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Revista Dental Press Periodontia ImplantologiaTRANSCRIPT
ISSN 1980-2269
Periodontia eImplantologia
Revista Dental Press de
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):1-112
volume 5, número 2, abr./maio/jun. 2011
Sumário
EntrEviStaElcio Marcantonio
8
PErguntE a um ExPErtO que é, e como diagnosticar,
a pericoronarite?
Inês Aparecida Buscariolo,
Isabel Peixoto Tortamano
34
ExPlicaçõES E aPlicaçõESCalor excessivo nas paredes ósseas:
a osseointegração não ocorre
Alberto Consolaro
22
caSo SElEcionaDoTratamento interdisciplinar com sistemas
adesivos e implantes dentários
Weider Silva, Wilker Silva
36
rEviSÃo DE litEraturaDoença periodontal x estresse:
revisão de literatura
Ligia Nadal Zardo, Bruna Benso,
Reila Tainá Mendes, Fábio André dos Santos,
Gibson Luis Pilatti
48
rEviSÃo DE litEraturaA importância da mucosa queratinizada na
manutenção da saúde peri-implantar:
uma revisão da literatura
Wagner Izumi Sawada Germiniani,
Gibson Luiz Pilatti, Fábio André dos Santos
59
caSo clÍnicoPeriodontite ulcerativa necrosante:
relato de caso — diagnóstico, tratamento e
um ano de acompanhamento
Lívia de Souza Tolentino,
Maurício Guimarães Araújo
71
rEviSÃo DE litEraturaAnálise da utilização da união dente/implan-
te e tipos de conexões: revisão de literatura
Tiago Soares Scherer, Milton Edson Miranda,
José Renato Ribeiro Pinto,
Estevan Soares Scherer
103
caSo clÍnicoAspectos estéticos e biológicos atuais para
o planejamento integrado de implantes
unitários anteriores em função imediata
Karina Leite Baía Fernandes, Franklin Moreira
Leahy, Emillianno de Gusmão Gonçalves,
Ana Carolina Francischone,
Carlos Eduardo Francischone
80
caSo clÍnicoUtilização de parafusos linguais para fixação
de prótese total inferior sobre implantes
com carga imediata: relato de caso clínico
Ricardo Hoccheim Neto, Antonio Otávio
Marconcin Neves, Leonardo Vieira Bez,
César Augusto Magalhães Benfatti
93
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia / Dental Press International. --v. 1, n. 1 (jan./fev./mar.) (2007) – . -- Maringá : Dental Press International, 2007-
Trimestral.
ISSN 1980-2269.
1. Periodontia. Implantologia (Odontologia) – Periódicos I. Dental Press International. II. Título.
CDD. 617.643005
Diretora Teresa R. D'Aurea Furquim
Diretor eDitorialBruno D’Aurea Furquim
Diretor De marketingFernando Marson
analiSta Da inFormaÇÃo Carlos Alexandre Venancio
ProDUtor eDitorialJúnior Bianco
ProDUÇÃo gráFica e eletrônica Andrés SebastiánFernando Truculo EvangelistaGildásio Oliveira Reis Júnior Tatiane Comochena
internet Edmar Baladeli
Banco De DaDoS Adriana Azevedo Vasconcelos
DePartamento De cUrSoS e eVentoS Ana Claudia da Silva Rachel Furquim Scattolin
DePartamento comercial Roseneide Martins
telemarketingElizabeth Ferreira DenipotiFernanda Maria da Silva LimaKarla Caroliny MartinsMagda Regina Martineli da Silva
SUBmiSSÃo De artigoS Roberta Baltazar de Oliveira
BiBlioteca Simone Lima Lopes Rafael
reViSÃo Ronis Furquim Siqueira
DePartamento Financeiro Roseli Martins
SecretariaRosane Aparecida Albino
normalizaÇÃoSimone Lima Lopes Rafael
EDITORCarlos Eduardo Francischone - FOB-USP, USC - SP - Brasil
EDITOR EMÉRITOMaurício Guimarães Araújo - UEM - PR - Brasil
EDITORES ASSISTENTESCarina Gisele Costa Bispo - UEM - PR - BrasilCleverson de Oliveira e Silva - UEM - PR - BrasilFlávia Matarazzo - UEM - PR - BrasilFlávia Sukekava - FO-USP - SP - BrasilLuis Rogério Duarte - UFBA - BA - Brasil
PUBLISHERLaurindo Z. Furquim - UEM - PR - Brasil
CONSULTORES EDITORIAISAngelo Menuci Neto - ABO - RS - BrasilBruno Salles Sotto-Maior - USC-Bauru - SP - BrasilCarlos Nelson Elias, Instituto Militar de Engenharia - RJ - BrasilCésar Augusto Magalhães Benfatti - UFSC - SC - BrasilClovis Mariano Faggion Jr. - Universidade de Heidelberg, AlemanhaCristiane Ap. de Oliveira - Faculdade de Odontologia (UPF) RS - Brasil Dario Augusto Oliveira Miranda - UEFS - BA - BrasilEduardo Feres - UFRJ - RJ - BrasilElaine Cristina Escobar - FMU - SP - BrasilFrancisco A. Mollo Jr. - UNESP - Araraquara - SP - BrasilFranklin Leahy - Clínica Particular - Salvador - BA - BrasilGiuseppe Alexandre Romito - FUNDECTO - USP - SP - BrasilGustavo Jacobucci Farah - UEM - PR - BrasilHugo Nary Filho - USC - SP - BrasilJean-Paul Martinet - Universidade de Buenos Aires - ArgentinaJessica Mie Ferreira Koyama Takahashi - USC/Bauru - SP - BrasilJoão Carlos Cerveira Paixão - Universidade de Pádua - ItáliaJoão Garcez Filho - Clínica Particular - Aracaju - SE - BrasilJorge Luis Garcia - Clínica Particular - ArgentinaJosé Cícero Dinato - UFRGS - RS - BrasilJosé Valdívia - Clínica Particular - ChileJuan Carlos Abarno - Universidade Católica do Uruguai - UruguaiLuciene Cristina de Figueiredo - UnG - SP - BrasilLuis Lima - USP - SP - BrasilLuiz Antonio Salata - FORP-USP - SP - BrasilLuiz Meirelles - Universidade de Gotemburgo - SuéciaMarco Antonio Bottino - UNESP - São José dos Campos - SP - BrasilMario Groisman - UNIGRANRIO - RJ - BrasilMarly Kimie Sonohara Gonzales - UEM - PR - BrasilMauro Santamaria - FOP-UNICAMP - SP - BrasilPaulo Maló - Clínica Particular - PortugalPaulo Martins Ferreira - FOB-USP - SP - BrasilRicardo de Souza Magini - UFSC - SC - BrasilRicardo Fisher - UERJ - RJ - BrasilRonaldo de Barcelos Santana - UFF / RJ - BrasilSidney Kina - Clínica Particular - Maringá - PR - BrasilVanessa Tubero Euzebio Alves - FO-USP - SP - BrasilVerônica Carvalho - UNINOVE - SP - BrasilWaldemar Daudt Polido - Clínica Particular - Porto Alegre - RS - BrasilWellington Bonachela - FOB-USP - SP - Brasil
A revista Dental Press de Periodontia e implantologia (ISSN 1980-2269) é uma publicação trimestral (quatro edições por ano) da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. - Av. Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Maringá/PR - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas mani-festadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes.
Assinaturas: [email protected] ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.
INDEXAÇÃO:
Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia
é indexada pela BIREME, na base
BBO - 2007.
Editorial
5Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):5
Felizmente, temos constatado, através de nossas participações em eventos científicos internacio-
nais e nacionais, a conscientização — por parte dos pesquisadores, clínicos e departamentos científicos
de empresas que fabricam implantes — de que a remodelação óssea peri-implantar cervical (sauceri-
zação) está sempre presente em todos os sistemas de implantes. Ela é inexorável e, até o momento,
impossível de ser eliminada. Entretanto, pode ser controlada ou minimizada, o que, na atualidade, já é
considerado um grande avanço. A saucerização é de ordem multifatorial e, no controle ou nos cuidados
que devem ser tomados em relação a esses fatores, pode-se ter a sua minimização. Didaticamente,
pode-se classificar a saucerização em: 1_FATOR BIOLÓGICO (principal), responsável pela formação e
determinação dos espaços biológicos vertical e horizontal peri-implantares. Esses são mediados pelo
EGF (Fator de Crescimento Epitelial) e pelos seus receptores localizados no epitélio, que determinam a
formação do espaço biológico peri-implantar. É um fenômeno biológico, inexorável, e que vai acontecer
em todos os sistemas de implantes, independentemente da macro, micro ou nanogeometria ou, ainda
do tipo de conexão, do tipo de pilar protético, etc.; 2_FATORES BIOMECÂNICOS (coadjuvantes). Esses
últimos podem ser controlados pelos profissionais e empresas. Dependendo da forma como isso é feito
e de suas interações, pode-se ter minimização ou maximação da saucerização.
Esse fatores coadjuvantes ou biomecânicos são os seguintes: trauma cirúrgico; macrodesenho e
microdesenho do implante; countersink; altura da flange e polimento da cabeça e pescoço do implante;
posição do implante em relação ao nível ósseo; tipos de conexões implante-pilar protético; plataforma
expandida do implante ou pilar protético com diâmetro menor; perfil biológico protético; sobrecontorno
e compressão tecidual pelo pilar protético; osteotomia cervical para assentamento do pilar protético;
contaminação da interface implante-pilar protético; biocompatibilidade do pilar protético e da prótese;
tensões na crista óssea; minigrooves e microgrooves cervicais; micro e nanotopografia da superfície do
implante; polimorfismo fenotípico; estabilidade terciária (ADO’S FACTOR).
É importante saber diferenciar a remodelação óssea peri-implantar cervical da peri-implantite. A
primeira é um evento fisiológico, ou seja, não requer qualquer tipo de intervenção. A segunda é uma
afecção patológica ou doença com perda óssea peri-implantar progressiva, e que requer tratamento.
Os leitores que se interessarem em aprofundar mais seus conhecimentos a respeito dessa matéria,
consultem outras obras da literatura1,2,3.
Editor
Prof. Dr. Carlos
Eduardo Francischone
COMO ENTENDER E ACEITAR A REMODELAçãO ÓSSEA PERI-IMPLANTAR CERVICAL
rEfErênciaS
1. Francischone CE, Consolaro A, Carvalho RS, Francischone AC, Francischone CE Jr. Terapia estética com implantes osseointegrados:
fatores que influenciam na longevidade. In: Uma Odontologia de classe mundial. Claudio P. Fernandes. editor. São Paulo: Ed. Santos;
2010. cap. 2, p. 25-60.
2. Consolaro A, Carvalho RS, Francischone CE Jr, Francischone CE. Adaptação óssea na região cervical de implantes osseointegrados:
nomenclatura e os fundamentos para sua utilização. Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011;5(1):21-6.
3. Passanezi E, Sant’Ana ACP, Rezende MLR, Greghi SLA, Janson WA. Distâncias biológicas periodontais. São Paulo: Artes Médicas; 2011.
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Unbenannt-1 1 08.04.2011 09:09:01
8
Entrevista
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):8-21
Sua trajetória acadêmica começou no ano de 1954, quando ingressou na Faculdade de Farmácia e Odontolo-
gia de Araraquara, onde se formou no ano de 1956. No período de 1954 a 1956, trabalhava de noite no Banco Co-
mércio Indústria de Araraquara-SP, para sustentar seus estudos e guardar dinheiro para um futuro investimento
na profissão de cirurgião-dentista. No ano de 1957, já formado, montou seu consultório particular na cidade de
Itirapina-SP, onde permaneceu por dois anos. No ano de 1959, assumiu o cargo de dentista no Serviço Dentário
Escolar na cidade de Araraquara-SP, o que motivou também a transferência do seu consultório para essa cidade.
Realizou estágio de 1960 a 1962, na disciplina de Cirurgia na Faculdade de Farmácia e Odontologia de Arara-
quara, sob orientação do Prof. Nelson Gullo, que foi quem o convidou a se tornar professor auxiliar. Após relutar
para aceitar o convite feito, pois se encontrava muito bem financeiramente no Serviço Dentário Escolar e consul-
tório particular, resolveu ser professor — e no dia 1 de março de 1962 foi contratado em regime parcial, perma-
necendo assim até o ano de 1971. Ainda em 1971, desligou-se do Serviço Dentário Escolar e da clínica particular,
para assumir em regime integral na Faculdade.
Obteve o título de doutor sob orientação do Prof. Rui dos Santos Pinto, da Faculdade de Odontologia de Ara-
çatuba, no ano de 1976, ano em que a Faculdade de Farmácia e Odontologia de Araraquara foi encampada pela
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- UNESP. Seu trabalho de doutorado tinha uma linha de
pesquisa inédita, baseada em reimplantes em ratos. Na sequência, montou, junto com o Prof. Gullo, o pioneiro
serviço bucomaxilofacial no Hospital Santa Casa de Araraquara-SP. No ano de 1980, esse serviço se tornou oficial
dentre os tratamentos oferecidos pelo hospital.
Também no ano de 1980, defendeu sua tese de livre-docência na mesma área de reimplantes, porém agora em sa-
guis. Esse trabalho foi todo desenvolvido na Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP. Em 1982, alcançou
o cargo de Professor Titular . Foi um período muito profícuo na sua carreira, através do reconhecimento nacional e
internacional do seu trabalho, muito também pelo pontapé inicial dado na área da cirurgia ortognática.
Acabou aposentando da Faculdade de Odontologia de Araraquara no ano de 1989, porém não conseguiu ficar
longe do ensino e, nesse mesmo ano, voltou à carreira docente na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-SP
(UNAERP), onde permaneceu até o ano de 2000. Entretanto, logo após se aposentar na UNESP (1989), novamen-
te montou seu consultório particular, onde atende até os dias atuais. Mostrando um fôlego invejável, no ano de
1994 fundou, em sociedade com outros profissionais de Araraquara, o Centro de Pesquisa e Tratamento de De-
formidades Bucomaxilofaciais (CEDEFACE) — um organismo que presta serviços de cunho social com excelente
qualidade —, onde também empresta seus conhecimentos quase diariamente.
Pessoa humilde, que na área de Cirurgia se tornou referência nacional e internacional, e nem por isso deixou
de ser simples. Profissional de fácil acesso, apesar de uma agenda diária repleta de compromissos, e que mantém
ainda, aos 76 anos de idade, o gosto pela profissão. Exemplo de vida pessoal, de profissional clínico e de docente,
que transmite uma segurança e uma sabedoria que poucos têm.
Um dos orgulhos que tem é a família. São três filhos dentistas e professores — Elcio Marcantonio Júnior, Cláudio
Marcantonio e Eloísa Marcantonio Boeck — e, ainda, uma nora dentista e professora, Rosemary Adriana Chierici
Marcantonio. Se orgulha tanto dessas pessoas que o cercam que, a todo momento, os elogios a eles são constantes.
Elcio MarcantonioEntrevista
9
Marcantonio E
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):8-21 9
Marcantonio E
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):8-21
10
Entrevista
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):8-21
Quem é Elcio Marcantonio?
Nasci em São José do Rio Preto-SP, no
ano de 1934. Meu pai era ferroviário e, em
determinado momento, quando eu tinha 4
anos de idade, ele foi transferido de São
José do Rio Preto-SP para Araraquara-SP.
Ele era funcionário da Estrada de Ferro
Araraquarense. Ele se radicou com a famí-
lia em Araraquara e eu fiz todos os graus
de escolaridade em Araraquara. Nunca saí
dela e aqui permaneço até hoje, nessa ci-
dade que me acolheu de braços abertos.
Na verdade, posso me considerar um ara-
raquarense. Tive uma infância muito feliz,
com pais muito dedicados e duas irmãs
maravilhosas. Fiz meus cursos primário e
secundário no Colégio Duque de Caxias e,
depois, chegou a hora e a vez de decidir o
que fazer no futuro.
Mas antes disso eu tive a oportunidade,
dos 12 aos 15 anos de idade, de trabalhar
como auxiliar de escritório. Primeiro, fazen-
do limpeza e, depois, promovido a auxiliar
de escritório numa indústria de Araraquara
— que já não existe mais e se chamava
Irmãos Dalaqua Ltda. Na minha adolescên-
cia, eu tinha pretensão e desejo de traba-
lhar nessa área contábil e recebi uma pro-
posta do Banco Comércio Indústria, através
de um funcionário que também trabalhava
nas horas vagas naquela mesma indústria.
Com 15 anos de idade, fui trabalhar nesse
banco e fiquei lá até os 22 anos de idade,
o que coincidiu com o ano da minha for-
matura na Odontologia. Isso só foi possível
porque, depois de 3 anos trabalhando no
banco, eles tinham necessidade de funcio-
nários que trabalhassem à noite fazendo o
movimento de contabilidade e caixa, para
que no dia seguinte o sistema de compen-
sação bancária estivesse pronto. Essa situ-
ação permitiu ter praticamente o dia inteiro
livre e eu tinha que preencher esse tempo
estudando em algum lugar.
A princípio, eu e um colega de infância,
Odail de Souza, éramos como irmãos e es-
távamos sempre juntos e, coincidentemen-
te, com os mesmos objetivos. Assim, nos
dispusemos a fazer o curso de Direito, pois
nesse momento tínhamos terminado o cur-
so técnico em Contabilidade. Porém, onde
fazer o curso de Direito? Nós éramos da
área de escritório e nem Araraquara nem
São Carlos (ambas em SP) tinham esse
curso — a cidade mais próxima com Facul-
dade de Direito era Bauru-SP. Para viajar a
Bauru tínhamos que ir de trem até Itirapina-
-SP e lá fazer baldeação para Bauru pela
Estrada de Ferro Paulista. Isso consumia
muito tempo e dinheiro e, por mais que
tivéssemos essa paixão inicial pela Conta-
bilidade e pelo Direito, abandonamos esse
21
Marcantonio E
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):8-21
Professor, tenho certeza que o se-
nhor acabou de dar um sábio conse-
lho, a Odontologia deve muito ao se-
nhor. Muito obrigado pela entrevista,
Obrigado pela oportunidade, porém,
eu é que devo tudo à Odontologia, por-
que ela é como o oxigênio e faz o meu
sangue ferver até hoje.
O senhor está com quantos anos?
Setenta e seis anos. Sinto-me um meni-
no de 76 anos.
Elcio Marcantonio
» Doutor em Cirurgia Oral pela Faculdade de Farmácia
e Odontologia da Universidade Estadual Paulista Júlio
de Mesquita Filho.
» Ex-professor titular da Faculdade de Odontologia de
Araraquara (UNESP) e da Faculdade de Odontologia
de Ribeirão Preto (UNAERP).
» Fundou, em sociedade com outros profissionais de
Araraquara, o Centro de Pesquisa e Tratamento de
Deformidades Bucomaxilofaciais – CEDEFACE.
» Fundou, junto com o Prof. Nelson Gullo, o pioneiro
serviço bucomaxilofacial no Hospital Santa Casa de
Araraquara-SP.
» Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase
em Cirurgia Bucomaxilofacial.
» E-mail: [email protected]
ENTREvIsTADOR
José Cláudio Martins segalla
» Diretor da Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP.
» Mestre em Reabilitação Oral pela Faculdade de
Odontologia de Bauru – USP.
» Doutor em Dentística Resturadora pela Faculdade de
Odontologia de Araraquara – UNESP.
» Livre-Docente em Prótese Fixa pela Faculdade de
Odontologia de Araraquara – UNESP.
» Especialista em Prótese e Dentística Restauradora.
» Professor Adjunto da Disciplina de Prótese Parcial Fixa
–FOAr - UNESP.
» E-mail : [email protected]
Explicações e aplicações
22 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):22-32
Calor excessivo nas paredes ósseas:
a osseointegração não ocorre
Alberto Consolaro
Em muitas situações questiona-se: Por que
depois de algumas semanas da colocação de
um implante dentário, ao manipulá-lo para tes-
tar a sua fixação decorrente da osseointegra-
ção, o mesmo sai facilmente e revela-se “solto”,
sem qualquer ligação com o leito cirúrgico onde
foi colocado?
No presente trabalho procurou-se explicar
como o calor excessivo gerado pelos instru-
mentos rotatórios — utilizados inadequada-
mente na hora da confecção do loja óssea ci-
rúrgica que irá receber o implante — pode ser
a causa desse insucesso clínico.
Os CONCEITOs DE NECROsE E APOPTOsE
A viabilidade de uma célula está na depen-
dência da manutenção de suas quatro funções
vitais: a respiração; a síntese proteica, estrutural
e enzimática; o equilíbrio osmótico nas mem-
branas; e a reprodução.
A morte celular representa a parada defini-
tiva de uma ou mais funções vitais; mas, em
seus estágios iniciais, esse comprometimento
celular nem sempre é possível de ser visuali-
zado morfologicamente1,2,3. Quando a morte
celular for detectada na microscopia óptica, a
sua ocorrência se deu em períodos anteriores,
pois inicialmente as lesões são bioquímicas ou
moleculares. A morte celular ocorre no organis-
mo vivo de duas formas bem distintas: necrose
e apoptose. Quando a morte celular ocorre em
organismo sem vida, tem-se a morte somática.
A necrose pode ser induzida por agentes
agressores externos ou mesmo internos à cé-
lula. Ao lesar as estruturas, os agressores pro-
movem desintegração celular com liberação de
componentes para o meio extracelular (Fig.
1). As proteínas e enzimas celulares, liberadas
mesmo na ausência de microrganismos, indu-
zem inflamação, pois são agressivas aos tecidos
locais. A necrose representa um evento celular,
e não tecidual; áreas extensas de necrose em
um tecido recebem nomes especiais, como in-
farto, quando for do tipo coagulativa; ou absces-
sos, quando for liquefativa.
A apoptose, por sua vez, constitui um me-
canismo coordenado geneticamente para que
a morte celular seja fisiológica e compatível
com a normalidade tecidual, para promover a
eliminação de células em locais, tecidos e ór-
gãos onde for conveniente ou necessário1,2,3
(Fig. 2). Como exemplos, têm-se a apoptose
32
Calor excessivo nas paredes ósseas: a osseointegração não ocorre
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):22-32
coagulação, com fechamento das janelas do tra-
beculado ósseo, impedindo, como uma barreira
física, que ocorra a migração de células para
o coágulo sanguíneo, a formação de tecido de
granulação e a osseointegração. À menor ma-
nipulação, esse implante, depois de alguns dias
ou semanas, pode se soltar nas mãos do opera-
dor, indicando falha na osseointegração.
REFERêNCIAs
Alberto Consolaro
• Professor Titular em Patologia da FOB-USP e da
Pós-graduação da FORP-USP.
Alberto Consolaro E-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
1. Alberts B, Johnson A, Lewis J, Raff M, Roberts K, Walter
P. Molecular biology of the cell. 5th ed. New York: Garland
Science; 2008.
2. Consolaro A. Inflamação e reparo. Maringá: Dental Press;
2009.
3. Rubin R, Strayer DS. Rubin's pathology: clinicopathologic
foundations of medicine. 5th ed. Baltimore: Lippincott
Williams & Wilkins; 2007.
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Pergunte a um Expert
34 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011abr-jun;5(2):34-5
O que é, e como diagnosticar,
a pericoronarite?
A pericoronarite é um quadro inflamatório no tecido
mole que recobre parcialmente a coroa de um dente
semi-irrompido (Fig. 1). Os terceiros molares inferiores
(Fig. 2) são, geralmente, os mais acometidos; clinica-
mente, é observada a presença de tecido eritematoso;
e, muitas vezes, pode evoluir para um estado infeccioso,
apresentando coleção purulenta, drenando espontane-
amente ou não4,5.
Esse processo infeccioso pode ser caracterizado por
dor, edema, halitose, trismo, dificuldade na deglutição,
linfadenopatia, mal-estar e febre. Nessa situação, torna-
-se impreterível uma conduta de urgência clínica para
regressão do quadro3,6. A exacerbação da pericoronarite
pode resultar na Angina de Ludwig, caracterizada por tu-
mefação bilateral dos espaços submandibular e sublin-
gual, difusão rápida do processo infeccioso para espaços
fasciais profundos. Clinicamente, ocorre levantamento do
assoalho de boca, deformação da face devida ao grande
edema instalado e, quando não diagnosticado e tratado
precocemente, pode resultar na obstrução das vias aére-
as superiores, o edema de glote2.
como tratar a PEricoronaritE?
Como tratamento local, é preconizada limpeza mecâ-
nica com irrigação do interior dessa bolsa — que envolve
a coroa dentária — com solução antisséptica (água feni-
cada a 2%, gluconato de clorexidina a 0,12%, água oxige-
nada a 10 volumes ou solução de iodopovidine), através
de seringa tipo Luer com agulha grande não bizelada.
Inês Aparecida Buscariolo, Isabel Peixoto Tortamano
figura 1 - Pericoronarite no terceiro molar inferior.
figura 2 - Malposição do terceiro molar.
35
Buscariolo IA, Tortamano IP
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):34-5
Ao paciente caberá manter boa higiene bucal
e bochechos diários com antissépticos.
Com trismo severo, pode-se prescrever
relaxante muscular, bochechos e fisioterapia
com goma de mascar, de modo a permitir
abertura de boca suficiente para exame e con-
duta clínica local.
Na presença de abscesso, é realizada cureta-
gem periodontal para drenagem de coleção pu-
rulenta ou drenagem intrabucal, com colocação
ou não de dreno, juntamente com prescrição de
antibiótico, analgésico, e acompanhamento da
evolução dos sinais clínicos.
A antibioticoterapia deve ser iniciada com
Amoxicilina, de primeira escolha, de largo espec-
tro, podendo-se acrescentar ainda Metronidazol,
que é específico para anaeróbios.
» Amoxicilina: 500mg, cápsulas de 8 em
8h, por 7 a 10 dias. Sugestão de horários:
7h, 15h, 23h.
Para alérgicos à penicilina: Eritromicina,
Clindamicina, Cefalexina, Azitromicina.
» Metronidazol: 250/400mg, cápsulas de
12 em 12h.
Passada a fase aguda, avalia-se com o pa-
ciente a necessidade e situação da permanência
ou não desse dente na cavidade bucal, para evi-
tar futuras recidivas e complicações1,7.
rEfErênciaS
1. Brickley M, Shepherd J, Mancini G. Comparison of clinical
treatment decisions with US National Institutes of Health
consensus indications for lower third molar removal. Br Dent J.
1993,175:102-5.
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periodontal. In: Estrela C. Dor odontogênica. São Paulo: Artes
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INês APARECIDA BusCARIOLO
- Professora doutora da disciplina de Clínica Integrada e do
Setor de Urgências do departamento de Estomatologia da
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.
IsABEL PEIxOTO TORTAMANO
- Professora associada da disciplina de Clínica Integrada e do
Setor de Urgências do departamento de Estomatologia da
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência
Inês Aparecida Buscariolo E-mail: [email protected]
Enviado em: março de 2009Revisado e aceito: junho de 2010
Caso selecionado
36 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):36-47
Weider Silva, Wilker Silva
INTRODuçãO
A crescente valorização de um sorriso esteticamente
agradável faz com que profissionais e pacientes busquem
cada vez mais alternativas de tratamento para modificar
a aparência dentária.
Diversas situações clínicas que necessitam de resis-
tência e/ou estética, e que antigamente só eram resol-
vidas com tratamentos protéticos invasivos, hoje podem
ser solucionadas perfeitamente com materiais restaura-
dores adesivos de última geração.
Atualmente, para as situações de ausência dentária
ou para os casos em que o dente precise ser extraído, os
implantes bucais são opção importante na reabilitação
bucal, sendo que cada vez mais pacientes e profissionais
optam por essa modalidade de tratamento.
A interdisciplinaridade permite que as diversas áreas
da Odontologia, dentro de uma mesma filosofia, traba-
lhem e alcancem os objetivos desejados, devolvendo não
só a estética almejada pelo paciente, mas principalmente
a função e a longevidade do tratamento.
REvIsãO DE LITERATuRA
Modernamente, exige-se do cirurgião-dentista o aban-
dono da postura tradicional de analisar apenas o dente ou
a solicitação específica do paciente, passando-se ao exame
multidisciplinar de suas possíveis necessidades e, conse-
quentemente, das alternativas de tratamento integrado1.
Os métodos restauradores adesivos — baseados
nos trabalhos de condicionamento ácido do esmalte ini-
ciados por Buonocore em 1955 e, posteriormente, com
o condicionamento ácido da dentina proposto por Fu-
sayama —, além de reforçarem a estrutura dentária re-
manescente, permitem um desgaste dentário mínimo2,3,4.
Com o desenvolvimento das técnicas adesivas, tam-
bém houve a modificação dos materiais utilizados nas
reabilitações dentárias. Os materiais metálicos, além de
não possuírem estética, são extremamente rígidos, pos-
suindo um coeficiente de elasticidade bem diferente da
estrutura dentária, o que pode provocar fratura no rema-
nescente dentário, motivo pelo qual vêm sendo substituí-
dos por resinas, cerâmicas e fibras de vidro e carbono5,6,7.
As cerâmicas dentárias atuais, além de apresentarem
propriedades ópticas excelentes, estabilidade química,
não sofrendo corrosão, e solubilidade, são perfeitamen-
te utilizadas em reabilitações de dentes comprometidos,
uma vez que, com a incorporação de partículas de re-
forço de leucita, houve uma redução significativa de sua
friabilidade, propriedade que limitava sua utilização em
regiões de maior estresse oclusal8,9.
Apesar das cerâmicas possuírem algumas proprie-
dades superiores e apresentarem maior longevidade
clínica do que as resinas compostas, essas últimas ocu-
pam um lugar de extremo destaque nas reabilitações
bucais. Isso ocorre em função das resinas compostas
Tratamento interdisciplinar com sistemas adesivos e
implantes dentários
46 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):36-47
Tratamento interdisciplinar com sistemas adesivos e implantes dentários
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A partir da utilização de implantes os-
seointegráveis, e por meio da reabilitação do
paciente com prótese sobre implantes, face-
tas indiretas de porcelana e diretas de resi-
na composta, foi possível devolver-lhe uma
oclusão funcional e um sorriso equilibrado e
harmonioso, em curto espaço de tempo, com
previsibilidade e segurança.
47Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):36-47
Silva W, Silva W
Endereço para correspondência
Weider de Oliveira silvaSEPS 710/910 Sul, Ed. Clínico Via Brasil, sala 213CEP: 70.390-108 – Brasília/DFE-mail: [email protected]
Weider silva
• Especialista em Dentística pela FOPLAC, Brasília/DF.
Especialista em Implantodontia pela ABO, Brasília/DF.
Professor do Curso de Especialização de Dentística e
Prótese da ABO, Taguatinga/DF. Professor do Curso de
Especialização de Implantodontia da ABO, Brasília/DF.
Wilker silva
• Especialista em Endodontia pela ABCD, Brasília/DF.
Especialista em Ortodontia pela ABO, Brasília/DF. Pro-
fessor do Curso de Especialização de Endodontia da
ABCD e ABO, Brasília/DF.
Enviado em: dezembro de 2010Revisado e aceito: março de 2011
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48 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):48-56
revisão de literatura
* Aluna do curso de Mestrado em Odontologia pela
Universidade Estadual de Ponta Grossa / PR.
** Pós-doutorado pela Universidade Estadual de Campi-
nas (UNICAMP). Professor Associado da Universida-
de Estadual de Ponta Grossa/PR.
*** Doutor em Periodontia pela UNESP. Professor Asso-
ciado da Universidade Estadual Ponta Grossa / PR.
Palavras-chave
Periodontite. Estresse psicológico.
Sistema imunológico.
Resumo
A resposta ao estresse parece estar relacionada a um mecanismo mediador
entre condições psicológicas desfavoráveis e doença periodontal inflamatória.
Todavia, essa relação pode ser desencadeada através de dois modelos: modelo
comportamental, em que ocorre aumento no consumo de nicotina, higiene
bucal menos efetiva, mudanças nos hábitos nutricionais; ou modelo biológico,
através da redução do fluxo salivar, alteração da circulação gengival e altera-
ções na resposta imune-inflamatória. Vários estudos têm realizado a associa-
ção entre a severidade da doença periodontal e fatores comportamentais como
o estresse. O presente estudo teve por objetivo fazer um levantamento da lite-
ratura sobre os principais estudos envolvendo fatores psicológicos e a resposta
dos tecidos periodontais frente a patógenos. Os estudos mostram, em grande
parte os de corte transversal, uma tendência de relação positiva entre estresse
e doença periodontal, porém uma pesquisa mais representativa é necessária
para determinar o impacto do estresse e de fatores psicológicos como fatores
de risco para a doença periodontal.
Doença periodontal x estresse:
revisão de literatura
Ligia Nadal zARDO*, Bruna BENsO*, Reila Tainá MENDEs*, Fábio André dos sANTOs**,
Gibson Luis PILATTI***
54
Doença periodontal x estresse: revisão de literatura
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):48-56
Periodontal disease versus stress: literature reviewABsTRACT
The stress response appears to be related to a mediating mechanism between unfavorable psychological conditions and inflammatory periodontal disease. However, this relationship can be triggered through two models: behavioral model, in which there is an increase in nicotine intake, less effective oral hygiene, changes in nutritional habits; or biological model, by reducing salivary flow, changes in gingival circulation and changes in immune-inflammatory response. Several studies have made the association between periodontal disease severity and behavioral factors such as stress. This study aimed to survey the literature on the major studies involving psychological factors and the response of periodontal tissues due to pathogens. Studies show, in large part the cross-sectional, a trend of positive relationship between stress and periodontal disease. A more representative research is necessary to determine the impact of stress and psychological factors as risks factors of periodontal disease.
KEYWORDS: Periodontal diseases. Psychological stress. Immune system processes.
Essa heterogeneidade entre os estudos dificulta
a comparação de seus resultados, bem como não
permite a realização de análises de sensibilidade
em uma metanálise.
Outro aspecto importante da metodologia
foi a definição dos instrumentos de aspectos
psicológicos. Alguns estudos18,20,27,30 utilizaram
a associação entre a periodontite e níveis de
cortisol salivar. As variáveis psicológicas geral-
mente são medidas por escalas de autorrelato
e não permitem uma avaliação dos aspectos
subjetivos e comportamentais dos indivíduos. O
estresse não é a mesma experiência para todos.
Depende muito mais de como o apoio social,
se houver, está disponível a partir da família e
amigos, o que poderia diminuir a tensão em po-
tencial. Além disso, mais importante do que a
presença do estresse é a reação do indivíduo
para com ele.
CONCLusãO
No presente estudo, a análise de dados
coletados demonstrou uma discreta asso-
ciação positiva entre estresse e fatores psi-
cológicos e a doença periodontal. Mais es-
pecificamente, os trabalhos mostraram: a
associação entre estresse financeiro e uma
maior incidência de doença periodontal grave
em adultos; o risco aumentado para doença
periodontal devido à perda de um cônjuge; e
uma maior propensão à doença periodontal
nos indivíduos mais ansiosos; bem como a
influência do estresse e da ansiedade na res-
posta ao tratamento periodontal.
55
Zardo LN, Benso B, Mendes RT, Santos FA, Pilatti GL
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):48-56
rEfErênciaS
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Ligia Nadal zardoAv. Carlos Cavalcanti 4748, bloco M, sala 13CEP: 84.030-900 – Ponta Grossa / PRE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
Enviado em: fevereiro de 2011Revisado e aceito: abril de 2011
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1 • Inscrição antecipada = maior parcelamento e descon-to. Informe-se pelo site ou ligue-nos.
2 • Grupos de 05(cinco) ou mais profissionais ou aqueles que participaram de, pelo menos, 02(duas) versões anteriores do Meeting ou ainda, pós-gra duandos (es-pecialização, mestrado, doutorado) têm desconto de 5% (cinco por cento). Neste último caso, indispensá-vel anexar cópia de documento comprobatório junto à inscrição. Descontos não cumulativos.
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OBSERVAÇÕES:
59Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):59-68
revisão de literatura
* Mestrando em Clínica Integrada pela Universidade
Estadual de Ponta Grossa.
** Professor Adjunto do Departamento de Periodontia
da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
*** Professor Associado ao Departamento de Odontolo-
gia da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
Palavras-chave
Mucosa queratinizada. Implante
dentário. Saúde.
Resumo
O presente artigo teve como propósito revisar a literatura sobre o papel da mu-
cosa queratinizada na manutenção da saúde peri-implantar. Os artigos para re-
alização dessa revisão foram extraídos de buscas às bases de dados PUBMED,
MEDLINE, SCIELO e GOOGLE SCHOLAR. Foram utilizados como referências
apenas artigos publicados em português ou inglês. Como resultados dessa
revisão, foram encontradas evidências de que a existência de uma faixa de
mucosa queratinizada pode favorecer tanto a estética na reabilitação protética
sobre implantes como propiciar índices menores de sangramento à sondagem,
recessão gengival e inflamação peri-implantar, o que certamente corrobora para
uma maior longevidade dos implantes.
A importância da mucosa queratinizada
na manutenção da saúde peri-implantar:
uma revisão da literatura
Wagner Izumi Sawada gERMINIANI*, Gibson Luiz PILATTI**,
Fábio André dos sANTOs***
66
A importância da mucosa queratinizada na manutenção da saúde peri-implantar: uma revisão da literatura
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):59-68
The importance of keratinized gingiva in maintaining
peri-implant health: a literature review
ABsTRACT
The aim of this article was to review the literature about the role of the keratinized gingiva in maintaining perimplant health. Articles for carrying out this review were extracted from searches in PUBMED, MEDLINE, SCIELO and GOOGLE SCHOLAR databases. Only articles published in Portuguese or English were used as references. The results of this review have found that the existence of a band of keratinized tissue may favor both the aesthetics of the prosthetic rehabilitation on implants as in lower rates of bleeding on probing, gingival recession and peri-implant inflammation, which certainly supports for a higher longevity of dental implants.
KEYWORDS: Keratinized gingiva. Dental implants. Health.
mostraram uma média significativamente maior
de perda do osso alveolar que o grupo A. Contu-
do, as comparações foram realizadas em radio-
grafias não padronizadas24.
CONsIDERAçõEs FINAIs
Com base nessa revisão de literatura, não é
possível afirmar se presença da mucosa querati-
nizada na região peri-implantar é decisiva para
a longevidade dos implantes dentários. Até o
momento, os estudos apontam não haver esse
tipo de correlação. Porém, há evidências de que
a existência dessa faixa de tecidos favorece tanto
a estética na reabilitação protética sobre implan-
tes, como também a manutenção da saúde peri-
-implantar em longo prazo, com índices menores
de inflamação, sangramento à sondagem e per-
da do osso alveolar ao redor dos implantes.
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caso clínico
71Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):71-8
* Estagiária de investigação pela Universidade de São
Paulo (USP).
** Professor da Universidade Estadual de Maringá.
Palavras-chave
Periodontite. Placa dentária.
Raspagem dentária.
Resumo
As doenças periodontais necrosantes (DPNs) são as formas mais graves de
doença periodontal causada pela placa bacteriana. Nas DPNs, as bactérias são
mais agressivas do que as observadas em uma periodontite crônica e, quando
associadas a uma saúde debilitada do indivíduo, causam um dano ainda maior
ao periodonto. Por outro lado, as DPNs têm uma prevalência extremamente
baixa na população, o que faz com que casos diagnosticados dessa doença
devam ser documentados e divulgados, para contribuir para o conhecimento
da mesma pelos profissionais de saúde. Dessa forma, o objetivo do presente
trabalho é ilustrar, através de um caso clínico, as características clínicas de uma
das DPNs e as etapas clínicas do tratamento correspondente. Um indivíduo
com 22 anos de idade compareceu à clínica odontológica para atendimento de
urgência, apresentando como sinais e sintomas: febre, sangramento espontâ-
neo, supuração, dor e halitose extrema. Clinicamente, apresentava na gengiva
interproximal de diversos dentes ulcerações e necrose com ampla extensão,
necrose e exposição de osso alveolar interproximal, e pobre higiene bucal.
Radiograficamente, constataram-se perdas ósseas horizontais. O tratamento
foi baseado no diagnóstico de periodontite ulcerativa necrosante. Noventa dias
após o início do tratamento, foi realizada reavaliação periodontal, observando-
-se ausência de bolsas periodontais e permanência dos defeitos anatômicos
produzidos pela inflamação. Após um ano do início do tratamento, observaram-
-se focos de placa bacteriana e cálculo supragengival, porém não foram obser-
vadas bolsas periodontais e sangramento à sondagem.
Periodontite ulcerativa necrosante:
relato de caso — diagnóstico, tratamento e
um ano de acompanhamento
Lívia de Souza TOLENTINO*, Maurício Guimarães ARAúJO**
77
Tolentino LS, Araújo MG
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):71-8
Necrotizing ulcerative periodontitis: case report —
diagnoses, treatment and one year follow-up
ABsTRACT
Necrotizing Periodontal Diseases (NPDs) are the most severe inflammatory periodontal disorders caused by plaque bacteria. In the NPDs the bacteria are more aggressive than those observed in chronic periodontitis and when combined with a poor health of the patient causing a further damage to the periodontium. On the other hand, the prevalence of NPD is extremely low in the population, however, diagnosed cases of this disease should be documented and disseminated to contribute to the knowledge by health professionals. The objective of this paper is to illustrate through a clinical case the clinical characteristics of one of the NPDs and the stages of its treatment. A 22-year-old patient attended in the dental clinic for urgent care presenting the following signs and symptoms: fever, spontaneous bleeding, suppuration, pain and extreme halitosis. Clinically, there were ulcerations and extensive necrosis in the interproximal gingiva of several teeth, exposure of interproximal alveolar bone and poor oral hygiene. In the radiograph it was found horizontal bone loss. The treatment realized was based on the diagnostic of Necrotizing Ulcerative Periodontitis. Ninety days after the treatment beginning it was performed a periodontal reevaluation, and there was absence of periodontal pockets, and anatomic defects produced by the inflammation were observed. After one year of the treatment beginning it was observed plaque and supragengival calculus, but pockets and bleeding on probing were not observed.
KEYWORDS: Periodontitis. Dental plaque. Dental scaling.
inicia-se com a remoção do fator etiológico, a
placa bacteriana, com auxílio de curetas e/ou ul-
trassom e associação de irrigação com agentes
químicos. Quando for necessário, a prescrição de
antibiótico é imprescindível. Após o caso não se
apresentar na forma aguda, a raspagem coro-
norradicular é realizada. O plano de tratamento
executado no indivíduo está de acordo com os
achados da literatura15-18.
É importante destacar a necessidade de
manutenções periodontais periódicas para
que se consiga obter uma estabilidade do tra-
tamento. Em casos de doenças periodontais
necrosantes, recomenda-se que o indivíduo re-
torne ao consultório de 3 em 3 meses no pri-
meiro semestre, e de 6 em 6 meses nos anos
seguintes3. No presente caso clínico, pôde ser
observado um acúmulo de cálculo após 6 me-
ses da última consulta.
Dessa forma, pode-se concluir que a Perio-
dontite Ulcerativa Necrosante é considerada uma
forma grave de doença periodontal, que precisa
ser corretamente diagnosticada e tratada. É im-
prescindível que o cirurgião-dentista conheça as
características clínicas dessa doença, para que
possa devolver a saúde ao seu paciente.
78
Periodontite ulcerativa necrosante: relato de caso — diagnóstico, tratamento e um ano de acompanhamento
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):71-8
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Lívia de souza TolentinoRua Campos Sales, 255 - apto 602 CEP: 87.020-080 – Maringá / PRE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
Enviado em: fevereiro de 2011Revisado e aceito: abril de 2011
80 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):80-91
caso clínico
* Especialista em Prótese Dentária ABO-BA. Profes-
sora de Prótese Fixa FCBS-AL. Doutoranda em
Implantodontia - USC (Bauru/SP).
** Especialista em Anatomia Topográfica da Face USP-SP.
Doutorando em Implantodontia - USC (Bauru/SP).
*** Especialista em Prótese Dentária pela ABO-BA.
**** Mestre e Doutora em Dentística pela FOB-USC.
Professora do Doutorado e Mestrado em Implanto-
dontia USC (Bauru/SP).
***** Professor Titular de Implantologia da USC(Bauru/
SP). Coordenador do Programa de Doutorado e
Mestrado em Implantodontia da USC (Bauru/SP).
Professor Titular de Dentística FOB-USP.
Palavras-chave
Estética dentária. Implantes dentários.
Próteses e implantes. Implantes dentá-
rios para um único dente. Planejamento
de prótese dentária.
Resumo
O planejamento e a instalação de implantes osseointegráveis em maxila an-
terior devem ser conduzidos por rigorosa disciplina técnica. A anatomia ós-
sea, o fenótipo gengival, assim como a avaliação dentofacial, necessitam de
criteriosa análise para resultar em um diagnóstico preciso, possibilitando oti-
mizar tridimensionalmente o implante a ser instalado. Adequar a abordagem
cirúrgica e/ou protética, levando-se em consideração a biologia dos tecidos
circundantes em cada situação clínica em questão, também constitui-se em
conduta de igual importância a ser adotada. O presente artigo traz alguns
aspectos do planejamento interdisciplinar para reabilitação unitária, funda-
mentados em importantes princípios biológicos e estéticos, e ilustrados por
um caso clínico realizado em maxila anterior, em sistema de função imediata.
Aspectos estéticos e biológicos atuais para
o planejamento integrado de implantes
unitários anteriores em função imediata
Karina Leite Baía FERNANDEs*, Franklin Moreira LEAhy**,
Emillianno de Gusmão gONçALvEs***, Ana Carolina FRANCIsChONE****,
Carlos Eduardo FRANCIsChONE*****
90
Aspectos estéticos e biológicos atuais para o planejamento integrado de implantes unitários anteriores em função imediata
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):80-91
Aesthetic and biological aspects for integrated planning
of single-tooth implants on immediate loading
ABsTRACT
The planning and installation of dental implants in anterior maxilla must be driven by systematic technical discipline. The bone anatomy, gingival phenotype, as well as dentofacial evaluation, require careful analysis to result in an accurate diagnosis, in order to optimize tridimensional position of the implant to be installed. It’s important to adapt surgical and prothetic approachs due to different biology of the surrounding tissues, considering individual situations of each case. This paper shows some aspects of interdisciplinary planning for single prosthesis rehabilitation, based on important biological and aesthetic principles, illustrated by a case report conducted in the anterior maxilla, in immediate loading.
KEYWORDS: Dental esthetics. Planning techniques. Dental implants, single-tooth. Rehabilitation.
composto entre a restauração protética sobre o
implante e o dente adjacente11,12,14.
Considerar as alternativas de uma correta
posição tridimensional do implante, o preenchi-
mento vestibular do alvéolo com osso autógeno
e/ou inorgânico em áreas de gaps ou depres-
sões ósseas (para a manutenção da arquitetura
gengival), o desenho adequado do abutment
na área transmucosa, associados às técnicas
hoje disponíveis de manipulação do tecido
mole, são critérios bastante viáveis na maioria
das resoluções estéticas em maxila anterior29,30.
CONCLusõEs
Para um resultado previsível em reabilita-
ções unitárias anteriores sobre implantes, é
indispensável minuciosa e personalizada ava-
liação das características estéticas, biológicas
e funcionais de cada caso; aplicando-se, sem-
pre que possível, o recurso do planejamento
interdisciplinar, com o intuito de obterem-se
soluções reabilitadoras fixas que se aproxi-
mem ao máximo das características anatômi-
cas encontradas nos dentes naturais, e que
satisfaçam às expectativas do paciente.
rEfErênciaS
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a 15 anos de avaliação longitudinal do sistema de implantes
Branemark e próteses unitárias cimentadas. Rev Dental Press
Periodontia Implantol. 2007 jan-mar;1(1):85-94.
Karina Leite Baía FernandesRua Dr. José Afonso de Melo, 68 - salas 810/811CEP: 57.036-510 – Maceió/AL E-mail: [email protected]
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Enviado em: abril de 2011Revisado e aceito: maio de 2011
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24 DE jUNhO (sexta-feira) LOCAL
VALOR DA INSCRIÇÃO
INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES
25 DE jUNhO (sábado)
Estética: Harmonizando Endo e ImplantesGuilherme Noriaki e Héilio Taniguchi
Sedação: Tranquilidade para Pacientes eProfissionais Luiz Morganti
Um Novo Conceito emInstrumentação Automatizada Henrique Bassi
Tomografia: Avanços Recentes e AplicaçõesDaniel Kherlakian, Michel L. Ximenez e Rodrigo R. Sarzedo
Diagnóstico e Planejamento em Reabilitação OralLaerte Schenkel
Endo e Implantes: Até onde ir? Sergio Martins e Robert C.da Silva
Interação Cirurgia / LaboratórioClarindo Mitiyoshi e Flavio Oliveira
08:00 ~ 08:45
09:00 ~ 10:30
08:30 ~ 09:30
09:30 ~ 10:30
10:30 ~ 11:00
10:30 ~ 11:00
11:00 ~ 12:30
11:00 ~ 12:30
12:30 ~ 13:00
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DO
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OM
M
93Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):93-101
caso clínico
* Mestre e Doutor em Implantodontia (UFSC). Profes-
sor do curso de Especialização em Implantodontia
da Universidade Cruzeiro do Sul/Joinville.
** Especialista em Implantodontia (Unicsul). Professor
do curso de especialização em Implantodontia da
Universidade Cruzeiro do Sul/Joinville.
*** Mestre em Implantodontia (UFSC). Professor do
curso de especialização em Implantodontia da Uni-
versidade Cruzeiro do Sul/Joinville.
**** Mestre e Doutor em Implantodontia (UFSC). Profes-
sor do curso de especialização em Implantodontia
da Universidade Cruzeiro do Sul/Joinville.
Palavras-chave
Implantes dentários. Próteses e implan-
tes. Desenho de prótese. Implante de
prótese mandibular. Retenção em pró-
tese dentária.
Resumo
O tratamento reabilitador que utiliza próteses fixas implantossuportadas solu-
ciona as deficiências dentárias maxilomandibulares com real sucesso. O trata-
mento proposto inicialmente por Branemark em dois estágios cirúrgicos está
sofrendo sucessivas modificações e aperfeiçoamentos, no intuito de diminuir
o tempo de instalação das próteses sobre implantes, existindo, em alguns ca-
sos, a possibilidade de se reabilitar pacientes imediatamente após a instalação
dos implantes. Nesse sentido, vários estudos sobre a carga imediata têm sido
frequentemente realizados, e devidamente documentados na literatura, para a
solução dos casos envolvendo próteses totais fixas sobre implantes osseointe-
gráveis. Em decorrência da reabsorção do rebordo alveolar maxilomandibular
pós-extração, a utilização de componentes protéticos angulados é uma opção
para a correção da posição de implantes vestibularizados. Este trabalho tem
como objetivo apresentar um caso clínico de implantes do tipo Cone-Morse,
imediatos, instalados em região anterior de mandíbula, com a confecção de
uma prótese total inferior com carga imediata, utilizando-se um sistema de
fixação tipo tubo-parafuso como forma de substituição aos pilares angulados.
Utilização de parafusos linguais para fixação
de prótese total inferior sobre implantes com
carga imediata: relato de caso clínico
Ricardo hOCChEIM NETO*, Antonio Otávio Marconcin NEvEs**,
Leonardo Vieira BEz***, César Augusto Magalhães BENFATTI****
100
Utilização de parafusos linguais para fixação de prótese total inferior sobre implantes com carga imediata: relato de caso clínico
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):93-101
Lingual use of screws for attaching a mandibular
fixed prosthesis to implants with immediate loading:
Case report
ABsTRACT
The rehabilitative treatment that uses fixed prosthesis with dental implants addresses the dental maxillomandibular deficiencies with real success. The treatment initially proposed by Branemark in two surgical stages is undergoing successive modifications and improvements in order to reduce the installation time of the prostheses on implants, in some cases there is an opportunity to rehabilitate the patient immediately after implant placement. Accordingly, several studies on immediate loading have been frequently performed and documented in the literature for the solution of cases involving fixed prostheses on osseointegrated implants. As a result of resorption of the alveolar maxillomandibular post-extraction, the use of angulated abutments is an option for the correction of the position of implants. This paper aims to present a case report of immediate implants with Cone-Morse platform, placed in the anterior mandible and making a mandibular fixed prosthesis with immediate loading in which was used a fixed screw-type tube as a way to replace angled abutments.
KEYWORDS: Dental implants. Prosthesis implantation. Prosthesis design. Mandibular prosthesis implantation. Dental
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Press Periodontia Implantol. 2009 out-dez;3(4):88-96.
Antonio Otávio Marconcin NevesRua Tuiuti 2146, andar superiorCEP: 89.226-000 – Aventureiro – Joinville / SCE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
Enviado em: janeiro de 2011Revisado e aceito: maio de 2011
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revisão de literatura
103Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):103-10
* Mestrando em Prótese pela Faculdade São Leopol-
do Mandic (Campinas-SP). Chefe de equipe odon-
tológica do Hospital Ministro Costa Cavalcante (Foz
do Iguaçu-PR).
** MSc em Reabilitação Oral pela Ohio State
University(EUA). Doutor em Prótese pela Faculdade
de Odontologia da Universidade de São Paulo. Co-
ordenador dos cursos de especialização e mestrado
em Prótese pela Faculdade São Leopoldo Mandic
(Campinas-SP).
*** Doutor em Clínicas Odontológicas na área de
concentração de Prótese Dental pela Faculdade de
Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual
de Campinas - FOP/UNICAMP. Chefe de equipe da
odonto-oncologia do Hospital Israelita Albert Eins-
tein (São Paulo/SP).
**** Aluno da especialização em Implante pela Universida-
de do Oeste do Paraná – UNIOESTE (Cascavel-PR).
Palavras-chave
Conexão dente/implante. Biomecânica
dente/implante. Prótese.
Resumo
Após a divulgação do conceito de osseointegração por Bränemark, baseado
em anos de estudo, houve uma grande mudança na Odontologia moderna. Os
tratamentos ganharam muitas variáveis no planejamento, normalmente mais
estéticos e eficazes. Apesar da introdução dos implantes osseointegrados, com
grande demanda e evolução da técnica, alguns fatores ainda limitam a coloca-
ção de um número adequado de implantes. Com isso, tem-se deparado com
uma situação clínica de grande importância na Implantodontia: a restauração
do edentulismo parcial utilizando pilares de dentes naturais unidos a implan-
tes. O principal fator de preocupação ao se indicar a união dente/implante é
a biomecânica, devido à diferença de absorção das forças oclusais pelos dois
componentes distintos, dente e implante. Através de uma revisão de literatura,
foram abordados os critérios biomecânicos dessa união, considerações sobre
as formas de executá-la, as possíveis complicações e os achados clínicos das
pesquisas. Embora os conceitos teóricos revelem problemas em potencial, os
resultados clínicos apontam favoravelmente para o uso desse tipo de união.
Segundo alguns profissionais, principalmente em segmentos curtos e com co-
nexões rígidas, entretanto, o assunto é ainda bastante controverso.
Análise da utilização da união dente/implante
e tipos de conexões: revisão de literatura
Tiago Soares sChERER*, Milton Edson MIRANDA**,
José Renato Ribeiro PINTO***, Estevan Soares sChERER****
109
Scherer TS, Miranda ME, Pinto JRR, Scherer ES
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):103-10
saúde periodontal do dente a ser unido e
sua relação coroa-raiz, presença e condi-
ções de núcleos intrarradiculares; e possibi-
lidade da conexão de mais de um dente.
2. Ainda não há consenso entre os autores
sobre as conexões que devem ser utiliza-
das, mas a tendência é para os tipos de co-
nexões que permitam certa mobilidade do
implante, podendo diminuir o desgaste da
união dente/implante. Mas o assunto ainda
está em fase de pesquisa e discussão.
3. Existem fatores que podem diminuir o
estresse mecânico, tais como a melhoria
do desenho da prótese, a minimização de
forças desfavoráveis através de um ajuste
oclusal e o uso de sistemas de implantes
que permitam uma melhor absorção do
estresse, embora as controvérsias conti-
nuem enfatizando todas essas conside-
rações. Torna-se evidente a falta de um
consenso para esse tipo de tratamento,
sendo necessários mais estudos longitu-
dinais a longo prazo. O bom senso deve
prevalecer quando houver razões para
se conectar implantes com dentes. Mui-
tas vezes, a união pode ser a única al-
ternativa que se tem em um determinado
tratamento reabilitador, funcionando bio-
logicamente com sucesso, se os critérios
necessário forem respeitados. Entretanto,
a conclusão para os dias de hoje é que
o tratamento somente com implantes ou
somente com dentes deve ser considera-
do como primeira opção.
Analysis of the use of the tooth-implant union and types
of connections: literature review
ABsTRACT
After the popularization of the osseointegration concept from Bränemark, based on years of study, there was a great turn in the modern dentistry. The treatments won many variation during prosthodontic planning related to aesthetics and efficacy. In spite of introduction of osseointegrated implants, technical developments and increase of indications, several factors still limit the use of an appropriate number of implants. With that, a critical situation in the Implantology: to use or not tooth-implant connection, and in using, what is the best way to do so. The main factor of relevance to indicate the tooth-implant connection is the biomechanics, due to the difference of absorption of the occlusal forces on the two different components, tooth and implant. Through literature review, the biomechanical criteria of this union, considerations of how to do it possible and the complications that could occur were discussed. Although the theoretical concepts reveal potentials problems, the clinical results appear favorable to the use of this type of union, mainly in short segments and with rigid connections.
KEYWORDS: Tooth-implant connection. Biomechanics tooth-implants. Denture.
110
Análise da utilização da união dente/implante e tipos de conexões: revisão de literatura
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):103-10
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natural, em prótese fixa, comparando-se conectores rígidos
e semi-rígidos, através de análise fotoelástica [dissertação].
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Tiago soares schererRua Buenos Aires, 498. Jardim Alice IICEP: 85.858-140 – Foz do Iguaçu / PRE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
Enviado em: setembro de 2010Revisado e aceito: maio de 2011
normas de apresentação de originais
111Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):111-2
— A Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia, dirigi-da à classe odontológica, destina-se à publicação de relatos de casos clínicos e de técnicas, artigos de interesse aos pro-fissionais da área, comunicações breves e atualidades.
— A Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia utiliza o Sistema de Gestão de Publicação, um sistema on-line de submissão e avaliação de trabalhos. Para submeter novos trabalhos visite o site:
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— Os trabalhos apresentados devem ser inéditos e não pu-blicados ou submetidos para publicação em outra revista. Os manuscritos serão analisados pelo editor e consulto-res, e estão sujeitos a revisão editorial. Os autores devem seguir as orientações descritas adiante.
ORIENTAçÕES PARA SUBMISSãO DE MANUSCRITOS— Submeta os artigos através do site: www.dentalpressjournals.com — Organize sua apresentação como descrito a seguir:
1. Página de título— deve conter título em português e inglês, resumo e abs-
tract, palavras-chave e keywords. — não inclua informações relativas aos autores, por exem-
plo: nomes completos dos autores, títulos acadêmicos, afiliações institucionais e/ou cargos administrativos. Elas deverão ser incluídas apenas nos campos específicos no site de submissão de artigos. Assim, essas informações não estarão disponíveis para os revisores.
2. Resumo/Abstract — os resumos estruturados, em português e inglês, de 250
palavras ou menos são os preferidos. — os resumos estruturados devem conter as seções: INTRODU-
çãO, com a proposição do estudo; MÉTODOS, descrevendo como o mesmo foi realizado; RESULTADOS, descrevendo os resultados primários; e CONCLUSÕES, relatando o que os au-tores concluíram dos resultados, além das implicações clínicas.
— os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavras-chave, ou descritores, também em português e em inglês, as quais devem ser adequadas conforme o MeSH/DeCS.
3. Texto— o texto deve ser organizado nas seguintes seções: Intro-
dução, Material e Métodos, Resultados, Discussão, Conclu-sões, Referências, e Legendas das figuras.
— os textos devem ter o número máximo de 4.000 palavras, incluindo legendas das figuras, resumo, abstract e referências.
— envie as figuras em arquivos separados (ver logo abaixo). — também insira as legendas das figuras no corpo do texto,
para orientar a montagem final do artigo.
4. Figuras— as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em
CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 dpis de resolução.
— as imagens devem ser enviadas em arquivos independentes. — se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda
deve dar todo o crédito à fonte original. — todas as figuras devem ser citadas no texto.
5. Gráficos e traçados cefalométricos— devem ser enviados os arquivos contendo as versões ori-
ginais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção.
— não é recomendado o envio dos mesmos apenas em for-mato de imagem bitmap (não editável).
— os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenha-dos pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.
6. Tabelas— as tabelas devem ser autoexplicativas e devem comple-
mentar, e não duplicar o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem
em que são mencionadas no texto. — forneça um breve título para cada uma. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua
uma nota de rodapé dando crédito à fonte original. — apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Ex-
cel, por exemplo), e não como elemento gráfico (imagem não editável).
normas de apresentação de originais
112 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2011 abr-jun;5(2):111-2
* Para submeter novos trabalhos acesse o site: www.dentalpressjournals.com
7. Comitês de Ética— Os artigos devem, se aplicável, fazer referência a parece-
res de Comitês de Ética.
8. Referências— todos os artigos citados no texto devem constar na lista
de referências. — todas as referências listadas devem ser citadas no texto.— com o objetivo de facilitar a leitura do texto, as referências
serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração.— as referências devem ser identificadas no texto por núme-
ros arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas no texto.
— as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser nor-malizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”.
— a exatidão das referências é de responsabilidade dos auto-res; as mesmas devem conter todos os dados necessários à sua identificação.
— as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html).
— utilize os exemplos a seguir:
Artigos com até seis autoresSterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7.
Artigos com mais de seis autoresDe Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lam-brechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32.
Capítulo de livroKina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301.
Capítulo de livro com editorBreedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001.
Dissertação, tese e trabalho de conclusão de cursoBeltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção. [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990.
Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.