revista helipa nº1

44

Upload: alexandre-de-maio

Post on 10-Mar-2016

228 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Revista feira pelo projeto Jovens Alconscientes (www.alconscientes.com.br)

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Helipa Nº1
Page 2: Revista Helipa Nº1
Page 3: Revista Helipa Nº1

O projeto Alconscientes é formadopor um grupo de jovens com idades entre14 a 19 anos, todos moradores deHeliópolis. Segundo os próprios partici-pantes “...é um grupo unido, focado eaplicado, o que fundamental na horade superar os desafios.”

“Também somos divertidos, ale-gres e agitados, porque não da pra sersério o tempo todo, mas o que todomundo concorda, sendo do projeto ounão, é que somos lindos,” brinca Bruno,um dos integrantes do coletivo, fã defilmes de comédia, usa um tomdescontraído para falar de temas sérioscomo a prevenção no abuso do Álcool.

“O nosso objetivo é conscientizaros adolescentes sobre os problemascausados pelo álcool e aos donos debares a não vender bebidas alcoólicaspara menores ou pra quem já estiverbêbado. Tentamos fazer isso atravésde eventos e ações como a Balada Black,o site Alconscientes, a revista virtualHelipa, o 1º Festival de Musica, pales-tras, oficinas nas escolas e CCCAs”,explica Bruno.

Page 4: Revista Helipa Nº1
Page 5: Revista Helipa Nº1
Page 6: Revista Helipa Nº1
Page 7: Revista Helipa Nº1
Page 8: Revista Helipa Nº1
Page 9: Revista Helipa Nº1
Page 10: Revista Helipa Nº1

Campeonato de música sobre o consumoresponsável de álcool é sucesso em Heliópolis

Por Beatriz Lima e Eduardo Silva

O Festival Helipa Music foi realizado no dia25 de julho de 2010 no CEU Meninos. O temaescolhido foi sobre o álcool e foi aberto para todaa comunidade de Heliópolis e com participação degrupos de outras comunidades.

O principal objetivo era fazer letrasconscientes sobre o uso abusivo do álcool. Aprogramação começou como a apresentação doprojeto Jovens Alconscientes para um público demais de 400 pessoas.

A competição foi feita por gruposformados nos núcleos dos CCCA(Centro Condutorda Criança e Adolescente) grupos de rap e funk.Outro elemento do hip hop presente foi a dançade rua com o b.boy Daniel.

O festival foi um sucesso e também contoucom a presença de Gilberto Dimenstein, colunistada folha de São Saulo, Lais Fonseca, jornalista,cantora de MPB e uma das diretoras da Unas, ArletePersoli, coordenadora do Centro de Convivência

Quem participou do Festival Por Gabriela e Tamily

O Festival foi d ivid ido em 3 categorias: CCCA ( Centro daCriança e Centro do Adolescente), Funk e Rap.Categoria CCCA

Na categoria CCA os grupos formadopor crianças são alunos de Bruno, rapper dacomunidade conhecido com o “U-China”, eletrabalhou durante 2 meses com os garotose garotas. Além do rapper Liu MR quetrabalhou na unidade Sacomã.

CCCA Heliópolis: Produziram umamúsica com o nome “Beba com moderação econsciência”

CCCA Imperador: Um grupo formadopor três adolescentes fizeram umainterpretação de teatro com uma frase quecomoveu a platéia “Paz e igualdade para as

Educativo e Cultural de Heliópolis e Alexandre deMaio, jornalista do site Catraca Livre e quadrinistaque atuaram como jurados do festival.

O campeonato foi divido em três categorias:Rap, Samba e Funk. Um dos prêmios foi entreguepelo Sandro, um dos diretores da Ambev. Nosintervalos Mayele, Beatriz e a Gabriela, integrantesJovens Alconscientes declamaram poesias sobre aquestão do álcool.

O festival teve apresentação de DJReginaldo e do Bruno (Jovens Alconscientes) e adiscotecagem ficou com o DJ Daymon.

No final do evento um show especial do rap-per MAX B.O. , apresentador do programa Manos eMinas que fechou a festa em grande estilo, fazendorimas de improviso com o R.G. da platéia. Tambémteve graffiti ao vivo com o 08 80, show do grupoAvante o Coletivo e recital de poesias com FantiManumilde e Ivon. Sandrinho Mc e Mc Gabiencerraram o evento cantando a música do projeto.

crianças, com muito amor e muitoesperança“CCCA Mina: Formado pelo grupo “PequenosMc's Conscientes” eles apresentaram umamúsica com o refrão (Tomou um gole/umadose/segundo gole/outra dose/terceirodose/três doses/Cuidado causa Cirrose )CCCA Lagoa: Grupo formado por trêsmeninas e tiveram uma performance muitoatrativa.

Page 11: Revista Helipa Nº1

Categoria FunkForam 4 grupos, sendo 3 da comunidade e um da zona norte,sempre com estilo divertido o Funk empolgou a platéia comletras conscientes sobre o tema álcool.O primeiro grupo a se apresentar foi o Mc Cb e Will moradores doJd. Patente que agitou a galera. Na seqüencia quem se apresentoufoi Sandrinho Mc e Mc Rodrigo que fizeram uma interpretação desua música com um pequeno teatro que comoveu a platéia. Logodepois se apresentaram Mc Éf e Vinny, que trouxe as estatísticasdo álcool na adolescência através de matérias de Jornais. Eencerrando a categoria Funk, o último a se apresentar foi o Bondedo Nego Tom, formado por Tom, Lusi, B e Bezinho, moradores daJd. Peri Alto localizado na zona norte.Categoria Rap

O grupo formado por Igor e Ruam chamado “Meninos do Rap” apesar defazerem oficina no CCCA Pam, resolveram participar na Categoria Rap eprovaram o seu talento com um o refrão forte.O segundo grupo foi o Morro em Ação que fizeram um pequeno teatro eo último a se apresentar foi Raça Forte que no começo da apresentaçãofizeram um pequeno debate e assim encerrou-se esta categoria.

Os JuradosTexto por Bruno e Sandrinho

Para avaliar os grupos tivemos aparticipação de Gilberto Dimenstein,jornalista formado pela faculdadeCásper Líbero, é colunista no Folhade S. Paulo e da rádio CBN. Gilbertofoi apontado pela revista Épocacomo uma das cem figuras maisinfluentes do país.Outra integrante do corpo de juradosé Arlete Persoli, Coordenadora doCentro de Convivência Educativo eCultural de Heliópolis. Alexandre de Maio, Cartunista,professor de design gráfico doprojeto Jovens Alconscientes ejornalista també teve a difícil missãode julgar os grupos junto com LaisFonseca, cantora de MPB, jornalista ediretora da Unas.Os jurados avaliaram nosparticipantes a musicalidade, perfor-mance, criatividade e tempo.

Page 12: Revista Helipa Nº1

GanhadoresTexto por André Rodrigo Vieira

Os vencedores ganharam uma gravaçãoem estúdio profissional e um videoclipe.

Categoria FunkO ganhador da categoria Funk foi o grupo: Bonde do Negro Ton. Que teve emsua letra a intenção de mostrar os perigos que o álcool causa na vida dascrianças e mostrar que em apenas um gole a vida pode ser destruída.Os quatrojovens ganhadores vieram do bairro Jardim Imperial, localizado na Zona Nortede São Paulo. Isso indica que para a vontade e criatividade não há fronteiras.

Categoria rapO ganhador do estilo Rap foi o grupoMeninos do Rap, seus integrantes Igor eJuan surpreenderam a todos com o seutalento e entrosamento aoapresentarem sua música, receberambastante elogios, além de garantirem oprêmio no estilo rap.Eles são moradores de Heliópolis e jácantavam juntos, foram inscritos nacategoria rap, mas poderiam participarpelo CCCA. Mas decidiram participar deforma independente concorrendo comgrupos mais experientes.

Categoria CCCAOs vencedores foram as crianças doCCCA Lagoa, eles abordaram o temade forma atual envolvendo aquestão da educação. Com o refrão“Vai estudar/se informar/pra seformar/pelo caminho da escola/esqueça o rumo do bar”

Page 13: Revista Helipa Nº1

DJDaymonTexto por Sandrinho

Avante Coletivo

Daymon José conhecidocomo Daymom tem umprograma na rádioHeliópolis chamadoPadaqui Padilá além deser DJ e tocar na BaladaBlack e em eventoscomo o Helipa Music. Nofestival Daymom fezperformances ecolagens.

Texto da Stefany e Cintia

O Avante Coletivo é um grupo de rap formado por U-China, Jota-Be eTó, DJ Regis (toca-discos), Luiz Motta (percussão), B-Boy Daniel(Break) e 08ou80 (Graffiti) todos moradores de Heliópolis eles seexpressam com versos criativos, rimas inteligentes, ritmosmarcantes e estilo autêntico. Eles são envolvidos em váriostrabalhos como shows, oficinas, palestras e encontros de hip hop eno festival eles abriram o show do rapper Max B.O. O público gostou muito da apresentação do Avante pois elescantaram músicas em que fala da comunidade, da paz e etc. Elesusaram a percussão e o grafiteiro 08 e 80 fez um desenho em ohomem aponta para o copo de álcool como se ele tivesse seafogando nos vários problemas do álcool, e que pode ter váriassensações boas ou ruins.

Próxima Balada BlackFrancilene Fabiola da Silva

A próxima Balada Black vai ser dia 28 de agostorealizada por nós do projeto Jovens Alconscientes.A Balada Black tem como objetivo mostrar para acomunidade e os jovens que é possível se divertirsem o consumo do álcool. Acontecefrequentemente na quadra da Unas no bairro deHeliópolis e começa às 7h e acabaaproximadamente a meia noite.Cada vez mais aparecem mais jovens interessadosem conhecer esse novo estilo de balada curtindosem álcool. Na balada tem vários tipos de musicascomo Funk, Psy e Black, além de sorteios e adiscotecagem fica com o Dj Reginaldo.“É legal porque você pensa que não vãocomparecer muitos jovens porque é sem álcool,mas muitos jovens comparecem. É legal porquevocê se encontra com vários amigos lá e sediverte” fala André.

Page 14: Revista Helipa Nº1

MAX BOPor Mayelle

O “B.O.” do nomesignificou Boletim deOcorrência, emreferência ao seuprimeiro grupo deRap mas ele saiu dogrupo e as siglastiveram outrosentido muito maisforte "BrasileiroOriginal".Seu show finalizou oevento, eleapresentou suasmúsicas e contou suahistória, falou sobreo bar do seu pai ecomo a bebida jámatou muita gente,mas também era osustento da família.Também fezimprovisos comalguns R.G.´s echamou Bolinha, doC.C.C.A paraimprovisar com ele.

Page 15: Revista Helipa Nº1

Livia CruzPor Thays Foge Jascintho

Lívia Fontoura Silva Cruz , que nasceu emRecife no dia 11 de outubro. Desdo 14anos ela compõe, rima ,canta eversas,quando jah participava do grupo derap iniciantes em sua cidade natal. Aindaadolescente, mudou-se para o Rio deJaneiro, o maior berço cultural do país embusca da profissão. Foi no trabalho com oColetivo Brutal Crew, que gravou a suaprimeira música, “Viúva Rainha”, deprodução de DJ Babão. Lívia Cruz é a chama da novidade do rapaté a última ponta. Para quem já tinha seacostumado com a mistura do hip hopcom outros estilos, a cantora ousa aindamais transpondo para suas músicas aromântica face dos sentimentosprovocando sentidos nos sonhos dosouvintes. No dia 25 de julho, no domingo , Liviaparticipou do festival Helipa Musiccantando uma música com Max B.O.

Page 16: Revista Helipa Nº1

Tenho 14 anos e resolvi ir a uma balada comminhas amigas. Estávamos nos divertindo muitoaté que as garotas resolveram comprar bebidas.Elas compraram vodka e redbull, até meofereceram, mas eu disse que não queria. Elasinsistiram, disseram que eu iria me divertir mais,que os garotos gostam de meninas que bebem.Resolvi experimentar, até ai tudo bem, mas elasinsistiam para eu beber mais, pensei já que eutomei o primeiro gole e não senti nada, que malteria se eu beber o segundo. Acordei sem saberonde estou, parece um quarto, minha cabeça dói,ouço meu celular tocar, é minha mãe, ela estachorando, perguntou onde eu estou e eu descrevio lugar para ela, ela disse que sabia onde era eveio me buscar.Procurei diversão e achei responsabilidade,naquele dia fui violentada e tive uma filha.

Page 17: Revista Helipa Nº1
Page 18: Revista Helipa Nº1
Page 19: Revista Helipa Nº1
Page 20: Revista Helipa Nº1
Page 21: Revista Helipa Nº1
Page 22: Revista Helipa Nº1

Não acredito no que aconteceu. O passado, não possomudar.Achei que estava sozinho, que todos virariam as costapara mim, eu tinha certeza que ninguém ia me ajudar.Porque uma coisa tão boa, poderia me prejudicar.O tempo foi curto e doloroso.Uma noite, num bar, enchia a cara e fiquei alegredemais, resolvi dirigir, para ir na balada.Uma noite chuvosa com a pista escorregadia e eubêbado, não deu outra.Quando me dei conta vi minha família, amigos econhecidos ao meu redor, não entendi, estousonhando, porque não acordo, não acredito, mas érealidade. Agora que percebo, prejudiquei a mim e aspessoas que estavam do meu lado e sinto uma dorgrande, que nunca vai curar, é pior que facada ou serbaleado, não sei como explicar, não pude amar e nemsenti a verdadeira felicidade ou não pude amar, masfui amado.

Page 23: Revista Helipa Nº1
Page 24: Revista Helipa Nº1
Page 25: Revista Helipa Nº1
Page 26: Revista Helipa Nº1
Page 27: Revista Helipa Nº1
Page 28: Revista Helipa Nº1

Uma pesquisa da Secretaria Nacional de Políticas sobreDrogas (Senad) com 18 mil universitários do Paíscomprovou que eles usam mais drogas lícitas e ilícitas, comoo álcool e a maconha, que a população em geral. Mais de60% dos entrevistados tinham consumido álcool nosúltimos 30 dias (entre a população em geral o índice é de38,3%) e 25,9% usaram drogas ilícitas (na população oíndice é de 4,5%).

Os pesquisadores esperavam que existisse uma diferençaentre os dois públicos, mas se surpreenderam com otamanho do degrau. O levantamento, obtido comexclusividade pelo Estado, foi feito em parceria com o GrupoInterdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas daFaculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e é oprimeiro de abrangência nacional.

Foram entrevistados alunos de cem instituições particularese públicas de ensino superior nas 26 capitais do País, mais oDistrito Federal. A intenção agora é usar os resultados dapesquisa para a criar políticas específicas contra o uso dedrogas.

"O governo vem realizando uma série de ações voltadas apopulações mais vulneráveis, como é o caso dosuniversitários", afirmou a titular da Senad, Paulina Duarte."O levantamento foi fundamental para que pudéssemosconhecer qual é a exata situação de uso de drogas nessapopulação e, a partir disso, planejar, em parceria com asuniversidades, intervenções eficazes."

Para o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, da USP, um dosresponsáveis pelo estudo, o desafio será encontrar umaforma de mobilizar os universitários. "A informação já existe.Mas o fato de eles conhecerem os malefícios não faz comque consumam menos drogas", afirma.

Segundo o médico, além da quantidade, os universitáriosconsomem álcool e outras drogas de forma perigosa. "Osjovens estão fazendo uso de múltiplas drogassimultaneamente. Além disso, um em cada quatro bebe deforma exagerada e 3% apresentam padrão de dependência,algo que costumávamos encontrar só em alguém com 40, 50anos", diz o médico.

O exagero no álcool, de acordo com pesquisas científicas,deixa a pessoa exposta a riscos como acidentes de trânsito,intoxicação, atos de violência, sexo desprotegido, além depotencialmente prejudicar o desempenho acadêmico,profissional e social do usuário.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100623/not_imp570596,0.php

Luciana Alvarez - O Estado de S.Paulo

Dos entrevistados, 18% disseram que já dirigiram embriagados, 27%pegaram carona com pessoas embriagadas e 43,4% admitiram terusado álcool simultaneamente com outras drogas.

Das drogas ilícitas, as mais consumidas foram maconha, haxixe ouskunk (26,1% dos universitários já consumiram alguma delas),anfetamínicos (13,8%), tranquilizantes e ansiolíticos sem prescriçãomédica (12,4%), além de cocaína (7,7%).

Obrigações. A psicóloga Ilana Pinsky, da Unidade de Pesquisa emÁlcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo, diz que osjovens consomem mais drogas porque eles ainda têm menosobrigações e mais fácil acesso que os adolescentes.

"Nessa fase também há uma tolerância maior, já que os prejuízoscostumam ser menores, os problemas crônicos ainda nãoapareceram", afirma.

Mas a idade não deve ser vista como desculpa para o consumo dedrogas e o exagero na bebida. "Existe na sociedade a ideia de que éuma fase, de que é normal, mas isso é falso", afirma. "Se a genteconsiderar só a quantidade de mortes e incapacitações em acidentescausados por motoristas alcoolizados, já temos um problema muitosério."

Renan Rebello, de 23 anos, estudante de Economia em São Paulo,reconhece que o consumo de álcool o coloca em situações de risco."Chega a ser perigoso, especialmente quando bebo e dirijo", afirma.Rebello, que começou a beber aos 13, conta que na adolescência eramais comum tomar porres. "Antes bebia mais em quantidade. Hojebebo com mais frequência, mas às vezes ainda fico bem louco." Paraele, beber é importante como fator de integração social.

A aluna de Direito Carol Korte, de 20 anos, relata que seu consumode álcool aumentou muito - em quantidade e frequência - desde queentrou na faculdade. "A gente chega estressado depois de um diainteiro trabalhando e estudando e acaba se reunindo no bar paraconversar, descontrair", afirma. "Quem não bebe é um estranho noninho."

Page 29: Revista Helipa Nº1
Page 30: Revista Helipa Nº1
Page 31: Revista Helipa Nº1
Page 32: Revista Helipa Nº1

Tenho, ou melhor, já tive família, mulher e dois filhos, um bom emprego com umbom salário, mas é incrível com as coisas podem mudar de um dia para o outro nasua vida.Certo dia fui demitido, a empresa que eu trabalhava, estava falindo e já não podiamais pagar meu salário. com o emprego da minha mulher dava para pagar ascontas e por comida em casa, mas como estávamos com pouco dinheiro, tive quedemitir a baba, cortar a tv a cabo, a internet e até vendi meu carro. Procurei outrosempregos, e por muitas vezes ouvi não como resposta, não agüentava mais essasituação, resolvi procurar a solução para meus problemas e minhas mágoas emqualquer bar. Cheguei em casa bêbado e briguei com minha mulher. No dia seguinteacordei com muita dor de cabeça, só ouvia minha mulher reclamando, falando queeu deveria tomar uma atitude e que eu não podia ficar parado. Depois disso elasaiu pra o trabalho dizendo que alguém tinha que trabalhar e eu fiquei tomandoconta das crianças, eu me sentia muito mau, passei o dia com meus filhos mepedindo coisas que eu não poderia dar, isso me deixava extremamente desanimadoe mal minha mulher chegava em casa eu já ia para os "bares da vida" e quandochegava a noite a história se repetia. Até o dia em que acordei e não vi minhamulher do meu lado, fui no quarto dos meus filhos e também estava vazio, abri osguarda-roupas e não encontrei nada, ela tinha partido e levado as crianças com ela,fui para cozinha quase chorando e achei uma carta que dizia: "Vou para o norte,para casa de minha mãe, me cansei dessa vida, cansei de esperar você chegarem casa de noite e ver você entrar bêbado em casa enquanto eu tentavaresolver as coisas, é difícil ver você jogar sua vida fora. Não venha me procurarvou estar bem melhor sem você."Depois dessa carta me dei conta de que eu via a realidade, mas não fazia nada paramudá-la, só reclamava e bebia para esquecer. Mas agora por causa disso perdi minhafamília, minha dignidade, minha esperança e pior de tudo perdi minha vida.Tenho, ou melhor, já tive família, mulher e dois filhos, ...

Page 33: Revista Helipa Nº1
Page 34: Revista Helipa Nº1
Page 35: Revista Helipa Nº1
Page 36: Revista Helipa Nº1
Page 37: Revista Helipa Nº1
Page 38: Revista Helipa Nº1
Page 39: Revista Helipa Nº1
Page 40: Revista Helipa Nº1
Page 41: Revista Helipa Nº1
Page 42: Revista Helipa Nº1
Page 43: Revista Helipa Nº1
Page 44: Revista Helipa Nº1