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Nosferatus e Caligaris Cinema alemão e escandinavo

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Nosferatus e CaligarisCinema alemão e

escandinavo

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Mundo em transformação

• A 1ª Guerra Mundial: as cinematografias se isolam; os europeus se boicotam; os EUA atingem a supremacia.

• A República de Weimar (1919-1933): decadência e nacionalismo; fantasia, delírio, reconstrução do irracionalismo alemão. Tratado de Versalhes limitou o ressurgimento econômico da nação.

• Surgimento da UFA, um truste cinematográfico primeiramente estatal, e depois privado. Inspirada em Hollywood, foi criada por magnatas dos bancos, da química e dos armamentos.

• Isolamento político estimulou uma cultura da Europa Central: Dinamarca, Viena, Praga, Varsóvia, Budapeste.

• Asta Nielsen e Pola Negri.

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As escolas escandinavas (I) - Dinamarca

• Rica tradição teatral: cenógrafos, diretores, atores, roteiristas.

• Nordisk: antes da 1ª Guerra, era a segunda maior produtora do mundo.

• Urban Gad e Asta Nielsen.• As vamps, os beijos, a ousadia, a lascívia.• Stellan Rye, Paul Wegener: influência

sobre os cinemas alemão, sueco e russo.• Carl Th. Dreyer.

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Asta Nielsen e Pola Negri

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As escolas escandinavas (II) - Suécia

• Proeminência entre 1917 e 1923 graças à neutralidade na Guerra.

• Svenska.• Victor Sjöström: um dos

fundadores do verdadeiro cinema de arte, grande ator de diretor da tela silenciosa sueca. Influenciou profundamente Ingmar Bergman.

• Mauritz Stiller: elegante, poético, sofisticado, responsável pela estreia de Greta Garbo.

• Benjamin Christensen: temas ousados.

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EXPRESSIONISMO (I)

• O idealismo alemão.• Fim do século: decandestismo, conflitos

étnicos, pessimismo, belicismo.• Blaue Reiter (cavaleiro azul):

Kandinsky, Franz Mark, Auguste Macke, Paul Klee.

• Uso extático da cor e distorção emotiva da forma: “contato direto com o gerador da obra” (Cardinal).

• Impressionismo: pecepção; Expressionismo: emoção.

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Wassily Kandinsky

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Franz Marc

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Auguste Macke

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Paul Klee

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Edvard Munch

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EXPRESSIONISMO (II)

• Ancestralidade do irracional.• “Novo homem” sobre o processo civilizatório

(Nietzsche; Kracauer).• Submersão em pulsões pré-cognitivas.• Arte gutural, essencialista, buscando unidade

cósmica.• Romantismo destituído de historicismo (no

início) e de nacionalismo.• Dramaturgia do “eu”.• Tempo e espaço abstratizados: expressão

presentificadora das forças e elementos da mente.

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EXPRESSIONISMO (III – cinema)

• Caligarismo: alteração plástica da realidade. Personagens e cenários se fundem.

• Sofisticação posterior: cenários elaborados, locações sombrias, efeitos de luz e sombra, movimentos de câmera com efeito psicológico.

• Mundo imaginário, fantástico: desdobramento demoníaco (Eisner).

• UFA procura investir em “arte”.• Ruptura com a narrativa clássica (“narrativa

plástica”), narrativa-moldura, sugestão e espaço offscreen (ambiguidade).

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Carl Mayer

Homem fundamental tanto para o expressionismo cinematográfico quanto para o kammerspiel, Mayer é provavelmente o mais importante roteirista do cinema alemão, tendo concebido obras-primas como “O Gabinete do Dr. Caligari”, “Raslkolnikov”, “A Última Gargalhada” e “Aurora”.

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O Gabinete do Dr. Caligari

“Menos que um homem, Caligari é um estado de alma, uma mistura de crueldade e inquietação, de fantástico e frenético”. (Georges Sadoul)

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Emil Jannings

O mais importante ator alemão do cinema mudo. Atuou desde o clássico Du Barry de Lubitsch até obras-primas de Murnau, como “Fausto”, “Tartufo” e “A Última Gargalhada”. Um de seus mais célebres papéis foi em “O Anjo Azul”, já sonoro, de Sternberg, onde contracena com Marlene Dietrich.

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Fritz Lang

Lendário, produziu uma boa quantidade de obras-primas do cinema mudo: “Metropolis”, “A Morte Cansada”, a série “Dr. Mabuse”, “Os Nibelungos”; além de ter feito sucesso com filmes falados, na Alemanha (“M, o Vampiro de Dusseldorf”) e em Hollywood (“Os Corruptos”).

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A Morte Cansada

• “Quando vi A Morte Cansada, eu percebi de imediato que queria fazer filmes. Não

eram aquelas três histórias que me tocaram tanto, mas sim o episódio

principal – a chegada daquele home de chapéu preto (que logo reconheci como a Morte) na vila flamenca – e a cena do cemitério. Algo nesse filme despertou alguma coisa profunda em mim; ele

clarificou minha vida e minha visão do mundo” – Luis Buñuel.

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Werner Krauss

Krauss, antes mesmo de se eternizar como o Dr. Caligari, já era reconhecidamente um dos maiores atores alemães. Foi duramente criticado após a 2ª Guerra por ter feito filme de propaganda nazista, o que gerou inevitáveis comparações com seu personagem mais famoso.

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F.W. Murnau

Considerado por muitos o maior diretor alemão de todos os tempos, Murnau é mais conhecido por “Nosferatu”, mas sua carreira possui uma longa lista de obras-primas, onde transcende os preceitos rasos do expressionismo e eleva a arte cinematográfica a patamares que não existiam antes.

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Conrad Veidt

Veidt, um ator de grande versatilidade, acabou ficando muito famoso por dois personagens excêntricos, o Cesare de “Caligari” e o “Homem que Ri” de Paul Leni. Fez carreira em Hollywood.

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Paul LeniMorto tragicamente ainda em 1929, Leni foi muito importante para a institucionalização do filme de horror, tanto na Alemanha (“O Gabinete das Figuras de Cera”) quanto em Holywood, onde trouxe conhecimento de cenografia que resultaria em clássicos como “Drácula” e “Frankenstein”, nos anos 30.

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Carl Theodor Dreyer

• “Somente o realismo psicológico é arte”.

• “Verdade filtrada pela mente do artista”.

• Joana D’Arc: “um hino ao julgamento da alma de uma vida”.