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UFRN Residência Integrada Multiprofissional em Saúde 2016
Leia estas instruções:
1 Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em
seguida, assine no espaço reservado para isso.
2 Este Caderno contém cinquenta questões de múltipla escolha assim distribuídas:
01 a 10 > Saúde Pública; 11 a 50 > Conhecimentos Específicos.
3
Quando o Fiscal autorizar, verifique se o Caderno está completo e sem
imperfeições gráficas que impeçam a leitura. Detectado algum problema,
comunique-o, imediatamente, ao Fiscal.
4 Cada questão apresenta quatro opções de resposta, das quais apenas uma é
correta.
5 Interpretar as questões faz parte da avaliação; portanto, não adianta pedir
esclarecimentos aos Fiscais.
6 Utilize qualquer espaço em branco deste Caderno para rascunhos e não destaque
nenhuma folha.
7 Os rascunhos e as marcações feitas neste Caderno não serão considerados para
efeito de avaliação.
8 Use exclusivamente caneta esferográfica, confeccionada em material
transparente, de tinta preta ou azul.
9 Você dispõe de, no máximo, quatro horas para responder às questões de múltipla
escolha e preencher a Folha de Respostas.
10 O preenchimento da Folha de Respostas é de sua inteira responsabilidade.
11
Ao retirar-se definitivamente da sala de provas, o candidato deverá entregar ao
Fiscal a Folha de Resposta independentemente do tempo transcorrido do início da
prova.
Retirando-se antes de decorrerem três horas do início da prova , devolva também
este Caderno.
Você só poderá levar este Caderno após decorridas três horas do início da prova.
Assinatura do Candidato : ______________________________________________________
UFRN Residência Integrada Multiprofissional em Saúde 2016 Farmácia 1
Saúde Pública 01 a 10
01. De acordo com o Ministério da Saúde, a situação de saúde no Brasil, provocada pela
transição demográfica e epidemiológica, exige que o sistema de saúde brasileiro responda
pela “tripla carga de doenças” caracterizada pela
A) alta prevalência das doenças cardiovasculares, doenças e síndromes metabólicas e
neoplasias malignas.
B) persistência das doenças emergentes e reemergentes, aumento das doenças crônicas e
diminuição da violência e morbimortalidade por causas externas.
C) presença das doenças infecciosas e parasitárias, aumento das doenças crônicas e
aumento da violência e morbimortalidade por causas externas.
D) elevada incidências de doenças emergentes e reemergentes, aumento da prevalência das
doenças cardiovasculares e das doenças e síndromes metabólicas.
02. Em relação à Febre de Chikungunya no Brasil, analisando epidemiologicamente, é correto
afirmar que
A) existe a possibilidade de ocorrência de endemias localizadas em regiões específicas onde
há maior circulação do mosquito Aedes albopictus, pois o vírus tem preferência por esse
vetor que tem baixa densidade no Brasil.
B) a possibilidade de ocorrência de epidemias é pouco provável, pois há uma preferência do
mosquito vetor pelo vírus da dengue, e a ocorrência da doença é maior em áreas de clima
temperado.
C) a possibilidade de ocorrência de epidemias é pouco provável, pois há uma probabilidade
de imunogenicidade cruzada desenvolvida nos indivíduos que já tiveram dengue, o que
diminui o número de indivíduos suscetíveis.
D) existe a possibilidade de ocorrência de epidemias devido à alta densidade do vetor, à
presença de indivíduos susceptíveis e à intensa circulação de pessoas em áreas
endêmicas.
03. A lista de doenças de interesse para o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde é
estabelecida a partir de alguns critérios adotados universalmente. Um desses critérios é
A) a magnitude, isto é, a frequência da doença e as populações afetadas, através da
incidência, prevalência, mortalidade e anos potenciais de vida perdidos.
B) o potencial de disseminação, que é um conjunto de características, como a severidade, a
taxa de letalidade, hospitalização e sequelas.
C) a transcendência, por meio da disponibilidade concreta de instrumentos específicos de
prevenção e controle da doença.
D) a vulnerabilidade, que significa a transmissibilidade da doença, disseminação por vetores
e outras fontes de infecção que colocam em risco a coletividade.
04. Entre as principais dificuldades na implementação do Sistema Único de Saúde, as que estão
diretamente relacionadas à assistência à saúde aos usuários são:
A) A dificuldade na regulamentação e no cumprimento da vinculação constitucional da saúde
(EC 29) e a baixa participação dos investimentos no gasto público em saúde.
B) A persistência de desigualdade de acesso e problemas no âmbito da qualidade e
resolubilidade do atendimento em diversos serviços do SUS, em todo o país.
C) O crescimento do setor privado supletivo subsidiado por renúncia fiscal e a multiplicação
de novas formas de articulação público/privado na saúde, em todo o país.
D) O funcionamento dos conselhos de saúde de modo variável e a predominância de caráter
consultivo deste em detrimento do deliberativo.
2 UFRN Residência Integrada Multiprofissional em Saúde 2016 Serviço Social
05. O Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) é um sistema de abrangência nacional q ue
tem por objetivo captar os dados de óbitos e fornecer informações sobre mortalidade. Em
relação ao SIM, é correto afirmar:
A) As informações desse sistema são consideradas uma das mais fidedignas, pois, ao contrário dos outros sistemas, sua fonte de dados não apresenta inconsistências ou limitações como preenchimento incorreto ou registro excessivo de causas mal definidas.
B) Os instrumentos utilizados por esse sistema são a declaração de óbito (DO), considerada fonte primária dos dados, padronizada para todo o território nacional, e a declaração de óbito epidemiológica (DO epidemiológica), que é utilizado para a coleta de dados de óbito conhecido tardiamente pelo sistema de saúde.
C) O fluxo da declaração de óbito não sofre variação de acordo com as c aracterísticas do óbito ou do local de sua ocorrência, pois seu instrumento é padronizado e impresso com sequência numérica única para todo o território nacional.
D) A declaração de óbito (DO) é o instrumento utilizado por esse sistema, considerada como única fonte de coleta dos dados de mortalidade padronizada para todo o território nacional, por ser o documento hábil para a lavratura da Certidão de óbito pelo Cartório de Registro.
06. As redes de Atenção à Saúde (RAS) são fundamentais para a coordenação e a integração
dos serviços e ações de Saúde, assim como para a integralidade e a qualidade do cuidado à
saúde. Sobre os atributos das RAS propostos pelo Ministério da Saúde, considere as
informações a seguir.
I
Extensa gama de estabelecimentos de Saúde que prestam serviços de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, gestão de casos, reabilitação e cuidados paliativos integra os programas focalizados em doenças, riscos e populações específicas, nos serviços de Saúde individuais e os coletivos.
II
Serviços de Atenção Secundária em Saúde são estruturados como primeiro nível de atenção e como porta de entrada ao sistema, constituídos de equipe multidisciplinar que cobre a população, integrando, coordenando o cuidado e atendendo às suas necessidades de saúde.
III Sistema de informação integrado responsável por vincular todos os membros da rede, com identificação de dados por sexo, idade, lugar de residência, origem étnica e outras variáveis pertinentes.
IV Atenção à Saúde centrada no atendimento individualizado, focalizada no diagnóstico das doenças prevalentes e com enfoque na atenção secundária e terciária no sentido de dar maior resolutividade nesses níveis de atenção.
Das informações, estão corretas
A) III e IV. B) II e III. C) I e III. D) I e IV. 07. A atuação intersetorial é uma das diretrizes de trabalho utilizadas em muitas situações na
Atenção Básica. O Nasf pode ser parceiro estratégico das equipes de Saúde da
Família/Atenção Básica no desenvolvimento de articulação interse torial, por meio da
integração com outros serviços como as Equipes de consultórios na rua que são
A) equipes volantes vinculadas a todas as unidades básicas de saúde do município e que têm como objetivo ampliar o acesso da população aos serviços de atenção básica, em horários e locais de difícil acesso como a noite e nos finais de semana.
B) equipes volantes vinculadas a pelo menos uma unidade básica de saúde e que têm como um dos objetivos construir vínculos positivos e ampliar o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde.
C) equipes volantes de fomento à convivência, a práticas corporais, à alimentação saudável, à educação em saúde, a práticas integrativas e complementares, ao lazer e a modos de vida favoráveis à saúde, em espaços especia lmente construídos para esse fim.
D) equipes volantes especializadas em saúde mental para o atendimento aos dependentes químicos e que visam promover a articulação entre as unidades locais de saúde e os serviços de saúde mental como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
UFRN Residência Integrada Multiprofissional em Saúde 2016 Serviço Social 3
08. Considere as afirmações a seguir sobre os Indicadores de Saúde.
I
A queda da fecundidade, aliada à queda da mortal idade, provocou importantes
mudanças na estrutura da população segundo idade e sexo, com diminuição do ritmo
de crescimento populacional e envelhecimento da população (maior proporção de
idosos). Esse fenômeno é denominado transição epidemiológica.
II
A mortalidade materna é um indicador utilizado mundialmente como referência de
desenvolvimento e qualidade dos serviços prestados à população. Esse indicador
expressa a desigualdade social existente em nosso país e à necessidade de
melhorias nas políticas de saúde materno-infantil.
III
A esperança de vida ao nascer é considerada um bom indicador de saúde, pois
representa uma síntese do efeito da mortalidade em grupos específicos. No entanto,
não reflete as condições de vida decorrentes da queda dos níveis de mortalidade.
IV
A taxa de mortalidade infantil é um dos indicadores mais consagrados mundialmen te,
sendo utilizado internacionalmente como indicador de qualidade de vida e
desenvolvimento, por expressar a situação de saúde de uma comunidade e as
desigualdades de saúde entre grupos sociais e regiões.
Das afirmações, estão corretas
A) I e IV.
B) II e IV.
C) II e III.
D) I e III.
09. A territorialização é a base do trabalho das equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF)
para a prática da Vigilância em Saúde. O fundamental propósito desse processo é
A) permitir a eleição de prioridades para o enfrentamento dos problemas identificados nas
áreas de atuação, o que refletirá na definição das ações mais adequadas, contribuindo
para o planejamento e a programação local.
B) ser o componente básico na organização dos serviços, pois é a partir dele que se
estabelecem, exclusivamente, os limites geográficos que ficam sob a responsabilidade
das equipes de Saúde.
C) conhecer as diferentes áreas geográficas e populacionais para desenvolver as ações de
saúde, a partir de ações exclusivamente assistenciais no atendimento domiciliar.
D) reconhecer os espaços geográficos para a delimitação da atenção em saúde exclusiva dos
agentes comunitários de saúde, contribuindo para o planejamento de suas atividades.
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10. No século XX, o uso de vacinas passou a ser uma das mais poderosas armas da Saúde
Pública. A imunização representa uma medida que confere proteção imunológica mediante
aumento da resistência do indivíduo contra uma doença infecciosa. Considere o diagrama d a
história natural da doença, proposto por Leave ll e Clark (1976), reproduzido a seguir.
[Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_natural_da_doen%C3%A7a>. Acesso em: 17 ago. 2015.]
De acordo com esse diagrama, a imunização se enquadra no nível de aplicação das medidas preventivas em
A) limitação da incapacidade.
B) promoção da saúde.
C) proteção específica.
D) prevenção secundária.
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Conhecimentos Específicos 11 a 50
11. Análises contemporâneas sobre a profissão de Serviço Social indicam um processo de
inviabilização do projeto ético político profissional no atual contexto da realidade brasileira,
tendo em vista a criação e consolidação do mito da assistência social, o qu e contribui para
transformá-la em um fetiche. Uma das repercussões para a profissão de Serviço Social diante
deste cenário é a
A) ampliação da seguridade social.
B) ampliação da utilidade social da profissão no Brasil.
C) criação de um novo campo de atuação para o serviço social.
D) redução do serviço social à profissão da assistência.
12. A partir do processo de renovação do serviço social brasileiro, a discussão da organização
política da categoria de assistentes sociais aponta uma tendência de fortalecimento das
entidades representativas sem, no entanto, recair no corporativismo. O critério de filiação
sindical definido pela profissão passa a ser
A) por similares condições de salário do profissional.
B) por pertencimento a uma categoria profiss ional.
C) por ramo de atividade desenvolvida pelos profissionais.
D) por diferentes regimes de contratação do profissional.
13. O projeto de formação em serviço social do Brasil vem sofrendo impactos, tendo em vista a
ampliação do setor privado na implementação de cursos de graduação em serviço social,
configurando um ensino aligeirado, flexível e produtivista. Essa participação do capital na
esfera da educação pode ser qualificada como
A) tecnificação do ensino de graduação em serviço social.
B) publicização do ensino universitário.
C) rebaixamento do nível de ensino de graduação.
D) empresariamento da formação profissional.
14. A relação entre autoimagem e imagem social da profissão de serviço social se veem
abaladas a partir dos anos de 1960, e uma nova autoimagem é construída nos anos 1980 e
1990, negando marcas de origem da profissão. Essa autoimagem profissional renovada é
marcada, especialmente,
A) pela aproximação da profissão aos interesses da autocracia burguesa.
B) pela vinculação da profissão aos interesses e demandas dos trabalhadores.
C) pelos novos saberes científicos e práticos acumulados pela profissão.
D) pelos valores observados no código de ética de 1982.
6 UFRN Residência Integrada Multiprofissional em Saúde 2016 Serviço Social
15. A lei de Regulamentação da profissão de serviço social (8662/93) estabelece atribuições
privativas do assistente social as quais podem ser definidas como:
A) ações consideradas prerrogativas exclusivamente exercidas pelos assistentes sociais.
B) ações do tipo visitas domiciliares, pareceres e estudo social realizadas pelo assistente
social.
C) ações geradoras da necessidade de intervenção social do assistente social.
D) ações multiprofissionais que respondam as expressões da questão social.
16. As reflexões sobre as demandas destinadas ao serviço social realizadas na década de 1990,
configuram-se como um marco teórico relevante acerca da intervenção profissional. Quanto
às origens das demandas, é correto afirmar que elas advêm
A) dos usuários que buscam atendimento do serviço social.
B) das instituições que empregam os assistentes sociais.
C) das necessidades sociais gestadas pela sociedade capitalista.
D) das unidades de serviço social onde se inserem os assistentes sociais.
17. O exercício da profissão de serviço social se dá pela mediação do trabalho assalariado que
se realiza tanto na esfera do Estado quanto na esfera privada.
O estatuto assalariado advém
A) das condições de trabalho do assistente social.
B) da mercantilização da força de trabalho do assistente social.
C) do perfil profissional do assistente social.
D) do projeto profissional do assistente social.
18. No atual cenário, as políticas sociais brasileiras, podem ser consideradas híbridas. As
características marcantes destas políticas se expressam sob a forma de
A) mercantilização/universalização.
B) fragmentação/mercantilização.
C) assistencialização/combate a desigualdade social.
D) assistencialização/mercantilização.
19. Um modelo de Estado presente em alguns países da América Latina cuja ideologia é
centrada na defesa do crescimento econômico acompanhado da redução da pobreza por
meio de políticas compensatórias é considerado como
A) neodesenvolvimentismo.
B) neoliberalismo.
C) estado de bem estar social.
D) estado pleno.
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20. No atual contexto de crise capitalista, o projeto ético político do serviço social tem sido
desafiado ideologicamente pelo discurso da vitória do capitalismo. No campo ideocultural, a
perspectiva que forma a base cultural desse modo capitalista de pensar é conhecida como
A) pós-capitalismo. C) funcionalismo.
B) pós-modernidade. D) marxismo.
21. No II Congresso Brasileiro de Serviço Social, realizado em 1961, assistentes sociais
engajados(as) no movimento sanitário brasileiro constataram que
A) os(as) assistentes socais estavam engajados(as) no movimento sanitário, mas não
ocuparam espaços de direção do movimento.
B) o processo de crítica iniciado no Serviço Social, na década de 1960, teve mui ta
repercussão na área da saúde.
C) os(as) assistentes sociais estavam fortemente engajados(as) na direção do Movimento da
Reforma Sanitária Brasileira.
D) o processo de crítica iniciado no Serviço Social, na década de 1960, teve pouca
repercussão na área da saúde.
22. No III Congresso Brasileiro de Serviço Social realizado em São Paulo, no ano de 1979, o
debate sobre a saúde revelou que
A) a participação dos assistentes sociais durante o evento foi excelente, demonstrando amplo
conhecimento e engajamento em relação à temática e à luta em prol da Reforma
Sanitária.
B) a participação dos assistentes sociais durante o evento foi insuficiente, demonstrando seu
desconhecimento e a pouca profundidade do saber em relação à temática da Reforma
Sanitária.
C) os assistentes sociais deram uma expressiva contribuição ao debate acerca da
determinação social da saúde, formulando proposições para superar o Serviço Social
Clínico.
D) o conteúdo explanado nas mesas que discutiram saúde não incorporaram e não
contemplaram a perspectiva e as proposições defendidas pelo Movimento da Reforma
Sanitária Brasileira.
23. As elites econômicas manipulam a distribuição de riquezas na sociedade, a vontade coletiva
e o significado dos fenômenos sociais, atingindo a consciência dos ind ivíduos. Nesse
contexto, a atuação do assistente social como integrante de equipes multiprofissionais de
saúde mental deve se pautar na perspectiva de
A) melhorar a readequação e distribuição dos recursos de assistência, visando uma
cidadania emancipada, a restituição de direitos legítimos e a conquista da justiça social,
mas também de contribuir para restituir aos usuários o exercício de sua vontade legítima.
B) ampliar as atividades de lazer, de artesanato e de grupos e arte, por meio de oficinas
abrigadas, buscando desenvolver comportamento integrado, o qual será reproduzido
linearmente nas relações dos usuários em seu cotidiano fora da clínica.
C) recolocar o paciente no processo de trabalho organizacional considerado “normal” pelo
estabelecimento psiquiátrico durante a ocorrência de qualquer fato que interfira no
planejamento do atendimento psiquiátrico e que seja considerado fenômeno social.
D) intervir junto à família e à sociedade para aceitar, apoiar e acolher o paciente, buscando
sua inserção na previdência social, bem como melhorar o grau de racionalização
institucional, de controle de custos organizacionais, dos atores sociais e da internação
indiscriminada.
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24. Algumas análises conferem centralidade às particularidades da inserção do trabalho do
assistente social no interior dos processos coletivos de trabalho em saúde. Essas análises
enfatizam que, subjacente à idealização da ação do Serviço Social na perspectiva
messiânica, havia uma desconsideração das condições objetivas sob as quais se desenv olve
a prática profissional no contexto de produção dos serviços públicos de saúde. Para superar
essa concepção, faz-se necessário:
A) Tratar a atividade profissional como um trabalho sujeito às regras mais gerais que
qualificam o trabalho assalariado na sociedade capitalista.
B) Elaborar projetos fundamentados na perspectiva marxiana, voltados para o
desenvolvimento do processo de trabalho específico dos assistentes sociais.
C) Ampliar a competência técnico-operativa dos assistentes sociais em temáticas inerentes à
saúde coletiva, priorizando a perspectiva da promoção à saúde.
D) Desenvolver metodologias adequadas à intervenção do Serviço Social no campo da saúde
pública buscando superar o Serviço Social Clínico.
25. Sob uma determinada perspectiva, o assistente social se insere, no interior do processo de
trabalho em saúde, como agente de interação ou como um elo orgânico entre os diversos
níveis de atenção do SUS e entre estes e as demais políticas setoriais. Essa compreensão
resultou na conclusão de que
A) o principal produto do trabalho do assistente social no atual contexto do SUS tem sido
assegurar a integralidade das ações.
B) as articulações intersetoriais constituem atividades cada vez mais exclusivas e privativas
dos assistentes sociais.
C) a principal competência do assistente social na saúde é implementar a politica de
assistência social nos serviços de saúde.
D) o Assistente Social como especialista em politicas sociais cumpre o papel de selecionar os
mais pobres e necessitados.
26. Dadas as atuais configurações do processo de trabalho em saúde e considerando a atual
conformação do modelo assistencial e gerencial, há uma compreensão de que os(as)
assistentes sociais têm se inserido nos processos de trabalho em saúde, desenvolvendo
ações cuja singularidade consiste em
A) dar suporte à equipe desenvolvendo qualquer atividade necessária ao bem estar dos
usuários e profissionais.
B) oferecer subsídios à equipe de saúde sobre matérias de domínio do Serviço Social
visando a garantia da equidade.
C) tratar as expressões da questão social no campo da saúde por constituir -se atividade
privativa da profissão.
D) repor as lacunas da parcialização, fragmentação, superespecialização e terceirização dos
serviços.
27. As experiências vêm reforçando a importância da inserção de assistentes socais nas equipes
dos NASF e a importância da atuação desses profissionais na atenção primária à saúde,
justamente pelo fato de essa categoria ter mais domínio técnico e teórico -metodológico sobre
A) planejamento e avaliação em saúde.
B) saúde, cidadania e epidemiologia.
C) cidadania, mobilização e participação.
D) direto de família e legislação social.
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28. Os profissionais de saúde que defendem a adoção dos princípios socializantes e
emancipatórios da Reforma Sanitária e do SUS em sua prática cotidiana devem buscar
incessantemente:
A) Aprender a trabalhar em equipe multiprofissional de saúde fortalecendo a dimensão ética
a partir do compromisso com os usuários, assumindo a defesa destes haja vista as
fragilidades de sua organização.
B) Aperfeiçoar seus conhecimentos sobre financiamento público e avaliação em saúde para
contribuir com a eficiência e eficácia dos programas de saúde, conforme habilidades
particulares de cada profissão.
C) Planejar sua prática priorizando a prevenção e a promoção da saúde de forma a contribuir
para a garantia da atenção integral e o fortalecimento da consciência crítica, da
mobilização, da organização e do controle social.
D) Dominar técnicas de trabalho com grupos terapêuticos, ampl iando-os e capacitando os
usuários a desenvolverem habilidades para resolver seus problemas, inclusive a
recuperação de vínculos afetivos.
29. Face ao modelo gerencial vigente e à forma como as políticas sociais, particularmente a de
saúde, vem sendo implementada, no atual contexto do SUS, as demandas de natureza
intersetorial vêm sendo tratadas como
A) atividades essenciais do Serviço Social e dos gestores do SUS com base no planejamento
estratégico situacional.
B) ações cotidianas dos assistentes sociais incorporadas no planejamento em saúde
articulado ao sistema de seguridade social.
C) ações planejadas pelos assistentes sociais no campo da micro e macropolítica de saúde
envolvendo gestores do SUS e respectivos conselhos.
D) demandas parcial e emergencialmente atendidas no contexto das atividades realizadas
por assistentes sociais.
30. A atuação de assistentes sociais conforme o projeto ético político profissional do Serviço
Social, requer a busca de qualificação das ações dessa categoria a fim de contribuir para
A) a ampliação de uma cultura política crítica e democrática e defender a garantia dos
direitos sociais.
B) a atuação prioritária de forma competente em entidades que defendem os trabalhadores.
C) o fortalecimento das organizações revolucionárias como prioridade de ação cotidiana
profissional.
D) a construção de objetos profissionais em cada politica social, particularmente na pol ítica
de saúde pública.
10 UFRN Residência Integrada Multiprofissional em Saúde 2016 Serviço Social
31. No plano da reflexão e da normatização ética, o Código de Ética Profissional de 1986
representou a expressão de conquistas e ganhos profissionais definidos pelos
procedimentos:
A) revisão da base filosófica tradicional, conservadora, que norteava a “ética da
neutralidade”, e reformulação da proposta de formação profissional na área de Serviço
Social, a partir do currículo de 1982.
B) negação da base filosófica tradicional, conservadora, que norteava a “ética da
neutralidade”, e afirmação de um novo perfil do(a) técnico(a), não mais considerado(a)
como um(a) agente apenas executivo(a), mas como um(a) profissional competente
teórica, técnica e politicamente.
C) afirmação de um novo perfil do(a) técnico(a), não mais considerado(a) como um(a) agente
apenas executivo(a), mas como um(a) profissional competente teórica, técnica e
politicamente, e negação do corporativismo profissional através da alteração da lógica e
da direção política das entidades representativas da profissão.
D) negação do corporativismo profissional através da alteração da lógica e da direção política
das entidades representativas da profissão, e reformulação da proposta de formação
profissional na área de Serviço Social, a partir do currículo de 1982.
32. A revisão do texto do Código de 1986 processou-se em dois níveis. Em primeiro lugar,
reafirmou os seus valores fundantes e os articulou a partir da exigência democrática segundo
a qual a democracia é tomada como valor ético político central, na medida em que é o único
padrão de organização político-social capaz de assegurar a explicitação dos valores
essenciais da liberdade e da equidade. Em segundo lugar, cuidou -se de precisar a
normatização do exercício profissional de modo a permitir que aque les valores sejam
retraduzidos no relacionamento entre
A) assistentes sociais, instituições/organizações e sociedade em geral, preservando -se os
direitos profissionais, a qualidade dos serviços e a responsabilidade diante do(a)
usuário(a).
B) assistentes sociais, instituições/organizações e população, preservando-se os direitos e
deveres profissionais, a qualidade dos serviços e a responsabilidade diante do(a)
usuário(a).
C) assistentes sociais, instituições e população, preservando-se a qualidade dos serviços e a
responsabilidade institucional diante do(a) usuário(a).
D) assistentes sociais, instituições e usuários(a)s, preservando-se os deveres profissionais, a
qualidade dos serviços e a responsabilidade institucional diante do(a) usuário(a).
33. As alterações procedidas no Código de Ética Profissional vigente se adéquam às correções
formais e de conteúdo, conforme consignadas na Resolução CFESS 594, de 21 de janeiro de
2011. Essas alterações são de suma importância, pois reafirmam princípios e valore s do
Projeto Ético-Político do Serviço Social e incorporam avanços nas discussões acerca dos
direitos da população LGBT pela livre orientação e expressão sexual. Essas mudanças são
resultado do aprofundamento de discussões, no âmbito do Conjunto CFESS/CRES S, das
temáticas
A) proteção social e direitos humanos.
B) gênero e proteção social.
C) ética e gênero.
D) ética e direitos humanos.
UFRN Residência Integrada Multiprofissional em Saúde 2016 Serviço Social 11
34. O posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de
acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão
democrática, constitui-se, no atual Código de ética profissional, como
A) Dever profissional.
B) Princípio profissional.
C) Direito profissional.
D) Procedimento profissional.
35. As atribuições e competências dos profissionais de Serviço Social são orientadas e norteadas
por direitos e deveres constantes no Código de Ética Profiss ional e na Lei de
Regulamentação da Profissão (Lei 8.662/93), que devem ser observados e respeitados tanto
pelos profissionais quanto pelas instituições empregadoras. De acordo com o artigo 3º do
Código de Ética, é dever do profissional:
A) Assegurar aprimoramento profissional de forma contínua colocando-o a serviço dos
princípios do Código.
B) Utilizar seu número de registro no Conselho Regional, no exercício da Profissão.
C) Fazer pronunciamento em matéria de sua especialidade quando se tratar de assunto s de
interesse da população usuária.
D) Fazer desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional.
36. O capítulo VI do Código de Ética Profissional do(a) Assistente Social dispõe sobre a relação
profissional com a Justiça e estabelece os deveres do assistente social. Nesse sentido, é
vedado ao assistente social, de acordo com o artigo 20:
A) recusar comparecer perante a autoridade competente, quando intimado(a) a prestar
depoimento, para declarar que está obrigado(a) a guardar sigilo profissional.
B) recusar apresentar à justiça na qualidade de perito ou testemunha, as conclusões do seu
laudo ou depoimento, mesmo quando autorizado(a).
C) depor como testemunha sobre situação sigilosa do(a) usuário(a) de que tenha
conhecimento no exercício profissional, mesmo quando autorizado(a).
D) atuar, profissionalmente, em caso de investigação da justiça que tenha a finalidade de
elucidar situação sigilosa do(a) usuário(a).
37. A manutenção do sigilo profissional constitui direito do assistente social que viabiliza a
proteção do(a) usuário(a) quanto à divulgação de informações das quais o assistente social
tome conhecimento em decorrência do exercício profissional. De acordo com o artigo Art. 18
do Código de Ética Profissional, a quebra do sigilo só é admissível quando se tratarem de
situações cuja gravidade possa
A) trazer prejuízo aos interesses do(a) usuário(a), de terceiros(a)s e da coletividade,
envolvendo ou não fatos delituosos.
B) envolver fatos delituosos que tragam prejuízos aos interesses do(a) usuário(a) de
terceiros(a)s, da coletividade e da justiça.
C) prejudicar os interesses profissionais, institucionais e coletivos da sociedade civil.
D) atingir os interesses do(a) usuário(a), os interesses institucionais e ou os interesses
públicos de justiça.
12 UFRN Residência Integrada Multiprofissional em Saúde 2016 Serviço Social
38. De acordo com o artigo primeiro do Código de Ética Profissional, compete ao Tribunal
Superior de Ética profissional firmar jurisprudência na observância do Código e dos casos
omissos. O Tribunal Superior de Ética é constituído pela instância
A) Assembleia Geral da categoria profissional.
B) Comissões de Ética dos Conselhos Regionais de Serviço Social.
C) Encontro Nacional CFESS/CRESS.
D) Conselho Federal de Serviço Social.
39. Leia o seguinte trecho referente a uma atribuição prof issional:
“No local de trabalho integrar comissões interdisciplinares de ética destinadas a
avaliar a conduta e as decisões de profissionais quanto às políticas institucionais.”
Sobre esse trecho, considere as seguintes afirmativas:
I
Trata-se de um direito do(a) assistente social em suas relações com as
instituições empregadoras e outras, conforme disposto no Capítulo II do Código de
Ética Profissional.
II
Trata-se de um direito do(a) assistente social, tendo em vista que a defesa da
ética é um compromisso profissional irrestrito, previsto no artigo 8º do Código de
Ética Profissional.
III
Trata-se de um direito que reafirma o compromisso ético da defesa profissional
pela qualidade dos serviços prestados à população usuária, no seu loc al de
trabalho.
IV Trata-se de um direito disposto na alínea “d” do artigo 7º do código de Ética
Profissional.
Estão corretas as afirmativas
A) I e IV C) I e II
B) II e III D) III e IV
40. As infrações ao Código de Ética profissional do(a) Assistente Social implicam penalidades
que vão de multa à cassação do direito ao exercício profissional, na forma dos dispositivos
legais e/ ou regimentais. A pena de suspensão acarreta a interdição do exercício profissional
A) no território de abrangência do Conselho Regional no qual o assistente social está inscrito,
pelo prazo de 2 (dois) anos.
B) em todo o território nacional, pelo prazo de 1 (ano).
C) em todo o território nacional, pelo prazo de 30 (trinta) dias a 2 (dois) anos.
D) em todo o território nacional, pelo prazo de 30 (trinta) dias a 1 (um) ano.
41. O conceito ampliado de saúde preconizado pelo Movimento da Reforma Sanitária Brasileira,
inscrito na lei 8.080/90, questiona as desigualdades sociais destacando a determinação
social da saúde, entre outros aspectos, ao associar saúde à:
A) Acesso igualitário e dever do Estado.
B) Organização social da produção.
C) Acesso universal aos serviços.
D) Integralidade da assistência médica.
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42. A concepção de seguridade social preconizada no Artigo 194 da Constituição Federal de
1988 harmoniza-se com o conceito ampliado de saúde, exatamente porque a seguridade
social pretende garantir a
A) integração de ações de inciativa dos poderes públicos e da sociedade.
B) igualdade de cobertura dos serviços para às populações urbanas e rurais.
C) equidade, seletividade, integralidade e uniformidade para todos e todas.
D) acessibilidade não mercantil, a todos direitos sociais, considerados básicos.
43. O sistema de seguridade social adotado a partir da Constituição de 1988 busca romper com o
caráter contratual e com o modelo de seguro social que marcaram a história da saúde pública
no Brasil. O objetivo do atual sistema que visa garantir essa ruptura é
A) uniformidade e irredutibilidade dos benefícios.
B) integralidade e uniformidade da atenção.
C) diversidade da base de financiamento e orçamento.
D) universalidade da cobertura e do atendimento.
44. Conforme preconiza o artigo 195 da constituição Federal em vigor, a gestão do sistema de
seguridade deve ser democrática e
A) descentralizada, com participação da comunidade e composta de forma paritária entre a
representação dos usuários e demais segmentos.
B) descentralizada, com participação da comunidade, em especial de trabalhadores e
aposentados, nos respectivos conselhos de políticas setoriais.
C) descentralizada, com administração quadripartite composta por trabalhadores,
empregadores, aposentados e órgãos colegiados do governo.
D) descentralizada bem como gerenciada por conselhos de administração deliberativos
organizados nos três níveis de governo.
45. A arquitetura da seguridade social brasileira pós-1988 tem orientação e conteúdo
semelhantes as dos modelos de seguridade que promovem o bem-estar social nos países
desenvolvidos. Todavia, as características excludentes do mercado de trabalho, o grau de
pauperização da população, o nível de concentração de renda e as fragilidades do processo
de publicização do Estado permitem afirmar que, no Brasil,
A) a concepção de seguridade social efetivamente adotada não se vem traduzindo
objetivamente na universalização do acesso aos benefícios sociais.
B) as fragilidades da seguridade impedem que os trabalhadores brasileiros adquiram novos
direitos e acessem serviços públicos não mercantis.
C) as inúmeras fragilidades do sistema de seguridade social não o tem impedido de prover o
direito à proteção social, a todos os trabalhadores.
D) as politicas de seguridade social, por meio da ampliação da assistência social, têm
reduzido a fragmentação da organização dos trabalhadores.
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46. A alteração na Constituição de 1988 que retirou o direito dos trabalhadores brasileiros à
aposentadoria por tempo de serviço foi definida na
A) Emenda Constitucional de nº 70/2012 - no governo Dilma.
B) Emenda Constitucional de nº 41/2003 - no governo Lula.
C) Emenda Constitucional de nº 47/2005 - no governo Lula.
D) Emenda Constitucional de nº 20/1998 - no governo FHC.
47. Com base nas alterações determinadas pela medida provisória nº 664, as novas regras para
a concessão do auxílio doença, em vigor a partir de 01 de março de 2015, determinam que,
em casos de afastamento para tratamento de saúde,
A) a empresa paga valor correspondente a 80% da média dos maiores salários de
contribuição, nos primeiros 30 dias de afastamento.
B) a empresa paga ao empregado o salário integral nos primeiros 15 dias de afastamento.
C) a empresa paga valor correspondente à média das 12 últimas contribuições, nos
primeiros 30 dias de afastamento.
D) a empresa paga ao empregado o salário integral nos primeiros 30 dias de afastamento.
48. A medida provisória nº 664, em vigor a partir de 01 de março de 2015, criou novas regras
para a concessão de pensão previdenciária por morte, com ressalvas para as exceções
previstas nesta medida. De acordo com as novas regras, a concessão da referida pensão
exige que o(a) segurado(a) tenha cumprido os requisito de, no mínimo,
A) 12 meses de contribuição e 12 meses de casamento ou união estável.
B) 06 meses de contribuição e 06 meses de casamento ou união estável.
C) 02 anos de contribuição e dois anos de casamento ou união estável.
D) 02 anos de casamento ou união estável e06 meses de contribuição.
49. Dadas as particularidades na implementação das políticas sociais no Brasil,
A) o modelo beveridgiano orienta e define as políticas integrantes do tripé da seguridade
social brasileira à medida que se amplia o grau de assistencialização da seguridade.
B) o modelo bismarckiano orienta e define as políticas integrantes do tripé da seguridade
social brasileira, haja vista a abertura à livre inciativa e o caráter complementar.
C) o modelo bismarckiano orientou e ainda define a política de previdência social, e nquanto o
modelo beveridgiano sustenta os princípios da saúde e da assistência social.
D) o modelo beveridgiano orienta o sistema de seguridade social brasileiro ao possibilitar
redistribuição de renda, a igualdade e a equidade na distribuição dos recursos .
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50. Com base no conceito ampliado de saúde, muitos gestores utilizavam recursos do Fundo de
Saúde para ações que não são consideradas dessa área. A partir da regulamentação da
Emenda Constitucional 29 pela Lei Complementar 141/2012 , em seu Artigo 3º, para efeito da
apuração da aplicação dos recursos mínimos, serão consideradas despesas com ações e
serviços públicos de saúde as referentes a
A) saneamento básico de domicílios ou de pequenas comunidades, desde que sejam
aprovadas pelo Conselho de Saúde do ente da Federação financiador da ação e estejam
de acordo com as diretrizes das demais determinações previstas nessa Lei
Complementar.
B) saneamento básico, inclusive aquelas ações financiadas e mantidas com recursos
provenientes de taxas, tarifas ou preços públicos instituídos para essa finalidade.
C) preservação e correção do meio ambiente, realizadas pelas respectivas instituições dos
entes da Federação ou por entidades não governamentais.
D) merenda escolar e outros programas de alimentação, quando executados em unidades do
SUS, ressalvando-se o disposto no inciso II do art. 3o.