mente humana 4

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PSICOLOGIA 2011 Conação Emoção Cognição A Mente Humana Jorge Barbosa, 2011

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Page 1: Mente humana 4

PSICOLOGIA  2011      

Conação

Emoção

Cognição A  Mente  Humana  

Jorge  Barbosa,  2011  

Page 2: Mente humana 4

Mente  Humana  

Page 3: Mente humana 4

MENTE HUMANA

PROCESSOS COGNITIVOS

PROCESSOS EMOCIONASPROCESSOS CONATIVOS

Aprendizagem

Memória

Inteligência

Percepção

Motivação ou Conduta Motivada

Perspectiva de Maslow

Perspectiva de Freud

Emoções

Sentimentos

Afectos

Temas  

Page 4: Mente humana 4

APRENDIZAGEM  SOCIAL  

APRENDIZAGEM  POR  OBSERVAÇÃO  

E  IMITAÇÃO  

JORGE  BARBOSA,  2011  

Page 5: Mente humana 4

APRENDIZAGEM  SOCIAL  

A  FAMOSA  EXPERIÊNCIA  DE  BANDURA  

Page 6: Mente humana 4

Introdução  

APRENDIZAGEM  SOCIAL  

1.   Acontece  quando  o  comportamento  de  um  indivíduo  é  influenciado  ou  condicionado  pelo  comportamento  de  outros  (modelos)  

2.   Acontece  em  contexto  social.  

Aprendizagem  Social  -­‐  Modalidade  de  Aprendizagem  que:  

Page 7: Mente humana 4

APRENDIZAGEM  SOCIAL  

•  Introdução  

As  experiências  de  Skinner  e,  antes  dele,  as  de  Thorndike:  1.   Levantam  o  problema  de  se  saber  

como  é  que,  por  processos  de  tentaSvas  e  erros,  os  animais  conseguiam  aprender  tarefas  complexas.  

2.   Outros  autores,  como  Kohler,  contestam  a  explicação  comportamentalista  (behaviorista).  

Page 8: Mente humana 4

APRENDIZAGEM  SOCIAL  

•  Introdução  

1.   A  nossa  versão  da  aprendizagem  não  pode  basear-­‐se  unicamente  em  descrições  de  comportamentos  e  mudanças  de  comportamentos.  

2.   Temos  de  fazer  referência  à  cognição  que  ocorre  na  mente  do  animal,  para  explicar  muitos  fenómenos  de  aprendizagem  

Uma  certa  representação  da  organização  do  espaço  parece  necessária,  para  que  o  animal  seja  capaz  de  não  cometer  sistemaScamente  os  mesmo  erros  num  labirinto,  por  exemplo.  

Mapa  CogniSvo  é  um  conceito  que  define  a  representação  mental  da  organização  do  espaço.  

Page 9: Mente humana 4

APRENDIZAGEM  SOCIAL  

•  Experiência  de  Albert  Bandura  

1.   Bandura  mostrou  a  crianças  com  quatro  anos  um  filme  em  que  um  adulto  esmurrava  e  pontapeava  um  boneco  insuflável.  

2.   Eram  66  crianças,  divididas  em  três  grupos  de  22  crianças  cada.  

Imitação  de  Comportamentos  Agressivos  

Page 10: Mente humana 4

APRENDIZAGEM  SOCIAL  

•  Experiência  de  Albert  Bandura  

A  história  do  filme  era  simples:  1.   Um  adulto  encaminhava-­‐se  na  

direcção  de  um  boneco  insuflável,  e  

2.   Ordenava-­‐lhe  que  saísse  da  sua  frente.    

Obviamente,  o  boneco  não  se  mexia:  3.   O  adulto  agredia  violentamente  o  

boneco.  

Imitação  de  Comportamentos  Agressivos  

Page 11: Mente humana 4

APRENDIZAGEM  SOCIAL  •  Experiência  de  Albert  Bandura  

Sujeitos  da  Experiência  A.   O  grupo  A  de  crianças  assisSa  a  um  

final  do  filme  em  que  o  adulto  era  elogiado  por  outro  adulto  –  Modelo  recompensado  

B.   O  grupo  B  assisSa  a  um  final  em  que  o  adulto  era  asperamente  censurado  por  outro  adulto  -­‐  Modelo  punido.    

C.   O  grupo  C  assisSa  a  um  final  em  que  nada  acontecia  –  Condição  neutra.  

Imitação  de  Comportamentos  Agressivos  

Page 12: Mente humana 4

APRENDIZAGEM  SOCIAL  •  Experiência  de  Albert  Bandura  

Depois  da  exibição  do  filme,  todas  as  crianças  brincaram  com  o  boneco  insuflável  e  outros  brinquedos:  

A.   As  crianças  do  grupo  A  mostraram  maior  índice  de  agressividade  do  que  as  outras.  

B.   Todas  as  crianças  Snham  aprendido  mentalmente  a  reproduzir  os  comportamentos  agressivos  observados  (sem  reforço).  

Imitação  de  Comportamentos  Agressivos  

Page 13: Mente humana 4

APRENDIZAGEM  SOCIAL  •  Experiência  de  Albert  Bandura  

Conclusões:  1.   As  crianças  parScipantes  na  

experiência  aprenderam  comportamentos  agressivos  sem  receberem  qualquer  reforço;  

2.   As  crianças  aprenderam  esses  comportamentos,  mesmo  quando  o  modelo  não  era  reforçado  nem  punido.  

Imitação  de  Comportamentos  Agressivos  

Page 14: Mente humana 4

As  Formas  de  Aprendizagem  Social  

1.  Aprendemos  observando  os  outros,  sem  que  essa  observação  se  traduza  necessariamente  em  imitação.  

Formamos  a  representação  mental  de  

comportamentos  que  observamos;  

Aprendemos  esses  

comportamentos  formando  essa  representação  

mental;  

Podemos  imitá-­‐los  ou  não.  

Page 15: Mente humana 4

As  Formas  de  Aprendizagem  Social  

2.  Aprendemos  observando  os  outros,  e  sendo  directamente  reforçados  por  os  imitarmos  

adequadamente.  

Formamos  a  representação  mental  de  

comportamentos  que  observamos;  

O  comportamento  resultante  dessa  aprendizagem  é  

reforçado  directamente;  

A  imitação  do  comportamento  é  acompanhada  

de  reforço  directo.  

Page 16: Mente humana 4

As  Formas  de  Aprendizagem  Social  

3.  Aprendemos  observando  as  consequências  dos  comportamentos  dos  outros  (condicionamento  

vicariante  ou  indirecto)  

Se  o  comportamento  do  modelo  observado  tem  consequências  agradáveis  (reforço  posi`vo)  –  imitação  

reforçada;  

Se  o  comportamento  do  modelo  observado  é  punido  diminui  a  probabilidade  de  

imitação;  

Modalidade  de  aprendizagem  

muito  generalizada  entre  os  seres  humanos  

(consequências  em  “segunda  mão”).  

Page 17: Mente humana 4

Condições  para  a  Aprendizagem  Social  

1.  Atenção  –  Não  é  suficiente  observar  

• Escolhemos:    Os  comportamentos  a  imitar;  As  Pessoas  modelo  

• Prestamos  mais  atenção  ao  desempenho  de  umas  pessoas  do  que  ao  de  outras;  

• Em  regra,  prestamos  mais  atenção  a  pessoas  consideradas  atraentes,  competentes,  populares.  

Page 18: Mente humana 4

Condições  para  a  Aprendizagem  Social  

2.  Retenção  

• Para  imitar  o  comportamento  de  um  modelo  temos  de  o  armazenar  ac`vamente  na  memória,  o  que  implica  a  representação  mental:  • das  acções  do  modelo;  • da  prá`ca  dos  elementos,  sequências  ou  etapas  do  comportamento.  

Page 19: Mente humana 4

Condições  para  a  Aprendizagem  Social  

3.  Execução  ou  Produção  

•  É  necessário  converter  o  comportamento  memorizado  (representado)  em  acção,  o  que  exige:  •  Tempo    e  treino;  • Mo`vo  ou  razão  para  converter  o  que  se  “sabe”  ou  aprendeu  em  comportamento  (“performance”).  (Pode  ocorrer  aprendizagem  sem  alterações  externas  do  comportamento)    

Page 20: Mente humana 4

Condições  para  a  Aprendizagem  Social  

4.  Mo`vação  e  Reforço  

• O  desempenho  de  algo  que  aprendemos  através  da  observação  depende  da  mo`vação  ou  incen`vo  para  o  efectuar:  • O  Reforço  tem  um  papel  importante;  • A  antecipação  ou  previsão  do  reforço  (que  pode  ser  a  aprovação  dos  outros)  aumenta  a  mo`vação  para:  • Reter  • Reproduzir  • Desempenhar  o  comportamento  observado.  

Page 21: Mente humana 4

Condições  para  a  Aprendizagem  Social  

A  aprendizagem  por  modelação  

Contém  um  importante  princípio  presente  no  condicionamento  operante:  

Podemos  aprender  por  imitação,  

Mas  a  aquisição  do  novo  comportamento  depende  da  aplicação  dos  princípios  do  reforço.  

Page 22: Mente humana 4

Síntese  

Tipo  de  Aprendizagem  

Procedimento   Resultado   Exemplo  

Condicionamento  Clássico  

Um  eslmulo  neutro  (uma  campainha,  por  ex.,  é  emparelhado  com  um  eslmulo  incondicionado  (p.ex.:  comida)  que  naturalmente  desencadeia  ou  produz  uma  resposta  incondicionada  (reflexo  salivar)  

O  Eslmulo  neutro  torna-­‐se  um  eslmulo  condicionado,  isto  é,  um  eslmulo  que  por  si  só  desencadeia  uma  resposta  condicionada  (uma  resposta  semelhante  à  resposta  produzida  por  um  eslmulo  não  condicionado  

De  cada  vez  que  regressa  a  casa,  o  João  tem  de  passar  em  frente  à  casa  de  um  vizinho,  onde  um  cão  salta  ao  portão,  a  ladrar  furioso,  quase  o  alcançando  no  passeio.  Passado  algum  tempo,  a  simples  visão  da  casa  do  vizinho  provoca  reacções  de  medo  semelhantes  às  que  provoca    o  aparecimento  súbito  do  cão  a  ladrar.  

Page 23: Mente humana 4

Síntese  

Tipo  de  Aprendizagem  

Procedimento   Resultado   Exemplo  

Condicionamento  Operante  

Em  determinada  situação,  um  comportamento  ou  resposta  está  na  origem  de  consequências  agradáveis  ou  de  consequências  desagradáveis.  

Se  tem  consequências  agradáveis  ou  desejáveis  (obter  algo  que  desejamos  ou  evitar  algo  indesejável),  um  comportamento  é  fortalecido,  isto  é,  passa  eventualmente  a  ser  mais  frequente;  Se  tem  consequências  desagradáveis,  um  comportamento  é  enfraquecido,  isto  é,  passa  eventualmente  a  ser  menos  frequente  

• Miguel  recebe  um  cromo  de  cada  vez  que  se  levanta  e  deixa  o  quarto  arrumado  (reforço  posi`vo);  • O  Miguel  arruma  e  limpa  o  quarto,  para  não  ser  impedido  de  ver  um  programa  infan`l  na  TV  (reforço  nega`vo).  • O  Miguel  vai  ter  de  devolver  um  dos  seus  cromos,  por  não  ter  deixado  o  seu  quarto  arrumado  (punição).  

Page 24: Mente humana 4

Síntese  

Tipo  de  Aprendizagem  

Procedimento   Resultado   Exemplo  

Aprendizagem  por  Modelação  ou  Aprendizagem  

Social  ou  ainda  por  Observação  

Um  observador  presta  atenção  ao  comportamento  de  um  modelo  e  às  suas  consequências  (favoráveis  ou  desfavoráveis).  

O  Observador  constrói  a  representação  mental  da  resposta  ou  comportamento  do  modelo.  A  tendência  do  observador  para  imitar  o  comportamento  do  modelo  pode  ser  reforçada  ou  enfraquecida,  em  função  das  consequências  da  acção  observada  

Use  este  sabão,  este  a"er-­‐shave,  ou  este  perfume,  coma  este  `po  de  alimentos,  conduza  este  `po  de  automóvel  e  será  elegante,  bem  sucedido,  popular  e  atraente  como  as  pessoas  que,  nos  anúncios  publicitários,  fazem  essas  coisas.  

Page 25: Mente humana 4

Aprendizagem  Complexa  

Aprendizagem  com  Recurso  a  Símbolos  e  Representações  

Page 26: Mente humana 4

Aprendizagem  Complexa  

Segundo  a  perspec`va  cogni`va,  o  ponto  fundamental  da  

aprendizagem  (e  da  inteligência  em  geral)  

reside:  

• Na  capacidade  do  organismo  representar  mentalmente  aspectos  do  mundo,  e  

• Operar  sobre  estas  representações,  em  vez  de  sobre  o  mundo  propriamente  dito.  

Page 27: Mente humana 4

Aprendizagem  Complexa  

O  que  é  mentalmente  representado  pode  ser:  • Uma  associação  entre  eslmulos  (condicionamento  clássico).  

• Uma  associação  de  consequências  do  comportamento  (condicionamento  operante  e  aprendizagem  social).  

Page 28: Mente humana 4

Aprendizagem  Complexa  

Mas,  em  muitos  casos,  o  que  é  representado  parece  mais  complexo:  • Um  mapa  do  nosso  ambiente  ou  um  conceito  abstracto,  (como  a  noção  de  causa).  

• As  operações  mentais  sobre  as  representações  podem  assumir  a  forma  de:  •  Tenta`va  e  erro  mental  • Uma  estratégia  em  que  a  escolha  dos  primeiros  passos  resulta  simplesmente  do  facto  de  facilitarem  os  passos  seguintes,  mesmo  sem  sabermos  a  solução  final,  etc.  

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Mapas  Cogni`vos  e  Conceitos  Abstractos  

•  Edward  Tolman  testou  a  aprendizagem  da  orientação  em  labirintos  complexos  com  ratos.  – Verificou  que  um  rato  que  percorre  um  labirinto  complexo  em  busca  de  alimento    •  Não  está  a  aprender  uma  sequência  de  respostas  de  virar  à  esquerda  e  à  direita  

•  Mas  desenvolve  um  Mapa  Cogni`vo  –  uma  representação  mental  da  configuração  do  labirinto.  

Page 30: Mente humana 4

Mapas  Cogni`vos  e  Conceitos  Abstractos  

•  O  inves`gador  coloca  comida  em  cada  uma  das  extremidades  dos  oito  segmentos  do  labirinto  

A  tarefa  do  rato  é  aprender  a  deslocar-­‐se  à  extremidade  de  cada  labirinto  para  obter  comida,  sem  voltar  àqueles  aonde  já  foi.  Verifica-­‐se  que,  depois  de  cerca  de  20  ensaios,  os  ratos  pra`camente  nunca  voltam  a  um  segmento  aonde  já  tenham  ido.  (o  labirinto  é  lavado  com  uma  perfume  que  mascara  os  odores  de  comida.)  

Page 31: Mente humana 4

Mapas  Cogni`vos  e  Conceitos  Abstractos  

•  O  mais  curioso  é  que  os  ratos  quase  nunca  recorrem  à  estratégia  muito  humana  de  percorrer  os  segmentos  do  labirinto  numa  ordem  determinada.  

Pelo  contrário,  os  ratos  visitam  os  segmentos  ao  acaso,  o  que  indica  que  não  aprenderam  uma  sequência  rígida  de  respostas.  

O  mais  provável  é  que  tenham  criado  uma  representação,  semelhante  a  um  mapa,  do  labirinto.  

Page 32: Mente humana 4

Mapas  Cogni`vos  e  Conceitos  Abstractos  

•  Se  pensarmos  nos  conceitos  abstractos  como  sendo  mapas  de  mapas  (representações  de  representações),  então  será  possível  ensinar  conceitos  abstractos  a  animais.  

Numa  experiência  lpica,  realizada  com  chimpanzés,  estes  foram  capazes  de  aprender  a  usar  o  símbolo                  (igual),  quando  se  lhes  apresentam  dois  símbolos  de  “maçã”,  ou  dois  símbolos  de  “laranja”,  E  o  símbolo  de                      (diferente)  quando  se  lhes  apresenta  um  símbolo  de  “maçã”  e  de  “laranja”.  

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Aprendizagem  por  Insight  

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Aprendizagem  por  Insight  

•  É  famoso  o  trabalho  de  Wolfgang  Kohler  (promotor  da  Teoria  da  Forma,  Gestalt)  com  chimpanzés  (década  de  1920).  

•  Kohler  colocava  um  chimpanzé  numa  área  fechada  e,  fora  do  seu  alcance,  colocava  uma  banana.  – Para  obter  a  banana,  o  chimpanzé  `nha  de  usar  um  objecto  (uma  vara)  como  ferramenta.  

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Aprendizagem  por  Insight  !

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O  Bastão  que  estava  ao  alcance  do  Sultão  (chimpanzé)  não  `nha  o  comprimento  necessário  para  alcançar  a  banana.  Depois  de  algumas  pausas,  para  analisar  o  espaço  envolvente,  de  forma  inesperada  o  Sultão  usa  a  vara  mais  pequena  para  puxar  uma  maior  (que  estava  fora  do  seu  alcance)  e  com  esta  puxa  a  banana  para  si.  

Page 36: Mente humana 4

Aprendizagem  por  Insight  

“De  repente  pega  na  vara  menor  outra  vez,  vai  até  à  grades  directamente  em  frente  à  vara  maior,  arrasta-­‐a  na  sua  direcção  com  a  “auxiliar”,  agarra-­‐a  e  vai  com  ela  até  ao  ponto  em  frente  ao  objec`vo  (a  fruta),  obtendo-­‐a.  Desde  o  momento  em  que  os  seus  olhos  repousam  sobre  a  vara  maior,  a  sua  acção  forma  um  todo  consecu`vo,  sem  interrupções  e,  embora  a  captura  da  vara  maior  u`lizando  a  menor  seja  uma  acção  que  poderia  ser  completa  e  dis`nta  por  si  mesma,  observa-­‐se  que  ela  segue  repen`namente  (...)  e  imediatamente  se  funde  com  a  acção  final  de  realização  da  meta  final.  (Kohler,  1925,  p.174-­‐175)  

Page 37: Mente humana 4

Aprendizagem  por  Insight  

•  A  aprendizagem  por  Insight  é  muito  diferente  da  realizada  pelos  ratos  ou  pombos  de  Skinner:  – A  solução  é  encontrada  repen`namente:  não  é  fruto  de  um  processo  gradual;  

– Depois  de  resolver  o  problema  pela  primeira  vez  o  chimpanzé  deixa  de  manifestar  respostas  inadequadas  

– A  aprendizagem,  realizada  por  esta  via,  é  facilmente  generalizável  a  problemas  idên`cos  (alcançar  um  objecto  demasiado  alto,  usando  caixas,  por  exemplo)  

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Aprendizagem  

A  aprendizagem  de  mapas  cogni`vos  e  de  conceitos  abstractos  e  a  aprendizagem  por  Insight  não  são  compalveis  com  as  teorias  da  aprendizagem  por  associação  de  eslmulos  ou  por  associação  de  

consequências.  

A  teoria  do  reforço  (condicionamento  operante)  pode  explicar  a  mo`vação  para  resolver  

o  problema,  mas  não  a  aprendizagem  realizada.  

O  facto  de  a  aprendizagem  se  cons`tuir  no  reforço  de  si  mesma  obriga  a  que  tenhamos  de  admi`r  formas  de  aprendizagem  não  explicáveis  pela  habituação  ou  

pelo  condicionamento.  

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Psicologia, 2011 41

Processos Mentais Processos Cognitivos A Percepção

Atenção: Os exercícios no “moodle” estarão disponíveis dentro em breve