relacionamentos entre geraÇÕes no ambiente de … · 2014. 6. 9. · título: relacionamentos...
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO –
ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO –
ESCOLA DE CONTAS PÚBLICAS
PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS.
RELACIONAMENTOS ENTRE GERAÇÕES NO
AMBIENTE DE TRABALHO - O CASO DO TRIBUNAL
DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO
São Paulo
2012
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Alessandro César Finardi
RELACIONAMENTOS ENTRE GERAÇÕES NO
AMBIENTE DE TRABALHO - O CASO DO TRIBUNAL
DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de
Artes, Ciências e Humanidades, da Universidade de São
Paulo, como parte dos requisitos exigidos no curso de
Pós Graduação Lato Sensu em Gestão de Políticas
Públicas.
Professor Orientador: Murilo Lemos de Lemos
São Paulo
2012
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Nome: FINARDI, Alessandro César
Título: Relacionamentos entre Gerações no Ambiente de Trabalho – O
Caso do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de
Artes, Ciências e Humanidades, da Universidade de São
Paulo, como parte dos requisitos exigidos no curso de
Pós Graduação Lato Sensu em Gestão de Políticas
Públicas.
Aprovado em:
Prof. Me. Murilo Lemos de Lemos Instituição: _______________________
Julgamento: _______________________ Assinatura: __________________________
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Resumo
Os grupos geracionais são compostos por indivíduos com visão de mundo, valores,
crenças e percepções distintas moldadas de acordo com fatos históricos e o contexto geral da
época de sua juventude. Essas diferenças e as consequências delas decorrentes foram
demasiadamente aceleradas pelo avanço tecnológico a partir do século XX e, pela primeira
vez na história da humanidade, uma geração detém domínio superior acerca de uma área de
conhecimento (tecnologia digital) do que as gerações que a antecederam. O mercado de
trabalho atual é composto por uma diversidade de quatro gerações convivendo com todas as
suas diferenças no mesmo ambiente, sendo que os conceitos amplamente difundidos no setor
privado brasileiro acerca de gerações, também se enquadram no Tribunal de Contas do Estado
de São Paulo, visto que pesquisa aplicada entre os servidores dessa instituição confirmou as
mesmas características inerentes a cada grupo geracional. Conforme expectativa, a pesquisa
comprovou a maior utilização e conhecimento da maioria das tecnologias digitais e redes
sociais por parte da Geração Y. Confirmou-se que a estrutura familiar tem mudado seus
padrões nas últimas décadas com a diminuição no número de membros, um crescimento
abrupto no número de divórcios e a definitiva entrada da mulher no mercado de trabalho.
Mensurou-se o alto padrão de qualificação dos servidores do TCESP com percentual de mais
de 90% do quadro funcional com nível universitário, além de uma demanda crescente por
cursos da especialização e intenção de capacitação voluntária dentro da área de atuação,
inclusive através de cursos pela internet. Verificou-se que quase metade dos servidores na
ativa tem a intenção de estarem aposentados no decorrer dos próximos dez anos. Apurou-se
que o interesse em trabalhar no serviço público tem diminuído entre as gerações,
apresentando números preocupantes no TCESP, evidenciando a carência de atrativos para
retenção de talentos, o que passa necessariamente por uma política de gestão estratégica de
pessoas.
Palavras chaves: Baby Boomer, Geração X, Geração Y, Tribunal de Contas do Estado de
São Paulo.
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Sumário
1 Introdução ............................................................................................................................. 9
2 Objetivos ............................................................................................................................. 11
2.1 Objetivo Geral ....................................................................................................... 11
2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................ 11
3 Revisão Bibliográfica ......................................................................................................... 12
3.1 Conceito de Geração .............................................................................................. 12
3.2 Diversidade geracional no ambiente de trabalho atual .......................................... 13
3.2.1 Tradicionais (1925-1945) ........................................................................................... 13
3.2.2 Baby Boomers (1946-1964) ....................................................................................... 14
3.2.3 Geração X (1965-1980) ............................................................................................. 15
3.2.4 Geração Y (1981-2000) ............................................................................................. 16
3.3 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo .......................................................... 17
4 Metodologia ........................................................................................................................ 19
4.1 Pesquisa Bibliográfica ........................................................................................... 19
4.1.1 Conceito de Geração .................................................................................................. 19
4.1.2 Diversidade geracional no ambiente de trabalho atual .............................................. 19
4.1.3 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo .............................................................. 20
4.2 Pesquisa de Campo ................................................................................................ 20
5 Resultados ........................................................................................................................... 22
5.1 Dados Gerais do TCESP ........................................................................................ 22
5.2 Dados da Pesquisa de Campo ................................................................................ 24
5.2.1 Dados pessoais e familiares. ...................................................................................... 24
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5.2.1.1 Quanto ao gênero. ............................................................................................. 24
5.2.1.2 Quanto ao estado civil. ..................................................................................... 24
5.2.1.3 Quanto à quantidade de filhos. ......................................................................... 25
5.2.1.4 Quanto à quantidade de irmãos. ....................................................................... 25
5.2.1.5 Quanto a ter pais divorciados ou separados. .................................................... 25
5.2.1.6 Quanto ao fato da mãe trabalhar ou ter trabalhado fora de casa. ...................... 26
5.2.1.7 Quanto à religião. ............................................................................................. 26
5.2.2 Dados referentes à educação e capacitação................................................................ 26
5.2.2.1 Quanto ao grau de escolaridade. ....................................................................... 26
5.2.2.2 Quanto ao nível de conhecimento do idioma inglês. ........................................ 27
5.2.2.3 Quanto ao nível de conhecimento do idioma espanhol. ................................... 27
5.2.2.4 Quanto ao conhecimento de outros idiomas. .................................................... 27
5.2.2.5 Quanto à quantidade informada de outros idiomas. ......................................... 28
5.2.2.6 Quanto à quantidade aproximada de livros lidos por ano. ............................... 28
5.2.2.7 Quanto à realização de curso pela internet. ...................................................... 28
5.2.2.8 Quanto à intenção voluntária de capacitação na área de atuação. .................... 29
5.2.3 Dados referentes à carreira e atividade. ..................................................................... 29
5.2.3.1 Quanto ao nível do cargo atual. ........................................................................ 29
5.2.3.2 Quanto ao nível exigido no concurso público. ................................................. 29
5.2.3.3 Quanto à área de atuação. ................................................................................. 30
5.2.3.4 Quanto à quantidade de empregos na vida profissional. .................................. 30
5.2.3.5 Quanto à experiência prévia no setor privado. ................................................. 30
5.2.3.6 Quanto à possibilidade de migração para o setor privado. ............................... 31
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5.2.4 Dados referentes à aposentadoria. .............................................................................. 31
5.2.4.1 Quanto à intenção de aposentadoria no setor público. ..................................... 31
5.2.4.2 Quanto à intenção de aposentadoria no TCESP. .............................................. 31
5.2.4.3 Quanto à intenção de utilizar o abono de permanência. ................................... 32
5.2.4.4 Quanto à intenção de continuar trabalhando após a aposentadoria. ................. 32
5.2.4.5 Quanto à idade pretendida para aposentadoria. ................................................ 32
5.2.4.6 Quanto ao tempo restante para a aposentadoria. .............................................. 33
5.2.5 Dados referentes à tecnologia, comunicação e internet. ............................................ 33
5.2.5.1 Quanto à existência de serviço de internet em casa.......................................... 33
5.2.5.2 Quanto à existência de correio eletrônico particular. ....................................... 33
5.2.5.3 Quanto à existência de TV por assinatura em casa. ......................................... 34
5.2.5.4 Quanto às redes sociais e mecanismos de comunicação via internet. .............. 34
5.2.5.4.1 Facebook ...................................................................................................... 34
5.2.5.4.2 Twitter .......................................................................................................... 34
5.2.5.4.3 Skype ........................................................................................................... 35
5.2.5.4.4 Windows Live Messenger (antigo MSN Messenger) .................................. 35
5.2.5.4.5 Orkut ............................................................................................................ 35
5.2.5.4.6 LinkedIn ....................................................................................................... 36
5.2.6 Dados referentes à economia. .................................................................................... 36
5.2.6.1 Quanto à existência de seguro de vida próprio. ................................................ 36
5.2.6.2 Quanto á existência de plano de previdência privada....................................... 36
5.2.6.3 Quanto à existência de plano de saúde particular. ............................................ 37
5.2.7 Dados referentes à vida social e política. ................................................................... 37
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5.2.7.1 Quanto à doação de sangue voluntária. ............................................................ 37
5.2.7.2 Quanto à realização de trabalhos voluntários. .................................................. 37
5.2.7.3 Quanto à contribuição espontânea para entidades de assistência. .................... 38
5.2.7.4 Quanto à prática deliberada de ações em prol da ecologia. .............................. 38
5.2.7.5 Quanto à lembrança do voto nas últimas eleições. ........................................... 38
5.2.7.6 Quanto à disposição para votar caso não fosse obrigatório. ............................. 39
6 Discussão ............................................................................................................................ 40
6.1 Sobre os dados pessoais e familiares. .................................................................... 40
6.1.1 Gênero ........................................................................................................................ 40
6.1.2 Estrutura familiar ....................................................................................................... 41
6.1.3 Religião ...................................................................................................................... 42
6.2 Sobre os dados referentes à educação e capacitação ............................................. 43
6.2.1 Grau de escolaridade .................................................................................................. 43
6.2.2 Conhecimento de línguas estrangeiras. ...................................................................... 43
6.2.3 Capacitação e leitura voluntária ................................................................................. 44
6.3 Sobre os dados referentes à carreira e atividade. ................................................... 45
6.4 Sobre os dados referentes à aposentadoria. ........................................................... 46
6.5 Sobre os dados referentes à tecnologia, comunicação e internet. .......................... 50
6.5.1 Internet em casa ......................................................................................................... 51
6.5.2 Correio eletrônico particular ...................................................................................... 51
6.5.3 Windows Live Messenger (antigo MSN Messenger) ................................................ 52
6.5.4 Facebook .................................................................................................................... 53
6.5.5 Skype .......................................................................................................................... 54
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6.5.6 Orkut .......................................................................................................................... 54
6.5.7 Twitter ........................................................................................................................ 55
6.5.8 LinkedIn ..................................................................................................................... 55
6.6 Sobre os dados econômicos. .................................................................................. 56
6.7 Sobre os dados referentes à vida social e política.................................................. 57
6.8 Sobre os dados referentes a valores e ícones políticos, culturais e esportivos. ..... 58
7 Conclusão ............................................................................................................................ 61
8 Referências Bibliográficas .................................................................................................. 65
9 APÊNDICES ...................................................................................................................... 67
9.1 Apêndice 1 – Pesquisa de Campo .......................................................................... 67
9.2 Apêndice 2 – Mensagem eletrônica encaminhada................................................. 74
9.3 Apêndice 3 – Tabela dos dados gerais da pesquisa ............................................... 76
10 ANEXOS ............................................................................................................................ 95
10.1 Anexo A – Lei Complementar Nº 709, de 14 de janeiro de 1993 ......................... 95
10.2 Anexo B – Resolução Nº12/2006 ........................................................................ 112
10.3 Anexo C – Composição do Quadro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
com os respectivos vencimentos de abril de 2012. ....................................................... 121
10.4 Anexo D - Tabela da Revista Exame de Salários do Setor Privado .................... 122
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1 Introdução
As relações sociais em todas as suas ramificações tem sido profundamente impactadas pela
velocidade cada vez maior do desenvolvimento nas áreas da comunicação e tecnologia digital,
configurando, pela primeira vez na história da humanidade, um cenário em que uma geração
detém maior conhecimento em determinadas áreas do que as gerações que a antecederam.
Diante disso, novos padrões de comportamento passam a afetar diretamente os
relacionamentos entre gerações, pois se a situação anterior era preconizada pela transferência
de conhecimento a partir dos mais velhos, como isso afetará a sociedade num cenário em que
a informação está massivamente disponível na internet num contexto global?
Conflitos no âmbito intergeracional tendem a ser causados pela intransigência às mudanças
caracterizadas principalmente pelo conformismo ou pela adaptação à cultura organizacional.
Enquanto que a primeira hipótese é mais frequente, teoricamente, entre os mais velhos, a
segunda se amolda, em geral, aos padrões de comportamento dos mais jovens.
Não é escopo deste trabalho realizar um estudo detalhado sobre as diversas teorias
geracionais e sobre juventude existentes, sendo que a base estará firmada sobre os conceitos
amplamente difundidos no cenário nacional e que estão vinculados principalmente à Teoria
das Gerações de Strauss/Howe, a qual foi elaborada a partir de fatos baseados na sociedade
norte americana, mas que encontrou ampla aceitação e encontra-se em evidência no setor
privado brasileiro por contar com uma série de coincidências nos períodos de marcos
históricos entre os dois países a partir das primeiras décadas do século XX.
Como existe uma tendência de adotar-se no setor público conceitos incorporados ao setor
privado, muitas vezes sem a efetiva análise baseada na sua realidade e outras vezes revestida
de um mimetismo em que soluções são apresentadas antes dos problemas serem realmente
identificados, este trabalho buscou manter o foco no cenário atual da instituição estudada.
Desta forma, a realização de um estudo de relacionamentos entre gerações no ambiente de
trabalho, a partir de conceitos gerais analisados na perspectiva organizacional do TCESP,
serve para tirar a prova da efetividade deste contexto incorporado à iniciativa privada junto ao
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setor público, através da identificação de conflitos e diretrizes para maximizar o potencial das
características inerentes a cada geração.
Evidente que as características e padrões de comportamento, valores e crenças que se
fazem presentes nesta obra estão revestidos da generalização. Não se pretende mostrar que
uma geração é melhor que a outra de acordo com o tema analisado, mas sim proporcionar ao
leitor uma visão que permita discernir as diferenças para maximizar os pontos fortes de cada
grupo geracional além do ambiente de trabalho.
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2 Objetivos
2.1 Objetivo Geral
Esta pesquisa buscou identificar se os conceitos amplamente difundidos no setor
privado brasileiro referentes aos relacionamentos intergeracionais - os quais foram baseados,
principalmente, nos estudos dos historiadores norte americanos, Willian Strauss e Neil Howe
- poderiam ser estendidas ao contexto público, tendo como estudo de caso, o Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo – TCESP.
2.2 Objetivos Específicos
Os objetivos específicos deste trabalho foram:
Identificar as características inerentes a cada geração que compõe o atual quadro de
servidores do TCESP.
Apurar eventuais demandas e conflitos relacionados ao relacionamento
intergeracional.
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3 Revisão Bibliográfica
3.1 Conceito de Geração
Etimologicamente, a palavra “geração” vem do latim “Generare” e significa Gerar.
Tradicionalmente utilizada no contexto familiar para identificar a sequência genealógica, a
partir do século XIX teve seu conceito ampliado também no sentido cultural, conforme Emilé
Maxililien Paul Littré.
De acordo com o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, geração é o conjunto de
indivíduos nascidos pela mesma época, sendo que o espaço de tempo entre gerações é de
aproximadamente 25 anos.
No Moderno Dicionário da Língua Portuguesa Michaellis, geração é o Conjunto de todos
os viventes coetâneos.
Nota-se que não existe um consenso entre o período de tempo para identificar uma
geração, posto que tal entendimento no contexto familiar compreendia o período entre o
nascimento da primeira prole de uma mãe até o nascimento da primeira prole de sua filha.
Considerando que a tendência nas sociedades mais desenvolvidas, onde as desigualdades
entre os sexos são menores e as mulheres esperam mais tempo para a primeira gravidez, os
períodos entre gerações deveriam aumentar para 30 anos ou mais.
No entanto, a base para determinar o período entre gerações deixou de ser vinculada ao
contexto familiar para migrar para o contexto cultural, o qual é caracterizado pela aceleração
do desenvolvimento tecnológico integrado à comunicação. Desta forma, diante deste cenário,
ao invés de aumentar, o período entre gerações tende a diminuir, chegando aproximadamente
a 15 anos para cada nova geração.
Autores também divergem quanto ao período geracional, sendo que Comte apud Feixa e
Leccardi (2010) afirmou que a simples medição do tempo médio necessário para que uma
geração substitua outra na vida pública, ou seja, 30 anos, baseado na média da vida produtiva
de cada indivíduo.
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Conforme Mannhein apud Feixa e Leccardi (2010), jovens que vivenciam os mesmos
problemas históricos concretos, pode-se dizer, fazem parte da mesma geração. Conceito
semelhante foi exposto por Dilthey apud Feixa e Leccardi (2010), em que as experiências
históricas delimitam o pertencimento a uma geração, porque se fundam na existência humana.
Para Kullock (2010), o conceito de “gerações” engloba o conjunto de indivíduos nascidos
em uma mesma época, influenciados por um contexto histórico, determinando
comportamentos e causando impacto direto na evolução da sociedade.
3.2 Diversidade geracional no ambiente de trabalho atual
3.2.1 Tradicionais (1925-1945)
Também conhecida como Geração Silenciosa, Veteranos e Construtores, este grupo
geracional apresenta, na data da execução desta obra, idades compreendidas entre 67 e 87
anos, sendo que apenas uma pequena parcela continua na ativa, principalmente no setor
público, onde a aposentadoria compulsória ocorre aos 70 anos.
São pessoas que colocam o dever acima de tudo e possuem um profundo respeito pela
autoridade constituída e as regras estabelecidas. Têm ainda em seu rol de características,
valores como honra, lealdade, dedicação e obediência.
Considerando que algumas qualidades levadas ao extremo podem gerar compensações
negativas quando mal empregadas, os tradicionais sofrem com o rótulo de serem pessoas
inflexíveis e autoritárias, além de defasados quanto ao aspecto tecnológico, visto que
consideram impessoais as formas de comunicação eletrônica, além de complexas.
Acostumados com um estilo de comando militar, no que se refere ao recebimento de
feedbacks, encontram-se do lado completamente oposto à Geração Y, pois um típico
Tradicional considera melhor ficar longos períodos sem conversar com seus superiores
hierárquicos, o que indica que está realizando um bom trabalho; ou seja, os Tradicionais não
se importam em receber feedbacks, sendo que a expectativa maior em relação aos seus
colegas de trabalho está baseada no respeito pelos mais experientes.
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Outra característica marcante dos Tradicionais é a visão que possuem acerca do trabalho,
pois com algumas exceções, consideram-no apenas como uma obrigação necessária para a sua
sobrevivência e de sua família e não como uma forma de se realizarem e muito menos de
terem prazer.
3.2.2 Baby Boomers (1946-1964)
Muitos Baby Boomers se identificam tanto com a empresa que trabalham que passam a ter
o nome da empresa como uma espécie de sobrenome, como por exemplo, Armando do Banco
do Brasil ou Oreste da Copel. O conceito de “vestir a camisa” está fortemente arraigado neste
grupo geracional; passam a maior parte de suas vidas profissionais na mesma empresa, sendo
remota a possibilidade de saírem por conta própria.
Pelo fato de acreditarem que o sucesso na vida depende quase que exclusivamente do
sucesso profissional e para isso faz-se necessário trabalhar arduamente, acabam causando um
desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional, sendo que muitos acabam se tornando
“workaholics”.
Esta geração apresenta idades entre 48 e 66 anos, quando da execução deste trabalho, o
que indica que dominam grande parte dos cargos de gestão em todas as áreas de atividade e.
apesar de muitos começarem a se aposentar, existe uma reconsideração sobre a 3ª idade que
está sendo realizada por eles. O fato de viverem para o trabalho faz com a ideia de continuar
na ativa mesmo após a aposentadoria se torne comum. Além disso, os avanços da medicina e
a conscientização acerca de cuidados com a saúde fazem com que os Baby Boomers tenham
uma qualidade de vida muito superior à geração que os antecedeu.
Altamente comprometidos e otimistas, ainda se encontram dentre os seus principais
valores o respeito pelo poder, a habilidade de trabalhar em equipe e o senso de gratificarem a
si mesmos como recompensa por alguma conquista obtida com muito trabalho.
Os Baby Boomers conservam a expectativa de se encontrar um ambiente mais formal no
trabalho, talvez herança dos Tradicionais, que valorizavam ainda mais esses protocolos. O
problema acontece quando tentam transferir para os mais jovens esse mesmo ambiente de
quando começaram sua carreira.
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No que se refere aos aspectos de inovações tecnológicos, os Baby Boomers passaram
pelas mudanças mais drásticas no decorrer de suas carreiras. Basta imaginar como era um
escritório na década de 70 e como é hoje. Entretanto, esta geração sabe que a tecnologia e seu
aprendizado é algo completamente necessário para o seu progresso profissional e neste
aspecto surgem três atitudes interessantes. Uma parte deles, por estar em cargos de gestão,
utiliza seus subordinados como intermediários entre eles e a tecnologia para alcançar certos
objetivos, quer sejam mais complexos ou mais simples, como realizar uma pesquisa na
internet sobre determinado assunto. Outros Baby Boomers que não estão em posição de
comando e que precisam ampliar seu horizontes de conhecimento sobre as tecnologias
disponíveis - mas sentem-se intimidados pelos mais jovens - passam a adotar uma postura de
resistência à mudanças, mesmo que estas sejam inevitáveis. A terceira atitude compreende
aqueles Baby Boomers que consideram que o aprendizado é algo para a vida toda e que a
tecnologia não pode ser encarada como uma ameaça e sim como uma oportunidade de realizar
tarefas de maneira mais simples, rápida e eficiente.
Alguns autores americanos subdividem este grupo geracional entre os nascidos entre 1954
a 1964, sendo chamados de “Cuspers” e que tem na figura do Presidente dos Estados Unidos
eleito em 2008, Barack Obama (nascido em 1961), seu maior ícone. De acordo com Znaimer,
o termo “Zoomer” refere-se aos Baby Boomers que se recusam a aceitar sua idade e tendem a
se comportar como mais jovens.
3.2.3 Geração X (1965-1980)
Não existe consenso entre os autores acerca dos períodos de enquadramento dos grupos
geracionais, sendo que o início da Geração X (1965) está relacionado com o retorno da taxa
de fertilidade dos Estados Unidos ao nível encontrado antes da Segunda Guerra Mundial, o
que coincide com o Golpe Militar de 1964 no Brasil como marco histórico. Entretanto o final
deste enquadramento oscila entre 1978 a 1982.
O termo “Geração X” foi utilizado pela primeira vez pelo fotógrafo Robert Capa no início
dos anos 50, sendo que o “X” significava um fator desconhecido. O termo foi popularizado
pelo escritor canadense Douglas Coupland em 1991 com seu livro “Generation X: Tales for
an Accelerated Culture”. Entretanto, alguns autores consideram que o “X” é uma referência
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ao algarismo romano para indicar o número 10, o que explicaria o fato da Geração X ser a
décima geração norte americana a partir de sua independência em 1776.
Este grupo geracional pode ser resumido quanto à sua relação quanto ao trabalho como
uma geração que trabalha para viver, ao contrário de seus predecessores, os Baby Boomers, os
quais viviam para trabalhar.
Com idades variando entre 32 a 47 anos, quando da realização deste trabalho, a Geração X
começa a ocupar definitivamente os postos de alto comando que vão surgindo com as
aposentadorias dos Tradicionais e Baby Boomers.
São profissionais voltados para a apresentação de resultados que gerem algum tipo de
recompensa e entre as suas principais características encontram-se: a autoconfiança,
individualismo e o ceticismo para com instituições e líderes que realizam ou sabem menos de
que seus comandados. A formalidade é considerada um empecilho para a realização rápida do
trabalho, por isso é rejeitada junto a regras, protocolos e burocracia.
Os membros da Geração X fazem uma divisão entre sua vida profissional e pessoal, sendo
que horas extras só são consideradas quando os benefícios compensatórios reflitam
diretamente em melhorias na sua qualidade de vida - fato que pode ser distorcido pela
demanda crescente e insaciável de bens materiais e comodidades, que pode transformar os
membros da geração X em “workaholics”.
Quanto aos aspectos tecnológicos, este grupo cresceu num mundo em constantes
mudanças, que refletiram diretamente em sua rotina. Apesar de não serem nativos virtuais,
dominam a tecnologia e continuam a assimilá-la desde que isso reflita em benefícios reais
quanto à sua utilidade.
3.2.4 Geração Y (1981-2000)
Também conhecidos como Millenials, Geração Net, Geração do Milênio e Echo Boomers,
os membros deste grupo encontram-se com idades entre 31 e 12 anos, quando da execução
desta obra, o que indica que grande parte ainda encontra-se na base hierárquica das
organizações, entretanto com tendência de aumento nos percentuais deste grupo em todas as
áreas de atividade.
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Este grupo geracional apresenta como principal característica no que se refere à
tecnologia, o fato de serem nativos virtuais, ou em outras palavras, cresceram habituados com
a tecnologia digital e apresentam uma extrema facilidade em assimilar inovações. Some-se a
isto o fato da internet ter tornado acessível uma massiva quantidade de informações e
conhecimento, além de possibilitar a comunicação em tempo real entre pessoas. Esse cenário
possibilitou, pela primeira vez na história registrada da humanidade, que uma geração
detenha maior conhecimento acerca de determinadas áreas do que as gerações que a
antecederam. Naturalmente, os conflitos decorrentes deste fato inédito passariam a serem
sentidos com maior magnitude a partir da entrada da Geração Y no mercado de trabalho.
Adaptados à multitarefas e multimídia, consideram que a tecnologia é a solução para todos
os problemas, pois tudo pode ser melhorado, maximizado ou se tornar mais rápido com sua
utilização.
Para definir o perfil dos membros deste grupo, algumas características inerentes à Geração
X foram ainda mais potencializadas, chegando-se a uma extrema informalidade e dificuldade
para aceitar regras, protocolos e qualquer processo que se revele moroso e entediante. Além
disso, recebem o rótulo de serem muito questionadores e qualquer tarefa que recebem precisa
ser justificada e ter um propósito claro para que possa ser mais bem executada.
Membros da Geração Y demandam constante atenção e feedbacks contínuos, não apenas
para poderem ter parâmetros para avaliar o seu desempenho, mas como fator motivacional.
Conceitos fortemente encontrados no Baby Boomers, como comprometimento, códigos de
conduta e tradição, são suplantados pelo foco no trabalho ser realizado eficazmente.
3.3 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
Ao Tribunal de Contas compete atuar na fiscalização contábil, financeira orçamentária,
operacional e patrimonial do Estado de São Paulo e de seus Municípios, exceto o da Capital,
bem como das respectivas entidades de administração direta ou indireta e das fundações por
eles instituídas ou mantidas, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de
subvenções e renúncia de receitas.
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A jurisdição do Tribunal alcança administradores e demais responsáveis por dinheiro,
bens e valores públicos, além das pessoas físicas ou jurídicas, que, mediante convênios,
acordos, ajustes ou outros instrumentos congêneres, apliquem auxílios, subvenções ou
recursos repassados pelo Poder Público.
A Missão Estratégica do TCESP é fiscalizar e orientar para o bom e transparente uso dos
recursos públicos em benefício da sociedade, sendo que a Visão de Futuro é fiscalizar,
orientar e divulgar, em tempo real, o uso dos recursos públicos, priorizando a auditoria de
resultados e a aferição da satisfação social, consolidando uma imagem positiva perante a
sociedade.
Para maiores informações acerca das atribuições, composição, organização, jurisdição etc.,
recomenda-se a leitura da Lei Complementar Estadual Nº 709, de 14 de janeiro de 1993, a
qual dispõe sobre a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e encontra-se
na íntegra no Anexo 01.
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4 Metodologia
Este trabalho foi elaborado de maneira empírica, ou seja, a partir de constatações
particulares em que a generalização deriva de observações de casos da realidade concreta.
Visando atingir o objetivo central deste estudo e consequentemente seus
desdobramentos, fez-se necessário a divisão em duas vertentes a fim de obter volume e
conteúdo devidamente confiáveis:
4.1 Pesquisa Bibliográfica
Elaborada a partir de material já publicado, sendo por sua vez, também dividida em três
áreas distintas:
4.1.1 Conceito de Geração
O objetivo quanto a este conteúdo foi de estabelecer parâmetros básicos para o
entendimento posterior de toda obra, sendo que propositalmente não foi realizado um
aprofundamento entre os conceitos e teorias existentes, visto que o foco era manter o estudo
sobre aquilo que já está amplamente difundido na iniciativa privada brasileira, a qual esta
baseada, principalmente, na teoria das gerações de Strauss/Howe.
4.1.2 Diversidade geracional no ambiente de trabalho atual
A partir do entendimento geral existente acerca dos períodos de grupos geracionais,
realizou-se um levantamento sobre as principais características e peculiaridades inerentes às
quatro gerações que atualmente convivem no mercado de trabalho, a saber: Tradicionais,
Baby Boomers, Geração X e Geração Y.
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20
A geração Z foi desconsiderada neste trabalho pelo fato de englobar pessoas nascidas a
partir de 2001 e que contam com idade insuficiente para o mercado de trabalho, pois os mais
velhos representantes deste grupo têm apenas onze anos.
4.1.3 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
Em virtude das peculiaridades dos órgãos de controle externo dentro da organização do
Estado, foram traçadas considerações referentes às competências do Tribunal de Conta do
Estado de São Paulo.
4.2 Pesquisa de Campo
A elaboração e aplicação do questionário (apêndice 01) serviram de base para o
levantamento obtido através da inquisição direta das pessoas cujo comportamento se
pretendia conhecer e teve como resultado a obtenção de dados quantitativos, os quais
traduziram opiniões e números em informações que foram classificadas e analisadas, além de
dados qualitativos, que serviram para estabelecer uma relação entre o mundo e o sujeito que
não pode ser traduzida em números, sendo que a análise destes dados foi realizada
indutivamente.
A hipótese de aplicação do questionário através de papel foi prontamente rejeitada em
virtude da dificuldade da coleta e do desejo manifesto de grande parte dos servidores,
principalmente dos com maior tempo de casa, de se manter o anonimato e o sigilo.
Diante disso, a utilização da ferramenta de formulários do Google DOCs foi a solução
para se preservar tanto o sigilo, quanto o anonimato dos participantes, além de facilitar a
coleta, classificação e análise dos dados obtidos - visto que as respostas são enviadas
automaticamente para uma tabela e ainda há um recurso para visualização em forma de
gráficos em formato de pizza e barras.
O TCESP tem um quadro de 1.752 servidores na ativa e a meta estabelecida foi atingir
10% desse total como amostra (175 servidores), valores que foram ultrapassados com a
colaboração de 227 servidores (12,96%) que responderam ao questionário, o qual foi
-
21
encaminhado através do correio eletrônico corporativo após prévios contatos com diretores e
chefes de algumas seções, os quais reenviaram o e-mail com o link do questionário para seus
subordinados e demais colegas de outras áreas.
Uma mensagem detalhada informava, a todos os que responderam ao questionário, sobre
os motivos e os objetivos do mesmo estar sendo realizado, ficando explícito que a
participação teria caráter sigiloso e resguardaria o anonimato, cabendo, ainda, a possibilidade
de deixar em branco qualquer questão que não soubesse ou não quisesse responder. Esta
mensagem pode ser verificada na íntegra no Apêndice 02.
No rodapé da mensagem havia um link que ao ser clicado direcionava o colaborador
diretamente ao questionário virtual hospedado no Google DOCs, sendo que ao final do
questionário havia um botão virtual de comando para submeter as respostas, que depois de ser
clicado, encaminhava os dados para a tabela central e exibia uma mensagem de
agradecimento e resultado bem sucedido de envio.
-
22
5 Resultados
A pesquisa de campo foi realizada entre 22/01/2012 a 30/03/2012 e contou com 227
questionários preenchidos via internet, conforme detalhamento exposto na metodologia, e
disposto nas seguintes quantidades conforme geração:
Tradicionais (1925-1945): 02 questionários.
Baby Boomers (1946-1964): 112 questionários.
Geração X (1965-1980): 91 questionários.
Geração Y (1981-2000): 23 questionários.
Considerando que apenas 02 questionários foram preenchidos pela geração dos
Tradicionais, estes foram acrescidos ao montante dos Baby Boomers para serem considerados
nos dados estatísticos.
5.1 Dados Gerais do TCESP
Conforme dados de abril de 2012, obtidos junto à Diretoria de Pessoal, o Tribunal de
Contas apresenta 1752 servidores, dispostos, em linhas gerais, conforme segue:
925 homens (52,8%) e 827 mulheres (47,2%).
Quanto à diversidade geracional
Tradicionais (1925-1945): 47 servidores (2,7%).
Baby Boomers (1946-1964): 964 servidores (55,0%).
Geração X (1965-1980): 626 servidores (35,7%).
Geração Y (1981-2000): 115 servidores (6,6%).
Ao se comparar os percentuais por geração dos dados gerais do TCESP com a pesquisa
realizada, verificou-se que apresentaram proporções aproximadas, conforme tabela:
-
23
Grupo Geracional TCESP Pesquisa Diferença
Tradicionais 2,7% 0,9% -1,8%
Baby Boomers 55,0% 49,3% -5,7%
Geração X 35,7% 40,1% +4,4%
Geração Y 6,6% 10,1% +3,5%
-3 anos 14%
3 a 10 anos 20%
11-20 anos 19%
21-30 anos 42%
+30 anos 5%
Tempo trabalhado no TCESP
até 21 anos 10%
22 a 30 anos 41%
31 a 40 anos 32%
+ de 40 anos 17%
Idade ao ingressar no TCESP
-
24
5.2 Dados da Pesquisa de Campo
Este autor julgou que a publicação de todos os gráficos provenientes da pesquisa de
campo seria necessária e poderia contribuir para o entendimento geral deste trabalho, além de
servir de referências práticas aos órgãos de recursos humanos do TCESP.
5.2.1 Dados pessoais e familiares.
5.2.1.1 Quanto ao gênero.
5.2.1.2 Quanto ao estado civil.
53,5 56,0 65,2
55,7 46,5 44,0
34,8 44,3
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Gênero (%)
Masculino Feminino
56,1 60,4
30,4
55,3
15,8 4,4 0,0
9,6 11,4 22,0
56,5
20,2 8,8 11,0 8,7 9,6 7,9 2,2 0,0 4,8
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Estado Civil (%)
Casados Separados/Divorciados Solteiros União Estável Viúvos
-
25
5.2.1.3 Quanto à quantidade de filhos.
5.2.1.4 Quanto à quantidade de irmãos.
5.2.1.5 Quanto a ter pais divorciados ou separados.
16,7
47,3
73,9
34,6 22,8 23,1 21,7 22,8
43,9
20,9
4,3
30,7
11,4 7,7 0,0
8,8 5,3 1,1 0,0 3,1
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Quantidade de Filhos (%)
Nenhum 1 2 3 4 ou mais
10,5 2,2
13,0 7,5
21,9 30,8
43,5
27,6
49,1 56,0
43,5 51,3
12,3 9,9 0,0
10,1 6,1 1,1 0,0 3,5
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Quantidade de irmãos (%)
0 1 De 1 a 5 Mais de 5 Sem resposta
74,6 82,4
60,9 76,3
17,5 17,6
39,1
19,7 7,9
0,0 0,0 3,9
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Pais divorciados ou separados (%)
Não Sim Sem resposta
-
26
5.2.1.6 Quanto ao fato da mãe trabalhar ou ter trabalhado fora de casa.
5.2.1.7 Quanto à religião.
5.2.2 Dados referentes à educação e capacitação.
5.2.2.1 Quanto ao grau de escolaridade.
47,4 41,8
17,4
42,1 46,5 57,1
82,6
54,4
6,1 1,1 0,0 3,5
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Mãe trabalha(va) fora de casa (%)
Não Sim Sem resposta
57,0
48,4
30,4
50,9
17,5 24,2
17,4 20,2
7,9 12,1 13,0 10,1
2,6 5,5 4,3 3,9
11,4 7,7
34,8
12,3
1,8 2,2 0,0 1,8 1,8 0,0 0,0 0,9
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Religião (%)
Católica Espírita Protestante/Evangélica
Outras Religiões Sem Religião Ateu
Sem resposta
1,8 0,0 0,0 0,9 8,8
2,2
21,7 7,5
61,4 52,7 47,8
56,6
25,4
44,0 30,4 33,3
2,6 1,1 0,0 1,8
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Grau de escolaridade (%)
1° Grau 2° grau Superior Especialização (MBA etc.) Doutorado/Mestrado
-
27
5.2.2.2 Quanto ao nível de conhecimento do idioma inglês.
5.2.2.3 Quanto ao nível de conhecimento do idioma espanhol.
5.2.2.4 Quanto ao conhecimento de outros idiomas.
18,4 13,2 8,7
15,4
46,5 37,4
43,5 42,5
17,5
36,3
17,4 25,0
7,0 12,1
30,4
11,4 2,6 1,1 0,0 1,8
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Nível de conhecimento do idioma inglês (%)
Nenhum Básico Intermediário Avançado Sem resposta
31,6 42,9
30,4 36,0 35,1 34,1
60,9
37,3
4,4 12,1 8,7 7,9
1,8 4,4 0,0 2,6
27,2
6,6 0,0
16,2
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Nível de conhecimento do idioma espanhol (%)
Nenhum Básico Intermediário Avançado Sem resposta
37,7 56,0
78,3
49,1
13,2 16,5 8,7 14,0 4,4 2,2 4,3 3,5 3,5 2,2 0,0 2,6
41,2 23,1
8,7
30,7
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Nível de conhecimento de outros idiomas (%)
Nenhum Básico Intermediário Avançado Sem resposta
-
28
5.2.2.5 Quanto à quantidade informada de outros idiomas.
5.2.2.6 Quanto à quantidade aproximada de livros lidos por ano.
5.2.2.7 Quanto à realização de curso pela internet.
7
3 0
10
5 6
2
13
8 6
1
15
3 4
0
7
0 1 0 1
Baby Boomers Geração X Geração Y Total
Outros idiomas informados por quantidade
Alemão Francês Italiano japonês Russo
6,1 6,6 8,7 6,6
62,3 59,3 60,9 61,0
19,3 19,8 30,4
20,6 6,1 11,0
0,0 7,5 6,1 3,3 0,0 4,4
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Quantidade aproximada de livros lidos por anos (%)
Nenhum De 1 a 6 De 7 a 12 Mais de 12 Sem resposta
67,5
50,5
30,4
57,0
32,5
48,4
69,6
42,5
0,0 1,1 0,0 0,4
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Já fez algum curso pela internet? (%)
Não Sim Sem resposta
-
29
5.2.2.8 Quanto à intenção voluntária de capacitação na área de atuação.
5.2.3 Dados referentes à carreira e atividade.
5.2.3.1 Quanto ao nível do cargo atual.
5.2.3.2 Quanto ao nível exigido no concurso público.
51,8 37,4 39,1
44,7 46,5 60,4 60,9
53,5
1,8 2,2 0,0 1,8
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Intenção voluntária de capacitação em 2012 (%)
Não Sim Sem resposta
27,2 29,7
13,0
26,8
43,0 41,8 34,8
41,7
21,1 22,0
34,8
22,8
7,0 5,5
17,4 7,5
1,8 1,1 0,0 1,3
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Nível do cargo atual (%)
Chefia/Direção Superior (Agente) Técnico(Auxiliar) Outros Sem resposta
9,6 8,8 0,0
8,3 21,9
28,6 39,1
26,3
65,8 60,4 52,2
62,3
2,6 2,2 8,7 3,1
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Nível exigido no concurso (%)
1° Grau 2° grau Superior Sem resposta
-
30
5.2.3.3 Quanto à área de atuação.
5.2.3.4 Quanto à quantidade de empregos na vida profissional.
5.2.3.5 Quanto à experiência prévia no setor privado.
25,4
17,6 13,0
21,1 23,7
30,8
21,7 26,3
13,2
7,7 8,7 10,5 10,5
7,7
17,4
10,1
25,4
36,3 39,1
31,1
1,8 0,0 0,0 0,9
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Área de atuação (%)
Administrativa Fiscalização Gabinetes/Cart. Conselheiros
Outras áreas Unidades Regionais Sem resposta
5,1
3,9 3,9 4,3
Baby Boomers Geração X Geração Y Total
Média de empregos no decorrer da vida profissional
8,8 17,6 13,0 12,7
86,8 80,2 87,0 84,2
4,4 2,2 0,0 3,1
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Experiência no setor privado (%)
Não Sim Sem resposta
-
31
5.2.3.6 Quanto à possibilidade de migração para o setor privado.
5.2.4 Dados referentes à aposentadoria.
5.2.4.1 Quanto à intenção de aposentadoria no setor público.
5.2.4.2 Quanto à intenção de aposentadoria no TCESP.
77,2 71,4
34,8
70,6
7,9 4,4 17,4
7,5 14,0 23,1
47,8
21,1
0,9 1,1 0,0 0,9
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Intenção ou possibilidade de migrar para o setor privado (%)
Não Sim Talvez Sem resposta
0,0 1,1 17,4
2,2
91,2 97,8 78,3
92,5
8,8 1,1 4,3 5,3
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Intenção de aposentadoria no setor público (%)
Não Sim Sem resposta
2,6 14,3
52,2
12,3
94,7 82,4
47,8
85,1
2,6 3,3 0,0 2,6
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Intenção de aposentadoria no TCESP (%)
Não Sim Sem resposta
-
32
5.2.4.3 Quanto à intenção de utilizar o abono de permanência.
5.2.4.4 Quanto à intenção de continuar trabalhando após a aposentadoria.
5.2.4.5 Quanto à idade pretendida para aposentadoria.
50,0 58,2
73,9
55,7 46,5
38,5
21,7
40,8
3,5 3,3 4,3 3,5
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Intenção de utilizar o abono de permanência (%)
Não Sim Sem resposta
37,7 42,9
65,2
42,5
57,9 54,9
34,8
54,4
4,4 2,2 0,0 3,1
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Intenção de trabalhar após aposentadoria (%)
Não Sim Sem resposta
14,9 11,0
39,1
15,8
32,5
45,1
26,1 36,8
42,1 30,8 30,4
36,4
10,5 13,2 4,3
11,0
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Idade pretendida para aposentadoria (%)
Menos de 60 anos Entre 61 e 69 anos 70 anos (limite) Sem resposta
-
33
5.2.4.6 Quanto ao tempo restante para a aposentadoria.
5.2.5 Dados referentes à tecnologia, comunicação e internet.
5.2.5.1 Quanto à existência de serviço de internet em casa.
5.2.5.2 Quanto à existência de correio eletrônico particular.
36,0
0,0 0,0 18,0
43,9
14,3 0,0
27,6 19,3
42,9
8,7 27,6
0,0
42,9
91,3
26,3
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Tempo estimado para aposentadoria (%)
Menos de 5 anos De 5 a 10 anos De 10 a 20 anos Mais de 20 anos
3,5 4,4 4,3 3,9
94,7 95,6 95,7 95,2
1,8 0,0 0,0 0,9
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Internet em casa (%)
Não Sim Sem resposta
11,4 1,1 0,0 6,1
86,8 97,8 100,0 92,5
1,8 0,0 0,0 0,9
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Correio eletrônico particular (%)
Não Sim Sem resposta
-
34
5.2.5.3 Quanto à existência de TV por assinatura em casa.
5.2.5.4 Quanto às redes sociais e mecanismos de comunicação via internet.
5.2.5.4.1 Facebook
5.2.5.4.2 Twitter
13,2 12,1 17,4 13,2
85,1 86,8 82,6 85,5
1,8 1,1 0,0 1,3
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
TV por assinatura (%)
Não Sim Sem resposta
51,8 45,1
34,8 47,4
34,2
53,8 60,9
44,7
14,0 1,1 4,3
7,9
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Facebook (%)
Não Sim Sem resposta
71,9 80,2
65,2 74,6
7,9 12,1 26,1
11,4 20,2
7,7 8,7 14,0
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Twitter (%)
Não Sim Sem resposta
-
35
5.2.5.4.3 Skype
5.2.5.4.4 Windows Live Messenger (antigo MSN Messenger)
5.2.5.4.5 Orkut
50,9 62,6
39,1 54,4
31,6 34,1
56,5
35,1
17,5 3,3 4,3
10,5
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Skype (%)
Não Sim Sem resposta
48,2 50,5
21,7
46,5 36,0
45,1
78,3
43,9
15,8 4,4 0,0
9,6
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Windows Live Messenger (antigo MSN Messenger) (%)
Não Sim Sem resposta
54,4 61,5
52,2 57,0
26,3 34,1
47,8
31,6 19,3
4,4 0,0 11,4
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Orkut (%)
Não Sim Sem resposta
-
36
5.2.5.4.6 LinkedIn
5.2.6 Dados referentes à economia.
5.2.6.1 Quanto à existência de seguro de vida próprio.
5.2.6.2 Quanto á existência de plano de previdência privada.
71,1 80,2 87,0 76,3
9,6 12,1 8,7 10,5 19,3
8,8 4,3 13,6
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
LinkedIn (%)
Não Sim Sem resposta
28,1
58,2 65,2
43,9 57,9
34,1 30,4 45,6
14,0 7,7 4,3
10,5
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Seguro de vida (%)
Não Sim Sem resposta
58,8 71,4 73,9
65,4
21,1 23,1 21,7 21,9 20,2 5,5 4,3
12,7
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Previdência Privada (%)
Não Sim Sem resposta
-
37
5.2.6.3 Quanto à existência de plano de saúde particular.
5.2.7 Dados referentes à vida social e política.
5.2.7.1 Quanto à doação de sangue voluntária.
5.2.7.2 Quanto à realização de trabalhos voluntários.
15,8 14,3
34,8 17,1
77,2 83,5 65,2
78,5
7,0 2,2 0,0 4,4
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Plano de saúde particular (%)
Não Sim Sem resposta
36,8 51,6
60,9
45,2 57,0
48,4 39,1
51,8
6,1 0,0 0,0 3,1
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Doação de sangue voluntária (%)
Não Sim Sem resposta
35,1 38,5 43,5
37,3
59,6 61,5 52,2
59,6
5,3 0,0 4,3 3,1
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Realização de trabalhos voluntários (%)
Não Sim Sem resposta
-
38
5.2.7.3 Quanto à contribuição espontânea para entidades de assistência.
5.2.7.4 Quanto à prática deliberada de ações em prol da ecologia.
5.2.7.5 Quanto à lembrança do voto nas últimas eleições.
36,0 49,5
56,5 43,4
57,9 49,5 43,5
53,1
6,1 1,1 0,0 3,5
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Contribuição espontânea para entidades de assistência (%)
Não Sim Sem resposta
14,9 18,7 26,1
17,5
78,1 81,3 73,9 78,9
7,0 0,0 0,0 3,5
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Ações deliberadas em favor da ecologia (%)
Não Sim Sem resposta
5,3 11,0 21,7
9,2
89,5 89,0 78,3
88,2
5,3 0,0 0,0 2,6
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Lembrança de voto na última eleição (%)
Não Sim Sem resposta
-
39
5.2.7.6 Quanto à disposição para votar caso não fosse obrigatório.
26,3 22,0 8,7
22,8
68,4 78,0
91,3 74,6
5,3 0,0 0,0 2,6
Baby Boomers Geração X Geração Y TCESP
Intenção de votar na próxima eleição, caso o voto não fosse obrigatório (%)
Não Sim Sem resposta
-
40
6 Discussão
6.1 Sobre os dados pessoais e familiares.
6.1.1 Gênero
Quanto ao gênero dos servidores do TCESP, os dados obtidos junto à Diretoria de
Pessoal apontam a predominância do sexo masculino no quadro funcional, sendo que não há
parâmetros para analisar se essa relação tem se alterado a partir do evento da entrada da
mulher no mercado de trabalho.
Conforme Pesquisa Mensal de Emprego 2003-2011 da Coordenação de Trabalho e
Rendimento da Diretoria de Pesquisas do IBGE, das mulheres ocupadas no mercado de
trabalho em 2011, 22,6% estavam no setor público, enquanto entre os homens, esse
percentual era de 10,5%. Analisando a distribuição da população ocupada, exclusivamente no
setor público, a composição passa a ser de 55,3% de mulheres e 44,7% de homens.
Ainda sob o prisma da pesquisa acima mencionada, observa-se uma tendência nacional
de aumento da participação feminina no setor público, sendo que entre 2003 a distribuição da
população ocupada neste setor apontava 47,0% para os homens e 53,0% para as mulheres, ao
passo que em 2011 essa relação passou para 44,7% para os homens e 55,3% para as mulheres,
registrando-se uma variação de 2,3% no período.
Restringindo-se ao âmbito da pesquisa, a entrada da mulher no mercado de trabalho
pode ser comprovada através do acréscimo do número de mães que trabalham ou trabalharam
fora de casa, sendo que entre as gerações analisadas, esse percentual foi de 46,5% para Baby
Boomers, 57,1% para a Geração X e 82,6% para a Geração Y, registrando-se um incremento
de 36,1% entre os extremos.
Opostamente ao quadro apresentado quanto ao Gênero, a pesquisa registrou um
acréscimo no percentual masculino do quadro de servidores na ativa do TCESP, sendo 53,5%
para Baby Boomers, 56,0% para a Geração X e 65,2% para a Geração Y, sendo que
comparado aos dados obtidos junto à Diretoria de Pessoal, esses percentuais apresentam-se
-
41
como 71,4% para os Tradicionais, 49,9% para os Baby Boomers, 53,8% para a Geração X e
64,1 para a Geração Y.
Outro fato relevante referente a gênero é a indicação pelo governador Geraldo Alckmin
da Auditora Cristiana Castro Moraes para Conselheira do TCESP, sendo a primeira mulher
que ocupará este cargo.
6.1.2 Estrutura familiar
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1981 a 1989, 1990 a 2001, do IBGE,
demonstra que o tamanho da família brasileira diminuiu em todas as regiões: de 4,3 pessoas
por família em 1981, chegou a 3,3 pessoas em 2001. O número médio de filhos por família é
de 1,6 filhos. A região sudeste apresentou em 2001, um número médio de 3,2 pessoas por
domicílio.
A pesquisa de campo confirma que as famílias no TCESP também estão diminuindo,
sendo apurados como dados mais relevantes o fato do percentual de servidores com mais de 5
irmãos ter diminuído entre as gerações, passando de 12,3% entre os Baby Boomers, para
9,9% entre a Geração X e finalmente, nenhum registro na Geração Y.
A análise sobre o número de filhos dos servidores do TCESP ficaria prejudicada em
virtude de não ter sido questionado a intenção de gerar filhos e a quantidade. A diferença de
idade entre as gerações estudadas impedem qualquer conclusão por falta de dados.
Fato similar ao descrito acima ocorre em relação a uma análise mais detalhada quanto
ao estado civil dos servidores, visto que não foi questionado sobre as intenções de casamento
ou de união estável, por exemplo.
Percebe-se, ainda, outra tendência que acompanha as mudanças na estrutura familiar
brasileira, referente ao percentual de pais divorciados ou separados. Enquanto que os Baby
Boomers registraram 17,5%, passando para uma diferença mínima de 17,6% entre a Geração
X, um aumento muito expressivo de pais divorciados ou separados foi registrado entre a
Geração Y: 39,1%.
-
42
Segundo o IBGE, a taxa geral de divórcio, a qual é calculada pelo número de divórcios
entre cada mil pessoas de 20 anos ou mais, registrou em 2010, o seu maior percentual (1,8%)
desde o início da série histórica em 1984.
6.1.3 Religião
Conforme dados dos Censos Demográficos 1991/2000 do IBGE a distribuição percentual
da população brasileira por religião apresentava 83,0% de católicos apostólicos romanos em
1991 e posteriormente 73,6% em 2000. Esta queda se confirma no TCESP, sendo que entre os
Baby Boomers, o percentual que se declarou católico atingiu 57,0%, caindo para 48,4% na
Geração X e chegando a apenas 30,4% na Geração Y.
Surpreende o percentual de pesquisados que se declararam espíritas, visto que no total,
sem seccionamento por gerações, este número chegou a 20,2%. No censo de 2000, 1,3% dos
brasileiros se declararam espíritas.
A população evangélica no Brasil, somando-se tradicionais e pentecostais, foi a que
mais cresceu entre os censos de 1991 e 2000, passando de 9,0% para 15,4%. Pesquisa
realizada pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas aponta que esse
crescimento chegou a 20,2% da população em 2009. Entretanto o percentual total de
servidores que responderam a pesquisa deste trabalho, apenas 10,1% se declaram
protestantes/evangélicos, sendo apenas 7,9% entre os Baby Boomers, passando para 12,1%
entre a Geração X e confirmando a tendência de crescimento deste grupo religioso entre os
mais jovens, visto que o percentual da Geração Y chegou a 13,0%.
Nota-se, ainda, que o percentual de ateus chegou a 1,8% entre os Baby Boomers, 2,2 na
Geração X e não foram registradas ocorrências na Geração Y, a qual apresentou outra
diferença marcante em relação às demais gerações estudadas no que se refere ao percentual
declarado sem religião, a saber, 34,8%, muito superior ao percentual total do TCESP de
12,3%.
-
43
6.2 Sobre os dados referentes à educação e capacitação
6.2.1 Grau de escolaridade
A confirmação do alto nível de qualificação dos servidores do TCESP fica nítida ao se
analisar os altos percentuais referentes ao grau de escolaridade, sendo que 91,7% do corpo
funcional possui formação universitária.
Destaca-se que a Geração X tem 97,8% de servidores com nível universitário, número
superior aos Baby Boomers que registraram 89,4% e à Geração Y com 78,2%. Cabe ressaltar
que a pesquisa não apurou se o curso superior está em andamento, o que abre dúvidas quanto
ao percentual da Geração Y, pois teoricamente haveria maior quantidade de estudantes com
curso em andamento.
Outra constatação que vai ao encontro das tendências do mercado de trabalho nacional é
o aumento da qualificação a partir da Geração X, resultado de uma maior exigência para
galgar posições mais elevadas na hierarquia organizacional. Entre os pesquisados da Geração
X, 44,0% possuem pós-graduação em alguma área, número superior aos Baby Boomers que
contam com apenas 25,4% de pós-graduados. A Geração Y registrou 30,4%, percentual que
tende a crescer no decorrer dos próximos anos.
Apenas 1,8% dos Baby Boomers possui apenas o 1º grau completo, fato que não ocorre
nas demais gerações, mesmo por que o TCESP passou a realizar concursos públicos com a
exigência mínima de 2º grau completo.
Diante deste cenário de qualificação e capacitação, pode-se inferir que eventuais
conflitos entre gerações ocorram em virtude dos detentores de cargos de gestão possuírem um
nível de escolaridade e capacitação inferior aos seus subordinados, apesar de contarem com
maior experiência e conhecimentos práticos relativos à cultura e os processos organizacionais.
6.2.2 Conhecimento de línguas estrangeiras.
Um dos fatores de maior relevância identificados pela pesquisa é aumento no número de
servidores que se declaram com nível avançado de conhecimento na língua inglesa, passando
de 7,0% dos Baby Boomers, para 12,2% na Geração X, até atingir 30,4% na Geração Y, o que
-
44
pode ser explicado, em teoria, pela maior utilização de conteúdos tecnológicos digitais
globalizados, os quais adotaram o inglês como língua universal, fato detectado facilmente em
mídias sociais, “games”, filmes, séries e internet em geral.
Nenhum padrão significativo foi encontrado no idioma espanhol, mesmo porque a
expectativa vivida durante a década de 90 com o MERCOSUL, a qual gerou a necessidade do
aprendizado do idioma para maior interação com os vizinhos sul americanos, não se manteve
no decorrer do tempo, diminuindo o interesse para fins profissionais.
Resquícios da imigração japonesa e europeia podem ser levemente percebidos pelo
maior percentual de Baby Boomers, 3,4%, com conhecimentos avançados em japonês,
italiano e alemão, contra 2,2% da Geração X e nenhum registro na Geração Y.
6.2.3 Capacitação e leitura voluntária
O fato dos Baby Boomers estarem com idade em 2012 entre 48 a 66 anos, muitos na
expectativa da aposentadoria ou com os dez décimos já incorporados explica o percentual de
46,5% que estão propensos a realizar algum curso voluntário em sua área de atuação. 1
As Gerações X e Y apresentaram percentuais muito próximos, 60,4% e 60,9%
respectivamente, o que mostra indícios que a concorrência para substituir os Baby Boomers
que estão se aposentando, terá o nível cada vez mais alto e que conflitos referentes ao
conhecimento teórico superior dos subordinados, o qual foi explanado no último parágrafo do
item grau de escolarização, tende a diminuir.
Acerca da realização de cursos pela internet, observou-se um significativo aumento
através das gerações com o registro de 32,5% para os Baby Boomers, 48,4% para a Geração
X e 69,6% para a Geração Y, números esperados em virtude da maior habitualidade no uso de
tecnologia digitais por parte dos mais jovens.
1 Incorporação de Décimos - Artigo 133 da Constituição Estadual do Estado de São Paulo/1989: O servidor com mais de 05
(cinco) anos de efetivo exercício, que tenha exercido ou venha a exercer cargo/função que lhe proporcione remuneração
superior, incorporará 1/10 dessa diferença, por ano, até o limite de 10/10 décimos.
-
45
De acordo com a pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, realizada pelo Instituto Pró-
livro, a média de livros lidos por ano no Brasil caiu de 4,7 em 2007 para 4,0 em 2011. Entre
os servidores do TCESP, verificou-se que a Geração Y lê menos que as demais, com o
registro de 8,7% que não leem nenhum livro por ano e nenhuma ocorrência de leitores que
leram mais de 12 livros por ano. Pode ser que isso esteja relacionado ao fato do maior uso da
internet para leitura em sites e blogs, contudo esta pesquisa não se aprofundou no assunto, não
sendo possível tirar maiores conclusões.
De forma geral, sem o seccionamento por gerações, a média de livros lidos pelos
servidores do TCESP ficou abaixo da expectativa do autor, sendo os que 20,6% responderam
ter lido entre 7 a 12 livros por ano e apenas 7,5% leem mais de 12 livros por ano.
6.3 Sobre os dados referentes à carreira e atividade.
Certamente os percentuais de ocupantes de cargos de chefia e direção na Geração Y tem
influência direta da idade, pois se registrou praticamente a metade dos percentuais similares
entre os Baby Boomers e Geração X.
O número de servidores da Geração Y em cargos de nível técnico apontou 34,8% contra
21,1% e 22,0% dos Baby Boomers e Geração X, respectivamente. A idade é um dos fatores
que refletem nestes números.
O TCESP não realiza mais concursos públicos para cargos com exigência mínima do
ensino fundamental, entretanto, entre os Baby Boomers e a Geração X, foram registrados
percentuais de 9,6% e 8,8%, respectivamente, de servidores que tiveram seu ingresso
realizado com este nível de exigência.
Confrontando os dados referentes ao nível de escolaridade exigido em concursos, sem a
divisão por gerações, verifica-se que 34,6% dos pesquisados ingressou no TCESP através de
concursos com a exigência mínima do ensino fundamental ou ensino médio, mas que apenas
8,4% não possuem curso superior.
Uma das características mais difundidas na iniciativa privada, no que tange à Geração
Y, é o alto índice de rotatividade de empregos e a pesquisa apontou esta evidência, sendo que
a idade média de cada geração dividida pelas quantidades de empregos na vida registrou
-
46
índices de um emprego para cada 11,2 anos para os Baby Boomers, 10,3 para a Geração X e
5,6 para a Geração Y.
Referente à intenção ou possibilidade de migrar do setor público para o privado, o
percentual de 65,2% da Geração Y, composto do somatório das respostas “sim” e “talvez” se
sobressaem aos 21,9% dos Baby Boomers e 27,5% da Geração X, o que pode estar
relacionado com a falta de planejamento estratégico pessoal ou pelo maior rol de
possibilidades providas pela menor idade, no qual se inclui a maior capacidade de assumir
riscos calculados. Isso não acontece com as gerações anteriores, pois além do status de
estabilidade profissional proporcionada pelo serviço público, a qual foi amplamente difundida
como objeto de desejo na sociedade brasileira, há de se considerar que os percentuais dos
somatórios de casados e amasiados entre os baby Boomers é de 64,9%, sendo que apenas
16,7% não têm filhos. Entre a Geração X esses percentuais se apresentam, respectivamente,
com 71,4% e 47,3%. A possibilidade de assumir riscos calculados pela Geração Y está
amparada pelos percentuais de 73,9% que não possuem filhos e 56,5% de solteiros.
6.4 Sobre os dados referentes à aposentadoria.
Mudanças importantes estão em andamento no congresso nacional em relação à
aposentadoria de servidores públicos, sendo que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)
do Senado Federal aprovou em março de 2012 o projeto que cria o novo fundo de previdência
complementar para os servidores civis, que restringirá o valor máximo das aposentadorias dos
novos servidores ao valor do teto do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, ou seja, R$
3,9 mil atualmente. Quem já é servidor público não estará inserido nesta nova regra, a não ser
que faça opção pela mesma.
Mesmo com a iminência de tais mudanças, o serviço público ainda conta com outros
atrativos que despertam o interesse de milhares de cidadãos brasileiros com diferentes perfis.
Algumas questões relevantes que se conectam com essas mudanças foram apontadas
pela pesquisa de campo, sendo que a Geração Y registrou valores percentuais distintos das
demais gerações estudadas.
-
47
Excluindo-se aqueles que deixaram em branco as respostas acerca deste tema, todos os
Baby Boomers pesquisados manifestaram a intenção de se aposentarem no serviço público, ao
passo os membros da Geração X, os quais possuem como uma de suas características
marcantes, a busca por independência financeira, registraram 98,9% das respostas válidas.
Entre os pesquisados da Geração Y, os valores registrados caíram consideravelmente para
81,8%.
Quanto à intenção de se aposentar pelo TCESP, os valores encontrados expõem uma
situação passível de monitoramento imediato por parte das áreas de Recursos Humanos, pois
se observou uma desproporção alarmante com o registro de 97,3% para os Baby Boomers,
85,2% para a Geração X e apenas 52,2% para a Geração Y.
Muitas hipóteses podem ser levantadas acerca dessa diferença, dentre elas a diferença
de idade e o fato de que muitos da Geração X e Y vislumbram passar em outros concursos
para realização de um propósito de vida profissional ou simplesmente para obtenção de
maiores rendimentos.
Esses números ainda mostram que muitos atuais servidores consideram o TCESP como
um estágio temporário na escalada rumo a um cargo que seja mais atrativo financeiramente ou
profissionalmente. São os chamados “concurseiros”.
Baseado na Teoria dos dois fatores de Herzberg, a qual apregoa que os fatores
motivacionais estão relacionados com reconhecimento, responsabilidade e desafios, entre
100 98,9
81,8
97,3
85,2
52,2 57,9 54,9
34,8
Baby Boomers Geração X Geração Y
Intenções referentes à aposentadoria (%)
Aposentar-se no Serviço Público Aposentar-se no TCESP Trabalhar após aposentadoria
-
48
outros, sendo que quando estas condições são observadas, há um incremento positivo na
satisfação. Por outro lado, relacionados com status, salário e segurança no trabalho,
encontram-se os fatores higiênicos e a ausência dos mesmos gera insatisfação. Considerando
que os rendimentos salariais do TCESP, assim como outros fatores higiênicos estão em
condições de mercado adequadas, conforme se verifica na composição do quadro do TCESP
por vencimentos de abril/2012 (Anexo C) e na Tabela da Revista Exame de Salários do Setor
Privado (Anexo D), pode-se afirmar que os fatores motivacionais não estão num nível
suficiente para gerar satisfação entre os servidores mais jovens, o que explica, em partes, o
percentual de apenas 52,2% de servidores da Geração Y que têm a intenção de se
aposentarem no TCESP.
Outra desproporção que chama a atenção na pesquisa é quanto à intenção de se trabalhar
após a aposentadoria, pois enquanto os Baby Boomers apresentaram 57,9% e a Geração X,
54,9%; o percentual da Geração Y caiu mais de 20%, chegando 37,8%. Evidente que o fato da
aposentadoria ser considerada mais seriamente com o amadurecimento do servidor pode
indicar essa diferença, entretanto não se deve descartar que a Geração Y tem como uma de
suas características, a busca pelo prazer e o trabalho pode ser considerado por muitos
membros dessa geração, apenas um instrumento para atingir uma qualidade de vida
satisfatória.
42,1
14,9
30,4
39,1
Compulsória (70 anos) Com menos de 60 anos
Idade pretendida para aposentadoria (%)
Baby Boomers Geração Y
-
49
O fato de mais Baby Boomers estarem dispostos a trabalhar mais e após a aposentadoria
sugere a necessidade de capacitação para novas tecnologias, sendo que a negligência neste
quesito pode causar conflitos com os mais jovens.
Entre os pesquisados, 46,5% dos Baby Boomers tem a intenção de utilizar o abono de
permanência quando tiverem direito, passando para 38,5% na Geração X e 21,7% na Geração
Y. O abono de permanência é concedido ao servidor titular de cargo vinculado ao REGIME
PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RPPS, em condições de se aposentar, instituído
pela Emenda Constitucional nº 41/2003, que alterou o artigo 40, § 19 da Constituição Federal
e pela Lei 13.973/2005, artigo 4º, no qual todos os servidores que contribuem RPPS, ativos,
que reunirem as condições constitucionais de aposentadoria voluntária e que optarem, via
requerimento, por permanecer em atividade, pelo tempo que quiserem até a idade de 70 anos,
quando serão aposentados pela aposentadoria compulsória. O valor do Abono de Permanência
equivale, exatamente, ao valor da contribuição previdenciária de 11% sobre o salário,
descontada mensalmente do servidor, caracterizando-se, desta forma, como reembolso dessa
contribuição mensal.
Quanto ao tempo restante para a aposentadoria, dados preocupantes foram observados,
pois 45,6% dos servidores estarão em situação de inatividade no decorrer dos próximos
10 anos e a ausência de uma política de transferência de conhecimento dos que estão
saindo para os que ficarão, pode ter consequência graves para o futuro da instituição.
- de 5 anos 18%
entre 5-10 anos 28%
entre 10-20 anos 28%
+ de 20 anos 26%
Percentual geral do TCESP quanto ao tempo restante para a aposentadoria
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/ec41_1311764046.pdfhttp://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/l13973_1311763951.pdf
-
50
A síndrome pós-aposentadoria aflige grande parte dos aposentados, podendo causar
depressão e outros tipos de transtornos, entretanto, não existe no TCESP um programa ou
ações voltadas para preparar o servidor para a aposentadoria.
6.5 Sobre os dados referentes à tecnologia, comunicação e
internet.
Faz parte da cultura e da identidade brasileira o fato de ser um povo com intensa
sociabilidade e isso se reflete virtualmente com o advento das mídias sociais.
Dentre os itens que serão tratados na sequência, apenas o Twitter e o LinkedIn tem
acesso liberado a partir da rede do TCESP, sendo que correio eletrônico particular, MSN
Messenger, Facebook, Skype e Orkut, assim como outras páginas são bloqueadas por sistema
automatizado de controle de acesso, que visa minimizar riscos às atividades do Tribunal em
conformidade com a Resolução Nº12/2006, publicada no Diário Oficial do Estado de São
Paulo em 20 de dezembro de 2006 e que pode ser verificada na íntegra no Anexo 1.
Internet emcasa
E-mailparticular
MSNMessenger
Facebook Skype Orkut Twitter
Baby Boomers 94,7 86,8 36,0 34,2 31,6 26,3 7,9
Geração X 95,6 97,8 45,1 53,8 34,1 34,1 12,1
Geração Y 95,7 100,0 78,3 60,9 56,5 47,8 26,1
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Pe
rce
ntu
al
http://intranet.tce.sp.gov.br/portal-dti/resolucao_12_2006.pdf
-
51
6.5.1 Internet em casa
De acordo com o IBOPE/Net ratings, que acompanha o número de usuários
domiciliares de Internet no Brasil, em março de 2011 foram registrados 35,1 milhões de
usuários ativos.
Os números referentes à banda larga fixa e móvel no país alcançaram 63,5 milhões em
fevereiro de 2012, registrando um crescimento de 70% em relação ao mesmo mês de 2011.
Conforme balanço da Associação Brasileira de Telecomunicações – TELEBRASIL, A base
de clientes com internet rápida no Brasil foi acrescida em torno de 26 milhões no último ano,
atingindo a impressionante marca de quase um novo acesso a cada segundo.
A pesquisa com os servidores do TCESP reflete este crescimento a nível nacional e
somado a fatores econômicos e necessidades criadas pelo avanço tecnológico, registrou-se
percentuais bem próximos em todas as gerações, atingindo-se a média geral de 95,2% de
domicílios com acesso a internet.
6.5.2 Correio eletrônico particular
Atualmente a internet já faz parte de nossa rotina e serviços de comunicação como
correios eletrônicos (E-mails) foram completamente incorporados à cultura organizacional do
setor público e privado. Entretanto, essa realidade passou por um período de transição
marcado pela resistência de alguns em assimilar novas tecnologias e mudar padrões de
processos estabelecidos.
O Correio eletrônico talvez seja a ferramenta mais interessante para analisar a
introdução de mudanças tecnológicas, pois nos permite visualizar a sua implementação e
aceitação gradual, assim como traçar perspectivas futuras quanto às ferramentas de mídia
social e comunicação dentro do contexto organizacional e consequentemente, social.
Sobretudo na década de 90, com a expansão da internet e a massificação do uso de
correios eletrônicos, além da preocupação com a questão da segurança da rede, questionava-
se enfaticamente sobre a utilidade e o propósito de sua implantação corporativa, visto que um
-
52
dos argumentos contrários apontava para o uso indevido desta ferramenta para fins alheios ao
trabalho, sendo que isso causaria aumento nos índices de presenteísmo2 em virtude de não
existir uma conscientização e muito menos cultura de se considerar o correio eletrônico
corporativo como propriedade institucional.
Seria muita ingenuidade considerar que os correios eletrônicos corporativos são
utilizados apenas para fins de trabalho e esse grau oscila conforme o usuário, entretanto os
benefícios e facilidades proporcionadas pelo uso de tal ferramenta excedem suas
negatividades.
Correios eletrônicos corporativos são necessidades básicas no contexto atual, entretanto,
a pesquisa demonstrou que a sua aceitação e utilização ultrapassa o ambiente de trabalho para
se tornar quesito essencial para comunicação na vida pessoal. No que se refere à existência de
correio eletrônico particular, Baby Boomers, Geração X e Geração Y registraram percentuais
respectivos de 86,8%; 97,8% e 100%. Estes índices são muitos significativos em razão de se
tratar de uma ação deliberada para criar uma conta particular e utilizá-la de acordo com as
suas necessidades e desejos.
6.5.3 Windows Live Messenger (MSN Messenger)
Criado pela Microsoft em 1999, originalmente com o nome de MSN Messenger, trata-
se de um programa que permite que usuários cadastrados troquem mensagens instantâneas
pela internet, tendo outros serviços inseridos no decorrer de suas atualizações, tais como
espaço para blog e fotos, e-mail e bate-papo (chats).
Relataram fazer uso desta ferramenta: 36,0% dos Baby Boomers, 45,1% da Geração X e
78,3% da Geração Y. Importante relembrar que este serviço não pode ser acessado a partir da
rede do TCESP.
2 Presenteísmo significa que apesar do funcionário estar presente ao trabalho fisicamente, por uma série de
fatores, não está produzindo o quanto deveria.
-
53
6.5.4 Facebook
Fundado nos Estados Unidos em 2004, o Facebook é um site de relacionamentos cuja
missão é tornar o mundo mais aberto e conectado, onde os usuários possam se relacionar
virtualmente com amigos e família, além de descobrir o que está acontecendo na atualidade,
compartilhando e expressando suas opiniões e impressões sobre os assuntos que interessam.
Em dezembro de 2011, o Facebook registrou a impressionante marca de 845 milhões de
usuários ativos, sendo que aproximadamente 80% deste total foram registrados fora dos
Estados Unidos e Canadá, fato amparado pela disponibilidade do site em mais de 70 idiomas.
A média diária de usuários que se conectaram ao Facebook no mesmo mês foi de 483
milhões. A persistir essa taxa de crescimento, a previsão é de ultrapassar 1 bilhão de usuários
em agosto de 2012.
O Brasil possui mais de 44 milhões de usuários cadastrados, segundo dados da Social
Bakers de abril de 2012 e ocupa a 3ª colocação entre os países com maior número de usuários,
atrás apenas dos Estados Unidos e Índia. Importante ressaltar que o Facebook é proibido na
China. Conforme ranking do mesmo instituto, o município de São Paulo encontra-se em 15º
lugar com pouco mais de 4 milhões de usuários do Facebook, número equivalente ao total de
países como Portugal, Bélgica e Suécia.
A tendência de crescimento do Facebook no Brasil ainda é grande, pois apenas 22,19%
da população e 58,76% da população com acesso a internet possui conta cadastrada na rede de
relacionamentos.
Ainda de acordo com o Instituto Social Bakers, o percentual de usuários do Facebook
no Brasil apresenta as seguintes características:
Faixa Etária Percentual
18-24 32%
25-34 28%
35-44 14%
16-17 8%
45-54 7%
13-15 7%
55-64 3%
65-0 1%
-
54
Dentro da pesquisa realizada entre os servidores do TCESP, os Baby Boomers que
possuem cadastro nesta rede de relacionamentos chegam a 34,2%, enquanto que a Geração X
atingiu 53,8% e finalmente, houve o registro de 60,9% para a Geração Y, a única das gerações
estudadas com um percentual acima da média nacional da população com a cesso a internet.
6.5.5 Skype
Trata-se de uma empresa, que disponibiliza um programa que permite realizar, além de
mensagens instantâneas, chamadas de voz e vídeo, utilizando a internet. Chamadas entre
usuários são gratuitas, enquanto ligações para telefones fixos e móveis são cobradas através
de débito baseado na conta do prórprio usuário do sistema.
Em 2010, a fatia do mercado de ligações telefônicas internacionais atribuídas à Skype
foi de 13%, havendo o registro de 560 milhões de contas de usuários do serviço no final de
2009. Em março de 2012, um novo recorde foi atingido com 35 milhões de usuários
conectados simultaneamente ao redor do mundo.
O Skype está disponível em 27 idiomas e foi comprado pela Microsoft em maio de
2011 por US$8,5 bilhões.
Entre os servidores pesquisados, 31,6% dos Baby Boomers possuem cadastro na Skype,
enquanto que a Geração X tem 34,1% e a Geração Y, 56,5%, o que reflete a tendência dos
percentuais cresce