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Comentários & Análise
Evolução Faturação Total 2020/2019
(quinzenas)
O gráfico da página seguinte retrata de
forma muito efetiva a história do
consumo num Mundo COVID. Depois
de uma impressionante quebra do
consumo entre meados de março e
início de abril iniciou-se um
progressivo e paulatino processo de
recuperação.
Após aproximadamente 3 meses de
desconfinamento, o mês de julho ainda
apresentava quebras de 20% face ao
homólogo. Agosto e setembro,
alicerçados, por um lado, em algum
turismo, e por outro nos efeitos de uma
“Grande Rentrée” levaram a
recuperação para um novo patamar
com perdas inferiores a 10% (por
comparação com 2019).
O FMI (Fundo Monetário Internacional),
num dos seus últimos relatórios propõe
a ideia de um novo “Mundo a 90%”.
Será que atingimos o limite da
recuperação? As próximas semanas o
dirão. O evoluir dos números da
pandemia, certamente, contribuirá
para a resposta!
Os números de setembro, que podem
ser uma boa notícia, sobretudo em face
da expressão do que foram quebras
máximas de aproximadamente 50%,
não podem fazer perder de vista a
escala do que se perdeu. As quebras
acumuladas em 2020, mesmo depois
de um bom 1º trimestre, ainda são
superiores a 20% face a 2019.
Perderam-se largas centenas de
milhões de euros de consumo privado
desde o início da pandemia.
Os números de setembro, que podem
ser uma boa notícia, não podem ser
assumidos como indicadores seguros
de que a tendência de recuperação
prevalecerá. Por um lado é expectável
que o agravar da crise sanitária volte a
condicionar comportamentos de
consumo, por outro, deveremos estar
atentos ao adensar dos impactos de
uma crise económica anunciada (que
objetivamente ainda não se está a
observar de forma evidente nos
números ora analisados).
6
-7,19% 2,87% 1,07% 1,97% 0,33% -9,01% -46,44% -50,80% -45,31% -38,93% -32,69% -26,91 -25,89% -22,66% -19,18% -21,52% -9,97% -6,58% -9,84%
Variação Homóloga
Comentários & Análise
Evolução do Número Total de Transações 2020/2019 (quinzenas)
Analisar a evolução do número de
transações total no sistema REDUNIQ
permite-nos densificar a compreensão
do processo de recuperação do
consumo em curso. A recuperação do
número de transações tem sido mais
célere ao ponto de chegarmos a
meados de setembro com números
idênticos aos de 2019.
Confrontamo-nos com consumidores
que “vão mais vezes às compras”, mas
que gastam menos de cada vez que
transacionam. A relação com os Hipers
& Supers e com o Retalho Alimentar
Tradicional é, em grande medida, a
força que determina esta tendência em
grandes números. Como veremos
adiante, Farmácias, Tabacarias e, em
certa medida Restauração também
contribuem para esta recuperação
mais acentuada do número de
transações no sistema REDUNIQ.
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Nota:
A análise destes números deve ter em perspetiva o facto de 2020 estar a ser pautado por um impressionante
crescimento do uso de contactless no que, em parte, pode estar a configurar uma transferência de
pagamentos em dinheiro vivo – notas e moedas – para o sistema REDUNIQ (zoom in adiante no presente
relatório). Neste contexto, parte da recuperação da faturação e do número de transações pode ser explicada
por este fenómeno de desmaterialização de pagamentos.
-2,31% 8,24% 7,40% 8,78% 8,06% -14,50% -52,22% -53,54% -45,28% -37,37% -28,54% -20,67% -17,46% -14,71% -10,37% -11,85% -1,15% -0,13% -0,42%
Variação Homóloga
2020/2019
Comentários & Análise
Evolução Mensal da Faturação Nacional e Estrangeira 2020/2019 (variações homólogas)
A primeira grande disparidade que
emerge dos impactos da pandemia é a
que se prende com os ritmos e
amplitudes da recuperação destes 2
macro segmentos.
O Portugal dos portugueses já
recuperou… O dos estrangeiros ainda
está em colapso (justificando as perdas
no total do sistema).
De forma impressionante, agosto e
setembro, evidenciam consumos de
Portugueses acima do homólogo de
2019, enquanto no mesmo período a
facturação estrangeira ainda apresenta
quebras de aproximadamente 50% (ver
análises página seguinte).
No que, em particular, se prende com a
performance do consumo de
portugueses, importa reter que parte
da explicação desta recuperação
integral pode ser justificada pelo efeito
de “férias passadas em Portugal”. Na
verdade, por oposição a 2019, houve
nos meses de junho, julho e agosto,
menos cerca de 1M de viagens (de
avião) de portugueses ao
estrangeiro, portugueses que assim
terão consumido em Portugal.
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Em face da morfologia da crise que o
COVID determinou, com um brutal
impacto no colapso do turismo (que
representou mais de 20% do consumo
REDUNIQ em 2019), a compreensão
da quebra e recuperação do consumo
não é completa sem que se
desagregue a realidade do consumo
de Portugueses e do consumo de
Estrangeiros.
14,73% 15,04% 16,77% 20,97% 21,77% 22,18% 26,41% 30,17% 24,29%
Peso da Faturação Estrangeira 2019
15,74% 16,30% 11,36% 4,54% 4,66% 5,90% 11,89% 18,41% 14,68%
Peso da Faturação Estrangeira 2020
Comentários & Análise
Evolução da Faturação Total 2020/2019 por Distritos (Variações Homólogas)
Como o gráfico da página seguinte
demonstra, os meses de julho e
agosto, impactados por algum fluxo de
turistas estrangeiros (e por
comportamentos de “férias vá para
fora cá dentro”), contribuíram, para o
acelerar da recuperação de distritos
(turísticos) como Lisboa, Faro, Açores,
Madeira e mesmo Porto, até então com
quebras acima dos 30%. As quebras,
nestes distritos, reduziram-se para
sensivelmente metade, situando-se, à
entrada de setembro, em valores entre
os 15% e os 20%.
Na quase globalidade dos demais
distritos as variações observadas em
setembro de 2020 face ao homólogo
de 2019 são já inferiores a 10%, em
vários casos, até, inferiores a 5%.
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Logo desde o momento do
Confinamento, que em certa medida
este se poderia ter configurado como
um “alisador” de comportamentos de
consumo, que se observa uma
profunda disparidade nas
performances de diferentes regiões
(distritos).
As quebras foram, como descrevemos
em relatórios anteriores, muito mais
acentuadas em regiões com
especialização no turismo (Lisboa,
Faro, Açores, Madeira e mesmo Porto).
As quebras foram maiores em cidades
grandes do que em cidades médias e
pequenas (em função da configuração
das suas forças de trabalho e a
prevalência de modelos de
teletrabalho).
Também as recuperações se têm
evidenciado distintas na morfologia,
nos declives da curva.
Comentários & Análise
Zoom in Lisboa
Olhar para Lisboa como o paradigma
da crise que ainda prevalece em
grandes números - o território turístico
sem turistas; a grande cidade sem
fluxos quotidianos – permite perceber
que, na sua escala, são também
díspares as performances de diferentes
setores (em seguida será feita uma
análise da realidade nacional por
setor).
Em setembro, o consumo das
“necessidades quotidianas” (retalho
alimentar, mobilidade, ...) e das
“necessidades fundamentais” (saúde,
tecnologia) está na essência aos níveis
de 2019, ou até a níveis superiores. Já
os consumos de natureza mais
“discricionária” ou turística (moda,
restauração, hotelaria) apresentam,
ainda, quebras próximas dos 20%.
26
Nota:
Há no conjunto dos setores analisados alguns, como sejam Cabeleireiros, Farmácias e Retalho Alimentar
Tradicional, cuja performance (na REDUNIQ) não pode ser analisada de forma estrita com uma lógica de like
for like. Por um lado observou-se um aumento do parque de TPA no sistema (resposta dos retalhistas ao
receio dos consumidores usarem dinheiro físico), por outro, observou-se o que consideramos que seja uma
migração de pagamentos em dinheiro físico para pagamentos eletrónicos (desde logo com a democratização
do contactless).
2,11% 6,69% -21,99% -45,83% -36,28% -26,94% -19,18% -13,65 -8,67
Evolução Homóloga
-0,81% 4,13% -30,03% -54,98% -43,37% -37,77% -28,31 -23,30 -23,90
Evolução Homóloga
Comentários & Análise
Análise por Setor de Atividade 2020/2019 (variações homólogas)
Logo no Estado de Emergência,
propusemos a agregação de categorias
em 3 grandes grupos em função da sua
resiliência ao confinamento.
• Os que evidenciaram uma expressiva
resiliência: Retalho Alimentar Tradicional
+ Hipers & Supermercados + Farmácias
+ Eletrodomésticos & Tecnologia;
• Os que, ainda que impactados por
quebras de consumo, apresentam
reduções contidas face ao contexto:
Gasolineiras + Acessórios Automóveis e
Oficinas;
• Os que praticamente deixaram de faturar
durante todo o estado de emergência
(em alguns casos, atividades encerradas
por decreto): Papelarias Livrarias e
Tabacarias + Saúde + Restauração +
Hotelaria & Atividades Turísticas + Moda
+ Perfumarias + Serviços Estado
Os grupos então identificados mantiveram
a sua relevância ao longo do processo de
Desconfinamento.
Analisando, com os dados de setembro, a variação da faturação acumulada face
ao homólogo de 2019, continuamos a observar diferentes patamares de
performance entre clusters de categorias que agora podemos qualificar nos
seguintes termos:
• Os Vencedores – que, servindo necessidades basilares, reforçaram a sua
atividade e conquistaram novos consumidores e perfis de consumo: Retalho
Alimentar Tradicional, Farmácias;
• Os Sempre Fundamentais – que são os incumbentes da resposta às mesmas
necessidades basilares: Hipers&Supers, Saúde, Eletrodomésticos&Tecnologia,
as Gasolineiras e as Papelarias / Tabacarias
• As “categorias dos centros comerciais” – categorias de consumo
discricionário, com footprints estruturalmente associados ao formato centro
comercial: moda e perfumaria
• O Lazer (de portugueses e estrangeiros) – categorias como restauração e
hotelaria
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Nota:
(1) Há no conjunto dos setores analisados alguns, como sejam Cabeleireiros, Farmácias e Retalho Alimentar Tradicional,
cuja performance (na REDUNIQ) não pode ser analisada de forma estrita com uma lógica de like for like. Por um lado
observou-se um aumento do parque de TPA no sistema (resposta dos retalhistas ao receio dos consumidores
usarem dinheiro físico), por outro, observou-se o que consideramos que seja uma migração de pagamentos em
dinheiro físico para pagamentos eletrónicos (desde logo com a democratização do contactless).
(2) O crescimento acentuado da saúde depois de uma forte quebra nos meses de março, abril e maio, pode ser em
parte explicado pela migração de consumo de hospitais públicos (com capacidade de resposta limitada), para
prestadores privados (muito céleres a realinhar as suas operações para as condicionantes de um Mundo COVID)
28Dez-11Jan
12-25Jan
26Jan-8Fev
9-22Fev
23Fev-7Mar
8-21Mar
22Mar-4Abr
5-18Abr
19Abr-2Mai
3-16Mai
17-30Mai
31Mai-13Jun
14-27Jun
28Jun-11Jul
12-25Jul
26Jul-8Ago
9-22Ago
23Ago-5Set
6-19Set
-7,45% -0,47% -0,52% 2,05% 7,36% 43,91% 3,19% -9,69% 0,68% 1,45% 1,46% -2,63% -6,83% -5,48% -5,43% -10,76% -3,24% -3,55% -1,89%
Evolução Homóloga
38
5,89% 17,72% 14,73% 16,52% 16,94% 77,38% 28,99% 18,65% 26,71% 27,74% 26,72% 28,26% 33,30% 29,43% 30,21% 25,91% 35,95% 44,94% 42,94%
Evolução Homóloga
39
1,53% 9,19% 3,30% 5,57% -1,88% -6,43% -14,55% 5,13% 7,40% 3,90% 21,52% 23,57% 0,44% 12,99% 21,95% 11,31% 15,51% 15,21% 9,57%
Evolução Homóloga
40
3,37% 12,87% 18,00% 18,31% 27,02% 36,07% 6,65% 14,70% 36,48% 54,36% 57,25% 48,03% 56,41% 53,26% 61,69% 52,99% 64,05% 68,13% 83,34%
Evolução Homóloga
41
-9,57% 8,06% 5,92% 10,86% 10,66% -39,71% -81,87% -77,30% -65,76% -40,02% -14,56% -2,78% 18,73% 13,98% 20,48% 22,94% 39,13% 19,21% 28,15%
Evolução Homóloga
42
-4,32% 9,70% 5,00% 4,69% 0,36% -17,09% -58,14% -66,18% -47,39% -42,00% -30,41% -25,57% -15,49% -11,74% -13,47% -35,61% 32,27% 3,22% -2,67%
Evolução Homóloga
43
-9,94% -1,28% -3,81% -2,14% -7,99% -63,97% -98,66% -98,80% -97,31% -85,39% -67,01% -40,12% -33,61% -27,97% -24,58% -20,52% -11,01% -12,74% -13,51%
Evolução Homóloga
44
-3,69% 3,74% 2,89% -0,16% -1,05% -56,39% -98,53% -98,32% -97,64% -79,96% -78,67% -44,21% -22,09% -21,39% -25,70% -19,74% -12,49% -13,11% -10,10%
Evolução Homóloga
45
-0,87% 14,93% 16,48% 12,33% 3,54% -24,81% -78,85% -76,71% -75,23% -47,37% -29,84% -10,03% -20,19% -15,29% -15,17% -10,02% -6,32% -6,27% -6,33%
Evolução Homóloga
46
-7,11% -2,90% 4,84% 2,64% 4,75% -51,92% -96,30% -94,01% -89,91% 10,85% -5,93% -4,49% -2,65% 4,23% 4,37% 8,98% 24,32% 21,61% 29,64%
Evolução Homóloga
47
-12,68% -0,88% -0,06% 7,96% 4,30% -22,87% -67,96% -67,47% -52,49% -31,45% -13,65% -6,98% 24,41% 19,45% 19,62% 18,98% 35,21% 28,57% 24,44%
Evolução Homóloga
48
9,55% 20,50% 21,44% 19,65% 13,99% -42,93% -86,45% -86,05% -83,55% -77,82% -61,00% -46,14% -42,22% -35,84% -27,67% -21,39% -13,09% 1,25% -2,51%
Evolução Homóloga
-8,32% -0,78% -1,50% 1,21% -17,58% -57,38% -96,18% -98,34% -97,87% -97,05% -95,65% -88,83% -86,20% -79,50% -70,93% -61,31% -49,77% -40,84% -54,53%
Evolução Homóloga
27,44% -9,81% 211,29% 14,57% 24,62% 101,46% 418,39% 464,14% 421,31% 216,39% 144,93% 154,30% 86,39% 71,48% 76,12% 59,75% 19,32% 102,14% 37,63%
Evolução Homóloga