modelos de neurônios da medula espinhal andré fabio kohn laboratório de engenharia biomédica,...
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Modelos de Neurônios da Medula Espinhal
André Fabio Kohn
Laboratório de Engenharia Biomédica, EPUSP e Programa de
Neurociência, IPUSP
Dois grupos que eu oriento em pesquisas envolvendo a medula espinhal
-Grupo I: mecanismos da circuitaria neural da medula espinhal humana no controle postural e em outras tarefas motoras. [biólogos e fisioterapeutas]
-Grupo II: modelagem matemática de neurônios e sinapses e desenvolvimento de um simulador da rede neuronal da medula espinhal associada ao controle motor. [físicos e engenheiros]
Pesquisadores atuais e recentes no grupo II
• Marcus Fraga Vieira (Eng. Eletr. + Ed. Fís.)
• Rogério Rodrigues Lima Cisi (Eng. Comput.)
• Daniel Gustavo Goroso (Físico)
• Lucas Sylvestre Mahl (Físico)
• Carlos A. Mugruza Vassallo (Eng. Eletr.)
Córtex Cerebral
Tálamo
Cerebelo
Núcleos da Base
Retina
Tronco Cerebral
Medula Espinhal
Receptores Sensoriais Músculos
Contração Muscular Movimento
Canais Semicirc.
Subsistemas envolvidos em controle motor
R. Lent
Eletromiograma (EMG) de baixa contração muscular reflete disparos de
motoneurônios na medula espinhal
Histograma de intervalo entre disparos de motoneurônio do músculo sóleus do autor. Captação com eletrodo de agulha inserido no músculo.
Este tipo de resultado experimental em humanos é útil na extensão de modelos matemáticos de motoneurônios a humanos
• Esses dados sugerem que uma possível modelagem matemática de um motoneurônio deveria ser estocástica.
• O modelo deve gerar disparos (i) por meio de um mecanismo explícito de cruzamento por limiar ou (ii) as equações diferenciais não lineares embutem o mecanismos de disparo do potencial de ação.
• Um pequeno esquema mostrado a seguir resume o problema.
Modelo matemático: equações diferenciais não lineares com processos aleatórios de entrada gerando processo pontual de saída
F. Netter (CD-ROM)
EMG de contração razoável indica atividade de uma população de
motoneurônios
Neurônios da medula espinhal
R.E. Burke, 2003
Algumas conexões entre neurônios da medula
Estudo de inibição recíproca em humanos
Há muita discussão na literatura sobre a interpretação de resultados de experimentos desse tipo em humanos
SIMULADOR DA MEDULA ESPINHAL
Para poder interpretar melhor os resultados de experimentos em humanos e para entender
melhor como o sistema nervoso efetua o controle de movimentos em indivíduos sãos e
em pacientes neurológicos
Modelagem dos motoneurônios com 1 compartimento [R.R.L.Cisi e A.F. Kohn]
• Motoneurônio dispara um potencial de ação quando V excede o valor de limiar de disparo. Só levamos em conta o corpo celular
Três classes principais de motoneurônios
As correntes
A condutância de potássio
Condutância do potássio
A condutância sináptica
Geração de corrente de ruído sináptico
Kohn, 97
Validação do modelo
• A partir de dados da literatura experimental de gatos (e humanos)
• Não usamos otimização de parâmetros automática, embora em certos casos se fez um grande número de simulações, utilizando-se valores de parâmetros numa gama fisiológica
Hiperpolarização pós disparo (AHP) de MN tipo S
Curva f x I para MN tipo S
Corrente senoidal e modulação FM dos disparos
Módulo da resposta em frequência: corrente senoidal de entrada e modulação em
frequência da taxa de disparo.
Localização em colunas dos motoneurônios
R Lent
Distribuição de motoneurônios e células de Renshaw
Estrutura do simulador hoje
Módulo de Configuração de Parâmetros
Módulo de Análise de Resultados
Histograma dos intervalos entre PAs de um MN FR com entrada sináptica córtico-motora
a 500 pps
Modelagem mais realista deve levar em conta:
• Os dendritos• As dimensões do corpo celular e do
segmento inicial• As distribuições e as dinâmicas conhecidas
dos canais iônicos ao longo do neurônio• Ampla gama de comportamentos • As distribuições dos contatos sinápticos ao
longo do neurônio
Esquema de neurônio e conexões
R. Lent
Dendritos e espinhos dendríticos
Modelo equivalente de motoneurônio
Modelagem compartimental [M.F. Vieira e A.F. Kohn]
Distribuição de entradas sinápticas
Equações de modelo compartimental
Respostas do modelo a rampas de corrente
Resposta em frequência (módulo em dB)
Resposta em frequência (fase)
Modelagem compartimental com inclusão de potencial platô [L.S. Mahl e A.F. Kohn]
É um potencial de membrana mais despolarizado que o potencial de repouso da membrana.
É iniciado e mantido por uma corrente de influxo persistente de carga positiva, após despolarização de amplitude e duração suficientes.
Uma vez ativado, pode disparar potenciais de ação mesmo na ausência de excitação sináptica contínua.
Pode causar comportamento biestável no motoneurônio.
CORRENTE DE INFLUXO PERSISTENTE
Em parte é originada nos dendritos.
Surge com a presença de
Pode causar comportamento biestável.
Carrega íons Ca2+ e/ou Na2+.
Relação I-V hipotética.
BIESTABILIDADE DE MOTONEURÔNIOS
(a) Motoneurônios totalmente biestáveis : mantêm disparos sem a presença de excitação sináptica contínua por diversos segundos ( >3s). [Relevância no controle postural]
células de baixa condutância de entrada e baixa velocidade de condução axonal (Tipo S).
(b) Motoneurônios parcialmente biestáveis: mantêm disparos sem a presença de excitação sináptica contínua por poucos segundos (<3s) .
células de alta condutância de entrada e alta velocidade de condução axonal (Tipos FR e FF).
CONCENTRAÇÃO INTRACELULAR DE Ca2+
trrtrtrrttr CarrCarCarrrr
tDCa ,
2,
2,
22,
2 2..
.
i
D2
P2
DP_difusão
]Ca[]Ca[
id
imaxCa
]Ca[K
]Ca[V.A.FzATPICa
2
2
dt
Cad
dt
B.Cad
dt
Cad
dt
Bd
B.Ca.fB.Ca.bdt
Cad
2
2
22
Difusão
Soma
Dendritos
Bomba de extrusão
Tamponamento
D = constante de difusão do cálcio no meio intracelular [m2/ms] r = distância ao centro da esfera [m]r = espessura de cada camada [m]t = passo de integração [ms]
= fluxo de Ca2+ entre dois volumes devido a difusão [mM/ms]P = refere-se ao compartimento proximalD= refere-re ao compartimento distal = tempo de difusão entre os volumes proximal e distal [ms]
zCa = valência do cálcio (+2)
F = constante de FaradayA = área da membrana do soma [cm2] Vmax = 0,2 nmol.cm-2.s-1
Kd = 0,65 M
f = constante de ligação [mM-1.ms-1]b =constante de dissociação [ms-1][B]= concentração total de substância tampão [mM][Ca.B]= concentração do cálcio tamponado [mM]
(Soma e dendritos)
(Soma e dendritos)
Entrada de Ca2+
Soma: Canais de Ca2+ tipo NDendritos: Canais de Ca2+ tipo L
RELAÇÃO I-V
-10 0 10 20 30 40
-10
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
Cor
rent
e [n
A]
Potencial de membrana no soma [mV]
Lee e Heckman (1998) Modelo Início [mV] 19,3 ± 4,5 - (12 – 25) 14,5 Final [mV] 10,0 ± 5,3 - (0 - 18) 8,2 Pico Inicial [nA] 18,9 ± 7,8 20,3 Pico Sustentado [nA] 11,9 ± 14,7 19,9
BIESTABILIDADE
-500 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
-20
0
0
20
40
60
80
Tempo [ms]
corr
ente
[nA
]
Atividade dos Ia
Pot
enci
al d
e m
embr
ana
[mV
]
Comportamento biestável do modelo de motoneurônio. Após 1 segundo de atividade sináptica excitatória dos aferentes Ia, o motoneurônio continua a disparar mesmo na ausência de atividade sináptica e de corrente injetada. Após aplicação de um pulso de corrente hiperpolarizante o motoneurônio retorna ao potencial de repouso.
Continuação das pesquisas
• Modelagem do sinal elétrico muscular (EMG)• Modelagem das dinâmicas de sinapses• Modelagem de interneurônios• Modelagem de receptores sensoriais musculares
(fuso neuromuscular e órgão tendinoso de Golgi)• Modelagem da ativação de nervo por estímulo
elétrico na superfície da pele• Mimetismo de exames neurológicos
Obrigado pela atenção
André Fabio Kohn
• Laboratório de Engenharia Biomédica, EPUSP : www.leb.usp.br
• Programa de Neurociência, IPUSP http://www.usp.br/ip/
Abordagens para o Estudo do Controle Motor Humano São ou Patológico
• Eletrofisiológica (captação; estimulação elétrica ou magnética)
• Mecânica (torques, forças, ângulos articulares, etc)• Imagem Funcional • Química • Análise de Sinais • Teórica • Modelagem Matemática e Simulação Computacional