revista movimento vivace - nº 65 - novembro 2014
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Veículo de divulgação da OSRP - Ano VII - n0 65 - novembro 2014
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Para continuar encantandoMúsicos e diretoria em harmonia buscando a mais bela expressão artística
INDICE
Ano VII - n0 65
Outubro 2014
EXPEDIENTE
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14 e 15
EDITORIAL Aos Novos Mandatários
É FAMOSO?Leonardo Santarosa
JOÃO PAULO CASAROTTI E NORMAN GAMBOAconvidados especiais de novembro
Encontro com diretoria, conselheiros e músicos na sede da OSRP
DIRETORIA ExECUTIvAPresidenteDr. Cyrilo Luciano Gomes Junior
10 vice-PresidenteSilvio Trajano Contart
20 vice-PresidenteDaniel Credidio
Secretário GeralEveraldo S. Rodrigues da Silva
Secretário AdjuntoCesar Augusto Campez Neto
Diretor FinanceiroJulio Cesar Risso
Diretor Financeiro AdjuntoJosé Cesar Ricci
Diretor JurídicoFabio Mesquita Ribeiro
Diretor Jurídico AdjuntoLuis Antonio Panone
Diretor PatrimônioNelson Jacintho
Diretor InstitucionalEduardo Antonio da Silva
CONSELhO FISCALFiscal PresidenteAfonso Reis Duarte
Fiscal RelatorAguinaldo Alves Biffi
Fiscal MembroEdilberto Janes
SuplenteLuiz Camperoni Neto
SuplenteRaul Marmiroli
SuplenteRoberto Abdul Nour
CONSELhO DELIBERATIvOPresidenteDr. Dirceu José Vieira Chrysostomo
vice-PresidenteIdelson Costa Cordeiro
SecretárioLuiz Henrique Pacini Costa
CONSELhEIROSAbranche Fuad AbdoDecio Agostinho GonzalezDinah Pousa Goudinho MihaleffElias Gomes GoveiaElvira Maria CicciJay Martins Mil Homens JrJoão Luiz SverzuteJosé Donizete Pires CardosoLais Maria FaccioMarcos Cesário FrateschiMargaret Lucca CabariteMaurílio Biagi FilhoRaul GonzalezSebastião De Almeida Prado NetoSergio Roxo Da FonsecaSylvester Milan A. JanowskiTereza Cristina Modé AngelottiTiago Wadhy RebehyVladimir Antonio Toniolli
SUPLENTESAdriana SilvaDemetrio Luiz Pedro BomJosé Antonio Parpinelli P. Da CostaJosé Mario TamaniniMaria Carolina Jurca FreitasSander Luiz UzuelleSebastião Edson SavegnagoValdo Barreto
CONTATOS ORqUESTRA:Mariangela quartim (gerente) [email protected] Julia quartim (produção) [email protected] José Antônio (administrativo) [email protected] José Carlos (secretaria) [email protected] Snizhana Drahan (coral) [email protected] Leandro (arq. musical) [email protected] José Maria (inspetoria) [email protected] Rosana (financeiro) [email protected] Gisele Laura haddad (arq. histórico) [email protected] Ronzoni (artes visuais e mídias sociais) [email protected]
Os artigos assinados não representam obrigatoriamente a opinião do veículo
/sinfonica.deribeirao /OSRP sinfonicaderibeirao.org.br
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PUBLICAçÃO MENSAL DA ASSOCIAçÃO MUSICAL DE RIBEIRÃO PRETORua São Sebastião, 1002 Centro | Tel.: (16) 3605.8932 Jornalista Responsável: Fernando Bueno MTb - 23383 | Conselho Editorial: Milagre do Verbo - Fernando Bueno, Patrícia Moura, Cristiane Araújo - Associação Musical - Eduardo Silva, Arthur Lauton, Fernando Chagas Corrêa, Mariangela Quartim, Gisele Haddad, Rafael Ronzoni - LabCom Total - Alessandro Almeida, Josiane Sozza| Revisão Técnica: Mariangela Quartim Fotos: Produção OSRP, Ibraim Leão, Andreza Mancuso e Victoria Osse | Projeto Gráfico: LabCom Comunicação Total | Projeto Gráfico: Rafael Ronzoni | Fotolito e Impressão: São Francisco Gráfica e Editora LTDA. Tiragem: 2000 exemplares
44EDITORIAL
Caius Maecenas foi um importante cidadão romano, que se dedicou, no final de sua vida, mercê de seus atributos intelectuais e sua consciência social, a patrocinar e proteger os intelectuais, como o grande poeta Virgílio, autor da Eneida. De seu nome, criou-se a expressão mecenas, que significa “o protetor de artistas e homens
de letras”. Esse comportamento se difundiu, especialmente no Renascimento, e permitiu o desenvolvimento da arte e da cultura através dos séculos.
As associações sem fins lucrativos, em geral, padecem de extremas dificuldades, sobretudo em tempo de desaquecimento da economia. Dependem das receitas que provêm dos seus colaboradores, associados ou não, as quais oscilam, de forma sensível, diante das vibrações do mercado negocial. As verbas que lhes são destinadas, via de regra, são retiradas do montante que sobeja, após se saldarem os compromissos mais urgentes. E, se pouco resta, com pouco se lhes pode agraciar.
Assim sucede com o apoio aos que necessitam de cuidados especiais, como os idosos, as crianças, os enfermos, que nem sempre dispõem de ampla e adequada atenção do Poder Público. Dá-se o mesmo com as entidades ligadas à cultura.
Suas estruturas, no mais das vezes, baseiam-se no trabalho voluntário dos dirigentes, na postura devotada de seus funcionários e colaboradores e na consciência dos mantenedores.
O Poder Público, em todos os seus âmbitos, não é insensível a essa situação, mas, ao revés, tem procurado incentivar, pela via do fomento, essas iniciativas privadas, cujo valor social é reconhecido. É possível que os superiores objetivos das associações sejam mais viáveis, sob a condução privada, segundo sua vocação e com total probidade, desde que contem com apoio público e suporte social. Como todos nós sabemos, cada uma delas expressa os anseios da comunidade, em projetos que identifica como legítimos e idôneos.
Ao ensejo da transição dos governos estaduais e federal, deseja-se que os novos mandatários continuem sensíveis quanto à importância de preservação das linhas de incentivo.
“Se houver Mecenas, Flaco, não faltarão virgílios.”Marcial
Aos novosMANDATÁRIOS
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de 22 de setembrO
Concerto SymphonicoTranscrição do jornal “A Tarde” de 01 de
outubro de 1938.
Ainda perdura em nosso espírito a agradabilíssima impressão que nelle provocou o magistral concerto symphonico com que a Sociedade Musical de Ribeirão Preto se apresentou pela primeira, a 22 de setembro último, ao povo desta cidade.
Impressão duradoura, porque o concerto foi inegavelmente sob o ponto de vista artístico um triunfo da entidade, revelando que já possuímos boa cultura musical.
Disso já falamos, em outras notas, com sinceridade e muito enthusiasmo, porquanto amamos a arte, apresente-se ella sob esta ou aquella forma.
Agora, como homenagem ao que temos dito sobre a Sociedade Musical, recebemos de sua directoria o seguinte officio:
“À redação de <A TARDE>NestaA Sociedade Musical de Ribeirão Preto, por meio
deste, vem sinceramente agradecer o apoio moral que A TARDE tem prestado à nossa sociedade.
À imprensa de Ribeirão Preto, em geral devemos uma grande parte de nossa victoria artística, facto este que registramos aqui com grande satisfação, porque ele prova que A TARDE, como também os outros diários, de facto pugnam pelo desenvolvimento do gosto artístico de nossa cidade.
Continuamos a contar com o grande e desinteressado auxílio desse conceituado jornal e mais uma vez apresentamos-lhe os nossos melhores agradecimentos.
Sem mais, somos com estima e apreço,
Sociedade Musical de Ribeirão Preto”Max Bartsch – presidente
Francisco de Biase – secretário
6ARQUIVO HISTÓRICO
Recorte de jornal localizado no arquivo histórico da OSRP
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Gisele Laura HaddadDoutoranda em Musicologia
pela ECA-USP/SP, professora de piano, faz parte do
corpo docente do curso de Licenciatura Plena em Música
da UNAERP. Desde 2006, pesquisa sobre a história da
música de Ribeirão Preto e é uma das autoras do livro
“Jubileu de Brilhante: os 75 anos da Associação Musical
de Ribeirão Preto”.arquivohistorico@
sinfonicaderibeirao.org.br
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encantandoPARA CONTINUAR8
O som dos instrumentos de mais de 50 músicos que integram a OSRP (Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto) ecoam pela estrutura do
Theatro Pedro II uma vez ao mês. São mais de 1.300 apresentações em quase um século de existência. Notas de violinos, viola, violoncelo, flauta, contrabaixo, trompa, trompete, entre outros, fazem parte da vida desses artistas que têm a sinfônica como segundo lar.
Mantida pela Associação Musical de Ribeirão Preto, a instituição conta com parcerias desenvolvidas junto às iniciativas pública e privada, projetos de Lei Rouanet e contribuição de patronos e sócios. “Ainda há uma série de obstáculos a serem enfrentados, sobretudo os ligados às fontes de custeio da associação, muito abatidas, em face ao ritmo lento da economia. Algumas questões jurídicas também nos serão apresentadas, mas, com o tempo, resolvidas com transparência e probidade”, declara Cyrilo Luciano Gomes Junior, presidente.
Para ele, o importante é que a OSRP não silencie as atividades, como chegaram a temer. “Conquistamos a harmonia interna e, assim, fortalecemo-nos, para encarar as adversidades e compreender que, juntos, podemos superar os desafios”, completa.
Gomes afirma que, para fomentar a sinergia entre a diretoria e o corpo artístico que compõe a sinfônica, é necessário o esforço e o envolvimento de todos, segundo suas funções e aptidões para a obtenção dos resultados esperados. “Quando os membros cooperam, os resultados surgem como fruto do trabalho integrado. A diretoria não produz
música, mas contribui para esse resultado. Por outro lado, o trabalho dos músicos, separado da parte administrativa, interfere na visibilidade do grupo”, explica.
Quem reside nesse segundo lar considera cada integrante como parte da família e a sinfônica como um patrimônio de valor imensurável. Responsável pela gerência da OSRP, Mariangela Quartim argumenta que, além de profissionais, os membros do grupo atuam como verdadeiros mensageiros da música na cidade. “Todos se empenham ao máximo para levar ao palco um belo espetáculo e a platéia corresponde, presente, atuante, quase que como tocando junto com a orquestra. Esse envolvimento da sociedade com a nossa instituição não pode parar”, afirma.
A OSRP possui a Escola de Canto Coral, que mantém três coros: lírico, coro de câmara e infantojuvenil. Além disso, a sinfônica também oferece estágio para estudantes de música. “A população de Ribeirão Preto precisa se sensibilizar de que a orquestra é do povo e, por isso, precisamos de ajuda dos associados. Com isso, podemos nos desenvolver cada vez mais. Em troca, a sociedade receberá beleza, arte, sensibilidade, elegância e tudo o que a música de boa qualidade pode proporcionar”,
OSRP CONTA COM O APOIO DE MÚSICOS, DIRETORIA E SOCIEDADE PARA MANTER AS ATIVIDADES E LEVAR ARTE À POPULAÇÃO DE RIBEIRÃO PRETO E REGIÃO
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afirma Gomes ao revelar que a sinfônica conta com cerca de 500 associados.
Musicista na OSRP desde 1994, a primeira clarinetista, Krista Helfenberger, pede mais participação da sociedade nas apresentações do grupo que, segundo ela, é uma forma que os músicos encontram de expressar o real sentido da arte. Para ela, além do apoio financeiro, é necessário que a população tenha consciência que a instituição faz parte da cidade e que, no palco do Theatro Pedro II, onde as apresentações são feitas, já passaram ilustres artistas que ajudaram a compor a história da cidade. “Para os músicos, é importante o apoio da sociedade no sentido de participar das apresentações. É uma forma de expressarmos nosso amor pela música, pela orquestra e por Ribeirão Preto”, diz.
Krista ainda sugere que sejam criados projetos de música na cidade, nos quais os profissionais do grupo possam trabalhar como professores. “Se a população entender que a música é feita para todos, sem distinção de classe social e que qualquer um pode fazer parte do grupo, dentro das exigências, e, assim, ter a noção do sentimento que carregamos por ela, teremos uma sociedade disposta a lutar pela sobrevivência da OSRP”, comenta.
Música tradicionalista
Hoje, a OSRP conta com repertório clássico, mas o presidente defende a participação dos artistas nas decisões musicais. “Temos prestigiado comissões de músicos em setores que ficavam destinados apenas à competência da Diretoria, tais como a definição dos repertórios, do regime de ensaios e até mesmo com temas ligados à comunicação social”, expõe Gomes.
Essa mescla de opiniões tem enriquecido a qualidade em cada uma das apresentações que passou a expressar a identidade dos músicos. “Contamos com o comprometimento deles, não apenas na arte, que fazem tão bem,
mas também nas deliberações que se referem à dinâmica da orquestra, como entidade viva e produtiva”, diz o presidente.
Atualmente, o grupo tem plenas condições de executar um repertório que engloba desde a música popular até a erudita. Segundo Gomes, a diversidade na personalidade de cada um é o que garante a qualidade profissional nas apresentações. “Há artistas que têm gosto mais ortodoxo, por afeição à arte clássica, e nutre alguma rejeição pela popularização. Outros, porém, não têm essas amarras, e n v o l v e n d o - s e igualmente em outro repertório”, destaca.
Para ele, o papel da OSRP é o de difundir a arte e a cultura na cidade e região por meio da música, e a popularização das apresentações não desqualifica a arte. “Assim, devemos continuar a realizar nossos trabalhos em todos os contextos, para nos aproximar do público e conduzi-lo à deliciosa experiência de desfrutar música de boa qualidade, clássica ou popular”, conclui.
Cyrilo Gomes aponta que o entrosamento entre os músicos é o primeiro passo para a consolidação da Orquestra
Krista Helfenberger sugere a criação de projetos na cidade para levar a arte musical a toda população
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1010ESPECIAL Um tom
PELA VIDA
Amante da música orquestral desde a infância, Fernando Corrêa, de 25 anos, toca violino desde os 9 e, por influência de seus pais,
sempre ouviu canções do estilo gospel e sinfonias. Na adolescência, passou a admirar outros artistas da região e do país, mas faltavam oportunidades para que conseguisse ingressar na carreira musical.
Em 2007, conheceu o projeto Cordas da Cultura, atual Tocando a Vida, organizado pela OSRP (Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto). “O programa teve início em Pirassununga e eu tive a grande chance de estudar com músicos que, na época, eram meus ídolos e, hoje, tornaram-se amigos e colegas de trabalho”, lembra. Ele permaneceu no grupo e, em 2008, ingressou na Faculdade de Música da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto.
Inspirar, transformar e incentivar são alguns dos objetivos do Tocando a Vida, que transformou os sonhos de Corrêa e de outras crianças em realidade. Em Ribeirão, a ação conta com parcerias da inciativa privada e, em Sertãozinho, da Instituição Aparecido Savegnago. O projeto é credenciado a receber recursos por meio da Lei Rouanet e tem a missão de descobrir e formar jovens talentos para a música erudita.
Para Corrêa, além da função social e de democratização do conhecimento e da arte, o Tocando a Vida oferece a oportunidade dos integrantes se profissionalizarem na música. “É uma forma de aproximar a população em geral desse trabalho maravilhoso que é feito nas orquestras”, completa.
O violinista Arthur Lauton, de 23 anos, na OSRP desde 2013, apoia o projeto e acredita que a música é um grande agente transformador de problemas sociais. “A integração da orquestra com a sociedade
por meio desses projetos é, de fato, um caminho que melhora a vida das pessoas e dá a elas a chance de
conquistar uma profissão”, diz.
Projeto que transforma
Corrêa é um grande exemplo de transformação social por meio da música. Tendo acompanhado de perto a OSRP e diversos concertos, t o r n o u - s e membro do grupo como violinista profissional em
2013, após a conclusão do seu curso de Graduação. Ele define a experiência com a orquestra utilizando uma frase de Friedrich Nietzsche que diz: “Sem música a vida seria um erro”. Para Corrêa, as possibilidades que essa arte oferece é o mote que lhe dá sentido a tudo. “Acredito que a conquista de novos horizontes é o que há de mais positivo na vida dos seres humanos”, ressalta.
Despertar artístico
O professor de viola, violino e orquestra, Guilherme Pereira, que atua na unidade de Sertãozinho, afirma que poder observar a cultura sendo inserida na vida de crianças e adolescentes é uma das maiores inspirações da sua carreira. “A partir do
PROJETO SOCIAL ORGANIZADO PELA OSRP, TOCANDO A VIDA OFERECE A OPORTUNIDADE DE JOVENS E ADOLESCENTES ESTAREM EM CONTATO COM A MÚSICA
Arthur Lauton convida a sociedade a participar ativamente da rotina da OSRP
Fernando Corrêa: “É uma forma de aproximar a população em geral desse trabalho maravilhoso que é feito nas orquestras”
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momento em que a percepção para os diversos elementos inerentes à música é despertada na pessoa, ela passa a ouvi-la e a vivenciá-la de maneira positivamente mais crítica.
Essa vivência traz, inclusive, b e n e f í c i o s cognitivos, além do despertar artístico”, diz.
De acordo com ele, o caminho para as soluções financeiras da OSRP é a sociedade entender que a sinfônica é um patrimônio da cidade e, p r i n c i p a l m e n t e , que não é um objeto de luxo. “Só se valoriza o que se
conhece. Se a música que a orquestra produz não fizer parte da vida das pessoas, ela não faz sentido”, comenta. Para o professor, o momento atual vivido pelos músicos só será resolvido com a participação ativa da sociedade. “Atualmente, a contribuição financeira é importante, entretanto, só ajuda aquele para quem a música se faz essencial”, completa.
Como funciona
O projeto Tocando a Vida oferece aulas gratuitas de instrumento, canto coral e teoria musical. Os coordenadores da ação são músicos da OSRP, a regente, Snizhana Drahan, é do Coro OSRP e os alunos fazem parte do curso de Música da USP-RP. Em Ribeirão Preto, a iniciativa pioneira envolve a Associação de Moradores do Jardim João Rossi, a Prefeitura Municipal, por meio das Secretarias da Cultura e Educação, e o RibeirãoShopping.
O coordenador artístico-pedagógico, Lucas Galon, está no projeto desde 2007, quando começou a atuar como professor de teoria e apreciação musical. No ano seguinte, ele ajudou a elaborar a unidade em Sertãozinho.
“O Tocando a Vida tem, inclusive, o intuito de absorver vários núcleos existentes, bem como criar novos, formando uma rede estrutural com vários bairros e cidades atendidas”, explica.
Em Ribeirão, as aulas acontecem todas as segundas e sextas-feiras, na Escola Municipal Alfeu Gasparini, e nas terças-feiras, no núcleo João Rossi. Em Sertãozinho, os alunos se reúnem nas quartas e quintas-feiras, na Instituição Savegnago. Além de ensinar praticamente todos os instrumentos, o projeto oferece aulas teóricas, de coral, apresentação musical e percussão.
Segundo Galon, existe um vínculo muito forte entre estudantes e professores. De acordo com o plano pedagógico, trabalha-se a relação da construção mútua de conhecimentos, o que é transcendido pelo vínculo institucional e se transforma em um vínculo familiar.
Galon ainda completa que o envolvimento da sociedade na vida cultural é essencial para a manutenção das instituições sólidas vinculadas às artes. “Os projetos sociais da OSRP só corroboram a tese de sua indispensável presença na cidade. Nossos esforços se voltam, sem dúvida, para sairmos deste momento pouco salutar, podendo superar as adversidades, no sentido de mantermos a nossa contribuição. Para isso, apelamos a todas as instituições da sociedade ribeirão-pretana para que reconheçam a importância deste trabalho, ajudando-nos na sua recuperação imediata e necessária”, conclui.
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Para Guilherme Pereira, o primeiro passo é a população entender que a sinfônica faz parte da vida de cada um
“Os projetos sociais da OSRP só corroboram a tese de sua indispensável presença na cidade”, diz Lucas Galon
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LeonardoÉ FAMOSO?
Há muito tempo se discute no meio artístico um assunto que já recebeu inúmeros títulos, explicações, conclusões. Trata-se da tão almejada “formação de público para arte”. O
propósito de escrever novamente sobre um assunto que já foi discutido e dificilmente deixará de ser, é a oportunidade de compartilhar com o leitor que não exerce esta profissão, a visão de um artista que vive dela plenamente. Por que preocupar-se com a formação de espectadores para a arte dessa nação? Por que tantos artistas com produtos de qualidade disponíveis sempre estão à caça desses possíveis espectadores adormecidos em seus casulos, mais precisamente equipados com uma tela de plasma e um controle remoto nas mãos? Chego então na superfície do nosso problema, ou seja, ter ou não ter notoriedade, ser ou não ser famoso. Exatamente nesse ponto é que nossa grande massa se baseia. O parâmetro utilizado pela sociedade na maioria das vezes é o que se vê tão somente na televisão. Não que dela seja errado ou impróprio se abstrair alguma coisa, mas não deveria ser o único meio. Muitas vezes sou parabenizado pela minha arte, pelo teatro que administro com meus irmãos e pelos eventos que realizamos. Na maioria dessas conversas ouço o seguinte: “que bom o que vocês fazem, aqui nunca tem nada pra se ver”. Ou ainda quando estávamos construindo o teatro muitas pessoas passavam em frente e perguntavam: “vocês vão trazer pessoas conhecidas?” E assim por diante. Tanto a afirmação de que “aqui nunca tem nada pra se ver” quanto a pergunta sobre “as pessoas conhecidas” refletem a tal superfície do problema que mencionei há pouco. Na verdade temos muitas coisas pra se ver, muitos eventos de qualidade, muitos espetáculos alternativos, tradicionais, inovadores, shows de músicas variadas, casas aconchegantes, festivais etc. Então o que cega as pessoas que quase nunca se informam, não ficam
sabendo ou não procuram saber dos inúmeros eventos que acontecem na cidade, na região, no país? Saímos da superfície do problema e começamos a conhecer a origem dele. E se a cultura de um povo é responsável pelo desconhecimento de tantas artes espalhadas por aí chego enfim no principal responsável por essa desinformação, os órgãos públicos. Se cada município brasileiro conta com uma secretaria responsável por determinado setor, qualquer ineficiência de informação ou ação se deve principalmente pela ineficácia dessa secretaria. A arte não pode ser tida como uma “atividade extracurricular” dentro da administração pública. Mas infelizmente é dessa forma que vem acontecendo. Hoje a realidade é que a secretaria da cultura não passa de uma promessa partidária para retribuir àquele que apoiou determinada candidatura. Se hoje contamos com shows, festivais e mostras culturais que já entraram no calendário cívico de Ribeirão Preto, isso se deve ao movimento artístico da cidade, que se reuniu e produziu nos diversos segmentos. Enquanto as gestões públicas continuarem com a preocupação em somente divulgarem sua “marca” em eventos de grande proporção e somente para constar nas matérias de jornais e nas futuras campanhas políticas, em nada vai mudar a cultura e costume do cidadão. Uma secretaria deveria trabalhar como qualquer estabelecimento comercial trabalha ou como uma empresa que sabe quais as metas que deve atingir naquele determinado mês. Então, para mudar a cultura de um povo, é necessário e urgente mudar a cultura das gestões administrativas dos municípios, valorizando seus artistas e presenteando o cidadão que passará a ter uma nova e transformadora visão da arte em geral.
12PALAVRA DO ARTISTA
SANTAROSA
Leonardo Santarosa é ator, professor e diretor do Teatro Santarosa. Está à frente da Cia Santarosa de Teatro ao lado de seu irmão Lucas.
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14João14PROGRAMAÇÃO
Casarotti
O pianista e pedagogo brasileiro João Paulo Casarotti é formado pela Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle com Curso Técnico em Música – Piano. Possui o Performance Certificate pela Academia
Nacional de Música de Sofia (Bulgária) e Bacharelado em Piano pela Universidade de São Paulo.
Radicado nos Estados Unidos há 7 anos, Casarotti obteve o Master in Music – Piano Pedagogy pela Universidade de North Dakota e Master in Music-Piano Performance and Pedagogy pela Temple University (Filadélfia). Dentre seus mestres estão Gilberto Tinetti, Marisa Lacorte e Mauricy Martin, Victor Tchouchkov (Bulgária), Sergio Gallo, Maria del Pico Taylor (Cuba) e Michael Gurt.
O pianista é detentor de importantes prêmios em concursos de piano, entre outros, o prêmio de Melhor Pianista Camerista do Concurso Nacional Art Livre em 2001, Concurso Jovens Instrumentistas do Brasil, Concurso de Jovens Solistas da EMPEM e Concurso Nacional de Piano do Centro de Pesquisa Físicas e Musicais.
Casarotti tem desenvolvido intensa carreira como pianista, solista, pesquisador e professor. Apresentou-se como solista em orquestras no Brasil e nos Estados Unidos, também em recitais solo e camerísticos no Brasil, Estados Unidos, Havaí, Bulgária, Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai. Como pesquisador, Casarotti se especializa na obra do compositor brasileiro Ernst Mahle e desenvolve importante trabalho de pesquisa e divulgação da obra pianística deste compositor nos Estados Unidos e no Brasil.
Casarotti foi diretor artístico das séries de concertos “Ernst Mahle in America” e “Villa Lobos in America”. Patrocinado pela Embaixada Brasileira nos Estados Unidos, apresentou-se na Steinway Hall (Nova York), Steinert Hall (Boston) e Rock Hall (Filadélfia).
João Paulo Casarotti tem se destacado tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos como professor de piano. Seus alunos receberam premiações em importantes concursos nacionais entre eles: Concurso Nacional de Piano de Botucatu, Concurso Nacional de Piano de Araçatuba, Concurso Nacional de Piano Art Livre, Scoth Piano Competition (North Dakota), Music Teachers Association – Pennsylvania State Competition, Golden Key Competition (Filadélfia). Casarotti teve alunos aprovados nas seguintes universidades: Universidade de São Paulo, Universidade de Campinas, FAAM, Unesp, University of the Arts, Temple University (Filadélfia), e West Chester University. Dentre as escolas de música onde trabalhou, destacam-se: Escola de Música de Piracicaba, Escola de Música Fábio Marasca (Rio Claro), Universidade de North Dakota, Nelly Berman Music School (Haverford), Darlington Arts Center, Temple
Music Prep School, Temple University.Escreveu seu Trabalho de Conclusão de Curso na
Universidade de São Paulo “Ernst Mahle: 50 anos no Brasil e os Ponteios para Piano Solo”. Na University of North Dakota publicou sua tese de Mestrado “Ernst Mahle: 55 Years of Musical Legacy in Brazil and a Pedagogical Overview of His Works for Piano Solo”. Em 2007, apresentou um Lecture Recital e teve um artigo publicado sobre a obra de Ernst Mahle para piano na International Conference of Arts and Humanities no Havaí. Realizou também Lecture Recitals sobre o Maestro Mahle na Temple University e Delaware Valley Music Teachers National Association (Filadélfia) e na Pennsylvania Music Teachers Association Conference.
Na temporada 2013-2014, Casarotti realizou recitais solo no Taubman Seminar (Temple University), Piano Wellness Seminar (University of North Texas), Southern University, Louisiana State University e Tarleton State University. Participou de recitais com a soprano brasileira Caroline De Comi em Baton Rouge e Filadélfia. Foi também solista da Powder River Symphony Orchestra em Wyoming com a obra Rhapsody in Blue de George Gershwin. Casarotti realizou uma turnê pela Ásia em junho e julho de 2014, onde além de performances e master classes, participou como membro da banca julgadora do International Piano Performance Examinations Commitee em Taiwan.
Atualmente Joao Paulo Casarotti é professor e coordenador das áreas de Piano, Piano Pedagogia e Piano em Grupo da Southern University em Baton Rouge (Louisiana) e candidato ao título de Doctoral in Musical Arts em Piano Performance da Louisiana State University.
15PROGRAMAÇÃO
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01 de Novembro
SÉRIE CONCERTOS INTERNACIONAIS
Local: Theatro Pedro II Horário: 20h
ORqUESTRA SINFÔNICADE RIBEIRÃO PRETO
Regente convidado:Norman Gamboa
Solista convidado:João Paulo Casarotti (piano)
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Norman Gamboa é Diretor Titular da Orquestra de Powder River Symphony no Wyoming, da Aurora Symphony Orchestra no Colorado e da Sonoma County Philharmonic na Califórnia. Gamboa se apresentou como diretor convidado em numerosas ocasiões com orquestras de grande prestígio em cidades do Texas, Oklahoma, Louisiana, Kansas, Missouri, Wyoming, Minnesota, California, Colorado e Nevada nos Estados Unidos.
Em nivel internacional, Gamboa dirigiu a Orchestra Filarmonica di Stato Ploieşti (Romênia), a Západoşeský Symfonický Orchestr (República Tcheca), a Orquestra Sinfônica de Medellín (Colombia), a Orquestra Nacional da Nicarágua, a Orquestra Sinfônica do Estado de Mérida, a Orquestra Sinfônica de Los Llanos (Venezuela), a Orquestra Sinfônica Nacional de Costa Rica, a Orquestra Sinf\õnica Municipal de Cartago e Orquestra Sinfônica da Universidade de Costa Rica, Orquestra Sinfônica Juvenil de Costa Rica, a Orquestra Sinfônica Nacional de Honduras, a Orquestra Sinfônica Nacional da Guatemala, a Orquestra Municipal Juvenil da Guatemala, entre outras.
Maestro Gamboa participou de importantes festivais musicais como o FOSJA - Festival Casals Puerto Rico, Festival Centroamericano de Música de Câmara, Festival Internacional de Música de Medellín (Colômbia), Jornadas Culturais de Villarrica (Chile), Festival Internacional das Artes de Costa Rica, Blue Lake Fine Arts Camp (EEUU), Bregenzer Festspiele (Áustria), Las Vegas Music Festival (EEUU), OSESP - Concurso de Regência Orquestral (Brasil), ITEC - Regina Music Festival (Canadá), como também da
New York Brass Conference (EEUU).Anteriormente, Norman trabalhou como Diretor de
Estudos Orquestrais na Washburn University, Diretor Associado do Las Vegas Music Festival, Diretor Assistente da Waco Symphony Orchestra e Diretor Titular da Waco Symphony Youth Orchestra. Norman Gamboa tem o grau de mestre em regência orquestral pela Universidad de Nevada e um doutorado em regência de orquestra pela Universidade Estadual de Louisiana. Foi convidado para reger a Orquestra Juvenil da Comunidade Europeia na República Tcheca em 2015.
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GAMBOA
MAESTRO
Programa:
Lucas Galon (*1980)Ciclo Circense
L. v. Beethoven (1770-1827)Concerto nº1, em dó maior (op.15)1. Allegro con Brio2. Largo3. Rondo (Allegro scherzando)
Luis Diego herra (*1952)Sinfonia nº11. Allegro2. Largo3. Andante4.’Allegro
16JUVENTUDE TEM CONCERTO
JUVENTUDETem concerto02 de Novembro
JUvENTUDE TEM CONCERTO
Local:Theatro Pedro II
Horário:10h30
ORqUESTRA SINFÔNICA DE RIBEIRÃO PRETO
Regente convidado:Norman Gamboa
Solista convidado:João Paulo Casarotti (piano)
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Programa:
Lucas Galon (*1980)Ciclo Circense
L. v. Beethoven (1770-1827)Concerto nº1, em dó maior (op.15)1. Allegro con Brio2. Largo3. Rondo (Allegro scherzando)
Luis Diego herra (*1952)Sinfonia nº11. Allegro2. Largo3. Andante4. Allegro
Apoio: Realização
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1717NOTAS DE PROGRAMA
Dicionário mUsIcALAllegro - Alegre, rápido; um
movimento em andamento animado.
Andante - Moderadamente lento; um movimento nesse andamento.
Ciclo/cíclica - Expressão aplicada a obras musicais em que o mesmo material temático ocorre em diferentes movimentos.
Concerto (1) Termo frequentemente aplicado no século XVII à música para conjunto de vozes e de instrumentos; desde então, costuma indicar uma obra em que um instrumento solista (ou um grupo instrumental solista) contrasta com um conjunto orquestral. (2) Termo que designa uma apresentação musical pública, habitualmente implicando a interpretação por parte da orquestra. Até meados do século XIX, um
concerto podia significar praticamente qualquer tipo de entretenimento não teatral. Para uma apresentação em menor escala, costuma-se preferir o termo “recital”.
Largo - Largo, lento.Opus - (do latim) Obra. Termo
usado ao lado de um número para identificar um grupo de obras na produção de um compositor.
Regência - A direção de uma execução musical através de gestos visíveis destinados a garantir coerência e unidade de execução e interpretação.
Rondó - Forma musical em que a seção primeira ou principal, retorna normalmente na tonalidade original, entre seções subsidiárias e conclui a composição.
Scherzando - Brincando, gracejando.
Sinfonia - Termo usado a partir do Renascimento para designar vários tipos de peças, geralmente instrumentais.
Solo/Solista - (do italiano) Sozinho. Termo que identifica, numa partitura, uma passagem que deve ser executada por um só intérprete (em vez de dobrada por outros), ou aquelas partes de um concerto dominadas pelo solista. O termo também é usado para uma peça executada por um único instrumentista, ou, no período barroco, um único instrumento com acompanhamento do contínuo. Fonte: Dicionário Grove de Música; edição concisa/editado por Stanley Sadie; editora assistente Alison Latham; tradução Eduardo Francisco Alves – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994.
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Nascido em San José, Costa Rica, Herra é um ativo compositor, tendo obras para orquestra, banda, música de câmara, instrumentos solistas, canções e música coral, além de música incidental. Sobre
seu trabalho sinfônico, ele diz: “sinto-me mais
Marcos Câmara de Castro Professor Doutor do
Departamento de Música da Faculdade de Filosofia
Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto
Sinfonia nº1HerrA
Luis Diego
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Nascido em Ribeirão Preto, graduou-se e é doutorando pela USP. É docente na faculdade de música da UNAERP e exerce intensa atividade composicional e pedagógica na OSRP. Segundo o autor,
a obra Circo do Biriba é parte do Ciclo Circense, livremente inspirado nos Epigramas Circenses do poeta ribeirãopretano Luiz Frazon. Nesta primeira parte, a criação de ambiências sonoras remetem à episódios envolvendo circos nos bairros pobres na Ribeirão Preto dos anos 1980. As crianças invadiam o picadeiro vazio, fazendo um verdadeiro espetáculo antes do espetáculo, jogando futebol e brincando na hora do descanso dos artistas.
Circo do Biriba (2012)GALON
Lucas
Concerto nº1,em dó maior (op.15)
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Em abril de 1800, Beethoven promoveu em Viena sua primeira Academia em que foram apresentadas obras de Mozart e Haydn, sua primeira Sinfonia, o Septeto e este Concerto n. 1 para piano, op.15. O evento não recebeu
uma crítica muito favorável, mas foi importante por colocá-lo no cenário musical vienense como compositor. Este concerto foi escrito provavelmente em 1798, para orquestra completa, com trompetes e tímpanos. Beethoven escreveu três cadenzas para esta obra “cintilante” em que se notam equilíbrio entre piano e orquestra, organização formal e perfeição na escrita pianística.
Ludwig V.
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confortável com a orquestra sinfônica, tenho paixão pelo repertório sinfônico e me sinto muito bem criando para esta formação”. Esta Sinfonia n. 1 é de 1990 e foi ganhadora, naquele ano, do Prêmio Nacional da OSN de Costa Rica.
Notasde PrOGrAmA
1919VIDA DE SOLISTADICIONÁRIO MUSICAL
Ficha Técnica20 vice-presidenteDaniel CredidioGerenteMariangela Quartim
PresidenteCyrilo Luciano Gomes Junior10 vice-presidenteSilvio Trajano Contart
MAESTRO ADJUNTO Reginaldo Nascimento
MAESTRO CONVIDADO Norman Gamboa
VIOLINO I Denis UsovSpalla IGiliard Tavares ReisSpalla IIPaola RedivoHugo Novaes Querino Luciano Borges NascimentoEduardo Felipe Correa de OliveiraJosé Roberto RamellaFabio Mai BaldoConvidado
VIOLINO II Marcio Gomes dos Santos JrChefe de naipeIlia Gueoguiev IlievAnderson Castaldi Arthur Lauton Carvalho de SousaIvan Benedito RodriguesTraineeFernando Chagas CorrêaDimas Carter Araujo da CostaConvidado VIOLAGuilherme de Carvalho PereiraRossini Rocha da SilvaMichele Silva PiçaçoAdriel Vieira DamascenoTraineeLucas Guilherme de Souza SantosTrainee VIOLONCELO Jonathas da SilvaChefe de naipeSvetla Nikolava IlievaLadson Bruno MendesMonica Silva PicaçoThiago de AndradeConvidadoRochard GonçalvesConvidado CONTRABAIXO Marcio Pinheiro MaiaChefe de naipeVinicius Porfírio FerreiraWalter de Fátima FerreiraLincoln Reuel Mendes 10 OBOÉ Marcos de Souza AquinoChefe de Naipe convidado 20 OBOÉ Josiane Cristina Cicolani Marques CORNE INGLÊS Thiago Leite da Silva Branco FLAUTASergio Francisco CerriChefe de Naipe Lucas Martinelli de LiraFlauta | Piccolo Riane Benedini Cury
CLARINETA Krista Helfenberger MunhozChefe de Naipe Bogdan Dragan
FAGOTE Simon BecheminChefe de Naipe convidado Denise Guedes de Oliveira Carneiro TROMPA Edgar Fernandes RibeiroChefe de naipeCarlos Oliveira PortelaMoises Henrique da Silva AlvesNadabe Tomás da SilvaConvidado TROMPETE André de Souza PintoChefe de Naipe Natanael Tomas da Silva Michael da Rocha RamosConvidadoDam Yuri Huamam DiazConvidado TROMBONE Ricardo PachecoChefe de Naipe José Maria Lopes TROMBONE BAIXO Paulo Roberto Pereira Junior TUBA Adilson Trindade de Avila TÍMPANOS Luiz Fernando Teixeira JuniorChefe de Naipe PERCUSSÃO Kleber Felipe Tertuliano Walison Lenon de Oliveira Souza Carolina Raany Candido da SilvaTraineeVitor Lyra BiagioniConvidadoPaulo Henrique dos SantosConvidado
TECLADO Rodrigo Antonio da SilvaConvidado
MÚSICOS LICENCIADOS Jonas MafraViolinoDaniel Fernandes Mendes JrViolaThieres Luiz BrandiniVioloncelo EQUIPE DE PRODUÇÃOE ADMINISTRATIVO Mariangela Quartim de MoraesGerente José Antônio FranciscoCoordenador Administrativo Rosana Cristina AraujoDepartamento Financeiro Julia QuartimProdução
José Maria LopesInspetor
Elvis Nogueira Mota da SilvaMontador
Leandro Pardinho SantosArquivo Musical
José Carlos Corrêa NevesDepto. de Sócios e Patronos
Gisele Laura HaddadArquivo Histórico
Rafael Silva RonzoniCoordenador de Artes Visuais e Midias Sociais
MÚSICOS CONVIDADOS MÊS DE OUTUBROAgnaldo Pedrosso Carlos Roberto CoradiniFabio SchioThiago de Andrade
PATRONOS E PATROCINADORESArteris S/AAssociação Com. E Ind. De Ribeirão PretoAstec - ContabilidadeAugusto Martinez PerezBanco Ribeirão Preto S/ACaldema Equipamentos Ind. LtdaCentral Energética Morena de Açucar e Álcool LtdaCia. de Bebidas IpirangaData Net InformáicaDr Raul GonzalezEspaço das FloresEstacionamento StoparkFundação Waldemar Barnsley PessoaGrupo WTBHospital São Francisco Sociedade LtdaItograss Agrícola Alta Mogiana LtdaMauílio Biagi FilhoVera Lúcia de Amorim BiagiMaubisaMesquita Ribeiro AdvogadosMolyplast Com. Imp. e Exp. LtdaPrice AuditoriaRibeirãoShoppingRiberball Mercantil Ind. LtdaRTE - Rodonaves Trans. E Enc. LtdaSanta Helena Indústria de Alimentos S/ASão Francisco Gráifica e Editora Ltda.Sasazaki Indústria e Comércio LtdaSavegnago Supermercado LtdaStream Palace HotelUniseb COCUsiana Alta Mogiana S/A - Açúcar e ÁlcoolUsiana Batatais S/A - Açúcar e ÁlcoolUsina Santo AntônioUsina São FranciscoVila do Ipê Empreendimentos Ltda
FICHA TECNICA DA ASSOCIAÇÃO MUSICAL DE RIBEIRÃO PRETO MÊS DE OUTUBRO 2014
22NOTAS SOCIAIS
D entro da série “Concertos
Internacionais” a Orquestra
Sinfônica de Ribeirão Preto, sob
a regência de Parcival Módolo
e o saxofonista Rafael Migliani,
se apresentaram no dia 11 de outubro de
2014, no Theatro Pedro II.
O concerto foi iniciado com a Marcha das
Marionetes de Charles Gounod, seguido de
Roda de Amigos de Guerra-Peixe (1914-1993).
Ainda na primeira parte, Rafael Migliani
solou Scaramouche (Op.165c) de Darius
Milhaud (1892-1974).
Após o intervalo o repertório contemplou
o compositor Ottorino Respighi (1879-1936),
Prelúdio – Os pássaros, além da composição
de Carl Nielsen (1865-1931), Aladim (Op.34),
com seus movimentos: Marcha Festival
Oriental, O sonho de Aladim e Dança da
neblina matinal, Dança hindu, Dança
chinesa, A praça do mercado em Ispaham,
Dança dos prisioneiros e Dança negra.
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ConcertosINterNAcIONAIs
Rafael Migliani em concerto com a Sinfônica de Ribeirão
Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, sob a regência do Maestro Parcival Módolo
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NOTAS SOCIAIS
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Geraldo Romaneli, Gilda e Enio Cegato
Mauricio Rodrigues, Teresa Nazario e Neide Batalha
Alvayane Amorim, Laura Lima e Natalia Costa Knut Andreas e Heloisa Modolo (esposa do maestro)
Willy Sarte e Maria Helena
Juliana Berta e Ricardo Kamila Pantoso e Ronaldo Pantoso Isaias Pessotti
Luiz Prestia, Moises Prestia e Matilde Prestia
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tem cONcertOJuventude24
O projeto Juventude Tem Concerto acontece uma vez por mês, no palco do Theatro Pedro II, sempre aos domingos às 10h30, com entrada franca.
Os concertos são adaptados ao público jovem, com o objetivo de despertar o gosto pela música erudita através da aproximação da plateia com a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto.
No dia 12 de outubro de 2014, a Orquestra apresentou-se, sob a regência do maestro Parcival Módolo e com participação do saxofonista Rafael Migliani que solou Scaramouche (Op. 165c) de Darius Milhaud (1892-1974).
Para comemorar o Dia das Crianças, no final da apresentação, 100 CDs da Orquestra Sinfônica foram distribuídos entre elas.
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Maestro Parcival Módolo, um “show” de conhecimento
O saxofonista Rafael Migliani leva sua música também ao “Juventude Tem Concerto”
A platéia infantil foi presenteada com CDs da Orquestra
Marco Antonio e seu aluno Luiz Fernando
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Samanta, Leandro Almeida, Calebe e Leticia Selim
Mariana Guimarães, Liz, Renata e Luiz Scarpino
Danielle Pacheco, Karina Braga, Helena Pacheco e Arlete Dos Santos Pacheco
Os alunos do Projeto Orquestra Jovem Alvorada, acompanhados pela coordenadora Elaine Souza, foram recebidos por Ilia Iliev e Vinícius Ferreira, músicos da OSRP
Coro Lírico da OSRP participa do “Juventude Tem Concerto”
Pedro Magalhães, Gustavo Magalhães e DanielHidequi / Teresa
Maria Ines Do Bem e Mercedes Registro Do Bem
26 TeatroMunicipal26NOTAS SOCIAIS
Os professores da rede municipal de ensino de Ribeirão Preto foram homenageados no dia 14 de outubro de 2014 no Teatro Municipal da cidade. Mais de 300 docentes foram assistir o concerto da
Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e participar das homenagens prestadas pela Secretaria da Educação.
A secretária da Educação, Débora Vendramini, e a equipe técnica da pasta, responsável pela organização das comemorações em homenagem ao Dia do Professor, receberam os convidados, demonstrando a importância da data para a rede municipal de ensino.
Sob a regência do maestro Reginaldo Nascimento, a Orquestra apresentou a valsa A Bela Adormecida de Tchaikovsky, La Gazaladra de Rossini e o 1º e 4º movimentos da Sinfonia Nº 5 de Beethoven..
ORQUESTRA SINFÔNICA PARTICIPADE HOMENAGEM AOS PROFESSORES
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Maestro Reginaldo Nascimento
Profª Débora Vendramini, Secretária Municipal da Educação
Orquestra, em concerto, no palco do teatro municipal de Ribeirão Preto
Alunas da rede municipal de ensino homenageiam aos professores momentos antes do concerto
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sALVAdOr dALI em sPQuinteto na exposição
QUINTETO DA ORQUESTRA SINFÔNICA PARTICIPA DO LANÇAMENTO DA
EXPOSIÇÃO SALVADOR DALI EM SÃO PAULO
Sendo uma das maiores retrospectivas artísticas já feitas no país, a Exposição de Salvador Dalí, no Instituto Tomie Ohtake, foi iniciado em São Paulo no dia 16 de outubro, permanecendo em cartaz até 11 de
janeiro de 2015. A abertura da exposição contou com a participação do quinteto de cordas da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto formada pelos músicos: Vinícius Porfírio Ferreira (contrabaixo), Svetla Ilieva (violoncelo), Fábio Schio (viola) e Fernando Chagas Corrêa e Ivan Benedito Rodrigues (violinos) que executaram peças de Mozart, Boccherini, Bach, Pachelbel, Piazzolla, Villa-Lobos, Zequinha de abreu e Guerra-Peixe. A participação do Quinteto foi promovida pela Arteris, patrocinadora da exposição.
NOTAS SOCIAIS
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Quinteto de Cordas no Instituto Tomie Ohtake
Os músicos foram recebidos pelo diretor geral do Instituto, Ricardo Ohtake
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Na sexta-feira, dia 17 de outubro, em Caçapava, na Igreja da Matriz de São João Batista, a Orquestra de Câmara da Sinfônica de Ribeirão Preto participou do projeto “
Danças e Canções” , elaborado e desenvolvido por Enaldo Oliveira, projeto este aprovado pelo Programa de Ação Cultural – ProAC/ICMS da Secretaria de Estado da Cultura de SP.
O concerto teve regência do próprio Maestro Enaldo, com execução de obras dos compositores Edvard Grieg, Gustav Holst, Ernesto Nazaré, Chiquinha Gonzaga e Heitor Villa-Lobos. A apresentação contou com o patrocínio da Viapol, com o apoio da Prefeitura Municipal de Caçapava e da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Caçapava. A entrada do espetáculo foi gratuita.
A ARTE MUSICAL PELO INTERIOR PAULISTA
e cANÇÕes
Um público atento prestigiou a apresentação
Plena harmonia na Igreja da Matriz de São João Batista
A ORqUESTRA SINFÔNICA É MANTIDA PELA ASSOCIAçÃO MUSICAL DE RIBEIRÃO PRETO
SEJA ASSOCIADO
Para se associar, preencha a ficha cadastral no site www.sinfonicaderibeirao.org.br. Com o pagamento do
valor mínimo de 60 reais por mês, o sócio tem direito a dois convites para os Concertos Internacionais, realizados
mensalmente no Theatro Pedro II.
LEI ROUANET - Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei n0 8.313 de 23 de dezembro de 1991)
A Associação Musical de Ribeirão Preto tem o projeto de manutenção anual aprovado pelo Ministério da
Cultura, o que possibilita que seus programas recebam recursos advindos da Lei de Incentivo Fiscal à Cultura –
Lei Rouanet.
qUEM PODE FAzER DOAçÃO OU PATROCINAR PROJETOS DA ASSOCIAçÃO, USUFRUINDO DO INCENTIvO FISCAL?
As pessoas jurídicas, desde que tributadas com base no lucro real e as pessoas físicas, desde que façam
declaração completa do Imposto de Renda podem investir na cultura através da Lei Rouanet. Em caso de pessoa
jurídica, podem ser investidos até 4% do Imposto Devido, enquanto no caso de pessoa física até 6%.
Para as pessoas jurídicas, além da isenção fiscal, elas investem também na imagem institucional, na marca da
empresa.
A Associação pode auxiliá-lo a entender melhor.
Entre em contato conosco pelo telefone (16) 3605-8932 ou visite nosso site www.sinfonicaderibeirao.org.br
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