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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE I

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE

I

O USO DE TECNOLOGIAS NO ENSINO DE HISTÓRIA: NOVAS PERSPECTIVAS E ABORDAGENS

Autora: Renice Cecilia Gafuri1

Orientador: Rodrigo Candido da Silva2

RESUMO:

O presente artigo visa discutir o uso da tecnologia no ensino de história, e sua

contribuição para despertar o interesse dos alunos em relacionar os fatos históricos

com o tempo presente. O mundo atual se encontra permeado pelas imagens, as

pessoas constroem representações do passado a partir delas, nas quais imagens e

sons dominam o cotidiano dos indivíduos. Aqui pretendemos analisar, como a cultura

da mídia, imagens e sons influenciam a formação da identidade dos cidadãos,

explorando as tecnologias, compreendendo como os meios audiovisuais, cinema,

imagens, música, fotografia e documentários podem ser utilizados para trabalhar o

conhecimento histórico, relacionando-o com o presente. Assim, discutimos aqui a

realização de atividades realizadas com professores para compreendermos a

influência das tecnologias na atividade docente e a importância de nos apropriarmos

do conhecimento das mesmas, dialogando com elementos da realidade. Nem

sempre estamos preparados para lidar com todas estas linguagens, isto nos leva a

analisar como lidamos com as tecnologias em sala de aula, como entendemos a

cultura da mídia e como podemos construir o conhecimento histórico, aprendendo a

lidar e problematizar essa “enxurrada” informacional do mundo contemporâneo.

Palavras Chave: Ensino de História; Tecnologia; Mídias; Audiovisual.

1 Licenciada em História e Filosofia pela Unioeste, licenciada em Língua Espanhola pela UFPR,

Especialista em Interdisciplinaridade pelo Instituto IBPEX Curitiba e em Educação Especial pela

Uninter Curitiba, Professora de história QPM da Secretaria de Educação do Estado do Paraná,

atua no Colégio Estadual Presidente Castelo Branco no Município de Toledo PR, pertencendo ao

Núcleo Regional de Educação de Toledo

2 Professor Assistente do Colegiado de História, no Centro de Ciências Humanas Educação e Letras

da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

1. APRESENTAÇÃO:

O presente artigo é fruto de um estudo desenvolvido ao longo de dois anos

entre 2014 e 2015, em um programa de capacitação denominado, Plano de

Desenvolvimento Educacional (PDE), ofertado aos professores da rede pública da

Secretaria do estado de Educação do Estado do Paraná (SEED).

A primeira fase deste programa consistiu no estudo e na produção de um

projeto de intervenção pedagógica na escola, realizado no primeiro semestre. No

segundo semestre do primeiro ano se deu a elaboração da produção didático

pedagógica, que é composta de atividades a serem aplicadas na terceira fase do

projeto: a implementação dessa proposta na escola. Esta fase ocorreu no primeiro

semestre do segundo ano, na escola Presidente Castelo Branco.

A formação, através do PDE, tem objetivo de dar suporte teórico e metodológico aos

professores nas atividades propostas e capacitar para o cotidiano escolar. É

obrigatório o cumprimento e a frequência nas atividades ofertadas em todas as

etapas dos cursos específicos, cursos de formação e inserção acadêmica oferecidos

por Instituição de Ensino Superior. Como complemento da formação na modalidade

de Ensino à Distância (EAD), faz parte o GTR- Grupo de Trabalho em Rede, com a

finalidade de socializar as produções com outros professores, por meio de suporte

virtual e tecnológico no ambiente e escola, na plataforma Moodle, existente no portal

“Dia-a-dia da Educação”.

Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, na concepção de

História, as verdades não são prontas e acabadas, deve existir o diálogo com várias

vertentes históricas do trabalho pedagógico, devendo considerar também como

objeto de estudo as relações humanas com os fenômenos naturais.

Para que ocorra a construção do conhecimento histórico no ensino, o

professor deve organizar seu trabalho pedagógico a ser desenvolvido com os

alunos, utilizando diversas fontes históricas, sendo estas de grande valia, e

podendo ser aproveitadas de maneira diferenciada, utilizando-se de metodologias

que desperte o interesse dos alunos e desenvolva o senso crítico dos mesmos.

Os alunos presentes, hoje, em nossas escolas, são de uma geração onde a

informação se propaga muito rápido pelos meios de comunicação e internet, ambos

como fruto do crescimento e expansão das tecnologias, por isso, é fundamental que

o professor estabeleça uma relação entre os educandos e tal fenômeno, de forma

que abranja a sua realidade, para assim produzir novas formas de pensar, agir e se

comunicar no cotidiano.

O professor deve se sensibilizar a respeito das mudanças de papéis

vinculados às tecnologias presentes na educação, devendo experimentar novas

formas de ensino explorando o uso das mesmas para obter o benefício educativo,

onde o aluno não entenda o passado como acontecimento morto, mas como algo

presente e dinâmico, numa relação social em que ele esteja inserido.

Sabemos que o uso das tecnologias amplia as fontes de pesquisa do

professor e do aluno, favorecendo a aprendizagem colaborativa e a interatividade,

estimulando o interesse dos alunos, pois elas exercem fascínio sobre os mesmos,

levando-os a buscar conhecimento com a utilização destas ferramentas.

Proporcionando maior dinâmica às aulas de história, despertando interesse dos

alunos, relacionando os elementos históricos com o tempo presente e não apenas

memorizando e repetindo os acontecimentos do passado.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

No período do pós-guerra, e com as transições que aconteceram a partir de

1973, houveram profundas mudanças no processo de trabalho, hábitos de consumo,

poderes e práticas do Estado, ocorrendo a ascensão de indústrias com tecnologias

amadurecidas, proporcionando, o crescimento econômico, assim “os carros, a

construção de navios e equipamentos de transporte, o aço, produtos petroquímicos,

a borracha, os eletrodomésticos, e a construção se tornaram os propulsores do

crescimento econômico, (HARVEY,1999 p. 125).

Conforme aponta David Harvey (1999), as décadas de 1970 e 1980 foram um

período de reestruturação econômica, social e política, na qual o regime de

acumulação se renova, com regulamentações distintas, surgiram novos setores de

produção, novas maneiras de fornecimento de serviços, inovações comerciais,

tecnológicas e organizacionais, proporcionando inovações nos setores de serviços e

nos conjuntos industriais das regiões subdesenvolvidas, onde as tomadas de

decisões das esferas públicas e privadas se estreitam, onde a queda dos custos dos

transportes e a comunicação via satélite se tornam cada vez mais amplas e

imediatas.

As organizações bem articuladas obtêm vantagens na competição com os

pequenos negócios, quando a informação e a capacidade de tomar decisões de

forma rápida se tornam crucial para obtenção de lucros, sendo que a centralização e

descentralização do poder econômico se manifesta de maneira renovada.

Para Harvey (1999), os sistemas financeiros implementados a partir de 1972,

provocaram mudanças no equilíbrio das forças do capitalismo global, onde o sistema

bancário e financeiro tem mais autonomia se comparado ao financiamento estatal e

pessoal, o capital financeiro tem mais poder coordenador do que ocorria no

fordismo.

Para Kellner (2001), atualmente, é através da cultura veiculada pela mídia

que se cria identidades, nas quais os indivíduos estão inseridos na sociedade

contemporânea produzindo formas de cultura, que são constituídas por sistemas de

rádio e suas reproduções, filmes e suas distribuições, imprensa, internet, sendo uma

cultura de imagens explorando a visão e audição dos indivíduos envolvidos.

Por isso é importante que tenhamos informações críticas sobre a mídia,

acerca de como conviver com este ambiente sedutor, para isso precisamos aprender

a ler e criticar a mídia e sua cultura, para ressignificar e interpretar o conteúdo

midiático, fortalecendo e aumentando a autonomia, para produzir novas culturas,

pois as novas tecnologias surgiram na última década modificando a vida das

pessoas e seu cotidiano, reestruturando o trabalho e o lazer, mas podem ter efeitos

divergentes.

Kellner (2001) afirma que, foi com a televisão, no pós-guerra, que a mídia se

tornou dominante na cultura, na política e na vida social dos indivíduos, as

tecnologias de entretenimento, como TV a cabo, o videocassete e o computador

disseminaram o poder da cultura interligado à mídia atraindo a audiência das

massas, enquanto a educação tenta usar esses recursos para se tornar mais

sintonizada com a realidade.

A educação para as mídias como nova área do saber vem, sendo

desenvolvida nas escolas desde os anos 1970, em todo o mundo, para formar

pessoas ativas, críticas das tecnologias de informação e comunicação, onde a

sociedade responsabiliza à escola a formação da personalidade do indivíduo

transmitindo o conhecimento acumulado historicamente, como aponta Dorigoni:

No que se refere à área educacional, a mídia esteve sempre

presente na educação formal, porém, não raras vezes, sofreu certa

resistência, em relação a sua aplicação na escola. Porém, o impacto

social causado pela penetração da tecnologia de informação e

comunicação (TIC) nos últimos anos, ocasionou intensas

transformações nas principais instituições sociais. A família foi

invadida pela programação televisiva em seu cotidiano, a Igreja se

rendeu ao caráter de espetáculo da TV, a escola que pressionada

pelo mercado utiliza a informática com um fim em si, e a essas

influências se associa à Internet, com intensa possibilidade de uso.

(DORIGONI, 2007 p. 2)

As tecnologias estão presentes nos setores da vida social, e na escola não é

diferente, pois o impacto destas é um processo social, que atinge as instituições, se

fazendo presentes no interior das casas, na rua, nas salas de aula e outros locais,

com isso as mídias dirigem nossas atividades e muitas vezes condicionam nosso

pensar, agir, sentir e até a relação com as pessoas.

Para Gilsa Dorigoni (2007), já na década de 1950 havia a preocupação com a

tecnificação da sociedade, elemento que se expandia, nos mais variados setores,

havia a preocupação de que os meios de comunicação se tornariam uma escola

paralela, com conteúdos diferentes da convencional, encantando adultos e crianças,

com isso se observou os efeitos e o impacto da tecnologia na educação e na

sociedade, a assim pôde-se perceber que as tecnologias modificam o próprio ser,

interferindo em suas ações.

Conforme Dorigoni (2007), estamos vivendo num período onde novas

discussões a respeito da aprendizagem histórica nos leva a pensar como esta

ocorre realmente, como poderemos tornar a aprendizagem eficiente e ao mesmo

tempo significativa para o estudante. No momento atual da educação buscamos um

ensino renovado, mais acessível, dinâmico e contextualizado com o momento

histórico e cultural atual.

Ao perguntarmo-nos sobre como se aprende e como se ensina, entendemos

que, embora busquemos respostas a estas perguntas, não existem respostas

prontas, receitas a serem seguidas, e sim discussões a cerca destas, buscando

alternativas para que a aprendizagem histórica ocorra realmente pelos estudantes.

O uso de recursos diferenciados em nossa prática pedagógica torna-se um

desafio ao educador, e para este, a atualização nos meios tecnológicos, de

comunicação e informação deve ser uma prática constante. A possibilidade de

utilização de filmes, imagens, músicas e outros instrumentos relacionados com o

conteúdo a ser aplicado, contribuirão para que o processo ensino-aprendizagem se

torne mais significativo, sendo de grande valia para o professor.

As novas tecnologias aplicadas ao ensino fazem parte do cotidiano das

escolas há muito tempo, muitas instituições de ensino estão equipadas com

videocassete, DVD, computadores, aparelhos de música que permitem ao professor

ministrar aulas com recursos pedagógicos mais estimulantes.

Essa modernização proporcionou que o cinema, a música, a imagem, o

documentário ganhasse espaço na sala de aula, como recursos pedagógicos, mas

percebemos que muitos ainda não conseguem instrumentalizar tais recursos,

conforme Lera:

Diante disto, acreditamos que o professor deve ser preparado para

usar os meios de comunicação como instrumentos de ensino. O

conhecimento da técnica, ou seja, da forma de fazer cinema,

associado a uma metodologia de ensino podem auxiliar os docentes

no seu uso como recurso didático. Com isto, o cinema poderá ser

explorado em todos os seus aspectos, indústria, entretenimento, e

assim deixará de ser um veículo apenas de diversão para assumir o

papel de instrumento educativo, que auxilia na construção do saber.

O escopo da introdução dos recursos didáticos na escola é o de criar

meios de o professor divulgar o conhecimento de forma ampla,

despertando o interesse e a curiosidade. (LERA, 2013 p 3).

Quando se refletiu acerca da história como disciplina, introduziram-se novos

recursos pedagógicos, como pintura, literatura e imagens, para melhor compreender

o processo do conhecimento. As metodologias para o ensino de história também

passaram por mudanças, não estão organizadas somente para conhecer o passado,

mas sim, para fazer deste conhecimento uma compreensão do mundo.

Para Josep Lera (2013), ao escolher um filme histórico para trabalhar, o

professor deve considerar que este é um olhar sobre o passado e tendo consciência

disto, ele deve fazer o papel de mediador entre o conhecimento histórico e o seu

aluno para que este possa compreender o que está sendo transmitido pelo filme e

desenvolva o senso crítico sobre a produção do conhecimento a partir da

compreensão da relação passado-presente.

Para Mônica Kornis (1992), o filme é um documento que possibilita a análise

das sociedades, mesmo não fazendo parte do “universo mental do historiador”,

quando privilegiamos o uso de filmes de ficção, é porque julgamos estes vantajosos

para análise histórica, que não estão disponíveis em relação aos cinejornais e aos

documentários.

Os registros como documentários, ficção, cinejornal e outros que são vistos

como representação da história refletem os temas de forma particular, significando

que o filme pode se tornar um documento para pesquisa histórica, quando se

articula com a expressão cinematográfica do contexto social e histórico que foi

produzido.

A relação cinema e história nos leva a repensar a utilização de novos

métodos aplicados ao ensino “o uso da linguagem cinematográfica como

instrumento auxiliar de formação histórica, com a finalidade de integrar, orientar e

estimular a capacidade de análise dos estudantes” (NÓVOA, 2013 p 06).

Hoje vivemos num mundo de imagens, elas são um importante meio de

comunicação, e nós professores, não podemos negar a influência que as mesmas

têm na sociedade e no cotidiano de nossos alunos. Quando utilizamos a imagem

como fonte de pesquisa, permitimos uma proximidade do aluno com seu cotidiano,

com as linguagens e a comunicação da sociedade, para que ele faça leituras críticas

destas e produza sua compreensão histórica em torno do fato analisado,

questionando as representações sociais presentes nele, acerca de temporalidade na

qual ele é produzido e reproduzido.

Conforme aponta Novoa (2013), os documentários também podem ser

considerados representações do passado, mas não podemos partir do princípio que

as abordagens dadas por ele é a única possível para se tratar o tema proposto, ou

que seu conteúdo é uma verdade científica sobre o assunto estudado devendo ser

analisado o tema abordado, a imagem, a música que foi utilizada com o texto que

está sendo narrado. Todos esses elementos fazem parte da subjetividade presente

no filme que deverá ser analisado, relacionando o passado e o presente

Muitas vezes, para o professor de história, a prática de análise de um filme,

tanto como documento ou como discurso do passado, é dificultada pela falta de

preparação teórica ou técnica sobre a relação cinema e história, das novas teorias

sobre comunicação e educação, que consideram a imagem um elemento

indispensável no processo de aprendizagem atual, onde o cinema e o vídeo são

importantes para se compreender a linguagem cinematográfica.

Segundo Alexandre Busco Valim (2012), quando interpretamos um filme, é

importante observar o contexto de produção, para compreender o relacionamento

destes com as estruturas de dominação, as forças de resistência, as posições

ideológicas e as lutas sociais presentes no momento de sua produção.

Quando pensamos no trabalho com filmes e imagens, no ensino de história,

sabemos que não existem receitas prontas, o importante é analisar esses

documentos, reorganizando e dividindo as narrativas de acordo com as questões

essenciais da pesquisa para se familiarizar com a linguagem cinematográfica, e para

tecer as considerações sobre o documento analisado.

O mesmo podemos dizer acerca da música, que para Celia Maria David

(2012), quando privilegiamos a linguagem musical para ensinar história construímos

conhecimento utilizando um recurso didático “motivador e prazeroso”, com

possibilidades variadas de metodologias, mas para isso é necessário que

reconheçamos a música como arte, conhecimento e experiência cotidiana na vida

das pessoas em cada época que foi composta, pois a música e o homem se

identificam no tempo e no espaço, respeitando as características específicas do seu

contexto, guardando a propriedade do veículo de comunicação e do relacionamento.

Para David (2012), quando utilizamos diferentes linguagens no ensino de

história, reconhecemos a escola como “espaço social”, reelaborando o

conhecimento produzido pelo historiador, agregando as representações sociais do

mundo e da história que é fruto da experiência vivida e das fontes de informação,

tanto do professor como do aluno. Cabe ao professor introduzir o aluno para que ele

faça a leitura das fontes a partir de sua realidade e do tempo e espaço ao qual está

inserido, identificando a linguagem utilizada nos documentos, buscando despertar o

senso crítico do aluno para que ele compreenda a realidade com dimensão histórica

destacando “semelhanças, diferenças e resistências”, que o leve ao reconhecimento

de sujeito da história podendo se posicionar.

Segundo David (2012), podemos entender que a história é um processo

elaborado pelo homem de todos os tempos e lugares, configurando os grupos e a

sociedade pelas suas ações e experiências, que ao estudarmos uma realidade

buscamos sua reconstituição através de testemunhas dessa realidade. A

experiência de vida é o “motor” da história e devemos destacar o processo de

recuperação de leitura dessas experiências no trabalho de historiador e professor de

história, colocando também o aluno e sua vivência como construtores do processo

histórico.

3. MATERIAL DIDÁTICO:

O material didático teve como público alvo os professores da disciplina de

História da Rede Pública de Ensino e foi desenvolvido no Colégio Estadual

Presidente Castelo Branco, em Toledo-PR, onde realizou-se um estudo para

compreender como as mídias influenciam o cotidiano dos cidadãos e o nosso

trabalho enquanto professores, especificamente na construção do conhecimento

histórico, formulando uma proposta de trabalho com atividades que foram

preparadas e aplicadas nos encontros propostos aos professores.

Na Semana Pedagógica, apresentamos a proposta de trabalho à comunidade

escolar para que os interessados em participar dos encontros tomassem

conhecimento do desenvolvimento dos trabalhos. Os mesmos foram desenvolvidos

no formato de curso de extensão, onde formamos três grupos de professores, cada

grupo com três encontros de quatro horas, e atividades para realizar na escola de

atuação, nos intervalos dos encontros, que ocorreram semanalmente.

No primeiro encontro apresentamos e analisamos o projeto PDE com os

professores participantes. Aqui discutimos os objetivos e a forma como

abordaríamos a cultura da mídia a partir da leitura e discussão do texto de Douglas

Kellner3, “A Cultura da Mídia” e o texto de David Harvey4,“ Condição Pós-Moderna”.

Após a reflexão do material acima realizamos estudos sobre o cinema em

sala de aula segundo Monica Almeida Kornis com o texto “História e Cinema – Um

debate Metodológico” e Marcos Napolitano com o texto “Como Usar o Cinema na

Sala de Aula”, assistimos trechos dos filmes Quanto Vale ou é por Quilo?5 e Bob

Esponja – No Mundo do Trabalho6 (SpongeBob SquarePants 2006), analisamos e

refletimos o que estes trechos apresentam, para estudar com nosso aluno o mundo

3 KELLNER, Douglas. A Cultura da Mídia – Estudos culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno; tradução de Ivone Castilho Benedetti. Bauru, SP: EDUSC, 2001.

4 HARVEY, David. Condição Pós-Moderna, Uma Pesquisa sobre as Origens da Mudança Cultural; tradução de Adail Ubirajara Sobral e Maria Estela Gonçalves. Ed Loyola, São Paulo, Brasil, 1999.

5 Disponível em< www.youtube.com/watch?v=fZhaZdCqrHg> Acesso em: 10 out. 2014.

6 Disponível em< www.http://youtu.be/FzrevkoiINE> Acesso em: 02 out. 2014.

do trabalho e relações sociais apresentadas neste material, utilizando como

conteúdo da disciplina de História, pois são filmes mais próximos à realidade do

aluno e de categorias diferentes

Encaminhamos atividades a serem realizadas no espaço escolar, onde os

professores analisaram as mídias presentes em sua escola, relacionando-as com o

que discutimos nos encontros presenciais, após isso, selecionaram trechos de

filmes, documentários, imagens e músicas para trabalhar com os alunos no decorrer

de suas aulas.

No segundo encontro fizemos apresentação e análise critica de imagens e

documentários, possíveis de ser trabalhados como fonte histórica no ensino

fundamental e médio utilizando os documentários Carne e Osso7, que apresenta a

realidade de muitos trabalhadores brasileiros conhecida por uma pequena parcela

da população e relacionando com o cotidiano de muitas famílias, das quais nossos

alunos fazem parte. Linha de Montagem8 que apresenta a organização dos

brasileiros na luta por seus direitos, onde é possível relacionar com os

acontecimentos da história em várias épocas. Analisamos também um trecho do

filme Transformers:9 (Transformers 2014), “relatando um poderoso e engenhoso

grupo de cientistas e empresários, na busca por aprender com as invasões

passadas dos Transformers, acaba ultrapassando as barreiras da tecnologia para

além do seu controle. Ao mesmo tempo, uma poderosa ameaça Transformers

coloca a Terra em sua mira. Começa a épica aventura e a batalha entre o bem e o

mal, a liberdade e a escravidão”, analisando e refletindo sobre a utilização desses

materiais como documento histórico para trabalhar as transformações da sociedade.

Realizamos uma reflexão sobre a música e o ensino de história, segundo o

texto de Celia Maria David, “Música e Ensino de História: Uma Proposta”, a seguir

reproduzimos as músicas, Música e Trabalho: É uma Partida de Futebol, do Skank10,

Trabalhador Brasileiro11, do Seu Jorge e Pimenta de Mayck & Lyan12 analisando a

7 Disponível em< www.youtube.com/watch?v=imKw_sbfaf0> Acesso em: 04 out. 2014.

8 Disponível em< http://youtu.be/JTAehHjFy6s> Acesso em: 04 out. 2014.

9 Disponível em< http://youtu.be/Bnzn4jgbqrA> Acesso em: 18 out. 2014.

10 Disponível em< http://youtu.be/-tNdX6_4ros> Acesso em: 25 set. 2014

11 Disponível em< http://youtu.be/LVrqAtVVUDw> Acesso em: 27 set.2014

possível utilização das mesmas como documento histórico quando realizamos

estudos sobre a classe trabalhadora em diferentes épocas e locais.

Analisamos algumas imagens referentes a propagandas relacionando-as com

o momento histórico do período em que foram lançadas para compreender o

objetivo destas quando postadas pela mídia, selecionamos propaganda de cigarro

onde aparece imagem de mulher, sucesso, espírito de aventura, vigor e juventude

relacionados ao hábito de fumar13, analisar a imagem da mulher, da cerveja e a

publicidade na propaganda de cerveja14, imagem para analisar a compulsão por

comprar leva o indivíduo a não pensar por ele mesmo e o torna facilmente

manipulável15 e imagem sobre as regras de beleza em uma sociedade em que os

padrões de consumo ditam normas de beleza, atitudes e pensamento e as

estratégicas de marketing definem o que vem a ser "belo", "saudável" e "correto", as

pessoas tendem a perder a capacidade de "perceber a realidade", escondida por

traz da fantasia, conduzidas pelo que é ditado pela norma midiática16 .

No terceiro encontro realizamos a apresentação das atividades realizadas

pelos professores no espaço escolar, utilizando as mídias propostas durante o

curso, ocorrendo em forma de oficinas, trocando experiências e refletindo sobre as

mídias apresentadas e sua utilização enquanto documento histórico, no ensino

fundamental e médio.

Os trabalhos realizados nos encontros presenciais nos levaram a

compreender como os meios audiovisuais (cinema, música, imagens,

12 Disponível em<http://youtu.be/UZL5qxrv8AM>Acesso em: 18 nov.2014.

13 Disponível em<

http://1.bp.blogspot.com/CzYWISNdu7g/TsGdB2I24DI/AAAAAAAAP5E/hERlldU73Qw/s1600/propa

gandas%2Bde%2Bcigarros%2B-%2Banuncios%2B> Acesso em: 30 out. 2014

14 Disponível em< http://www.bomdecopo.com.br/uploads/posts/mulher5.jpg > Acesso em: 01 nov.

2014

15 Disponível em<

http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=370&evento=3> Acesso

em: 10 out. 2014

16 Disponível

em<http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=470&evento=3> Acesso

em: 01 nov. 2014.

documentários) podem ser utilizados para trabalhar a construção do conhecimento

histórico, relacionando-os, de forma crítica, com o tempo presente como documento,

com objetivo de levar estas para sala de aula, como possibilidade de tornar as aulas

mais participativas promovendo a aprendizagem e compreensão dos conteúdos

propostos.

Os professores realizaram atividades no espaço escolar com trechos de

filmes e imagens relacionando com o tempo presente, onde trabalharam com

trechos do filme “Quanto Vale ou É por Quilo?” analisando o antigo comércio de

escravos e a exploração atual da miséria pelo marketing social, fazendo uma análise

crítica de algumas ONGs que captam dinheiro de empresas privadas e públicas e

não destinam esses recursos conforme a necessidade da população.

Analisaram com os alunos trechos do “Bob Esponja no Mundo do Trabalho”,

por meio do qual foi possível perceber, as condições de disputa e concorrência

dentro da nossa sociedade e no decorrer dos acontecimentos da história, onde a

população não está em primeiro plano para os detentores do poder.

Analisaram também o documentário “Carne e Osso”, para compreender o

mundo do trabalho dentro do capitalismo, que é a sociedade onde vivemos,

analisando o cotidiano dos trabalhadores nos frigoríficos fazendo contraponto com o

trabalho em outra áreas, e com os depoimentos retratados no vídeo, mostram uma

realidade que muitos nem sabem que existe, como a carga horária excessiva de

trabalho e os problemas seríssimos para a vida do ser humano que ocorrem a partir

de carga excessiva e repetitiva de trabalho

Após o desenvolvimento do Projeto de Implementação na Escola, podemos

afirmar que o mesmo alcançou os objetivos propostos, ocorrendo a socialização das

atividades de implementação com os professores da comunidade escolar, para

compreender que abordando os aspectos do filme, das imagens e da música, junto

com nossos alunos possibilitamos uma reflexão de como o cinema e a música

representam o passado, com olhar mais crítico e investigativo com relação aos

filmes trabalhados, compreendendo que estes representam uma versão sobre um

determinado fato e não a única verdade. Com certeza este é um desafio para nós

educadores quando utilizamos cinema, imagem e música como fonte histórica de

forma mais ampla, extraindo destes recursos valores cultural, social, ideológica e as

mensagens explicitas e implícitas que estão presentes nestes.

4.TRABALHO EM REDE:

O GTR- Grupo de Trabalho em Rede, na modalidade à distância, foi uma

atividade do PDE, com o objetivo socializar o Projeto de Intervenção Pedagógica

com outros professores, possibilitando a troca de experiências, dos fundamentos

teóricos relacionados à temática proposta no trabalho com os professores, por meio

de suporte virtual e tecnológico no ambiente e escola e dos resultados e percepções

sobre o mesmo. A participação dos cursistas, que são professores da rede estadual,

foi positiva, interessante e gratificante.

Nas atividades do primeiro módulo da implementação os cursistas

demonstraram interesse pelo projeto, considerando o tema relevante e abrangente,

e levando em conta as possibilidades de ser trabalhado pelos professores das

escolas. Afirmando ser um tema de interesse dos professores e da comunidade

local, entendendo como usar a tecnologia para enriquecer nosso trabalho,

produzindo conteúdos e não somente consumindo os produtos oferecidos pela

sociedade informacional.

No segundo módulo os cursistas expuseram suas opiniões a respeito da

produção Didático-Pedagógica, e a relevância do tema para a realidade escolar,

contribuindo com o trabalho proposto. Relatando suas experiências com trabalhos

dentro do tema: O uso da tecnologia no ensino de história e sua contribuição para

despertar o interesse dos alunos em relacionar os fatos históricos com o tempo

presente, contribuindo com sugestões de atividades enriquecendo o projeto.

O terceiro módulo possibilitou aos cursistas contribuir com o trabalho da

professora tutora, fazendo algumas observações dos trabalhos já realizados com

alunos, utilizando filmes, imagens e músicas e apontando também, as ações

relacionadas com o tema que estão desenvolvendo em suas escolas.

A participação dos professores cursistas foi muito gratificante e enriqueceu o

trabalho com opiniões coerentes com a realidade de nossas escolas, juntamente

com a experiência e conhecimento destes sobre o tema, houveram cursistas do

GTR, que já haviam desenvolvido projetos ou ações relacionadas às descritas por

mim nesta proposta de implementação.

5 – CONCLUSÃO:

Com as pesquisas teóricas e as atividades realizadas pelos professores

percebemos que nossa sociedade está contornada por imagens e estas são

responsáveis por uma grande parte da memória coletiva da humanidade. Por isso,

como educadores, temos a função de buscar meios para utilizar estes recursos na

pesquisa histórica em sala de aula, problematizando junto aos alunos uma fonte de

pesquisa para que possamos construir o conhecimento histórico descobrindo,

através da análise do que está retratado na imagem, conhecimentos que não estão

“visíveis”.

Percebemos que os avanços tecnológicos criam novas possibilidades para a

livre informação, por outro lado as empresas e o governo ampliam seu controle

sobre os meios de comunicação e se apropriam destas novas ferramentas para seu

controle e lucro, à custa da democracia e da livre expressão e para formarmos

cidadãos conscientes precisamos compreender criticamente a sociedade e os

fatores que a integrou e construiu, este é nosso desafio enquanto educadores.

Como disciplina curricular, a História e o seu ensino crítico, são um dos

elementos essenciais para formar a consciência histórica de nosso aluno, para que

ele seja capaz de viver na sociedade em que está inserido, não sendo alienadas as

transformações desta.

Vivemos numa época onde, a imagem chega de maneira rápida e

inovadora, e sua manipulação para construção do conhecimento histórico requer

conhecimentos que vão além da simples motivação ou ilustração em sala de aula,

requer direcionamento metodológico específico para leitura e interpretação crítica de

acordo com cada fonte utilizada.

Com os estudos realizados entendemos que o nosso aluno está inserido no

mundo das mídias, onde as imagens permeiam a aprendizagem histórica, sendo

assim, é necessário inseri-las na sala de aula promovendo debates e estimulando

no aluno a capacidade perceptivo visual, preparando-os para interagir com as mídias

de forma crítica e consciente, para que sejam sujeitos capazes de atuar com

autonomia na sociedade, sendo que, enquanto sujeito do conhecimento, ele se

posicione e questione o mundo em que vive e seja consciente de seus atos.

6. REFERÊNCIAS:

BLOCH, Marc Leopold Benjamin, 1886 – 1944. Apologia da história, ou, O oficio

do historiador / Marc Bloch; prefácio, Jacques Le Goff; apresentação à edição

brasileira, Lilia Moritz Schwarcz; tradução Andrpe Telles. – Rio de Janeiro: Jorge

Zahar Ed., 2001.

CHESNEAUX, Jean. Devemos fazer tábula rasa do passado? Sobre a história e

os historiadores. Tradução de Marcos A. da Silva. Editora Ática S.A. São Paulo

1995.

DAVID, Célia Maria. Musica e Ensino de História: Uma Proposta. Disponível em <

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VALIM, Alexandre Busco História e Cinema Novos Domínios da História,

CARDOSO Ciro Flamarion e VAINFAS Ronaldo (orgs.) Rio de Janeiro: Elsevier,

2012.

7. FILMOGRAFIA

Bob Esponja: No Trabalho (Spongebob Squarepants) Direção: Stephen Hillenburg.

Roteiro: Stephen Hillenburg. Produzido Por Stephen Hillenburg E Paul Tibbit.

Distribuição: Paramount Pictures. Eua. 2006. Dvd (91 Minutos)

CARNE e Osso. Diretor: Caio Cavechini, Carlos Juliano Barros. Roteiro: Caio

Cavechini. Produzido por Maurício Hashizume. Dist. Reporter Brasil. Brasil, 2011.

Disponível em: < www.youtube.com/watch?v=imKw_sbfaf0 > Acesso em: 04 out.

2014.

LINHA de Montagem. Direção: Renato Tapajós. Roteiro: Renato Tapajós. Produção:

Renato Tapajós. Dist: Cinemateca Brasileira. Brasil, 1980. Disponível em:

<www.youtube.com/watch?v=svhlGcSDmU>Acesso em: 04 out. 2014.

QUANTO Vale ou é por Quilo. Direção: Sergio Bianchi. Roteiro: Sérgio Bianchi,

Eduardo Benain e Newton Canitto. Produção: Sergio Bianchi. Brasil, 2005. DVD (110

min).

TRANSFORMERS: (Transformers). Direção: Michael Bay. Roteiro: Roberto Orci.

Produção: Michael Bay e Ian Bryce. Dist: Paramount / Dreamworks. EUA, 2007.

DVD (144 min)

8.MÚSICAS

REIS, Nando; ROSA, Samuel. É uma partida de futebol In:Samba Poconé.

Interprete: Skank. São Paulo: Sony Music/Chaos, 1995. 1 CD.

JORGE, Seu. Trabalhador. In: América Brasil. Interprete: Seu Jorge. São Paulo:

EMI Records, 2007. 1 CD

MEIRA, Mayck; MEIRA, Lyan. Pimenta In: Os mió. Interpretes: Mayck & Lyan. São

Paulo: EMI Music, 2014. 1 CD

9. CRÉDITOS DE IMAGENS

Consumismo desenfreado:

Disponível:

<http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=370&evento

=3> Acesso 10 out. 2014.

Ditadura da beleza e os padrões impostos pela sociedade do consumo:

Disponível:<http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=4

70&evento=3> Acesso 01 nov. 2014

Propaganda de Cigarro.Hollywood e o sucesso do homem fumante: Disponível

em:<https://www.google.com.br/search?hl=ptBR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&

biw=1366&bih=657&q=propagada+cigarro>. Acesso em 30 out. 2014.

Propaganda de Cerveja Skol e a imagem da mulher na sociedade: Disponível em:<

Cervejahttps://www.google.com.br/search?hl=ptBR&site=imghp&tbm=isch&source=h

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