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Fontes, L., M. Carneiro e B. Pereira (2012) Adro Velho de Verdoejo (Valena). Relatrio.
Trabalhos Arqueolgicos da U.A.U.M. / MEMRIAS, 26, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho
Unidade de Arqueologia
ADRO VELHO DE VERDOEJO
(Valena)
TRABALHOS ARQUEOLGICOS
(Prospeo e Levantamento)
RELATRIO
Lus Fontes (coord.), Miguel Carneiro e Belisa Pereira
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SN: 1
647-
5836
26 2012
Fontes, L., M. Carneiro e B. Pereira (2012) Adro Velho de Verdoejo (Valena). Relatrio.
Trabalhos Arqueolgicos da U.A.U.M. / MEMRIAS, 26, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho
TRABALHOS ARQUEOLGICOS DA U.A.U.M. / MEMRIAS, N. 26, 2012 Ficha Tcnica
Editor: UNIDADE DE ARQUEOLOGIA DA UNIVERSIDADE DO MINHO Avenida Central, 39 P 4710-228 Braga
Direo: LUS FONTES E MANUELA MARTINS Ano: 2012 Suporte: EM LINHA Endereo eletrnico: https://www.uaum.uminho.pt/edicoes/revistas ISSN: 1647-5836 Ttulo: ADRO VELHO DE VERDOEJO (VALENA). TRABALHOS ARQUEOLGICOS DE PROSPEO E LEVANTAMENTO. RELATRIO. Autor: LUS FONTES, MIGUEL CARNEIRO E BELISA PEREIRA
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https://www.uaum.uminho.pt/edicoes/revistas
Fontes, L., M. Carneiro e B. Pereira (2012) Adro Velho de Verdoejo (Valena). Relatrio.
Trabalhos Arqueolgicos da U.A.U.M. / MEMRIAS, 26, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho
Unidade de Arqueologia
ADRO VELHO DE VERDOEJO (Valena)
TRABALHOS ARQUEOLGICOS
(Prospeo e Levantamento)
RELATRIO
Lus Fontes, Miguel Carneiro e Belisa Pereira
Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho 2005
Os responsveis da interveno arqueolgica e subscritores do pedido de autorizao de trabalhos arqueolgicos reservam-se todos os direitos autorais, nos termos da legislao aplicvel, designadamente os consagrados nos Decreto-Lei n 332/97 e 334/97, de 27 de Novembro (que regulamenta os direitos de autor e direitos conexos) e a lei 50/2004, de 24 de Agosto (que transpe para a ordem jurdica nacional a Diretiva n 2001/29/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de Maio, relativa a direitos de autor e conexos). O presente relatrio foi aprovado pelo IPA/Instituto Portugus de Arqueologia - ofcio n. 04133, ref. 2004(426), de 31.03.2005.
Trabalhos Arqueolgicos da U.A.U.M. / MEMRIAS n. 26 2012
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INDICE
1 Introduo
2 Objectivos e metodologia
3 Resultados
3.1 Levantamento
3.2 Prospeco
4 Consideraes finais
5 Referncias bibliogrficas
6 Ilustraes
6.1 Fotografias
6.2 Desenhos
7 Anexos
7.1 Lista geral de inventrio e classificao de esplio
7.2 Relatrio em CD-ROM
7.3 Fotocpias da documentao de campo
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1. Introduo
O Adro Velho um stio arqueolgico da freguesia de Verdoejo
(Valena), onde so visveis restos de uma necrpole medieval e de estruturas
associveis a um povoado e que as Junta de Freguesia e Parquia pretendem
conservar e valorizar.
Na sequncia de uma primeira apreciao, feita em Maro de 2004, por
solicitao da Junta de Freguesia, entendeu a Cmara Municipal de Valena, ao
abrigo de protocolo celebrado com a Universidade do Minho, apoiar o
desenvolvimento de um projecto de valorizao do stio arqueolgico de Adro
Velho.
Elaborou-se ento um plano de trabalhos arqueolgicos, orientado para a
realizao de um levantamento topogrfico e prospeco, de modo a obter dados
que permitissem caracterizar cronolgica e culturalmente o stio de Adro Velho,
com vista elaborao de futura proposta de classificao do stio e posterior
desenvolvimento de um plano de estudo e de valorizao.
Os trabalhos arqueolgicos decorreram entre os dias 5 e 30 de Julho de
2004 e foram realizados pela seguinte equipa: Lus Fernando Oliveira Fontes
(arquelogo da UAUM) Direco Cientfica e Tcnica e Orientao do
Estgio; Miguel Antnio Lima Carneiro (arquelogo) Co-direco Cientifica e
Tcnica; Belisa Vilar Pereira (arqueloga) Colaborao.
Nuno Miguel Marado, Jos Antnio Pereira Braga, Jos Eduardo Cabral
Gomes, Lus Carlos Nogueira Cnego, Manuel Marcelo R. Rodrigues e Pierre
Guimares Lino alunos estagirios dos 2 e 3 anos da licenciatura em Histria
Variante Arqueologia da Universidade do Minho.
O esplio recolhido foi depositado na Cmara Municipal de Valena.
A documentao grfica e fotogrfica est provisoriamente depositada na
Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, prevendo-se que,
posteriormente, venha a integrar os arquivos da Cmara Municipal de Valena.
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2. Objectivos e Metodologia
Os trabalhos arqueolgicos tiveram por objectivo a elaborao de um
levantamento topogrfico detalhado e rigoroso dos vestgios identificados no
stio de Adro Velho, a classificao tipolgico-funcional e crono-cultural do
stio e a sua contextualizao arqueolgica.
Foi implementada uma metodologia de recolha de dados no destrutiva,
considerando-se suficiente a realizao de prospeco intensiva de superfcie e
um levantamento topogrfico rigoroso do arqueosstio.
Para estabelecer o contexto arqueolgico do stio de Adro Velho,
entendeu-se conveniente efectuar uma prospeco da envolvente, delimitando-se
para esse efeito a rea compreendida entre a ecopista e o rio, respectivamente a
Sul e Norte, o ribeiro a Oeste e o principal caminho vicinal que a Este liga o
lugar de Portela margem do rio.
Para apoio referenciao cartogrfica e para facilitar a identificao no
terreno das parcelas a prospectar, utilizou-se fotografia area ortocorrigida de
falsa cor, obtida do SNIG (http://www.snig.igeo.pt), que se ajustou escala
1:10000.
Para efeitos de registo, distinguiram-se stios arqueolgicos estruturados
das simples parcelas objecto de prospeco. Os primeiros, designados por
arqueosstios, foram registados em fichas especficas, recebendo uma numerao
sequencial. As segundas, tambm numeradas sequencialmente, foram descritas
noutro tipo de ficha.
O levantamento topogrfico foi feito com equipamento tipo estao
total, escala 1/50 e com geo-referenciao. O levantamento dos sarcfagos e
de outros elementos arquitectnicos foi feito escala 1/10.
Os trabalhos foram documentados fotograficamente, de modo sistemtico.
O esplio recolhido superfcie foi objecto de tratamento preliminar no
local, inventariado e devidamente acondicionado.
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3 Resultados
3.1 Levantamento
Efectuou-se uma limpeza de toda a zona a levantar, removendo-se a
vegetao arbustiva e herbcea por corte manual.
Com a estao total procedeu-se depois implantao de eixos
ortogonais de referncia, para apoio ao levantamento de caminhos, paredes e
elementos arquitectnicos, desenhados escala 1:50 e 1:10, sobre papel
milimtrico, com base em medies obtidas de fitas mtricas colocadas sobre
os eixos de referncia. Dos sarcfagos, tampas de sepultura e guarnies de
porta desenharam-se tambm as seces.
O levantamento foi feito por partes, em folhas de papel A4, montando-
se o conjunto em formato digital raster, a que se seguiu a digitalizao
vectorial.
Distinguiu-se o muro perimetral de mamposteria que circunda a
plataforma correspondente ao chamado Adro Velho, desenhando os seus
contornos. No interior registaram-se todos os elementos arquitectnicos,
incluindo o embasamento do cruzeiro e os sarcfagos a visveis.
Desenharam-se ainda as rvores, as depresses do terreno e assinalou-se o
caminho de p posto que cruza o stio. Registaram-se tambm os limites dos
muros que delimitam o caminho envolvente.
Todas as estruturas e estratigrafias foram identificadas como contextos
e descritas nas respectivas fichas, recebendo uma numerao sequencial.
Listam-se a seguir os contextos identificados na planta de pormenor do stio
arqueolgico de Adro Velho:
001 Terra vegetal superficial, com tapete de herbceas. Incorpora
algum cascalho, seixos rolados e fragmentos de tegulae e de imbrice.
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002 Sarcfago monoltico de granito, bem talhado, de forma
trapezoidal, com cavidade antropomrfica bem desenhada, apresentando
ligeira sobreelevao da cabea. Mede 201 centmetros de comprimento, 72
centmetros de largura na cabeceira e 50 centmetros nos ps. No interior
percebe-se uma mancha correspondente acumulao de guas pluviais.
Cronologia medieval (sculos XI-XIII).
003 Tampa de sepultura monoltica de granito, de forma rectangular,
com seco compsita de painel central abaulado e moldura perimetral em
esccia. Talhe cuidado, com superfcies muito lisas. Mede 172 centmetros de
comprimento, 60 centmetros de largura e 24 centmetros de altura. Na face
superior, alinhada na cartela central, conserva restos de uma inscrio, de
difcil leitura. Cronologia contempornea (sculo XIX).
004 Padieira grantica, de forma rectangular, com sulcos para encaixe
dos eixos das portas e rebordo para batente das folhas das portas. Mede 146
centmetros de comprimento, 45 centmetros de largura e 30 centmetros de
altura. Apresenta-se fracturada nos topos, no conservando, por isso, as
cavidades de encaixe dos eixos. Admitindo-se que pudesse fazer parte da
antiga ermida de Adro Velho, ser de cronologia medieval.
005 Elemento grantico de forma rectangular, com duas pequenas
cavidades circulares pouco profundas na face superior. Apresenta fracturas
nos bordos. Funcionalidade desconhecida. Admitindo-se que pudesse fazer
parte da antiga ermida de Adro Velho, ser de cronologia medieval.
006 Sarcfago monoltico de granito, bem talhado, de forma
trapezoidal, com cavidade antropomrfica bem desenhada, apresentando
ligeira sobreelevao da cabea. Mede 195 centmetros de comprimento, 64
centmetros de largura na cabeceira e 45 centmetros nos ps. Tem uma
fractura que secciona transversalmente o sarcfago aproximadamente ao
centro e falta-lhe um pedao do topo dos ps. O interior apresenta-se
revestido com cal (individualizada com contexto 020). Cronologia medieval
(sculos XI-XIII). Reutilizao contempornea (sculo XIX), de acordo com
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testemunhos de moradores de Verdoejo, que recordam memrias de idosos
que relatavam enterramentos no Adro Velho, reutilizando-se os sarcfagos.
007, 008, 009, 010 Elementos granticos que podero corresponder a
restos de construo, no caso a antiga ermida de Adro Velho, demolida
aquando da edificao da igreja paroquial de Verdoejo nos finais do sculo
XVII.
011 Elemento grantico de forma sub-quadrangular, com uma
pequena cavidade circular pouco profunda na face superior. Funcionalidade
desconhecida. Admitindo-se que pudesse fazer parte da antiga ermida de
Adro Velho, ser de cronologia medieval.
012 Fragmento central de possvel tampa de sarcfago, em granito,
bem afeioado. Com 80 centmetros de comprimento e 55 de largura,
apresenta uma seco rectangular, com cerca de 20 centmetros de altura. Na
face superior percebe-se uma cruz toscamente gravada. Poderia corresponder
cobertura de qualquer dos sarcfagos existentes, o que determina uma
proposta de cronologia medieval.
013, 014 e 015 Elementos granticos que podero corresponder a
restos de construo, no caso a antiga ermida de Adro Velho, demolida
aquando da edificao da igreja paroquial de Verdoejo nos finais do sculo
XVII.
016 rvores de espcies e tamanhos variveis.
017 Cruzeiro composto por coluna de plinto prismtico, fuste de
seco quadrangular chanfrada e capitel sub-esfrico, encimada por cruz
latina de seco quadrada com figura de Cristo esculturada na face. O plinto
tem a data de 1559 gravada na face frontal, o fuste decorado com vieiras e
o Cristo apresenta os ps sobrepostos. Trata-se de um monumento de
arquitectura religiosa popular, numa produo local de estilo comum regio
do Alto-Minho. Est registado no Inventrio do Patrimnio Arquitectnico,
da D-GEMN, com o n. 1608160032.
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018, 019, 021, 024 e 029 Muro de mamposteira seca de blocos de
granito de tamanho e forma irregulares, montados em fiadas tambm
irregulares. Incorpora blocos de granito afeioados, de tamanho mdio,
indiciando reaproveitamento de materiais. Desenvolve-se em permetro
circular envolvendo a plataforma do adro, exceptuando no lado Norte, onde se
apresenta mais rectilneo e onde revela uma construo mais cuidada.
Apresenta-se praticamente demolido na zona de contacto com o caminho
vicinal no lado poente. Tem duas aberturas, uma no lado sudoeste, ligando ao
caminho e outra no lado nordeste, nas proximidades do cruzeiro. A intervalos
irregulares, suporta diversos aglomerados de seixos rolados (ver contexto
025). Se associarmos este permetro murado ao cruzeiro, pode considerar-se
que tenha sido construdo tambm no sculo XVI. Contudo, dever admitir-se
uma maior antiguidade para o troo rectilneo a Norte.
020 Cal que reveste interiormente o sarcfago individualizado com o
contexto 006.
022 - Elemento grantico de forma rectangular. Admitindo-se que
pudesse fazer parte da antiga ermida de Adro Velho, ser de cronologia
medieval.
023 Fragmento de possvel tampa de sarcfago, em granito, bem
afeioado. Com 70 centmetros de comprimento e 68 de largura, apresenta
uma seco rectangular, com cerca de 20 centmetros de altura. Na face
superior percebe-se um motivo gravado, em forma de gavinha. Poderia
corresponder cobertura de qualquer dos sarcfagos existentes, o que
determina uma proposta de cronologia medieval.
025 Aglomerados de seixos com terra argilosa, acumulados
irregularmente contra o muro de mamposteria 018, 019, 021, 024 e 029.
026 Muro em mamposteria com as mesmas caractersticas do 018,
019, 021, 024 e 029, que prolonga o muro nascente do adro velho para Norte,
fechando contra o caminho vicinal. Trata-se de um acrescento, de cronologia
posteiror ao sculo XVI.
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027 Alinhamento incipiente com orientao N/S, formado por blocos
irregulares de granito. Haver que confirmar a possibilidade de possuir uma
relao ortogonal com o muro rectilneo que constitui o limite setentrional do
adro velho.
028 Derrube do muro identificado com os contextos 019 e 021,
formando um incipiente alinhamento no sentido S/N.
Em sntese, o stio de Adro Velho um recinto de formato
aproximadamente circular, delimitado por muro de mamposteria e
atravessado no sentido SO/NE por caminho de p posto. No seu interior
observam-se dois sarcfagos medievais, parcialmente enterrados e elementos
arquitectnicos correspondentes aos restos de uma edificao, que a memria
local identifica com uma antiga ermida. No sculo XVI foi aqui erguido um
cruzeiro, assinalando o carcter sagrado do lugar.
Tendo em considerao o achado de restos arqueolgicos de poca
romana no prprio recinto do Adro Velho e nos terrenos que se estendem para
Norte, como sejam fragmentos de tegulae, de imbrice, de cermica (comum e
sigillata hispnica alto imperial) e de blocos granticos de construo ver
Arqueosstio , deve colocar-se a hiptese da existncia de um stio romano, de
funcionalidade desconhecida, que veio a conhecer uma ocupao crist
medieval sob a forma de espao cemiterial.
3.2 Prospeco
Aps um primeiro contacto com os terrenos envolventes a prospectar,
para identificao de acessos e verificao do estado de cobertura vegetal das
diferentes parcelas, seleccionaram-se para prospeco intensiva de nvel
elevado, isto , deslocao dos prospectores em percursos cruzados distantes
entre si cerca de 2,5 metros, apenas 19 parcelas agrcolas e/ou florestais,
abrangendo uma rea aproximada de 16 hectares. Ao longo dos corredores
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estabelecidos fez-se a identificao e registo de vestgios e a recolha de
materiais superfcie.
Descrevem-se a seguir os trs arqueosstios identificados e o resultado das
prospeces nas parcelas. Para o que interessa a este relatrio, consideramos
apenas os items relativos identificao, localizao, descrio, classificao
tipolgica, cronologia, conservao e potencial de valorizao. No Anexo 7.4
reproduzem-se integralmente os contedos das fichas.
Arqueosstios
Arqueosstio n 001
Nome - Adro Velho / Topnimo - Adro Velho
Freguesia Verdoejo / Concelho Valena / Distrito Viana do Castelo
Coordenadas Gauss M=162,5: P=564,5 / Carta 1:25000 fl.2
Acesso Caminho vicinal, parte alcatroado e parte em terra batida, que cruza a
ecopista (antiga linha de caminho de ferro) na direco do rio, a partir do km 4
da estrada nacional Valena/Mono. Est sinalizado.
Propriedade Pblica municipal (o adro) e privada (terreno a Norte).
Descrio - O stio de Adro Velho um recinto de formato aproximadamente
circular, delimitado por muro de mamposteria e atravessado no sentido SO/NE
por caminho de p posto. No seu interior observam-se, parcialmente enterrados,
dois sarcfagos com cavidade antropomrfica bem desenhada, 2 fragmentos de
tampas de sarcfago com motivos gravados na face, uma tampa de sepultura
epigrafada (de difcil leitura) e elementos arquitectnicos correspondentes aos
restos de uma edificao (incluindo fragmento de padieira), que a memria local
identifica com uma antiga ermida. No sculo XVI foi aqui erguido um cruzeiro,
assinalando o carcter sagrado do lugar (tem gravada a data 1559 na face do
plinto).
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Nos terrenos que se estendem para Norte, recolhem-se fragmentos de tegulae,
de imbrice, de cermica (comum e sigillata hispnica) e observam-se blocos
granticos de construo.
Tipo de Stio - Os restos de materiais construtivos correspondero existncia de
um povoado, de funcionalidade desconhecida; os sarcfagos evidenciam a
utilizao dos espao como cemitrio, associado a um pequeno templo tipo
ermida.
Cronologia - Para os restos relacionados com o povoado possumos uma
cronologia em torno da segunda metade do sculo I (sigillata hispnica alto-
imperial). Estamos perante um stio romano, cuja existncia se dever
correlacionar com a passagem prxima da via que ligava Bracara Augusta
(Braga) a Tude (Tui).
Este stio veio a conhecer uma ocupao crist medieval sob a forma de
espao cemiterial, sendo aceitvel que se recue essa ocupao medieval aos
sculos XI-XII, poca de fundao do mosteiro de Sanfins de Friestas.
Bibliografia O stio romano indito. O stio de Adro Velho referenciado
pelo cruzeiro e pelos sarcfagos: NEVES 1990; OLIVEIRA 1978.
Conservao e Valorizao O stio de Adro Velho dever ser objecto de limpezas
peridicas para eliminar o desenvolvimento de arbustos. O nmero e
crescimento das rvores tambm dever ser controlado, evitando-se que
danifiquem as estruturas existentes. O muro perimetral dever ser reconstrudo
com a mesma tcnica de mamposteria, reaproveitando as pedras derrubadas. O
terreno que se desenvolve para Norte est j muito revolvido pela florestao de
eucaliptos, devendo acompanhar-se a execuo de quaisquer outros trabalhos
que a venham a ter lugar.
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O stio de Ardro Velho justifica ser classificado como Valor Concelhio e,
consequentemente, incorporado no PDM de Valena como patrimnio a
conservar.
O Adro Velho um stio que se pode visitar e, nesta perspectiva, deve integrar-
se nos circuitos de turismo cultural associados Ecopista que reaproveita a
antiga linha de caminho de ferro Valena/Mono.
Pode ainda ser valorizado, no sentido de acrescentar conhecimento sobre a
ocupao antiga do local e da regio, atravs da realizao de sondagens
arqueolgicas, que permitam caracterizar melhor as ocupaes romana e
medieval do stio.
Arqueosstio n 002
Nome - Mamoa de Adro Velho / Topnimo - Adro Velho
Freguesia Verdoejo / Concelho Valena / Distrito Viana do Castelo
Coordenadas Gauss M=162,6: P=564,6 / Carta 1:25000 fl.2
Acesso Caminho vicinal em terra batida, que serve os campos entre o stio de
Adro Velho e da Ginquelta. Dista cerca de 200 metros para nascente de Adro
Velho, na margem Norte do caminho. No est sinalizado.
Propriedade Privada.
Descrio - Elevao de terra e seixos que se destaca da superfcie do terreno
envolvente. Apresenta uma forma oval e mede cerca de 15 metros no sentido
N/S e aproximadamente 30 metros no sentido E/W. No lado a norte apresenta
um declive mais acentuado.
Na parte superior, ligeiramente descentrado para nascente, apresenta uma cova
com cerca de 2 metros (N/S) x 2,5 metros (E/W) de amplitude, sendo
parcialmente visvel no seu interior uma estrutura, formada por uma laje
grantica disposta na horizontal e apoiada em lajes verticais (uma a Sul e trs a
Norte), formando uma espcie de abertura para uma galeria.
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Todo o terreno, incluindo a elevao descrita, apresenta uma cobertura vegetal
de herbceas e rvores dispersas, de tamanhos e espcies variadas (distinguem-
se carvalhos, pinheiros e eucaliptos).
Tipo de Stio Possvel enterramento do tipo cmara sob tumulus (mamoa), que
comum associar-se ao fenmeno dito megaltico ou megalistismo. Revela
indcios claros de violao.
Cronologia - Neoltico / Calcoltico / Idade do Bronze.
Bibliografia Indito.
Conservao e Valorizao O stio dever ser objecto de estudo arqueolgico,
para confirmar ou infirmar a sua tipologia e cronologia, para avaliar do seu
efectivo interesse e necessidade de classificao e potencial de valorizao.
Considerando o risco de poder ser destrudo por florestao ou pelo eventual
alargamento do caminho, recomenda-se a sua escavao integral. Qualquer
proposta de classificao e/ou projecto de valorizao s poder ser considerado
aps o seu estudo.
Arqueosstio n 003
Nome Fortim de Verdoejo / Topnimo - Ginquelta
Freguesia Verdoejo / Concelho Valena / Distrito Viana do Castelo
Coordenadas Gauss M=162,9: P=564,6 / Carta 1:25000 fl.2
Acesso Caminho vicinal em terra batida, que serve os campos entre o lugar da
Barreira e a Ginquelta, na margem do rio. Dista cerca de 300 metros para Norte
da ecopista (antiga linha de caminho de ferro). No est sinalizado.
Propriedade Privada ( data da prospeco tinha letreiro com indicao de estar
venda).
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Descrio - A cerca de 200 metros do rio Minho, na sua margem esquerda, sobre
o terrao fluvial a acumulado e composto por grandes quantidades de seixos
rolados de variadas dimenses, conserva-se uma estrutura de terra sobrelevada
no terreno, cercada por um fosso com cerca de 2 metros de largura.
Apresenta uma forma geral de cruz de quatro pontas, ainda bem definidas,
desenhando uma espcie de estrela. Eleva-se cerca de 1,5 metros no interior e
cerca de 3 metros no exterior, em relao ao fosso. visvel uma entrada a Sul,
entre duas das pontas, que aparenta ter sido acentuada pela passagem de
veculos (tractores ?).
No topo da elevao so visveis, em vrios stios, aparentemente equidistantes,
seixos parcialmente pintados de cor vermelha. A norte encontram-se marcas de
delimitao de terras, que marginam um caminho de p posto.
A cerca de 30 metros a Norte, no declive do terrao, encontra-se uma outra
estrutura, que se assemelha a um parapeito ou talude defensivo, que se
estende em arco at ser interrompida pelo caminho actual existente a sul.
Toda a rea contm rvores de grande e mdio porte, estando a vegetao
herbcea toda queimada por fogos recentes.
Na parte NE identifica-se uma sondagem de forma quadrada, caracterstica das
intervenes arqueolgicas como no consta nenhum registo de autorizao no
site do IPA, poder tratar-se de trabalhos clandestinos.
Tipo de Stio Trata-se de uma estrutura militar, tipo fortim, em terra, com fosso e
parapeito desenhando uma planta em estrela de quatro pontas.
Cronologia Finais do sculo XVII e incios do sculo XVIII, pois em 1758 foi
desenhado na cartografia militar da fronteira do rio Minho, a se referindo que
dele s havia lembrana (ver bibliografia).
Bibliografia Como stio arqueolgico est indito. Aparece referenciado na
cartografia de 1758 como O Forte de Berdoejo foi de torro e s delle ha
lembrana (BRANDO 1994).
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Conservao e Valorizao O Fortim de Verdoejo dever ser objecto de limpezas
peridicas para eliminar o desenvolvimento de arbustos. Recomenda-se
igualmente a eliminao de todas as rvores, pois o enraizamento contribui para
desagregar os taludes em terra. Deve ainda ser efectuado o seu levantamento
topogrfico de pormenor (escala 1:100).
Pela sua tipologia e interesse histrico, pois integrava o mais vasto sistema
defensivo da fronteira nesta zona do rio Minho, que inclua outros fortins
correlacionados com a praa forte de Valena (CASTRO 1995) e porque no est
isento de ameaas sua conservao, designadamente a florestao, justifica-se
classificar o Fortim de Verdoejo como Imvel de Valor Concelhio.
Considerando que est venda, conforme indicava painel data da prospeco,
recomenda-se que o Municpio de Valena pondere a sua compra, garantindo
dessa forma a sua preservao.
O Fortim de Verdoejo um stio que se pode visitar e, nesta perspectiva, deve
integrar-se nos circuitos de turismo cultural associados Ecopista que
reaproveita a antiga linha de caminho de ferro Valena/Mono. Pode
igualmente vir a integrar-se em futuros circuitos centrados na temtica da defesa
da fronteira e da arquitectura militar, tendo por referente principal a fortaleza de
Valena.
Parcelas
Conforme ilustrado na Figura 3b, todas as parcelas prospectadas se
localizam na envolvente de Adro Velho, lugar da freguesia de Verdoejo,
concelho de Valena e distrito de Viana do Castelo. As prospeces foram feitas
no Vero, com condies atmosfricas favorveis (sol) e em condies de
visibilidade normal. Na descrio que segue identificam-se as parcelas com um
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nmero, referem-se as suas principais caractersticas de configurao e de
cobertura vegetal e assinala-se o tipo de materiais recolhidos.
Parcela n. 001
Campo contguo a Sul do Adro Velho.
Terreno plano, com 0 % de declive, inculto e com alguma vegetao herbcea
A prospeco foi feita em direco cruzada, com uma distncia de prospectores
de 2,5 metros.
Recolheram-se fragmentos de cermica, metal e telha, de tipos e cronologias
contemporneas.
Parcela n. 002
Campo contguo a Sul da parcela n. 001.
Terreno plano, sem inclinao, agricultado (vinha) e com vegetao herbcea.
A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores de 2,5 metros.
O esplio encontrado corresponde a fragmentos de cermica e telha,
contemporneos.
Parcela n. 003
Campo a cerca de 100 para nascente de Adro Velho, a sul do caminho vicinal.
Terreno plano, sem inclinaes, ocupado com vinha e com vegetao herbcea e
arbustiva.
A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores de 2,5 metros.
O esplio encontrado corresponde a fragmentos de cermica e telha
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Parcela n. 004
Campo a norte da ecopista, a cerca de 100 m para nascente do campo de jogos.
Terreno plano, sem inclinaes, ocupado com vinha e com vegetao herbcea e
arbustiva.
A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores de 2,5 metros.
Recolheram-se fragmentos de cermica, vidro, material de construo e telha,
tudo contemporneo. A maior quantidade de cermica foi encontrada na rea
mais a este.
A sul da parcela, no talude, existe um alinhamento que corresponde a uma caixa
de gua, relacionada com o antigo caminho de ferro.
Parcela n. 005
Campo contguo a nascente da parcela n. 003.
Terreno plano, com restos de cultivo de milho e alguma vegetao herbcea.
A prospeco foi realizada de forma biderecional e com uma distncia de
prospectores de 2,5 metros.
O esplio encontrado corresponde a fragmentos de cermica (incluindo faiana),
tijolo e telha, de poca moderna e contempornea.
Parcela n. 006
Campo contguo a nascente da parcela n. 005.
Terreno plano, sem inclinaes, ocupado com vinha e com vegetao herbcea e
arbustiva.
A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores de 2,5 metros.
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Recolheram-se fragmentos de cermica e ndulos de ferro, de cronologia
contempornea.
Parcela n. 007
Campo contguo a Sul da parcela n. 006.
Terreno plano, sem inclinaes, em pousio e com vegetao herbcea.
A prospeco foi realizada de forma biderecional e com uma distncia de
prospectores de 1 metro.
Recolheram-se fragmentos de cermica e de telha contemporneas e raros
fragmentos de tegulae.
Parcela n. 008
Campo contguo a nascente da parcela n. 013, entre o caminho a Norte e as
parcelas 009 e 012 a Sul.
Terreno plano, sem inclinaes, em pousio e com vegetao herbcea.
A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores de 2,5 metros.
Recolheram-se fragmentos de cermica e de telha contemporneas e raros
fragmentos de tegulae.
Jjunto cerca de acesso ao campo, identificaram-se dois blocos de granito, um
com uma concavidade ao centro e outro aparentemente faceado.
Parcela n. 009
Campo contguo a Sul da parcela 08.
Terreno plano, sem inclinaes, ocupado com vinha e com alguma vegetao
herbcea.
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A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores de 2,5 metros.
Recolheram-se fragmentos de cermica contempornea.
A prospeco realizou-se mais intensamente nas extremidades do campo, devido
vegetao na parte central que no permitia boa visibilidade.
Parcela n. 010
Campo contguo a Este da parcela 011.
Terreno agrcola plano, em pousio, com alguma vegetao herbcea.
A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores de 2,5 metros.
Recolheram-se fragmentos de cermica e telha contemporneos.
Parcela n. 011
Campo contguo a sul da parcela 009.
Terreno plano, ocupado com vinha, com vegetao herbcea por vezes densa.
A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores de 1 metro.
Recolheram-se fragmentos de cermica e telha de cronologia contempornea.
Parcela n. 012
Campo contguo a Sul da parcela 008 e a Oeste da 009.
Terreno agrcola em pousio, com alguma vegetao herbcea, plano.
A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores de 1 metros.
O esplio encontrado corresponde a fragmentos de telha contempornea.
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Parcela n. 013
Campos contguos a poente da parcela 008.
Terreno plano, parte ocupado com vinha, parte com restos de cultivo de milho e
outra parte em pousio com alguma vegetao herbcea.
A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores de 1 metros.
O esplio encontrado corresponde a fragmentos de telha, cermica, plstico e
ferro, tudo contemporneo.
Parcela n. 014
Boua a Norte do recinto do Adro Velho.
Terreno de superfcie irregular, com declives que no ultrapassam 5 %. Parte
est florestado e apresenta cobertura arbustiva e parte est surribado, sendo
visvel o substracto de seixos correspondente ao terrao fluvial.
A prospeco foi realizada de forma bidireccional e com uma distncia de
prospectores de 2,5 metros.
Recolheram-se aqui fragmentos de tegulae, imbrice e um fragmento de sigillata
hispnica alto-imperial. Dispersos pela superfcie, identificam-se tambm blocos
granticos afeioados, reveladores de runas de edificaes, tendo-se recolhido a
parte movente de uma m.
Esta parcela integra o Arqueosstio n. 001.
Parcela n. 015
Boua no extremo NE da rea prospectada.
Terreno irregular, com ligeiro declive para Norte, ocupado pinheiros e matos.
A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores de 2,5 metros.
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Recolheram-se apenas fragmentos de telhas modernas.
Esta parcela integra o Arqueosstio n. 003.
Parcela n. 016
Parcela a Oeste do Adro Velho, no limite da rea prospectada.
Terreno com declive para poente, florestado e com matos.
A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores com cerca de 2,5 metros
Assinala-se apenas a existncia de uma levada de gua contempornea, para
rega, construda com elementos granticos.
Parcela n. 017
Leito da ecopista e talude Norte (antiga linha de caminho de ferro Valena /
Mono).
Plataforma plana, com leito de saibro compactado e tapete de betuminoso.
Talude recoberto com herbceas e arbustivas.
A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores de 1 metro.
Recolheram-se fragmentos de telha moderna, vidros, plsticos e ferro.
Nos taludes so visveis algumas estruturas que correspondem, uma a um muro
com alinhamento N/S e caixas de gua com o mesmo alinhamento.
Parcela n. 018
Margem do rio.
Terreno irregular, com vegetao densa de rvores, arbustos e herbceas.
A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores de 1 metro.
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Nesta rea identificaram-se estruturas de grande dimenso, algumas delas que se
prolongam em cerca de 30 metros para dentro do rio. Outras estruturas
precorrem a margem do rio. Trata-se de pesqueiras e de mouches para
proteco dos campos agrcolas, construdas em alvenaria ciclpica de granito,
por vezes reaproveitando elementos arquitectnicos. So construes modernas
e contemporneas.
Parcela n. 019
Campo a Oeste e Norte da parcela 014.
Terreno geralmente plano, parcialmente ocupado com bosque, zonas de matos e
de herbceas.
A prospeco foi realizada de forma uniderecional e com uma distncia de
prospectores com cerca de 1 metro.
A Norte da parcela 014 identificou-se um grande afloramento grantico, que
apresenta vestgios de provvel extrao de pedra.
4 Consideraes finais
Os objectivos fixados no Plano de Trabalhos foram integralmente
cumpridos, tendo-se obtido dados importantes para a caracterizao do stio
de Adro Velho e para o conhecimento da ocupao da rea envolvente.
Releva especialmente a descoberta da ocupao romana no stio de
Adro Velho, o que acrescenta interesse cientfico estao e a redescoberta
do fortim em terra de Verdoejo, um bom exemplar da arquitectura militar
moderna relacionada com a defesa da fronteira do rio Minho, em correlao
estreita com a fortaleza de Valena.
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Do ponto de vista metodolgico, os procedimentos adoptados
revelaram-se adequados, comprovando-se que a actividade de prospeco
uma etapa fundamental no desenvolvimento dos estudos arqueolgicos de
qualquer territrio e pode, por si s, proporcionar um conjunto de dados
suficiente para desenvolver, no s estudos de povoamento antigo mas
especialmente para estabelecer planos de salvaguarda e de gesto do
patrimnio.
Finalmente, os dados obtidos constituem um bom alicerce para o
desenvolvimento futuro de estudos arqueolgicos, tanto na perspectiva
cientfica, pois encerram um elevado potencial para o conhecimento da
ocupao antiga da regio de Valena, como na perspectiva da valorizao
patrimonial, pois revestem monumentalidade e beneficiam de execelentes
condies de acessibilidade.
5 Referncias bibliogrficas
BRANDO (1994), Gonalo Luis da Silva Topografia da Fronteira, Praas e seus contornos, Raia Seca, Costa e Fortes da Provncia de Entre Douro e
Minho, edio Fac-smile do original de 1758, [ Manuscrito 1909 da BPMP], introduo de Maria Adelaide Meireles, Biblioteca Pblica Municipal do Porto, Porto, Carta n. 10. CASTRO (1995), Alberto Pereira de Valena na Guerra da Restaurao, Cmara Municipal de Valena, Valena. NEVES (1990), Manuel Augusto A. Pinto Valena na Histria e na Lenda, Cmara Municipal de Valena, Valena, pp.302-305. OLIVEIRA (1978), A. Lopes de Valena do Minho, Pvoa de Varzim, pp.45-47. http://www.monumentos.pt/inventrio .
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Braga e Valena, Fevereiro de 2005
Luis Fernando de Oliveira Fontes
Miguel Antnio Lima Carneiro
Belisa Vilar Pereira
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6 Ilustraes
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6.1 Fotografias
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Foto 1 Cruzeiro de Adro Velho
Foto 2 Pormenor de muro no acesso norte ao Adro Velho
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Foto 3 Vista parcial do Adro Velho, zona central
Foto 4 Vista parcial do Adro Velho, zona norte
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Foto 5 Muro perimetral do Adro Velho,
lado poente
Foto 6 Pormenor do muro perimetral do Adro Velho
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Foto 7 Muro perimetral do Adro Velho, lado sul
Foto 8 Pormenor do muro no lado sul
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Foto 9 Muro apndice no lado norte
Foto 10 Sarcfago (contexto 002)
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Foto 11 Sarcfago (contexto 002)
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Sarcfago (contexto 002)
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Foto 13 Sarcfago (contexto 006)
Foto 14 Sarcfago (contexto 006)
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Foto 15 Sarcfago (contexto 006)
Foto 16 Sarcfago (contexto 006) e tampa de sepultura (contexto 003)
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Foto 17
Tampa de sepultura (contexto 003)
Foto 18 Padieira (contexto 004)
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Foto 19 Trabalhos arqueolgicos de prospeco na parcela 01
Foto 20 Trabalhos arqueolgicos de prospeco na parcela 01
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Foto 21 Fragmento de m (movente). Parcela 014 / arqueosstio 001
Foto 22 Perspectiva geral da mamoa de Adro Velho (arqueosstio 002)
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Foto 23 Perspectiva de um talude do fortim de Verdoejo (arqueosstio 003)
Foto 24 Vista parcial do interior do fortim de Verdoejo (arqueosstio 003)
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Foto 25 Trincheira / parapeito do fortim de Verdoejo (arqueosstio 003)
Foto 26 Perspectiva geral da parcela 05
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Foto 27 Perspectiva geral da parcela 07
Foto 28 Perspectiva geral da margem do rio na zona da parcela 18
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Foto 29 Vista parcial de molhe de pesqueira
na parcela 18
Foto 30 Perspectiva geral da parcela 17
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6.2 Figuras
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Fig. 1a
Adro Velho de Verdoejo (Valena) - rea de interveno arqueolgica
Extracto da folha n 2 da Carta Militar de Portugal, 1:25000
Adro Velho
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Fig. 1b
Adro Velho de Verdoejo (Valena) - rea de interveno arqueolgica
Extracto da Carta do Concelho de Valena (C.M.V.) - 1:5000
R1048 VERDOEJO
Seara
Gingueleta
Fonte de Pelames
-37900
264900
264000
-37000
Adro Velho
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Fig. 2a
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2004Adro Velho de Verdoejo (Valena)10m0
Planta de pormenor do stio arqueolgico (montagem dos levantamentos 1:50)
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Fig. 2b
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2004rvores Seixos
Adro Velho de Verdoejo (Valena)10m0
Planta de pormenor do stio arqueolgicoMuro do Adro Velho Muro
SarcfagoSarcfago
Tampa
Tampa
Padieiro
Cruzeiro
028
025
025
021 025
021025
025
024
025025
025
025
024
025
024
024
025
024
029
029
029
029
021
021
021 021 018 018
024
001
017
002
006
007 008
003
001
264566-3
7573
264494
-375
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Ecopista
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2004
Fig. 3a
Adro Velho de Verdoejo (Valena) - Stios arqueolgicos
Extracto da Carta do Concelho de Valena (C.M.V.) - 1:5000
R1048 VERDOEJO
Seara
Gingueleta
Fonte de Pelames
-37900
264900
264000
-37000
Adro Velho
Mamoa
Fortim
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002
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UAUM
2004
Fig. 3b
Adro Velho de Verdoejo (Valena) - Parcelas de prospeco arqueolgica
Ortofotomapa falsa cor / SNIG - Valena, Verdoejo (ampliao 1:5000)
61
19 14
19
81
15
AVV
1
2
714
3
1011
9
8
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7
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UAUM
2004
Fig. 4
Adro Velho de Verdoejo (Valena)
Fragmento de Sigilata alto - imperial (sc. I) desenho de Miguel Carneiro
Escala 1:1
o 9 4 cm ,
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UAUM 2004 Fig. 5Localizao do Forte de Verdoejo (reproduo de cartografia de 1758 - Brando 1994)
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Fig. 6
UAUM
2004Adro Velho de Verdoejo (Valena)1m0
Plantas e seces dos Sarcfagos
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7.1 Inventrio e Classificao de Esplio
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contexto litico osso metal moeda vidro telha vidrada telha vermelha telha preta tijolo cermica vermelha cermica preta cermica vidrada faiana azulejo porcelana outros (descrio) TotalParcela 1 1 73 5 3 2 4 3 91
Parcela 2 1 1 1 51 4 4 2 1 4 9 nfora 78
Parcela 3 25 6 3 4 6 3 reboco 47
Parcela 4 3 9 79 3 32 15 41 46 1 90 319
Parcela 5 2 4 37 3 11 7 18 27 109
Parcela 6 1 8 15 9 11 22 66
Parcela 7 2 50 8 11 18 16 105
Parcela 8 5 2 42 71 53 33 40 72 318
Parcela 9 45 2 13 3 4 11 8 86
Parcela 10 3 2 3 1 13 22
Parcela 11 1 1 10 3 1 8 16 40
Parcela 12 3 3
Parcela 13 1 1 35 35 11 5 3 13 2 tgula 71
Parcela 14 3 860 76 257 73 112+1 fragmento sigillata 1382
Parcela 18 5 1 1 2 9
Parcela 19 2 1 1 4
Trincheira 5 5
Adro Velho 3 4 307 10 7 9 8 15 54 417
Total 1 0 15 0 28 37 1640 0 100 432 201 136 206 1 0 410 3172
Inventrio do esplio Verdoejo
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figuras.pdfFigura1aPgina 1
Figura1bPgina 1
Figura2aPgina 1
Figura2bPgina 1
Figura3aPgina 1
Figura3bPgina 1
Figura4Pgina 1
Figura5Pgina 1
Figura6Pgina 1