. Desta união proibida
p r o v é m t a m b é m a l g u m a s c o n s e q u ê n c i as. Bem este é o
conceito da saga que anteriormente nomeei. Eclipse começa onde o Lua
Nova acabou. Bella está prestes a acabar o liceu e quer ter uma vida com
o seu companheiro - Edward Cullen - onde ambiciona ser uma vampira
por desejo próprio e também porque os Volturi assim o dizem.
Desde já devo dizer que Eclipse emenda alguns erros que Stephenie Meyer cometeu durante a
escrita de Lua Nova, que redigi durante a análise deste livro (veja a anterior análise). A 3º
entrega já contém mais ritmo na história, vários plot-points (mais do que o anterior livro, mas
ainda assim inferior ao desejado) e mais desenvolvimento entre personagens. Ainda assim,
Eclipse contém ainda várias falhas na estrutura na história do livro, que irei nomear.
Na primeira metade do livro, o ritmo é pouco ou quase nulo (somente um ou dois plot-points
relevantes) sendo que a prioridade dessa parte do livro é o desenvolvimento entre personagens e
a revelação dos passados das personagens (Rosalie, Jasper...), sendo esta a única razão que me fez
virar as páginas, pois o desenvolvimento da história é quase nulo.
Na segunda metade do livro a situação já muda de figura. A sua prioridade já não é as
personagens mas sim o desenvolvimento do enredo, onde contêm mais acção de qualquer dos
livros anteriores. O livro contém um final aberto e o epílogo é escrito na perspectiva de Jacob
Black, fazendo o leitor ler a sequela e "ultimo" capítulo da saga.
Nota: 7
O que é agradável: O regresso de Victoria. Mais ritmo na história. Passado das personagens.
Vários conflitos no livro. Os acontecimentos no final do livro.
O que é desagradável: Livro mal estruturado em que a primeira metade do livro dedica-se mais a
contar o passado das personagens e a segunda metade do livro dedica-se aos conflitos da história.
A personalidade infantil de Jacob.
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Amanhecer
de Stephenie Meyer
Amanhecer é a última entrega da saga Luz e Escuridão criada por
Stephenie Meyer onde uma rapariga mortal - Bella - se apaixona
por um vampiro que deseja o seu sangue.
Bem este é o conceito da saga que anteriormente nomeei.
Amanhecer começa pouco depois dos acontecimentos de Eclipse,
quando Bella toma a decisão de se casar com Edward e se tornar
imortal. Com essas decisões a protagonista irá ter graves
consequências.
Eclipse melhorou em certos aspectos e tornou-se uma melhor
leitura do que Lua Nova, mas em Amanhecer já não é o mesmo
caso. Após acabar de ler Amanhecer e tive uma retrospectiva do mesmo, não encontrei uma razão
sólida da existência deste livro a não ser por questões monetárias. Mas irei por partes.
Stephenie Meyer provou nesta saga que pouco desenvolveu o seu estilo de escrita já que é quase
o mesmo desde que escreveu o Crepúsculo - mas neste, de uma forma ainda mais prejudicial
para o leitor. O enredo é quase não existente (que se pode resumir em 3 linhas), as personagens
pouco desenvolvem (a não ser a protagonista), o ritmo é quase nulo e todo o livro é previsível -
excepto o final claro que desilude bastante. O mais grave neste livro é que a autora teve a
coragem de se contrariar a si própria, pois diz uma coisa que não pode acontecer e 30 páginas depois acontece no livro.
O livro está dividido em 3 partes - a primeira e terceira parte na perspectiva de Bella e a segunda
parte na perspectiva de Jacob - apesar de ser agradável termos duas perspectivas totalmente diferentes, mal fazem desenvolver o enredo e só serve para criar mais tensão no enredo - tensão
esta que é anulada no final da maneira mais estupidamente possível.
A razão para a leitura é só para saber os detalhes de acontecimentos que já estávamos à espera
desde Lua Nova e mais nada, os acontecimentos restantes são irrelevantes, contraditórios e sem
sentido só preenchendo mais páginas e perder ainda mais tempo ao leitor.
O final é o que mais desilude, faz com que o enredo deste livro não tenha justificação para a sua
existência.
Simplesmente para os fãs de Crepúsculo e ainda assim mesmo irão ficar desiludidos.
Nota: 4/10
O que é agradável: As novas personagens que aparecem que são diversificadas. O que já
estávamos à espera desde Lua Nova. A evolução de Bella.
O que é desagradável: Acontecimentos que se contradizem a si mesmos e sem qualquer sentido.
O estilo de escrita que não desenvolve. Livro muito extenso. Nova perspectiva sem qualquer
evolução no enredo. Os acontecimentos no final da saga são desagradáveis.
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Alugo o meu corpo
de Paula Lee
Alugo o meu corpo é uma auto-biografia duma brasileira que na
vinda de Portugal, se tornou prostituta. Escrito por Paula Lee
(pseudónimo), Alugo o meu corpo trata-se de retratar o mundo da prostituição e do sexo, em que a autora explícita no inicio do livro
que actualmente é uma "acompanhante independente", ao contrario
do que meses atrás que fora uma simples prostituta.
O livro retrata a vida da autora na sua vida do Brasil, onde tem um
emprego mas só ganha o suficiente para pagar as contas e pouco
mais. Um dia, enquanto procura emprego na cidade encontra-se
com o seu emprego de sexo: Sexphone.
A partir de ai conhece indivíduos que a convencem a ir para Portugal temporariamente, para
ganhar muito dinheiro mas têm um contra: Tem que se prostituir!
Paula compra um bilhete de avião e dirige-se a Portugal onde fica imersa no mundo da
prostituição e do sexo.
O livro está escrito de uma forma simples, agradando a muitos públicos mas a sua linguagem e as várias referências sexuais que o livro mostra, impossibilita o público mais jovem ler. O livro
tem 300 páginas mas dentro de si tem uma história complexa e cheias de reviravoltas, o que é
muito bom para uma autora que publica o seu primeiro (e talvez único) livro. Mas o que não agrada e confunde um pouco é a sua estrutura de enredo. Normalmente um/a
autor/a escreve a sua história num espaço de tempo continuo e alguns dão uso de analepse para
dar algum acontecimento anterior ou desvelar um passado da personagem. Assim sendo o livro
de Paula Lee, metade do livro dá uso a várias analepses - capitulo sim, capitulo não - para
desvelar ao leitor como Paula Lee foi ter a Portugal. Esta técnica de a autora usou, é no mínimo,
raro e pouco prático, sendo que, não existindo uma referência onde a "personagem" está,
confunde o leitor. Esta técnica arrasta-se durante a primeira metade do livro.
Esquecendo isso, Alugo o meu corpo é um bom livro onde se aprende o que uma prostituta
passa por estar neste meio, não é um livro só de sexo banal, mas sim um livro de emoções onde a autora vive as mais variadas emoções: Amor, amizade, desespero, raiva, dor e traição...
Nota: 8/10
O que é agradável: O desenvolvimento da "personagem". Humor sexual (não intencionado pela
autora). O rumo da história. A descrição dos locais e das restantes personagens. Não existe
aqueles momentos de conversa desnecessária. Simples e directo! :D
O que é desagradável: Primeira metade do livro mal estruturada, enquanto que, num capitulo
Paula está no Brasil, no seguinte capitulo Paula já se encontra em Portugal (bem podia meter o nome do local e a data da acção), esta estrutura mantém-se até metade do livro até saber como
Paula foi para Portugal.
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Marcada
de PC Cast & Kristin Cast
Marcada é o primeiro da série Casa da Noite. Uma escola de
vampiros onde os marcados têm que amadurecer para a transição
de humano para vampiro - A mudança. Se o corpo rejeitar a mudança, a pessoa que estiver marcada morre.
Zoey Redbird é uma típica adolescente de Tulsa, onde num dia normal de aulas é Marcada por um Caça. A partir desse momento
tem que frequentar A Casa da Noite para não ter o terrível destino
se o seu corpo rejeitar a mudança. A marca que Zoey tem na testa é única, o que revela o quanto é
especial... talvez enquanto frequente A Casa da Noite, mudanças
irão ocorrer.
O livro mostra as aventuras de Zoey Redbird quando entra e frequenta na Casa da Noite, onde
conhece novos amigos mas ao mesmo tempo ganha novos inimigos. O livro é muito original
por começar na mitologia dos Vampiros, o folclore que conhecemos actualmente não existe
nesta série, sendo substituído por uma abordagem mais juvenil e menos violenta. As pessoas
tornam-se Vampiros sendo marcadas (dai o nome do livro) com uma lua no meio da testa. E ao contrario de muitas histórias, os vampiros neste mundo são conhecidos pela humanidade como
são "tolerados".
Apesar disso o livro tem uma forte carga religiosa, sendo que os vampiros têm uma religião
própria e costumes próprios adorando a Deusa Nyx. E sim, ao contrario no mundo em que
vivemos, a sociedade dos vampiros é Matriarcal, onde as mulheres têm um papel mais
importante que os homens.
A escrita do livro é muito simples e viciante, fazendo o leitor virar de página e ler o livro inteiro
em pouco tempo. A nível de enredo está muito bom, focando na apresentação do mundo dos
vampiros. Contém várias reviravoltas mas nada de muito relevante, mas ao contrário de outros
livros, existe conflitos desde o inicio da historia, tornando o enredo ainda mais viciante.
Contudo durante a leitura reparei que existem vários ecos da saga Harry Potter, porque o conceito de ambas séries são as mesmas: Um/a jovem descobre que é especial e frequenta uma
escola onde aprende com os da sua espécie.
Recomendo a leitores que gostaram da saga Harry Potter, pois a atmosfera e estrutura é
semelhante; também recomendo quem goste de vampiros apesar das referências de folclore
actuais presentes nos livros sejam quase nulas.
Nota: 7.5
O que é agradável: O mundo detalhado dos vampiros. A escola. Nova mitologia de vampiros,
apesar de ser muito “soft”. Uma protagonista é que vulgar (não é uma Supergirl) que comete erros e aprende com eles.
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O que é desagradável: Um antagonismo final e o objectivo da protagonista um pouco fraco.
Referências sexuais um pouco sem contexto comparando no mundo em que se insere.
Traída
de PC Cast & Kristin Cast
Traída é o segundo livro da série Casa da Noite criada por PC Cast e Kristin Cast, mãe e filha respectivamente.
Zoey Redbird entra na escola da Casa da Noite, uma espécie de
liceu onde os alunos foram marcados por Caças. Durante a estadia têm que amadurecer para vampiros adultos. Se o corpo rejeitar a
mudança, morrem terrivelmente.
Traída começa um mês após o final de "Marcada" - a retirada de
Afrodite na Filhas das Trevas e a nomeação de Zoey como a nova
líder.
No mundo dos humanos, ex-colegas de Zoey morrem com umas
circunstâncias estranhas, de forma que os humanos suspeitem que
os vampiros são os culpados. Entretanto Zoey tenta reorganizar a sua nova vida como líder das
Filhas das Trevas. *
Quem gostou do primeiro livro irá estar familiarizado com este livro, mas se não se lembrar de
"Marcada" não faz mal, pois o primeiro terço do livro irá fazer uma retrospectiva do primeiro
livro - O que é positivo. A escrita do livro contínua igual ao seu predecessor, com um vocabulário acessível mas
sobretudo viciante, em que irá fazer o leitor virar de página e quando der por isso está na pagina
cento e tal e o livro fica finalizado em poucos dias.
O enredo deste volume, é inferior ao original, pois as reviravoltas são poucas, o antagonismo
existe mas é muito passivo e conflitos/obstáculos são poucos. O livro dedica-se mais às relações
da protagonista (amizade, amor, etc.) do que ao enredo em si. Apesar disso algumas revelações
do livro são bastante previsíveis.
O livro não é mau de todo, mas duvido que atraia mais leitores. Somente para quem gostou de
Marcada e pouco mais.
Nota: 7/10
O que é agradável: A retrospectiva do livro anterior. Relações entre personagens.
O que é desagradável: Acontecimentos previsíveis. Enredo podia ser melhor.
Conflito/obstáculos fracos.
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Lua de Joana
de Maria Maia Gonzalez
Lua de Joana é um popular livro de Maria Teresa Maia Gonzalez, que
o tema é a vida de uma adolescente cuja amiga morreu de overdose.
O livro rapidamente se tornou um bestseller no país lusitano e já conta com mais de trezentas mil cópias vendidas, mas a questão
permanece: Será que o livro que se tornou popular é um livro de qualidade?
O livro trata-se de Joana, uma adolescente que vive com os seus pais, a avó e o seu irmão "problemático", o enredo começa quando a sua
amiga Marta morre de overdose e o livro todo é narrado através de
carta que Joana escreve para a amiga que já está morta.
Em resposta à pergunta anterior, a resposta simples é definitivamente não!
A Lua de Joana vai contra os princípios e as regras de contar um bom enredo, pois o enredo no
livro praticamente não existe e a protagonista é um pouco vazia, não tendo objectivos durante
todo o livro e tem acções rotineiras que no meio do livro já se tornam previsíveis. O principal
problema deste livro é que não existe obstáculos durante o livro e como tal nenhum
antagonismo. O livro basicamente conta a vida de Joana, descrevendo a sua vida, as saudades que tem sobre a amiga falecida e os indivíduos em sua volta, principalmente a sua familia.
Somando tudo, o único que me agradou neste livro foram as personagens secundárias que tem
realmente personalidade, que fez que lesse o livro inteiro.
Foi uma verdadeira batalha ler este livro, apesar das suas 154 páginas, que no principio se lia
num dia, levei quase uma semana para o ler.
"Lá por um livro ser popular. Não quer dizer que seja bom." - Realmente é verdade.
Nota: 2/10
O que é agradável: Personagens secundárias com personalidade
O que é desagradável: A estrutura do livro. Protagonista previsível. Enredo e conflitos inexistentes.
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O sorriso das estrelas
de Nicholas Sparks
Sorriso das estrelas é um popular livro que está na 26º edição do aclamado Nicholas Sparks que já escreveu vários bestsellers. A
popularidade e qualidade é imensa que em 2008 teve a sua
adaptação cinematográfica. O filme apesar de não ter sido muito aceite pelos críticos, foi um enorme sucesso na bilheteira.
O livro trata-se de Adrienne Willis e de Paul Flanner, dois
desconhecidos em que cada um têm os seus problemas pessoais
típicos de pessoas de meia-idade. Um dia, Adrienne faz o favor à amiga para cuidar da sua
estalagem em Rodanthe e assim o faz. Nessa mesma noite o seu
unico cliente é Paul. No fim-de-semana em que ambos estão sós,
cresce um amor que irá para sempre mudar as suas vidas.
O livro é contado na perspectiva de terceira pessoa, descrevendo as vidas dos protagonistas,
desde os tempos de criança até ao momento em que os dois se reúnem na estalagem. Este
método é no mínimo, muito gratificante pois assim sentimos mais empatia pelas personagens e
as conhecemos melhor. Nicholas Sparks têm um estilo de escrita muito próprio. Faz o seu trabalho de casa, fabricando
as personagens tendo no final, umas personagens fantásticas no papel.
A nível de descrições é certamente um dos melhores livros, as descrições dos locais,
personagens e as suas acções são fantásticas não havendo margem para dúvidas. Apesar as
personagens serem de qualidade, o enredo é muito simples e nostálgico mas no entanto muito
gratificante.
Os temas deste livro são muito adultos em que fala de crise de meia-idade, emprego, casamento,
filhos, divórcio, tempo (vida e morte) entre outros. Recomendo este livro a pessoas já com
alguma idade, pois os adolescentes não irão com certeza se identificar com as personagens e
certamente com este livro.
O livro apesar de ser pequeno, é rico em conteúdo fazendo o leitor ler o livro em poucas horas.
Recomendo o livro a pessoas que gostem de um simples romance para se ler numa bela tarde de
domingo. Não esperem por um trama complexo, muito pelo contrário. É um enredo simples
mas com umas belas personagens.
Nota: 9/10
O que é agradável: As personagens estão muito bem escritas no papel, têm realmente
personalidade e sentimos uma certa empatia. Um enredo eficaz. As descrições não podiam ser
melhores.
O que é desagradável: Apesar do enredo ser simples mas eficaz, gostaria de ter visto mais
acontecimentos entre as duas personagens. Pois o livro dedica-se mais às personagens do que ao
próprio enredo.
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Solução Primária
de Hélder Medeiros
Solução Primária é o primeiro livro de Hélder Medeiros, um comediante açoriano que ganhou fama através dos seus vídeos no
youtube onde se destaca a série "E se... tivesse sido feito nos
Açores?".
O livro conta a história de David, um ex-operacional da G.O.E (Grupo de Operações Especiais) da PSP, que é contactado por um
familiar duma vítima de uma missão fracassada de salvamento
numa embaixada tomada por supostos terroristas. Aí é lhe revelado revelações surpreendentes sobre o ataque à anos
atrás, indo numa busca à verdade.
O livro é contado na terceira pessoa, contando a vida de David deste a sua primeira e fracassada
missão como operacional da G.O.E. na embaixada no Porto, até a contacto do familiar de uma
das vítimas do ataque para a sua suposta resolução do caso.
O livro que no início parece um policial (pelo menos para mim) começa a evoluir para uma
aventura com mistura de James Bond com Robert Langdon. A acção nunca pára e a história é
muito entusiasmante. O método do autor para fazer o leitor agarrado ao livro é verdadeiramente muito eficaz, porque o livro tem muitos capítulos (39 para ser exacto) e no final de cada capítulo
existe uma reviravolta. Mas não é de todo positivo pois alguns capítulos só tem apenas 2 ou 3
páginas o que faz com que seja uma leitura muito pausada.
As relações entre personagens são muito boas, incluindo as personagens em si, mas a sua
descrição é nula. Num livro com um bom e credível enredo, não existem quaisquer descrições
das personagens e locais e quando o existem são muito vagas. O que é um pouco grave! Pois se
não tivesse essa falha teria um 10!
Em soma, é um livro bom e com muito potencial apesar da sua falha. Não hesito em recomendar
devido a qualidade de escrita e do seu enredo.
Para quem gosta de James Bond, dos livros de Dan Brown ou de simplesmente uma aventura
vale a pena lerem este livro.
Nota: 7.5/10
O que é agradável: O enredo entusiasmante e as suas personagens. O mecanismo que o autor fez
para manter o leitor agarrado ao livro. As várias reviravoltas. A força antagonista do enredo.
O que é desagradável: Por vezes sentimos que existem demasiados capítulos, porque faz com
que seja uma leitura pausada. Não existe praticamente descrições físicas das personagens ou dos
locais.
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Hush, Hush
de Becca Fitzpatrick
Numa aula normal de Biologia Nora Grey é obrigada a ter como
colega Patch, que é um verdadeiro badboy por excelência. Os dois
são seres completamente diferentes e até opostos em todos os
sentidos até que a atracção pelos dois começa a nascer e a ficar mais forte. Mas existe um problema - Quem é o Patch? É perigoso?
Durante a investigação Nora descobre segredos... segredos que
nunca deviam ser revelados.
Hush, Hush é um livro que retrata um amor proibido: Um amor
entre uma humana e um anjo caído. Quando foi lançado nos Estados
Unidos tornou-se de imediato um Bestseller na lista do New York
Times e esteve nos Top por múltiplas semanas consecutivas.
Finalmente chega a Portugal e a pergunta que permanece é: O livro é bom?
Hush, Hush é um livro um pouco difícil de descrever porque ao acabar de ler o livro fiquei um
pouco dividido, pois não é o que estava à espera mas ao mesmo tempo continua a ser um bom
livro.
O livro é no fundo uma típica história de amor de adolescentes mas tendo como pano de fundo
o mundo místico dos anjos e os imortais. Limita-se a explorar mais as personagens que estão no mundo de hush, hush do que o enredo. Existe uma variedade de personagens que facilmente nos
identificamos e com isso nasce uma empatia com os mesmos. A autora faz isso muito bem
apesar de ser o seu livro de estreia. Ao mesmo tempo, penso que o mundo de hush, hush não foi devidamente explorado,
especificamente o mundo dos anjos.
O livro está bem escrito e detalhado, excelente para uma leitura de uma tarde de verão. Contém
várias reviravoltas ao longo do livro mas ao contrário de outros, as reviravoltas afectam
principalmente as personagens e não o enredo. O antagonismo quase não aparece no início, mas
à medida de progredimos na história vai-se tornando mais forte, tendo no final uma boa
resolução mas com pontas soltas para uma sequela (sequela esta que já está confirmada - chama-
se CRESCENDO e sai nos EUA no dia 19/10/2010).
Basicamente é um livro com muito romance de adolescentes, mistérios e uma pitada de sobrenatural.
(Convém dizer que a capa do livro engana um bocadinho... :-/ )
Para quem anda farto de Crepúsculo e companhias limitadas este livro é bom para si, pois dá
uma lufada de ar fresco.
Nota: 7.5/10
O que é agradável: Personagens agradáveis. Tem um bom ritmo e a escrita é bastante simples e
agradável, boa para se ler na praia numa tarde de Verão. Os anjos.
O que é desagradável: Onde estão os anjos? Um antagonismo fraco, mas no final faz todo o
sentido.
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Sangue Fresco
de Charlaine Harris
Sangue Fresco é o primeiro volume de uma série de vampiros que
começou em 2001, como um titulo experimental da autora Charlaine Harris que recente teve uma adaptação para o pequeno ecrã que tem
enorme sucesso e que está a ser transmitida na RTP1 na madrugada
(algumas pessoas não sabem fazer os horários de transmissão).
Numa sociedade onde se descobriu que os vampiros realmente existem e estes tentam integrar-se na sociedade onde lutam pelos seus direitos.
Sookie Stackhouse é uma empregada de mesa em Bon Temps - uma
pequena vila de Louisiana. É bonita e agradável mas tem um "problema": consegue ler os pensamentos das pessoas em seu redor... até que conhece Bill, um
vampiro atraente que Sookie não consegue ouvir os pensamentos.
Sangue Fresco é uma resposta às preces de alguns fãs de vampiros, que recentemente não lhes
agradaram que a mitologia dos vampiros seja constantemente mudada (Crepúsculo, Série Casa
da Noite, entre outros.), este é um livro de vampiros tradicionais para adultos, tendo algum
conteúdo sexual e cenas de pancadaria.
O livro é no fundo um livro de mistério tendo, como pano de fundo, um mundo onde os
vampiros coexistem com os humanos. A história baseia-se no encontro da protagonista Sookie com o vampiro Bill que tenta integrar-se na sociedade, mas com a chegada deste, vários
assassinatos ocorrem tendo várias coisas em comum: Uma marca de caninos e são estranguladas.
Mas o único suspeito não é somente o Bill, mas também o irmão de Sookie - Jason - já que este
dormiu com as vitimas a noite em que morreram.*
A mitologia dos vampiros é baseado no folclore que todos conhecemos, mas numa perspectiva
mais cientifica, em que o vampirismo é um vírus e o seu sangue tem algumas capacidades
quando ingerido. Lembro que isto não é negativo, pois a abordagem cientifica sobre a mitologia
já aconteceu nos zombies e lobisomens.
Está muito bem escrito e detalhando, sendo por vezes viciante já que tem um arranque bastante
bom e um final ainda melhor. O enredo da história é muito bom, sendo na sua base uma
história de detectives, mas focando também no romance entre as duas personagens. No decorrer na história acontece várias reviravoltas, fazendo o leitor intrigado e virar as páginas. É uma pena
que o livro se centre nos assassinatos e as 2 personagens principais e não em algumas
personagens secundárias em que valeria a pena terem um maior desenvolvimento.
Recomendo este livro a fãs de vampiros e também a amantes de histórias de detectives. Faço
lembrar que Sangue Fresco é um livro para adultos, tendo uma atmosfera adulta e não os típicos
elementos das histórias juvenis.
Nota: 8.5/10
O que é agradável: Uma protagonista forte. A mitologia clássica dos vampiros. O enredo bastante bom e apelativo, tendo um clímax forte.
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O que é desagradável: A personagem Jason está pouco desenvolvida, apesar de ter a sua
importância na historia e sendo uma personagem interessante.
Dívida de Sangue – Saga Sangue Fresco Vol.II
de Charlaine Harris
Dívida de Sangue é o segundo volume da Saga Sangue Fresco. Sookie
Stackhouse é uma telepata que consegue ouvir os pensamentos das
pessoas em seu redor. Num dia de trabalho conhece Bill, um vampiro
que não consegue ouvir os pensamentos. Intrigada, conhece o
vampiro e com isso muda drasticamente a sua vida.
O segundo volume passa-se dias após o grande final de Sangue Fresco
e continua com a mesma fórmula - resolver um novo mistério. Começa com a morte de um colega de Sookie, e esta tem a
necessidade em saber quem foi o culpado da morte do colega e amigo.
Ao mesmo tempo está em dívida com Eric, e este pede que Sookie faça um "favor" a ele: Ir a Dallas procurar um vampiro desaparecido usando a sua habilidade. Sookie
não tem outra solução senão atender o pedido de Eric.
Tal como "Sangue Fresco" o estilo de escrita continua o mesmo: Brilhante e viciante. As
personagens são elaboradas e bem descritas, tal como as localizações. Charlaine Harris
conseguiu - ao contrário de outros autores - fazer com que Dívida de Sangue seja melhor que o
seu predecessor a muitos níveis: de personagens, de conflitos, de surpresas, entre outros.
O conflito que, no primeiro livro foi bom. Neste torna-se algo mais grande e mais
perigoso, onde existem vários antagonistas, surpreendendo o leitor em momentos que em
pensamos que não vai acontecer nada. O enredo é bom mas menos complexo que o primeiro.
Foco também que o livro não é para adolescentes mas sim para adultos devido ao seu conteúdo
sexual.
Um ponto negativo é que achei que o os acontecimentos relevantes neste livro são poucos e com
um final aberto, comparando com o predecessor, tenho também em conta que o livro só tem 231 páginas. Outro ponto positivo/negativo é que quando acabei o livro, senti-me frustrado em
não ter de imediato a terceira entrega - Clube de Sangue. =D
Recomenda-se a quem leu a primeira entrega, para quem gosta de vampiros e para quem
simplesmente gosta de um bom livro de detectives.
Nota: 8.5/10
O que é agradável: Um enredo apelativo. O conflito e antagonismo são maiores. Mais
personagens importantes no enredo e não somente Sookie e Bill. Faz com que o leitor leia de
imediato a terceira entrega.
O que é desagradável: Algumas personagens secundárias que aparecem em Sangue Fresco mal
aparecem no livro ou simplesmente não aparecem. O primeiro livro é mais "recheado" a nível de acontecimentos que nesta entrega, principalmente o final que é um pouco vazio.
ANÁLISES LITERÁRIAS David Andrade
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Clube de sangue
de Charlaine Harris
Clube de Sangue é o terceiro volume da Saga Sangue Fresco. Sookie
Stackhouse é uma telepata que consegue ouvir os pensamentos das
pessoas em seu redor. Num dia de trabalho conhece Bill, um vampiro
que não consegue ouvir os pensamentos. Intrigada, conhece o vampiro
que muda drasticamente a sua vida.
O terceiro volume começa com um bom arranque dizendo o objectivo
da personagem e o mistério que tem que resolver. Bill, namorado de Sokkie diz-lhe que vai ausentar-se em missão comandada pela rainha do
Louisiana. Mas com o tempo, Bill ausenta-se por demasiado tempo e Sokkie, juntamente com
Eric vão à sua procura.
Apesar do seu óptimo arranque que faz com que o leitura faça uma leitura sem pausas, no meio
do livro a acção vai diminuindo mas mesmo assim dentro do desejado. Mas a autora justifica
esta 'falta' de acção com o desenvolvimento emocional entre personagens do livro. Assim digo
que este livro é mais dedicado às personagens do que ao acontecimentos, mas ao mesmo tempo
os leitores não deverão esquivar-se à leitura deste livro, pois os acontecimentos e os
relacionamentos entre personagens irão reflectir no capitulo seguinte.
O estilo de escrita continua o mesmo que os anteriores - excelente - mas penso que este capitulo
da saga tem mais calão que os anteriores, o que para mim não faz diferença nenhuma, mas é bom salientar estes pormenores.
O antagonismo do livro está no mesmo nível do ritmo da acção - menor que o anterior mas
mesmo assim ainda dentro do desejável - esperava mais porque o antagonismo tornou-se maior
do que o primeiro capitulo e esperei que neste capitulo seria maior que no seu predecessor. Mas
tal não aconteceu mas mesmo assim não desiludiu.
Recomendo aos fãs da série e para quem gosta de um bom livro de vampiros.
Nota. 8/10
O que é agradável: O arranque do livro. O desenvolvimento das relações entre personagens. As
acções de Sokkie que são totalmente imprevisíveis.
O que é desagradável: Na metade do livro a acção é algo parada. O antagonismo é menor que o
seu predecessor.
ANÁLISES LITERÁRIAS David Andrade
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Stephenie Meyer
e o seu legado vampírico
Stephenie Meyer.
Stephenie Meyer é uma dona de casa com 3 filhos que subitamente teve um
sonho que foi tão marcante que o escreveu para não o esquecer. Em 6 meses
escreveu um manuscrito e pouco tempo depois conseguiu publica-lo. Foi um
bestseller e também foi o início da invasão dos vampiros em todos os tipos de média. Mas principalmente foi o que popularizou um novo género pouco
explorado: Romance paranormal.
Todas as adolescentes entre os 12 e os 18 anos sabem o nome do livro que
tanto adoram – Crepúsculo. Mas a onda de mudança ainda não tinha acabado. Quando o livro foi adaptado para cinema, elas gritavam pelo nome
de Edward e Jacob. O filme foi um dos maiores sucessos de 2008 e em 2009
voltou a fazer a mesma proeza – Lua Nova custou 50 milhões de dólares e
fez 700 milhões nos cinemas. Um dos filmes mais lucrativos do ano.
Mas qual é a razão deste alarido?
Conceito de toda a saga: Rapariga insegura apaixona-se por um vampiro que é “vegetariano”. O
amor é correspondido e com este amor começa a haver terríveis consequências. Ao mesmo
tempo Bella conhece Jacob e tornam-se melhores amigos.
Crepúsculo não é uma obra-prima e devo dizer que o sucesso do livro é devido a publicidade de
boca em boca e da sua adaptação para a sétima arte. A identificação das leitoras (sim, porque a esmagadora maioria dos fãs são raparigas adolescentes) com a personagem principal, que não
tem personalidade nenhuma e que dá flexibilidade, fazendo que os leitores tenham a sua própria
perspectiva da protagonista. Bella é a perfeita Mary Sue (uma fantasia) de Stephenie Meyer –
uma rapariga que é perseguida por um vampiro e que ambos se apaixonam.
Não existe nada de errado neste conceito?
A resposta é obviamente que sim. Stephenie Meyer descreve os actos de Edward como se fosse algo normal para os rapazes fazendo Bella pensar que é como se fosse um elogio. Ainda mais…
Edward confessa que tem uma obsessão por ela. Hum… isto não é mau?
Stephenie Meyer pensa que não! Mas eu penso que sim… dando como exemplo em que um ex
mata a namorada e se suicida dando como razão o amor eterno que sente por ela, ou o
empregado que mata a patroa porque tem uma obsessão doentia com ela. Isto é normal? Penso
que não.
Mas não é a única falha da protagonista. Apesar de Bella ter apenas 17 anos, age como se vivesse
em pleno séc. XIX. Porque Bella não consegue agir por vontade própria, quase todas as suas
acções tem como base Edward e isso é extremamente visível no livro Lua Nova, em que se prova que Bella não consegue viver sem Edward e as acções de Bella tem como objectivo ter uma
“ilusão auditiva” de Edward.
ANÁLISES LITERÁRIAS David Andrade
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Um livro em que a obsessão e a perseguição são coisas naturais existem mais factores ainda mais
provocantes Stephenie Meyer conseguiu saltar a barreira do proibido em fazendo algumas das
suas personagens estarem fisicamente e sexualmente atraídas por crianças de 2 anos e algumas
com ainda dias de vida. Pedofilia? Os fãs dizem que não se trata de pedofilia mas sim de amor.
Fui ao dicionário verificar e cheguei à conclusão que se trata de pedofilia.
No mundo de Twilight é encarado como algo de natural, será que a pedofilia é natural? No meu
mundo não.
Crepúsculo é um livro muito acessível e óbvio, é por isso que foi um sucesso. Outra razão em que o livro não é bom é que promove bastante
a superficialidade, por exemplo: Os Cullen são vampiros bons, e o que
significa bom para a autora? Bom significa bonitos fisicamente, ricos, fabulosos e até brilham! Bem, adolescentes que ainda estão a
desenvolver a personalidade lêem o livro e esforçam-se para ter o ideal de bom. Isto quer dizer
que pessoas não muito atraentes não são boas? Ser humilde é mau? Hum…
Ao longo da série os livros contêm vários erros, não estou a falar de erros de vocabulário ou
gramaticais, mas sim erros de acontecimentos temporais dando como exemplo o passado de
Rosalie no livro Eclipse. Rosalie era filha de um banqueiro de
sucesso no inicio do séc. XX, estava noiva e tinha uma vida
confortável. Agora, como é que a personagem tinha uma vida confortável se foi no tempo em que houve uma colapso financeiro
nos EUA e que consecutivamente os bancos entraram em colapso?
Pois…
Apesar de Stephenie Meyer a nível de escrita e como contadora de histórias não é lá muito boa,
penso que ela dá um mau exemplo em escrever coisas tão banais e sem alguma divisão entre o
bem e o mal – não falo da divisão entre a protagonista e antagonista mas sim de divisões sociais
e de factores que foram referidos acima.
David Andrade