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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA MARIA CECÍLIA PROENÇA TAVARES DE SOUSA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA MELHORA DA ADESÃO AO TRATAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS: UM ESTUDO NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE PEDREIRA SANTA RITA – CONTAGEM, MINAS GERAIS. BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS 2015

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Page 1: PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA MELHORA DA ADESÃO … · ... Operações sobre o “nó crítico 1 ... incidência de comorbidades psíquicas e limitações cognitivas, o que

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

MARIA CECÍLIA PROENÇA TAVARES DE SOUSA

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA MELHORA DA ADESÃO AO TRATAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS: UM ESTUDO NA

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE PEDREIRA SANTA RITA – CONTAGEM, MINAS GERAIS.

BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS 2015

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MARIA CECILIA PROENÇA TAVARES DE SOUSA

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA MELHORA DA ADESÃO AO TRATAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS: UM ESTUDO NA

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE PEDREIRA SANTA RITA – CONTAGEM, MINAS GERAIS.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização Estratégia Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais, para obtenção do Certificado de Especialista. Orientadora: Profa. Dra. Maria Rizoneide Negreiros de Araújo

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

2015

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MARIA CECÍLIA PROENÇA TAVARES DE SOUSA

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA MELHORA DA ADESÃO AO TRATAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS: UM ESTUDO NA

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE PEDREIRA SANTA RITA – CONTAGEM, MINAS GERAIS.

Banca examinadora

Profa. Dra. Maria Rizoneide Negreiros de Araújo – orientadora

Prof. Edison José Corrêa - UFMG

Aprovado em Belo Horizonte, em: 4 de dezembro de 2015.

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DEDICATÓRIA

Aos profissionais da Equipe de Saúde Pedreira Santa Rita,

pela amizade.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus netos, minha filha e genro por me estimularem a

continuar estudando.

Ao Programa Mais Médicos para o Brasil pela oportunidade.

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Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para

que o melhor fosse feito.

Não sou o que deveria ser, mas graças a Deus, não sou o que

era antes.

Sou um pouco melhor, pois aprendi muito com este meu povo

da comunidade da Pedreira Santa Rita.

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LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico da comunidade adscrita à Equipe de Saúde da Família da Unidade Básica de Saúde Pedreira Santa Rita, no município de Contagem, Minas Gerais

13

Quadro 2- Planilha de acompanhamento de adesão ao tratamento de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus na Unidade Básica de Saúde Pedreira Santa Rita, em Contagem, Minas Gerais (2015)

15

Quadro 3 – Operações sobre o “nó crítico 1” relacionado ao problema “falta de adesão ao tratamento das doenças crônicas”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Unidade Básica de Saúde Pedreira Santa Rita, em Contagem, Minas Gerais

23

Quadro 4 – Operações sobre o “nó crítico 2” relacionado ao problema “falta de adesão ao tratamento das doenças crônicas”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Unidade Básica de Saúde Pedreira Santa Rita, em Contagem, Minas Gerais

26

Quadro 5 – Operações sobre o “nó crítico 3” relacionado ao problema “falta de adesão ao tratamento das doenças crônicas”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Unidade Básica de Saúde Pedreira Santa Rita, em Contagem, Minas Gerais

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RESUMO

Esse Trabalho de Conclusão de Curso apresenta um projeto de intervenção sobre um problema de saúde importante, observado na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da família da Unidade Básica de Saúde Pedreira Santa Rita, em Contagem, Minas Gerais. Para esse problema, aplicando o método do Planejamento Estratégico Situacional, são apresentadas ações sobre três nós críticos: (1) Necessidade de aumentar o entendimento e a capacidade de autocuidado das pessoas com doenças crônicas, especialmente hipertensão e diabetes, (2) Organização do processo de trabalho na Unidade Básica de Saúde, para maior adesão ao tratamento e acompanhamento e (3) Orientação e ação com a população sobre saúde mental (comorbidades psíquicas, situações emocionais, adequação familiar e social, etc.). Para cada nó crítico é determinado um projeto, com descrição das operações, resultados, produtos, atores sociais, recursos, viabilidade e formato de acompanhamento e avaliação.

Palavras chaves: Doença crônica. Hipertensão. Diabetes. Saúde da Família.

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ABSTRACT

This final project presents an intervention project on an important health problem, observed in the population under the responsibility of the family health team the Basic Health Unit Quarry Santa Rita, in Contagem, Minas Gerais. For this problem by applying the Situational strategic planning method, are presented on three critical actions: (1) the need to increase the understanding and the ability to self-care for persons with chronic diseases, especially hypertension and diabetes, (2) Organization of the work process in Basic Health Unit, for greater adherence to treatment and follow-up, and (3) orientation and action with the population about mental health (psychological comorbidity , emotional situations, family and social adjustment, etc.). For each critical node is given a project, with description of the operations, results, products, social actors, resources, feasibility and monitoring and evaluation format.

Keywords: Chronic disease. Hypertension. Diabetes. Family health.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 11

1.1 Aspectos gerais 11

1.2 Estimativa rápida: definição dos problemas de saúde do território e da comunidade

12

1.3 Priorização dos problemas 13

1.4 Explicação do problema 14

2 JUSTIFICATIVA 17

3 OBJETIVOS 18

4 METODOLOGIA 19

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 20

6 PROJETO DE INTERVENÇÃO 20

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 30

REFERÊNCIAS 31

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Aspectos gerais

Estudos em epidemiologia das doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes

mellitus (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS), na população, indicam que

cerca de 60% da população brasileira apresentam pelo menos uma condição de

saúde crônica. Em idosos o efeito das condições crônicas varia muito, mas em geral,

essas condições diminuem o bem estar e ameaçam a independência dos mesmos

(BRASIL, 2007).

Não obstante, observou-se que cerca de 60% da população atendida não adere de

forma adequada ao tratamento, sendo que esta baixa adesão é a principal causa de

controle inadequado das doenças e suas complicações e internações. Esses dados

são da observação empírica na Unidade Básica de Saúde (UBS) Pedreira Santa

Rita – Contagem.

A UBS Pedreira Santa Rita localizada no Bairro Industrial do município de

Contagem, pertencente à Região Metropolitana de Belo Horizonte, caracteriza-se

como uma região carente, com população idosa ou de pouca escolaridade, alta

incidência de comorbidades psíquicas e limitações cognitivas, o que justifica, entre

outros fatores, a adesão pouco eficiente a tratamentos propostos para doenças

crônicas como HAS e DM. A essa UBS articula-se a Equipe de Saúde da Família à

qual pertence a autora.

Entre os papéis das secretarias municipais de saúde em relação à Politica Nacional

da Atenção Básica (BRASIL, 2011) destaca-se a importância de apoiar as equipes e

serviços no processo de implantação, acompanhamento, e qualificação da Atenção

Básica e na ampliação e consolidação da Estratégia Saúde da Família como

ordenadora da rede de atenção à saúde.

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1.2 Estimativa rápida: definição dos problemas de saúde do território e da comunidade

A população adscrita à Unidade Básica de Saúde Pedreira Santa Rita é bastante

carente, o que significa que grande parte dos pacientes atendidos vem de classes

mais desfavorecidas, o que faz com que diversos problemas prejudiquem a adesão

ao tratamento tanto medicamentoso como não medicamentoso.

Entre esses inúmeros problemas é possível apontar-se:

• o alto índice de analfabetismo entre os pacientes;

• as dificuldades visuais e cognitivas;

• a dificuldade em se entender receitas;

• os horários de administração das medicações;

• o desconhecimento de sua situação de saúde ou dos benefícios do

tratamento oferecido;

• a dificuldade de acesso à UBS;

• a má qualidade dos hábitos alimentares;

• o sedentarismo;

• a falta de adesão ao tratamento das doenças crônicas.

Existe, ainda, dificuldade no estabelecimento de parcerias com o poder público

municipal para maiores investimentos no local e em seu entorno no que tange à

elaboração de projetos voltados para a saúde, à melhoria das condições da UBS, à

extensão de atendimento, à educação e capacitação da equipe e compra de

materiais. Tudo isso contribui para que as consultas sejam esparsas e as receitas

vençam, para que não haja exames e consultas específicas com bom acesso e

favoreçam a adoção de uma melhor abordagem e tratamento completo.

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1.3 Priorização dos problemas

Quadro 1 - Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico da comunidade adscrita à Equipe de Saúde da Família da Unidade Básica de Saúde Pedreira Santa Rita, no município de Contagem, Minas Gerais Problemas Importância* Urgência** Capacidade de

enfrentamento***

Seleção/

Priorização****

Alto índice de analfabetismo entre os pacientes

Alta 2 fora 6

Dificuldades visuais e cognitivas

Alta 2 fora 6

Dificuldade em se entender receitas

Alta 2 parcial 5

Horários de administração das medicações

Alta 2 parcial 5

Desconhecimento de sua situação de saúde ou dos benefícios do tratamento oferecido

Alta 4 parcial 3

Dificuldade de acesso à UBS Alta 5 parcial 2

má qualidade dos hábitos alimentares

Alta 3 parcial 4

Sedentarismo Alta 2 parcial 5

A falta de adesão ao tratamento das doenças crônicas

Alta 8 Total 1

*Alta, média ou baixa **Total dos pontos distribuídos até o máximo de 30 ***Total, parcial ou fora ****Ordenar considerando os três itens

Assim, o problema priorizado para um projeto de intervenção foi a “falta de adesão

ao tratamento das doenças crônicas”.

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1.4 Explicação do problema

O problema prioritário “falta de adesão ao tratamento das doenças crônicas” guarda

correlação com uma série de explicações.

Uma rápida estimativa realizada entre os meses de março e junho de 2015 indicou

que, dentre os 771 pacientes esperados para o tratamento de hipertensão arterial

sistêmica e diabetes mellitus apenas 371 foram acompanhados conforme o

protocolo de saúde. Destes, apenas 220 continuaram o tratamento adequadamente,

como apresentado no Quadro 1, totalizando 151 desistências ou não aderência

satisfatória ao tratamento.

Dentre estes pacientes, cerca de 20% desconheciam sua real situação de saúde,

existindo a crença que só estariam doentes quando os sintomas se apresentassem;

10% achavam difícil tomar todas as medicações nos horários prescritos ou tinham

dificuldades de ler as receitas; 18% achavam que já haviam melhorado em função

das melhoras ocorridas nos sintomas da doença, razão pela qual abandonaram o

tratamento e 12% não conseguiu ir à UBS por razões de acessibilidade.

O Quadro 2, a seguir, apresenta os números de consultas por livre demanda, os

pacientes esperados em hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, os que

estão de fato cadastrados e os que, efetivamente, aderiram ao tratamento na UBS

Pedreira Santa Rita entre os meses de março e junho de 2015.

Pelos dados do Quadro 2, considerando-se o momento atual, verifica-se que a

equipe de saúde tem um grande desafio a superar para de fato saber da existência

de portadores de DCNT cadastradas no serviço, os quais ainda não estão

recebendo o acompanhamento e o monitoramento necessários.

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Quadro 2- Planilha de acompanhamento de adesão ao tratamento de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus na Unidade Básica de Saúde Pedreira Santa Rita, em Contagem, Minas Gerais (2015). Momento atual Em 6 meses Em 1 ano

N % N % N %

Hipertensos esperados 697,5 22,5

Hipertensos cadastrados 380 12,25

Hipertensos confirmados 320 10,32

Hipertensos acompanhados conforme protocolo

230 7,41

Hipertensos controlados 180 5,80

Diabéticos esperados 214 6,9

Diabéticos cadastrados 74 2,38

Diabéticos confirmados 74 2,38

Diabéticos acompanhados conforme protocolo

51 1,64

Diabéticos controlados 40 1,29

Portadores de dislipidemia 90 2,9

Obesos 120 3,87

Tabagistas 200 6,24

Sedentários 160 1,2

Complicações de problemas cardiovasculares

20 0,64

Internações por causas cardiovasculares

30 0,96

Óbitos por causas cardiovasculares

5 0,16

Fonte: Autora, 2015. Indicadores: 3.100 pessoas cadastradas na Unidade

Ademais, entendendo que os profissionais da rede básica de saúde, mediante a

estratégia de Saúde da Família e os processos avaliação e monitoramento em

saúde, têm papel primordial nas ações de controle das doenças crônicas como DM e

HAS, quer na definição do diagnóstico clínico e conduta terapêutica, quer nos

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esforços requeridos para informar e educar os pacientes e familiares sobre como

fazer para seguir o tratamento.

É preciso se ter em mente que a manutenção da motivação do paciente em não

abandonar o tratamento é, talvez, uma das batalhas mais árduas que profissionais

de saúde enfrentam. Para tanto, é preciso investigar as causas que levam ao

abandono do tratamento, entendê-las e alcançar projetos de enfrentamento a essas

causas para que se verifique uma melhora na adesão ao tratamento de HAS e DM,

com consequente melhoria na qualidade de vida.

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2 JUSTIFICATIVA As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) representam grande parte da

demanda espontânea na Unidade Básica de Saúde Pedreira Santa Rita –

Contagem. Esses atendimentos são mais direcionados para a renovação de receitas

ou por descompensação que ocorre por falta de seguimento da terapêutica

medicamentosa e das orientações pertinentes ao controle da doença, como por

exemplo: o seguimento da dieta, a falta de exercícios, entre outras.

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3 OBJETIVOS

3.1 Geral

Propor um projeto de intervenção com a finalidade de viabilizar a adesão satisfatória

ao tratamento dos portadores de doenças crônicas não transmissíveis, em especial

Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica, na Unidade Básica de Saúde

Pedreira Santa Rita, no município de Contagem - Minas Gerais.

3.2 Específicos

1. Propor ações para aumentar o entendimento e a capacidade de autocuidado

das pessoas com doenças crônicas, especialmente hipertensão e diabetes.

2. Propor formas e instrumentos de organização do processo de trabalho na

Unidade Básica de Saúde, para maior adesão ao tratamento e

acompanhamento.

3. Estabelecer possibilidades de orientação e ação com a população sobre

saúde mental (comorbidades psíquicas, situações emocionais, adequação

familiar e social, etc.).

4. Rever aspectos conceituais de balizamento para as ações de intervenção.

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4 METODOLOGIA

Para a elaboração do projeto de intervenção foram seguidas as seguintes etapas:

• Dados do diagnóstico situacional realizado de acordo com as orientações

contidas no módulo de planejamento e avaliação das ações em saúde

(CAMPOS; FARIA; SANTOS e 2010).

• Consulta aos dados existentes na unidade e no banco de dados do programa

HIPERDIA (Hipertensão e Diabete) referente aos usuários atendidos na

unidade.

• Pesquisa bibliográfica para levantar as evidências já existentes sobre o

problema. Foram pesquisados nas bases de dados da Biblioteca Virtual em

Saúde, por meio dos seguintes descritores:

Doença crônica.

Hipertensão.

Diabetes.

Saúde da Família.

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5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um importante fator de risco para o

desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares, sendo

responsável, por aproximadamente 40% das mortes por acidente vascular cerebral,

sendo ainda responsável por 25% das mortes pelas doenças arteriais coronarianas

combinadas com diabetes (BRASIL, 2006).

O Ministério da Saúde (BRASIL, 2006) destaca que os profissionais da atenção

básica à saúde têm papel importante no controle da HAS realizando o diagnóstico

clínico precoce e pela conduta terapêutica e não terapêutica indicadas

adequadamente. Compete ao usuário seguir as condutas determinadas e praticar o

autocuidado

Girotto et al. (2013) comentam que a não adesão ao tratamento da hipertensão é um

dos grandes desafios para o controle da doença. Sabe-se que não só a terapêutica

medicamentosa pode controlar a pressão arterial. Este mesmo comentário pode ser

aplicado às diabetes, pois exige do paciente também o seu compromisso com o

controle da sua doença.

É sabido que a HAS e o DM, entre as condições crônicas que acometem a

população, Têm alta prevalência e baixas taxas de controle, são consideradas um

dos principais fatores de risco (FR) modificáveis e um dos mais importantes

problemas de saúde pública. São fatores determinantes de morbidade e

mortalidade, mas, quando adequadamente controladas, reduzem significativamente

as limitações funcionais e a incapacidade nos indivíduos (SOCIEDADE BRASILEIRA

DE CARDIOLOGIA, 2010).

Assim, é certo dizer que o trabalho de equipe de Saúde da Família (SF) local deve

pautar-se em cuidados com princípios norteadores da atenção primária:

universalidade, acessibilidade, continuidade, integralidade, responsabilização,

humanização, vínculo, equidade e participação social. Essas equipes são

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responsáveis pelo acompanhamento de um número delimitado de famílias,

localizadas em um território definido (BRASIL, 2011).

Por outro lado, por processo de avaliação entende-se “um processo crítico reflexivo

sobre práticas e processos desenvolvidos no âmbito dos serviços de saúde. É um

processo contínuo e sistemático cuja temporalidade é definida em função do âmbito

em que ela se estabelece” (BRASIL, 2005, p.18).

A adesão correta, que significa a continuidade no tratamento, é a principal

determinante para a efetividade deste, pois a não adesão pode causar atenuação

dos benefícios clínicos conseguidos. A baixa adesão é identificada como a principal

causa do controle inadequado das doenças crônicas, em especial, DM e HAS.

Dos pacientes que não têm adequado controle da pressão arterial,

aproximadamente 60% não adere ao medicamento recomendado e ao tratamento

proposto em sua totalidade, incluindo adoção de novos hábitos de vida, incluindo-se

os hábitos alimentares (TEIXEIRA; COELHO, 2012).

Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, é grande o desperdício de recursos

destinados a medicamentos. Por isso, o grau de adesão dos pacientes deve ser

sempre examinado, assim como o comportamento prescritivo dos profissionais de

saúde, como parte das avaliações da qualidade do atendimento, pois

frequentemente uma prescrição sinaliza o fim de uma consulta, ao invés do início de

um trabalho conjunto (VERGETTI; MELO; NOGUEIRA, 2008).

A magnitude e o impacto da baixa adesão em países em desenvolvimento também é

consequência tanto da escassez como da desigualdade de acesso aos serviços de

saúde, dos baixos índices de escolaridade, e de fatores diversos em ordem social e

econômica. As baixas taxas de adesão ao tratamento medicamentoso proposto são

uma das principais causas de acometimento de complicações, bem como do alto

número de internações de paciente portadores de HAS e DM. Estudos apontam,

enfaticamente, que hipertensos que abandonaram o tratamento apresentaram risco

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de síndrome coronária aguda três vezes superior aos dos pacientes que mantiveram

o tratamento anti-hipertensivo (VERGETTI; MELO; NOGUEIRA, 2008).

As doenças crônicas, em especial a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes, são

as que merecem maior atenção pelos fatores de riscos associados, como as

doenças cardiovasculares, maiores causadoras de óbitos (MENDONÇA; NUNES,

2015).

Mendonça e Nunes (2015) relatam em seus estudos que nos grupos de educação

em saúde avaliados sempre houve uma baixa adesão da população nas atividades.

Infere que seja devido à baixa capacitação da equipe.

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6 PROJETO DE INTERVENÇÃO

Não obstante os problemas relatados fomentem a não aderência ao tratamento em

doenças crônicas, é possível, mediante avaliação, projeto e monitoramento,

utilizando a metodologia de determinação dos nós críticos, ou seja, problemas

intermediários, causas do problema principal, que, resolvidos, minimizariam ou

solucionariam o problema principal. São os nós críticos.

1. Necessidade de aumentar o entendimento e a capacidade de autocuidado

das pessoas com doenças crônicas, especialmente hipertensão e diabetes.

2. Organização do processo de trabalho na Unidade Básica de Saúde, para

maior adesão ao tratamento e acompanhamento.

3. Orientação e ação com a população sobre saúde mental (comorbidades

psíquicas, situações emocionais, adequação familiar e social, etc.).

Os Quadros 3 a 5 indicam as ações para os projetos de intervenção, direcionados a

cada um dos nós críticos, a serem implantadas na Unidade Básica de Saúde

Pedreira Santa Rita, para a maximização da adesão ao tratamento de doenças

crônicas, especialmente hipertensão arterial sistêmica e diabetes, por parte dos

pacientes, com prazos e ações articulados.

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Quadro 3 – Operações sobre o “nó crítico 1” relacionado ao problema “falta de adesão ao tratamento das doenças crônicas”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Unidade Básica de Saúde Pedreira Santa Rita, em Contagem, Minas Gerais

Nó crítico 1 Necessidade de aumentar o entendimento e a capacidade de autocuidado das pessoas com doenças crônicas, especialmente hipertensão e diabetes.

Projeto Saúde Mais

Operação Avaliação do nível de informação da população sobre as doenças

Propor conversas e reuniões

Orientação/pacientes e familiares sobre a importância da adesão.

Educação sobre mudança de hábitos de vida.

Orientação sobre efeitos colaterais esperados e como minimizá-los

Grupos de apoio para caminhada, dietas, ginástica.

Evitar a interrupção do tratamento de uso contínuo por melhora dos sintomas

Resultados esperados

Com a humanização da escuta dos pacientes é possível estabelecer a melhor abordagem para tratamento.

Definir formato, conteúdos e objetivos do projeto.

A educação sobre cuidados com saúde envolvendo a família propicia maios adesão ao tratamento

A prática de esportes e mudanças de hábitos alimentares faz parte do tratamento. Melhorar os hábitos alimentares e exercício físico dos pacientes

Reduzir a falta de aderência às medicações devido aos efeitos colaterais

Uso correto das medicações e diminuição da polifarmácia. Evitar que os pacientes tomem as medicações de forma errada. Orientar os pacientes e familiares sobre os afeitos colaterais das medicações, como minimizá-los.

Produtos esperados

Atores sociais/ responsabilidades

Médica, enfermeira e demais componentes da equipe.

Controle dos recursos críticos / Viabilidade

Ator que controla:

Motivação:

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Quadro 4 – Operações sobre o “nó crítico 2” relacionado ao problema “falta de adesão ao tratamento das doenças crônicas”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Unidade Básica de Saúde Pedreira Santa Rita, em Contagem, Minas Gerais

Nó crítico 2 Organização do processo de trabalho na Unidade Básica de Saúde, para maior adesão ao tratamento e acompanhamento.

Projeto Gestão e linha de cuidado

Operação Fazer busca ativa dos pacientes com problemas visuais. Encaminhamento de pacientes ao oftalmologista.

Agendar consultas de forma mais eficaz, evitando-se o vencimento das receitas. Manter as receitas em dia e evitar que o paciente fique sem as medicações de uso diário.

Manter o acompanhamento contínuo dos pacientes na UBS. Agendar o retorno do paciente assim que sair da consulta atual

Organizar medicação de maneira mais simples, utilizando símbolos. Agrupar medicação em horários diminuindo sua quantidade. Organizar e agrupar as medicações em horário determinados e reduzir a quantidade de medicações quando possível. Orientar os pacientes e familiares sobre a importância da adesão ao seu tratamento.

Orientar os pacientes e familiares sobre a importância de modificar o estilo de vida. Orientar pacientes e familiares sobre a necessidade de manutenção do tratamento mesmo após melhora dos sintomas.

Pacto com a Prefeitura com mais investimentos em ações positivas. Pactuação com prefeitura e secretaria de saúde sobre as medicações presentes na rede e importância de mantê-las sempre disponíveis. Pactuação com prefeitura e secretaria de saúde sobre a melhora do acesso à unidade.

Capacitação da Equipe da UBS.

Contratações e compras que viabilizam consultas e exames especializados.

Resultados esperados

Famílias e conhecidos próximos envolvidos no cuidado dos pacientes. Maior atenção a comorbidades psíquicas que dificultam a adesão correta ao tratamento.

Produtos esperados Famílias e amigos envolvidos. Maior adesão.

Atores sociais/ responsabilidades

Médica, enfermeira e demais componentes da equipe.

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Quadro 5 – Operações sobre o “nó crítico 3” relacionado ao problema “falta de adesão ao tratamento das doenças crônicas”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Unidade Básica de Saúde Pedreira Santa Rita, em Contagem, Minas Gerais

Plano de ação para melhorar a adesão ao tratamento dos usuários portadores de

hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus

Muitas são as dificuldades que levam o paciente a não aderir de forma eficiente ao

tratamento de doenças crônicas, sobretudo, hipertensão arterial sistêmica e diabetes

mellitus. No contexto estudado, são fatores de ordem econômica, social, de

acessibilidade e disponibilidade de meios para a promoção da saúde.

Os maiores problemas enfrentados no eixo estudado e quais são fatores que

dificultam, por diferentes motivos, a adesão correta ao tratamento por parte dos

pacientes que devem atuar como protagonistas dessa realidade. Como mencionado

anteriormente, são diversas as razões que culminam nesta aderência insuficiente do

tratamento, principalmente em hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus.

Contribuem para tanto a baixa renda da população, que impossibilita uma dieta

balanceada; a escolaridade insuficiente, que dificulta o entendimento dos fatores

associados à correta ingestão da medicação (horário e efeitos colaterais); o grande

número de medicações; comorbidades psíquicas; melhora nos sintomas e

dificuldade de acesso à UBS e aos medicamentos propriamente ditos.

Nó crítico 3 Orientação e ação com a população sobre saúde mental (comorbidades psíquicas, situações emocionais, adequação familiar e social, etc.).

Projeto Cuca boa!

Operação Orientação e encaminhamento sobre comorbidades psíquicas.

Resultados esperados

Envolver a família e conhecidos próximos no cuidado dos pacientes.

Produtos esperados Famílias e conhecidos envolvidos.

Atores sociais/ responsabilidades

Médica, enfermeira e demais componentes da equipe.

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Entretanto, existem algumas técnicas da Atenção Básica de Saúde e do Programa

de Saúde da família que podem melhorar, substancialmente, a realidade da

aderência ao tratamento de doenças crônicas. Como exemplo, a avaliação em

saúde pode ser implementada na UBS na medida em que compreenda os desafios

do serviço que a Unidade oferece. Por outro lado, o monitoramento em saúde se

prestaria a cadastrar, acompanhar e quantificar tanto os pacientes atendidos, quanto

sua evolução.

Nessa esteira, a capacitação da equipe de saúde tem lugar primordial para

encontrar formas de abordagem e educação mais eficazes, claras, acessíveis aos

pacientes facilitando a compreensão de seu estado, os benefícios e desafios do

tratamento e a necessidade de sua continuação.

O investimento do poder público em compras de materiais para exames especiais,

investimento em recursos humanos e consultas específicas também não deve ser

desprezado constituindo fator relevante para o encaminhamento do paciente ao

tratamento adequado, consequentemente, atingindo índices mais satisfatórios de

aderência.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Embora as doenças crônicas como diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica

sejam altamente prevalentes entre a população e conhecidas as suas complicações,

grande parte dos pacientes tem resistência em aderir ao tratamento para estas

enfermidades.

Não raro porque estas doenças vêm acompanhadas de comorbidades, não

esquecendo os fatores sociais e econômicos, como o analfabetismo, falta de acesso

a serviços adequados de saúde, desconhecimento sobre a doença.

Na UBS Pedreira Santa Rita situada no Município de Contagem, Região

Metropolitana de Belo Horizonte – Minas Gerais, não são diferentes. São diversos os

fatores que dificultam a continuidade do tratamento em hipertensão arterial sistêmica

e diabetes mellitus pelos pacientes, além daqueles já acima citados.

Nesse sentido, há necessidade da aplicação de conhecimentos de Atenção Básica à

Saúde e Estratégia de Saúde da Família no trabalho da Unidade para que se

consiga a identificação dos problemas, a adoção da avaliação mais adequada. A

partir dos materiais e métodos disponíveis, como mostrado, espera-se conseguir

maior adesão ao tratamento das doenças crônicas e a correta administração das

medicações.

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REFERÊNCIAS

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2007 (Caderno da Atenção Básica n.19).

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GIROTTO, E.; ANDRADE, S. M.; CABRERA, M. A. S.; MATSUO, T. Adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico e fatores associados na atenção primária da hipertensão. Ciência & Saúde Coletiva. V. 18, n. 6, p. 1763 -77, 2013.

MENDONÇA, F. F.; NUNES, E. F. P. A. Avaliação de grupos de educação em saúde para pessoas com doenças crônicas. Trab. Educ. Saúde. v. 13. n. 2, p. 397-409, maio/agosto, 2015.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA / SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO / SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol. V. 95, n. (1 supl.1), p. 1-51, 2010.

TEIXEIRA, A. C.; COELHO, H. L. Estudo transversal sobre adesão ao tratamento da hipertensão. Disponível em http://www.durgla.uab. es/miembros/Bra/AP/HTAenAP.htm.

VERGETTI, B. K.; MELO, A. N.; NOGUEIRA, A. R. Prevalência da adesão ao tratamento anti-hipertensivo em hipertensos resistentes e validação de três métodos indiretos de avaliação da adesão. Cadernos de Saúde Publica. Rio de Janeiro. V.12, n. 24, p. 2979-2984, 2008.