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PROJETO DE CONTROLE AMBIENTAL FARIMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SUBPRODUTOS ANIMAIS LTDA TUPÃSSI/PR 2012

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PROJETO DE CONTROLE AMBIENTAL

FARIMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

SUBPRODUTOS ANIMAIS LTDA

TUPÃSSI/PR – 2012

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GESTÃO AMBIENTAL

FARIMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SUBPRODUTOS ANIMAIS LTDA

CNPJ: 05.825.083-0001/71 Insc. Estadual: 90286144-00 fone/fax +55 44 3544 1292

Endereço: Rodovia BR 581, s/n, Km 1, Gleba Lambari, Caixa Postal 33, CEP 85945-000, Tupãssi- PR.

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PROJETO DE CONTROLE AMBIENTAL (PCA)

Responsável: Rogério do Nascimento

Engenheiro Químico / Consultor Sênior

CREA – PR-72131/D

CRQ – PR 09302005

Contratante: FARIMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SUBPRODUTOS ANIMAIS

LTDA

Projeto de adequação ambiental referente às

exigências de licenciamento de instalação e

operação, feitas pelo Instituto Ambiental do

Paraná – IAP no licenciamento prévio.

TUPÃSSI/PR – 2012

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4 CONCEPÇÃO, FINALIDADES E OBJETIVOS ............................................................. 5 JUSTIFICATIVA. ................................................................................................................ 8

1. INFORMAÇÕES CADASTRAIS ................................................................................. 11 1.1 Disposições Gerais. .................................................................................................... 11 1.2 Origem da Indústria. ................................................................................................... 11 1.3 Fonte abastecedora de água. ....................................................................................... 12 1.4 Corpo receptor (vazão e parâmetros).......................................................................... 12

1.5 Área onde será implantada a atividade. ...................................................................... 12

1.6 Número de funcionários. ............................................................................................ 14

1.7 Horário de turno de trabalho. ...................................................................................... 14 1.8 Matéria-prima e insumos. ........................................................................................... 14 1.9 Produto a ser fabricado. .............................................................................................. 14 1.10 Descrição do processo produtivo, indicando os pontos de geração de resíduos. ..... 14

1.11 Fluxograma do processo produtivo. ......................................................................... 15 1.12 Balanço hidráulico. ................................................................................................... 15

1.13 Diversificação industrial. .......................................................................................... 15 2. INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO HÍDRICA .................................................... 18

2.1 Informações sobre a água utilizada na indústria. ........................................................ 18

2.2 Informações sobre resíduos líquidos. ......................................................................... 19 2.2.1 Descrição do sistema de captação e disposição de águas pluviais. ......................... 19

2.2.2 Informações sobre rede, vazão e destino final dos esgotos sanitários. .................... 19 2.2.3 Informações sobre a disposição e quantidade de resíduos sólidos e gasosos,

inclusive os provenientes da estação de tratamento. ........................................................ 20 2.2.4 Informações sobre a quantidade de resíduos líquidos industriais............................ 21 2.2.5 Qualidade dos efluentes líquidos. ............................................................................ 21

2.2.6 Análise do corpo receptor, a montante do ponto de descarga. ................................ 24 2.3 Projeto hidráulico do tratamento de resíduo líquido. ................................................. 24

2.3.1 Descrição do(s) sistema(s) de tratamento(s) adotado(s). ......................................... 25 2.3.2 Justificativa da escolha do(s) tipo(s) de tratamento(s) adotado. .............................. 26 2.3.3 Cálculo do dimensionamento hidráulico das diversas unidades que compõem o

sistema. Escolha e justificativa das vazões adotadas. ....................................................... 26 2.3.4 Características prováveis dos resíduos líquidos tratados. ........................................ 37

2.3.5 Características do sistema de esgoto sanitário. ........................................................ 39 2.3.6 Características prováveis do corpo receptor, logo após receber os resíduos líquidos

tratados. ............................................................................................................................ 44 3. INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO DO AR. ........................................................ 47

3.1 Combustíveis: ............................................................................................................. 47 3.2 Caldeiras. .................................................................................................................... 47 3.3 Outros equipamentos de queima de combustíveis: .................................................... 47

3.4 Outras fontes de poluição do ar: ................................................................................. 48 3.5 Chaminés: ................................................................................................................... 48 3.6 Plano de controle de poluição do ar: .......................................................................... 48

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3.7 Memorial Descritivo e de Cálculos. ........................................................................... 49 4. INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS. .................... 65

4.1 Informações sobre os resíduos sólidos gerados. ......................................................... 65 4.2 Informações sobre disposição final. ........................................................................... 66 4.3 Tratamento adotado. ................................................................................................... 67

4.4 Plano de gerenciamento de Resíduos Sólidos ............................................................ 68 5. DESENHOS .................................................................................................................... 70

5.1 Das informações cadastrais (escala 1:2000 a 1:10000). ............................................. 70 5.1.1 Planta de situação industrial. ................................................................................... 70 5.1.2 Orientação para chegar ao local (acessos). .............................................................. 70

5.2 Das informações sobre água utilizada. ....................................................................... 70

5.2.1 Planta esquemática do sistema de abastecimento de água da indústria. .................. 70

5.3 Das informações sobre resíduos líquidos da indústria................................................ 70 5.3.1 Planta do sistema de águas pluviais do empreendimento. ....................................... 71 5.4 Do projeto hidráulico do(s) sistema(s) de tratamento dos resíduos líquidos. ............. 71 5.4.1 Planta geral do sistema de tratamento. .................................................................... 71

5.4.2 Perfil hidráulico do sistema de tratamento. ............................................................. 71 5.4.3 Desenhos das diversas unidades do sistema de tratamento (inclusive medidor de

vazão)................................................................................................................................ 71 5.5 Do projeto do sistema de tratamento dos resíduos atmosféricos. ............................... 71 5.6 Do projeto do sistema de tratamento do esgoto sanitário. .......................................... 71

6. OBSERVAÇÕES. ........................................................................................................... 73 6.1 Instruções e recomendações para operação do sistema de tratamento. ...................... 73

6.2 Especificação setor de encarregado da operação e manutenção do(s) sistema(s) de

controle de poluição.......................................................................................................... 73

6.3 Especificação do número de funcionários especialmente contratados para operação e

manutenção do(s) sistema(s) de controle de poluição. ..................................................... 73 6.4 Cronograma provável de execução das obras............................................................. 74

CONCLUSÕES ................................................................................................................... 76 Gerais. ............................................................................................................................... 76

Especificas. ....................................................................................................................... 76 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 80 Termo de Compromisso. .................................................................................................... 81

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INTRODUÇÃO

Este PCA – Plano de Controle Ambiental é fruto da consciência do empreendedor e do

seu necessário e desejável licenciamento ambiental.

Para que os objetivos e alcance do Projeto fossem alcançados, decidiu-se, inicialmente,

pela feitura de um diagnóstico de pré-viabilidade do empreendimento. Uma visita técnica,

para avaliar a sustentabilidade ambiental de todos os pontos de possíveis impactos

ambientais, deu ciência a isso e assegurou o seu melhor detalhamento.

Com as idéias lançadas um roteiro metodológico específico e dirigido à realidade

operacional da empresa surgiu. Espera-se, à luz dos seus procedimentos, alcançar com

objetividade e menor custo, a aprovação do necessário e tão esperado Licenciamento

Ambiental. O objetivo é que a FARIMA abandone a margem do improviso e venha, muito

mais do que produzir com as portas abertas, se tornar uma referência na racionalidade do

trato e na solução das questões ambientais. Para que os resultados sejam alcançados, e

objetivamente solucionados, os seguintes tópicos foram desenvolvidos:

1. Localização geográfica do complexo empresarial e análise preliminar dos elementos

do meio físico que interferem e/ou condicionam sua área direta de influência

ambiental.

2. A ciência dos procedimentos que serão aplicados na obtenção do Licenciamento

Ambiental e os fundamentos (a seleção) das hipóteses de trabalho que melhor

justificarão os custos e os resultados.

3. As justificativas, no atual contexto ecológico, da implantação de sistemas de

contenção de resíduos líquidos e sólidos, bem como a recuperação e a reciclagem

dos efluentes líquidos.

4. A análise de custo do Projeto de Controle Ambiental das diversas e distintas fases

de trabalho.

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CONCEPÇÃO, FINALIDADES E OBJETIVOS

Já são antigos os problemas associados à degradação do meio ambiente pela

população, pelos órgãos públicos e pela empresa privadas. Atualmente, inclusive, há certo

consenso de que o país já não pode crescer a qualquer custo, provando com isto uma

deterioração irreversível do ambiente. A proteção ao meio ambiente ganhou amplitude

mundial e passou a ser devidamente reconhecida a partir do momento em que a degradação

ambiental atingiu índices alarmantes e a pessoa humana tomou consciência de que a

preservação de um ambiente sadio está intimamente ligada a preservação de sua própria

espécie.

Nestas condições, tem-se tornado cada vez mais importante incorporar tais problemas

na análise do projeto, nos seus aspectos positivos e negativos. Do ponto de vista dos

aspectos positivos, devem ser consideradas as chamadas economias externas decorrentes do

projeto, tais como: nível de emprego, treinamento dado aos empregados, construção de

escolas e de creches, desenvolvimento da comunidade onde se instala o empreendimento,

etc.

No que diz respeito aos aspectos negativos, ou seja, as deseconomias externas podem

ser citadas pelo menos os seguintes impactos: poluição (do ar, da água, do solo, no nível de

ruído, etc.), degradação ecológica (da vida animal e vegetal, do clima, etc.), periculosidade

para os próprios trabalhadores e para a comunidade, etc.

Já existe no Brasil um conjunto crescente de regulamentação governamental feita no

sentido de proteger o ambiente. Deve ser observado, entretanto, que é a própria empresa

que deve procurar incorporar estes problemas na elaboração do projeto, fazendo uma

análise de custo/benefício. Entretanto, em razão da necessidade da preservação do meio

ambiente associando-se a idéia da preservação da espécie humana, a proteção ambiental

torna-se uma prioridade da agenda internacional contemporânea, com o desenvolvimento

de Tratados Internacionais e programas com o fito de preservá-lo; requerem do direito

internacional público, em processo de continua expansão, soluções aos problemas globais

que apresentam, além de um enriquecimento conceitual para fazer face às realidades dos

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novos tempos o desenvolvimento das leis nacionais e dos órgãos que delegam no âmbito

nacional e regional.

Do mesmo modo, para se buscar uma maior efetividade das normas existentes de

direito ambiental é igualmente necessário a maior participação da sociedade neste

empreendimento e, por várias vezes, as informações não chegam de forma verdadeira e

transparente para a população posto que em alguns casos que envolvem danos ao meio

ambiente tem-se uma informação manipulada. Com efeito, o papel da pessoa humana

adquire destaque na implementação de um meio ambiente sadio em razão do deslocamento

de um status até então passivo para compartilhar das responsabilidades na gestão de

interesses de todo a coletividade. Este status pode ser detectado, no Brasil, através do artigo

225 da Constituição Federal de 1988:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum

do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à

coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

Partindo deste pressuposto, este projeto tem o objetivo de adequar a empresa,

ambientalmente, o que está diretamente ligado ao bem estar das pessoas envolvidas nas

atividades relacionadas ao empreendimento, bem como das pessoas envolvidas

indiretamente, ou seja, os vizinhos. Logo a finalidade deste projeto é a elaboração de um

PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL (PCA) que contemplará um sistema de

tratamento de efluentes, projeto de tratamento de resíduos atmosféricos, plano de

gerenciamento de resíduos sólidos e projeto de esgoto sanitário, para este empreendimento.

Este projeto foi elaborado observando-se as disposições do órgão ambiental e visa

manter os parâmetros ambientais dentro dos padrões permissíveis conforme Licença Prévia.

Conforme:

LEI N0 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do

Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras

providências.

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RESOLUÇÃO CONAMA N0 237, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997 – Regulamenta

os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio

Ambiente.

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JUSTIFICATIVA.

No mundo atual, globalmente interligado, não há mais fronteira geopolítica. As

empresas que não atingirem níveis internacionais de qualidade, produtividade e

competitividade irão à falência. Assim, no modelo de globalização, imposto pelo mercado,

não é nada recomendável desenvolver quaisquer projetos sem alcance ambiental e sem a

análise de custos e resultados.

A história tem demonstrado que não faz mais sentido gerenciar uma empresa sem

ciência e tecnologia. Os tempos são outros. Os recursos são escassos. O universo de

informações cresceu muito nestas últimas décadas, e as empresas, para se tornarem mais

competitivas e acompanharem os desafios do mercado globalizado, estão sofrendo rápidas,

constantes e profundas transformações. Com este empreendimento não deve ser diferente.

Em face do exposto são definidos neste PCA, os procedimentos e diretrizes que

melhor irão justificar a sustentabilidade ambiental do empreendimento. Por outro lado, é

fundamental, também, dar ao empreendedor ciência das diversas e necessárias fases de

desembolso.

Não é necessário salientar a importância que o mundo empresarial tem no campo

sócio-econômico de uma região ou de um município. Dentro desse cenário são as pequenas

e médias empresas que produzem a maior parte do mercado de trabalho das regiões

interiorizadas do Brasil. Para que o País possa uniformemente crescer dentro do conceito de

sustentabilidade é necessário, contudo, disponibilizar, às regiões interiorizadas, os recursos

tecnológicos já conhecidos e dominados nas áreas metropolitanas mais desenvolvidas do

Brasil.

É claro que, juntamente com as inovações tecnológicas, as questões de controle

ambiental não podem mais ser desprezadas. No atual contexto ecológico é fundamental e de

indiscutível interesse a implantação de sistemas que racionalmente contenham a geração de

resíduos líquidos, sólidos e gasosos. A recuperação e reciclagem das matérias primas

utilizadas nas linhas de produção são outros fatores que fazem a diferença e que cada vez

mais estão auxiliando, conceituando melhor as empresas, na busca do alcance das séries de

ISO’s no Brasil.

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No caso específico deste empreendimento as adequações e projetos que serão

implantados e que estão sendo sugeridos nesta fase do licenciamento ambiental,

proporcionarão, além da legalização do empreendimento junto ao órgão ambiental, uma

melhor condição de trabalho e uma melhor convivência com os empreendimentos vizinhos.

Desta forma, este PCA faz o papel de divisor de águas, do empreendimento antigo,

para o empreendimento novo; não somente do ponto de vista de instalações e prédios, mas

também novo no ponto de vista de deveres sociais com a comunidade onde o mesmo está

inserido.

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INFORMAÇÕES CADASTRAIS E DISPOSIÇÕES GERAIS

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1. INFORMAÇÕES CADASTRAIS

Razão Social: FARIMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SUBPRODUTOS

ANIMAIS LTDA.

CNPJ: 05.825.083/0001-71 Insc. Estadual: 9028.6144-00

Indicação Fiscal: 1513002

Cadastro SERFLOR Reg. 1801010001372

End.: Rod. Pr 581 – km 01 – lote 20 s/n Bairro: Gleba Lambari

Cidade: Tupãssi. Estado: Paraná CEP: 85945-000

1.1 Disposições Gerais.

Com base nos requisitos de licenciamento de instalação e operação exigidas pelo

Instituto Ambiental do Paraná, contidos na licença prévia, este projeto tem a finalidade de

adequar a referida empresa na legislação ambiental e demais normas pertinentes.

Para isto, este PCA apresentará o projeto de controle do sistema de tratamento de

efluentes líquidos, projeto de tratamento de resíduos atmosféricos, projeto de tratamento do

esgoto sanitário, com respectivos memoriais descritivos e de cálculo, plano de

gerenciamento dos resíduos sólidos gerados pela atividade, entre outros aspectos

relacionados à proteção ambiental.

1.2 Origem da Indústria.

A empresa, nomeada aqui FARIMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

SUBPRODUTOS ANIMAIS LTDA, situada à Rodovia Pr 581 – km 01 lote 20 s/n na gleba

Lambari do município de Tupãssi – Pr CEP 85945-000, tem como atividade principal o

processamento de resíduos cárnicos e penas, oriundos de abatedouros frigoríficos, a qual

tem finalidade da obtenção de farinhas e óleos para serem destinados, através de

comercialização, para fábricas de rações. A origem da indústria se deu devido à localização

do empreendimento, no que tange uma facilidade logística para tal.

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1.3 Fonte abastecedora de água.

A água a ser utilizada, no processamento e limpeza em geral, será oriunda de poço

artesiano, o qual terá vazão aproximada de 8 m3/hora. Tal poço está em processo de outorga

junto a SUDERHSA, com a portaria n0 67/2005.

1.4 Corpo receptor (vazão e parâmetros).

A água residuária do processo, a qual estará livre de poluição acima dos índices

permitidos devido ao tratamento no processo, será canalizada e destinada ao Rio Memória,

o qual faz divisa do terreno de localização da Fábrica. Estima-se uma vazão máxima de 6

m3/hora e que o restante da água utilizada será evaporada pelo sistema de biofiltro para a

atmosfera.

1.5 Área onde será implantada a atividade.

A área utilizada pela indústria, situada a Rodovia Pr 581 – km 01 lote 20 s/n na gleba

Lambari do município de Tupãssi – Pr CEP 85945-000. O lote será descrito com a

apresentação da matrícula atualizada do mesmo, isto em anexo a este projeto. Também,

juntamente, será apresentado um projeto estrutural da empresa, onde se poderão verificar a

área construída e a área livre do lote em questão.

Descrição:

Área Total do lote: 106.000,00 m2

Área construída: 2.474,80 m2

Área livre: 103.525,20 m2

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Figura 01 – Localização do empreendimento em relação aos principais corpos hídricos, rodovias e

municípios.

Figura 02 – Localização do empreendimento em relação ao município.

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1.6 Número de funcionários.

100 funcionários de mão de obra direta são contemplados atualmente no

empreendimento, com o aumento produtivo.

1.7 Horário de turno de trabalho.

O horário de trabalho adotado pela indústria é de 24 h diárias; com 3 turnos de

trabalho distribuídos no período de 24 horas.

1.8 Matéria-prima e insumos.

Matérias-primas:

Vísceras in natura (200 ton/dia)

Penas in natura (120 ton/dia)

Insumos:

Antioxidante (etoxiquim líquido)

Sacaria de ráfia

1.9 Produto a ser fabricado.

Farinha de vísceras de aves.

Farinha de penas.

Óleo (gordura) de origem animal.

1.10 Descrição do processo produtivo, indicando os pontos de geração de resíduos.

As matérias-primas serão transportadas, até a fábrica, via caminhão com

caçambas hermeticamente fechadas. As vísceras serão descarregadas em uma

moega e transportada por rosca até os digestores onde serão processadas através de

aquecimento, por meio de vapor. Depois de processadas no digestor são

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descarregadas num percolador de óleo, onde é extraído o óleo através de uma

separação dos sólidos do óleo. Os sólidos sofrem um processo de prensagem

contínua para se retirar o máximo de gordura, e depois a torta que sai da prensa é

moída em moinho a martelos, para obtenção da farinha; enquanto que o óleo sofre

processo de limpeza por meio de filtro prensa e centrífuga.

A armazenagem da farinha se dá por meio de sacos/bag, e o óleo em

depósitos a granel. Nas vísceras o único efluente que sai são os vapores de cocção

que serão destinados ao sistema de tratamento tipo biofiltro.

As penas in natura são descarregadas em um silo de recebimento apropriado

e enviadas até os digestores por meio de roscas. Nos digestores sofrem processo de

hidrolise e depois passam pelo processo pré-secagem da umidade remanescente.

Os efluentes (água), que por ventura existirem nas penas in natura, serão

destinados ao processo de tratamento.

1.11 Fluxograma do processo produtivo.

Ver planta em anexo.

1.12 Balanço hidráulico.

O empreendimento utilizará aproximadamente 72 m3/dia de água. Toda a água

utilizada será para consumo humano (7 m3/dia), lavagem de pisos (3 m

3/dia), equipamentos

(2 m3/dia), lavagem da frota (1,5 m

3/dia) e produção (58,5 m

3/dia).

1.13 Diversificação industrial.

O empreendimento contará com um sistema de lavagem para sua frota, e além disto,

um tanque de combustível para abastecimento da mesma. Estes dois projetos serão

colocados em andamento no decorrer dos próximos 12 meses. E, para tanto, foi contratado

um profissional na área de geologia para realizar um estudo hidrogeológico da área onde

serão implantados futuramente estes projetos.

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Endereço: Rodovia BR 581, s/n, Km 1, Gleba Lambari, Caixa Postal 33, CEP 85945-000, Tupãssi- PR.

16

Vale ressaltar que, o tanque de combustível será instalado acima da superfície do solo,

contando com todos os equipamentos de contenção de vazamento. E, o sistema de lavagem

contará com uma caixa de separação de óleo/água do tipo coalescente; da qual os efluentes

serão destinados para o sistema de tratamento de efluentes da empresa.

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INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO HÍDRICA

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2. INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO HÍDRICA

Algumas normas pertinentes à poluição hídrica:

DECRETO N0 24.643, DE 10 DE JULHO DE 1934 – Decreta o Código as águas

LEI N0 9.984, DE 17 DE JULHO DE 2000 – Estrutura Regimental (ANA) Dispõe

sobre a criação da Agência Nacional de Águas ANA, entidade federal de implementação

da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de

Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências.

DECRETO N0 4.871, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2003 – Dispõe sobre a instituição

dos Planos de Áreas para o combate à poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional

e dá outras providências.

MEDIDA PROVISÓRIA N0 165, DE 11 DE FEVEREIRO DE 2004 – Dispõe sobre o

contrato de gestão entre a Agência Nacional de Águas e as entidades delegatárias das

funções de Agência de Água, nos termos do art. 51 da Lei n0 9.433, de 8 de janeiro de

1997, e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CONAMA No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 - Dispõe sobre a

classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem

como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras

providências.

2.1 Informações sobre a água utilizada na indústria.

A água utilizada é proveniente de poço artesiano, e será empregada no processo sem

tratamento ou qualquer adição de produtos químicos ou outra natureza. A água que

abastecerá a caldeira de geração de vapor sofrerá o tratamento químico necessário para a

redução de dureza, caso esta exista após a sua constatação por meio de análise química. No

emprego desta para produção, a mesma será utilizada na hidrólise da pena e para limpeza

de equipamentos e instalações.

2.1.1 Qualitativa: água potável.

2.1.2 Quantitativa: a quantidade global de água a ser utilizada é de aproximadamente

72 m3/dia.

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2.2 Informações sobre resíduos líquidos.

Haverá somente quatro tipos de resíduos líquidos, primeiro para consumo humano (7

m3/dia), segundo para lavagem de pisos e equipamentos (5 m

3/dia), terceiro para lavagem

da frota (1,5 m3/dia) e quarto para produção (58,5 m

3/dia). Estes resíduos serão destinados

por gravidade para o a estação de tratamento de efluentes; já devidamente isentos de

resíduos sólidos. Os resíduos líquidos provenientes do consumo humano serão

encaminhados para sistema tratamento biológico (fossa séptica, filtro anaeróbio e

sumidouro); que será separado do sistema de tratamento dos outros efluentes. Os demais

seguirão uma caixa separadora água/sólidos (decantador) e em seguida para um tratamento

biológico para posterior descarte no corpo receptor.

2.2.1 Descrição do sistema de captação e disposição de águas pluviais.

As águas pluviais não terão captação especificamente para utilização no

empreendimento, somente serão provenientes aquelas que escoarem dos telhados que

fazem parte da cobertura total do empreendimento, não tendo contado direto com

equipamentos e/ou pisos, sendo assim livre de qualquer contaminação. Estas águas serão

destinadas via canalização diretamente para fora da área do empreendimento; uma vez que

o ministério da Agricultura proíbe categoricamente a utilização deste tipo de água dentro do

processo produtivo de farinhas para alimentação animal.

2.2.2 Informações sobre rede, vazão e destino final dos esgotos sanitários.

Esgotos sanitários:

Os efluentes do esgoto sanitário serão destinados à fossa séptica, filtro anaeróbio e

sumidouro. A rede de destinação deste tipo de resíduo são tubulações enterradas e

apropriadas para tal procedimento. A quantidade de efluentes sanitários prevista é de 7.000

l/dia, com carga orgânica de 300 mg DBO/l.

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Despejos sanitários.

Aqueles utilizados em banheiros, cozinhas, entre outros.

Vazão:

1. 1.470 l/dia = 1,47 m3/dia de despejo líquido

2. Esgoto sanitário = 100 pessoas x 70 l/funcionário = 7.000 l/dia

3. Vazão de projeto = 7 m3/dia

2.2.3 Informações sobre a disposição e quantidade de resíduos sólidos e gasosos,

inclusive os provenientes da estação de tratamento.

Resíduos sólidos:

Pontos de geração de

resíduos

Classe Tipo de

Resíduos

Quantidade/mês

Escritórios I, II e III Papel 70 kg

Plásticos 25 kg

Orgânicos 15 kg

Lâmpadas 2 unid.

Pilhas 10 unid.

Vestiário I, II e III Papel 20 kg

Plásticos 15 kg

Orgânicos 25 kg

Lâmpadas 2 unid.

Não-recicláveis 150 kg

Banheiros I, II e III Papel 30 kg

Plásticos 15 kg

Orgânicos 5 kg

Lâmpadas 2 unid.

Não-recicláveis 150 kg

Setor de caldeira I, II e III Papel 15 kg

Plásticos 15 kg

Orgânicos 30 kg

Lâmpadas 1 unid.

Cinzas 4 ton

Setor de mecânica/elétrica I, II e III Papel 20 kg

Plásticos 50 kg

Metais 600 kg

Lâmpadas 2 unid.

Estopas 50 kg

Almoxarifado I, II e III Papel 70 kg

Plásticos 75 kg

Metais 15 kg

Lâmpadas 1 unid.

Estopas 5 kg

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Pontos de geração de

resíduos

Classe Tipo de

Resíduos

Quantidade/mês

Descarga (moegas) I, II e III Orgânicos 100 kg

Estopas 15 kg

Área produção I, II e III Estopas 100 kg

Lâmpadas 5 unid.

Orgânicos 250 kg

Metais 50 kg

Ensaque II e III Plásticos 50 kg

Orgânicos 150 kg

Estopas 10 kg

Expedição de farinhas II e III Plásticos 10 kg

Orgânicos 150 kg

Estopas 10 kg

Expedição de óleo II e III Plásticos 10 kg

Orgânicos 50 kg

Estopas 5 kg

Biofiltro II e III Orgânicos 50 kg

Estação de tratamento de

efluentes

I, II e III Plásticos 30 kg

Papel 25 kg

Orgânicos 350 kg

Estopas 5 kg

Laboratório I, II e III Plásticos 5 kg

Papel 5 kg

Orgânicos 15 kg

Vidros 70 unid.

Resíduos gasosos:

Gases da hidrólise de penas;

Gases de cocção de vísceras;

Fumaça das caldeiras.

2.2.4 Informações sobre a quantidade de resíduos líquidos industriais.

Haverá somente quatro tipos de resíduos líquidos, primeiro para consumo humano (7

m3/dia), segundo para lavagem de pisos e equipamentos (5 m

3/dia), terceiro para lavagem

da frota (1,5 m3/dia) e quarto para produção (58,5 m

3/dia).

2.2.5 Qualidade dos efluentes líquidos.

Efluentes líquidos de residuários de lavagem de pisos e equipamentos.

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O efluente líquido da área de lavagem de equipamentos e pisos. Este efluente terá em

sua composição, água, terra, resíduos orgânicos, resíduos diversos. Porém, os sólidos

ficarão retidos em caixa separadora, conforme projeto estrutural do empreendimento; para

que sejam reaproveitados.

DBO5 = 450 mg/l

DQO = 750 mg/l

Sólidos totais = 1.012 mg/l

Volume:

Lavagem de equipamentos: 2 m3/dia x 30 dias/mês = 60 m

3/mês

Lavagem de pisos/instalações: 3 m3/dia x 30 dias/mês = 90 m

3/mês

Totalizando: 150 m3/mês de resíduos líquidos gerados no empreendimento nesta fase

Efluentes líquidos de residuários de lavagem da frota.

O efluente líquido da área de lavagem da frota. Este efluente terá em sua composição,

água, terra, resíduos orgânicos, resíduos diversos de graxas e óleos. Porém, os sólidos

ficarão retidos em caixa separadora tipo coalescente, conforme projeto estrutural do

empreendimento; para que sejam reaproveitados.

DBO5 = 280 mg/l

DQO = 950 mg/l

Sólidos totais = 1.400 mg/l

Volume:

Lavagem da frota: 1,5 m3/dia x 30 dias/mês = 45 m

3/mês

Totalizando: 45 m3/mês de resíduos líquidos gerados no empreendimento nesta fase

Efluentes líquidos de consumo humano.

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Os efluentes gerados pelo consumo humano têm a seguir sua qualidade demonstrada

(Tabela 1); vale dizer que está análise foi feita em um efluente sanitário parecido com o que

o empreendimento irá gerar.

Tabela 1 – Análise de resíduos sanitários.

Parâmetro Valor (mg/L)

DBO 272

Acidez

114

Sólidos suspensos 156

Óleos/graxas 16.2

Sólidos sedimentáveis 3.5

Oxigênio dissolvido 0.0

Nitritos 0.0

Turbidez 92 ntu

Sólidos totais fixos 204

Detergente 5.46

Sólidos totais voláteis 280

Alcalinidade total 219.73

Sólidos totais dissolvidos 328

Cloretos 46.18

Sólidos totais 484

Nitrato 5.575

Fosfato 17.28

PH 7.43

DQO 432

Ácido sulfídrico 7.272

Obs. Estes valores estão fora do recomendado pela Resolução CONAMA n0 357 de 17

de Março de 2005, porém, este resíduo sanitário não será lançado em rios ou lagos, e sim

serão dispostos em rede sistema de tratamento de despejos sanitário.

Esgoto sanitário = 100 pessoas x 70 l/funcionário = 7.000 l/dia = 7 m3/dia x 30

dias/mês = 210 m3/mês

Aqui cabe ressaltar a necessidade de implantação de um novo sistema, mais eficiente e

moderno, de tratamento de efluentes líquidos proveniente de esgotamento sanitário. O que

será abordado no momento oportuno neste PCA.

Efluentes líquidos de residuários do processo produtivo.

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O efluente líquido da área de produção. Este efluente terá em sua composição, água,

terra, resíduos orgânicos, resíduos diversos de ácidos graxos e óleos. Porém, os sólidos

ficarão retidos em um decantador primário, conforme projeto estrutural do

empreendimento; para que sejam reaproveitados.

DBO5 = 3.900 mg/l

DQO = 15.000mg/l

Sólidos totais = 2.400 mg/l

Volume:

Resíduos líquidos: 58.5 m3/dia x 30 dias/mês = 1.755 m

3/mês

Totalizando: 1.755 m3/mês de resíduos líquidos gerados no empreendimento nesta fase

Sumarizando, o empreendimento terá o consumo aproximado de 2.100 m3/mês.

2.2.6 Análise do corpo receptor, a montante do ponto de descarga.

A análise no corpo receptor do efluente, referente ao empreendimento, será feita

futuramente, visto que todo efluente líquido ainda não gerou lançamento neste corpo

receptor. Após tratamento devido, este efluente será passível de lançamento neste corpo;

logo assim que se iniciar os lançamentos será empregado análises mensais no mesmo.

2.3 Projeto hidráulico do tratamento de resíduo líquido.

O projeto hidráulico está dimensionado para atender 144 m3/dia conforme dados

estimados para ampliações futuras.

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CONDENSADO DO

BIOFILTRO

CAIXAS DE SEPARAÇÃO

ÁGUA/OLÉO

CAIXA DE GORGURA

REATOR UASB

LAGOAS ANAERÓBIAS

2 NO TOTAL

LAGOA AERADA

PROCESSO

BIOFILTROS DE FUNDO

AERADO

LAGOA FITOPEDELÓGICA

JUNCO

CORPO RECEPTOR

RIO MEMÓRIA

RESÍDUOS COMPOSTAGEM

Figura 03 – Fluxograma do processo de tratamento de resíduos líquidos.

Mais detalhes são apresentados no projeto (desenho) em anexo.

2.3.1 Descrição do(s) sistema(s) de tratamento(s) adotado(s).

As águas residuárias, provenientes da lavagem da frota será destinada para caixa

coalescente e desta para o sistema de tratamento do restante dos efluentes como se segue.

Os efluentes tanto de lavagem de pisos e/ou equipamentos, quanto da produção, passarão

inicialmente por um sistema de se grades (para retenção de materiais sólidos grossos), um

decantador primário, seguindo para um reator UASB, deste para a lagoa anaeróbia 1

(revestida por geomembrana), seguindo para a lagoa anaeróbia 2 (compactada por rolo pé

de carneiro), sendo destinado para a lagoa aerada (6 aeradores de 5 cv), desta para dois

biofiltros (10 m3 cada) com fundo aerado (compressor de 10 pés), passando por um canal

de filtração por zeólita, e finalmente deste último para uma lagoa fitopedelógica (com junco

plantado). E, desta lagoa fitopedelógica será destinado para o Rio Memória.

Tanto na caixa de gordura, quanto no reator UASB, são gerados uma grande

quantidade de material gorduroso em sua limpeza; há a necessidade de relatar que estes

resíduos serão destinados para a compostagem. Para que então sejam doados para utilização

como fertilização por pequenos produtores da região.

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Os aspectos construtivos poderá serão melhor entendido no item 5.4 deste projeto.

2.3.2 Justificativa da escolha do(s) tipo(s) de tratamento(s) adotado.

A maior justificativa se embasa, fundamentalmente, que todo o processo é biológico;

logo todos resíduos oriundos destes são biológicos, podendo ser empregados na

compostagem para futuro reaproveitamento em fertilização.

2.3.3 Cálculo do dimensionamento hidráulico das diversas unidades que compõem o

sistema. Escolha e justificativa das vazões adotadas.

TRATAMENTO PRIMÁRIO.

O efluente proveniente do biofiltro passará por um canal onde serão instaladas duas

grades de retenção de sólidos, sendo a primeira com barras de 5/16” e espaçamento entre

barras de 6 mm, com ângulo de inclinação de 45º. A segunda terá espaçamento entre barras

de 10 mm e barras de ¼ “, com inclinação de 45º. As grades serão removíveis, com

espaçamento entre elas de 60 cm. E, deste, para um decantador primário.

SEPARADOR DE GORDURA

Comprimento útil................................................................: 6 m.

Largura útil.........................................................................: 6 m

Profundidade útil.................................................................: 2,5 m

Volume interno do separador de gordura...........................: 90 m3

Área

superficial............................................................................:

36 m2

Taxa de aplicação................................................................: 2,5 m3/m

2

DECANTADOR PRIMÁRIO

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Tipo..............................................................................................: Clássico ou

convencional, com fluxo

vertical e remoção de

lodo através de bomba

(ou gravidade em caso

suspenso), necessário

devido ao tratamento

físico-químico anterior.

Vazão de projeto..........................................................................: 10 m3/hora

Quantidade de decantadores.........................................................: 1 unidade

Taxa de aplicação superficial.......................................................: 24 m3/m

2/dia

Altura turbina até o fundo............................................................: h

Área superficial adotada...............................................................: 7,6 m3

Diâmetro.......................................................................................: 2,5 m

Tempo de detenção......................................................................: 2 horas

Ângulo do vértice do cone........................................................: 55º

Altura da parte cilíndrica..............................................................: 1,5 m

Altura da parte cônica..................................................................: 1,0 m

Altura útil total.............................................................................: 2,5m

Tubulação de entrada...................................................................: 100 mm

Tubulação de saída do lodo..........................................................: 100 mm

REATOR UASB – critérios e parâmetros para o dimensionamento

Pesquisas desenvolvidas na CETESB na década de 80, com reator UASB tratando

esgoto sanitário, levaram ao estabelecimento de critérios e parâmetros muito úteis para o

seu dimensionamento bem como para avaliação de condições operacionais.

Vazão de esgotos de projeto

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Os reatores UASB são empregados à jusante apenas do tratamento preliminar, o que o

torna desprotegido das variações de vazão de esgotos, uma vez que os tempos de detenção

utilizados são relativamente pequenos. Desta forma, costuma recomendar-se que o reator

apresente condições de atender a situação mais desfavorável, isto é, vazão máxima horária

de esgotos.

Tempo de detenção dos esgotos no reator

De acordo com os estudos da CETESB, tempos de detenção hidráulicos da ordem de

apenas 6 horas, com base na vazão máxima horária de esgotos, são suficientes para garantir

uma eficiência média na remoção de DBO dos esgotos em torno de 65%. Alguns autores

sugerem a adoção de tempo de detenção hidráulico de 8 horas, com base na vazão média de

esgotos sanitários.

Taxa de aplicação de substrato

Como os esgotos sanitários são relativamente diluídos, os reatores UASB têm o seu

limite de capacidade definido pela taxa de aplicação hidráulica, que resulta em determinada

velocidade que poderá ou não ser suficiente para provocar o arraste de parte do manto de

lodo, descontrolando o processo. No tratamento de efluentes industriais mais concentrados,

os reatores UASB são limitados pela aplicação de matéria orgânica, em geral na faixa de 5

a 10 kg DQO/m3.dia, embora tenham sido registradas taxas de até 20 kg/m3.dia com bons

resultados no tratamento.

Velocidade ascencional na zona de manto de lodo

A manutenção de determinada faixa de velocidade ascensional dos esgotos ao longo do

corpo do reator é importante para garantir grau adequado de expansão da manta de lodo,

sem que haja arraste excessivo para a zona de decantação. Recomenda-se a faixa de 0,7 a

1,0 m/h para reatores UASB tratando esgoto sanitário.

Velocidade de passagem da zona de manto de lodo para a zona de decantação

Lodos bem granulados resistem ao arraste com velocidades de passagem de até 10

m/h. Mas como ocorrem situações em que o lodo não granula, apenas flocula e mesmo

assim o reator mantém boa eficiência na remoção de DQO, recomenda-se limitar a

velocidade ascensional à 4 m/h.

Taxa de escoamento superficial na zona de decantação

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A parte superior do reator UASB, externa ao “chapéu” coletor de gás, funciona como

decantador, permitindo a recuperação de grânulos escapados da zona de manto de lodo.

Recomendam-se taxas de escoamento superficial inferiores à 1,25 m3/m2.dia para a garantia

do retorno de parte significativa do lodo para a zona de manto. A inclinação das abas do

chapéu (ângulo com a horizontal), deverá ser superior a 55º.

Distribuição dos esgotos à entrada (fundo) do reator

A distribuição dos esgotos à entrada do reator é fundamental para garantir um

funcionamento integral da zona de manto de lodo, sem escoamentos preferenciais ou

curtos-circuitos que podem reduzir o tempo de detenção e o contato dos esgotos com o lodo

ativo. Recomenda-se pelo menos duas a três entradas por m3 de fundo de reator. As

extremidades dos tubos de alimentação deverão distar cerca de 30 cm do fundo do reator.

Produção de lodo nos reatores UASB

De acordo com os resultados dos estudos da CETESB anteriormente mencionados,

pode ser esperada uma produção de lodo de 0,2 kg SS / kg DQO aplicada.

Produção de gás

Ainda de acordo com os estudos da CETESB, deve ser esperada uma produção de 0,12

Nm3 gás / kg DQO aplicada. O gás deverá possuir cerca de 65 a 75% de metano.

Critérios para a partida e operação dos reatores UASB vazão de esgotos de projeto

Lodo de inoculo

Havendo possibilidade de obtenção de lodo de inóculo, a partida do reator poderá

ocorrer mais rapidamente. É preferível lodo granulado proveniente de outro reator UASB

utilizado no tratamento de efluente semelhante. Quanto maior a quantidade de inóculo,

maior será a vazão de partida, chegando-se mais rapidamente à vazão de projeto. Porém, há

que se considerarem os custos com o transporte de lodo. O lodo introduzido no reator

deverá ser caracterizado em termos de volume e concentração de sólidos em suspensão

voláteis, para que se possa obter a massa de SSV introduzida.

Caracterização dos efluentes

Os efluentes deverão ser caracterizados, principalmente em termos de vazão e

concentrações de DQO, Nitrogênio Total Kjeldhal, Fósforo Total, pH e Temperatura Estas

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características deverão ser corrigidas, caso seja necessário. A presença de substâncias

potencialmente inibidoras do tratamento deverá ser previamente investigada.

Vazão de alimentação de partida e evolução da carga

O reator deverá ser alimentado com os efluentes segundo uma vazão que resulte na

aplicação de 0,1 kg DQO / kg SSV . dia. Essa vazão deverá ser aumentada quando ocorrer

estabilização da eficiência na remoção de DQO e demais características operacionais do

processo. Eventuais desequilíbrios poderão ser enfrentados mediante a introdução de

barrilha no reator, sempre que o pH em seu interior tenda a cair abaixo de 6,5.

Controle analítico do reator

Deverá ser empreendido um controle analítico sobre os esgotos à entrada e à saída do

reator e do lodo em pontos de amostragem em diferentes profundidades. As principais

variáveis de controle dos esgotos são a DQO (e a DBO, por tratar-se de parâmetro da

legislação), pH, temperatura, concentração de ácidos voláteis e alcalinidade de

bicarbonatos. Controle de pH e temperatura deve ser feito pelo menos uma vez por dia,

enquanto que as demais características devem ser analisadas pelo menos uma a duas vezes

por semana. Do lodo, é importante o controle da concentração de sólidos em suspensão

voláteis ao longo da profundidade da zona de manto.

Dimensionamento – Reator UASB

Dados:

. Vazão média de efluentes: 144 m3/dia

. Vazão máxima horária de esgotos: 1,2 x 1,5 x 144 / 86,4 = 3 L/s

. Carga de DBO: 561,6 kg/dia

- Tempo de detenção dos efluentes no reator: 26,0 horas (p/ Qmáx.)

- Volume útil dos reatores: 3 x 13 x 3,6 = 140,4 m3

Será utilizado um reator UASB de 140,4 m3

cada, com 7,50 m de comprimento, 4,20 m

de largura e 4,5 m de profundidade útil total (zona de manto + zona de decantação).

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31

- Tempo de detenção hidráulico resultante:

td = 140,4/ (1, 5 x 3,6) = 26 h (p/ Qmáx.)

- Velocidade ascensional na zona de manto de lodo:

Vasc. = (1,5 x 3,6) / (1,00 x 4,20 x 4,5 ) = 0,28 m/h

- Velocidade de passagem para a zona de decantação:

Vp = (1,5 x 3,6) / ( 4,5 x 0,4 x 1 x 4,2) = 0,71 m/h

(obs: consideradas quatro aberturas de 0,40 x 4,50 por reator)

- Velocidade de escoamento à superfície da zona de decantação:

qA = (1,5 x 3,6) / (4,5 x 4,2 x 1,16) = 0,25 m3

/ m2.h

(obs: A largura efetiva de cada reator na zona de decantação reduziu-se de 2,00 m para

1,16 m, devido aos espaços ocupados pelo chapéu.)

- Sistema de alimentação

Considerando-se uma entrada a cada 0,58 m2

de fundo de reator, o número de tubos

alimentadores será: (4,20 x 4,50 ) / 0,58 = 32 tubos por reator.

-Produção de lodo

Considerando-se a produção de lodo igual a 0,2 kg SS / kg DQO aplicada, tem-se:

- Carga DQO = 2160 kg DQO/dia

- Produção de lodo: 0,2 x 2160 = 432 kg SS / dia

- Produção de gás:

Considerando-se a produção de 0,12 Nm3

gás / kg DQO Aplicada, tem-se:

Prod. Gás = 0,12 x 2160 = 259,2 Nm3

/ dia (gás com 75% CH4)

- Eficiência do reator: 55% em DBO.

- Carga de DBO Residual: 0,45 x 561,6 = 252,72 kg DBO / dia

- Carga de DQO Residual: 0,45 x 2.160 = 972 kg DBO / dia

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Através do tratamento preliminar haverá uma remoção de carga orgânica da ordem de

65%, considerando isto:

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32

Vazão 2.........................................................................................: 6 m3/hora

DBO..............................................................................................: 3.900 mg/l

CP..................................................................................................: 144 m3/dia*3.900mg/l =

561,6 kg/dia

CPr................................................................................................: 0,65*561,6 kg/dia =

365,04 Kg DBO/dia

CPa...............................................................................................: 561,6 Kg DBO/dia –

365,04 Kg DBO/dia =

196,56 Kg DBO/dia

LAGOA ANAERÓBIA I

Eficiência...........................................................................................: 60 %

CPa....................................................................................................: 196,56 Kg DBO/dia

CPe....................................................................................................: 78,62 Kg DBO/dia

K........................................................................................................: 0,05

Tempo retenção.................................................................................: 7046,67

0,05*(30)dias

Volume..............................................................................................: 144 m3/dia*46,67dias =

6.720,48 m3

Dimensões:

Fundo.................................................................................................: 49 x 29 m

Topo...................................................................................................: 55 x 33 m

Nível d´água......................................................................................: 53 x 31 m

Profundidade útil...............................................................................: 3,0 m

Profundidade total.............................................................................: 2,5 m

Volume útil.......................................................................................: 4.107,5 m3

Volume total.....................................................................................: 5.445 m3

Relação de taludes............................................................................: 1:1,5

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33

LAGOA ANAERÓBIA II

Eficiência...........................................................................................: 60 %

CPa....................................................................................................: 78,62 Kg DBO/dia

CPe....................................................................................................: 31,45 Kg DBO/dia

K........................................................................................................: 0,04

Tempo retenção.................................................................................: 7046,67

0,05*(30)dias

Volume..............................................................................................: 144 m3/dia*46,67dias =

6.720,48 m3

Dimensões:

Fundo.................................................................................................: 49 x 29 m

Topo...................................................................................................: 55 x 33 m

Nível d´água......................................................................................: 53 x 31 m

Profundidade útil...............................................................................: 3,0 m

Profundidade total.............................................................................: 2,5 m

Volume útil.......................................................................................: 4.107,5 m3

Volume total.....................................................................................: 5.445 m3

Relação de taludes............................................................................: 1:1,5

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34

LAGOA AERADA I

Eficiência...........................................................................................: 70 %

CPa....................................................................................................: 31,45 Kg DBO/dia

CPe....................................................................................................: 9,43 Kg DBO/dia

K........................................................................................................: 0,14

Tempo retenção.................................................................................: 7016,67

0,14*(30)dias

Volume..............................................................................................: 144 m3/dia*16,67dias =

2.400 m3

Dimensões:

Fundo.................................................................................................: 27,1 x 9,1 m

Topo...................................................................................................: 37,8 x 23,8 m

Nível d´água......................................................................................: 35,7 x 21,7 m

Profundidade útil...............................................................................: 4,2 m

Profundidade total.............................................................................: 4,9 m

Volume útil.......................................................................................: 3.253 m3

Volume total.....................................................................................: 4.408 m3

Relação de taludes............................................................................: 1:1,5

DIMENSIONAMENTO DOS AERADORES

a) Necessidade de oxigênio: Aerador I

1,4 kg O2/Kg DBO remov. Dia

Taxa de redução de DBO esperada = 70 %. Portanto,

2 2

2

1,4*0,70*23,59 23,12 / 0,96 /

0,96 /1,60

( 0,6)

Kg O dia Kg O h

Kg O hcv

n

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35

b) Verificação da agitação do tanque:

3

3 3

5 5* 3.253 * 16,26

1.000 1.000

CV CVvolume m CV

m m

c) Conclusão:

Para remover tanto a agitação quanto a aeração, serão necessários 04 aeradores de 5

CV, tipo rápido, flutuante. Por questão de conservadorismo, serão empregados 6 aeradores

de 5 CV

ESPECIFICAÇÃO DO MODELO TURBO 5

Motor..................................................................................................: Elétrico, trifásico,

1.750 rpm, proteção

IP-54, TFVE, 60 Hz,

5 CV

Transferência de oxigênio nas condições Standard...........................: 1,6 Kg O2/CVh

Diâmetro de influência, para dispersão de oxigênio..........................: 40 metros

Diâmetro de influência, para mistura completa.................................: 18 metros

BIOFILTROS

- Diâmetro: 1,50 m;

- Altura total: 2,50 m;

- Volume útil: 10 m³;

- Tempo teórico de detenção hidráulica: 2 h;

- Vazão de operação: 6 m³/h (em cada biofiltro);

- Taxa de carregamento hidráulico: 0,07 m³/m².dia;

- Diâmetro das tubulações entrada e saída de efluente: 1”;

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- Velocidades de escoamento na tubulação de entrada e saída: 0,3 m/s;

- Descarga de fundo: acionada por válvula esfera com diâmetro de 2”;

- Saída de ar: em tubo de aço galvanizado de ¾”, situada no topo do biofiltro;

- Foi previsto um orifício de ¾” no topo do biofiltro para possibilitar uma

possível injeção de nutrientes no interior do biofiltro.

Necessidade de dois biofiltros com estas dimensões; ambos recheados com cavaco

de eucalipto, com fundo falso. Para injeção de ar, será utilizado um compressor de 10

pés. Depois destes dois biofiltros será empregado um canal de adsorção com leito de

zeólita.

CPa = 9,43 Kg DBO/dia

CPe = 3,77 Kg DBO/dia

LAGOA FITOPEDELÓGICA

Vazão.................................................................................................: 144 m3/dia

CPa....................................................................................................: 3,77 Kg DBO/dia

Ta.......................................................................................................: 50 Kg DBO/há dia *

Área...................................................................................................: 2

2

2,12 /*10.000 /

50 /

424

Kg DBO diam ha

KgDBO ha dia

m

Dimensões:

Fundo.................................................................................................: 49 x 29 m

Topo...................................................................................................: 55 x 33 m

Nível d´água......................................................................................: 53 x 31 m

Profundidade útil...............................................................................: 0,6 m

Profundidade total.............................................................................: 0,8 m

Volume útil.......................................................................................: 985 m3

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37

Volume total.....................................................................................: 1.452 m3

Relação de taludes............................................................................: 1:1,5

Eficiência..........................................................................................: 70 %

CPe...................................................................................................: 29,96 mg DBO/l

2.3.4 Características prováveis dos resíduos líquidos tratados.

Remoção de indicadores de poluição no efluente bruto no sistema decantador/caixa de

gordura/UASB:

DBO5 efluente: 3.900 – 3.900 x 0,65 = 1.365 mg/litro

5

3.900*144,0561,60

1000CP Kg DBO dia

5 5561,60 561,60 *0,65 196,56efluenteCP Kg DBO dia Kg DBO dia

DQO efluente: 15.000 – 15.000 x 0,65 = 5.250 mg/litro

5

15.000*144,02.160

1000CP Kg DBO dia

5 52.160 2.160 *0,65 756efluenteCP Kg DBO dia Kg DBO dia

Remoção de indicadores de poluição no efluente dos sistema anterior na lagoa

anaeróbia 1:

DBO5 efluente: 1.365 – 1.365 x 0,6 = 546 mg/litro

5

1.365*144,0196,56

1000CP Kg DBO dia

5 5196,56 196,56 *0,6 78,62efluenteCP Kg DBO dia Kg DBO dia

DQO efluente: 5.250 – 5.250 x 0,6= 2.100 mg/litro

5

5.250*144,0756

1000CP Kg DBO dia

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5 5756 756 *0,6 302,4efluenteCP Kg DBO dia Kg DBO dia

Remoção de indicadores de poluição no efluente da lagoa anaeróbia 1 na lagoa

anaeróbia 2:

DBO5 efluente: 546 – 546 x 0,6 = 218,4mg/litro

5

546*144,078,62

1000CP Kg DBO dia

5 578,62 78,62 *0,6 31,45efluenteCP Kg DBO dia Kg DBO dia

DQO efluente: 2.100 – 2.100 x 0,6= 840 mg/litro

5

2.100*144,0302,4

1000CP Kg DBO dia

5 5302,4 302,4 *0,6 120,96efluenteCP Kg DBO dia Kg DBO dia

Remoção de indicadores de poluição no efluente da lagoa anaeróbia 2 na lagoa aerada:

DBO5 efluente: 218,4 – 218,4x 0,7 = 107,02mg/litro

5

218,4*144,031,45

1000CP Kg DBO dia

5 531,45 31,45 *0,7 9,43efluenteCP Kg DBO dia Kg DBO dia

DQO efluente: 840 – 840 x 0,7 = 252 mg/litro

5

540*144,0120,96

1000CP Kg DBO dia

5 5120,96 120,96 *0,7 36,3efluenteCP Kg DBO dia Kg DBO dia

Remoção de indicadores de poluição no efluente da lagoa aerada nos biofiltros e leito

de adsorção:

DBO5 efluente: 107,02 – 107,2x 0,3 = 74,9 mg/litro

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39

5

107,02*144,015,41

1000CP Kg DBO dia

5 515,41 15,41 *0,3 10,8efluenteCP Kg DBO dia Kg DBO dia

DQO efluente: 252 – 252 x 0,3 = 176,4 mg/litro

5

252*144,036,3

1000CP Kg DBO dia

5 536,3 36,3 *0,3 25,41efluenteCP Kg DBO dia Kg DBO dia

Remoção de indicadores de poluição no efluente dos biofiltros e leito de adsorção na

lagoa fitopedelógica:

DBO5 efluente: 74,9 – 74,9x 0,6 = 29,96 mg/litro

5

74,9*144,010,8

1000CP Kg DBO dia

5 510,8 10,8 *0,6 4,3efluenteCP Kg DBO dia Kg DBO dia

DQO efluente: 176,4 – 176,4x 0,6 = 70,56 mg/litro

5

176,4*144,025,4

1000CP Kg DBO dia

5 525,4 25,4 *0,7 10,16efluenteCP Kg DBO dia Kg DBO dia

Estas são as características, quanto a DBO e DQO, do efluente a ser destinado ao

corpo receptor.

2.3.5 Características do sistema de esgoto sanitário.

Os despejos sanitários serão encaminhados para sistema de captação e tratamento de

esgoto, através de tubulações adequadas para a finalidade. Dimensionamento de uma fossa

séptica, filtro anaeróbio e sumidouro para captar os despejos humanos; segue logo abaixo:

Dimensionamento da fossa séptica.

Número de pessoas a serem atendidas(N): 100

a) consumo local de água:

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40

esgoto(C)/Lodo fresco(L)

70 / 0,30 => litros/dia/operário

b)Período de detenção dos despejos(T): 24 h

c)Período de armazenamento do lodo digerido: 10 meses

d)Período de digestão do lodo: 50 dias

e)Coeficiente de redução de volume do lodo:

- lodo digerido R1=0,25

- lodo em digestão R2=0,50

Dimensionamento de fossas sépticas de câmara única:

V = N*(C*T + 100*Lf)

V = 100*(70*1 + 100*0,3) = 10.000 litros (10 m3)

Como previsto pela NBR-7229 de março de 1982 o volume útil mínimo

admissível é de 1.250 litros; sendo assim neste empreendimento o volume

da fossa séptica atende as normas.

Características construtivas.

Comprimento: 3,00 m

Largura : 2,00m

Altura : 1,80 m

Volume útil....: 10,8 m3

Dimensionamento do Filtro Anaeróbio

Descrição: Trata-se de unidade de tratamento biológico do efluente da fossa séptica, de

fluxo ascendente, em condições anaeróbias, cujo meio filtrante mantém-se afogado. O filtro

anaeróbio consiste basicamente de um tanque de forma cilíndrica ou prismática de seção

quadrada, cheio de pedras, que acumulam em sua superfície os microorganismos

anaeróbios responsáveis pelo processo. O líquido penetra pela base, flui através das pedras

que são apoiadas numa placa perfurada e é descarregado pela parte superior.

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Dimensionamento

Para efeito de cálculo o dimensionamento do filtro é obtido pelas fórmulas:

a) V = 1,60*N*C*T

V = 1,60*100*70*1 = 11.200 litros (11,2 m3)

onde:

V = volume útil

N = número de contribuintes

C = contribuição dos despejos (em litros / pessoa x dia )

T = período de detenção em dias

b) S= V_/1,80

S = 11,2 /1,80 = 6,22 m2

onde:

S = seção horizontal

V = volume útil calculado ( m3 )

Detalhes Construtivos:

1) O diâmetro mínimo é de 0,95 m ou a largura mínima de 0,85 m.

2) O diâmetro máximo e a largura máxima não devem exceder a três vezes a profundidade

útil que é 1,80 m para qualquer volume calculado.

3) O volume útil mínimo é de 1.250 litros

4) O dispositivo de saída deve consistir de vertedor tipo calha, com 0,10 m de largura e

comprimento igual ao diâmetro ou largura do filtro. Deve passar pelo centro de seção e

situar-se em cota que mantenha o nível de efluente a 0,30 m do topo do leito filtrante.

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42

2

2

2 2

2* * 2* * *

2* *

2* *

6,22 2* * (0,47 )

2* *0,47

1,70

S r r h

ou

S rh

r

m mh

m

h m

Dimensões:

Diâmetro: 2,00 m

Altura . :1,80 m

Dimensionamento do sumidouro.

O sumidouro é uma unidade de depuração e disposição final do efluente do sistema

tanque séptico (ou fossa séptica), verticalizado em relação á vala de infiltração. Pode-se

dizer, de maneira simples, que o sumidouro é um poço escavado no solo, cuja finalidade é

promover a depuração e disposição final do esgoto no nível subsuperficial do terreno.

Critérios e parâmetros do projeto e aspectos construtivos.

Como existe uma grande dificuldade de se manter as condições aeróbicas no interior

de um sumidouro, tem-se a obstrução das superfícies de infiltração internas mais

precocemente, devido à colmatação.

Assim como a vala de infiltração, a NBR 13969/1997 apresenta recomendações para a

construção de sumidouros. São elas:

As paredes deverão ser revestidas de alvenaria de tijolos, assentados com

juntas livres, ou de anéis pré-moldados de concreto, convenientemente furados;

O interior pode ter ou não um enchimento de cascalho, pedra britada ou coque,

com recobrimento de areia grossa. Este material não pode ser rejuntado,

permitindo assim uma fácil infiltração do líquido no terreno;

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As lajes de cobertura deverão ser construídas em concreto armado e dotadas de

uma coluna de exaustão e de uma abertura de inspeção, com tampão de

fechamento hermético, cuja menor dimensão em seção, será de 0,60 m;

As dimensões do sumidouro são determinadas em função da capacidade de

absorção do terreno, devendo ser considerada, como superfície útil de

absorção, a do fundo e das paredes laterais, até o nível de entrada do efluente

do tanque séptico.

Deve-se garantir uma distância mínima de 1,50 m entre o fundo do sumidouro

e o nível máximo do lençol freático, que é atingido nas épocas de chuva.

Dimensões.

Vazão = 10 m3/dia = 10.000 litros/dia

Coeficiente de infiltração (gerado através de teste de percolação realizado na área do

empreendimento) = 111,11 min/metro; que de acordo com a tabela A.1 do Anexo A

(normativo) do código da ABNT = 0,13 m3/m

2.dia = 130 l/m

2.dia

Cálculo da área de infiltração necessária:

inf

2

10.000

130

77

QA

C

A

A m

em que,

A = área de infiltração

Q = vazão média utilizada

Cinf = coeficiente de infiltração do solo

Determinação da profundidade do sumidouro.

Considerando a largura do sumidouro 2,00 m, tem-se:

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2

2

2 2

2* * 2* * *

2* *

2* *

77 2* * (1,0 )

2* *1,0

11,3

A r r h

ou

A rh

r

m mh

m

h m

Sendo assim, serão necessários dois sumidouros com as seguintes características:

Diâmetro = 2,00 m

Profundidade = 5,60 m.

2.3.6 Características prováveis do corpo receptor, logo após receber os resíduos

líquidos tratados.

Todos os resíduos líquidos gerados no empreendimento, exceto os sanitários, serão

tratados na estação de tratamento. Eficiência de sistemas de tratamento: Remoção de DBO

no efluente bruto: entre 40% e 75% nas caixas separadoras, 65 a 75% no reator físico-

químico, remoção de sólidos suspensos: entre 95% e 98% no reator e 80% nos biofiltros e

pH: 6,5 – 7,0. Deixando o efluente final com características suficientes para lançamento em

corpo receptor ou sistema de captação pluvial público. O que não ocorrerá, pois todo o

efluente será reutilizado no empreendimento.

Já os resíduos sanitários serão lançados em rede pública de captação de esgoto; caso

haja algum empecilho pelo tipo de empreendimento, estes passarão por uma fossa séptica,

para que o material mais pesado seja decantado, e o sobrenadante irá para o sumidouro.

Logo, nenhum despejo líquido será feito em rios, lagos, ou semelhantes. A eficiência de

fossas sépticas é de: DBO 40 a 60%; sólidos em suspensão 50 a 70%, coliformes totais

50%. O efluente das fossas sépticas não é purificado, apenas reduz a sua carga orgânica a

um grau de tratamento aceitável em determinadas condições. O efluente é escuro e com

odor característico, causado pela presença de gás sulfídrico e outros gases produtores de

odores, estando presente grande quantidade de bactérias potencialmente perigosas à saúde.

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Sendo assim, o efluente de um tanque séptico não é um líquido inofensivo. É um líquido

contaminado com odores e aspectos desagradáveis, exigindo por este motivo, uma

disposição adequada.

A NBR 7229 cita alguns processos de disposição do efluente líquido das fossas. Neste

projeto o escolhido foi o sumidouro. Os sumidouros, também chamados de poços

absorventes recebem os efluentes diretamente das fossas sépticas, tendo, portanto, vida útil

longa, devido a facilidade de infiltração do líquido praticamente isento de sólidos

causadores da colmatação do solo. As dimensões dos sumidouros são determinados em

função da capacidade de absorção do terreno, previamente determinada, devendo ser

considerada como superfície útil de absorção a do fundo e das paredes laterais até o nível

de entrada do efluente. O dimensionamento do sumidouro deste projeto foi apresentado no

item anterior.

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INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO DO AR

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3. INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO DO AR.

3.1 Combustíveis:

Tipo: lenha (eucalipto, madeira nativa, entre outros).

Quantidade diária: 144 m3/dia

Quantidade mensal: 4.320 m3/mês

Quantidade anual: 51.840 m3/ano

3.2 Caldeiras.

Caldeira 1

Marca: ATA - SOFKA

Ano de fabricação: 1986

Modelo: ATA 28

Tamanho: 10.000 kg/hora

Fabricante: ATA - SOFKA

Caldeira 2

Marca: ATA - SOFKA

Ano de fabricação: reformada em 2000

Modelo: ATA 30

Tamanho: 12.000 kg/hora

Fabricante: ATA – SOFKA

3.3 Outros equipamentos de queima de combustíveis:

Fornalha.

Especificação: comum

Período de funcionamento: 24 horas/diárias

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3.4 Outras fontes de poluição do ar:

Especificação:

Fontes de emissão de fumaça: fornalha.

Fontes de emissão de poeiras: não há.

Fontes de emissão de fumos: não há.

Fontes de emissão de gases: biofiltro.

Fontes de emissão de vapores: não há.

3.5 Chaminés:

Número: 1.

Altura em relação ao solo: 10 metros

Altura em relação às construções vizinhas: 6.

Diâmetro: 950 mm

Vazão: 20 m3/hora

Tempo de operação: 24 horas/dia

3.6 Plano de controle de poluição do ar:

Medidas:

No controle de poluição de ar será empregado um biofiltro para os gases gerados no

empreendimento. Na entrada do biofiltro será instalado um aerocondensador para resfriar

os gases de entrado do biofiltro; e na descarga de pressão dos digestores irá ser implantado

um hidrociclone para retirar as partículas dos gases.

Vale ressaltar que a caldeira adquirida tem todos os componentes necessários para

redução de poluentes lançados na atmosfera.

Redução esperada:

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Com a implantação do biofiltro para os gases, espera-se reduzir consideravelmente a

emanação de gases para o meio ambiente. Como o combustível utilizado na fornalha é

somente a lenha, não se tem concentração de poluentes tóxicos, exceto o dióxido de

carbono; que será totalmente absorvido no sistema de tratamento da própria caldeira,

juntamente com as partículas de cinzas arrastadas pela fumaça. Esta redução, segundo

alguns fabricantes de equipamentos deste nível é de aproximadamente 96%.

3.7 Memorial Descritivo e de Cálculos.

DADOS DO PROJETO:

CICLONE PARA ATENDER A DESPRESSURIZAÇÃO DE GASES DOS

DIGESTORES DE PENAS

Equipamento instalado para centrifugar os sólidos que por ventura estiverem no arraste

dos gases, e fazer a separação física, reintegrando o produto ao processo novamente.

Ciclone construído com diâmetro de 1.260 mm e altura total de 3.200 mm. Corpo

executado em chapa de aço inox AISI 304 e=2 mm. Na alimentação do ciclone haverá uma

envolvente com cinco tubos de entrada, cada uma será interligada à tubulação de

despressurização. Na saída do cone terá uma válvula de guilhotina com acionamento

pneumático para permitir a abertura e fechamento temporizado. O ciclone sustentado por

uma estrutura de aço carbono em viga U.

DADOS DO AEROCONDENSADOR

Equipamento instalado para condensação dos vapores de cozimento dos digestores.

Terá dimensão básica 2.000 mm de altura x 3.000 de largura x 6.000 mm de comprimento.

Composto de tubo de entrada dos gases que vem dos digestores na parte inferior, e de tubo

de saída na parte superior para interligar ao exaustor. Terá três conjuntos de feixes de tubos

aletados galvanizados com fixação em dois espelhos. Três exaustores axiais de 15 cv cada,

pra forçar a passagem de ar. A sustentação será sobre estrutura em aço carbono de perfil

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laminado A-36 W-150 e reforços em mãos francesas, e outros perfis laminados tipo U

galvanizada por processo a fogo.

BIOFILTRO

Gás da descarga e hidrólise das penas......................................................: 2.520 m3/hora

Gás da secagem da farinha de carne.........................................................: 11.560 m3/hora

Gás da secagem da farinha de penas........................................................: 20.736 m3/hora

Gás do digestor contínuo de vísceras.......................................................: 5.184 m3/hora

Total..........................................................................................................: 40.000 m3/hora

Após o sistema de resfriamento, condensação e umidificação existente, a mistura

destes gases apresenta temperatura média de 80ºC.

EFICIÊNCIA DESEJADA:

No mínimo 95% de remoção de odor nos fluxos assumidos.

MONITORAMENTO:

Umidade do material filtrante (mínimo de 50%).

Matéria orgânica (sólidos suspensos voláteis – mínimo de 20%)

Temperatura dos gases de entrada (menor que 45 ºC e maior do que 15 ºC)

Temperatura no leito a meia profundidade (menor do que 47 ºC)

Análise de pH, DQO, ST, SST, SSF, SSV, OG. No efluente gerado.

Odor análise sensorial

Velocidade de escoamento (anemômetro).

ROTINA DE MONITORAMENTO

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Umidade do material filtrante (enchimento de cavaco), será feito três vezes por

semana.

Matéria orgânica (sólidos suspensos voláteis), será feita semestralmente.

Temperatura dos gases de entrada, será monitorada on-line 24h/dia.

Temperatura no leito a meia profundidade, será monitorada on-line 24h/dia.

Análise de efluente, será feita mensalmente.

Odor análise sensorial será feito mensalmente.

Velocidade de escoamento (anemômetro), será feita semanalmente.

PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS:

UMIDADE. Utilizada para garantir a sobrevivência do biofilme, responsável pela

redução através de adsorção dos metabólitos presentes nos gases do processo. Se faz

necessário que seja mantida umidade superior a 50% em massa. Caso a umidade esteja

abaixo do recomendado, deve-se molhar o meio filtrante.

TEMPERATURA. Fundamental para o funcionamento, o sistema operando fora da

faixa recomendada (maior que 15 ºC e menor que 45 ºC) compromete seriamente a

eficiência do equipamento, pois influencia diretamente na microbiologia do processo. Caso

a temperatura exceda o limite superior, será necessário molhar o meio filtrante e verificar a

temperatura do leito a meia profundidade, que deve ser menor do que 47 ºC.

pH. O pH do meio filtrante deverá ser corrigido para a faixa de 6,5 a 7,5; a tendência

do sistema é a de acidificar o leito filtrante, em função da presença de gás sulfídrico e

compostos sulfurados, e a correção deve ser feita mediante a aplicação de cal hidratada.

ODOR. O odor será monitorado por uma equipe sensorial usando uma metodologia

apropriada para esta finalidade.

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VIDA ÚTIL DO BIOFILTRO. A vida útil do biofiltro, será avaliada através da

determinação do teor de voláteis do enchimento do leito filtrante. A determinação do teor

de voláteis indicará a quantidade de material orgânico presente no enchimento do leito

filtrante, que é recomendado pelas bibliografias; e que seja no mínimo 20% em massa. A

quantidade de material orgânico residual indica o término da vida útil do meio filtrante,

pois a matéria orgânica com o passar do tempo vai sofrendo ação de bactérias; que fixam os

compostos presentes nos gases e consomem os compostos orgânicos degrandando-os em:

eraissaisOHCO min22 . Sem matéria orgânica, no meio filtrante, o processo

biológico e químico não ocorre, e com isto temos o fim da vida útil do sistema. A vida útil

do sistema em questão, esta estimada em 5 anos; quando restará menos de 20% de matéria

orgânica no sistema.

DESTINO DO MATERIAL DE ENCHIMENTO DO LEITO FILTRANTE. Com o

fim da vida útil do leito filtrante, mais de 80% do material orgânico, que é passível de

fermentação estará mineralizado, bastará apenas concluir a estabilização por meio de

compostagem e correção do pH. A composição dos gases que serão tratados no biofiltro é,

basicamente, vapor de água, COx, SOx e NO, compostos estes que irão gerar ácidos

orgânicos em meio ao leito filtrante. Estes ácidos podem ser neutralizados através da adição

de cal hidratada e estabilizados no processo de compostagem, que deve durar de 45 a 60

dias. A grande maioria destes compostos, serão utilizados pelos microorganismos, que irão

oxidar os mesmos durante seus processos metabólicos. Após este período o material deverá

ser analisado e classificado, e conforme a classificação será dado o devido destino.

MANUTENÇÃO. O sistema de captação de gases, contará com três exaustores, que

farão o processo trabalhar em pressão negativa, do biofiltro até a fábrica. Caso os

exaustores não estiverem funcionando, o processo de secagem não acontecerá, e sendo

assim, a fábrica não terá condições de operar até que seja feita a manutenção dos

equipamentos. Será feita manutenção preventiva, quando o sistema estiver fora de

funcionamento. Através da manutenção preventiva reduz-se as paradas por quebra de

equipamento e aumenta a sua vida útil.

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EFLUENTE GERADO. Todo o efluente gerado será destinado à estação de tratamento

da unidade, onde sofrerá tratamento para que atinja os parâmetros legais de lançamento.

Características do efluente:

pH: 6 e 7

DQO: 110 mg/l

ST: 500 mg/l

SST: 70 mg/l

Volume: 7 - 8 m3/dia

ÁREA DISPONÍVEL. A empresa, aqui em questão, tem disponível uma área de

20,8m x 12,8 m (266,24 m2), parcialmente plana, drenada e próxima ao local de geração

dos gases.

MATERIAIS DISPONÍVEIS PARA ENCHIMENTO. Cavacos de lenha de espécies

resinosas e cavacos de lenha de eucalipto.

REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA.

O processo de biofiltração é similar a um lodo ativado, pois microorganismos oxidam

os compostos orgânicos a CO2 e H2O. a principal diferença é que no biofiltro os

microorganismos serão imobilizados no material filtrante ou de empacotamento, enquanto

no lodo ativado os microorganismos estão dispersos na suspensão líquida. A biofiltração é

freqüentemente de alta eficiência e baixo custo comparada com outras técnicas de controle

de poluentes atmosféricos. Tem sido largamente empregada com sucesso na remoção de

VOCs.

A biofiltração é uma tecnologia as tecnologias convencionais de controle de odores

por:

Eficiência de remoção maiores que 90% foram demonstradas para muitos dos

compostos causadores de odor (ADLER, 2001; VOIGT, 2003);

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Processo natural, seguro e ambientalmente correto;

Baixo custo de operação, pois não exige grandes quantidades de energia

durante a operação e produz um fluxo de efluentes geralmente de baixo volume

e baixa toxicidade (ADLER, 2001);

Os biofiltros na verdade não são filtros, pois os mecanismos de remoção são bastante

diferentes do que ocorre na realidade do equipamento. Na verdade esta estrutura é chamada

de “reator de leito fixo”, onde ocorre o seguinte fluxo de tratamento:

1. O ar transportando os materiais contaminantes atravessa o leito do

reator onde por mecanismos de adsorção é fixado na água que esta

presente na superfície do leito, e composição do material filtrante;

2. Abaixo da camada de água, existe um biofilme onde, por atividade

microbiológica o material poluente é degradado em compostos

orgânicos menores, água e gás carbônico;

3. Os gases resultantes da degradação são novamente expostos a atmosfera

pelo fluxo de gás que atravessa o recheio;

4. A água superficial contendo os metabolitos das reações químicas escoa

para a parte mais baixa do leito em uma velocidade bastante baixa (0,01

a 10 cm/dia), e é destinada para o tratamento de efluentes.

Na verdade existem diversos critérios técnicos que devem ser observados para que o

biofiltro funcione adequadamente, entre eles estão a temperatura e umidade dos gases. A

temperatura exerce papel fundamental, uma vez que sendo um processo biológico, exerce

influência direta na velocidade de reação ou até mesmo inibição do funcionamento do

equipamento.

A umidade é descrita como fator importante no que diz respeito a manutenção da

camada de água no recheio do biofiltro. Esta camada mantém o biofiltro vivo e também

influencia no efeito de adsorção dos gases.

É necessária muitas vezes a incorporação de água como forma de aumentar o teor de

umidade e mesmo baixar a temperatura, para garantir a eficiência do processo.

CAUSAS DE FALHAS EM SISTEMAS

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Através da avaliação da bibliografia disponível foi possível determinar as principais

causas de falhas em sistema de biofiltro e controles.

Temperatura dos gases. Os gases apresentam grande fator de eficiência do

equipamento, as referências consultadas citam que temperaturas superiores à 50ºC causam

a esterilização do biofilme, levando o equipamento a queda acentuada de eficiência. As

temperaturas mais adequadas para o funcionamento situam-se em 35 – 40 ºC. Temperaturas

baixas causam perda de eficiência pela redução da atividade microbiana, porém tal fato

nunca foi observado, mesmo em situações de frio intenso. O resfriamento dos gases

geralmente é efetuado pela introdução de ar frio, uso de trocadores de calor e resfriamento

adiabático.

Para manutenção das trocas gás/líquido no biofilme é essencial que o gás que entra no

sistema tenha um teor de umidade relativa superior a 95%. Teores muito baixos elevam o

arraste de umidade natural do biofilme e progressivamente levam a secagem do meio. Já

umidade elevada pode causar aceleração da degradação do leito, diminuindo a vida útil do

recheio ou mesmo entupimento.

Vazios de leito. O leito deve possuir um teor de vazios adequado, variando entre 40 a

60% (em volume), de modo que exista o equilíbrio entre perda de carga dos gases e

eficiência do sistema. Leitos com alta porosidade têm baixa perda de carga ao fluxo de

gases, em contra partida apresentam menor eficiência. Leitos mais permeáveis também tem

menos estabilidade na manutenção da umidade em seu interior, dificultando a operação

eficiente.

Distribuição do gás e fluxos. O gás deve ser distribuído em fluxo vertical, de forma

regular para todo o leito, não deve haver pontos que apresentem diferenças de velocidade

de fluxo na superfície. Isto pode causar concentrações de cargas de poluentes em

determinados pontos, diminuindo a eficiência do sistema. As velocidades de escoamento

devem ser verificadas através do uso de anemômetros ou tubo de pitot, sendo que o ajuste

das velocidades é efetuado pelo aumento ou diminuição da altura da camada de leito neste

local.

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Altura do leito. Quanto mais espesso é o leito de filtragem, maior é a eficiência,

porém maior também é a perda de carga no sistema. Deve haver uma compensação entre

área e altura do leito, visto que o dimensionamento destes sistemas é efetuado com base

volumétrico. Utiliza-se na grande maioria dos casos leitos com altura não muito superior a

1 metro.

pH do leito. O pH no meio deve estar na faixa de 6,5 a 7,5, geralmente o tratamento

de gases de processamento de sub produtos tem altas concentrações de gás sulfídrico e

compostos sulfurados. É esperada a acidificação da água intersticial e necessidade de

correção com uso de soda cáustica ou cal hidratada.

Reologia do enchimento. O enchimento deve ser efetuado com um material inerte,

porém biológico. Durante o seu uso não deve ser observada a eliminação de compostos

orgânicos que possam causar inibição do crescimento do biofilme. Geralmente, cavaco de

madeira resinosa tem esta propriedade e deve ser evitado. É aconselhável o uso de matérias

com pelo menos 40% de material orgânico em sua composição e uma relação C/N de

50/40. Também é desaconselhável o uso de materiais que contenham alta quantidade de

finos em sua composição, pois estes podem causar o entupimento do equipamento quando

da presença da umidade do gás. Em muitos casos se comprovou que a mistura de

compostos orgânicos em pequena proporção ajuda na inoculação microbiana do solo,

facilitando o star-up do equipamento.

Considerações sobre o “Plenum” de distribuição dos gases. O Plenum (fundo falso)

deve possuir características construtivas ideais, como a baixa perda de carga e resistência

química e mecânica adequadas. Deve ser previsto a diminuição da altura útil do plenum

como forma de proporcionar uma distribuição o mais uniforme possível para todo o

biofiltro.

As resistências mecânicas devem ser adequadas em virtude da alta carga de biomassa e

água que serão aderidas sobre a superfície do leito. Geralmente usa-se para este fim

estruturas em concreto aluminoso (resistente a ataque ácido) ou mesmo estrutura de

madeira resistente.

Considerações sobre a parede do biofiltro. As laterais do biofiltro, geralmente, são

construídas em materiais impermeáveis, em virtude das altas umidades associadas com a

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57

operação do equipamento. Pode ser executadas paredes em concreto, alvenaria estrutural ou

edificações em pedra com cimentação entre as juntas; prevendo os esforços de recalque

lateral proporcionado pelo inchamento do leito quando úmido.

Alguns processos são revestidos com manta de polietileno de alta densidade, e está

“lagoa” é utilizada como local para acomodação do leito.

PARÊMETROS DE PERFORMANCE

Os parâmetros de performance para calculo podem ser definidos segundo DIN 1895:

Tempo de contato do leito vazio (EBCT) (s);

Taxa superficial de carga (UAR) (m3/m

2/h);

Taxa de carga mássica (gm3/h);

Taxa de carga volumétrica (m3/m

2/h);

Capacidade de eliminação (gm3/h);

Eficiência de remoção (%).

Tempo de contato de leito vazio (EBCT)

O tempo de residência do gás no bioreator pode ser calculado de daus diferentes

maneiras:

- Tempo de residência superficial ou tempo de residência com o leito vazio (EBCT):

Q

VEBCT

3600*

em que:

V = volume do material de enchimento do reator (m3)

Q = vazão do gás (m3/h)

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58

- Tempo de residência verdadeiro, que é baseado no espaço livre do reator e é definido

como:

Q

Vt

3600**

em que:

= porosidade do meio filtrante (adimensional)

Em muitos casos a porosidade não é conhecida, ou é muito difícil de ser determinada.

Usa-se então o EBCT. Entretanto, deve se manter em mente que o uso do EBCT sobre o

tempo de retenção real do gás no leito. Usa-se na maioria dos casos tempos de contato de

15 segundos até 2 minutos para gases provenientes da fabrica de processamento de sub

produtos.

- Taxa de aplicação superficial

A taxa de aplicação superficial indica a quantidade de ar que passa através do biofiltro

por unidade de área:

A

QBa

em que: A = área total superficial do biofiltro

Este valor também pode expressar a velocidade do gás através do reator vazio.

Entretanto, com o reator em funcionamento, as velocidades são bem maiores devido ao

preenchimento do leito.

- Taxa de aplicação volumétrica (VS)

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59

A taxa de aplicação volumétrica é a quantidade de gás que passa pelo biofiltro por

unidade de volume do biofiltro:

V

QVS

- Eficiência de remoção

É a fração de poluentes removidos no bioreator expresso em percentagem.

DIMENSIONAMENTO BÁSICO DA UNIDADE DE BIOFILTRO

Vazão total de gases (Q):

Na determinação da vazão dos gases a serem tratados o principal parâmetro de

referência é a temperatura, então, a vazão total de gases pode ser determinada de dois

modos:

1. Caso a mistura de todos os gases a serem tratados apresente uma temperatura

inferior a 45ºC no pior mês climático, usa-se a soma de todas as vazões.

2. Caso a mistura de todos os gases a serem tratados apresente uma temperatura

superior a 45ºC no pior mês climático, usa-se a soma de todas as vazões

acrescida de uma vazão de gás a temperatura ambiente, que faça a temperatura

baixar ao limite de 45ºC antes da umidificação.

Considerados que se capta a mistura de gases quentes após o sistema de resfriamento e

umidificação existente, onde tem-se a vazão total de 40.000 m3/h a temperatura média de

80ºC; para manter a temperatura dos gases abaixo de 45ºC será introduzido mais 69.370

m3/h de ar a 30ºC através de coifas, totalizando a vazão de 109.370 m

3/h de gás a ser

tratado no filtro biológico.

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Umidificação dos gases (H):

Os gases devem estar no biofiltro com umidade sempre inferior a 97 %. Para suprir

esta umidade deve ser introduzido uma quantidade de água no gás através de nebulização

em câmara adiabática.

CÁLCULO COM REFERÊNCIA

Altura do leito filtrante (h):

Verificando a bibliografia existente, observa-se que as alturas dos leitos em sua grande

maioria fica entre 1,00 a 1,50 metros. Adotaremos uma espessura de 1,40 m.

Tempo de contato do reator vazio (EBCT):

Este termo envolve grande parte da eficiência que o sistema terá. Para a grande

maioria dos casos se observa tempo de contatos variando de 15 segundos até 2 minutos,

sendo que quanto maior o valor mais conservativo é o cálculo. Usaremos para o EBCT do

biofiltro em questão 40 segundos.

Volume do leito de enchimento (V):

O volume é determinado pelo seguinte:

370.109

3600*40

3600*

Vs

Q

VEBCT

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61

Sendo assim, o volume deve ser de no mínimo 1.215,2 m3 de leito.

Área de superfície (A)

A área pode ser determinada através da relação direta entre o volume e a espessura do

leito.

201,8684,1

2,215.1mA

Taxa de aplicação superficial (BA)

A taxa é determinada pela divisão da vazão dos gases pela área, ou seja:

2,868

370.109

A

QBa

Sendo desta forma, 125,97 m/h, ou ainda 0,035 m/s.

Perda de carga no leito (UPD)

A perda de carga é determinada, empiricamente, pela seguinte expressão:

27,16,811 *%*10*82,8 BavaziosUPD

Em que, % de vazios é o percentual de vazios no leito (aqui pré-estabelecido em 40%),

logo:

27,16,811 47,7*40*10*82,8

UPD

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Ou seja, UPD=0,19 polegadas de água, por pé cúbico de altura de leito. Como temos

1,4 metros de altura a perda total do leito será 0,87 polegadas de água.

Dimensões do biofiltro em planta (L x P):

Usaremos uma relação de 3/23 para o comprimento e para a largura respectivamente,

então teremos:

DLA *2**3

Para uma área de 868,01 m2, para este caso teremos 12,80 m de largura e 20,8 m de

comprimento. E, por conservadorismo, a unidade de biofiltro existente no empreendimento

terá sua área acrescida em 30% de seu tamanho original, ou seja, 12,8 m de largura e 30 m

de comprimento.

Introdução de água por chuvas torrenciais:

As precipitações mais intensas que temos registrado na região do empreendimento dão

conta de valores de 45 mm/h a 50 mm/h, então, sabendo que 1 mm/h equivale a 1 litro/h

por m2 de área do biofiltro, temos uma vazão máxima de água da chuva de:

hmchuva

Qchuva

/34,43

01,868*50

3.8 Informações sobre emissão de sons e ruídos.

A emissão de sons e ruídos deste empreendimento não atende as normas estabelecidas

pela Resolução SEMA n0 092/80, e MINTER n

0 231/76. Conforme a Portaria MINTER n

0

92 de 19 de junho de 1980, a empresa aqui em questão atende os padrões estabelecidos para

a emissão de sons e ruídos para o ambiente exterior; pois não trabalha com equipamentos

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que emitam ruídos acima dos padrões estabelecidos pela portaria. Esta Portaria considera

prejudicial à saúde, à segurança e ao sossego público sons e ruídos que, independentemente

de ruído de fundo, atinjam no ambiente exterior do recinto em que têm origem mais de 70

decibéis (dB A). Porém, no perímetro industrial é obrigatório a utilização de protetores

auriculares. E, como o empreendimento está inserido em uma área industrial, com

circunvizinhança predominantemente agrícola; os sons e ruídos excedentes não interferem

no convívio humano.

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INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS

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4. INFORMAÇÕES SOBRE POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS.

4.1 Informações sobre os resíduos sólidos gerados.

Pontos de geração de

resíduos

Classe Tipo de

Resíduos

Quantidade/mês

Escritórios I, II e III Papel 70 kg

Plásticos 25 kg

Orgânicos 15 kg

Lâmpadas 2 unid.

Pilhas 10 unid.

Vestiário I, II e III Papel 20 kg

Plásticos 15 kg

Orgânicos 25 kg

Lâmpadas 2 unid.

Não-recicláveis 150 kg

Banheiros I, II e III Papel 30 kg

Plásticos 15 kg

Orgânicos 5 kg

Lâmpadas 2 unid.

Não-recicláveis 150 kg

Setor de caldeira I, II e III Papel 15 kg

Plásticos 15 kg

Orgânicos 30 kg

Lâmpadas 1 unid.

Cinzas 4 ton

Setor de mecânica/elétrica I, II e III Papel 20 kg

Plásticos 50 kg

Metais 600 kg

Lâmpadas 2 unid.

Estopas 50 kg

Almoxarifado I, II e III Papel 70 kg

Plásticos 75 kg

Metais 15 kg

Lâmpadas 1 unid.

Estopas 5 kg

Descarga (moegas) I, II e III Orgânicos 100 kg

Estopas 15 kg

Área produção I, II e III Estopas 100 kg

Lâmpadas 5 unid.

Orgânicos 250 kg

Metais 50 kg

Ensaque II e III Plásticos 50 kg

Orgânicos 150 kg

Estopas 10 kg

Expedição de farinhas

II e III Plásticos 10 kg

Orgânicos 150 kg

Estopas 10 kg

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Pontos de geração de

resíduos

Classe Tipo de

Resíduos

Quantidade/mês

Expedição de óleo II e III Plásticos 10 kg

Orgânicos 50 kg

Estopas 5 kg

Biofiltro II e III Orgânicos 50 kg

Estação de tratamento de

efluentes

I, II e III Plásticos 30 kg

Papel 25 kg

Orgânicos 350 kg

Estopas 5 kg

Laboratório I, II e III Plásticos 5 kg

Papel 5 kg

Orgânicos 15 kg

Vidros 70 unid.

4.2 Informações sobre disposição final.

Pontos de geração de

resíduos

Classe Tipo de

Resíduos

Quantidade/mês Destino

Escritórios I, II e III Papel 70 kg 1

Plásticos 25 kg 1

Orgânicos 15 kg 4

Lâmpadas 2 unid. 2

Pilhas 10 unid. 2

Vestiário I, II e III Papel 20 kg 1

Plásticos 15 kg 1

Orgânicos 25 kg 4

Lâmpadas 2 unid. 2

Não-recicláveis 150 kg 1

Banheiros I, II e III Papel 30 kg 1

Plásticos 15 kg 1

Orgânicos 5 kg 4

Lâmpadas 2 unid. 2

Não-recicláveis 150 kg 1

Setor de caldeira I, II e III Papel 15 kg 1

Plásticos 15 kg 1

Orgânicos 30 kg 4

Lâmpadas 1 unid. 2

Cinzas 4 ton 6

Setor de mecânica/elétrica I, II e III Papel 20 kg 1

Plásticos 50 kg 1

Metais 600 kg 3

Lâmpadas 2 unid. 2

Estopas 50 kg 2

Almoxarifado I, II e III Papel 70 kg 1

Plásticos 75 kg 1

Metais 15 kg 3

Lâmpadas 1 unid. 2

Estopas 5 kg 2

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Pontos de geração de

resíduos

Classe Tipo de

Resíduos

Quantidade/mês Destino

Descarga (moegas) I, II e III Orgânicos 100 kg 4

Estopas 15 kg 2

Área produção I, II e III Estopas 100 kg 2

Lâmpadas 5 unid. 2

Orgânicos 250 kg 4

Metais 50 kg 3

Ensaque II e III Plásticos 50 kg 1

Orgânicos 150 kg 4

Estopas 10 kg 2

Expedição de farinhas II e III Plásticos 10 kg 1

Orgânicos 150 kg 4

Estopas 10 kg 2

Expedição de óleo II e III Plásticos 10 kg 1

Orgânicos 50 kg 4

Estopas 5 kg 2

Biofiltro II e III Orgânicos 50 kg 4

Estação de tratamento de

efluentes

I, II e III Plásticos 30 kg 1

Papel 25 kg 1

Orgânicos 350 kg 4

Estopas 5 kg 2

Laboratório I, II e III Plásticos 5 kg 1

Papel 5 kg 1

Orgânicos 15 kg 4

Vidros 70 unid. 5

Resumo da Totalização de Resíduos Sólidos

Total Plásticos 285 kg

Papel 255 kg

Estopas 200 kg

Orgânicos 1.190 kg

Cinzas 4 ton

Lâmpadas 15 unid.

Metais 665 kg

Pilhas 10 unid. 1 – Coleta Municipal

2 – Aterro Químico (transporte e destinação da Sábia Ecológico) 3 – Ferro Velho (transporte e destinação Heiss Toledo)

4 – Compostagem e/ou reaproveitamento no processo

5 – Doação para empresa que reutiliza

6 – Doação para agricultores

4.3 Tratamento adotado.

O lodo gerado na estação de tratamento de efluentes, depois de coletado e desidratado

em leito de areia, será levado para duas salas de compostagem. Onde, após o tempo

necessário, será doado aos pequenos agricultores da região.

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68

4.4 Plano de gerenciamento de Resíduos Sólidos

Em anexo a este projeto.

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69

DESENHOS

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5. DESENHOS

5.1 Das informações cadastrais (escala 1:2000 a 1:10000).

5.1.1 Planta de situação industrial.

A planta da situação industrial do empreendimento será apresentada em anexo a este

projeto, visto que está planta foi elaborada por profissional da área de construção civil, ou

seja, pelo arquiteto responsável pela construção.

5.1.2 Orientação para chegar ao local (acessos).

Esta orientação encontra-se em anexo a este projeto, juntamente com a descrição da

área onde será implantado empreendimento.

5.2 Das informações sobre água utilizada.

5.2.1 Planta esquemática do sistema de abastecimento de água da indústria.

Esta planta encontra-se em anexo a este projeto, juntamente com a planta de situação

industrial, pelo mesmo motivo do item 5.1.1.

5.3 Das informações sobre resíduos líquidos da indústria.

Todo o resíduo líquido, gerado na limpeza da empresa, é tratado e destinado ao corpo

receptor. Os desenhos do sistema de tratamento de efluentes serão apresentados no corpo

deste projeto, e em anexo a este.

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5.3.1 Planta do sistema de águas pluviais do empreendimento.

A água pluvial é recolhida, do telhado do barracão, através de calhas instaladas na

lateral do barracão, e destinada, via canalização, para fora da área do empreendimento.

5.4 Do projeto hidráulico do(s) sistema(s) de tratamento dos resíduos líquidos.

O sistema de separação água/sólidos, bem como o reator e os biofiltros, são

apresentados em anexo.

5.4.1 Planta geral do sistema de tratamento.

Ver Desenho em anexo.

5.4.2 Perfil hidráulico do sistema de tratamento.

Ver Desenho em anexo.

5.4.3 Desenhos das diversas unidades do sistema de tratamento (inclusive medidor

de vazão).

Idem ao item 5.4, 5.4.1 e 5.4.2.

5.5 Do projeto do sistema de tratamento dos resíduos atmosféricos.

Ver Desenho em anexo.

5.6 Do projeto do sistema de tratamento do esgoto sanitário.

Ver Desenho em anexo.

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OBSERVAÇÕES

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6. OBSERVAÇÕES.

6.1 Instruções e recomendações para operação do sistema de tratamento.

As obras que compõem o sistema deverão ser executadas conforme planta em

anexo.

Manter limpas e isentas de vegetação as vias de acesso.

Manter a superfície líquida do sistema de separação, gradeamento e biofiltros

isentos de material sólido, óleos, graxas e outros materiais.

Evitar ao máximo o uso de substâncias tóxicas e não biologicamente

degradáveis, as quais podem exaurir mau cheiro no sistema de tratamento.

O sistema de tratamento de efluentes será operado em regime continuo. A água tratada

deve ser analisada, para identificar sua qualidade, através da medição do pH, DBO e DQO

(pelo menos). Caso estes parâmetros estejam fora dos intervalos estabelecidos pela

legislação, o efluente deve ser retornado para a estação de tratamento.

6.2 Especificação setor de encarregado da operação e manutenção do(s) sistema(s)

de controle de poluição.

O encarregado da operação e manutenção, da estação de tratamento, deverá ter

treinamento prévio para iniciar seus trabalhos. Esta pessoa deve estar ciente de seu dever; e

equipada para os riscos potencias presentes na estação de tratamento de efluentes.

6.3 Especificação do número de funcionários especialmente contratados para

operação e manutenção do(s) sistema(s) de controle de poluição.

A estação de tratamento de efluentes exige, em sua operação e manutenção, pelo

menos dois funcionários qualificados para tal serviço.

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74

6.4 Cronograma provável de execução das obras.

Tabela 4 – Cronograma provável de execução de obras.

ITEM pronto 4 meses após

lic. instalação

Confecção do projeto de adequação ambiental X

Entrega do projeto no IAP X

Montagem do sistema de tratamento de efluentes X X

Montagem do sistema de tratamento de esgoto

sanitário

X

Implementação do gerenciamento de resíduos X

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CONCLUSÕES

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76

CONCLUSÕES

Gerais.

Como já bastante comentado, no corpo deste PCA, um empreendimento

deste porte é passível de licenças ambientais, para que possa iniciar suas atividades

devidamente adequadas quanto às leis ambientais vigentes no país. O

empreendimento, considerado neste PCA, qualificado para fins de reciclagem de

plásticos, entre outros, será implantado quando da homologação de seu

licenciamento ambiental; especificamente no ato da expedição da licença de

instalação. E, iniciará suas atividades no momento da expedição da licença de

operação; ambas feitas pelo IAP.

O PCA, desenvolvido neste projeto, teve o objetivo de propiciar as

condições mínimas para que o empreendimento contemplasse todas as exigências

previstas em lei ambiental do país. E, mais do que isto, o projeto teve a preocupação

de minimizar a quantidade de poluentes no ponto chave, ou seja, no ponto de sua

geração; e, além disto, teve foco em neutralização dos poluentes após seu devido

tratamento.

Desta forma, o empreendimento tem condições ambientais suficientes para

sua implantação em nova área e funcionamento; do ponto de vista das questões

ambientais. Uma vez que, todos seus poluentes estarão controlados e os parâmetros

de lançamento observados em projeto.

Especificas.

Os sistemas de contenção, tratamento e descarte de poluentes gerados no

empreendimento foram dimensionados e suas eficiência/eficácia comprovadas com

os devidos cálculos de remoção de indicadores (DBO, DQO, sólidos totais, etc).

As canaletas e tubulações, utilizadas para destinar a estação de tratamento

todos os efluentes líquidos em si, é mais do que suficiente para o fim que se propõe.

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CNPJ: 05.825.083-0001/71 Insc. Estadual: 90286144-00 fone/fax +55 44 3544 1292

Endereço: Rodovia BR 581, s/n, Km 1, Gleba Lambari, Caixa Postal 33, CEP 85945-000, Tupãssi- PR.

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Estes resíduos líquidos serão destinados para as caixas de separação água/sólidos e

destas para a estação de tratamento biológico complexo.

As caixas de separação fazem uso das leis de viscosidade, nas quais se

observa a separação da água e do sólido somente por forças gravitacionais e tensões

superficiais existentes na camada limite destes produtos. O decantado destas caixas,

sólidos, será destinado adequadamente pela empresa; retornando ao processo

produtivo.

O reator UASB, tecnologia de manto de lodo, purificará os efluentes

líquidos (águas residuárias) provenientes do fundo das caixas de separação, após

estes serem recebido em um tanque pulmão para que se tenha uma quantidade

adequada para realização do tratamento.

As lagoas anaeróbias farão a conversão destes poluentes em metano e

dióxido de carbono; e, além disto, uma parte dos sólidos dissolvidos serão

decantados nesta fase, fazendo com que prolifere microrganismos na fase sólida da

matéria orgânica existente. Ocupam uma grande área, porém, a manutenção

especifica é rápida e simples.

A lagoa aerada fará o papel de desnitrificação do efluente das lagoas

anaeróbias, concedendo oxigênio para a carga de microrganismos; o que também

fará o papel de geração de flóculos, os quais terão importante destaque no

fornecimento de área de agregação de microrganismos.

Os biofiltros farão o papel de remover os poluentes que persistirem após

tratamento no sistema anterior. Esta tecnologia, aliada ao emprego de zeólita para

filtrar seu efluente, é capaz de deixar a qualidade do efluente final muito próximo

dos índices esperados para todos os parâmetros dos indicadores de qualidade de

águas; o que aumenta sensivelmente a eficiência e/ou eficácia da estação de

tratamento. Portanto, pode-se com certeza técnica absoluta, uma última etapa será

aplicada para purificação do efluente. O emprego de uma lagoa com enraizadas e

sobrenadantes, ou seja, junco e macrófitas respectivamente. Desta forma, o efluente

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a ser descartado no corpo receptor terá características que atendem a legislação, ou

mais especificamente, a Resolução CONAMA n° 357 de 17 de Março de 2005.

Sendo assim, a empresa pode ser classificada como legalmente e

politicamente correta, no que tange seus deveres sociais e ambientais. Pois, suas

atividades não contribuirão para o aumento de poluentes nocivos ao meio ambiente.

Mesmo aqueles poluentes não passiveis de reutilização ou reciclagem, tal como,

aqueles gerados do consumo humano de água, ou seja, efluentes de esgoto sanitário,

terão tratamento biológicos adequados antes de serem destinados para infiltração em

solo através de sumidouro. Todos os resíduos sólidos são destinados para aterros

sanitários, os que são possíveis de aceitação nestes aterros; e os que têm condições

de serem reciclados serão destinados ao processo produtivo da própria empresa.

Finalmente, pode-se declarar que o empreendimento tem viabilidade

ambiental suficiente para ser instalado; desde que observe todos os pontos

correlacionados neste PCA. E, que todos os dimensionamentos sejam

minuciosamente respeitados. O que culminará na boa aplicabilidade do projeto, dos

planos e dos demais aspectos ambientais presentes neste PCA.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRAILE, P. M. e CAVALCANTE, J. E. W., Manual de Tratamento de Águas Residuárias

Industriais, 18ª Edição, CETESB, São Paulo, 1979.

GUERRA, S., Direito Ambiental: Legislação, 2a edição, Freitas Bastos Editora, Rio de

Janeiro, 2004.

JORDÃO, E. P.; Pessoa, C. A. Tratamento de Esgotos Domésticos, 3ed., Rio de Janeiro,

ABES, 1995.

KAPAZ, Emerson. Relatório preliminar da política nacional de resíduos sólidos.

(Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece diretrizes e normas para o

gerenciamento dos diferentes tipos de resíduos sólidos, acrescenta artigo à lei no 9.605,

de 12 de fevereiro de 1998 e dá outras providências).Trabalho apresentado em palestra

na Câmara dos Deputados, Brasília, 9 ago. 2001.

MACHADO, H. B. Curso de direito tributário (17a ed.). São Paulo: Malheiros editores,

1998.

MANSUR, Gilson Leite. O que é preciso saber sobre LIMPEZA URBANA. Rio de

Janeiro: IBAM/CPU, 1991.

MARA, D. D. Sewage Treatment in Hot Climates, New York, John Wiley & Sons Ltda,

167 p., 1976.

MARA, D. D.; Silva, S. A. Sewage treatment in waste stabilization ponds: recent research

in Northeast Brazil, Wat. Sci. Tech., v. 11, n. 1/2, p. 341-344, 1979.

METCALF & EDDY, Inc. Watewater Engineering: Treatment, Disposal and Reuse, 3ed.,

New York, McGraw-Hill, 1991.

PESSOA, C. A., Tratamento de Esgotos Domésticos, V. 1 2ª Edição, ABES, Rio de

Janeiro, 1982.

PESSOA, C. A.; Jordão, E. P. Tratamento de Esgotos Domésticos, Concepção Clássica de

Tratamento de Esgotos, 2ed., Rio de Janeiro, 1982.

VERDUM, Roberto. Perícias e laudos técnicos: um espaço para uma nova prática

científica. In: VERDUM, Roberto & MEDEIROS, Rosa Maria Vieira. Rima, Relatório

de impacto ambiental: legislação, elaboração e resultados. Porto Alegre: UFRGS.

1995. p. 15-19.

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Termo de Compromisso.

O contratante se responsabiliza pelo cumprimento de todos os itens deste projeto, sendo

este o único responsável pelo não cumprimento das decisões tomadas neste projeto. Para

isto, um representante, ou o próprio contratante assina, juntamente com os responsáveis

técnicos, as resoluções deste projeto. Como se segue.

Responsável Técnico:

Rogério do Nascimento

Eng. Químico / CREA PR – 72131/D;CRQ PR – 09302005

Responsável pela fundamentação científica do PCA.

Contratante:

FARIMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

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Representante Legal da Diretoria da Empresa.