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Prof. Duílio Antero de Camargo Prof. Duílio Antero de Camargo Psiquiatra clínico e forense – Médico do Psiquiatra clínico e forense – Médico do Trabalho Trabalho Instituto de Psiquiatria – HC FM USP Instituto de Psiquiatria – HC FM USP Grupo de Saúde Mental e Grupo de Saúde Mental e Psiquiatria Ocupacional Psiquiatria Ocupacional Comissão Técnica de Saúde Mental e Comissão Técnica de Saúde Mental e Trabalho Trabalho Associação Nacional de Medicina do Trabalho Associação Nacional de Medicina do Trabalho 1

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Page 1: Prof. Duílio Antero de Camargo Psiquiatra clínico e forense – Médico do Trabalho Psiquiatra clínico e forense – Médico do Trabalho Instituto de Psiquiatria

Prof. Duílio Antero de CamargoProf. Duílio Antero de Camargo Psiquiatra clínico e forense – Médico do TrabalhoPsiquiatra clínico e forense – Médico do Trabalho

Instituto de Psiquiatria – HC FM USPInstituto de Psiquiatria – HC FM USP Grupo de Saúde Mental eGrupo de Saúde Mental e

Psiquiatria OcupacionalPsiquiatria Ocupacional

Comissão Técnica de Saúde Mental e TrabalhoComissão Técnica de Saúde Mental e Trabalho Associação Nacional de Medicina do TrabalhoAssociação Nacional de Medicina do Trabalho

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Burnout (Z.73.0)Burnout (Z.73.0) Síndrome do “esgotamento profissional Síndrome do “esgotamento profissional”

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Considerações gerais

• A síndrome do esgotamento profissional é um processo iniciado com excessivos e prolongados níveis de estresse (tensão) no trabalho.

• Termo burnout (jargão ingles): alguem que chegou ao seu limite, aquilo que deixou de funcionar (por falta de energia)

• Grupo de risco: profissionais da área de saúde, educação e serviços assistenciais,

• (Trigo,2007)

• .

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Considerações gerais

• Conseqüências do burnout: pode levar ao adoecimento físico, psíquico e comprometimento da produtividade, levando ao absenteísmo e presenteísmo, aumento de conflitos interpessoais e rotatividade .

• Pode-se apresentar em comorbidade com algumas doenças psiquiátricas ou até desencadeá-las, como é o caso dos transtorno depressivo

• (Trigo, 2007)

• .

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Considerações gerais

- O termo Burnout - empregado desde 1980 por Freudenberger- No Brasil é conhecido aproximadamente desde 1999, quando foi incluido na (“nova”) lista

de doenças relacionadas ao trabalho e em 2007 (consequências no NTEP)

Cap.10 – Transtornos mentais relacionados ao trabalho. Demência (F 02.8); Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho (F10. 2); Episódios Depressivos

(F 32); Transtorno de estresse pós-traumático. (F43. 1); Transtorno do ciclo vigília-sono (F51.2) ; Síndrome de Burnout, Síndr do esgotamento profissional (Z 73.0)

- Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário. - a doença cuja incidência for elevada em determinada atividade econômica, será

caracterizada como do trabalho, - transferência do ônus da prova (empregador: “provar que não causou a doença”)- mudanças na forma de pagamento do SAT (RAT risco acid. trab.): “empresa que provocar

mais adoecimento, paga mais”.-

• .

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SintomatologiaSintomatologia

• síndrome do “esgotamento profissional”, vinculada a uma exposição contínua a estressores emocionais e interpessoais crônicos no trabalho, sendo caracterizada clinicamente por:

• exaustão emocional- sentimentos de desgaste emocional e esvaziamento afetivo;

• despersonalização- reação negativa, insensibilidade ou afastamento excessivo do público que deveria receber os serviços ou cuidados do paciente;

• diminuição do envolvimento pessoal no trabalho- sentimento de diminuição de competência e de sucesso no trabalho

(Ministério da Saúde, 2001 a). (Selligman Silva, 2003), (Jardim, Glina, 2000).

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Burnout: Burnout: síndrome do “esgotamento profissional”síndrome do “esgotamento profissional” (Z.73.0)(Z.73.0)

SINTOMATOLOGIASINTOMATOLOGIA

• Físicas e Mentais: dores osteomusculares, insônia, alterações (memória, pensamento), labilidade emocional, baixa auto-estima, impaciência/ irritabilidade, consumo >(álcool, tabaco, drogas ilícitas).

• Ocupacionais: dificuldade na realização das atividades rotineiras, negligência, contato impessoal

• Organizacionais: conflitos com colegas, rotatividade, baixa produtividade, absenteísmo e presenteísmo

• Sociais- distanciamento familiar (cônjuge/filhos/parentes), amigos, lazer. (Trigo, Teng,Hallak,2007)

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u

Sindrome de Burnout

e o

Estresse Ocupacional

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Estresse ocupacionalEstresse ocupacional ConceitosConceitos

• Termo popular- “estressado” (irritado, tenso, nervoso, chateado, exigente)

• Reação frente a situação de risco ou ameaça, provocada por estressores;• Os estressores são exigências que o indivíduo tem que confrontar-se e

que provocam uma tentativa da superação ou resolução do problema;(Weiner, Mcewen, apud Guimarães,Freire 2004)

• “O estresse no trabalho ocorre quando as exigências do trabalho não se igualam às capacidades, aos recursos ou às necessidades do trabalhador”. (NIOSH, 1999)

• Fases do estresse- 1ª. (alarme/alerta); 2ª. (adaptação/resistência); 3ª. (exaustão/esgotamento)

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1a Fase ALARME / ALERTA

2a Fase ADAPTAÇÃO/ RESISTÊNCIA

3a FaseEXAUSTÃO / ESGOTAMENTO

-sudorese, taquicar-dia,

tonturas, tremores -dispnéia, outros.

- se de pequena duração e

intensidade-(organismo volta ao

equilíbrio)

- o organismo tenta recuperar o desequi-

líbrio da 1a. fase

-se longa duração (enfraquecimento+ vulne-rabilidade à

doenças).

o organismo não consegue mais atingir o equilíbrio. Podem surgir:

Exaustão psicológica (TM) depressivos, ansiosos, fóbicos.....

Exaustão física (enfermidades)

cardiovasculares (Hipertensão Arterial); neurológicas (cefaléia), gastrintestinais (gastrites, úlceras); osteomusculares (dores cervicais, membros)..

Fases do estresse

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Impacto Econômico Burnout: Burnout: síndrome do “esgotamento profissional”síndrome do “esgotamento profissional” (Z.73.0)(Z.73.0)

• EUA• - estresse e problemas relacionados, como é o burnout, levando a custo calculado de

mais de $150 bilhões anualmente para as organizações (Donatelle e Hawkins, 1989).

• Canadá• enfermeiros apresentavam altas taxas de licenças médicas entre todos os

trabalhadores, o que se devia, principalmente, ao burnout, ao estresse induzido pelo trabalho e às lesões musculoesqueléticas (Shamian et al., 2003).

• OMS• - considerou o burnout como uma das principais doenças dos europeus e americanos,

ao lado do diabetes e das doenças cardiovasculares (Akerstedt, 2004; Weber e Jaekel-Reinhard, 2000).

• convocou um grupo internacional de conhecedores no assunto , a fim de elaborar medidas para a sua prevenção Cherniss (EUA), Cooper (Reino Unido), entre outros (World Health Organization, 1998).

• {Trigo,Teng,Hallak-2007}

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u

Síndrome de Burnout

e oImpacto na Saúde dos

Trabalhadores da

Saúde 12

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Pesquisas sobre burnout em trabalhadores da área de saúde

• 1- Médicos finlandeses • Sintomas de estresse, burnout e pensamentos suicidas foram avaliados em uma

população de 2.671 médicos (Olkinuora et al., 1990).• Índices de elevado burnout: clínica médica, medicina do trabalho, psiquiatria,

inclusive a infantil, medicina interna, oncologia, dermatologia, infectologia, radiologia, neurologia e pneumologia.

• Não-especialistas pontuaram um nível mais elevado de burnout comparados aos especialistas.

• Já os médicos de postos de saúde municipais tinham elevados níveis da síndrome.• Os que trabalhavam no setor particular, universidades e institutos de pesquisa foram

os que apresentaram os menores níveis. • {Trigo,Teng,Hallak-2007}

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Pesquisas sobre burnout em trabalhadores da área de saúde

• 2- Equipes de saúde européias: Encontrado um aumento do número de profissionais médicos acometidos pela

síndrome. Preocupação quanto: a) comprometimento da saúde desses trabalhadores; b) qualidade dos cuidados com os pacientes; c) quanto aos prejuízos financeiros que causam (World Health Organization, 2003).

3- Médicos espanhóis: - Evidenciou-se: da Atenção Primária (AP) 85,7% e secundária (AE) 69,1% (Munoz et

al., 2003). - Concluiu: a síndrome está emergindo como um problema de saúde pública neste

país entre os profissionais de saúde (Siguero et al., 2003). - Profissionais da saúde (Espanha)-conclui que os maiores riscos para a síndrome

encontravam-se em mulheres acima de 44 anos, com mais de 19 anos nessa ocupação, e carga horária entre 36 a 40 horas semanais (Martinez, 1997). {Trigo,Teng,Hallak-2007}

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Pesquisas sobre burnout em trabalhadores da área de saúde

• 2-Médicos americanos• - Amostra de 1.840 médicos , mostraram maiores índices de elevado burnout: no

serviço privado (55%), seguido pelos médicos do setor público (39%) e do acadêmico (37%) (Deckard et al., 1992)

- Dependendo da especialidade médica ou região dos Estados Unidos, estudos documentaram uma variação de acometimento de médicos pelo burnout de 40% a 70% (Creagan, 1993; Creagan, 1998; Gundersen, 2001; Spickard et al., 2002).

- Médicos de emergência, de doenças infecciosas, de oncologia e de medicina geral, eram os de (Creagan, 1998).

• 5- Estudo longitudinal realizado em Nova York, Chicago e Wisconsin obteve, de um total de 422 médicos, uma porcentagem de 27% apresentando sintomas de burnout. Também se sugeriu que insatisfação, estresse e burnout em médicos estavam associados a pacientes insatisfeitos e que pouco aderiam aos tratamentos prescritos (Linzer et al., 2002). {Trigo,Teng,Hallak-2007}

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Pesquisas sobre burnout em trabalhadores da área de saúde

• 2-Médicos sul americanos• No Mexico : prevalência de aproximadamente 47,16% em profissionais da

atenção primária (AP) e atenção especializada (AE) acometidos por burnout (Martinez, 1997).

• No Brasil• - No RN (205 profissionais de três hospitais universitários) : 93% dos

participantes de um dos hospitais apresentavam burnout de níveis moderado e elevado (Borges et al., 2002).

• - Sociedade Brasileira de Cancerologia: essa síndrome em níveis moderados ou graves em 15,7% dos médicos. ( Tucunduva et al., 2006).

• Médicos (filiados APM) revelou que os níveis mais altos de Burnout e de insatisfação profissional foram detectados naqueles que atuam em serviço público e em medicina de grupo, com condições precárias de trabalho (Rodrigues, 2000).

• {Trigo,Teng,Hallak-2007}

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Fatores de Risco para Fatores de Risco para a Síndrome de Burnouta Síndrome de Burnout

• Fatores Organizacionais• Fatores Individuais• Fatores Ocupacionais• Fatores Sociais {Trigo,Teng,Hallak-2007}

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Fatores de Risco para a Síndrome de Burnout

Fatores OrganizacionaisImpossibilidade de progredir na carreiraExcesso de riscos ambientais

Fatores IndividuaisDificuldade em tolerar frustraçõesPessimistas Perfeccionistas Grande expectativa e idealismo profissionalMulheres: >risco Nível educacional mais elevadorisco: solteiros, divorciados, viúvos

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Fatores de Risco para a Síndrome de Burnout

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Burnout e depressão

• “Dúvidas sobre a definição diagnóstica da síndrome de burnout, suas diferenças e correlações com a depressão ainda estão em estudo”.

• “Alguns autores acreditam que a depressão seguiria o burnout e que altos níveis de exigência psicológica, baixos níveis de liberdade de decisão, baixos níveis de apoio social no trabalho e estresse devido a trabalho inadequado são preditores significantes para subseqüente depressão. Sugere-se também que os indivíduos jovens com burnout têm maior porcentagem de depressão leve do que ausência de depressão” (Iacovides et al., 2003).

• {Trigo,Teng,Hallak-2007}

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Burnout e transtornos ansiosos

• •

• “Não se encontraram estudos que avaliassem a associação de transtornos ansiosos específicos (transtorno do pânico, fobia social, ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno do estresse pós-traumático) e burnout.”

• “Em Chicago (EUA), constatou-se que dentistas se deparam com numerosas fontes de estresse profissional, iniciadas já na faculdade. Afirmou-se que estão propensos a burnout, transtornos ansiosos e depressivos em razão da natureza da prática clínica e dos traços de personalidade comuns aos que decidem pela carreira odontológica.” (Rada e Johnson-Leong, 2004). {Trigo,Teng,Hallak-2007}

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Burnout e abuso/dependência ao álcool e outras substâncias ilícitas

• Médicos finlandeses como parte de uma pesquisa sobre estresse e burnout.• - O aumento do consumo de álcool estava associado, entre outros, a tabagismo, uso de

benzodiazepínicos, estresse e burnout, pensamentos de morte, insatisfação geral.• - Hábitos de beber eram mais pesados entre médicos trabalhando nos centros

comunitários de saúde.• Médicos generalistas franceses.• - elevado nível de burnout em 5% da população avaliada. De cada 3 médicos, 1 pensava

em se submeter a novo treinamento, 5,5% declararam estar bebendo em excesso, 30% usavam psicotrópicos e 13% pensavam em suicídio (Cathebras et al., 2004). {Trigo,Teng,Hallak-2007}

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Considerações finais

• A estafa profissional é observada em todas as profissões ,principalmente naquelas que envolvem altos níveis de estresse: controladores de tráfego aéreo, bombeiros , policiais, professores, e, particularmente os profissionais da área de saúde;

• Características dos profissionais da saúde: • - convívio intenso com pacientes de risco, intensidade das interações

emocionais;• - Sobrecarga de trabalho (progressivo declínio da autonomia profissional,

diminuição do status social da profissão e aumento das pressões sofridas por estes profissionais), falta de lazer, do convívio familiar e social;

• Tucunduva; Garcia; Prudente - 2006

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Considerações finais

• Globalmente, a estafa profissional afeta um em cada dois médicos, sendo um terço deles afetado de forma importante e um décimo de forma severa, com características irreversíveis5. Cerca de 40% a 50% dos médicos que trabalham com medicina de emergência e infectologia e 56% dos cancerologistas são acometidos pela síndrome;

• As especialidades que lidam com a maior exposição à morte e o conflito entre o objetivo de cura, têm maior probabilidade de seus profissionais desenvolverem burnout ;

• Apontadas como alternativas de enfrentamento do problema: necessidade da melhoria das condições de trabalho; preparo emocional e programas de prevenção dos estresse laboral.

• Tucunduva; Garcia; Prudente - 2006

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Projeto de Prevenção em Saúde Mental e Trabalho

Fases de implantação

1- Avaliação: estudo prévio das áreas que necessitam da intervenção, reuniões gerenciais para apresentação do projeto;

2- Diagnóstica: entrevistas individuais/grupo, aplicações de instrumentos de avaliação (inventários, questionários, testes psicológicos)

3- Intervenção: - detecção dos casos que necessitam de atendimento (ações visando evitar o

agravamento do problema, encaminhamentos para tratamento se necessário);

- propostas das mudanças organizacionais (s/n) - campanhas educativas e informativas e treinamento das chefias. (módulos: TM/RT; estresse ocupacional,etc)

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http://www.sampo-ipq.org/curso/

[email protected]

(11) 9944-3665

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