jtm 13-10-2010

Director José rocha Dinis | Director eDitorial executivo sérgio Terra | Nº 3876 | quiNta-feira, 13 De outubro De 2011

www.jtm.com.moao serviço De macau DesDe 1982

Tribuna de Macau Jornal

澳門論壇日報 10 PaTacas

Disputa judicial pode custarum milhão de dólares à SandsSheldon adelson, presidente da las vegas Sands, e a sua empresa foram condenados a pagar cerca de um milhão de dólares americanos, valor que corresponde às custas judiciais de um processo por difamação que tinham interposto contra uma união sindical, mas que viria a ser arquivado por um tribunal de londres. Segundo o “las vegas review-Journal”, adelson e a las vegas Sands poderão recorrer da decisão até ao próximo dia 28, sendo que os seus advogados já manifestaram intenção de avançar nesse sentido. o caso remonta a 2004, quando responsáveis do sindicato “unite Here” se opuseram a um projecto de adelson que visava a construção de um casino próximo do estádio do Glasgow rangers, equipa escocesa de futebol, não sendo claro aquilo que o presidente da las vegas Sands terá considerado difamatório.

APENAS SEIS EmPRESAS LUSAS coNFIRmADAS No EVENto

Pouco Portugal na MIF Pág 5

Casa em Zhuhai “vale”duas matrículas de carro

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Passageiros no aeroporto subiram 11% durante a “Semana Dourada”o movimento de passageiros no aeroporto internacional de Macau cresceu 11 por cento durante a “Semana Dourada”, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados daquela entidade. Durante essa semana, o movimento de aeronaves subiu três por cento. Não foram, no entanto, adiantados números totais. No mesmo sentido, o mês de Setembro também foi positivo. o número de passageiros cresceu 5,2 por cento e o movimento de aeronaves subiu três por cento, em comparação com o período homólogo. Segundo a companhia do aeroporto, a maior parte dos passageiros eram provenientes da china continental, cujo tráfego registou um aumento de 21 por cento, e do sudeste asiático, com um aumento de oito por cento.

Cheias provocam “catástrofe”num terço da Tailândiao executivo da tailândia, país afectado por inundações históricas, declarou ontem que um terço das províncias vivem situações de “catástrofe”. “o Governo anunciou que todas as províncias afectadas pelas inundações eram zonas de catástrofe crítica, dando mais poder aos governadores para distribuir material e administrar os orçamentos”, declarou o vice-primeiro-ministro Yongyuth Wichaidit. esta decisão tem por objectivo acelerar as operações de resgate em 26 das 77 províncias actualmente inundadas. Pelo menos 281 pessoas morreram e milhões foram afectadas desde o final de Julho pelas inundações, as piores em décadas.

Pág 02 quinta-feira, 13 de outubro de 2011 jornal trIbuna de MaCau

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jornal trIbuna de MaCau

localJANTAR PARA ANGARIAR FUNDOS CONTRA A DROGA. a associação de reabilitação de toxicodependentes de Macau vai realizar no próximo dia 19 de Novembro, pelas 19 horas, um jantar que visa celebrar o seu 11º aniversário e angariar fundos. o evento decorrerá no “Milan room” do venetian Macau.

APREENDIDOS CATAMARÃS DA “MACAO DRAGON”. Dois catamarãs da “Macao Dragon”, que em Setembro declarou falência, foram apreendidos. uma firma de advogados de Hong Kong, que actuou em nome do banco da china, foi a responsável pela acção legal. a empresa deve ao banco 160 milhões de dólares de Hong Kong.

LAU SI Io DIZ QUE mERcADo PRIVADo NÃo tEVE INFLUÊNcIA NoS PREÇoS

Governo nega lucrar com fracções económicasO Secretário para os Transportes e Obras Públicas garantiu que o Governo não está a tirar proveitos na venda das casas económicas. Rejeitando as críticas de deputados e cidadãos que acusam o Governo de ter fixado preços muito elevados na venda das habitações que tem sob sua alçada, Lau Si Io assegurou que os montantes foram pensados tendo por base apenas as capacidades financeiras dos candidatos

FÁTIMA ALMEIDA

ajustamento de preços na Tranquilidadeo valor por pé quadrado de habitação económica registou um “ajustamento” relativamente ao valor anteriormente publicado, que se reflectiu nas torres da tranquilidade. o instituto de Habitação (iH), em comunicado, explicou que tal se deve ao aumento dos limites máximos dos rendimentos mensais no âmbito da habitação social a agregados de dois elementos das 9.100 patacas para 10.560. como houve mudanças naqueles valores que servem de referência, os preços da habitação económica também tiveram mexidas. assim, no cálculo dos encargos de amortização, uma família com 30% de 10.560 patacas pode suportar pagar cerca de 680 mil patacas por uma casa. ainda segundo as contas do iH, o valor mínimo por metro quadrado dos apartamento da rua da tranquilidade é de cerca de 900 patacas.

Enquanto as máquinas ainda arrastam pedras em Seac Pai Van e os an-

daimes de bambu começam a ganhar altura, Lau Si Io ga-rante que o Governo não vai lucrar com a venda de 880 ca-sas económicas que se prepa-ra para comercializar na Rua da Tranquilidade, no Bairro do Hipódromo, Areia Preta. Numa visita relâmpago ao estaleiro de obras dos futu-ros lotes de habitação públi-ca, em Coloane, o Secretário para os Transportes e Obras Públicas reagiu às críticas de deputados e cidadãos que acusam o Executivo de estar a vender os apartamentos a preços muito elevados.

“Será que o Governo vai lucrar com a venda das habitações económicas?”, questionou Lau Si Io, con-trariando em seguida essa possibilidade. “Estas recei-tas são reaproveitadas para a sociedade, nomeadamente para cada cidadão, não está a acontecer uma situação de lucro”, afiançou o Secretário, ao sublinhar que os critérios para fixar os montantes para vender os apartamento não reflectem o mercado priva-do, mas antes as economias dos requerentes. “A fixação dos preços das próximas ha-bitações públicas não será de acordo com o mercado priva-do. Só avaliamos a capacida-de financeira dos candidata-dos”, reforçou o governante.

Na segunda-feira, o Che-fe do Executivo publicou em Boletim Oficial a tabela de preços dos apartamento - 565.100 (mínimo para T1) e 1.679.200 (máximo para T4) - e levantaram-se vozes de descontentamento. O depu-

tado Au Kam San insurgiu-se afirmando que os montan-tes agora divulgadas quase quadruplicam em relação a antigas promessas. Segun-do o deputado, o Executivo comprometeu-se a comprar 125 fogos nas torres da Rua da Tranquilidade à empresa concessionária por valores entre as 176.000 patacas (T1) e 299.8 mil patacas (T4), o que significa que agora está a vender os apartamentos a preços superiores.

Já aquando da discussão da nova Lei da Habitação Pú-blica na especialidade a im-

portância proposta para cada pé quadrado - 1.100 patacas - gerou divergência, com os deputados a considerarem que este valor seria superior ao praticado no mercado (en-tre 600 a 800 patacas). Na al-tura, o Governo argumentou que aquele montante teve por base as características finan-ceiras dos candidatos, sendo o valor ainda justificado com encargos relativos a recupe-ração e limpeza dos espaços antes da construção. Porém, as previsões dos deputados acabaram por ter lugar na realidade. Alguns cidadãos

pensam mesmo que o Execu-tivo está a querer lucrar.

Ontem, o Governo voltou a apresentar os mesmos argu-mentos usando também para sua defesa a já publicada Lei da Habitação Económica, que vigora desde o dia um deste mês. “Segundo a nova Lei da Habitação Económica foi de-finido que é preciso determi-nar o preço de acordo com a capacidade de aquisição dos candidatos e nós iremos se-guir este espírito introduzido na lei”, reforçou. O Secretário refutou as críticas sublinhan-do ainda que “o método de cálculo foi já apresentado nas sessões da Assembleia Legis-lativa e divulgado na comu-nicação social”.

Lau Si Io disse ainda compreender a aspiração dos candidatos em encontrarem um apartamento mais bara-to, mas nunca deixou de re-petir, que apesar dos valores poderem ser influenciados por algumas características da casa, como a vista, são no fundo um espelho das capa-

cidades financeiras dos can-didatos.

Antes de terminar a visi-ta às obras em Seac Pai Van Lau Si Io deixou algumas perguntas dos jornalistas por responder, mas não saiu sem prometer ainda que o Go-verno manterá uma comuni-cação estreita com o sector bancário para que haja uma maior facilidade na conces-são de empréstimos, bem como flexibilização nos pra-zos para amortização.

O presidente do Institu-to da Habitação (IH) seguiu a mesma bitola e reiterou que “a capacidade aquisitiva dos can-didatos” é o factor que pesa para a definição dos preços, rejeitando também que haja reflexos dos valores praticados pelo mercado privado. Segun-do Tam Kuong Man foram ain-da ouvidas três companhias para avaliar esta questão. “Temos em devida considera-ção os termos das condições económica dos candidatos, a localização das casas, o ano de construção. É nestes factores que nos baseamos para definir o preço da habitação económi-ca”, sem “referência ao mer-cado”, referiu o responsável pelo IH, dando um exemplo (ver caixa).

Para a antiga pedreira de Seac Pai Van está prevista a construção de 8.649 habita-ções, distribuídas por três lo-tes, que também incluem ins-talações como escola e centro de saúde, de acordo com os dados do IH. A inauguração das obras do lote CN3 decor-reu em Maio, sendo que para este lote estão projectadas quatro torres, cujo primeiro andar vai dispor de um par-que de estacionamento públi-co com mais de 700 lugares. Já para o segundo andar está planeado um pódio-jardim. Do terceiro ao 26º estarão 892 apartamentos, incluindo 192 T1 (22%), 564 T2 (63%) e 136 T3 (15%). Características que ainda só se conseguem ver nas imagens. Contudo, a obra deverá estar concluída no final do próximo ano. De-pois do Governo atribuir as 880 casas económicas da Rua da Tranquilidade ficarão ain-da na lista de espera 11.212 famílias.

jornal trIbuna de MaCau quinta-feira, 13 de outubro de 2011 Pág 03

localRENOVAÇÕES EM GRUPO SOBRE TERRENOS. o chefe do executivo renovou a nomeação de fong chi Keong, leong Man io, Paulino comandante e eddie Wong como membros do Grupo consultivo para o Desenvolvimento de terrenos. o despacho vigora a partir de 1 de Novembro.

FUNDO AMBIENTAL GANHA FORMA. arnaldo Santos, au Wai San, lei Sio iong e choi Sao leng foram nomeados membros efectivos do conselho administrativo do fundo para a Protecção ambiental e conservação energética, pelo período de dois anos. Por outro lado, vai Hou ieong foi designado para o cargo de presidente da comissão de apreciação do fundo.

EmPRESA Em ZHUHAI DIZ PoDER EmItIR FActURA DE Um mILHÃo, mESmo QUE A VENDA SEjA INFERIoR

Uma casa... duas matrículas!

DSaT desconhece quantidade de carros com duas matrículasa Direcção de Serviços para os assuntos de tráfego (DSat) não dispõe de dados sobre o número dos carros com duas matrículas que circulam em Macau. De acordo com a porta-voz da DSat, lao Sio Wut, o Governo da raeM apenas faz fiscalização das actividades de transportes no território. a responsável informou que as licenças passadas no interior da china não estão sob a fiscalização da DSat. a porta-voz da DSat explicou ainda ao JtM que normalmente basta um prazo de 15 dias para obter uma matrícula para os novos carros em Macau, sendo para isso necessários um exame do carro, o pagamento de imposto e o registo na conservatória. Depois de concluída a burocracia em Macau, os interessados podem requerer os documentos necessários para solicitar uma matrícula no interior da china. Devido ao número elevado dos automóveis com duas matrículas, surgiram já algumas actividades de contrabando através dos automóveis que passam todos os dias pela fronteira. Por isso, há quem defenda que a raeM tem a necessidade de criar um regime de fiscalização mais específico para automóveis com duas matrículas.

O “boom” do imobiliário em Zhuhai é, em parte, dirigido a clientes de Macau. Entre os argumentos de venda usados pelos agentes imobiliários com quem o JTM falou estão o facto de os apartamentos serem mais baratos (a preços equivalentes aos da habitação económica em Macau) e de poderem dar direito a uma matrícula chinesa para carros que já estejam licenciados na RAEM. O futuro crescimento da Ilha da Montanha também é referido como um factor de desenvolvimento

PAULO BARBOSAVIVIANA CHAN

A procura de matrículas que per-mitam que carros particulares oriundos das Regiões Adminis-

trativas Especiais circulem na provín-cia de Guangdong está a crescer. Ciente disto, o Governo da província vizinha tem vindo a implementar uma política de benefícios ao investimento, levando várias empresas imobiliárias chinesas a apostarem na construção de empreen-dimentos na cidade de Zhuhai. O JTM esteve do outro lado da fronteira e falou com vários agentes imobiliários. Estes confirmam que o “boom” imobiliário que se observa na cidade vizinha tem atraído não apenas clientes locais, mas também residentes de Macau, Hong Kong, Taiwan e outras pessoas que possuem passaportes estrangeiros.

Todos estes clientes podem pedir uma matrícula de carro que permite circular no Interior da China, desde que comprem uma habitação em pri-meira mão em Zhuhai, com o valor igual ou superior a um milhão de ren-minbis, pago de uma só vez. Trata-se de uma política, introduzida recente-mente, de incentivo à compra de casas. Antes, apenas as empresas com capitais de fora que tivessem investido um de-terminado valor no Interior da China é que poderiam obter licenças de matrí-culas para circular no vasto país. Desde que o privilégio deixou de estar veda-

do a particulares, nota-se que há cada vez mais carros particulares com duas matrículas (a de Macau e a da China) pelas ruas da RAEM.

Junto ao posto fronteiriço das Por-tas do Cerco, abundam os cartazes pu-blicitários de promoção de empreendi-mentos imobiliários em Zhuhai. Dados os preços elevados das habitações em Macau, há muitos residentes de Macau que preferem comprar casa na cidade vizinha. Ali, podem adquirir imóveis com maiores áreas e bons acabamentos por preços mais acessíveis. Os agentes imobiliários aplicam políticas de “ma-rketing” agressivas dirigidas à popu-lação de Macau. Autocarros esperam os potenciais clientes logo à saída da fronteira para os levar a visitar as ca-sas-modelo.

Entre os argumentos usados pe-las empresas imobiliárias para atrair clientes estão a facilidade de desloca-ção entre os dois lados da fronteira e os planos de desenvolvimento da Ilha

da Montanha. Embora passar a frontei-ra constitua o maior obstáculo para as pessoas interessadas em comprar uma habitação em Zhuhai, é prometido aos potenciais compradores que o alarga-mento da emissão das licenças para os carros particulares de Macau e a previ-sível abertura da fronteira durante 24 horas farão com que a sua deslocação seja mais fácil. Também é referido que com a construção do sistema de Metro Rápido, que vai ligar as principais ci-dades do Delta do Rio das Pérolas, esta zona será mais “globalizada”.

Um dos projectos que está a ser in-tensamente promovido é o “Sea Clou-ds”, um condomínio que fica na zona de Jinwan, a cerca de trinta minutos de au-tocarro a partir da fronteira. Neste, como noutros casos, a publicidade indica que as várias infraestruturas rodoviárias que estão a ser construídas em Zhuhai vão fazer com que o caminho para Macau seja simplificado e encurtado. A empresa imobiliária “Times Property” está encar-regada das pré-vendas do “Sea Clouds”. Nos seus anúncios, é referido o seguinte: “Um milhão de renminbis = duas matrí-culas + Ilha de Montanha + vista para o mar + T3 com decoração qualificada”. Neste empreendimento, o preço das ca-sas com vista para o mar tem um custo mínimo de 900 yuans por pé quadrado. Este preço é praticamente semelhante ao preço estabelecido para as habitações económicas em Macau (1.256 patacas de preço médio por pé quadrado).

Mais próximo de Macau (a 10 minutos da fronteira, com vista para o rio), o projecto “Mangrove Bay” tem casas que são vendidas a partir de 2.000 yuans por pé quadrado. Nos anúncios de promoção do “Mangrove Bay”, é frisada a vantagem da localiza-ção e a qualidade das construções. Nos catálogos, as torres surgem enquadra-das numa vista onde Macau surge em

plano de fundo.MUITOS INTERESSADOS EM GONGBEI. Durante a “Semana Dou-rada”, várias empresas imobiliárias oriundas do Interior da China exibiram os modelos de casas no Centro Comer-cial de Gongbei, em Zhuhai. O JTM esteve no local e constatou uma gran-de quantidade de pessoas oriundas da RAEM interessadas nos apartamentos que estão à venda do outro lado da fronteira. A questão da possibilidade de terem duas matrículas é um dos ar-gumentos comerciais. Segundo a agen-te imobiliária Joy Cai, o processo de pedido de uma matrícula do Interior da China pode ser um pouco demora-do. Se tudo correr bem, o processo tra-tado pela empresa demora dois meses e implica uma despesa compreendida entre os oito mil e os dez mil renmin-bis, incluindo comissões. O processo só pode avançar quando estiver emitida a licença de bens imobiliários, que com-prova a identidade da habitação. Mas as empresas imobiliárias tentam faci-litar a obtenção de matrícula. Joy Cai revelou mesmo que, se o cliente quiser, a empresa que representa pode emitir a factura com o valor de um milhão, mesmo que o valor de venda seja infe-rior. Tudo está dependente das neces-sidades dos clientes, que terão como única consequência o pagamento de mais impostos pela aquisição do imó-vel, respeitando o valor da factura.

Uma consulta ao Gabinete da Ad-ministração dos Veículos do Departa-mento de Segurança Pública da Pro-víncia de Guangdong permite concluir que obter uma matrícula da China cus-ta menos de 400 renminbis, incluindo 240 yuans para tarifas administrativas e 100 yuans para placa de ferro. Tendo todos os documentos requeridos, bas-ta esperar entre um a dois meses para concluir todo o processo.

Argumentam as empresas imobiliárias com a abertura da fronteira durante 24 horas e os planos da Ilha da Montanha...


local (...) “A UM precisa também de prestar atenção à evolução do sistema do ensino superior de Portugal, que está estreitamente ligado à origem e identidade da nossa Universidade” (...) Anabela Ritchie

UM está “sujeita às restrições no exercício da sua autonomia”, precisamente devido à sua natureza de pessoa colectiva de direito público Wei Zhao

DELEGAÇÃo DE mAcAU FEZ VISItA DE EStUDo

Sistema de Portugal “muito útil” para UMO novo regime jurídico do ensino superior português será uma “referência muito útil” para a Universidade de Macau, destacou o reitor da instituição, na sequência de uma visita a Portugal realizada por uma delegação da RAEM

No âmbito do trabalho de revisão dos Estatutos da Universidade de Macau (UM), o novo regime

jurídico de ensino superior de Portugal afigura-se como uma importante “refe-rência”, uma vez que foi estabelecido com base numa “avaliação rigorosa” realiza-da pela Organização para a Cooperação Económica e Desenvolvimento (OCDE), tendo igualmente em conta a experiência dos países europeus mais avançados tais como Alemanha, Suécia e Áustria, subli-nha um comunicado da UM, citando o reitor Wei Zhao.

O reitor da UM referiu ainda que o regime da fundação universitária me-recerá um estudo mais atento, porque actualmente a instituição está “sujeita às restrições no exercício da sua au-tonomia”, precisamente devido à sua natureza de pessoa colectiva de direito público. Considerando que esse novo regime é uma das possíveis soluções para as dificuldades de uma universi-dade pública na sua gestão financeira, patrimonial, administrativa e de pesso-al, o Grupo de Trabalho para a Revisão

dos Estatutos irá realizar estudos mais detalhados sobre a sua viabilidade na UM, assegurou o responsável, que inte-grou a delegação da RAEM que visitou Portugal no final de Setembro. Na co-mitiva seguiram ainda Anabela Ritchie, Sou Chio Fai e Iao Man Leng, membros do referido Grupo de Trabalho, Manuel Fernando Manaças Ferreira, assessor jurídico do Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Rui Mar-tins, vice-reitor da UM para a investi-gação científica e Alex Lai, vice-reitor para a área da administração.

De acordo com a UM, a visita teve como objectivo aprofundar o conheci-mento sobre a evolução e reforma do sistema de ensino superior na Europa, especialmente em Portugal e o processo da revisão do Regime Jurídico das Ins-tituições de Ensino Superior (RJIES) da-quele país. Durante os vários encontros realizados em Portugal, foram aborda-dos tópicos relacionados com a autono-mia e natureza jurídica dos estabeleci-mentos de ensino superior, o regime da fundação universitária, os motivos da

revisão daquele Regime e o seu impacto sobre o governo, autonomia e financia-mento das instituições de ensino supe-rior público.

“Esta visita permitiu-nos ter me-lhor conhecimento sobre a reforma do ensino superior em Portugal, especial-mente sobre as vantagens do seu regi-me da fundação universitária. No seu caminho de prossecução de maior flexi-bilização, modernização e autonomia, a UM precisa também de prestar atenção à evolução do sistema do ensino supe-rior de Portugal, que está estreitamente ligado à origem e identidade da nossa Universidade”, disse Anabela Ritchie.

A comitiva de Macau manteve en-contros com o secretário de Estado do Ensino Superior, João Filipe Queiró, o ex-secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor e os representantes do Conselho de Reitores das Universidades Portu-guesas (CRUP), tendo realizado ainda reuniões com dirigentes de sete estabe-lecimentos de ensino superior, nomea-damente a Universidade de Porto, Uni-

versidade de Aveiro, Universidade do Minho, Universidade Nova de Lisboa, Universidade da Beira, Instituto Supe-rior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa e Universidade de Coimbra.

No encontro com a delegação da UM, Manuel Heitor salientou que o Governo português “tem estado ciente da importância do ensino superior para o desenvolvimento económico e social do País, especialmente tendo em conta a tendência global de conferir mais au-tonomia às instituições públicas”. “Por isso, em 2005 convidámos a OCDE a realizar uma avaliação geral do sistema de ensino superior em Portugal, sendo o modelo de Governo um aspecto im-portante nessa avaliação”, acrescentou.

Por sua vez, o secretário de Estado João Filipe Queiró salientou que o novo regime, que tem como base a avaliação e as recomendações da OCDE, entrou em vigor em 2007, conferindo mais au-tonomia às instituições de ensino supe-rior, especialmente no que diz respeito à sua organização, competências, ges-tão financeira e de recursos humanos.

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUízo DE PEqUENAS CAUSAS CívEIS

ANÚNCIo Cumprimento de obrigações Pecuniárias

nº PC1-11-0348-CoP Juízo de Pequenas Causas Cíveis

Autor: BANCo NACIoNAL ULTRAMARINo, S.A., com sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, nº.22.Réu: Renato Santiago Martin, residente em Macau, no Pátio de Chon San, n.º 28, Edifício Nam Peng, 2.° andar “B”, ora ausente em parte incerta.

FAZ-SE SABER que nos autos, Juízo e Tribunal acima referidos, correm éditos de TRINTA (30) DIAS, contados da data da publicação do anúncio, citando o Réu Renato Santiago Martin, acima identificado, para querendo, no prazo de quinze (15) dias, findo o dos éditos, contestar, sob pena de, não a fazendo, prosseguindo os autos os seus ulteriores termos à sua revelia.

O pedido formulado pelo Autor consiste na condenação do Réu a pagar a dívida, as despesas e os juros de mora na quantia de MOP$17.310,80 (dezassete mil, trezentas e dez patacas e oitenta avos), a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa de juros convencionais, após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide e, ainda, as custas e condigna procuradoria.

Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta Secretaria do Juízo de Pequenas Causas Cíveis à disposição do citado.

R.A.E.M., aos 28 de Setembro de 2011.

O Juiz,Chan Chi Weng

A Escrivã Judicial Auxiliar,Iong Mio Leng

“JTM” - 13 de Outubro de 2011




Autor: BANCo NACIoNAL ULTRAMARINo, S.A., com sede em Macau,na Avenida Almeida Ribeiro, nº 22.Réu/Ré: HERMAN JR. PANGILINAN qUIAMBAo, com última residência conhecida em Macau, na Rua de Francisco Xavier Pereira, nº 14, Edf. Kok Seng, 1° andar C, ora ausente em parte incerta.

FAZ-SE SABER que nos autos, Juízo e Tribunal acima referidos, correm éditos de TRINTA (30) DIAS, contados da data da publicação do anúncio, citando o Réu/a Ré HERMAN JR. PANGILINAN qUIAMBAo, acima identificado, para querendo, no prazo de QUINZE (15) DIAS, findo o dos éditos, contestar querendo, a acção supra identificada, com a cominação de que a falta de contestação importa a confissão dos factos articulados pelo Autor o que consiste na condenação do(a) Réu/Ré a pagar a dívida, as despesas e os juros de mora na quantia de MOP$29.573,17 (vinte e nove mil quinhentas setenta e três patacas e dezassete avos), a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa de juros convencionais, após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide e, ainda, as custas e condigna procuradoria.

Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta Secretaria do Juízo de Pequenas Causas Cíveis à disposição do(a) citando(a).

Fica advertido(a) de que não é obrigatória a constituição de mandatário judicial.

Para constar se lavrou este e outros de igual teor, que serão fixados nos lugares designados pela Lei.

R.A.E.M., aos 21 de Setembro de 2011.

A Juiz,Lap Hong Lou Silva

A Escrivã Judicial Auxiliar,Chan Ka Choi





Autor: BANCo CoMERCIAL DE MACAU, S.A., com sede em Macau, na Avenida da Praia Grande, nº 572, freguesia da sé.Réu/Ré: ADoLPHE, MATTHEW GABRIEL, residente em Macau, na Av. da Praia Grande, Edf. Hang Cheong 13-And-B, ora ausente em parte incerta.

FAZ-SE SABER que pelo Juízo de Pequenas Causas Cíveis do Tribunal Judicial de Base da RAEM, correm éditos de TRINTA (30) DIAS, contados da data da publicação do anúncio, para citar o Réu/a Ré ADoLPHE, MATTHEW GABRIEL, querendo, no prazo de quinze (15) dias, findo o dos éditos, contestar a acção supra identificada, na qual pede que se julgue procedente e provada e, em consequência condena o(a) Réu/Ré a pagar as dívidas, as despesas e os juros de mora na quantia de MOP$50.000,00 (cinquenta mil patacas), acrescidos de juros legais vincendos após a propositura da acção até integral pagamento, bem como das custas e procuradoria.

Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta Secretaria do Juízo de Pequenas Causas Cíveis à disposição do(a) citado(a).

Fica advertido(a) de que não é obrigatória a constituição de mandatário judicial.

Para constar se lavrou este e outros de igual teor, que serão fixados nos lugares designados pela Lei.

R.A.E.M., aos 07 de Outubro 2011.

A Juiz,Lap Hong Lou Silva

O Escrivão Judicial Auxiliar,Ng Kuai On



local

PAULO BARBOSA

SALÃO DE OUTONO DA AFA. a art for all (afa), em conjunto com a fundação oriente, vai inaugurar a sala de outono afa, na casa Garden, da fundação oriente, na quinta-feira da próxima semana. até 19 de Novembro, vão estar expostas várias obras, para aquisição, de 30 artistas locais.

PALESTRA NA UM. o antigo director da fundação para a caridade do banco da china, liangxing Wu, é o convidado para uma palestra que se realiza amanhã, no centro cultural da universidade de Macau, pelas 15h00. liangxi Wu trabalhou na indústria bancária durante mais de 40 anos.

SEIS EmPRESAS LUSAS coNFIRmADAS No EVENto

Portugal volta a ter fraca presença na MIFPortugal voltará a ter uma presença modesta na Feira Internacional de Macau. Segundo apurou o JTM, estão confirmadas até ao momento, apenas seis empresas, mas o país manterá o seu espaço autónomo, tal como sucedeu em edições anteriores da maior feira de negócios da RAEM

Deverão ser seis as em-presas portuguesas presentes na próxima

edição da Feira Internacional de Macau (MIF, na sigla ingle-sa), que se realiza entre os pró-ximos dias 20 e 23, no Centro de Convenções do Venetian. Desta forma, Lisboa mantém uma presença reduzida num evento que vai contar com mais de 1.500 stands, distribu-ídos por uma área total supe-rior a 3.000 metros quadrados.

Embora os dados ainda sejam provisórios, tudo indi-ca que o número de empresas portuguesas interessadas em

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objEctIVo é mELHoRAR A comUNIcAÇÃo Do GoVERNo PARA o ExtERIoR

aula para assessoresCerca de 200 pessoas ligadas às chefias de diversos serviços públicos, bem como assessores ligados ao Governo da RAEM vão estar na sexta-feira numa conferência dada por um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês

Com o objectivo de melhorar a comunica-ção do Governo para o exterior, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estran-

geiros (MNE) da República Popular da China Hong Lei dá amanhã uma palestra para cerca de 200 pessoas, entre as quais vão estar directo-res e chefias de diversos serviços de administra-ção, bem como assessores de vários gabinetes do Governo da RAEM

Hong Lei vai explicar o modo de funcio-namento do porta-voz do MNE da RPC, assim como vai partilhar as suas experiências no âm-bito da interacção com os meios de comunicação internacionais, segundo uma nota de imprensa. Segundo o porta-voz do Governo, Alexis Tam, é esperado que a realização desta palestra pos-sa ajudar os colegas do Governo da RAEM “a alargar a visão, elevar o nível de qualidade e aumentar a capacidade de trabalho, de forma a melhorar mais o trabalho de divulgação de in-formações do Governo, assim como a reforçar a comunicação com os cidadãos”.

O MNE da RPC foi o primeiro ministério do país a criar o sistema do porta-voz, contri-buindo, óptica de Alexis Tam, para a promoção do entendimento mútuo e da confiança entre a China e outros países, assim como para infor-mar a população d a situação a nível internacio-

chui Sai on vai à Feira de cantãoO Chefe do Executivo da RAEM viaja hoje para Cantão para assistir à abertura da Feira de Importação e Exportação da China

Além de testemunhar o arranque da 110ª Feira de Importação e Expor-

tação da China, vulgarmente conhecida como Feira de Can-tão, Fernando Chui Sai On vai ter um encontro com os diri-gentes do Ministério do Co-mércio da China e participará num banquete oferecido por aquele Ministério.

De acordo com uma nota divulgada pelo Gabinete do Porta-voz do Governo, Chui Sai On regressará amanhã a Macau, depois de participar, de manhã, na inauguração da Feira. Na deslocação à capital da Província de Guangdong, o Chefe do Executivo será acom-panhado pelo Secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, a secretária-geral do Con-selho Executivo e Assessora do Chefe do Executivo, O Lam, o presidente do Instituto de Pro-moção do Comércio e do In-vestimento de Macau (IPIM), Jackson Chang, o assessor do Chefe do Executivo, Fung Sio Weng, a adjunta do Chefe do Executivo, Goretti Tam Ka Wa,

e a assessora do Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças, Leong Wai Leng.

Durante a ausência do Chefe do Executivo, a Secre-tária para a Administração e Justiça, Florinda Chan exerce-rá interinamente as funções de Chefe do Executivo.

A Feira de Cantão tam-bém irá contar com a presença de várias empresas de Macau, cuja participação foi coordena-da pelo IPIM.

No ano passado, o even-to atraiu empresas de mais de 30 províncias da China, Hong Kong, Macau e 12 países, sendo que foram assinados 240 projec-tos de cooperação económica e comercial envolvendo mais de 158 mil milhões de renminbis.

A Feira de Cantão, cuja origem remonta ao ano de 1957, realiza-se duas vezes por ano, na Primavera e no Outo-no. Trata-se do maior certame para a exposição de produtos da China, ocupando o recin-to uma área de um 1.120 mil metros quadrados, com 55 mil stands.

participar no maior certame de negócios da RAEM vai man-ter-se ao mesmo nível do que aconteceu no ano passado. Em 2009, tinham participado na feira organizada pelo Institu-to de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) 15 empresas portugue-sas, menos sete do que aconte-cera em 2008.

Ainda assim, está confir-

mado que Portugal irá manter o seu pavilhão autónomo, à seme-lhança das edições anteriores. Naquele espaço, os expositores das empresas são complemen-tados por uma presença insti-tucional. Para além de Portugal e do Brasil (que participa inte-grado no pavilhão dos países da América Latina), os restantes países lusófonos vão agrupar-se no mesmo espaço, onde está

confirmada a presença de cerca de 30 empresas e 60 delegados. Embora o período de inscrições já esteja encerrado, este número poderá ainda sofrer um acrés-cimo, dado que são frequentes as confirmações feitas por em-presas africanas já para além do prazo.

Em termos gerais, a or-ganização prevê que haja um maior número de participan-

tes, até porque o espaço para exposição vai aumentar. Re-corde-se que na edição de 2010 participaram 48 países e regi-ões e houve registo de mais de 60.000 entradas de visitantes. Durante os quatros dias do evento foram realizadas 1.032 bolsas de contactos e assina-dos 60 memorandos de enten-dimento e acordos de coope-ração. Segundo a organização, isto resultou em investimentos que movimentaram, no total, cerca de 4,3 milhões de pata-cas. Mais de 5.000 pessoas par-ticiparam ainda em 36 fóruns, conferências, seminários e ses-sões de apresentação.

No próximo dia 18, o IPIM vai organizar uma conferência de imprensa para revelar todas as empresas participantes e o programa detalhado da feira.

Com o objectivo de obter um comentário quanto à par-ticipação portuguesa no certa-me, o JTM contactou ontem a responsável pela delegação lo-cal da Agência para o Investi-mento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). Até ao fe-cho desta edição, não foi pos-sível obter qualquer reacção por parte de Mariana Oom.

nal e a política externa. Hong Lei é um diplomata com experiência

no trabalho diplomático e na comunicação do Governo. Em 1991, logo depois de se graduar em língua e literatura inglesas da Universida-de de Línguas Estrangeiras de Pequim, Hong Lei ingressou no Ministério dos Negócios Es-trangeiros, para trabalhar no Departamento de Imprensa. Nos anos seguintes, foi adido na Embaixada da China na Holanda, primeiro-se-cretário no Consulado-Geral da China em São Francisco, EUA, Chefe de Divisão e Conselhei-ro do Departamento de Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Hong Lei começou a exercer as funções de subchefe do Departa-mento de Imprensa e porta-voz do Ministérios dos Negócios Estrangeiros em 2010.

A conferência terá lugar no Centro de Con-ferências do Centro de Ciência de Macau.

Hong Lei vai dar palestra para 200 pessoas


localCASA DE MASSAGENS ILEGAL NA AREIA PRETA. a polícia detectou três mulheres de nacionalidade chinesa que trabalhavam numa casa de massagens não licenciada na zona da areia Preta. as mulheres diziam receber 180 patacas por hora.

FURTADAS 100 MIL PATACAS. uma residência na rua da Madre teresinha foi alvo de furto, tendo desaparecido dinheiro e objectos com o valor de 100 mil patacas. Não há sinais de arrombamento, suspeitando-se que tenham sido usadas chaves falsas.

VOX POPULI

CATARINA SCHUTz (turista alemã)

-Como surgiu a oportunidade de visi-tar Macau?

-Vim com o meu pai e a sua esposa. Esta-mos instalados em Hong Kong e eles que-riam ver todo este lado histórico de Macau, a arquitectura. Não estamos interessados nos casinos. Gosto mais deste lado da cida-de, mas o tempo não ajuda muito. Apenas vim porque o meu pai queria muito conhe-cer Macau, mas eu prefiro Hong Kong.

-Porquê?-Gosto de cidades grandes, e também de

grandes edifícios, mas não como os casinos, porque acho que não são bonitos. Em Hong Kong, a vida é diferente, é muito mais popu-lacional em muitas zonas.

-Até agora, quais foram as zonas que visitaram?

-Estivemos no Sands, mas não gostei. De-pois passámos também pela zona do Sena-do.

-Já experimentou a gastronomia local?-Sim, mas provei apenas a comida chinesa.

Ainda não experimentei a comida macaense, mas quero fazê-lo.

-Os serviços turísticos são bons ou pre-cisam de melhorar?

-No geral, são bons, mas depende sem-pre do restaurante ou do hotel onde formos. Face aos padrões europeus, penso que estão no mesmo patamar. Quando ao transportes, não tenho nada a apontar... Foi fácil apanhar um táxi e aqui é muito barato.

-Pretende regressar a Macau?-Penso que não. Há muitos lugares no

mundo ainda para conhecer.

A.S.S.

“os casinos não são bonitos”

comERcIANtES DE mAcAU PERDERAm mILHÕES

Burla com muitas “estrelas”Quatro residentes da RAEM terão sido vítimas de um caso de burla, após terem concordado em investir verbas avultadas num projecto “fantasma”, que incluía convites a pessoas famosas para actividades comemorativas do 10º aniversário da RAEM

VIVIANA CHAN

Um investimento que envol-via o Governo da RAEM, estrelas da música e, mais

importante que tudo, geraria um retorno de dez milhões de renmin-bis foi o engodo para dois empre-sários tentarem, alegadamente, burlar quatro pessoas. O esquema foi desmontado pela Polícia Judi-ciária (PJ), depois de uma vítima se ter queixado, em Julho.

Um dos homens suspeito da burla foi detido na terça-feira, quando tentava entrar em Macau pelas Portas do Cerco. Outro ho-mem, que se suspeita de cumplici-dade na burla, ainda está a monte, segundo anunciou ontem a PJ.

A principal vítima, residente em Macau, foi um comerciante de

apelido Chow, de 40 anos. Segun-do este referiu às autoridades, na altura da queixa, foi aliciado por dois homens, que se diziam em-presários de Hong Kong, a inves-tir num projecto que geraria um retorno financeiro muito grande. O mote era o 10º aniversário do regresso de Macau à China. Os alegados burlões convenceram, em Julho de 2008, a vítima de que tinham uma empresa de multimé-dia e que estavam a promover um espectáculo. O Governo participa-ria e seriam convidadas pessoas famosas.

Um conjunto de actividades desportivas e de espectáculos en-volvendo várias estrelas estaria programado para se desenrolar desde Xi´an, cidade a noroeste da China, até terminar na RAEM. Os suspeitos terão prometido que

tudo podia ter um lucro final de dez milhões, por isso, o comercian-te convenceu três amigos a entrar no negócio e a investir também: no total amealharam 5,15 milhões de patacas (4,5 milhões de renminbis na altura).

Mas as actividades nunca se chegaram a realizar, nem em Ma-cau, nem no Interior da China. De-pois do comerciante se ter queixado ao suposto empresário, este rebateu acabou por culpar Chow, por não ter feito a publicidade necessária ao projecto, nem ter feito um investi-mento suficiente. Por isso, recusou devolver o dinheiro, argumentando que já o tinha gasto em actividades de divulgação na China. Depois da PJ ter confirmado que nunca existiu qualquer actividade relacionada com um espectáculo deste género, deteve o homem.

comPLExo tEm SIDo VISADo PoR LADRÕES

Vigilância cerrada ao “Nova city”Face ao número crescente de casos de furtos no Nova City, a polícia deslocou agentes para o local e apanhou um ladrão em flagrante

PAULO BARBOSA

Ao longo do último mês, têm sido numerosos os casos de furtos a residências no complexo Nova City, na Taipa. A PSP reconhece a ten-

dência e afirma que tem vindo a fazer uma vigilância atenta das movimentações nas portas dos blocos re-sidenciais.

Na terça-feira, numa dessas acções, um agente detectou um indivíduo que vagueava pelos corredo-res que dão acesso aos prédios. Pelas 20 horas, o ho-mem aproveitou a entrada de alguns residentes para se infiltrar num bloco. Mas, o agente perdeu o rasto do suspeito quando este entrou lestamente num dos elevadores. Chamados reforços, os polícias aguarda-ram no exterior do prédio. Uma hora depois, o ho-mem saiu e foi interceptado. Na sua posse tinha 40 mil patacas, anéis e colares com diamantes e objec-tos que podem ser usados como utensílios em furtos, como uma lanterna e uma chave de fendas.

O suspeito, que tem 28 anos e é de nacionalida-de chinesa, estava alojado num quarto de hotel, onde foram encontrados mais utensílios (como alicates) e dinheiro de proveniência estrangeira, nomeadamen-te won (a moeda da Coreia) e dólares americanos. O indivíduo acabou por confessar que tinha furtado es-tes valores em diversas residências. Na maior parte dos casos, utilizou o método de trepar as janelas.IDENTIDADES TROCADAS. Um homem com 48 anos foi à polícia dizer que tinha perdido o passapor-te chinês e a PSP, como é normal, emitiu um talão a certificar a perda. Depois de uma pesquisa mais apu-rada, os agentes verificaram que o mesmo indivíduo já tinha feito semelhante alegação uma semana antes, solicitando um passaporte temporário.

Chamado a prestar explicações, o indivíduo dis-se que emprestou o passaporte a um amigo, mas a polícia detectou entre os seus pertences um salvo-conduto com outro nome. O suspeito argumenta que foi abordado por um taxista, que lhe propôs que com-prasse o documento por 200 patacas. Por sua vez, o taxista diz que apanhou o salvo-conduto no veículo e que o entregou ao cliente, pensando que era dele.MAIS DE UM MILHÃO EMPRESTADO. Em mais um caso relacionado com dívidas de jogo, dois ho-mens deslocaram-se a uma esquadra, alegando que estavam a ser ameaçados de morte por um terceiro elemento, a quem tinham pedido grandes quantida-des de dinheiro (mais precisamente, um 1,3 milhões de patacas) para jogarem. Ao contrário do que é habi-tual, os indivíduos dizem ter ganho ao jogo e pago as dívidas, o que não terá impedido as ameaças.

A polícia acabou por se deslocar à casa do alega-do autor das ameaças, na Areia Preta. O homem ne-gou que tenha feito qualquer ameaça, mas reconhe-ceu que conheceu os dois queixosos num centro de diversões da Taipa e alegou que tem a receber deles 20 mil patacas de juros.


localTIGER “PERDE” PASSAGEIROS. o número total de passageiros transportados pela tiger airways em Setembro desceu 14,9% para 395 mil, face ao mesmo mês de 2010. a “low-cost”, que liga Macau a Singapura e Manila, também sofreu uma quebra de 87 para 78% na taxa de ocupação dos voos.

MACAU DIVULGADA EM CAVES DE GAIA. a empresa três Séculos, responsável por eventos nas caves taylor’s, em vila Nova de Gaia, lançou ontem a iniciativa “Macau em Gaia…”, que inclui uma exposição fotográfica sobre o território, bem como uma apresentação da gastronomia macaense. a exposição estará patente até ao dia 31.

oRBIS angariou quase um milhão Mais de oito mil cidadãos de Macau aderiram à campanha “action for Sight”, através de donativos cujo total superou 930 mil patacas, anunciou a representação local da orbiS, organização que combate a cegueira no mundo. visando sensibilizar o público para a importância da oftalmologia e do apoio às pessoas que sofrem de deficiência visual, a campanha decorreu entre agosto e outubro, inserindo-se nas actividades do Dia Mundial da visão, que se hoje celebra. ontem, várias personalidades de Macau também manifestaram o seu apoio à campanha, durante uma cerimónia realizada no albergue da Santa casa da Misericórdia.

PoRtUGUESES tRAZEm mÚSIcA ERUDItA Ao FImm

Um concerto por uma boa causaDe um lado, estão os Sete Lágrimas; do outro, os Ensemble Vocal Introitus. Os dois grupos portugueses actuam hoje no Festival Internacional de Música de Macau. O público vai poder conhecer de perto a música erudita que percorre a região do Mediterrâneo, num espectáculo que vai ajudar um projecto médico na área da visão, no Nepal

É a primeira vez que os Sete Lágri-mas e os Ensemble Vocal Introitus pisam solo asiático e de Macau.

O concerto que hoje vão dar no Cen-tro Cultural de Macau, por volta das 20 horas, promete mostrar ao público a música erudita que se tem feito ao lon-go dos tempos. “Donde tengo el amor: o sagrado e o profano das tradições mediterrânicas” apresenta os sons que têm esta região europeia como pano de fundo. “É uma viagem que, para além do erudito sagrado e do popular apresenta isso mesmo: o espaço do Me-diterrâneo e das suas influências, com o novo mundo e as descobertas. Tudo vai ser apresentado num concerto que não é propriamente cronológico, mas é o apresentar de uma viagem sobre o tempo e o espaço comum dessa re-gião”, referiu Manuel Líbano Montei-ro, do Ensemble Vocal Introitus.

Mostrar a mistura do sagrado e do profano e a forma como estes se in-fluenciam é outro dos objectivos deste espectáculo, constituído em duas par-tes. Os cantos gregorianos vão iniciar a primeira parte do concerto, como expli-cou Manuel Líbano Monteiro. “Vamos ver os dois lados da música, o sagrado e o profano. Vamos começar com can-tos gregorianos, a música sagrada do

ocidente. Gradualmente vamos ouvir algumas músicas profanas e perceber como é que estes dois tipos de música se influenciaram entre si”, disse. Filipe Faria, dos Sete Lágrimas, explicou que vai ser feito “uma espécie de diálogo entre as raízes antigas. Vai ser interes-sante ver os músicos cantar ao mesmo tempo e ver essa interligação”, disse.

Vestidos de monge e com vestes pretas, tanto Manuel Líbano Montei-ro como Filipe Faria acreditam que há mais para conhecer desta mistura mu-sical. “Acreditamos que a influência é grande e muito maior do que aquela que os manuscritos nos mostram. Por-que há uma série de questões políticas que esconderam estas influências”, disse o membro dos Ensemble Vocal Introitus.

Pelo palco vão passar canções por-tuguesas do século XX, como “José em-bala o menino” e “Minha mãe me deu um lenço”. Mas também há músicas do tempo do Rei Afonso X, das regiões de Leão e Castela, e também uma canção tradicional de Macau, a “Bastiana”.

Tudo para “um concerto intimista”, como disse Filipe Faria. AJUDAR QUEM NÃO VÊ. Hoje co-memora-se o Dia Mundial da Visão e a realização deste concerto está ligada a essa efeméride. Nesse sentido, quem comprar bilhete para o espectáculo es-tará directamente a ajudar um projecto médico que a organização ORBIS está a desenvolver no Nepal. O convite sur-giu do próprio Festival Internacional de Música de Macau (FIMM), como explicou Vivian Lo, responsável pelo projecto. “Somos uma organização mundial sem fins lucrativos que tem como objectivo realizar tratamentos de visão a pessoas de países em desenvol-vimento. Este ano, o FIMM convidou-nos para que a venda dos bilhetes re-vertesse para a as nossas actividades”, disse. E o próprio concerto vai fazer a alusão à realidade de ser cego. Para além da distribuição de pins que levam o público a experimentar ver o espectá-culo como um cego, os próprios canto-res em palco vão usar vendas nos olhos em algumas músicas.

Ambos os músicos concordam que o público oriental vai compreender a música erudita. “Acho que este tipo de música se aproxima bastante à músi-ca oriental”, defendeu Manuel Líbano Monteiro.

A.S.S.

ESPEctÁcULo mULtIméDIA SobE Ao PALco Do ccm No SÁbADo

a memória azul de MacauFormada em 2005, a Associação Artística Workshop Soda-City Experimental traz à RAEM um espectáculo de dança contemporânea com elementos multimédia. A ideia dos três membros do grupo é transmitir as sensações que a nova Macau lhes deu anos depois, através de sons “danificados e velhos”

Se não tivesse acontecido o encontro casual na Índia, em 2008, Cult_Loc usaria na mesma a guitarra indiana, porque simplesmente gosta do

som que esta reproduz. Este e outros instrumentos, juntamente com remisturas de uma mesa de dj, vão compor os sons bucólicos e desorganizados que se vão ouvir no sábado, no Centro Cultural de Macau, por volta das 20 horas. Com dois artistas de Macau e um de Taiwan, este espectáculo pretende mostrar as reacções que os participantes neste projecto tiveram depois de olharem para o desenvolvimento económi-co de Macau.

Como explicou Candy Kuok, a encenadora do projecto, este pretende revelar “a memória dos tem-pos passados, e queremos expressar a mudança que

houve na cidade e como ela é nos dias de hoje. Sobre o que vimos na infância e o que gostamos. Ao mesmo tempo, queremos mostrar a nossa projecção sobre o desenvolvimento no futuro, sobre o que queremos ver. Pode ser apenas um ideal e não a verdade, mas é o que queremos expressar”, referiu a encenadora.

Do palco, o público vai poder vivenciar a expe-riência de ver passos de dança contemporânea que pretendem mostrar os elementos urbanos de uma ci-dade que já não é aquela que os artistas conheceram. O objectivo não é passar “música perfeita”, mas sim sons “danificados e velhos”. “Podemos ter reacções sobre o velho e o novo, com um lado contemporâneo. A parte da coreografia é um extra, depende como a audiência interpretar. Vamos ter duas projecções di-ferentes. Vamos usar elementos de música, vamos mostrar o que se passa em Macau e os momentos contemporâneos da cidade, afirmou Candy Kuok. SEGUIMENTO DE “MEMÓRIA”. Antes deste es-pectáculo, os três membros da Associação Artística Soda-City Experimental levaram a cabo o projec-to “Memória”, mas sem palco, tendo o mesmo sido apresentado na rua. Cult_Loc, membro fundador da Associação e músico, afirma que esta é a segunda vez que está no território. “Quero expressar o sentimento de estar de novo nesta cidade, e vou mostrar a atmos-fera, as ruas confusas e a arquitectura renovada na minha criação musical”, defendeu o músico.

Formada em 2005, a Associação Artística Soda-City Experimental já conseguiu o estatuto de institui-ção sem fins lucrativos. Tudo por amor à arte.

A.S.S.

Filipe Faria e Manuel Líbano Monteiro fizeram antevisão ao espectáculo de hoje


MACAU DEBATIDA EM PORTUGAL. o instituto internacional de Macau e o instituto brasileiro de estudos da china e Ásia-Pacífico organizam amanhã, no Palácio da independência, em lisboa, o iii Seminário sobre “o papel de Macau no intercâmbio Sino-luso-brasileiro”. Na semana passada, o seminário decorreu na raeM. local

FOTOS E TEXTOS DE ANA MARIA AMRO EM LISBOA. fotos inéditas e narrativas etnográficas da colecção privada de ana Maria amaro vão ser apresentadas em outubro, na faculdade de ciências Sociais e Humanas, em lisboa, no Seminário Permanente de estudos sobre Macau.

FÁTIMA ALMEIDA

FUNDAÇÃo mAcAU VAI LANÇAR NoVo PRoGRAmA Em 2012

Prometidos mais apoios à culturaA Fundação Macau anunciou ontem o lançamento de novos programas de apoio para a área cultural. Em 2010, os subsídios para as actividades culturais e artísticas excederam 50 milhões de patacas

Em cooperação com associações, a Fundação Ma-cau implementou alguns programas de apoio financeiro “para elevar o nível artístico no terri-

tório e enriquecer a vida cultural e artística dos cida-dãos”. Sublinhando que, ao longo dos anos, tem pro-curado apoiar activamente o desenvolvimento das indústrias culturais e artísticas do território, designa-damente através da concessão de subsídios, a Funda-ção adiantou ontem que, só em 2010, disponibilizou mais de 50 milhões de patacas. Segundo uma nota do organismo, no ano passado, os apoios visaram activi-dades culturais e artísticas desenvolvidas por mais de uma centena de associações ou indivíduos, designa-damente criações artísticas, espectáculos de música, dança e magia, produção de filmes, pintura, caligra-fia, fotografia e exposições de arte, entre outras.

O organismo assegurou, por outro lado, que “to-

mará a iniciativa de estabelecer relações de coopera-ção com as associações artístico-culturais de grande escala, no sentido de lançar o Programa de Apreciação Artístico-Cultural da População em meados do pró-ximo ano”. Nesse sentido, está prevista a realização de concertos de música chinesa, ocidental e popular, espectáculos de magia e dança, entre outros eventos. Com este programa pretende-se “proporcionar opor-tunidades para os cidadãos do território, em particu-lar, os cidadãos mais carenciados, apreciarem ou até participarem nas acções artístico-culturais, elevando assim a sua qualidade e capacidade artística”.

Recentemente, a Fundação concedeu apoio finan-ceiro à realização do “VIII Festival de Teatro Chinês”, com o intuito de promover essa área e criar uma pla-taforma de intercâmbio para as associações teatrais de todo o mundo. O festival arranca a 14 de Dezembro

e decorrerá até ao dia 20 do mesmo mês. Mais de 60 representantes da área de teatro, provenientes do Inte-rior da China, Hong Kong, Taiwan, Singapura, Japão, Frankfurt e Nova Iorque, virão a Macau participar nos vários seminários subordinados ao tema “Estudos so-bre Teatro Chinês no Novo Século”. Por outro lado, se-rão apresentados nove espectáculos teatrais.

A Fundação Macau criou ainda o “Plano da Pro-moção dos Artistas Locais”, com o objectivo de “unir os esforços dos artistas locais para promover uma for-te atmosfera cultural e artística no território, através das exposições e publicações das obras dos artistas lo-cais de reconhecida idoneidade”. O plano já contem-plou exposições de pintura de Chan Kai Chon e de caligrafia de Chen Song Sheng. A Fundação garante que “o plano foi bem acolhido tanto pela população como pelo sector artístico-cultural”.

ExPoSIÇÃo No jARDIm Do coNSULADo Até 2 DE NoVEmbRo

azulejos mostram séculos de HistóriaNa exposição “Azulejos de Portugal em torno do Barroco” o Oriente funde-se com o Ocidente não só através da História mas das mãos que pintaram as telas. Nos painéis encontramos os rostos de Sun Yat Sen e Manuel de Arriaga que recordam como há cerca de um século nasceu a República em dois países distintos. As pinturas são assinadas por pessoas de várias nacionalidades

É uma exposição que recupera a pintura portuguesa de azulejos em torno do Barroco, mas nas

suas telas expressa-se também uma his-tória política. Se de um lado do jardim encontramos o retrato de Manuel de Arriaga, o primeiro Presidente da Re-pública Portuguesa, fundada em 1910, no outro deparamo-nos com o rosto de Sun Yat Sen, o fundador da Repúbli-ca na China em 1911. Embora tenham sido acontecimentos que despoletaram em países longínquos, a ligação portu-guesa com Macau acabou por ter influ-ência nos passos que foram dados no Continente chinês, um ano depois.

“Em Portugal, a República acon-teceu com um ano de antecedência à da China, de facto julgo que no século passado os pensamentos republicanos se espalharam por todo o mundo (...). De certo modo Sun Yat Sen também foi influenciado pelas ideias republi-canas difundidas em Macau, através de amigos republicanos”, referiu Wu Zhiliang, presidente da Fundação Ma-cau, presente na exposição “Azulejos de Portugal em Torno do Barroco”, que ontem foi inaugurada no jardim do Consulado de Portugal.

A mostra é o resultado do trabalho de Paulo Valentim e dos alunos do cur-

so de cerâmica que ministrou na Casa de Portugal em Macau, que organiza a exposição. Apesar da exposição não ter sido elaborada para comemorar aquelas datas, Sun Yat Sen e Manuel de Arriga integram o leque de painéis para que não seja esquecido um século da Repú-blica. “Estamos a expor dois Presidentes da República para lembrar o momento que, no ano passado, atravessámos nós - os 100 anos da República Portuguesa - e que este ano atravessa a China. Tam-bém para fazer referência ao facto dos republicanos portugueses terem uma forte influência e apoiado Sun Yat Sen e os seus companheiros”, referiu Paulo Valentim, mestre no curso de cerâmica, acrescentando que o retrato de Sun Yat Sen será oferecido ao Gabinete de Liga-ção do Governo Central em Macau.

Aos retratos daquelas duas figuras da História juntam-se outros como o Marquês de Pombal. Há também repre-sentações de antigos azulejos que estão, por exemplo, no Largo do Senado.

Yoko Kutsuwada como guia turís-tica em Macau faz sempre visitas àque-les painéis, por isso, decidiu pintá-los durante o curso de cerâmica. Nascida no Japão vive em Macau há 26 anos e começou a conhecer a cultura portu-guesa depois do casamento com um macaense. Entusiasmada mostrou von-tade de continuar a aprender esta arte e oportunidades não lhe irão faltar.

Segundo adiantou Paulo Valentim estão a ser planeados novos “workshops”. No próximo mês deverá começar uma acção de formação em cerâmica tendo por base as técnicas e características do século XVII. Está também em agenda um curso de cerâmica árabe.

Para já é possível ver as influên-cias do Barroco na azulejaria portu-guesa até dia 2 de Novembro, numa exposição em que participam alunos de várias nacionalidades. Depois da-quela data Paulo Valentim gostava de ver esta exposição voar, por exemplo, até Pequim ou Xangai.Yoko Kutsuwada


local (...) “A China vai continuar a ter todas as vantagens em querer manter Macau com as características actuais, até porque aqui pode fazer coisas que não pode fazer em mais nenhuma parte” (...) - idem

(...) “A fórmula um país, dois sistemas é atraente para o enclave, porque tem um elevado grau de autonomia, e para a “mãe-pátria”, que fica aqui com um instrumento para as suas políticas domésticas e externas” (...) – Carmen Mendes

ESPEcIALIStA Em RELAÇÕES INtERNAcIoNAIS DEU coNFERÊNcIA NA Um

Modelo político aplicado a Macaué uma “fórmula de sucesso”A China criou o modelo “um país, dois sistemas”, que é “único no mundo” e que pode ser uma boa solução para outros casos onde existe uma disputa territorial, considera Carmen Mendes, da Universidade de Coimbra. A investigadora acredita ainda que depois do período de transição, tanto a China como Macau têm vantagens em manter o sistema actual

O modelo político que foi aplicado pela Repúbli-ca Popular da China a Macau e a Hong Kong, “um país, dois sistemas”, é uma “fórmula de

sucesso” e que aplicada a outros problemas de dis-putas territoriais pode fornecer uma boa solução, se-gundo a investigadora no departamento de Relações Internacionais da Universidade de Coimbra, Carmen Amado Mendes, que deu ontem uma conferência na Universidade de Macau (UM).

Recordando que este sistema não existe em mais nenhum país do mundo, a não ser na China, a espe-cialista em estudos chineses, considera que “aplicado a outros problemas, como por exemplo o caso do Ko-sovo e da Sérvia, pode ter sucesso”. Referindo con-cretamente Macau, explica que “a fórmula um país, dois sistemas é atraente para o enclave, porque tem um elevado grau de autonomia, e para a “mãe-pá-tria”, que fica aqui com um instrumento para as suas políticas domésticas e externas”.

Em 2049, termina o período de transição que fi-cou acordado entre China e Portugal. A investigado-ra acredita, segundo explicou ao JTM, que após essa data “a China vai continuar a ter todas as vantagens em querer manter Macau com as características actu-ais, até porque aqui pode fazer coisas que não pode fazer em mais nenhuma parte”. E para Macau, “tam-bém parece ser a situação ideal”, não acreditando que tanto uma integração maior na China, como uma

eventual independência do território pudessem tra-zer benefícios.“O MULTICULTURALISMO LUCRATIVO”. Um ponto abordado com algum pormenor foi o Forum Macau, criado no território em 2003 e que serve de plataforma de intermediação entre a China e os países de língua portuguesa. “Macau e Hong Kong teriam de ter um funcionamento diferente”, e a China soube aproveitar esse factor em seu favor, acredita, de forma a poder aproximar-se principalmente dos países afri-canos, que escoam muitos dos produtos excedentá-rios chineses e fornecem matérias-primas, e do Brasil. Já existia uma plataforma de relacionamento com os países africanos, mas em Macau decidiu-se a criação de uma plataforma mais direccionada. O objectivo foi

“mostrar as vantagens do seu sistema político, promo-ver a imagem de Macau e ao mesmo tempo diversifi-car a economia do território, de modo a não parecer tão ligada à indústria do jogo”. Segundo a especialista, “formalmente, o Forum não tem conotação política, mas acaba por ser um instrumento político”, uma vez que “aposta muito no modelo de desenvolvimento chinês, mostrando aos outros que o país quer ser um parceiro rumo ao desenvolvimento”.

Para Carmen Mendes, “toda a política externa desenvolvida pela China é muito bem pensada, fas-cinante e tem resultados”. Dizia isto a propósito de São Tomé e Príncipe fazer parte, apenas como obser-vador, do Forum, uma vez que reconhece a soberania de Taiwan. “A China quer que eles participem, mas como observadores, para poderem ver o que estão a perder, de modo a que possam mudar de posição”. É por isso que diz que esta plataforma de intermedia-ção “é um exemplo do multiculturalismo lucrativo da China”.

Taiwan ainda faz parte da equação política que a China quer resolver. “Eles querem também que Taiwan veja que este sistema de um ‘país, dois siste-mas’, funciona e é respeitado”.

Carmen Mendes, que foi também co-fundadora do Observatório da China, esteve ontem na UM onde falou da transferência de Macau como “um caso de retrocessão e não de descolonização” e quais as im-plicações para a RAEM. Neste sentido, considera que dificilmente se pode analisar a retirada portuguesa de Macau como “um processo de pura descoloni-zação”. E explica que isto aconteceu porque tanto a China, como Portugal e o Reino Unido (no caso de Hong Kong) nunca olharam para estes territórios como colónias do ponto de vista formal. Por outro lado, nunca Macau ou Hong Kong reivindicaram a independência, uma vez que para os dois territórios não era isso que estava em jogo mas apenas “o regres-so à China Continental”.

H.A.

2ª Vez

Proc. Falência nº Cv2-11-0001-CFI 2° Juízo Cível

Requerente: CoMPANHIA DE DESENvoLvIMENTo PREDIAL E DE IMPoRTAção E ExPoRTAção YUET SoN, LIMITADA, com sede na Avenida Amizade, nº 255, Edf. Kam Fai Kok, 9º andar D, Macau.

Faz-se saber que nos autos acima indicados, foi, por acórdão de 06 de Outubro de 2011 declarada em estado de falência a requerente CoMPANHIA DE DESENvoLvIMENTo PREDIAL E DE IMPoRTAção E ExPoRTAção YUET SoN, LIMITADA, com sede na Avenida da Amizade, nº 255, Edf. Kam Fai Kok, 9º andar D, Macau, matriculada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis de Macau sob o nº 8130(SO), tendo sido fixado em 45 (quarenta e cinco) dias, contados da publicação do anúncio a que se refere o artigo 1089º do C.P.C.M., no Boletim Oficial da RAEM, o prazo para os credores reclamarem os seus créditos.

R.A.E.M., aos 10 de Outubro de 2011.

A Juiz,Cheong Un Mei

A Escrivã Judicial Principal,Pun Choi Ieng


TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUízo CívEL

ANÚNCIo

1ª Vez

Execução ordinária nº Cv1-09-0144-CEo 1° Juízo Cível

Exequente: I kEI CoMPANHIA LIMITADA, com sede na Avenida Lisboa, nº 2 a 4, Hotel Lisboa, 4º andar, Sala VIP Lei Loi.Executado: CHANG SU MAN, de sexo masculino, casado, titular do B.I.R.M. nº 5xx8xx7(6), com última residência conhecida na Avenida Anders Ljungstedt, nº 21, 9º andar H, Macau.

Faz-se saber que nos autos acima indicados são citados os credores desconhecidos da executados para, no prazo de quinze (15) dias, que começa a correr depois de finda a dilação de vinte (20) dias, contada da data da segunda e última publicação do anúncio, reclamar o pagamento dos seus créditos pelo produto do bem penhorado sobre que tenham garantia real e que é o seguinte:

Móvel penhoradoMatrícula do Veículo automóvel: MI-99-38Marca: MERCEDES BENZModelo: E240 A/TNº de apresentação da Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis: 69 24/02/2003

Macau, aos 27 de Setembro de 2011.

A Juiz,Ana Meireles

O Escrivão Judicial Auxiliar,Carlos Assunção



ANÚNCIo

1ª Vez

Acção ordinária nº Cv3-10-0088-CAo 3° Juízo Cível

Autor: BANCo NACIoNAL ULTRAMARINo, SA, com sede na Avenida Almeida Ribeiro, 22 em Macau. Réu: RUI MIGUEL vIoLANTE MINEIRo, com última residência conhecida na Rua Dois dos Jardins dos Oceanos, 79, Edifício Apricot Court 14° I, Taipa, Macau, ora ausente em parte incerta.

FAz-SE SABER qUE, por esta Secção, correm éditos de TRINTA DIAS, contados da segunda e última publicação do anúncio, citando o Réu acima identificado, para no prazo de TRINTA DIAS, decorrido que seja os dos éditos, contestar a Acção Ordinária, cujo pedido resumidamente consiste em:

Em ser o réu condenado a pagar ao Autor a quantia de MOP$52.783,49, a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa anual de 30% após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide e, ainda, as custas e condigna procuradoria.

Pelos fundamentos constantes da petição inicial que se encontram à disposição do citando nesta Secção.

A intervenção do citando nos autos implica a constituição de advogado - artº 74º do Código Processo Civil de Macau.

RAEM, 27 de Setembro de 2011.

O Juiz de Direito,a) Rui Carlos Pereira RibeiroO Escrivão Judicial Principal,

a) Acácio Coelho



ANÚNCIo


acTUal VoLtA AomUND

‘CAÇA à FONTE’ DIzEM AS SECRETAS. o relatório do inquérito do SirP já entregue na ar admite que tenha havido uma ‘caça à fonte’ no SieD, para saber quem deu informações a um jornalista. e liga o ex-director do Departamento operacional ao caso, ao mesmo tempo que absolve o ex-director do SieD, Silva carvalho.

Senado reprova plano de emprego de Obama o presidente americano barack obama não con-seguiu aprovar o plano para promover o emprego no país, cujo orçamento previsto era de 447 mil mil-hões. 46 republicanos e dois democratas votaram contra a proposta e 50 votaram a favor – o que impossibilitou a obtenção do mínimo de 60 votos para aprovar a medida. o presidente obama deve agora retrabalhar a proposta com o líder do Sena-do, o democrata Harry reid, para fazer uma nova tentativa de aprovar pelo menos parte da proposta.

Sony bloqueou 93 mil contas online o grupo Sony informou que bloqueou temporalmente 93 mil contas de três plataformas “online”, incluindo da PlayStation Network, depois de uma série de ataques informáticos em que os piratas conseguiram aceder aos dados dos utilizadores. como medida preventiva, a companhia anunciou que enviará correios electróni-cos aos titulares das contas com instruções e pedi-dos de alteração das palavras-passe dos acessos.

Washington emitiu alerta terrorista os estados unidos alertaram os turistas e diplo-matas norte-americanos no mundo para o risco de atentados terroristas, na sequência da descoberta de uma alegada conspiração iraniana para as-sassinar o embaixador saudita em Washington. o secretário da Justiça norte-americano, eric Holder, anunciara já que dois cidadãos iranianos foram for-malmente acusados de tentativa de assassínio do embaixador da arábia Saudita em Washington, ab-del al-Jubeir, um conselheiro próximo do rei abdullah.

Encontradas bombas em estação de Berlima Polícia alemã confirmou que encontrou três bom-bas em estações de comboio no norte de ber-lim, depois de na última segunda-feira um ataque de características similares ter causado grandes alterações no tráfego ferroviário. as bombas in-cendiárias - garrafas com um líquido inflamável, possivelmente gasolina - foram descobertas antes de explodirem e, segundo a polícia, provavelmente a chuva contribuiu para que isto não acontecesse.

Proibidos brinquedos sexuais no Vietname as autoridades do vietname proibiram a entrada de qualquer tipo de brinquedo sexual no país e ordenaram a destruição dos que já existem, indicou a imprensa local. o Departamento de alfândega vietnamita assi-nalou que esses objectos vão ser confiscados aos pas-sageiros na sua entrada no país e só serão devolvidos quando partirem. No vietname, a legislação proíbe expressamente a importação desse tipo de objecto, mas não diz nada sobre posse ou consumo próprio.

Desemprego aumenta no Reino Unidoo número de desempregados registados no reino unido aumentou em 17 500 em Setembro, segundo dados do serviço britânico de estatística (oNS). À luz da metodologia da organiação internacional do trabalho (oit), o reino unido contava 2,57 milhões de indivíduos no desemprego (final de agosto), o valor mais alto desde outubro de 1994. com base na informação de ontem, a taxa de desemprego situa-se nos 8,1%, ainda pelos critérios da oit.

PSP retirou camiões frente ao Campus da Justiçaa Polícia de Segurança Pública retirou os cerca de 40 camiões da empresa tNc que os trabalhadores estacionaram há uma semana em frente do cam-pus da Justiça. fonte policial contactada pela agên-cia lusa explicou que a operação policial, foi des-encadeada no cumprimento de uma ordem judicial.

Tuberculose recua pela primeira vez no mundoa tuberculose recuou pela primeira vez no mundo, anunciou a organização Mundial de Saúde (oMS), que apela, no entanto, aos países para apoia-rem mais a luta contra as variantes da doença re-sistentes aos medicamentos. De acordo com o relatório anual da oMS sobre a tuberculose, 8,8 milhões de pessoas apanharam o bacilo da doen-ça no ano passado, contra 9,4 milhões em 2009.

PoRtUGAL

Desmontar estereótipos da prostituiçãoNão há um “trajecto-tipo” que antecipe a prostituição, mas geralmente a “opção” surge quando há “um acontecimento marcante” na vida das pessoas em causa, reflecte a investigadora Alexandra Oliveira, autora de um livro a lançar hoje

Esta é uma das conclusões que se podem retirar do livro “Andar na vida: prostituição de rua e reacção social”, editado pela Almedina. O livro

adapta a tese de doutoramento de Alexandra Olivei-ra, professora auxiliar da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, e será apresentado no Porto por Henrique Barros, coor-denador nacional para a Infecção VIH/sida.

Com esta pesquisa, Alexandra Oliveira, a pri-meira a doutorar-se em Portugal com uma tese sobre prostituição, pretendeu ajudar “a desmontar estereó-tipos e crenças erradas sobre a prostituição e as pros-titutas de rua”.

A autora “imergiu durante cinco anos no terreno da prostituição de rua no Porto, sendo que, na fase mais intensiva e sistemática da investigação, permaneceu na rua a uma média de três dias por semana, chegan-do a ficar 12 horas seguidas em contexto, observando, ouvindo, interagindo e entrevistando” os “actores que habitam o mundo da prostituição”, resume a editora na sinopse do livro enviada à comunicação social.

Em declarações à agência Lusa, Alexandra Oli-veira explicou que o livro é um “trabalho de conti-nuidade”, mas apresenta também algo de novo sobre “como surge a prostituição na vida das pessoas”, em resultado das várias entrevistas que a autora fez ao longo da investigação.

“A primeira conclusão é que não há um trajecto-tipo que prediga a entrada na prostituição. Mesmo den-tro da prostituição de rua as histórias são todas singula-res”, assinala, referindo como exemplo que “nos últimos anos o número de migrantes entre os trabalhadores do sexo passou de residual a muito expressivo”.

Existem também “características comuns”, por exemplo “um ponto de viragem ou de ruptura” pré-vio à “opção” pela prostituição, “geralmente um

acontecimento marcante que faz com que as pessoas equacionem as suas vidas, como a morte do marido ou uma gravidez”, explicita.

Aliás, “a dimensão familiar das prostitutas” é um dos objectos da investigação. “As trabalhadoras do sexo têm maridos, companheiros, namorados, amantes, filhos, pais e irmãos; têm uma rede fami-liar e não vivem num mundo à parte”, esclarece Ale-xandra Oliveira, desconstruindo “dois dos mais ar-reigados estereótipos relativos às pessoas que fazem trabalho sexual: os companheiros das prostitutas não são seus proxenetas; a maioria das prostitutas é mãe, tem com os filhos fortes ligações afectivas e protege-os e afasta-os do mundo da prostituição”.

Não duvidando de situações de prostituição for-çada ou coagida, a investigadora realça que não as encontrou durante a sua investigação, o que a levou a confirmar a ideia de que “há sempre uma escolha” naquilo que é “um acto consentido entre adultos”.

Ora, “se há pessoas que fazem desta actividade um trabalho, com regras, horários, rendimentos, não a reconhecer é negar-lhes direitos”, sustenta. “Mantê-la como se não existisse não é justo para as pessoas que a fazem nem contribui para acabar com a estig-matização”, refere.

Pode discutir-se se a melhor forma é a legaliza-ção ou a regulamentação, desde que, considera Ale-xandra Oliveira, se olhe para a prostituição “como uma profissão que, não sendo como as outras, deve ter os mesmos direitos”.

JTM/Lusa

cHINA

Pequim fala de “guerra comercial”A China condenou com veemência a votação pelo Senado norte-americano de um projecto-lei que permitirá punir a alegada manipulação cambial do yuan, advertindo que o diploma pode provocar uma guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais

É uma grave violação das regras da Organização Mundial do Comércio, que não resolverá os pro-blemas da economia e do emprego nos Estados

Unidos (...) e interferirá seriamente nas relações econó-micas e comerciais sino-norte-americanas”, disse o por-ta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Ma Zhaoxu. O diploma foi aprovado na terça-feira à noite (quarta-feira de madrugada em Pequim), por 63 votos contra 35, ignorando as advertências chinesas e as críticas do próprio presidente Barack Obama.

Ma Zhaoxu exortou o Congresso norte-americano a “resistir ao proteccionismo e à politização das questões económicas e comerciais” e a “salvaguardar o saudável desenvolvimento” das relações entre os dois países.

Para o porta-voz do Ministério do Comércio chinês, Shen Danyang, o diploma representa “uma escalada do proteccionismo comercial”: “Neste momento crucial, o Senado dos Estados Unidos quebrou os esforços mun-diais para impulsionar a recuperação económica global e contrariar o proteccionismo”, afirmou.

A Xinhua descreveu o diploma como “uma bom-

ba de relógio” que pode causar uma guerra comercial e “um bode expiatório”. “Alguns políticos estão de novo a usar a China como bode expiatório para os problemas internos do país antes da eleição presiden-cial do próximo ano”, disse a agência.

Políticos e empresários norte-americanos consi-deram que o yuan está “artificialmente subavaliado” para favorecer as exportações chinesas. Em 2010, o de-ficite comercial dos Estados Unidos em relação à China atingiu o recorde de 273 mil milhões de dólares.

“Estamos numa guerra comercial, mas, desta vez, a contra-atacar”, disse o senador democrata Sherrod Bro-wn, apoiante do diploma. Se for consagrado lei, o que exige a aprovação da Câmara dos Representantes e a as-sinatura de Barack Obama, o diploma permitirá impôr taxas adicionais à importação de produtos chineses.

Para o governo chinês, a taxa de câmbio do yuan não é responsável pelo “desequilíbrio” da balança co-mercial bilateral e a “principal razão” do deficit norte-americano é a limitação à exportação de produtos de alta tecnologia para a China, imposta pelos Estados Unidos.


DeSPoRToHULk TITULAR NA VITóRIA DO BRASIL. o brasil venceu o México por 2-1, em torreón, numa partida de preparação para o Mundial 2014, em que Hulk esteve entre os mais mexidos entusiasmando com os remates de longe.

ARGENTINA PERDE COM VENEzUELA. a argentina perdeu (1-0) com a venezuela, na fase de apuramento para o Mundial 2014. o golo da venezuela, que conseguiu uma vitória histórica, foi apontado por fernando amorebieta, aos 61’, a primeira vez que os venezuelanos conseguiram derrotar os argentinos.

EURo2012

ainda só há um português na fase finalDinamarca e Suécia, à custa de Portugal, conquistaram entrada directa na fase final do Europeu de futebol de 2012, em conjunto com as selecções da Grécia, Rússia e França. O técnico Fernando Santos é, para já, o único português na fase final

Aquelas cinco selecções juntaram-se à Espanha, campeã europeia e mundial, Alemanha, Itália, Inglaterra e Holanda, que já tinham assegura-

do o apuramento antes da última jornada da zona eu-ropeia de qualificação, bem como às anfitriãs Polónia e Ucrânia.

Derrotado por 2-1 em Copenhaga para o grupo H, Portugal terá de resignar-se a disputar o “play-off” de acesso à fase final, em conjunto com a Turquia, Re-pública da Irlanda, Croácia, Montenegro, República Checa, Estónia e Bósnia.

O desaire na Dinamarca, aliado ao triunfo da Su-écia por 3-2 na recepção à Holanda, que impediu o percurso cem por cento vitorioso dos holandeses, re-tirou também a Portugal a possibilidade de se apurar como melhor segundo classificado, estatuto conquis-tado pelos suecos na “poule” E.

Turquia, Bósnia, Montenegro ou estónia no caminho de Portugala selecção portuguesa de futebol pode defrontar turquia, bósnia-Herzegovina, Montenegro ou estónia no “playoff” de apuramento para o euro2012, a 11 ou 12 e 15 de Novembro, esclareceu a uefa. contactada pela agência lusa, a assessoria de imprensa do organismo que gere o futebol europeu garantiu que a equipa das “quinas” será cabeça de série no sorteio, marcado para hoje, em cracóvia, às 13:00 locais (19:00 em Macau), juntamente com croácia, república checa e república da irlanda. as duas vitórias da república da irlanda em andorra, na sexta-feira, e na recepção à arménia, na terça-feira, asseguraram um lugar entre os cabeças

de série, com a ultrapassagem no “ranking” da uefa da turquia, cuja vitória sobre o azerbaijão não compensou a derrota com a alemanha. No “play-off”, estão os oito piores segundos classificados da fase de apuramento. o melhor foi a Suécia, que se qualificou directamente, a exemplo dos vencedores dos nove grupos (alemanha, rússia, itália, frança, Holanda, Grécia, inglaterra, Dinamarca e espanha). teoricamente a turquia de Gus Hiddink é o mais difícil adversário para Portugal.

A França precisou de uma grande penalidade concretizada por Nasri, aos 78 minutos, para salvar o empate 1-1 na recepção à Bósnia e dessa forma evitar o “play-off”, terminando no topo do agrupamento D, com um ponto de vantagem sobre os balcânicos.

Campeã europeia em 2004, depois de derrotar Portugal na final “caseira”, a Grécia virou o jogo na Geórgia, com dois golos marcados nos últimos 11 mi-nutos, impondo-se por 2-1 e confirmando o primeiro lugar no grupo F, à frente da Croácia, que obteve uma vitória “inútil” na recepção à Letónia, por 2-0.

Na “poule” B, a Rússia cumpriu a “formalidade” de bater a frágil representação de Andorra, goleando por 6-0 e não permitindo que a República da Irlanda a desalojasse da primeira posição, apesar do triunfo por 2-1 na recepção à Arménia.

A Alemanha concluiu a participação no agrupa-mento A com 10 vitórias em outros tantos jogos, ao impor-se por 3-1 sobre a Bélgica, que dessa forma foi ultrapassada no segundo lugar pela Turquia, vence-dora por magro 1-0 na receção ao Azerbaijão.

A Espanha também fez o “pleno” de triunfos, mas num Grupo I em que teve de disputar apenas oito encontros, batendo a Escócia por 3-1 e igualmen-te com consequências devastadoras para o adversário,

que foi relegado para o terceiro lugar pela República Checa, vencedora por 4-1 na Lituânia.

A Itália confirmou a vitória na “poule” C com um sucesso claro sobre a Irlanda do Norte, por 3-0, mas foi a Estónia que causou surpresa, ao apurar-se para o “play-off” sentada no sofá, graças à derrota so-frida pela Sérvia na Eslovénia, por 1-0, que manteve os sérvios no terceiro posto, a um escasso ponto dos estónios.

No agrupamento G, em que tudo estava decidi-do, a vencedora Inglaterra também folgou, enquanto a derrota por 2-0 sofrida na Suíça não impediu a se-lecção de Montenegro de seguir para o “play-off”.

china compromete qualificação para Mundial 2014A China perdeu em casa com o Iraque por 1-0, comprometendo a sua qualificação para o Mundial de futebol de 2014

Treinada desde Agosto passado pelo técnico espanhol José Antó-nio Camacho, a selecção chinesa

ambiciona repetir a proeza de há uma década, quando conseguiu qualificar-se para a fase final de um Mundial, pela primeira e única vez.

Porém, ao fim de três jogos, a Chi-na soma apenas três pontos no grupo A asiático de qualificação, menos seis do que a Jordânia e menos três do que o Iraque, tendo ganho unicamente um jogo (2-1), frente a Singapura.

“Para mudar esta perigosa situa-ção, nos três jogos que faltam, a China tem de vencer o Iraque, na segunda vol-ta, no próximo dia 11 de Novembro”, escrevia ontem a agência Xinhua.

Para poder aspirar a uma quali-ficação para o Mundial, a China tem de terminar o grupo A numa das duas primeiras posições, seguindo-se ainda

uma quarta fase, em que as equipas apuradas são divididas em dois grupos de cinco, apurando-se para o Mundial os dois primeiros de cada grupo, en-

quanto os dois terceiros disputam um “playoff”, que determinará a equipa a sair para a fase intercontinental.

Na China, a profissionalização do fu-tebol começou há apenas 20 anos, quando o Partido Comunista Chinês abandonou o sistema de planificação central, típica dos países socialistas, e se converteu à “economia de mercado socialista”.

Em 2002, sob a direcção do sérvio Bora Milutinovic, a China qualificou-se para a fase final do Mundial, na vizi-nha Coreia do Sul, mas perdeu os três jogos que disputou e saiu de Seul sem ter marcado um golo.

José António Camacho, antigo treinador do Real Madrid e do Benfica, assinou no verão um contrato de três anos com a Associação Chinesa de Fu-tebol, substituindo Gao Hongbo. “Em-bora o actual nível do futebol chinês não seja elevado, tem grande potencial de desenvolvimento”, disse na altura o técnico espanhol.


In “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau” 13/10/1991

Há 20 anos

MINISTROS DOS PALOP’SCONCENTRAM-SE EM MACAUOs ministros das finanças de Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau visitam Macau entre os dias 18 e 20 de Outubro a convite do Governador Rocha Vieira, disse à agência Lusa fonte oficial. Os ministros africanos, que se deslocam a Macau acompanhados dos governadores dos bancos centrais dos respectivos países, visitam o território aproveitando a viagem que efectuarão à Tailândia para participar nas reuniões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. Além dos encontros de trabalho com o Governador Rocha Vieira e outros elementos do governo macaense, os responsáveis das finanças dos quatro “PALOP” vão ter reuniões com empresários e com as várias associações patronais do território. “No contexto do incremento das relações entre África e a Ásia, existem boas perspectivas para Macau alargar a sua cooperação bilateral, designadamente com os países de expressão portuguesa”, disse uma fonte da administração contactada pela Lusa. De acordo com o mesmo informador, o fim dos conflitos em Angola “abre boas perspectivas para que os empresários do território possam encontrar meios de cruzar os seus interesses com os investidores locais, nomeadamente em sectores que não exigem tecnologia de ponta”, o mesmo se passando com Moçambique, logo que seja encontrada a paz. Também no domínio do comércio, a África, de uma maneira geral, pode ser uma alternativa possível para o destino das exportações têxteis e vestuário de Macau, que ano após ano tem vindo a registar maior dificuldade de penetração nos chamados mercados internacionais. A visita dos ministros africanos a Macau coincide com a deslocação ao território do ministro das Finanças e do secretário do tesouro do governo de Lisboa e ainda vice-governador do Banco de Portugal.

“SOUTH CHINA” GOLEOUO SPORTING DE MACAUO Sporting Clube de Macau perdeu por 9-1 com o South China, campeão de Hong Kong, na primeira “mão” da primeira eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Asiáticos, em jogo disputado na colónia britânica. Ao intervalo, o campeão de Macau já perdia por 4-0. A história do jogo resumiu-se praticamente aos golos apontados pelo South China, equipa profissional e líder do campeonato de Hong Kong, com quatro jogos e outras tantas vitórias. Os jogadores amadores do campeão de Macau na época de 1990/91 mostraram-se sempre incapazes de contrariar o favoritismo da equipa da colónia britânica, e quanto se atingiu a primeira meia hora de jogo já perdiam por 4-0, com os golos a surgirem com naturalidade. A segunda parte do encontro não foi muito diferente com os locais a apontarem mais cinco golos, e com o ponto de honra da equipa do território a surgir através de José Eduardo, quando estavam decorridos 70 minutos de jogo e o resultado já atingia os 7-0.

olhe para Passos, Paulo Bento!

Como em Portugal ninguém percebe de futebol, explico-vos o dia de ontem em linguagem aces-

sível, de especialistas, que somos todos, em política económica.

Desde logo, o que quer dizer play-off?Este significa que agora estamos na mão de aca-

sos como a rejeição pelo parlamento eslovaco do alar-gamento do fundo europeu. Basicamente quer dizer que ainda não somos classificados “lixo” mas anda-mos lá perto.

Analisemos o tecido empresarial português para ver como chegámos aqui.

Postiga, por exemplo, é como um amolador de tesouras nas ruas de Silicon Valley. A dez minutos do fim, Paulo Bento percebeu (se é que se pode juntar os dois termos) e substituiu-o por Nuno Gomes. Foi um up-grade (como é sempre com a saída do amolador), mas só nos permitiu entrar na Primeira Revolução In-

dustrial.São défices que geralmente ultrapassamos, graças

aos sectores do turismo e calçado, mas estes, Cristia-no Ronaldo e Nani, estavam fechados para balanço.

Falemos agora do essencial, o centro da defesa, onde um ‘cluster’ (concentração de Pepe e Ricardo Carvalho) nos retira preocupações.

A selecção sem aquela dupla é como empresas sem acesso ao crédito. Vão dizer: mas pode um selec-cionador admitir a má educação do Ricardo Carvalho e ceder?

Volto ao princípio, só falo de economia e finan-ças.

Nas eleições, Passos Coelho disse que não au-mentava impostos. E, depois, o que tem de ser teve muita força. Paulo Bento é mais do que o primeiro-ministro?

JTM/DN

1. No início da década de oitenta do século passado, Macau ain-

da albergava centenas de barracas especialmente na zona norte da cidade e ilhas. As primeiras habi-tações sociais já estavam, no en-tanto, em marcha fruto das políti-cas encetadas pelos governadores portugueses que, sucessivamente, foram eliminando essas bolsas de pobreza um pouco espalhadas pelo território.

Surgiram edifícios destinados aos mais desfavorecidos e equi-pamento estrutural respectivo em torno dessas habitações cuja po-pulação passaria a viver com mais dignidade.

O processo continuou e, ac-tualmente, a administração da RAEM tem estado a cumprir um ambicioso plano de habitação económica que muito apraz re-gistar. É claro que há críticas em relação ao número de casas que deveriam estar disponíveis ou so-bre as facilidade de pagamento e crédito mas convém salientar que poucas serão as cidades ou regi-ões por esse mundo fora com um programa de oferta de habitação mais acessível como se verifica com Macau.

Apesar do brutal aumento do preço das casas desde a liberali-zação do jogo, dir-se-ia que, por estas bandas, já ninguém dorme ao relento, numa barraca ou em condições desumanas.

É um bom sinal do desenvol-vimento, mesmo que assimétrico, de Macau.

2. Os casos com a Reolian não cessam. Desde a teimosia do

executivo em não autorizar con-dutores do exterior à não cedência de postos de abastecimento junto à torre, passando pelos inciden-tes com passageiros ou acidentes entre autocarros da companhia, a Reolian parece que não tem des-canso.

Agora, a empresa quer au-mentar as tarifas para cobrir os custos da contratação de condu-tores com melhores salários do que a concorrência. Bom, parece que estamos perante um caso que mistura algum proteccionismo do executivo às companhias de auto-carros locais perante a estrangeira Reolian, com tiros no pé por parte da concessionária francesa cujos simpáticos autocarros já fazem parte da paisagem urbana.

Uma situação a seguir até porque o director da empresa, Cédric Rigaud, é um sério candi-dato a homem do ano pela expo-sição mediática a que tem estado sujeito, além das múltiplas expli-cações sobre o funcionamento da Reolian...

3. Alberto João Jardim tem, de facto, os madeirenses no bolso.

É claro que fez obra e mudou a Madeira mas todos sabemos a que preço e de que modo o fez. O de-safio que se coloca é saber se vai mudar de vida na maneira como lida com os dinheiros públicos e se, finalmente, irá prestar contas.

Em tempos de aperto finan-

ceiro, seria um despautério a Ma-deira ficar de fora.

4. Nesta coluna escrevi há pou-co mais de um ano que Paulo

Bento não era a melhor escolha para seleccionador de Portugal. Confesso que errei. Bento fez um grande trabalho à frente da selec-ção, recuperando o ânimo de jo-gadores que estavam à deriva e porque permitiu acalentar a espe-rança de um apuramento directo para o Europeu.

Infelizmente, tal não aconte-ceu, mas há a possibilidade ain-da de presença na prova. Prova-velmente, os pontos perdidos no início da campanha revelaram-se fatais, embora os últimos dois jo-gos mostraram sinais perturbado-res de que a equipa não está nada bem.

Quem está pior, muito pior, é a selecção chinesa que mesmo contratando treinadores estran-geiros soma fracassos atrás de fracassos. O que se passa com o futebol na China?

5. O mundo perdeu um dos seus raros génios. Steve Jobs foi um

verdadeiro criador de utensílios e ferramentas que não só muda-ram a nossa forma de estar como tornaram a vida e a comunicação mais fáceis.

Um verdadeiro ser globaliza-dor e globalizante, Jobs constituiu uma das raras unanimidades pla-netárias.

* Jornalista.

caso raro

UM oUTRo olHaR Jorge Silva*

UM PoNTo é TUDo Ferreira Fernandes

“Vamos estar no Europeu.(...) Não baixamos os braços. Vão ser jogos difíceis no playoff, mas vamos estar na fase final, de certeza.”

Nuno Gomes à RTP

Dit

o oPINIão(...) “Apesar do brutal aumento do preço das casas desde a liberalização do jogo, dir-se-ia que, por estas bandas, já ninguém dorme ao relento, numa barraca ou em condições desumanas. É um bom sinal do desenvolvimento, mesmo que assimétrico, de Macau.” (...) – Jorge Silva


lazeRMEL GIBSON SOFRE NOVO ACIDENTE. Mel Gibson sofreu um acidente de trânsito em Phoenix, no arizona, quando o seu carro bateu na traseira de outro veículo. Mel Gibson está na cidade para visitar ou pai, hospitalizado.

ACTRIz TORI SPELLING DEU à LUz UMA MENINA. tori Spelling, 38, é mãe novamente e divulgou a notícia no seu twitter. “estamos felizes em anunciar que nossa menininha, Hattie Margaret McDermott, nasceu às 7h08”, escreveu, para em seguida publicar uma foto com os pezinhos da filha, ainda na maternidade.

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Comentário semanal

do director do jtM

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Novo vídeo da Tribuna TV

Rihanna aparece seminua em capa de revista

rihanna fez um ensaio sensual para a revista esquire de Novembro. a cantora aparece na capa seminua, apenas com folhas coladas pelo corpo. rihanna foi eleita a mulher mais sexy do ano pela publicação e retribuiu a escolha com o ensaio

sensual que deixou suas curvas à mostra. rihanna também fez um vídeo no qual aparece com o corpo sujo de lama.

Salma Hayek afirmou: “não tenho botox”a actriz Salma Hayek aparece sensual na capa da edição de Novembro da revista latina, e fala sobre as novidades que enfrenta com 45 anos - na vida profissional e na pessoal. “Não tenho botox. a ideia de uma agulha perfurando minha testa me dá arrepios, então prefiro usar cremes. tem cheiro bom e é relaxatante. quero ver até onde posso ir”, afirmou a actriz, que está a lançar uma linha de beleza. Para Hayek, é um “milagre estar a trabalhar com 45 anos”, apesar de não procurar papéis com afinco. “Só trabalho com quem admiro ou amigos, ou em algo realmente especial. ainda assim, este foi o ano em que mais trabalhei na minha vida”, disse, declarando ser uma mãe e mulher feliz.

ainda dizem que a praia faz mal...É Shannan clik que o diz. “adoro praia e foi sempre parte importante na minha vida. um dia, ainda não tinha 20 anos estava em Huntington beach, no orange county, quando notei que alguém me mirava de cima a baixo. Não liguei, mas passado um tempo, aproximou-se e perguntou-me se era modelo. ri-me e disse-lhe que aquela conversa não pegava. respondeu-me que era agente, mostrou-me os documentos e aí começou o meu sonho”. Poucos meses depois, Shannan trabalhava para a “Guess”.

ashton e Demi viajam juntosem meio de notícias sobre processo de divórcio, ashton Kutcher e Demi Moore viajaram juntos no último fim de semana semana, para Santa barbara, na califórnia. De acordo com site tMZ, o casal estava na companhia do seu instrutor de cabala, Yehuda berg, e um amigo de ashton chamado eric buterbaugh. Na segunda-feira, o actor mencionou Demi em alguns tuítes e deu-lhe os parabéns pelo seu novo filme.


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40 sTar movies12:50 The War Of The Roses14:45 Xtinction: Predator X16:20 Madison18:00 Super Eruption19:35 Brothers21:25 Who’S Your Caddy23:00 Anacondas: The Hunt For The Blood Orchid00:40 Kung Pow: Enter The Fist

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63 sTar WorlD12:10 The Bachelorette13:05 Hell’s Kitchen14:00 America’s Next Top Model14:55 Melissa & Joey15:25 Ghost Whisperer17:15 The Glee Project18:10 The Bachelorette 19:05 How I Met Your Mother19:30 Happy Endings20:00 Off The Map20:55 Royal Pains21:50 Glee22:45 The Bachelorette23:40 How I Met Your Mother00:05 Off The Map

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cineTeaTro SALA 2 The sorcerer anD The WhiTe snakeUm filme de: Siu-Tung Ching. Com: Jet Li, Shengyi Huang.

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cineTeaTro SALA 1 Johnny englishUm filme de: Oliver Parker.Com: Rowan Atkinson, Dominic West.

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O Laboratório de Engenharia Civil de Macau convida a V. Exa. (como empresa local que reúne as condições adequadas) para se integrar na lista de Fornecedores do LECM para materiais e prestação de serviços.

O formulário de inscrição pode ser levantado na sede do LECM, sita na Taipa, Avenida Wai Long, nº185 ou fazer o download na nossa página de internet www.lecm.org.mo e remeter ao LECM até 10/11/2011.

Telefone: 82944488 Fax: 82944848Pessoa a contactar: Sr. Lei / Srª. Lam Tel. 82944413 / 82944400Correio Electrónico: [email protected] / [email protected]

Pág 16 quinta-feira, 13 de outubro de 2011 jornal trIbuna de MaCau feCHo deSta edição JtM - 00:30HoraS

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taIwan e CHIna assInaM aCordo nuClearTaiwan e China vão as-sinar um acordo de co-operação de segurança nuclear, em que os dois territórios concordam em partilhar infor-mações e recursos em caso de acidente grave, como o que aconteceu em Fukushima, no Ja-pão, foi ontem anunciado em Taipé. Segundo o acor-do, o Conselho de Taiwan de Energia Atómica e o seu equivalente chinês ficarão vinculados por uma obriga-ção de alerta e de assistência mútua. Este dispositivo é crucial para Taiwan, uma vez que o estreito da For-mosa divide a maior parte do parque nuclear civil chi-nês, instalado na parte sudeste do país, a cerca de 200 quilómetros da ilha. Pequim planeia entretanto cons-truir mais de vinte novas centrais nucleares. Segundo anunciou a organização semi-oficial taiwanesa Straits Exchange Foundation, encarregada das relações técni-cas e comerciais com a China Continental o acordo vai ser assinado a 20 de Outubro, em Tianjin.

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José Rocha Dinis

MaCau “vale” 6 las vegas e 9 atlantIC CItYAs receitas brutas dos casinos da “strip” de Las Vegas decres-ceram 8,7 por cento para cer-ca de 497 milhões de dólares americanos (quase quatro mil milhões de patacas) em Agos-to, face a igual período do ano passado, devido sobretudo à quebra verificada nas mesas de bacará. No mesmo mês, os casinos de Macau facturaram 6,2 vezes mais do que os de Las Vegas, ao registarem recei-tas totais de cerca de 24,77 mil milhões de patacas, montante que traduziu um crescimento homólogo de 57 por cento e fixou um novo recorde para o sector. A quebra na “strip” de Las Vegas ocorreu num mês em que o número de visitantes subiu 2,8 por cento para 3,29 milhões na cidade do Estado do Nevada. Apesar do registo negativo de Agosto, as receitas do segundo maior mercado mundial do jogo subiram 5,2 por cento nos primeiros oito meses deste ano, segundo dados divulgados pela Comissão de Controlo do Jogo no Nevada. No cômputo geral do Estado do Nevada, as receitas brutas diminuíram 6,1 por cento para cerca de 887 milhões de dólares (7,1 mil milhões de patacas) em Agosto, mas aumentaram 2,9 por cento no total dos oito meses. Em Atlantic City, segundo mercado do jogo dos EUA, já foram fechadas as contas de Setembro, que também apontam para uma descida de 0,6 por cento para 294,7 milhões de dólares (2,36 mil milhões de patacas) nas receitas brutas dos 11 casinos em operação naquela juris-dição. Nos primeiros nove meses, Atlantic City acumulou uma descida de 7,8 por cento para 2,6 mil milhões de dólares (20,8 mil milhões de patacas). No mesmo período, os casinos de Macau encaixaram 194,3 mil milhões de patacas, ou seja 9,3 vezes mais. S.T.

donald tsang aPonta reForMa PolÍtICa “a longo PraZo”O líder do governo de Hong Kong afirmou ontem que a RAEHK tem como principais desafios a longo prazo a reforma política, o envelhecimento da po-pulação e o papel do executivo, que considerou ter de ser mais activo. Na apre-sentação das Linhas de Acção Governativa para 2012, Donald Tsang afirmou que a abordagem actual de menor intervenção possível do governo no merca-do foi desafiada pelo agravamento do fosso entre ricos e pobres, que “levou a população a pedir uma melhor distribuição da riqueza através de políticas públicas e medidas fiscais”, considerando que para manter a competitividade a longo prazo e responder aos desafios da economia global, Hong Kong deve-rá continuar a seguir o princípio fundamental de manter um regime simples de baixa tributação e uma economia de mercado. O governante salientou que as despesas públicas não deverão ultrapassar os 20% do PIB e disse acreditar que o Executivo “não deve agir [no mercado] sem uma boa razão, mas não deverá também cruzar os braços”. Alertando que “para um crescimento eco-

nómico sustentado é preciso aproveitar as oportunidades e enfrentar os desafios”, Tsang lembrou que a eco-nomia de Hong Kong começou a recuperar no segundo trimestre de 2009 e registou em 2010 um crescimento de 7 por cento, esperando-se que este ano seja de 5 a 6 por cento. Sobre a reforma política, defendeu que Hong Kong deverá manter uma elevada eficiência administrativa e trabalhar para se conseguir alcançar um consenso na sociedade. “Questões a considerar incluem o papel dos grupos políticos, a relação entre a administração e o poder legislativo, o cultivo do talento e da ética política”, disse, sublinhando que a reforma democrática que en-trará em vigor nas eleições de 2012 é mais um passo no sentido do sufrágio universal. Na última apresentação das políticas do governo constatou que os principais valores da Região são a “liberdade, respeito do Estado de Direito, igualdade, justiça, integridade, pluralismo e inclusão”, ao observar que “havia preocupações de que se perdessem depois da reunificação, mas que, de facto, se mantiveram-se intactos”. “Se [aqueles valores] forem salvaguardados garantir-se-á o sucesso do princípio ‘um país, dois sistemas’”, concluiu.

susPenso na esCola Por vender CHoColatesUm menino de 12 anos foi suspenso por 10 dias, numa es-cola britânica, por andar a vender chocolates às escondidas. Confessando que teve a ideia depois de ver um programa de televisão sobre negócios, o pequeno Tommie Rose deci-diu comprar chocolates em grandes quantidades e bebidas em promoção, para vender com lucro aos colegas de esco-la. “Tenho uma mente empreendedora e os programas de televisão deram-me a ideia do que fazer. Vi coisas baratas, então comprei cerca de 30 libras (cerca de 380 patacas) de

produtos e distribuí pelas casas de amigos. Vendia no recreio e alguns dias cheguei a fazer 200 libras (2.500 patacas)”, contou Tommie. O pai de Tommie garante que só soube do negócio, quando o filho recebeu uma advertência dos professores. Mesmo assim, Tommie continuou com as vendas até ser suspenso.

bIrMânIa lIbertou aPenas 300 Presos PolÍtICosPelo menos 300 presos políticos foram ontem libertados na Birmânia, mas com mais de dois mil intelectuais, académicos, políticos e jornalistas na cadeia, o regime terá de fazer mais para provar que está realmente a seguir uma via reformista, dizem alguns críticos. A líder da oposição, Aung San Suu Kyi, anunciou que “até agora, cerca de 100 presos políticos ficaram em liberdade”. “Como disse várias vezes, a independência de toda a gente não tem preço. Estou realmente grata pela libertação dos presos políticos”. Horas depois, era conhecida a saída da cadeia de três centenas de dissidentes, incluindo figuras importantes da oposição. Para além de Zarganar – detido em Junho de 2008 após ter sido condenado a 59 anos de prisão por criticar a resposta do Governo ao ciclone Nargis e organizar assistência às vítimas – sabe-se que foi também libertado Sai Say Htan. O líder da etnia shan (e de um grupo ar-mado que lutava contra o regime militar) fora condenado a 104 anos de cadeia, em 2005, por se recusar a participar na preparação de uma nova Constituição.

Menores

jtm 13-10-2010

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