killerpumpkin - edição #9

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1 JUNHO 2016 | KILLERPUMPKIN JUNHO / JULHO 2016 / edição 09 WWW.HORIGAMI.COM.BR UM POR TODOS LIMONGE #9 ANA SUCHA A força da mulher com bom humor e valentia em seu disco de estreia DAN lança EP “Amber” BOGOTAH cONHEÇA A BANDA DE SÃO GONÇALO

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Revista Digital KillerPumpkin Edição #9 www.horigami.com.br

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1 JUNHO 2016 | KillerPUmPKiN

JUNHO / JULHO 2016 / edição 09WWW.HORIGAMI.COM.BR

UM pOR tOdOsLIMONGE

#9

ANASuchA

A força da mulher combom humor e valentia em

seu disco de estreia

DANlança Ep “Amber”

BOGOtAhcONHEÇA A BANdA dE sÃO GONÇALO

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2 KillerPumPKin | JunHO 2016

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ÍNDIcEKILLERpUMpKIN EdIÇÃO 09 - JUNHO / JuLHO dE 2016

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ALMIr chIArAttI

BrOkEN JAzz SOcIEty

LIMONGE

lança Ep ao vivo e vídeo com participação de Luiza sales

trio de stoner rock lança videoclipe

Um por todos

JORNALISTA RESPONSÁVELAmauri da Rocha Mtb: 36124

EDIÇÃOHorigami

Amauri da Rocha

TEXTOSHorigami

Assessorias de Imprensa

COMERCIALHorigami

[email protected]

DIAGRAMAÇÃO E ARTEElias Setin

FOTO CAPAPatricia Scavone

CIRCULAÇÃODigital

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18

26

junho 2016 / edição 09

A força da mulher combom humor e valentia emseu disco de estreia

LANÇAMENTOS

LANÇAMENTOS

LANÇAMENTOS

BOGOtAh

SABBAth BLOODy SABBAth

LEIA

CAPA

DANlança Ep “Amber”

cONHEÇA A BANdA dE sÃO GONÇALO

NOVIDADE

ANA SuchA

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5 JUNHO 2016 | KillerPUmPKiN

34 HALLOWEEN TODO DIA

STYLE

EM ESTÚDIO

ALMIr chIArAttI

LIMONGE

ANTENADO

DAN

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EVIS

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Classificada pelo cantor e compositor Almir Chiaratti como "a melhor noite do início das melhores noites que

virão pela frente", o show de lançamento do álbum "Bastidores do Sorriso", realizado em 2015, foi a primeira apresentação da turnê e também o primeiro show do artista. A emoção sentida por todos naquele dia agora é transformada em um EP, o "Bastidores Ao Vivo", que também gerou o

clipe para a música "Ne T'inquiète Pas", com participação da cantora Luiza Sales.

Disco de estreia da carreira musical de Almir Chiaratti, o "Bastidores Ao Vivo" é o nascimento do artista no palco. "Este EP ao vivo é muito bacana pra mim por que é um registro completamente afetivo de uma noite muito especial. Ele é zero preocupado com aquelas regrinhas de duração de

Almir ChiArAttilança Ep ao vivo e vídeo com participação de Luiza sales

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7 JUNHO 2016 | KillerPUmPKiN

SERVIÇOhttps://youtu.be/0yAdmRZMGyw

open.spotify.com/album/2NzRChvzmcZv1A0fWwlzyH

soundcloud.com/almirchiaratti/sets/bastidores-ao-vivo

música do mercado, sabe? Tem faixas de cinco minutos porque fiz questão de colocar as falas de agradecimento e tentar trazer essa experiência de ouvir um show ao vivo mesmo, sem muitos cortes.", explica o cantor.

Um dos pontos altos da apresentação, o dueto com a cantora Luiza Sales para a canção "Ne T'inquiète Pas" se tornou um clipe ao vivo. O vídeo também registra a participação da banda Ruivo, Urso e Mogli, que tocaram no CD e no show, mas não acompanham atualmente o cantor. Da formação original do disco, o saxofonista Mateus da Silva continua se apresentando com Almir Chiaratti.

"A Ruivo, Urso e Mogli, ou seja o Rafael d'Almeida, o André Santos e o André Luiz me acompanharam no disco e além de ótimos músicos, são meus amigos há anos. Esse show marca o nascimento do meu projeto musical e o fim do projeto do CD até onde eles me acompanharam, então foi uma noite de nascimento e despedida da RUM me acompanhando. Muitos motivos para agradecê-los pra sempre", conta.

Gravado no Solar de Botafogo, o show foi troca de energia das pessoas que estavam lá para assistir, dos músicos que estavam no palco e, até mesmo, do público que assistia online. Isso porque a apresentação foi transmitida ao vivo pela fanpage do cantor. "Lembro que na época a grande multidão de 12 pessoas, entre elas a sogra e a namorada do guitarrista, pois elas são de SP e não puderam vir ao Rio. Isso me ganha e me emociona até hoje, sabe? Usar a tecnologia para chegar onde importa", relembra Almir Chiaratti. O show foi possibilitado pelo apoio de amigos,

parceiros, familiares e fãs, que investiram em um financiamento coletivo para ganhar ingresso, CD e outras recompensas.

Sempre voltado para a evolução do seu trabalho como cantor e compositor, Almir já se prepara para um novo trabalho, bem diferente do disco "Bastidores do Sorriso": "Quanto a um próximo CD, eu tenho músicas novas que estou trabalhando. Mas estou num processo de aprendizado tão grande que ainda estou digerindo e ruminando tudo isso que está acontecendo na minha vida musical! Certamente pro fim do ano a gente já deve lançar alguma coisa com uma cara distinta em relação ao 'Bastidores'", adianta.

O EP “BAStIDOrES AO VIVO” EStá DISPONÍVEL NO SOuNDcLOuD E

SPOtIfy.ASSIStA AO VÍDEO AO VIVO DE “NE

t’INquIètE PAS” NO yOu tuBE.

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A crise política do Brasil, as operações policiais contra a corrupção e as manifestações nas ruas, tudo isso serviu

de inspiração para Mateus Graffunder (guitarra/vocal), João Fernandes (baixo) e Felipe Araújo (bateria) escreverem uma canção chamada "Riot Spring". Ela faz parte do EP "Gas Station", o mais novo trabalho do Broken Jazz Society, banda que tem sido a razão de viver desses três mineiros desde 2013, quando foi formada.

Broken JAzz SoCietytrio de stoner rock lança videoclipe sobre a crise política e moral

vivida no Brasil

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9 JUNHO 2016 | KillerPUmPKiN

Com cenas filmadas em Uberaba/MG, cidade natal da banda, e em diferentes locações no centro antigo de São Paulo, o videoclipe de "Riot Spring" é uma expressão fidedigna do momento de revolução que vive o Brasil. Cortesia dos diretores Foster Caldas Rodrigues e do respeitadíssimo Rodolpho "Rod" Cauhi, fundador da Origem Filmes e sócio-fundador da Amsterdam Digital, responsável por mais de 50 clipes. "Riot Spring" ainda contou com roteiro de André de Vito.

Um teaser do videoclipe "Riot Spring"está disponível no canal oficial do Broken Jazz Society no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=Y6kXFOipoUQ

SOBrE "GAS StAtION"

"Gas Station" aponta para uma nova sonoridade se comparado ao disco de estreia do Broken Jazz Society, "Tales From Purple Land" de 2014. Gravado por Ricardo Barbosa no do 106Studio em Uberaba/MG e mixado/masterizado pelo mestre Gustavo Vazquez (Black Drawing Chalks, Hellbenders, Uganga), "Gas Station" traz o Broken Jazz Society com roupagem menos lo-fi e mais centrado nos sons de guitarra e baixos recheados de fuzz. Com referencias desde clássicos setentistas até o rock alternativo contemporâneo, "Gas Station" é uma explosão lisérgica de stoner rock, sem abrir mão da riqueza e complexidade nas melodias. É o que demonstram "Riot Spring" e as outras duas faixas que compõem o trabalho, "Mean Machine" e a faixa-título.

"Gas Station" é um lançamento da Sapólio Rádio, mesma gravadora de importantes nomes da cena mineira do rock contemporâneo como Uganga, Seu Juvenal e Lava Divers. "Gas Station" pode ser adquirido através do site oficial da gravadora: www.sapolioradio.com.br

SERVIÇO

facebook.com/brokenjazzsociety

www.brokenjazzsociety.com

soundcloud.com/broken-jazz-society

twitter.com/official_bjs

youtube.com/user/brokenjazzsociety

instagram.com/brokenjazzsociety

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LUISA MASCARENHAS

Daniel Borges é DAN, cantor carioca que lança seu EP de estreia "Amber". O trabalho chega ao público logo após

a divulgação do primeiro single, "Tell Me", que também ganhou clipe. Com canções leves e influência do rock acústico, DAN usa a música

para contar histórias sobre relacionamentos. Entre versos intimistas, ele apresenta as fases de uma relação amorosa: o encantamento inicial, a paixão e o amadurecimento, narrando ao longo das faixas a aventura de pessoas jovens que ainda não sabem tão bem o que querem.

DAnlAnçA eP “AmBer”

Trabalho traz influência do rock acústico e do indie

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11 JUNHO 2016 | KillerPUmPKiN

O projeto teve início em 2016, com a ideia de acompanhar uma história de amor por meio da música. A primeira faixa, que também intitula o EP, centraliza todo o enredo. "Amber" conta sobre o vínculo de uma moça com alguém, desde o momento em que se conheceram. A imagem de capa, ilustrada por Carolina Munhoz, também intercala com a estória, por meio dos cabelos cor de laranja de uma mulher, que rementem ao espírito da personagem, e o azul, que significa o fim de tudo.

Quem escuta a interpretação de DAN pouco imagina que o cantor nem sempre sonhou em ser músico. Na adolescência, pegou um violão pouco usado para tocar algumas canções, graças ao encanto pela melodia de sua maior inspiração, o americano John Mayer. "Nos meus 15 anos, um amigo meu, devido ao nosso interesse nos álbuns "Continuum" e "Where The Light Is?", perguntou se eu queria aprender. Arranjei um violão que corria de casa em casa na família e não havia sido tocado por ninguém. Aprendi "Wonderwall" do Oasis, e foi realmente amor à primeira vista", diz ele.

Apesar de focar apenas em seu trabalho solo, Daniel demonstra facilmente o dom em sinfonias. Durante as aulas de guitarra, adquiriu uma paixão pela composição, e descobriu grandes referências para a carreira, os ingleses Chris Martin, vocalista do Coldplay, e Alex Turner, frontman do Arctic Monkeys. Além das inspirações internacionais, DAN identifica-se com o brasiliense Tiago Iorc e os ex-integrantes do Los Hermanos, Rodrigo Amarante e Marcelo Camelo.

Tamanha influência transformou "Amber"

em realidade. Além da voz e letra de Daniel Borges, a gravação contou com a participação dos músicos Sérgio Duarte (baixo e teclado) e Jonas Cáffaro (bateria), o que tornou o EP ainda mais completo. A produção ficou por conta de Duarte e o próprio DAN.

SERVIÇO

deezer.com/album/12827914

open.spotify.com/album/6sAJscKFD2AFyECU2M9P90

youtu.be/TBycHCk7gGo

itun.es/br/sk2Rbb

ASSIStA O cLIPE DE "tELL ME", O PrIMEIrO SINGLE E OuçA "AMBEr"

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FOTOS: BARBARA LOPES

AnA SuChA

A força da mulher com bom humor e valentia em

seu disco de estreia

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13 JUNHO 2016 | KillerPUmPKiN

"Inês é morta" é uma das expressões mais famosas da língua portuguesa. Sinônimo de uma causa perdida, a expressão acabou sendo um norte no bem humorado e urgente "Inês", disco de estreia da cantora Ana Sucha, que se debruça sobre o feminismo, sexismo e visibilidade LGBT.

"Eu era baterista, mas estava completamente parada já tinha quase cinco anos, como me mudei pro Rio, não conhecia ninguém que pudesse formar uma banda comigo. Daí veio essa urgência de tocar dentro de mim e eu pensei - 'poxa, eu toco bateria, percussão, violão e até que sou afinada, acho que dá pra brincar de tocar sozinha mesmo'", explica Ana, que contou com a força do produtor e arranjador Eugenio Dale na concepção do projeto.

A inspiração para o nome do disco surge na terceira canção, "Uma mulher feliz", onde a artista carioca de nascimento e brasiliense de coração canta "Ô Mamãe / Há mais de um mês / To namorando a Inês / Nem reparei no rapaz / Porque pra mim tanto faz".

"Eu já tinha feito a música com os meus parceiros Eugenio Dale e Suely Mesquita e numa audição com a fotógrafa Barbara Lopes, ela brincou falando que 'agora Inês é morta'. Procurando a origem da expressão encontrei a história incrível que inspirou no proceder do disco", conta Ana.

Inês de Castro foi uma cidadã portuguesa do século XIII que viveu um romance proibido com o principe real da época, Pedro I de Portugal, que estava prometido

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a outra mulher. Anos depois, já viúvo, Pedro I e Inês decidiram viver seu amor. Por medo da repercussão política e moral que aquele segundo casamento causaria, o Rei Afonso IV mandou executarem Inês.

Da morte dela, surgiria uma das cenas mais tétricas e lendárias da história ibérica, onde Pedro I coroaria Inês como sua rainha depois de morta e os súbitos fizeram fila para beijarem a mão do cadáver.

De canções de protesto como "Vermelho cor de sangue" até um dueto com o sistema operacional Siri em "Onde você está?", o disco mistura humor e seriedade para falar o dia a dia de muitas Inês, rainhas vindas do sofrimento.

"Cada um tem uma estratégia pra lidar com a 'opressão de cada dia' - a minha é o humor. Eu não sou uma pessoa 'séria' (risos). Ao mesmo tempo, tem coisas que pesam muito no dia a dia e que são relevantes da gente falar, se posicionar e acho que esse é o meu jeito de me fazer ouvir, de contar a minha história. E acho que tratar as coisas com humor e ironia não diminui a mensagem", explica.

"Inês" está disponível para audição a partir de junho, e chega às plataformas de streaming no mesmo mês. A versão física do disco sai em julho.

Ouça "Inês": https://www.youtube.com/watch?v=RPnWk6DFjQ0&feature=youtu.be

rELEASE DO DIScO "INÊS", DE ANA SuchA

Ana Sucha é uma jovem cantora, compositora e multi-instrumentista. Sua

originalidade e talento, em pouco tempo de estrada, já a levaram para grandes palcos dentro e fora do Brasil. Depois de tocar no maior festival de música brasileira da Holanda – por onde também passaram Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Gadú, Ana Sucha apresenta seu disco de estreia, "INÊS", com produção de Eugenio Dale, que trata de suas vivências enquanto "ser mulher", dotado de sentimentalidades, ironia e boas doses de diversidade musical.

O disco é inspirado pela história de Inês de Castro, uma jovem mulher que vivia um amor proibido com D. Pedro I de Portugal. Ela foi brutalmente assassinada a mando do pai do seu amado – anos após ser morta, foi coroada como rainha. Conforme ouvimos o disco, conseguimos reconhecer um pouco de Inês em cada mulher – muitas vezes preteridas, mortas, mas sempre rainhas.

Autodidata, Ana Sucha toca – junto com Eugenio Dale – praticamente todos os instrumentos no disco. Nas faixas "Seis sentidos" e "Eu sorrio bem mais", eles contam com a participação dos incríveis Frederico Puppi (violoncelo) e Gustavo Corsi (guitarra). Já na canção "Onde você está?" e "Bagatelas", quem participa é Dennis Novaes (cavaquinho).

Ana assina sete das 10 faixas do disco, ora sozinha, ora acompanhada por parceiros como Eugenio, Dennis, Suely Mesquita ou Zerzil. Também assinam canções, João Paulo Gusmão e Dennis Novaes, parceiros da cantora da época em que vivia em Brasília, e Zerzil.

"Doze temporadas", balada de Ana Sucha, abre o disco sentenciando a superação de um relacionamento – consigo mesma - por

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SERVIÇO

youtube.com/user/anasucha1

facebook.com/sucha.ana

soundcloud.com/ana-sucha

meio da música. A canção dá o tom da poética de Sucha, onde há espaço para sentimentalidades e ironia. A "volta por cima" e o sentimento de libertação para ser quem e o que quiser ser, pode ser ouvido na faixa seguinte, "Do Fundo do Poço", um pop-rock assinado por Sucha e Zerzil.

"Uma mulher feliz", terceira faixa do disco, tem assinatura de Ana Sucha, Eugenio Dale e Suely Mesquita, e remonta influências da música paraense, com sintetizador bem marcado, para falar de uma relação homossexual com o "eu-lírico" do disco, a Inês. Divertida, a faixa promete encabeçar as preferidas do público, com seguinte a frase: "Ô mamãe/Há mais de um mês/Tô namorando a Inês/Nem reparei no rapaz". A sequência traz "Meu nome é tchau", de Ana Sucha e Suely Mesquita, e traz um funk carioca irônico sobre o término de uma relação opressora.

A balada "Seis sentidos" é uma boa declaração de amor à carioca e confere ao disco caráter popular, com promessas de boa aceitação radiofônica. Emenda-se a esta, "Sobre pássaros, flores e espinhos", do compositor brasiliense Dennis Novaes. A faixa, que originalmente foi composta como samba, ganha, no disco, um potente arranjo roqueiro e traz uma bela reflexão sobre o amor: "Amor/A vida é feito um passarinho/É como a flor e o espinho/Tem o cantar e o sofrer".

"Onde você está?" tem linha melódica doce e se apresenta como uma balada que versa sobre a solidão de forma muito criativa e contemporânea. Em "Vermelho cor de sangue", de Zerzil, Ana Sucha empunha campanha feminista com letra

forte e depoimentos de mulheres sobre o primeiro assédio que sofreram colados em pastiche ao longo da canção, a exemplo do videoclipe da música - lançado no dia internacional da mulher.

No "samba quadrado" "Eu sorrio bem mais", uma composição de Dennis Novaes e João Paulo Gusmão, encontra-se outra volta por cima, com bela linha de violoncelo em diálogo com a voz de Ana Sucha. O disco termina com "Bagatelas", canção de mensagem positiva que remete ao blues e tem na "fofura" e na brincadeira seu eixo central, com coro bem marcado, gravado por amigos da cantora.

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CA

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Um por todosGelimon

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FOTOS: PATRICIA SCAVONE

Cantor, compositor e multi-instrumentista. É assim que o paulista Limonge, 28 anos, se

apresenta ao lançar seu segundo EP “O Tempo”. O projeto conta com três músicas autorais que visam retratar as sensações que todos têm ao se deparar com a passagem do tempo, da nostalgia do passado (representado na faixa “Geração 90”), ao imediatismo do presente (“2 minutos”), até das certezas e incertezas do futuro (“O Tempo”). Seguindo a mesma linha do primeiro projeto, Limonge toca todos os instrumentos das músicas e também assina toda produção.

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Como foi o processo de produção do EP, já que você tocou todos os instrumentos e, claro, gravou a voz? Ah, e ainda assinou a produção. Resumindo: fez tudo.

LIMONGE - Pode parecer extremamente complexo, mas fluiu de forma tão orgânica que até me assustei (rss). Como costumo produzir material sozinho em home studio já há algum tempo, a gravação não foi um processo complicado, o grande problema acabou sendo a autoanálise.

O que lhe deu mais trabalho para concluir este projeto?

LIMONGE - Atuar como crítico do seu próprio trabalho é muito complicado, o julgamento acaba sendo contaminado pelo apego emocional. Acredito que digerir o todo e deixar cada uma das músicas num formato que soasse uniforme e agradável foi a grande dificuldade...

Qual foi o tempo de estúdio para finalizar o EP?LIMONGE - Foram cerca de 4 dias atuando

como músico (gravando) e um belo mês atuando como produtor (mixando, reeditando e trabalhando em cada faixa).

E o resultado final, ficou com esperava ou mudaria algo?

LIMONGE - Olha, sim e não (rss). Não acredito que seja um problema exclusivamente meu, mas depois de ouvir as mesmas músicas por umas 100 vezes, você fica meio "acostumado" e acredita ter em mãos a obra da vida, o santo graal da música. Passa um tempo, você ouve de novo e descobre umas 30 mudanças que gostaria de fazer e que deixariam a música soar melhor... Contudo, analisando friamente, ficou satisfatório, mas já tenho uma série de aprendizados pra colocar em prática no próximo trabalho.

Qual a fórmula para administrar tudo isso, e

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ainda dar certo?LIMONGE - Não existe uma equação,

acredito que, acima de tudo, temque haver muita força de vontade e desejo constante de aprender e evoluir... Nunca estar satisfeito e acomodar faz com que você siga adiante. Mas admito que minha administração não é muito exemplo pra ninguém (rss). Apenas deixo a coisa fluir e sigo meu coração, que não me deixa parar nunca.

Tem algum segredo para cuidar da carreira solo, além de ter que compor, tocar e cantar?

LIMONGE - Além da Geração Y que me salva pra caramba, não surtar (hahahahahahaha). Amar o que você faz torna tudo mais fácil, é o tipo de coisa que flui naturalmente, não tem muito roteiro, acaba acontecendo tudo ao mesmo tempo e os processos se complementam ao longo

do caminho... mas é preciso continuar a nadar, gerar conteúdo, buscar algo que te diferencie do todo e achar teu nicho, teu oceano, sem seguir o rastro já traçado por alguém, senão, morrer afogado, perder relevância ou se tornar só mais um são probabilidades bem altas.

Ser totalmente independente é um bom negócio ou, às vezes, dá aquela vontade de pedir socorro?

LIMONGE - Tem horas que pesa, mas o saldo acaba sendo bem positivo.

Ter pleno controle sobre tudo que cria faz tudo valer a pena. Sigo meu rumo como acho que devo, não como querem que eu siga e, quando dá certo, a sensação de dever cumprido e satisfação ao saber que aquilo é um pedaço sincero meu compensam todo esforço.

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Falando um pouco de você. O que Limonge ouve e o que jamais perderia tempo em ouvir?

LIMONGE - Não vou vir com aquela de "sou eclético" porque soaria falso e é papo de gente que fica em cima do muro (rs).

Gosto muito de rock clássico, grunge, britpop, pop/rock dos anos 80/90, mpb, jazz, blues, folk, música francesa (pasmem)... respeito muito o sertanejo de raiz, vejo muito valor em rap e funk, apesar de não serem estilos que gosto efetivamente, considero movimentos que agregam muito à cultura (com algumas ressalvas). O único estilo que não sinto a menor curiosidade/necessidade de ouvir é o sertanejo universitário... é algo

tão pasteurizado, tão forçado, que me soa mais como negócio do que música... é uma fórmula que deu certo e qualquer zé mané agora deu de replicar. Não desce, saca?

Dentro dessa mesma linha de pensamento, quais são suas influências musicais? Estilos, músicos, compositores, cantores?

LIMONGE - Grande parte do meu DNA musical foi formado por Pop/Rock Nacional, Grunge e Britpop. Tivesse que exemplificar isso em artistas, por ordem de importância diria: Pearl Jam (Eddie Vedder é minha maior referência como músico e pessoa), Stone TemplePilots, FooFighters, Lulu Santos, Legião Urbana e Oasis. Além disso, uma

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banda nacional pouco conhecida (que infelizmente teve um fim precoce e trágico) chamada Extromodos merece destaque, pois me influencia muito em uma série de aspectos. O único álbum que lançaram, chamado "Pra Ficar", tem músicas incríveis... pra quem não conhece, recomendo muito ouvir. Bira Ribeiro (vocalista e compositor) era sensacional.

Como você vê (e ouve) a música brasileira atualmente? O rock nacional ainda tem força?

LIMONGE - A força hoje é descentralizada, existem diversos nichos e uma gama enorme de bandas que fazem sucesso para públicos seletos; isso é bom e ruim... Bom porque há um espaço maior para mais bandas, a "fama" é menor, mas é possível crescer junto a essas cenas. Ruim pois não há mais força no rock como na década de 80/90. Apesar do resgate recente da rádio rock e de bandas incríveis surgirem como Supercombo, Scalene, The Baggios, Plutão Já Foi Planeta, infelizmente nada disso chega ao mainstream, apesar de merecerem muito mais espaço do que o que toca nos supostos "top 10". Acredito que o rock nacional não morreu, só se adaptou a um novo ecossistema pra continuar vivo, estamos numa espécie de "era glacial" da vertente. Espero que logo uma união ajude a esquentar a superfície novamente e nos tire das cavernas.

Tem algum novo projeto engatilhado, pronto para ser lançando? Quando isso deve acontecer?

LIMONGE - Tenho um clipe no forno e, em breve, vou realizar o sonho de lançar meu primeiro álbum juntando as músicas dos 2EPs (remixadas, pra variar) com algumas novas composições... Os próximos 2/3 meses prometem muitas novidades!

SERVIÇO

facebook.com/LimongeOficial

www.limonge.net

youtube.com/channel/UCXHnxfIJN8wpjmClYa2OzZg

soundcloud.com/limonge

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BoGotAhCONHEÇA A BANdA de são GonÇalo

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Banda de Rock de São Gonçalo, Rio de Janeiro, que mistura elementos pesados do rock e metal com riffs

grooveados e passagens rápidas. Uma mistura afinada de peso e intensidade. Nem leve, nem pesado - contemporâneo.

A Bogotah foi criada em junho de 2013

com o objetivo de misturar diferentes vertentes do metal e do rock visando criar um estilo próprio com personalidade. Desde então, a banda lançou um EP em abril de 2014 contendo quatro músicas

e um CD completo com 10 músicas em janeiro de 2016. Toda essa dedicação já rendeu a banda a possibilidade de participar duas vezes de um dos maiores festivais de música independente do mundo, o Grito Rock, na cidade de Teresópolis (RJ) e em Betim (MG). Além disso, foi selecionada para tocar no Festival de Bandas Independentes do RJ, no II Rio Moto Festival, no Rock na Pista e no Dia da Música. Atualmente a banda encontra-se em turnê de lançamento do seu primeiro CD, “Um Brinde ao Fim do Mundo”.

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O primeiro álbum da Bogotah trata-se de uma obra conceitual onde as 10 músicas contam a mesma história. O CD traz a história de uma pessoa que se arrepende de trabalhar e acreditar em um governo totalitário e junta-se aos insurgentes para buscar a liberdade do seu povo.

Entre temas pessoais, filosóficos e políticos, o álbum entrega reflexões sobre a situação

do Brasil e de atitudes da população brasileira no dia a dia. “Um Brinde ao Fim do Mundo” é um marco de mudança apresentando um pouco das angústias presentes em nós, seja num contexto global ou num contexto pessoal. Agrega-se ao conceito, uma coleção de riffs criativos e passagens pesadas inspiradas em bandas de rock e metal do século passado bem como características contemporâneas.

SERVIÇO

facebook.com/bogotah

www.bogotah.com.br

twitter.com/bogotahoficial

youtube.com/user/bogotahrock

soundcloud.com/bogotah

Page 29: KillerPumpkin - Edição #9

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LEIA

A gloriosa e caótica carreira do Black Sabbath permanece como a prova mais extrema

da indestrutibilidade do rock britânico. Ozzy, Tony, Geezer e Bill sobreviveram contra todas as possibilidades, sempre respondendo a quaisquer que fossem os rumores de fim da banda – invariavelmente celebrando com mais um álbum estrondoso.

Joel McIver revela a frenética história da banda maldita de Birmingham – incluindo os membros que entraram e saíram com o passar dos anos – bem como a relação instável que Ozzy manteve com basicamente qualquer pessoa que já tenha se envolvido com o grupo.

Esta edição de Sabbath Bloody Sabbath inclui detalhes da criação do Heaven and Hell por Tony Iommi com Ronnie James Dio, Geezer e o baterista

Vinnie Appice; os problemas de saúde e a triste perda de Dio em 2010, e o reencontro da banda, com novas entrevistas, análise das músicas e especulações sobre seu futuro com a ausência de Ronnie.

SABBAth BlooDy SABBAth

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