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112 Ano 12 Dezembro 2010 TEXTOS: Elas são uma festa Reportagem: Uma mãozinha para os pés Entrevista: Hélio Gomes Darlan Corrêa José Orlando Marcos Mendes Paula Greco Zenólia de Almeida Movimento comemora com as stars: FOTO: Marquinho Silveira

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O empresário Hélio Gomes se candidatou, agora em 2010, pela primeira vez a um cargo eletivo. Conseguiu convencer 44.740 eleitores a elegê-lo deputado es-tadual, um feito digno de muita atenção.

A revista Movimento procurou, então, agendar uma entrevista com o recém-eleito deputado.

Além de ser empresário ocupadíssimo, Hélio passou a ter uma parte de seu tempo absorvida pelos movimentos iniciais de reco-nhecimento de terreno, na Assembléia Le-gislativa, onde ele vai ter atuação no míni-

mo nos próximos quatro anos. Por isso, e apesar da boa von-tade do entrevistador, o agendamento enfrentou algumas dificuldades, e contou com a eficiência de sua assessora, a jovem Mariana.

Então, numa terça-feira, início da noite, Hélio Gomes acompanhado da Mariana, se reuniu com os entrevista-dores José Orlando, Lincoln Byrro, Paula Grecco, Lena e Adolpho, em torno de uma mesa para um bate-papo descontraído e bem humorado (rico ri à toa), que durou quase três horas, apesar do estado febril em que se encontrava o entrevistado.

O objetivo da entrevista era que se conheces-se um pouco mais o cidadão Hélio Gomes, sua história pessoal e empresarial, e seus planos para essa nova etapa na sua trajetória de sucesso.

Os eleitores poderão constatar, nas páginas 22 a 28, que esse objetivo foi amplamente alcançado.

ENTREVISTA

Itália

Uma maõzinha para os pés

61

64

TURISMO

SUMÁRIOREPORTAGEM

6 Qualquer Coisa

8 Marcos Mendes

10 Darlan Corrêa

12 Olha o Passarinho

16 Zenólia de Almeida

18 Suruba

22 Entrevista

46 Champagne

54 José Orlando

56 Empresas e Negócios

66 Receita

Hélio Gomes

Hélio Gomes

Page 5: Revista Movimento

5

EXPEDIENTEREvIsTa MOvIMENTOCnpj: 03379370/0001-70Endereço: Av. Brasil, 3.277 - sala 6Diretora: Lena TrindadeConselho Editorial: Lena Trindade, Adolpho Camposjornalista Responsável:Francisco Luiz Teixeira - Profissional : 1305/MGColaboradores: Adolpho Campos, Darlan Corrêa, Zenólia de Almeida, Paula Greco e Marcos Mendes e José Orlando.Revisão: Tarciso AlvesDiagramação: Alderson Cunha (Kila)Foto Capa: Marquinho SilveiraFotos: Ramalho Dias e Lena TrindadeImpressão: Lastro EditoraAs opiniões emitidas em artigos assinados e declarados são de total responsabilidade de seus autores.

Produção Cabelo e Maquiagem:Josias Hair DesignFoto Capa:Marquinho Silveira

CONTATO COmerCiAl: [email protected] (33) 3271-9240 | 9974-8892 | 8403-1434

www.revistamovimento.com

O ano de 2010 está chegando ao fim. Mais um ano de muita luta,

de obstáculos vencidos, de alegrias e tristezas. Felizmente mais

alegrias do que tristezas.

A revista Movimento segue em sua trajetória de permanência

regular na mídia valadarense, comemorando com amigos, anuncian-

tes, colaboradores e parceiros de sempre mais este ano que chega

ao fim, com expectativa de que 2011 seja de muita paz, pleno de

alegria, conquistas e realizações. O leitor vai acompanhar os flashes

do congraçamento que a revista promoveu nas páginas 36, 37, 38,

40 e 42.

A capa desta edição traz uma mensagem de otimismo com a

turma do champanhe brindando pela chegada de um novo ano.

Para encerrar uma etapa e iniciar outra, a última edição do ano

da Movimento vem com muito conteúdo, reportagem, textos dos

colaboradores, coberturas de festas e eventos, suas seções perma-

nentes, além de uma entrevista muito interessante e divertida com

o megaempresário, e agora também deputado estadual, Hélio Go-

mes.

Aos nossos leitores, anunciantes, colaboradores e parceiros

desejamos um feliz Natal e um felicíssimo 2011.

Boa leitura e até a próxima.

EDITOR I A L

Capa:Vanessa GimenezDébora Di SpiritoAdriana GonçalvesFatinha Simões

Page 6: Revista Movimento

6

QUALQUERQUALQUERCOISA

O discurso monotemático de Marina Silva sobre

sustentabilidade e preservacionismo rendeu-lhe

cerca de 20 milhões de votos no 1º turno das elei-

ções para presidente, em 3 de outubro último.

Muita gente ficou surpresa com essa quantidade de

votos colhidos pela senadora. Eu não me surpreendi e

explico: o que tem de gente se identificando com essas

posturas preservicionistas naturebas e esotéricas é uma

loucura. Pensando na pre-

servação do planeta, ami-

gas e amigos meus plantam

hortinhas orgânicas nos

quintais, instalam coletores

solares nos telhados de

suas casas, comem comi-

das estranhíssimas (man-

dioquinhas hidropônicas),

deixam os carros na gara-

gem, trocando-os por bici-

cletas, etc, etc. Alguns mais

bicho-grilo correm sérios

riscos, cultivando vegetais

esdrúxulos em vasos colo-

cados nas áreas de servi-

ços dos apês. O ex-ministro

do Meio Ambiente, Carlos

Minc, sabe do que estou

falando.

Por falar em votos e

preservacionismo, Eduardo Jorge, o secretário municipal

do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, declarou re-

centemente seu voto na suçuarana, numa cerimônia pú-

blica, para inquietação do prefeito Gilberto Kassab, que

estava presente e no momento cuidava de outros assuntos,

ainda que estivesse ciente do trabalho do seu secretário,

desde o início para a onça. Tratava-se da inusitada eleição

do animal que será adotado como símbolo de São Pau-

lo.

O site oficial de biodiversidade paulistana traz a per-

gunta: “Qual o bicho que tem a cara de São Paulo?”. Os

paulistanos respondem com seu voto.

Concorrem 700 vertebrados e invertebrados de exis-

tência documentada na cidade. Entre eles as aves esta-

vam vencendo com folga: Pica-pau-de banda branca,

beija-flor -tesourão, periquito-rico, sabiá-laranjeira, tico-

tico, bem-te -vi.

A propósito, já que se fala de aves, os Tucanos paulis-

tas garantem que isso não teve nada a ver com a tentativa

de conquistar os votos de Marina Silva.

Por outro lado, existem fazendas orgânicas que se

multiplicam pelo mundo e que participam da rede WWOOF

– World Wide Oportunityes Organic Farms.

Enfim, o movimento a favor do desenvolvimento sus-

tentável defendido por Marina Silva é grande.

Como em tudo na vida, nas abordagens desse tema,

tão caro a tantas pessoas, há exageros: o príncipe herdei-

ro do Reino Unido promoveu, há pouco, nos jardins de

Clarence House, sua residência londrina, uma gardem

party, onde 100 expositores apresentavam idéias para a

preservação do planeta, uma das fixações dele. Entre as

diversas idéias malucas, uma chamou a atenção do prín-

cipe Charles: trata-se de um caixão funerário feito à base

de lã de ovelha, material natural, sustentável e biodegra-

dável. O produto está disponível em duas cores: marrom

e branco. Essa forma ecologicamente correta de passar

desta para melhor parece não ter agradado à mãe do

príncipe, sua Majestade Elizabeth II, de 84 anos de idade

e 58 de reinado. Sair de cena não parece fazer parte dos

planos dela, por enquanto. Apesar do príncipe.

A Onda Verde

A Suçuarana (puma Concolor Capricornienses) - foi escolhida animal silvestre símbolo da cidade por 16.689 votos do total de 84.140, na quarta-feira, dia 24 de novembro. A personagem vai se chamar Suçu. Fofo, não?

Page 7: Revista Movimento

7

Page 8: Revista Movimento

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MARCOS MENDES* Marcos Mendes é jornalista, professor da Univale e assessor de comunicação da Câmara Municipal

Fim de ano é tempo de comemoração e celebração. São

festas de formatura, confraternizações, Natal e réveillon.

São momentos especiais para desfrutar com os amigos,

familiares e aquelas pessoas especiais. Para momentos

significativos a bebida também deve ser. Situações como

essas pedem champagnes, jerez ou bons proseccos, como

os italianos produzidos na região de Vêneto.

Champagnes são champagnes, são os melhores e mais

reputados espumantes do mundo. Uma comemoração ou

celebração importante exige uma bebida de qualidade.

O champagne é produzido na fria região de Champagne,

localizada ao norte da França. São os únicos espumantes

no mundo que podem ostentar esse nome. Portanto, se não

for francês, de Champagne, você não bebeu chanpagne.

Os melhores champagnes são vinhos que têm como

característica um perfeito equilíbrio, elegância, frescor e

complexidade. Eles são elaborados com três uvas principais:

a pinot noir e a pinot meumier, tintas e a branca chardonnay.

Os champagnes millesimés são elaborados com a uva gran-

de année de Bolhinger, resultado das melhores safras e que

produzem uma bebida especialíssima. Os bons champagnes

podem durar muito tempo, se tornando ainda mais grandio-

sos e refinados. Exemplo foram os champagnes encontra-

dos, recentemente, em um navio francês, naufragado há

mais de 200 anos na costa da Rússia. A bebida conservou

suas características e é disputada em leilões europeus.

O prosecco é um espumante mais leve e descompromis-

sado que os champagnes, tradicionalmente produzidos em

Vêneto, na Itália. Muitos usam incorretamente “Prosecco”

para designar espumantes em geral. Prosecco é uma deno-

minação de origem. Têm que se produzidos nas colinas ao

norte de Treviso, e as mais reputadas são Conegliano e

Valdobbiadene. Dependendo do produtor, o prosecco pode

ser delicioso e muito agradável e aromático. A indicação de

um bom prosecco é Adriano Adami, elaborado artesanal-

mente. Os proseccos de Sacchetto também são muito bons

e equilibrados.

Os espumantes de Franciacorta, assim como os elabo-

rados por Ca’ Del Bosco, são compatíveis aos melhores

champagnes. Têm elegância, complexidade e longevidade.

O piemontês de Bruno Giacosa é uma verdadeira raridade.

O lambrusco de Paderzana é concentrado, intenso e equili-

brado, bem diferente dos exemplares mais comerciais en-

contrados facilmente nas gôndolas dos supermercados.

Ao lado dos champagnes, os jerez são considerados os

melhores aperitivos. Os jerez Fino e Manzanilla são referen-

ciais. São leves, secos e simplesmente deliciosos. (Fonte,

publicações Mistral Importadora).

Por falta de indicação de boas bebidas as comemora-

ções de fim de ano, em seu melhor estilo, não vão deixar de

acontecer. Programe-se, prepare um cardápio que harmoni-

ze com a bebida escolhida, e aproveite. Quanto ao bolso,

não se preocupe. Todas as opções sugeridas são em dólar

e a moeda americana nunca esteve com a cotação tão bai-

xa quanto agora. É para qualquer Papai Noel que tenha in-

formação e bom gosto fazer a festa.

com estilo Celebração

Page 9: Revista Movimento

WWW.AREZZO.COM.BR

Veja o novo vídeo com Mariana Ximenes, Happy Hot Summer - Alto Verão 2011

Rua Peçanha, 410 - Centro - Tel. 3202 4327

Page 10: Revista Movimento

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DARLAN CORRÊA

Amiga, tem um momento em que parece não haver chão. As referências se dissolvem no ar como um sorvete. Tudo que sempre tomamos como “bom”, se torna dúbio e sem seu real sentido.

Os dias são mais cinzas e os cinzas mais escuros.A gente procura reagir, rir de si mesmo até! Mas, no

fundo, não acha graça em nada...O choro está escondido em cada dobra do seu ser,

basta um acontecimento banal e ele se apresenta.A vontade de viver, força motriz, parece ter sumido.

Onde estão aqueles dias felizes? Onde estão aquelas pessoas insubstituíveis?

Cadê a alegria? Cadê o apetite? Cadê o tesão?A fé falta! Parece que Deus foi comprar cigarro, sei lá!O companheiro está do lado, mas parece distante... Os

filhos não dependem mais da gente...O trabalho, antes motivo de orgulho, mais parece um

martírio. Por que viver?Por que prolongar uma existência tão... tediosa?Por que fazer todas as pessoas amadas terem pena de

você?Cadê? Por quê? Para quê? Quanta falta de resposta!PARA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!Cara, isto se chama DEPRESSÃO!Amiga, acredite, existe sim algo além do cinza profundo!

Existe sim um momento depois deste!Seus filhos precisarão sempre de você. Sim, eles não

mamam mais, nem sujam as fraldas. Sim, estão indepen-dentes, se metendo e saindo de confusões sem a sua ajuda. Parecem desplugados de você... Mas não é verda-de!

Você ainda é o Porto Seguro deles. É para você que eles correm, quando um amor acaba. E sua opinião que

vale, quando eles querem tomar uma decisão mais séria. Eles pensam: “ela faria assim”...

Seu companheiro te abraça procurando aquela menina da faculdade cheia de bom humor... Seu companheiro quer se apoiar em você, como sempre fez! Ele espera a palavra certa, o gesto de intimidade.

Seus amigos sentem saudades de você!Mas não desta caricatura de você! E sim daquela ami-

ga segura, inteligente, alegre, que ajudava, orientava e palpitava!

Sentimos sua falta sim! E sonhamos com a sua volta!Não podemos abrir mão da sua presença solar. Não

queremos prescindir do seu saber. Não devemos nos afas-tar do seu jeito politicamente correto, que todos nós curti-mos!

Você só precisa acreditar em você!Não vai ser a sua primeira, nem a última virada.O que te faz triste? O emprego? Descarta o emprego!Faz terapia!Faz pilates... Faz alguma coisa!Fique certa, nós que te amamos, estamos todos tor-

cendo por você. Putz, só depende de você querer!Prozac, Tofranil, terapia, sexo, Absolute... Tudo vale a

pena, se a alma não é pequena! Só não vale não fazer nada!

Olha daí da sua cama, MAS OLHA COM ATENÇÃO: Lá no fundo do cinza escuro, há um ponto azul! Na bruma fria que te envolve, Há um raio de sol querendo penetrar. E este peso enorme que repousa em seus ombros? Ora, tem uma multidão de amigos querendo te ajudar a carregar...

Reage!!!Com amorDarlan

Email:darlancorreadias@gmaiI

Carta a umaamiga deprimida

Page 11: Revista Movimento

Rua Belo HoRizonte, 485 - CentRo

G o v e R n a d o R v a l a d a R e s

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Page 12: Revista Movimento

LhA OpAssARInhO!

De olho nas frases, conversas e

acontecimentos mais interessantes que rolam

no twitter, e o assunto da vez não poderia

deixar de ser o caos urbano instaurado no Rio

de Janeiro, por conta das ofensivas da polícia

contra o tráfico de drogas. Em sua condição de

tribuna livre, o twitter é espaço aberto para as

mais divergentes opiniões. Há quem apóie a

iniciativa da polícia, como o psiquiatra e

ex-BBB Marcelo Arantes (@dr_marcelo), que,

desde a invasão da Vila Cruzeiro, se

manifestou várias vezes contra os bandidos e

chegou a cobrar ainda mais contundências das

ações policiais. Há quem peça paz, quem

proponha ampliar a discussão para uma

possível discriminalização da maconha, como o

músico Tico Santa Cruz (@TicostacruzRock) e

muitos artistas, trocando suas fotos no twitter

por frases de amor ao Rio de janeiro, como Léo

Jaime (@LeoJaime), Fernanda Paes Leme (@

FePaesLeme) e Bruno Mazzeo (@bmazzeo),

entre outros. Mas mesmo nesses momentos

de tensão, o bom humor e as inevitáveis

piadas dão o tom. Entre as muitas, vale citar o

humorista Fábio Porchat (que liderou as

manifestações pela liberação das piadas com

presidenciáveis durante a campanha

presidencial), que twitou assim: “@

FabioPorchat Indicação de trânsito no RJ: Vc

passa 1, dois, no terceiro ônibus queimado vira

a direita. Aí em frente a um carro em chamas

já procura vaga.”

O caOs e o HUMOR

Esporte

por Paula GReCo

A escolha do jovem craque dos Santos

Futebol Clube, Neymar (@Njr92) como

“O Homem do Ano” pela revista VIP

também gerou críticas alfinetadas e

críticas bem humoradas. O tuiteiro das

celebs, @HugoGloss escreveu apenas

um irônico “Eu ri”, se referindo ao as-

sunto. Já o chargista, blogueiro e mú-

sico Maurício Ricardo brincou com a

faixa etária de público com a qual o

jogador faz sucesso “@MauricioRicar-

do Neymar foi escolhido Homem do

Ano pela revista... VIP! Ah, vá. Ainda se

fosse a Capricho”.

nquanto isso, os fãs de

vôlei comemoram seu novo

canal para acompanhar as

partidas dos campeonatos

nacionais. Já que as TVs abertas

não transmitem e nem todo mundo

tem TV por assinatura, alguns clu-

bes e sites de vôlei estão se unindo

para transmissões via internet,

muitas delas via twitcam ao vivo no

twitter. Para saber quem transmite

o que, e como assistir, o mais indi-

cado é seguir o @VoleiTVAbertaJa e

ficar por dentro de tudo.

Page 13: Revista Movimento

CU

LTU

RA

Anunciados como apre-

sentadores do Oscar 2012

em uma estratégia da

Academia ppara atrair o

público jovem, os atores

James Franco e Anne Ha-

thaway passaram pelo

crivo do @sitechic e foram

aprovadíssimos nos que-

sitos charme, beleza e elegância. Já o talento de ambos

dispensa comentários. Agora é ver o que acontece no

palco.

Já o @colherada contou os prós e contras do filme “Mui-

ta Calma Nessa Hora”, comédia nacional que tem roteiro

de Bruno Mazzeo, e no elenco, nomes como Gianne Al-

bertoni, Fernanda Souza, Andréia Horta, Maria Clara

Gueiros, Leandro Hassun, Marcelo Adnet, Luís Miranda e

mais bons nomes do humor que garantem despretensio-

sas e boas risadas em meio a muitos merchans.

Até os bispos

da Igreja Uni-

versal do Rei-

ne de Deus se

renderam ao bom humor da apresentadora Sabrina Sato

(@SabrinaSatoReal), que numa madruga insone ligou para

o programa fala que Eu te Escuto, da Rede Record. A par-

ticipação ao vivo da apresentadora foi rapidamente disse-

minada via twitter, aumentando a audiência do programa.

Com seu jeitinho divertido, ela pediu ao apresentador que

tocasse o Hino do Corinthians, esbanjou simpatia, e a

conversa que começou com um sisudo “O que a senhora

deseja” terminou com o bispo abençoando os artistas e

famosos pela TV. Depois disso, Sabrina já interagiu algumas

vezes com o programa através do twitter @FALA_QTESCU-

TO, e chegou a fazer uma pequena campanha na rede, de

madrugada, para que um dos apresentadores dançasse a

famigerada coreografia do “Ah! Muleke”!

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ZENÓLIA DE ALMEIDAMestre em Ciências Sociais. Vice-Presidente da Academia Valadarense de Letras. Diretora da Associação Comercial de G. Valadares

Fim de ano, Natal, congraçamento. Essa é uma

época em que, tradicionalmente, se costuma pre-

sentear parentes e amigos, mesmo que isso signi-

fique sacrificar nosso orçamento. Há séculos, essa tra-

dição é mantida. No Japão (séc. XVII e XVIII) a prática do

Oseibo (ou de dar presente de fim de ano) representava

uma concepção muito particular da cultura japonesa, por

“transmitir respeito e apreço por aqueles que nos auxi-

liaram durante o ano” -- parentes, professores, amigos,

colaboradores e superiores hierárquicos. Ainda hoje,

quem recebe um Oseibo deve retribuir com um presente

simbólico, ou com um cartão de agradecimento.

No início do século XX, esse tema foi objeto de estu-

do de dois brilhantes antropólogos: Bronislaw Malinowski

(1884-1942), autor da monografia “Argonautas do Pací-

fico Ocidental” e Marcel Mauss (1872-1950) que nos

deixou como legado o “Ensaio sobre a Dádiva”. Inaugu-

rando o método de Observação Participante, a aborda-

gem funcionalista de Malinowski buscava entender a

lógica do funcionamento das sociedades, através do

estudo de seus rituais, costumes e valores culturais. O

foco de seu estudo foi o Kula, um ritual de trocas de

presentes entre os habitantes do arquipélago de Tro-

briand, localizado ao longo da costa oriental da Nova

Guiné. A troca de colares e braceletes acontecia em dois

sentidos distintos: enquanto os colares (soulava) viaja-

vam em sentido horário pelas ilhas, os braceletes (mwa-

lis) faziam o circuito anti-horário, numa representação

simbólico-geográfica da forma circular das ilhas que

compõem o arquipélago de Trobriand. A vida social era

marcada pela constante obrigação de dar e receber.

Nessas expedições, o comércio constituía uma ativi-

dade secundária, que acontecia durante as visitas do

Kula. Enquanto a parceria entre milhares de ilhéus era

permanente, a posse do presente era temporária. Sua

tradição era mantida por uma importante obrigação: re-

ciprocidade. Quem recebia um colar deveria retribuir com

um bracelete e vice-versa. Esses presentes, tal como

fazemos com nossas jóias, só eram usados com grande

pompa nos festejos e momentos especiais.

Mauss estudou outra manifestação, o Potlash (que

significa “dar), uma cerimônia praticada entre tribos ín-

digenas da América do Norte, que se caracteriza por

banquetes festivos, oferta de bens e redistribuição de

riqueza. O ritual do Potlash acontecia em determinadas

situações, tal como nascimentos dos filhos, casamentos

e outras festividades. Com a chegada de comerciantes,

novos bens foram comprados para serem oferecidos

como presentes, elevando a frequência dos rituais; a

destruição de bens passou a ser uma “verdadeira guer-

ra de forças” em busca de maior prestígio e poder.

Entendido como uma destruição irracional de recur-

sos, os governos do Canadá e Estados Unidos proibiram

o Potlash no final do século XIX. A interdição vigorou até

o ano de 1934 nos Estados Unidos e 1954 no Canadá,

quando então foi liberado, após compreensão do sentido

cultural de sua prática. Ainda hoje, algumas tribos ainda

realizam essa cerimônia. Os presentes e doações in-

cluem dinheiro, taças, mantas, etc. Estudiosos registram

que o apogeu do Potlash, enquanto a “mais alta expres-

são do luxo” ocorreu no século XX, entre os Kwakiult, na

América do Norte.

Muitas vezes avaliamos outras sociedades com um

olhar de estranhamento e de superioridade, estabele-

cendo julgamentos sob a aforma de juízos de valor.

Nesse caso, é bom lembrar que, tal como nas sociedades

ágrafas, nós, ocidentais, também realizamos rituais de

celebração em datas especiais, com festas e banquetes

marcados pelo consumo de riqueza e oferta abundante

de comidas e bebidas. A expectativa da dádiva do pre-

sente (ou da presença), por si só, torna esse momento

especial. A reciprocidade é manifestada com mimos e

presentes, ou através da oferta de outro “banquete”, tão

ou mais importante em abundância e luxo, marcando o

ritmo e a dinâmica da vida social.

A proximidade do Natal e tudo que ele representa

para os cristãos nos traz uma certeza: laços, ligações e

afeto não devem ficar guardados apenas no nosso cora-

ção. Ao serem partilhados, retornarão como dádivas

especiais para nossas vidas.

Arte e ritualde presentear

Page 17: Revista Movimento

17

Page 18: Revista Movimento

18

Careca !

O colunista João Pereira Coutinho, tem uma teoria para explicar, entre outros motivos, a derrota de Serra. Segundo ele a polêmica do aborto, o caso Erenice e a quebra de sigilo fiscal da família Serra contaram a favor do tucano. A enorme popularidade de Lula, em contrapartida, foi um fenô-meno dificílimo de combater.

Mas ele gostaria de ter afirmado: “Serra vai perder porque é careca”.

Ele diz que o jornalista britânico Simon Carr escreveu artigo para a revista “Intelligent Life” afirmando que, a partir da década de 60, os ca-recas desapareceram da política ocidental. O eleitorado passou a valorizar, alem da competên-cia um outro valor: a juventude, ou a aparência de juventude cujo símbolo seria a vasta cabelei-ra.

Na Grã-Bretanha, Alec Douglas foi o último premiê careca, em 1963. Nos Estados Unidos o último presidente calvo foi Einsenhower, em 1953.

Gerald Ford seria exceção não fosse vice de Nixon, sem passar pelas urnas. Na Europa o fe-nômeno se repete em vários países, e Berluscomi poderia ter sido exceção, se não tivesse sofrido para implantar cabelo e anunciar: “Fiz isso por respeito a Itália e aos italianos”. No Brasil, em 2002, 2006, Serra e Alkmin. Em 2010 Serra e a candidata com juba de leão.

Adjetivo: bom, excelente, forte, supimpa. Sf: grande cacete, bengalão. S. chulo: namoro escandaloso. S. chulo: orgia sexual em que participam mais de duas pessoas; surubada, bacanal.

SURUBAAdolpho CAmpos

vida moderna

Lido numa “tirinha” com três quadri-

nhos:

- Ela tinha Orkut, Facebook, MSN,

Skype, Twitter, sites e blogs...

- Por isso pediu, um epitáfio

especifico:

- ENFIM OFFLINE

* Downloaded in 1973

* Deleted in 2011

Grande nuvem

O índio está no cartório para mudar

de nome, e o escrivão pergunta:

- Qual é o seu nome?

- Grande Nuvem que Leva Mensagem

para o Mundo.

- E como quer se chamar?

- E – mail

mineirice Uai!

Quando mineiro faz festa literária não

abre mão da mineirice. Sete Lagoas (MG)

sediou a Literata sua primeira festa lite-

rária. O local, o Centro Cultural Nhô-Quim

Drumond, na Praça Tiradentes, e o ho-

menageado da festa foi o mineiro Guima-

rães Rosa.

Cabeludo!

Até pouco tempo, esparsos fios de cabelo tingidos de acaju cobriam modesta-mente a cabeça do bilionário Eike Batista, apesar dos três implantes capilares no seu currículo.

Há poucas semanas, ele apareceu numa festa ostentando vasta cabeleira, e logo depois deixou-se fotografar por papa-razzi correndo na Lagoa, no Rio, com abun-dantes cabelos balançando ao vento.

Virou garoto propaganda da Tricosalus, técnica de combate à calvície oriunda da Bolonha, na Itália.

Os especialistas afirmam que não é tratamento capilar coisíssima nenhuma, e sim peruca mesmo.

De todo modo, Eike pagou R$ 50 mil

pela peruca à empresa Cezare Ragazzi

Company, cujo pedido de falência foi acei-

to recentemente por um tribunal de Bolo-

nha. Talvez Eike resolva salva-lá.

Antes depois

diálogo moderno - Ele: - Vamos casar meu bem?

- Ela: - Não!

E viveram felizes por muito tempo.

Page 19: Revista Movimento

19

ADOLPHO CAMPOS beto sArtori

Um turista, no Tibete, foi a um monge famoso pela sua inacreditável memória. E perguntou:

- O que você comeu no café da manhã de 15 de fevereiro de 1970?

- Ovos, respondeu o monge.Só era permitida uma

pergunta e o turista ficou cabreiro.

Dezoito anos depois, esse mesmo turista, andando em Nova York, avista o mesmo monge sentado na rua, e exclama:

- Mas, como?!?- Cozidos.

monge tibetanoboa notícia

Segundo o IBGE, em 2000 Governador Vala-

dares tinha 247.131 habitantes. Agora, em

2010, contabiliza 255.475 pessoas. Um aumen-

to de somente 8.344 habitantes em dez anos.

Uma cidade como a nossa com tão poucas ri-

quezas, poucos empregos, pouco desenvolvi-

mento, aumento de população expressivo só

agravaria nossos problemas.

Contos com 6 palavras

Li recentemente numa revista

sobre um concurso de contos com

apenas 6 palavras. Achei dois

especialmente bons e criativos:

1º- “No bolso, duas alianças e

um dedo”.

2º- “Mortos irmãos Castro, Mc

Donalds terá ilha”.

humor negro

Vocês acharam humor negro

o primeiro conto? Então, veja esse

anuncio num jornal: “Troca-se

moto bastante avariada por cadei-

ra de rodas”.

A água adquire a forma do leito onde

corre; o soldado molda sua vitória a partir do inimigo que enfrenta”.

“Aquele que aprender a usar o artifício do

diversionismo será um conquistador. eis a

arte de fazer manobras”.

A Arte da Guerra – Sun Tzu

Grande leitora

Dilma Roussef, presidente eleita, diz que não

viaja sem levar consigo ao menos dois livros.

Igualzinho ao Lula.

Perguntaram para uma mulher que andava pela Av. Paulista,

numa reportagem de TV.

“A senhora sabe onde fica o ponto G?”

- “Sei não. Não sou daqui, sou de BH”.

dica de livro

Nove Estó-

rias de J.D Sa-

linger, um livro

delicioso de ler.

Segundo o au-

tor italiano An-

tonio Tabucchi “

O livro de con-

tos mais belo

do século 20”. J.D Salinger é o

autor do famoso “O Apanhador no

Campo de Centeio”.

jogo jogado

Jogo jogado, votos sufragados,

urnas apuradas, só nos resta torcer

para que a Dilma Roussef, nossa

presidente, faça um bom governo.

Page 20: Revista Movimento

20

Um dia após o outro, a gente acor-

da, trabalha, estuda, come, se

diverte, conversa (ou não), se re-

laciona, se dá bem, se dá mal, sobrevive,

se sustenta, se realiza (ou não), fica feliz,

fica triste, fica doente, supera a doença,

faz perguntas, busca respostas, busca

vida a cada hora do dia, até dormir, para

acordar de novo e recomeçar.

Numa hora dessas, procurando o

calendário para colocar a data em alguma

correspondência, a gente percebe, entre

surpreso e desapontado, que mais um

ano está terminando. Custou a passar?

Foi depressa demais? O fato é que agora,

aquelas resoluções não cumpridas no

último réveillon serão renovadas e entre

confraternizações, formaturas e toda a

romaria de eventos sociais, culturais e

religiosos que marcam o último mês de

cada ano, vamos fazendo o malabarismo

de sempre, para cuidar do cotidiano.

Daqui a pouco, num piscar de olhos,

o ano já é novo. E o que novidade ele

traz? Quão novo ele consegue ser?

Quão novos conseguimos nós estar para

este ano que chega com todas as suas

variáveis? De roupa nova, de novo amor,

com um novo filho nos braços, em uma

nova realidade financeira, em uma fes-

ta diferente junto às mesmas – e indis-

pensáveis – pessoas.

Antes que todo este torvelinho se

inicie e o tempo “para pensar” vá fican-

do cada vez maior, ainda é possível

refletir e sobretudo agir para que essa

festa comece pelo interior da alma de

cada um.

Os ingredientes para isso todo mun-

do já conhece. Manter o bom humor e a

jovialidade do espírito; cultivar o amor;

exercitar o perdão; abandonar as mágo-

as; levar uma vida saudável; praticar

exercícios; dormir bem; passar mais

tempo com a família; arrumar gavetas;

jogar fora o que não tem utilidade; doar

o que não usa mais; cercar-se de bons

amigos.

Mas como a vida não tem receita

pronta, o segredo (se é que há um se-

gredo) é o “modo de fazer”. É preciso

desacelerar. Mas como? O que fazer para

não se preocupar tanto com tanta coisa?

Vivemos muitas vezes, parafraseando o

poeta Mário Quintana, correndo atrás de

borboletas, ao invés de cuidar do jardim

para que elas venham.

E se o negócio é ser jardineiro da

própria alma, o cantor e compositor mi-

neiro Vander Lee pode não ter as respos-

tas, mas tem em sua senbilidade de po-

eta, versos que são quase um verdadeiro

“método de jardinagem” e podem ajudar

a cultivar mente e espírito para a grande

festa interior que é sentir crescendo flores

em você.

Floresem vocêmeu jardimVander Lee

Tô relendo minha lida, minha

alma, meus amores

Tô revendo minha vida, minha

luta, meus valores

Refazendo minhas forças,

minhas fontes, meus favores

Tô regando minhas folhas,

minhas faces, minhas flores

Tô limpando minha casa, minha

cama, meu quartinho

Tô soprando minha brasa, minha

brisa, meu anjinho

Tô bebendo minhas culpas, meu

veneno, meu vinho

Escrevendo minhas cartas, meu

começo, meu caminho

Estou podando meu jardim

Estou cuidando bem de mim

Por Paula Greco

Page 21: Revista Movimento

21

Viva o Natal e o Ano Novo desejando apenas que a vida tenha

saúde, paz e muito amor em família. Isto é o bastante para que

tenhamos o que mais buscamos nesta vida: felicidade. Seja feliz!

Tenha um bom Natal e um próspero 2011, repleto de realizações.

É o que deseja a Oncoleste em nome de todos os colaboradores,

da Dra. Eusana, do Dr. Célio e da Dra. Ana Beatriz aos pacientes,

fornecedores, amigos e à comunidade de Valadares e região.

Dra. Eusana Lemes MilbratzCRM-MG 24063

Dr. Célio CardosoCRM-MG 22762

Dra. Ana BeatrizCoppoliCRM-MG 32876

Rua 20, nº 155, Santos Dumont - Tel.: (33) 3271.1237 - Valadares - email: [email protected]

e muito amor em familia.

paz saude,

Page 22: Revista Movimento

22

Lincoln – Hélio, você é de onde?

Hélio – Nasci num distrito de Muriaé, que se chama Itamori, mas eu falo que nasci em Muriaé, para ficar mais “chique”. Às vezes eu falo que nasci em Itamori mesmo, porque tenho um conterrâneo ilustre, que é o José Alencar, nosso vice-presidente. Ele nasceu lá e minha mãe, inclusive, foi colega dele. Mas, apesar de ele ter Gomes no nome e ter nascido na mesma cidade, não somos parentes.

Lincoln – Então, Carangola veio depois?

Hélio – Mudei para Carangola, que era cidade-sede, com dois anos mais ou menos. Morei em São Pedro do Glória, próximo de Fervedouro. São Pedro era distrito de Carangola, e hoje é distrito de Fervedouro. Ali fiz o primário, fiquei até os dez, onze anos, quando então mudei para Valadares.

Paula – Então vocês moraram em muitos lugares...

Hélio – Até que não. Moramos naquela região, ora em fazendas, ora no distrito, até mudarmos para Valadares. Minha mãe é irmã da mulher do Farid, meu pai tinha uma sociedade com ele, num caminhão. Depois esse caminhão bateu, ficou problemático e meu pai começou a trabalhar com restaurantes em postos de combustíveis.Trabalhei com meu pai em alguns restaurantes: em Caratinga, depois em outro posto chamado Saci, no tempo de adolescência enquanto estava estudando no Clóvis Salgado. Era difícil estudar, porque estudava e trabalhava... e namorava.

Adolpho – Vocês são uma família de muitos irmãos?

Hélio – Oito irmãos. Um morreu ainda na infância, outro morreu agora em 96. Então, ficamos em 6, três homens e três mulheres. Dos meus irmãos, um mora em Teófilo Otoni, outro mora aqui em Valadares.

Lincoln – Você começou a trabalhar cedo...

Hélio – Sim. Quando mudamos para aquele distrito eu comecei a trabalhar numa farmácia que meu tio tinha lá. Eu tinha 11 anos, por aí. Quando meu pai mudou para Caratinga, trabalhei algum tempo com ele no restaurante, depois vim para Valadares. Morava na casa do Farid e fui trabalhar na farmácia do Espíndola, a Santa Marta. Era office-boy, fazia entregas... Aconteceu ali um fato engraçado: a farmácia era perto da zona boêmia, e tinha um monte de vidrinhos de penicilina reforçada – as mulheres eram usuárias (risos) – e tinha vidrinhos de produtos que eram manipulados na própria farmácia, e nem sei se existem ainda: elixir paregórico, violeta genciana, mel rosado (risos), e o “seu” Sebastião mandou eu lavar os vidros, e era muito vidro (risos). Com uma semana deixei aqueles vidrinhos limpíssimos. Aí ele falou: “agora você vai limpar as prateleiras”. Me deu deu uma flanelinha – menino de roça – e eu fui limpando e colocando os medicamentos, e era em ordem alfabética, então, fácil de arrumar. E na parte mais larga do balcão tinha um telefone preto. Eu não conhecia telefone, ou melhor, conhecia somente daqueles que tinha uma manivela, e eu ficava observando, aquilo tocava, as pessoas falavam, eu achava estranho aquilo. Certo dia, não havia ninguém por perto, peguei a flanelinha e ia limpá-lo, quando ele tocou (risos). Quase morri de susto (risos). Fiquei com muita raiva daquele telefone. Seu Sebastião, coitado, morreu bobamente. Acidente de bicicleta.

ENTREVISTA - HÉLIO GOMES

...ver se realmente eu vou transformar esses votos que tive em ações que possam fazer as pessoas sentirem orgulho de ter votado em mim.

Page 23: Revista Movimento

23

Lincoln – Quando você falou em penicilina reforçada, esses dois aí (indicando José Orlando e Adolpho) também eram fregueses e usuários...

Hélio – Depois eu fui trabalhar com o seu Lucindo, na Drogaria Vitória, na Marechal Floriano, em frente à Padaria Lopes. Aí eu já estava com 16, 17 anos, e já ia aplicar injeção a domicílio (risos). Levava uma caixinha com uma seringazinha de vidro, e tinha muitos fregueses da “zona” (risos), que era petinho. Tinha a “Dulce” e a “Aquário” (risos). Aí, eu já era mais experiente, já ia fazer o Tiro de Guerra... Fiz o Tiro de Guerra com muita gente conhecida: o Carlinhos Thebit, o José Eliziário, o Edmar e outros vários. Quando foi 1973, fui trabalhar em banco. Comecei no Bradesco em 1973, e depois o Bradesco encampou o Banco da Bahia, e o Demóstenes veio para o Bradesco, onde trabalhamos juntos.

José Orlando – Você era gerente?

Hélio – Não. Era chefe de serviço. Em 1980 fui mandado embora do banco. Naquela época houve uma coisa engraçada lá: implantaram um tal “programa de moralização do cheque”, ou, resumindo, nenhum cheque inferior a 200 reais não poderia ser devolvido. Era uma política inteligente. Mas o que aconteceu? Eu fazia a devolução, e o banco estava com uma pendência muito alta com aqueles cheques pagos sem provisão. As pessoas descobriram o lance e davam o cheque de propósito. Houve uma reunião e eu dei a idéia: “Olha, corrige isso aí. Vamos devolver pela alínea B. Os ferroviários estavam dando cheques sem fundos adoidado”.

Quem cuidava da devolução eram eu, o chefe do expediente, que era também o contador, e o gerente. E eles falaram: “Manda brasa aí que vai dar certo”. Chegou uma inspeção no banco, começaram a bater em mim, bater, bater, e acabaram me mandando embora. Os outros fizeram cartas me defendendo, mas aquilo não valia nada.

Adolpho – Você foi mandado embora por conta disso?

Hélio – Por conta disso...

Adolpho – Aí você começou a entender de traição...

Hélio – Não. Nem pensei nisso. Saí e fiquei desempregado. Mas aprendi muito no banco.

José Orlando – Você era solteiro?

Hélio – Casado. Com duas filhas. Então, montei uma fabriqueta no fundo do quintal e comecei a fabricar mercúrio-cromo, mertiolate, mel rosado,violeta genciana (risos). Embalava e vendia. Vendia para farmácias e para distribuidoras... lembro até do nome da firma: Parcifar. Se fosse hoje eu seria preso (risos).

José Orlando – Mas havia uma empresa, registrada?

Hélio - Que empresa! Sem nota, sem nada. Mas eu ia registrar... é que não deu tempo (risos). Eu tinha crédito, então comprei uma grande quantidade de vidros (embalagem) na Santa Marina. Mas o caminhão tombou na Serra do Onça, perdi os vidros todos. Fui lá, tentei catar, mas não deu certo. Os que não quebraram ficaram sumidos lá. Então, descobri outro negócio. Eu tinha um fusquinha, um bom fusquinha, 52, daqueles importados, e resolvi que ia trabalhar com ele. Fui para Alpercata com o fusquinha e lá comprei umas roças de quiabo. Então eu encostava o fusquinha, colhia o quiabo, colocava numas caixas – quiabo cabelinho de moça, como era chamado – e quiabo é muito desvalorizado aqui, mas na minha região, Carangola, Muriaé, onde é terra fria e só dá aqueles quiabos grossos, ele tem muito valor. Fazia o maior sucesso (risos). Eu levava aquelas balanças de mola, vendia tudo e voltava para levar mais. Tirava as poltronas traseiras do fusquinha e enchia tudo de quiabo, e também o porta-malas. Só tinha um problema: quando parava de trabalhar eu tomava dois, três banhos, e não parava de coçar (risos). Mas ainda assim, depois dos banhos, passava uns perfumes e saía pras festas. E era bom. Vendendo quiabo deu até para comprar uma televisão,uma Telefunken (risos). Depois disso, fui trabalhar com o Farid, de empregado. Ele me fez uma proposta razoável e eu aceitei. Fui trabalhar num posto, o Posto Atlas, lá na Vila Isa. O posto vendia cerca de 30 mil litros de combustível por mês, e eu fiz lá um bom trabalho e estava vendendo, já, 120 mil litros por mês quando o Farid vendeu o posto para o Jayro Lessa, hoje é o Posto do Jairo. Então, ensinei ao Jayro fazer balanço do posto, já que ele estava sem experiência naquilo, ele em sociedade com um irmão do José Miguel. Eles não tinham o hábito de fazer balanço, e isso é uma coisa que aprendi com o Farid e no banco. Hoje, de 100 empresas aqui em Valadares, tirando as minhas e as do Farid, que fazem, você não vai encontrar nem 5% das demais, que fazem. E estou falando não é daquele balanço anual, não. Estou falando de balanço mensal, com toda a realidade, se deu lucro, se deu prejuízo. Aprendi isso com o Farid. Aperfeiçoamos isso, contratei pessoas da área da informática e criamos um sistema...

Adolpho – O Farid continua assim?

Hélio – Continua.

Page 24: Revista Movimento

24

José Orlando – Vocês se dão bem?

Hélio – A gente é tranqüilo, está sempre junto. Ontem mesmo estive com ele. E voltando no tempo, depois do Posto Atlas fui trabalhar com ele no Posto Azteca, e depois disso ele precisou de um gerente no Posto Água Mineral. Trabalhei ali quase um ano e, a partir disso, arrendei um posto pequeno que se chamava Planaltinho, próximo do Posto Água Mineral. Esse posto vendia cerca de 15 mil litros de combustível por mês, e nós conseguimos levar essa venda a 700 mil litros por mês.

José Orlando – Em quanto tempo?

Hélio – Em um ano. Mas aí foi uma revolução. Tivemos a idéia de dar um brinde para os caminhoneiros e eu mandei fazer uma mesa com uma tela onde eu silkrava s camisas, para dar de brinde. Em mesmo silkrava, até tarde da noite, economia besta! Os donos de postos ficavam com ciúmes, isso aguçou a concorrência, depois os outros começaram a fazer, também. Tive muitos problemas com isso. A companhia de petróleo, então, me propôs financiamento para outro posto. Foi quando comprei um terreno do Gerson Peixoto, um alqueire, e a Atlantic, na época, financiou US$ 500 mil. O dólar funcionava como referência, o prazo era de 48 meses, com zero de juros e correção. Com seis meses, o posto estava ganho. Comprei uns quatro postos assim.

José Orlando – O cavalo passou arreado e você montou...

Hélio – Eu fazia o negócio com o dono do posto, e na mesma noite a Atlantic trazia um caminhão, arrancava as bombas da Petrobrás, mudava o posto para Atlantic. Depois tinha a briga deles na justiça. Hoje as realidades são outras, não tem mais “galinha morta”, acabou. Surge, às vezes, um bom negócio: comprei recentemente um posto na Bahia, e ele vendia um milhão de litros/mês. Fizemos lá um bom trabalho e hoje ele vende 2,2 milhões de litros.

Lincoln – Fico ouvindo sua trajetória, que é uma trajetória de vida muito interessante. Então, eu pergunto: você se considera um predestinado?

Hélio – Não acredito nisso, não. Acredito que tudo que faço, acaba Deus ajudando. Deus ajuda em tudo que faço, e tenho uma autoconfiança muito grande. Acredito que tudo vai dar certo, não penso pelo lado negativo. Agora, também, se você não correr atrás, as coisas não vão acontecer. Tem que ter empenho e determinação. Você não ouve contar que às vezes as coisas começam a dar errado para uma pessoa? Nunca passei por essa crise de dizer que tudo está dando errado. Sempre acaba dando certo.

José Orlando – Pelo que se sabe, você, hoje, tem um “império”. A parte administrativa, como é isso? Qual é a sua participação? Porque em Valadares poucos têm esse volume de negócios que você tem...

Hélio – Para responder isso teria que cobrar um “royalt” alto (risos). Não é o meu caso, mas existem casos, como o de Amador Aguiar, que era contínuo do Bradesco, e depois conseguiu

administrar mil e poucas agências bancárias... Como eu já disse, aprendi muita coisa no banco, e com o Farid. O único diferencial do nosso modelo de gestão é que trabalhamos com balanço mensal. Nos bancos tem que haver conciliação diária...

Lincoln – Quantos empregos suas empresas geram?

Hélio – Mais ou menos mil e duzentos.

Lincoln – Dá para perceber que você tem sido muito ousado e tem uma passagem que eu vi num material seu de divulgação de campanha, onde você teria feito uma carta para um ministro de Israel...

Hélio – Ah, isso foi coisa de adolescente. Fiz essa carta mesmo, para Moshe Dayan. A gente fala que ele respondeu, mas na realidade foi a assessoria dele. Tinha havido a Guerra dos Sete Dias, e eu o parabenizei pela brilhante vitória... nem me lembro bem (risos). Gosto de guerra igual a gente gosta de faroeste. Agora mesmo descobri um canal que passa Bonanza e, quando posso, assisto (risos). Mas eu, por causa de minha origem simples, sou uma pessoa simples. Me lembro que eu, na roça, com 6 para 7 anos, nem meu pai me fazia levantar de madrugada para trazer as vacas para tirar leite. Umas 30 vaquinhas... Era uma ignorância grande, ter que levantar às 3 ou 4 horas da manhã.. acordar as vacas para tirar leite. Hoje, na minha fazenda, as vacas não deixam me acordar, não (risos). Mas quando eu ia buscar as vacas, um frio danado – naquela região faz muito frio – o orvalho no capim gordura, as vacas lá no alto do morro (risos). Eu ia lá, levantava as vacas, ficava no quentinho no lugar onde elas estavam deitadas. Eu ia andando, descalço, as vacas deixando aqueles montes de esterco, eu ia lá, pisava naquilo quentinho. Punha o pé e esquentava até no meio dos dedos (risos). Eu saía pulando e o cachorro latindo atrás... Quando chegava ao curral estava com os pés quentes...

Adolpho – Ah... daí vem a origem do sucesso dele. Pé quente... (risos)

Lincoln – Encaminhando o assunto para a questão política, essa sua origem simples, de entender o cheiro do povo, te motivou a entrar na política?

Hélio – Houve duas coisas que me levaram a entrar na política: primeiro, na campanha para prefeito me envolvi mais, participei mais, e comecei a gostar. E você vê muitas coisas que você tem vontade de consertar. Eu ainda não sou um político de fato, e às vezes nem tem jeito de consertar. Me deu vontade de entrar na política por isso. Hoje já andei um bom pedaço porque me candidatei e fui eleito, então agora vou ter oportunidade de, estando lá na Assembléia, de ver se realmente eu vou transformar esses votos que tive em ações que possam fazer as pessoas sentirem orgulho de ter votado em mim. Agora, também não sei até aonde vai a capacidade de um deputado para conseguir coisas. Só vou saber estando lá...

Se vem uma universidade federal, vem junto uma população nova, com residência médica, hospital, etc

Page 25: Revista Movimento

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José Orlando – No universo político da cidade onde você se situa?

Hélio – Vou simplificar: hoje o governo da cidade é PT, com a Elisa. Qualquer coisa que estiver ao meu alcance para trazer, de benefício vou brigar para trazer. Se o governo for do PSDB, da mesma forma. Meu partido é coligado com o governo estadual, com o PSDB, mas eu não estou preocupado com partido, estou preocupado em trazer benefícios e fazer acontecer.

Adolpho – Vamos voltar um pouco no tempo. Você disse que o marco inicial de sua trajetória partidária e eleitoral foi na campanha para prefeito, mas acho que não foi bem assim...

Hélio – Realmente, eu já havia iniciado antes. Desde a eleição do Paulo Fernando eu já vinha participando. Naquela época, por causa do Chiquinho do Vavá, que foi candidato a vice e era dono de posto, como eu...

Paula – Lá em 1992, quando você participou com o Chiquinho, você já tinha a intenção de disputar eleição?

Hélio – Não. Não tinha, era diferente. Mas quando você encontra e contrata uma pessoa mais da área política, como foi o caso do Eduardo Laje, aí as ações passam a ter um objetivo mais político partidário. Quando você tem um profissional trabalhando com você as ações, as ajudas que você dá começam a ter mais destaque.

Adolpho – O seu partido, o PSL, é coligado ao PSDB no governo estadual, e eu fiquei sabendo que o governo municipal, através de pessoas da cúpula, reclamou com você porque você estava na reunião que o Anastasia fez no Ilusão. É verdade?

Hélio – Se reclamaram não foi comigo. Reclamar por quê?

Paula – Você tem algum compromisso político estabelecido com o governo municipal?

Hélio – Não. Assim como eles não têm comigo. Fui candidato a deputado estadual e eles lançaram candidato deles. Mas nunca cobrei nada deles por isso.

Lincoln – Você disputou no mesmo espaço do Jayro Lessa e do Mourão. Vocês têm um bom relacionamento apesar disso?

Hélio – Tudo normal. O Mourão é uma pessoa muito educada, um cavalheiro. Dizem que talvez o Jayro não seja tão educado, mas... (risos)

Adolpho – Oh, está gravando...

Hélio – Tô falando assim, mas não tenho nada ... (risos) Sempre tive um bom relacionamento com o Jayro. Antes de termos relacionamento político, sempre tivemos relacionamento comercial ótimo...

ENTREVISTA - HÉLIO GOMES

Não sei por que esses camelôs existem, se têm um contrato...

Page 26: Revista Movimento

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Adolpho – Só teve aquele lance de quando o Farid vendeu o posto para ele, e o Jayro não te quis lá (risos) ...

Hélio – Acho até que ele queria... O Jayro é um homem, comercialmente, muito bom, muito inteligente...

Adolpho – Acho que você sugeriu que ele é meio truculento... o resto, tudo bem.

Hélio – Só se for os outros aí. Eu não disse que ele é truculento, mas ouço falar que é. Acho que ele não quer morrer sem matar um, não (risos).

Adolpho – Hélio, a gente estava tentando agendar a sua entrevista com a Mariana (assessora presente na entrevista) e você tinha dado uma sumidinha lá para Belo Horizonte. Fiquei imaginando que você estava lá pela Assembléia, descobrindo como funciona aquele negócio, para, quando assumir, já estar por dentro do funcionamento...

Valadares está muito bem localizada. Fica num entroncamento de duas BRs, e ainda tem uma ferrovia ao lado da BR-381, que liga a cidade com o porto...

Lincoln – É uma vocação natural, aqui sempre foi um entreposto comercial, e ela se desenvolveu por isso. Mas o que você pensa para sair...

Hélio – Você não precisa querer sair, você não consegue superar uma situação saindo dela. Isso não existe. Você tem que trabalhar em cima do que você tem...

Adolpho – Oh, meu Deus...José Orlando – Aí, tá vendo? Você deu força pro

homem (olhando para o Adolpho). Ele concorda com você.

Adolpho – Só acho que a resposta dele coincide com o que eu penso...

Hélio – Por que você tem que estar mudando? Você tem que trabalhar em cima do que você tem.

Paula – E, afinal, o que existe para ser potencializado?

Hélio – Hoje é o comércio é que é forte em Valadares, mesmo a cidade sendo prejudicada, porque tem uma zona de processamento de facilitação comercial que vem até Teófilo Otoni, e não chega até aqui. Mas existem outras alternativas. Valadares é muito pobre na área educacional. Para você ter uma ideia, conheço Vitória da Conquista há 20 anos, e lá cresceu muito mais, impulsionada principalmente pela educação. Faculdade de Medicina e uma porção de outros cursos. Agora, aqui vai ter uma Universidade Federal, e vai ter uma siderúrgica...

Adolpho – Vai ter? Vai ter, vírgula...

Hélio – Vai ter sim. Olha só como se fortalece o comércio de uma cidade: se vem uma universidade federal, vem junto uma população nova, com residência médica, hospital, etc. O supermercado vai vender mais, a farmácia vai vender mais, a loja vai vender mais, o comércio em geral vai ser favorecido. Valadares não podia de jeito nenhum estar atrás de Ipatinga, de Caratinga, nessa área educacional.

Adolpho – A partir da premissa de que você acredita no comércio – e eu também acredito – e que o perfil da cidade não tem que ser mudado necessariamente, quero fazer uma pergunta bem local, doméstica: a gente não pode fazer nada para tirar essa quantidade enorme de camelôs de nossas ruas?

Hélio – Se eu fosse prefeito da cidade eu ia ter uma forma de administrar, mas não fico à vontade para criticar... não sei por que esses camelôs existem, se têm um contrato, e isso também não é uma coisa desse governo. É uma coisa antiga. Fiquei muito impressionado quando alguém me disse: “Hélio, isso aí são os donos das lojas que põem as barracas”. Não sei se é verdade...

Hélio – Eu estava lá, mesmo. Na Assembléia você marca um dia para se entrevistar com os diretores da Casa, para saber como funciona a Casa. Fiz um trabalho lá com eles, e estou tentando montar o gabinete. O deputado tem direito a 23 assessores e dois estagiários...

José Orlando – Você acha que essa é uma quantidade de assessores grande, pequena?

Hélio – Não sei. Agora se a Assembleia fosse minha não passava de dez. Não sei para que tanta gente. Mas é um foco político, ouço falar que o presidente da Assembleia tem uns 100 cargos à disposição.

Adolpho – Você tem um projeto, uma ideia em vista que possa marcar a sua passagem pela Assembléia?

Hélio – Olha, nós estamos trabalhando com o objetivo de transferir recursos que estejam disponíveis para a nossa região. Tem uma pessoa competente trabalhando comigo para saber em qual área existem recursos. Porque não adianta você querer tirar leite de pedra. Valadares e região têm carência em todos os setores, educação, saúde, turismo... Eu acho que o que hoje está muito forte é setor de esporte e turismo, em função da Copa do Mundo. Parece que tem muita verba para esse setor, então, talvez esse seja um caminho.

Lincoln – Você conhece a realidade de Valadares e sabe que temos que incentivar suas potencialidades, suas aptidões. Nossa matriz econômica, a gente conversa muito sobre isso, Valadares é forte no comércio, a cidade foi sempre um entreposto comercial, mas a gente precisa mudar a matriz econômica...

Hélio – Você falou certo. Sempre foi. Foi o quê? Foi a mica? Foi a pecuária? Foi pedra preciosa? Tudo foi, só foi, mas na hora que você mudar é pensar: Valadares, hoje na realidade é.

Impressionante é a Prefeitura de Valadares ter 7.000, 8.000 funcionários, algo assim. Isso é que é impressionante.

Page 27: Revista Movimento

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Paula – Hélio, você falou aí “se eu fosse prefeito”. Você tem vontade de ser prefeito de Valadares?

Hélio – Não. Não tenho vontade, de jeito nenhum. Ser executivo? Já sou executivo de minhas empresas.

Adolpho – Tem muita gente alimentando a expectativa, a partir de sua eleição, de você vir a ser prefeito e resolver os problemas da cidade. Então, podem desistir?

Hélio – Não tenho essa intenção, não.

Adolpho – Ah, bom. Já melhorou a resposta (risos)

Hélio – Para ser prefeito de uma cidade do porte de Valadares você tem que dedicar seu tempo 100% à administração. Você não pode ficar ausente, delegar muito. Então a pessoa tem que ter disponibilidade de tempo, e eu não poderia deixar meus negócios.

Lincoln – Por analogia, você sendo deputado tem que morar em Belo Horizonte...

Hélio – Não tenho que morar lá, não. Tenho que estar lá na terça, na quarta e na quinta. O deputado tem tempo livre para estar nas suas cidades às segundas e sextas. Vou ficar lá os três dias que tenho que ficar. Vou dar um exemplo: Montes Claros tem oito deputados, entre estaduais e federais, e todos eles têm residência em Montes Claros, moram lá com a família e filhos...

José Orlando – Onde você foi mais votado?

Helio – Olha, fui bem votado em Teófilo Otoni, em Caratinga, em Mantena... Gente, estou estourando meu horário aqui, estou sendo medicado com horário...

Adolpho – Podemos ir até 9h30?(Hélio dá uma ligação)

Lincoln – A gente percebe pela sua origem, e pela liderança que, sabe-se, você tem com seus funcionários, com um relacionamento bom, com visão social. Nós estamos num país muito injusto e desigual, e Valadares e região têm um dos IDHs mais baixos. Como você enxerga isso? Qual seria seu projeto em relação a isso?

Hélio – Primeiro, o que você falou aí sobre o meu relacionamento com meus funcionários, acho isso normal...

Adolpho – Seu relacionamento com os funcionários é bom?

Hélio – Muito bom. Mas isso uma coisa natural.

Adolpho – Você teve muitos votos entre seus funcionários?

Hélio – Olha, eu tive 100% dos votos deles.

Lincoln – Ouço dizer que os funcionários do Hélio gostam muito dele.

Adolpho – Reparem que ele tem 1.200 funcionários.

Hélio – Tenho certeza que todos os meus funcionários votaram e ainda arranjaram outros votinhos.

José Orlando – Eu não sabia que você tinha tanto funcionário. Um mil e duzentos funcionários é uma coisa impressionante...

Hélio – Não é, não. Acho pouco. Impressionante é a Prefeitura de Valadares ter 7.000, 8.000 funcionários, algo assim. Isso é que é impressionante.

José Orlando – Isso é coisa de PT?

Hélio – Não. É porque a empresa é grande (risos). Quase todas as prefeituras têm a folha de pagamento inchada. Isso é uma coisa política. Toda prefeitura que precisa de 5 funcionários, tem 50.

Paula – Dá para perceber que você tem intenção de levar com seriedade, com cuidado sua eleição, mesmo

ENTREVISTA - HÉLIO GOMES

Page 28: Revista Movimento

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não tendo experiência em cargos políticos. Intenção de dar resposta a quem votou em você, e até a quem não votou, também...

Hélio – Não vou dar resposta, vou mostrar pra eles...

Paula – E aí, em São Paulo elegem um deputado como o Tiririca, por exemplo. Isso te incomoda?

Hélio – Não podemos levar isso em conta. Isso é folclórico. Nem me lembro do Tiririca, mas se eu tivesse que conviver com ele eu ia estar sempre brincando: “Oi, Tiririca! (risos) Conta uma piada pra nós!”.

Lincoln – Me parece que Valadares tem uma vocação natural de turismo, e você comentou aí sobre isso...

Hélio – Acho que Valadares poderia ser enquadrada nessa área de turismo, porque, pelos comentários, tem muita verba lá, para essa área. Tem muito dinheiro, porque isso envolve reforma do Mineirão, reforma do aeroporto de Confins, construção de hotéis, alargamento de avenidas, etc. E esse dinheiro não é somente para a cidade, é para o Estado. O ideal é que aqui fosse uma subsede para a Copa, mas agora não dá nem tempo para isso. De qualquer modo, pretendo trabalhar em prol de Valadares, tenho uma vocação empresarial e acho que nossa cidade tem que fortalecer o que ela tem de melhor, que é o comércio. Vindo essa siderúrgica para cá, ela acaba trazendo um número grande de funcionários, e se depender do meu trabalho ela virá. Na área da educação, por exemplo, existem verbas federais, que são repassadas pelo governo estadual. Aí é que o deputado tem que acompanhar, correr atrás. Verbas para reformar escolas, quadras, comprar cadeiras, computador. As escolas, em geral, estão muito ruins, cheias de goteiras, estragadas. O problema é que os raciocínios são sempre eleitoreiros: começaram a colocar Kombis e vans para transportar alunos, e estão fechando escolas rurais. Tudo politiqueiro. Então, os meninos são mal educados, ficam longe de casa. Tenho uma fazenda aqui perto das Granjas Ibituruna. Tinha uma escola por lá, que foi fechada. Agora, os alunos, meus funcionários, têm que ir estudar em Alpercata. Os prefeitos criam isso para ter uma situação de voto. O mesmo acontece com ambulâncias. Se você tiver, na porta de sua casa, uma ambulância, isso é sinal que a saúde vai mal. E o governo criou um programa de ambulância, dando ambulância pra todo mundo. Então, eles pegam a pessoa, põem na ambulância e trazem para o Hospital Regional. Em vez de ambulância, deviam criar Postos de Saúde. Mas o raciocínio é eleitoral. Ambulância é para emergência. Ambulância está servindo para ganhar votos, carrega galinha, compra de supermercado. Nossa cultura leva a isso. Nossa saúde no Brasil é ruim porque todo prefeito, vereador, todos deputados estaduais e federais não ficam em fila de SUS, não. Nunca passaram por isso. Os recursos disponíveis dariam para fazer a saúde no Brasil ser a melhor do mundo. Criaram a CPMF, arrecadaram bilhões, desviaram o dinheiro todo! Conheci uma pessoa que era totalmente contra a pena de morte. No dia em que ele passou por um revés com a família dele, mataram a filha dele, passou a se totalmente favorável à pena de morte. Vou dar outro exemplo: o cara fuma a vida inteira e não se preocupa, até que apareça uma doença...

Adolpho – O Hélio está o tempo todo implicando com meus cigarros (risos)

Hélio – Vamos ver se a Dilma, que tem passado por problemas de saúde, faz investimentos pesados na saúde.

Adolpho – Vejo que você tem preocupação com a educação. Qual o seu nível de formação?

Hélio – Estou com o meu curso de administração trancado. Fui até o terceiro período. Mas vou voltara estudar.

Adolpho – Mudando de pau pra cavaco, você está casado?

Hélio – Estou divorciado, oficialmente. Só namoro.

Adolpho – Você tem algum compromisso?

Hélio – Sem compromisso fixo (risos)

Lena – E o lazer? Qual é o lazer do Hélio?

Hélio – Vou te dizer uma frase interessante: “Acho que meu trabalho é mais divertido que suas férias”.

Lena – Mas você tira férias...

Hélio – Quando tiro férias, elas nunca são tão divertidas quanto o meu trabalho (risos). Nunca tiro férias determinadas, posso estar em Porto Seguro, e o Adolpho me liga sobre um projeto. Se for importante venho para cá, posso voltar para lá depois....

Adolpho – Mas, e a moça lá, como faz (risos)

Hélio – Não tenho esse problema, não. Vou para lá, levo, volto, trago... em função do meu trabalho, tenho que viajar muito.

Adolpho – A Mariana te acompanhou durante o tempo todo da campanha?

Hélio – Durante a campanha, sim. Ela quer ser candidata na próxima (risos). Tem uma história engraçada: fizemos um jogo na loteria em sociedade, eu disse pra ela: “Mariana, vamos fazer uma sociedade boa, você não põe um centavo. Só marca os jogos de dez números. Se ganharmos, 30% é seu”. Aí, eu disse: “Mariana, se a gente ganhar, o que você vai fazer com o dinheiro?”. Ela respondeu: “Vou casar” (risos). O namorado dela é bem mais novo do que ela, e ela já é novinha...

José Orlando – Ela aprendeu com você... (risos)

Hélio – No casamento dela, vou levá-la de helicóptero. Fiquei preocupado, porque quando ela falou no investimento que ia fazer com o prêmio, pensei: “Vai dar errado”. E deu errado.

O tempo do Hélio, nesse momento, se expirou e a entrevista se encerrou.

ENTREVISTA - HÉLIO GOMES

Vamos ver se a Dilma, que tem passado por problemas de saúde, faz investimentos pesados na saúde

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gente que faze acontece

mérito legislativo empresarial

A Câmara Municipal de Governador Valadares, através de uma iniciativa da sua presidente, Dilene Dileu, concedeu o Mérito Legislativo Empresarial para empresas notoriamente merecedoras: Big Mais Supermercados, Multicar, Sistema Leste de Comunicação, Temper, e Vale. O evento aconteceu no plenário da Câmara na última semana de novembro.

Diretores do Sistema Leste de Comunicação, Getúlio Miranda e Edison Gualberto recebendo o Mérito Legislativo da presidente da CM, Dilene Dileu Marral Lage (Multicar)

Paulo Cunha (Temper) e Dilene Dileu Henrique Lobo (Vale)

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o bom gosto apurado, marca registrada da empresária irian Pinheiro, está presente em cada detalhe da Maison Reflexxo, na qual ela conta com a sociedade da filha

Michelle Pinheiro e do genro Hudson Faustino. o mais novo endereço obrigatório para quem não abre mão da elegância – do dia a dia às grandes festas, como formaturas e casamentos – foi inaugurado com um belo desfile. as modelos, impecavelmente maquiadas por Breno Cabral, mostraram exclusivas e chiquérri-mas peças da tutta e da marca própria da loja. nos pés, modelos da coleção Primavera/verão da via uno. em tudo, puro luxo.

Rua israel Pinheiro, 1910 - esplanada - Gov. valadares | tel.: (33) 3272-2462

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As empresárias Michelle e Irian PinheiroO empresário Hudson Faustino e Michelle

Sorayane e José Aparecido

Ivoneide, Irian, Daniela e Raimundo Lucas, Juan, Júlio Avelar e Ronan

Francisco eRita Faustino

Vanessa Brandão e Maria Sampaio

Wania Henrique Miranda

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dos profissionais de Festas e EventosPrimeira Mostra de Produtos e serviços

Organizadores do evento: Joselita Pereira, Lidiane Pimenta e Josias Barbosa

Bebel Tostes e Joselita Pereira

Zizi e Ricardo Barros

Celeste e Moisés Convidados Cocktail Molotov

Artifício - Jaqueline Amarildo Barbosa e Michele

Teka (buffet)

José Carlos e Raquel Jamile e Valquíria

Carlinhos TeixeiraJosias Barbosa e Sílvia com os filhos Lucas e Luíza

Juliana Tavares e Sayonara Calhau Leonardo e Laurime

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dos profissionais de Festas e Eventos

idealizada pelo expert das tesouras, pincéis e moda noiva, Josias Barbosa, aconteceu no es-paço la Maison a 1ª Mostra de Produtos e servi-ços para eventos, reunindo fornecedores e pro-fissionais de diversas áreas, como cerimonial, convites, fotografia, buffet, filmagem, decoração, sonorização, bolos decorados, segurança e até turismo e hotelaria. o evento foi um mix de ba-lada, exposição de serviços e produtos, e desfile de moda – com roupas da artifício e calçados arezzo, e noivas – com looks de Josias noivas ateliê e Quest sândalus (sapatos masculinos).

PaRCeiRos: AREZZOARTIFÍCIOBEBEL TOSTES FOTOGRAFIABIA MIRANDA BOMBONSCATEGORIA TURISMOCELSO COMUNICAÇÃO VISUALCOCKTAIL MOLOTOVDJ BALEIA DOMINANTE FOR MANGRÁFICA NACIONALGRUPO MAIS VIPIBITURUNA CENTER HOTELJANAÍNA QUARESMA - LEMBRANÇASJOSELITA PEREIRA CERIMONIALISTAJOSIAS HAIR DESIGNJOSIAS NOIVAS ATELIÊKARINA JÓIASKIA MOTORS TAGLA MAISONLAURIMÊ BOLOS E BOMBONSLIDIANE PIMENTA ORGANIZADORA DE EVENTOSLM MODELS PRODUÇÕES E EVENTOSLOC FESTASMUSICAL PRESENTESQUEST CALÇADOSRICARDO BARROS BISCUITTEKA BUFFETZ&D FILMAGENSZAMBEVZIZI BOLOS E BEM-CASADOS

Page 36: Revista Movimento

O brinde da equipe Movimento

Festa tem que ser boa. E festa boa é aquela que reúne grupo de pessoas diversificadas, ecléticas e interes-

santes. Que tem comidinhas e bebidinhas gostosas, som legal e muito, muito gla-mour.

Foi assim, num clima descontraído e alegre, que a Movimento recebeu no Ilu-são Esporte Clube anunciantes, colabo-radores, publicitários, empresários. O propósito da reunião foi comemorar o sucesso das edições da revista em 2010, os projetos para o próximo ano e confra-ternizar pelo fim de ano.

A noite contou com um set de perso-nalidades glamourosas, que vocês con-ferem nas fotos, um bela decoração da Feliz Aniversário, assinada por Patrícia, e buffet maravilhoso de Célia Bitencourt, tudo sob o comando de mestre Ronaldo que não deixava o espumante e o wisky secar nas taças e copos.

Com esta edição a Movimento fecha o ano com chave de ouro, agradecendo a todos que fazem o sucesso da revis-ta.

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Lena Trindade e Adolpho Campos e colaboradores, José Altino, Darlan Correa, José Orlando, Zenólia Almeida, Lincon Byrro e Marcos Mendes

Marcos Sampaio, Célio Cardoso, Dr. Bonifácio Mourão e Paulinho Cunha

Massoca e Isabel Miranda

Feliz Natal e muitas realizações em 2011.

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Renato Fraga e Carmen Cléa

Augusto Barbosa e Cláudia

Paulo Petruceli e Cristiane

Ana Beatriz, Célio Cardoso, Lena Trindade e Euzana Milbratz

Paulinho Cunha e Lorena

Sayonara Calhau Lincoln Byrro e Marieta

Dr. Márcio Pena e Lagilda

Luciana e Geraldo Purri e Ana Angélica

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Cilene Pereira

Josias Barbosa e Sílvia e Lena Trindade

Edison Gualberto e Creuza

Gerson Lopes e Ilma

Sônia Miranda

Laninha Salmen e MartinaMaria José Mansur Carla Aguiar Dr. Darlan Correa e Stela

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Gente eclética e feliz prestigiou a Movimento.

Marum Godinho e MarliZenólia Almeida

José Altino Machado e Soraya

Lena e Ramalho Dias

José Orlando e Verinha

Flávio Gimenez e Lívia Wellington Braga e Francisco Silvestre Sinara Neves com a sogra IsabelJanjão e Viviane Coelho

Diva Ferreira Anne Mazzoni, Érica e Kila Cunha

Dr. Emerson Lopes e Dra. Ana Beatriz

As sempre elegantes Araceli Vieira e Sônia Leão

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Personalidades marcaram presença.

Almyr Vargas e Rogério Primo

Francisco Silvestre e Tânia

Gilberto Amaral e AlineTim, Marquinhos (Olho Mágico) Lena e Marquinho Silveira

Equipe da Mosca Comunicação Dr. Marcos Wagner e AdrianaDr. Célio Cardoso e Mirian Athos Pires e Elaine

Marcos Mendes

A fusão – André (Exata), Valéria e Jackson Lemos (Óbvio Comunicação)

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Professores Denise e Charles

uma grande festa, feita sob medida para celebrar a vitória em mais uma etapa e o come-ço de um novo ciclo para os futuros universitários. assim foi a comemoração da conclu-são de mais uma turma de ensino médio do sistema de ensino Genoma. em clima de

formatura, os estudantes e suas famílias participaram de um culto ecumênico celebrado na Catedral de santo antônio e de um animado baile para cerca de 900 pessoas.

Com cerimonial de sandra Jardim, buffet de Célia Bittencourt, decoração da Feliz aniversá-rio e a música da Banda san Remo, a festa movimentou o salão do Filadélfia. tudo meticulosa-mente organizado pela direção da escola, que faz questão de assumir o gerenciamento da festa para deixar os alunos focados apenas no estudo e nos vestibulares que vem pela frente. um trabalho primoroso dos diretores Rodrigo Cunha e suelen, nilson Cunha e Janaíne, thiago Cunha e a matriarca zilma Moreira Cunha.

fORMATURA TERCEIROANO2010

Alguns formandos de 2010

Zilma com os filhos Thiago e Rodrigo, e o irmão caçula João PedroOs Diretores Nilson Cunha e Janaíne. Nilson, que além de diretor é médico cardiologista, inaugura sua clínica, a Geocardio, já no início de 2011 em Valadares

Os professores Charles, Paula, Deise, Chico, Vanessa, Fernanda e Fabrício (acima)

Professores Fabrício e Rafael, e Thiago

Prof. Marcelo MelloProf. Brunno Carlos

Andreza, Mariana, Stéphanie, Cláudia e Raquel

Pollyana, Luciana, Matheus e Eduarda

Diretor Gráfico Edson Segundo

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Marquinhos

Suelen, Mara, Mauricéia, Lucimar e Mairene

fORMATURA TERCEIROANO2010

Rodrigo, Suelen, Mauricéia, Mara e Márcio Zilma e Rodrigo

Os diretores Rodrigo Cunha e Suelen

A advogada Andressa e Augusto

Priscila, Daniele, Valquéria e Patrícia (aux. coordenação)

A psicóloga Ernestina e Jairo Professores Cláudia e Paula

Professor Rinaldo

Jhéssica e Leandro

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O homenageado Hercilinho Diniz e Luiza Sr. Hercílio Diniz e Luzia

André Diniz, Érica e as filhas Camila e Gabriela Lorena e Paulinho Cunha Eliane, Elba e Betânia Diniz

Ainda que pareça redundante, às vezes temos a sensação de que algumas homenagens são mais

justas. É o caso de Hercílio Diniz, que recebeu as honrarias de ser o Empre-sário do Ano, indicado e escolhido pela diretoria da Associação Comercial e Empresarial de Governador Valadares, pelo seu espírito empreendedor, e o Mérito Empresarial, pela Federaminas, num evento oficial do empresariado mineiro. Parabéns, Hercílio!

Justíssima homenagem

Afonso Bretas e Silas Costa

Profa. Simone e Rogério Primo Coronel Siqueira e Dr. Alexandre Salmen

A elegante Luiza DinizJoão Marques e Bosco Costa

Alex Diniz Júlia, Vitória, Camila, Marcela, Gabriela e Mariana

Vinicius Diniz e Carolina Hercílio Neto, Lorena e Guilherme

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Os anfitriões Dra. Aparecida, Dr. Romulo Leite e Adriana e Dr. Márcio Rezende e Mariza

Dr. Romulo César Leite Coelho, presidente da Associação Médica, e a sua diretoria, promoveram festa para comemorar o Dia do Médico e fazer o lançamento da Casa do Médico, que congregará na mesma sede a Associação Médica de Governador Valadares, o Sindicato dos Médicos e a Delegacia Re-gional do Conselho Regional de Medicina. Para o acontecimento festivo, foi armada uma enorme tenda.

Dr. Carlos Eduardo e Ana Paula

Flávia Lamounier

Dr. José Lucca e Penha

Dr. Manoel Arcísio e Cida

Drs.Maria José Mansur e Roberto Carlos Machado Dr. Pedro Vieira e Vera Dr. Marco Alípio e Adriana

Drs. George Simões, Euzana e Ricardo

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Uma combinação poderosa que atrai todos os olhares e atenções.

Elaine Pires, no coquetel da

Revista Movimento

Kênia Goularte, no coquetel da

Revista Movimento

Rita Morais, na festa da

Associação Médica

estilo& elegância

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Formaturas“Você não sabe o quanto eu

caminhei pra chegar até aqui”.

Nos versos da canção do

grupo Cidade Negra a mais

perfeita tradução do

sentimento de quem se

permite celebrar uma grande

conquista. A coroação de um

tempo de muitas alegrias e

descobertas, mas também de

grandes batalhas, tropeços,

dificuldades. A inestimável

vitória que representa o

diploma de um curso superior,

dividida com os pais, amigos e

todos os que estiveram firmes

em apoio e incentivo durante o

longo caminho até a formatura.

Um momento de emoção que

só quem vive sabe como é.Luciana PêpeLeão da RochaFisioterapia / Univale

Marcos Vinícius MagalhãesRodrigues AntunesMedicina - Unifenas/BH

pUBLICIDADE LASTRO

Nylton Pereira Pessoa NetoFisioterapia / Univale

Tem

po d

e

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presente de seu Natal GV SHOPPING

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Natal

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Estava vendo um filme do Falabella, um cara futurista, mas

que, paradoxalmente, transportou-me ao passado.

Acho o saudosismo uma babaquice, mas, o passado é outra

coisa. É uma viagem, pesada, é verdade, mas, uma viagem.

Enfim, embarquei nessa de anos 60-70. É tão difícil!

Eu fiquei pensando se poderia tirar alguma lição de tudo aqui-

lo que aconteceu desde que Orlando e Anísio Silva sumiram das

rádios e entraram a Bossa Nova e o Rock in Roll. E nada...

Eu nem queria fazer comparações com as outras gerações. Eu

só queria pegar tudo isso e inventar uma nova maneira de viver.

Será que baixamos a bola? A beleza do mundo se dissipou?

A beleza hoje é muito concreta, não é mesmo? A beleza subje-

tiva está escapando das nossas mãos e não sabemos o que fazer.

A mediocridade tomou conta.

Mas, há pessoas, há espaço, há vida, há crianças e há artis-

tas.

Eu me lembro muito bem de um porão em BH, nos tempos da

ditadura, onde numa noite, após ouvirmos “Simpathy for the Devil”

dos Rolling Stones, uma garota pegou o violão e, com todo charme

da Marisa Monte, cantou pra uma silenciosa platéia “Olê Olá”, do

Chico Buarque. Todos se esqueceram de tudo naquela hora, era

somente um chamado para ser feliz em qualquer época.

O véi Bernardo- Quero ver lá fora — disse o moribundo Bernardo.

Era interior de Minas, era depois da chuva e o sol

brilhava como brilham os melhores deuses.

- Quero ver lá fora — repetiu.

Não podia levantar e sabia que seria a sua última

chance de ver o Todo-Poderoso manifestar-se naquela

plenitude de vida e amor.

O véi Bernardo fora um pequeno fazendeiro que

sempre vivera ali entre as plantas e os animais. Não

sabia “florear” as coisas, era direto como seu meio.

Agora, estava ali naquela cama, sem se mover.

Não aguentava mais ficar ali. Tinha que fazer alguma

coisa, nem que fosse morrer de uma vez. Então, da sua

imensa vontade de viver/morrer brotou o poder.

O véi começou a levitar, chegou até a janela, abriu-a

e saiu voando. E voava e voava e quanto mais voava ia

ficando maior e virando coisas. Virou boi, cavalo, árvore,

capim, rio, peixe, passarinho, e tudo mais. E quando

tinha virado tudo, parou de voar, sossegou.

Ficou por ali sendo tudo. Nem tinha mais memória,

nem vontade. Nem sabia mais se era o véi Bernardo. Só

sabia que não tinha fim.

jOSé ORLANDO ANDRADE

Uma canção prageração da ditadura

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Dermatologia

empresas&NEGÓCIOS criare

Completando um ano de atividades, a loja da Criare em Governador Valadares dá muitos motivos aos proprietários, Adriana e Pablo, para comemorar. A marca gaúcha, com mais de 40 anos de mercado e 200 lojas espalhadas por todo o país, já conquistou também os valadarenses, através do bom gosto e qualidade em móveis para quartos, cozinhas, escritórios, salas e consultórios; e também pelas condições de atendimento e pagamento, com flexibilidade para atender aos mais diferentes estilos.

Agora, além do melhor em moda masculina, a Back Stage traz uma novidade para as mulheres. Desde o mês passado, já está disponível na loja, a coleção de camisaria feminina. As peças da marca Dudalina, produzidas no mais puro algodão egípcio, já estão fazendo grande sucesso entre as valadarenses. Então, você mulher moderna e antenada, agora já sabe onde encontrar lindíssimas peças para compor um visual cada vez mais elegante e atual.

Quem não pensa em ter uma pele perfeita, livre de manchas e rugas, ou em se ver livre das indesejáveis celulites e estrias? Pós-graduada em Dermatologia e Medicina Estética, a Dra. Grazziella Miranda Silveira se dedica com grande competência a esses e outros procedimentos estéticos, como peelings, carboxiterapia, boto, preenchimento de sulcos, aumento de lábios, emagrecimento e redução de medidas. Em seu consultório ela também realiza tratamentos para acne, queda de cabelo, lesões da pele, micose, vitiligo, verrugas e outros problemas dermatológicos.

Sob a orientação da professora Carmem Irene Bovolato de Zonis, O Centro Cultural Liceu promoveu com sucesso mais uma edição do evento “Diez Horas de Español”, uma imersão na língua espanhola e na cultura dos países que a têm como idioma oficial, através da literatura, poesia, história, geografia, música, dança, tradições e costumes. Este ano foram quase 100 inscritos para participar das oficinas interativas, entre alunos dos diferentes cursos do Liceu e convidados de cidades vizinhas, como Caratinga, Ipatinga, Timóteo, Coronel Fabriciano e Teófilo Otoni.

Liceu

DermatologiaBa

ck st

age

Empresários Adriana e Pablo

Dra. Grazziella Miranda Silveira

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Poucos slogans definem tão bem uma empresa quanto o da Aquário Audiovisual & Design. A empresa leva muito à sério as frases “Você

escreve a história. Nós a eternizamos!”, através da qualidade e cuidadosa edição de clipes nas filmagens de casamentos, festa de 15 anos, aniversários infantis e outros eventos, sejam eles de cunho social ou empresarial. A Aquário também trabalha criando identidades visuais, convites personalizados e peças de design promocional, entre outros trabalhos do gênero.aq

uário

Com grande visão empreendedora, o empresário Frederico Andrade ampliou sua loja VIZZU, que ganhou novo visual com o objetivo de diversificar ainda mais sua clientela. Ambiente climatizado, provadores espaçosos e toda a comodidade para quem gosta de se vestir bem, e não abre mão do conforto e do melhor atendimento. Além de contar com algumas das marcas mais conhecidas da moda masculina e feminina, a VIZZU oferece tudo isso com preço acessível, facilidades de pagamento e uma equipe de funcionários altamente treinados para dar ao cliente a maior segurança e liberdade de expressão.

Há que se destacar o bom trabalho do administrador Adilson Ferreira à frente do Memorial Park. Com uma beleza ímpar, que reflete paz e muita tranqüilidade,O Memorial Park é hoje uma referência no conceito de cemitério-jardim na cidade e em todo Leste de Minas Gerais. A busca pela excelência no atendimento tem sido o principal objetivo do Memorial Park, pois nas horas mais difíceis é que percebemos ainda mais a importância de sermos bem atendidos.

Vizzu

Memorial ParkEste é o tema da campanha publicitária criada pela Meta Propaganda e que tem feito enorme sucesso na cidade.O Colégio Ibituruna é um espaço ideal para a aprendizagem, a formação humana e acadêmica de crianças, adolescentes e jovens, em sintonia com a proposta do ENEM.

O Colégio tem hoje como Diretor Titular o atuante Pe. Fernando Aguinaga, e agora apresenta seu novo Diretor Pedagógico, Gustavo Moretto, que atuava no mesmo cargo no renomado Colégio Bernoulli, de Belo Horizonte.As matrículas já estão abertas, agora com uma novidade: Educação Infantil no Matutino.Para ver a campanha acesse: www.colegioibituruna.com.br/quantoantesmelhor

Pe. Fernando Aguinaga - Diretor Titular , e Gustavo Moretto, novo Diretor Pedagógico do Colégio Ibituruna

Quanto antes melhor

Adilson Ferreira

Frederico Andrade e sua equipe

Page 58: Revista Movimento

Luciana França e Geraldo Purri

Rua Barão do Rio Branco, 461 - Sl. 805 - Ed. Rio Branco | Tel.: (33) 3277-8923 | e-mail: [email protected]

ArquitetosFO

TOS:

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Peçanha, 607 - 3271-3988

Rua Espírito Santo, 252 - Lourdes Tel.: (33) 3275-8444

RUA BÁRBARA HELIODORA, 735 - CENTRO | Tel.: (33) 3271-8959

Av. Minas Gerais, 1664 - N.S. das GraçasTel.: (33) 3276-2160

Rua Sete de Setembro, 2889 - CentroTelefax: (33) 3271-3344

Autorizada: Impacto DecoraçõesRua Peçanha, 662 - Centro Tel.: 33 3271-2011

Av. Brasil, 2439 - Centro - Gov. ValadaresTelefax: (33) 3271-1929 | 9197-0747

Rua Israel Pinheiro, 2341 - CentroTel.: (33) 3271-5522

Da imponência das fachadas comerciais ao aconchego de ambientes

íntimos e particulares, o respeito pela individualidade e liberdade de

escolhas dos clientes é uma das marcas registradas do trabalho dos

arquitetos Luciana França e Geraldo Purri.

Trabalhando em conjunto e conciliando seus estilos pessoais nos pro-

jetos, Luciana e Geraldo – que também é professor no curso de Arquitetura

da Univale – sabem traduzir com gosto e de maneira eclética o desejo de

cada cliente.

Com o trabalho voltado tanto para a decoração de interiores quanto para

residências, fachadas e ambientes comerciais, eles projetam cada ambien-

te de forma que ele reflita a personalidade e o modo de viver de quem vai

usufruir dele.

Geraldo e Luciana também fazem questão de acompanhar tanto quanto

possível a execução de seus projetos, elaborados a partir do conceito de

que é possível extrair bons efeitos estéticos de materiais simples e aces-

síveis, sem abrir mão da qualidade.

Page 60: Revista Movimento

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TURISMOpor Paula Greco

Itália NostraA

globalização aproximou de forma especial os bra-

sileiros da Itália. O país das canções apaixonadas,

dos grandes pintores e escultores, dos filmes de

Fellini e Mastroiani, de Sophia Loren e outras beldades,

tornou-se – para nós – também a “terra natal” de Mezen-

gas e Berdinazes, de Matheo e Juliana; a terra de tantas

“Passiones”. Nenhum outro país estrangeiro esteve no

roteiro de tantas novelas brasileiras quanto a Itália. Mas

não há roteiro que se compare à emoção de ver de perto

o que tanto encantamento desperta na telinha.

UMA VIAGEM REAL POR PAISAGENS DE CINEMA... E NOVELAS

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Viajar pela Itália parece mesmo coisa de

novela, ou de cinema. O país respira cul-

tura e história o tempo todo, por todas as

partes, e ainda proporciona tudo o que a

modernidade, o luxo e o conforto podem oferecer.

Somem-se a isso as delícias da gastronomia ita-

liana para entender porque este é um destinos

mais procurados por turistas de todo o mundo.

Começando por Roma, a capital dos italia-

nos, repleta de monumentos históricos espa-

lhados por suas sete colinas. No roteiro histó-

rico não podem faltar as visitas ao Coliseu, ao

Fórum Romano, o Phanteon, a Fontana de

Trevi e todo o complexo de belas construções

que compõem o Vaticano, dominado pela im-

ponente Basílica de São Pedro. É lá também

que está a Capela Sistina, com seus famosos

afrescos pintados por artistas como Michelan-

gelo e Botticelli. Não dá nem para pensar em

ir a Roma e não conhecer estes lugares, mas

nunca é demais lembrar que o movimento de

turistas é grande em qualquer época do ano,

o que torna necessário uma dose extra de

paciência, alguma resistência física para essa

maratona e atenção redobrada para evitar

qualquer constrangimento.

Até porque tem muito mais Roma para ser

vista, além dos monumentos históricos. A ci-

dade tem muitas praças, ou piazzas, como

dizem por lá, e elas sempre merecem atenção

não apenas por serem lindas e aprazíveis, mas

também porque é em torno delas que Roma se

torna efervescente, do dia à noite, em seus

Espaço Cultural

De Roma para a encantadora Florença (ou

Firenze, para os italianos), na região da Tosca-

na. A cidade transpira cultura, reunindo cerca

de 40% do acervo artístico italiano. E não é por

acaso, uma vez que foi o lar de pessoas como

Dante Alighieri, Leonardo Da Vinci, Michelange-

lo, Brunelleschi e Galileu Galilei. E a primeira

parada desse roteiro cultural é a Galeria

dell’Accademia, que abriga entre outras belas

obras renascentistas, a estátua de Davi, escul-

pida em Mármore por Michelangelo.

O roteiro também deve incluir os muitos

museus artísticos da cidade. O maior deles

é o Uffizi, para o qual vale a pena dedicar

umas boas horas. Outros museus menores

também merecem ser visitados, como Bar-

dinni, Horne e Bargello. E não dá para esque-

cer as igrejas Duomo e o Batistério, a Del

Carmine e principalmente a Santa Croce,

onde estão enterrados Galilei, Rossini, Ma-

quiavel e Michelangelo. Para arrematar a

viagem, a ponte Vecchio, sobre o Rio Arno,

principal cartão postal de Florença, é certeza

de belíssimas imagens. Em seus arredores,

a Praça da República e a Rua das Joalherias,

um deslumbre para ver e comprar.

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Uma viagem como esta só poderia

terminar de forma mágica, com uma

visita a Veneza, cidade dos canais e das

gôndolas. Formada por 117 ilhotas e

mais de uma centena de pontes, Vene-

za é um dos lugares mais lindos do

mundo, e nem o excesso de visitantes,

nem a eventual sujeira da cidade são

capazes de quebrar a magia provocada

por suas construções, castelos e aque-

la sensação de estar suspenso no

tempo.

Para visitar Veneza não é preciso

roteiro. Passear de gôndola, claro, é

praticamente obrigatório. Mas o melhor

ritmo para curtir Veneza é o do “Dolce

Far Niente”: parar por alguns instantes

em uma das muitas pontes-escadarias

apenas para sentir a atmosfera do lugar

ou deixar o tempo passar em um dos

muitos e maravilhosos restaurantes da

Piazza San Marco, entre boa comida,

vinho, sorvete e pombos.

A praça, principal referência turística

da cidade, é espetacular, e das portas

Procuratie Vecchie e Nuove, estendem-

se numerosas mesas dos famosos ca-

fés do século XVII. É lá também que

estão a Torre Dell’Orologio, o sino (Cam-

panile) mais alto de Veneza e a grandio-

sa Basilica de San Marco com suas

cinco cúpulas em estilo bizantino e sua

arrebatadora fachada em arcos. Visitas

que não podem deixar de serem feitas

e que terminam de forma incrível. De

elevador, chega-se até o ponto mais alto

do Campanile, de onde é possível des-

frutar de uma vista fantástica. E depois

de ver Veneza aos seus pés, é hora de

voltar para casa.

Romance no ArVeneza:

bares e cafés, onde pode se ouvir vários idiomas.

Também há que se reservar tempo e uns bons euros

para as compras no país mais fashion da Europa. Para

quem gosta de se jogar no consumo da moda, a Via dei

Condotti, nos arredores da Piazza di Espanha, é o lugar.

Por lá estão as lojas de todas as grifes de alto luxo, algo

do qual os italianos conhecem como ninguém. Uma dica

para ir às compras (aliás, para todo o passeio, uma vez

que o ideal é circular por Roma à pé): sandálias baixas

e confortáveis podem não ser tão chiques, mas sem

elas o roteiro vai acabar ficando pela metade.

FOTO

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DE

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REPORTAGEM

as os pés são também objetos de admiração

e até fetiche de homens e mulheres. E ainda

assim, eles nem sempre recebem os merecidos

cuidados, até que se façam lembrar pela dor. E

nesta época do ano, tão cheia de festas e even-

tos, entre tantos sapatos apertados, saltos altos

e longos períodos de pé, eles bem que merecem

um carinho extra, para estarem sempre bonitos

e saudáveis.

Entre podólogos, pedicuros e outros profissio-

nais de beleza e saúde, alguns cuidados são

unanimidades. Outros, como a periodicidade e

forma de esfoliação e até o uso de esmaltes,

provocam algumas divergências. Certo é que

conforto e hidratação ocupam o topo dos itens

indicados, com direito a alguns truquezinhos para

aliar isso à beleza dos pés.

Por isso, uma das primeiras recomendações

dadas por todos esses profissionais é a utilização

de calçados confortáveis. Mas vamos ser sinceros

– e principalmente sinceras – para admitir que

muitas vezes o conforto cede lugar para a beleza

pés!Uma mãozinha

entre as muitas fantásticas engenharias do corpo humano, há que se destacar o trabalho dos pés, e não apenas pela sua formi-dável função de sustentar e mover o nosso corpo. este delicado e ao mesmo tempo forte complexo formado por tendões, ligamentos e músculos que unem 26 pequenos ossos está – sem dúvida – en-tre as partes mais exigidas e sacrificadas da máquina humana.

M

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e por mais torturantes que sejam determinados

saltos, tirinhas e bicos finos, acabamos subme-

tendo nossos pés a eles, em nome de uma pro-

dução de tirar o fôlego.

Então, já que fica praticamente impossível

seguir a regra do conforto em 100% do tempo, a

dica é alternar a elegância com a praticidade de

rasteirinhas estilosas, sapatilhas forradas de

tecido macio e tênis com sistema de amorteci-

mento, usados sempre com meias de algodão,

para que mesmo quando fechados dentro dos

calçados, os pés possam transpirar com mais

comodidade.

Outra constatação é que, com o verão, aumen-

ta a exposição dos pés, com o uso contínuo de

sandálias e chinelos. Com isso, a hidratação dos

pés deve aumentar na mesma proporção. Cremi-

nhos eficientes para isso não faltam no mercado.

Esta necessidade pode ser a desculpa perfeita

para ganhar uma bela massagem. Em caso de

ressecamentos extremos (como numa temporada

de praia, por exemplo) uma luva de silicone apli-

cada por podólogos é a forma mais rápida de

devolver a maciez aos pés.

Aliviar dores:Não final daqueles dias marcados por

longas caminhadas ou muito tempo de pé,

nada como uma bela massagem com óleo

ou creme apropriado, seguida de um mo-

mento de relax, com os pés mais elevados,

apoiados sobre um travesseiro ou almofa-

da.

Produtos com cânfora em sua formula-

ção são excelentes para descansar pés e

pernas.

Rolar uma bola de tênis sob os pés

alivia a dor das arcadas.

Procure andar descalço sempre que

possível, de preferência em casa ou sobre

a areia ou terra fofa.

ter unhas impecáveis:Elas devem ser aparadas semanalmen-

te e cortadas a cada quinze dias (pois

crescem menos que as das mãos).

O ideal é não deixá-las compridas nem

cortar muito rente à pele, para evitar que

encravem ou inflamem.

No caso do uso de esmalte, o ideal é

que não seja contínuo, devendo a unha

ficar livre de qualquer cobertura por pelo

menos dois dias entre uma pintura e outra,

para evitar o aparecimento de fungos.

deixá-los mais bonitos:Na praia ou mesmo no dia a dia, é

muito comum esquecer dos pés na hora

de passar filtro solar, o que costuma gerar

marcas de tiras bastante feiosas, além de

maior ressecamento e todos os outros

riscos que envolvem a excessiva exposição

ao sol.

Cremes anti-rugas melhoram a aparên-

cia de dedos dos pés excessivamente

ressecados.

Que por ser mais espessa, a pele dos pés é propensa a desenvolver

calosidades, ressecamento e rachaduras, todos concordam. Que é ne-

cessário esfoliar periodicamente os pés para evitar que isso ocorra,

também. O que diverge é como fazer esta esfoliação. Há quem indique

o uso de cremes apropriados ou mesmo uma lixa fina para pés, após o

banho diário. Há quem defenda que as lixas somente devem ser usadas

a cada 15 dias ou até mesmo uma vez por mês, em movimentos circu-

lares, propondo esfoliações leves (só com cremes) semanalmente. Na

dúvida a dica é seguir os conselhos da podóloga ou manicure de con-

fiança, para desfilar por aí com os pés saudáveis e bonitos.

Lixar ou não lixar: eis a questão

Outras dicas para...

Uma higienização perfeita:Lavar cuidadosamente os pés, de forma

especial os entremeios dos dedos, que devem

merecer atenção especial também na hora de

enxugá-los, sobretudo antes de calçar sapatos

fechados.

Jamais ficar descalço em banheiros de uso pú-

blico, ou em outras áreas de grande circulação.

deixá-los macios: Massagear com óleo de amêndoas depois

de 10 minutos de molho em água com vinagre

(na proporção de meio copo para cada litro de

água).

Usar hidratante próprio para os pés diaria-

mente, massageando as áreas com maior calo-

sidade.

Se a pele estiver muito seca, passe hidra-

tante e coloque meias para dormir.

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inGredientes

200g de bacalhau cozido em azeite e em lascas

50g de azeitona preta picada

150g de risoni

200g de tomate maduro sem sementes e

cortado em cubos pequenos

Folhas de manjericão verde e roxo

Raspas de 1 limão siciliano

50ml de azeite extravirgem

Sal e pimenta a gosto

modo de prepAro

Em uma panela com água fervente, salgada e

abundante, cozinhe o risoni al dente. Escorra,

adicione parte do azeite e junte o bacalhau em

lascas. Misture bem e deixe esfriar. Acrescente o

tomate em cubos, as folhas de manjericão, as

raspas de limão e, por último, as azeitonas.

Acerte o tempero e finalize com mais azeite.

Sirva resfriado como salada.

Receita

Bom apetite!

saladade Bacalhaucom Risoni

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