josé abrantes fazer monografia é moleza - ano 2007

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ntiftCO Exemplos de projeto de pesquisa e de uma monografia completa de graduação 1

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fazer monografia é moleza

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  • 1. ntiftCO Exemplos de projeto de pesquisa e de uma monografia completa de graduao 1
  • 2. FAZER MONOGRAFIA MOLEZA i w iliitW i / o t ! l
  • 3. Jos Abrantes FAZER MONOGRAFIA MOLEZA O passo a passo de um trabalho cientfico waki/ Riode Janeiro 2007 | bumbo 1 bumbo 2 , . 1 . A J chmbal c/ o 1 J , ....
  • 4. 2007 by Jos Abrantes Gerente Editorial: Alan Kardec Pereira Editor: Waldir Pedro Reviso Gramatical: Lucola Medeiros Brasil Capa e Projeto Grfico: Equipe 2bom Design Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) A143f Abrantes, Jos Fazer monografia moleza: o passoa passo de umtrabalho cientfico / Jos Abrantes. - Rio de Janeiro: Wak Ed., 2007, 140p.:21cm Apndices Incluibibliografia ISBN 978-85-88081-73-4 1. Pesquisa - Metodologia. 2. Bibliografia - Metodologia. 3. Redao Tcnica I.Ttulo Av. N. Sra. de Copacabana 945 - sala 103 - Copacabana Rio de Janeiro - RJ - CEP 22060-001 Tels.: (21) 3208-6095 / 3208-6113 Fax (21) 3208-3918 [email protected] www.wakeditora.com.br 07-2082 CDD 001.4 CDU 001.8 2007 Direitos desta edio reservados Wak Editora Proibida a reproduo total eparcial. Os infratores sero processados na forma da lei. WAK EDITORA bumbo 1 bumbo 2
  • 5. Agradecimentos minha esposa Lena Abrantes pelo amor e apoio. Ao Centro Universitrio Augusto Motta - UNISUAM por apoiar minhas pesquisas. s minhas alunas e orientadas da UNISUAM: Rosana do Carmo Martins Trindade, Shirley de Souza da Silva e Viviane Cordeiro da Silva, por permitirem usar parte de suas monogra fias de graduao em Administrao de Empresas, neste livro. Obrigado e boa sorte.
  • 6. Prefcio Entender as questes que envolvem a metodologia, para elaborao do trabalho cien tfico na academia, com certeza um desafio. Dentre estes trabalhos, um se destaca: a mono grafia, que tambm pode ser chamada de projeto final ou trabalho de concluso de curso. E muito comum alunos, tanto da graduao quanto da ps-graduao, com dvidas e apavorados com a obrigao de desenvolver uma pesquisa, escrever, formatar e apresentar uma monografia. Qual a razo da monografia causar tanto problema? Ser que to difcil e complexo escrever uma monografia? So os alunos ou os orientadores que esto despreparados? Entender as dificuldades dos discentes, no processo de transcrio do seu momento de criao, de fato uma habilidade que poucos tm. O mrito, de entender e de contribuir para que essas dificuldades sejam superadas, ponto significante para a academia. A transcrio tem dois momentos: o do autor e o do leitor. Se o autor conseguir passar cla ramente as suas idias e/ou se o leitor conseguir interpretar claramente o que est escrito, ento teremos, com certeza, um ganho substancial do trabalho cientfico. De fato, essa obra vem para contribuir, em muito, a fim de que fatos como esses ocorram. O presente trabalho, to brilhantemente apresentado pelo professor Abrantes, vem para clarear este processo, utilizando todo o seu conhecimento e experincia na rea acad mica. Professor, pesquisador, educador, preocupado com a investigao cientfica, seu re gistro e sua disseminao em todos os nveis, cumpre, nesse momento, mais uma etapa de seu projeto de vida. Finalmente, os leitores tero a oportunidade inicialmente de se deparar com uma obra de cunho prtico e realstica e tero um substancial trabalho, realizado a partir de uma metodologia de fcil assimilao e de grande resultado prtico. Benny de Almeida (M .Sc.) Vice-Reitor Acadm ico UNISUAM - Centro Universitrio Augusto Motta (Junho de 2007)
  • 7. SUMRIO A estrutura da educao no Brasil 1 Como se faz um trabalho cientfico? Como se pesquisa? Tipos de pesquisas Figura 1.1: Tipos de pesquisas Quadro 1.1: Notas versus graus de satisfao Figura 1.2: Escala de graus de satisfao Etapas principais de uma pesquisa Fontes de pesquisa Financiamento de pesquisas Publicao de pesquisas 2 Descrio dos tipos de trabalhos cientficos e acadmicos Fichamento Resumo e abstract Resenha Artigo cientfico Paper Informe cientfico Ensaio cientfico Projeto de pesquisa Monografia de graduao e ps-graduao lato sensu Monografia de mestrado (dissertao) Monografia de doutorado (tese) Peridicos cientficos (revistas, boletins etc.) Reunies acadmicas e cientficas (congressos, simpsios etc.) 3 Apresentao grfica das monografias (detalhes das folhas) Figura 3.1 - Apresentao grfica de monografias 3.1 Detalhes das folhas pr-textuais (exemplos) Capa 10 11 12 12 13 13 15 16 17 18 19 19 20 21 22 22 23 23 23 26 27 28 30 32 33 33 37 37
  • 8. Folha de rosto 38 Verso da folha de rosto 39 Errata 40 Folha de aprovao 41 Dedicatria 42 Agradecimentos 43 Epgrafe 44 Resumo em lngua portuguesa 45 Resumo em lngua estrangeira 46 Lista de ilustraes 47 Lista de tabelas 48 Listas de abreviaturas, siglas, smbolos e tradues 49 Lista de tradues 50 Sumrio 51 3.2 Detalhes das folhas textuais 52 Introduo 54 Captulo 1Teorias da Administrao (exemplo de incio de captulo) 57 3.2.1 Recomendaes para desenvolvimento da monografia e redao dos captulos 58 3.2.2 Recomendaes de redao (como expressar o contedo) 59 3.2.3 Formatao de tabelas, figuras e demais elementos grficos 61 3.2.4 Citaes, indicaes das fontes de consulta e notas de rodap 62 Citaes diretas 62 Citaes indiretas 63 Citaes de citaes (apud) 64 Formas abreviadas de citaes 64 Opus citatum ou op. cit. (que significa obra j citada) 64 Ibidem ou ibid. (que significa na mesma obra) 65 Idem ou id. (que significa do mesmo autor) 66
  • 9. Passim (que significa aqui e ali, como diversas citaes) 66 Loco citado ou loc. cit. (que significa no mesmo lugar citado) 66 Sequentia ou et. seq (que significa seqencia ou que se segue) 67 Notas de rodap 67 Citao de informao verbal (entrevista, palestra, debate etc.) 68 Citao de trabalhos em elaborao 68 Citao indireta de diversas obras de um mesmo autor (na mesma citao) 69 Citao indireta de diversas obras de vrios autores (na mesma citao) 69 Citaes de diversos documentos de um mesmo autor, publicados em um mesmo ano 69 Concluso (folha exemplo) 70 3.3 Detalhes das folhas ps-textuais 71 3.3.1 Referncias 71 De livros 72 De peridicos 73 De artigos (inclusive em meio eletrnico) 74 De monografias (incluindo dissertaes, teses e trabalhos acadmicos) 75 De mensagem eletrnica (e-mail) 76 Referncias (folha exemplo) 77 3.3.2 Glossrio (folha exemplo) 78 3.3.3 Apndice (folha com exemplo de resenha crtica) 79 3.3.4 Anexo (folha exemplo) 80 3.3.5 ndice (folha exemplo) 81 4 Entrega da parte escrita e defesa oral da monografia 83 A parte escrita e a banca examinadora. 83 Como ocorre a defesa oral da monografia? 85 Referncias 89 Apndice A - Exemplo de projeto de pesquisa (rea de Educao) 92 Anexo A - Exemplo de monografia de graduao (rea de Administrao) 105
  • 10. I 0 I Jos Abrantes A estrutura da educao no Brasil (Segundo dados oficiais de 2007) At para se entender o nvel e a complexidade dos trabalhos cientficos, importan te se falar sobre como est estruturada a educao brasileira, nos seus mais diversos nveis, lembrando que est subdividida em Educao Bsica e Ensino Superior. Educao Bsica Crcche (Zero a 3 anos de idade) Educao Infantil (4 a 5 anos de idade) Ensino Fundamental (Aps 6 anos de idade) Ensino Mdio (1a 3asrie) Ensino Profissional de nvel mdio (mnimo 3 anos) Io ao 5oAno 6o ao 9oAno Graduao Bacharelado (exige monografia)* Licenciatura (exige monografia)* Curta durao (no exige monografia)* (forma tecnlogo) Ensino Superior Livre Extenso (Sem limite de horas) Aperfeioamento (Mnimo 160 horas) Ps-Graduao' *Algumas faculdades e cursos no exigem monografia, mas sim um trabalho de concluso de curso - TCC ou projeto final, por exemplo, em cursos de engenharia e informtica. Lato sensu (sentido amplo) Stricto sensu (sentido restrito) Especializao (MBA) (Mnimo 360 horas) (exige monografia) Mestrado acadmico (exige dissertao) Mestrado profissional (no exige dissertao, exige trabalho final) Doutorado (exige tese) Ps-doutorado (no exige monografia, nem dissertao e nem tese)
  • 11. Fazer Monografia moleza I I I Captulo 1 Como se faz um trabalho cientfico? Como se pesquisa? Qualquer pessoa tem capacidade intelectual para fazer uma pesquisa cientfica e elaborar, por exemplo, uma monografia de concluso para um curso de graduao. A pes quisa depende da vontade e da dedicao do aluno e do seu orientador, ou seja, do profes sor que vai conduzir e ajudar o aluno nas suas pesquisas. E claro que existem pessoas que tm mais facilidades que outras, mas a princpio qualquer pessoa capaz. Infelizmente, muitos professores e pesquisadores fazem um verdadeiro terrorismo, no que se refere a desenvolver uma pesquisa e elaborar o relatrio final: a monografia. Em algumas insti tuies, o terror to forte que, um ano antes da data da concluso do curso, os alunos comeam a sofrer e entram na TPM, ou Tenso Pr-Monografia. Tambm por causa disto, que se sabe que existem grupos especializados em preparar e vender monografias. A coisa to descarada que existem anncios em jornais e cartazes espalhados por insti tuies de ensino. Quem achar que estou exagerando, recomendo que pesquise nos cor redores da sua instituio como se faz para comprar uma monografia. claro que existem pessoas e instituies srias. Alm de ser crime previsto no cdigo civil, no h necessidade de fazer isso. Qualquer pessoa tem capacidade para fazer pesquisa cientfica e escrever uma monografia (ou dissertao ou tese). O professor Howard Gardner, em 1983, aps muita pesquisa, criou o conceito das Inteligncias Mltiplas. Segundo este conceito, todo ser humano dotado de vrias inteligncias e no apenas as capacidades Lgico-Matemtica e Lings tica, que so as bases dos testes de inteligncia ou testes de QI. Ser que s inteligen te quem gosta e sabe Matemtica ou pensa de forma lgica? Ser que s inteligente quem sabe falar e escrever muito bem? Como vamos classificar pessoas famosas e que nos proporcionam alegrias, como Zeca Pagodinho, Daiane dos Santos, Cartola, Adoniram Barbosa etc.? Ser que todas estas pessoas se sairiam bem em um teste de QI? Desconfio que no. Talvez algumas fossem rotuladas como burras. Burras so as que pensam e acham isso. Gardner (1998, p. 37) define inteligncia como a capacidade de resolver pro blemas e/ou de criar produtos que sejam valorizados dentro de um ou mais cenrios cul turais. Quais problemas? Quais produtos? Neste mesmo estudo de Gardner, e de outros pesquisadores, fala-se que todos ns nascemos com vrias capacidades intelectuais, mas que normalmente uma ou poucas se destacam (deve ser o dom). Infelizmente por fatores como nutrio e forma de criao, muitas pessoas acabam por atrofiar ou no desenvolver suas inteligncias e muitas s o fazem
  • 12. I 2 Jos Ahruntes aps uma certa idade. Eu estou convencido de que todos ns temos, sim, vrias inteligncias e que todas ou muitas podem ser estimuladas, mesmo aps uma certa idade. No estou falando de aumentar a inteligncia, mas de desenterr-la' de algum ponto escondido em nossa mente! intelectual, mas tempo depois se destacaram em uma ou mais reas do conhecimento. Albert Einstein talvez seja o melhor e mais forte exemplo. Fica difcil acreditar que algum dia um pro fessor tenha dito que Einstein era incapaz e que no seria grande coisa na vida. Do ponto de vista global, as pesquisas so classificadas como de cincia pura (ou bsica) ou aplicada, onde na pesquisa pura trabalha-se com conhecimentos e estudos espe cficos, no havendo a previso de uma aplicao prtica. Normalmente este tipo de pesqui sa, at por envolver muitos recursos financeiros, s realizado por instituies superespecializadas e praticamente s no mbito governamental. J, na pesquisa aplicada, procura-se a soluo de problemas concretos da sociedade, sendo o tipo de pesquisa mais comum, principalmente nos meios acadmicos de graduao. A figura 1.1 mostra as dife rentes formas de se classificar uma pesquisa. A histria da humanidade est repleta de casos de pessoas que foram rotuladas de incapacidade Tipos de pesquisas EXPLORATRIAS DESCRITIVAS EXPLICATIVAS ANALTICAS PF.SQUISAS CIENTFICAS (APLICADAS OU DE CINCIA PURA) SEGUNDO AS FONTES DE DADOS DE CAMPO DE LABORATRIO BIBLIOGRFICA LEVANTAMENTO DE DADOS < QUANTITATIVA QUALITATIVA SEGUNDO A COLETA DE DADOS BIBLIOGRFICA DOCUMENTAL ESTUDO DE CASO EXPERIMENTAL APOS O FATO (EX POST FACTO) Figura I. I: Tipos de pesquisas (Fonte: SANTOS, 2004. p. 25- 40)
  • 13. Fazer Monografia moleza 13 De forma geral, as pesquisas podem ser qualitativas ou quantitativas. Em ambos os casos, os dados coletados tm de ser analisados, para que sejam feitas consideraes e/ou obtidas concluses. Pesquisas quantitativas esto relacionadas ao levantamento de dados numricos, que seguem regras matemticas. Vejamos alguns exemplos: variao do custo de estocagem de um produto, em funo do tipo e da quantidade estocada. Variao da altura de pessoas entre o nascimento e os 21 anos de idade. Variao do consumo de queijos, em funo da taxa de inflao, em um determinado perodo. Variao da resistncia de um material, em funo da temperatura de trabalho. Pesquisas qualitativas no esto, diretamente, relacionadas ao levantamento de da dos numricos. Vejamos alguns exemplos: variao do ndice de produtividade de uma empresa, em funo das condies ambientais de trabalho (rudos, temperatura e odores). Como o ambiente organizacional interfere na motivao das pessoas para o trabalho. Como as condies climticas (meteorolgicas) interferem com o humor das pessoas. Deve ser ressaltado que mesmo pesquisas com dados qualitativos podem ter um tratamento matemtico, especialmente usando-se anlises estatsticas. Imagine que se quei ra analisar a qualidade do grau de satisfao de funcionrios, de um determinado setor de uma empresa. Pouco adianta simplesmente perguntar se as pessoas esto satisfeitas ou no. Pode-se, por exemplo, criar uma escala numrica de graus de satisfao, variando de 1a 7. Com isto, so atribudas notas satisfao e, assim, pode-se dar todo um tratamento matemtico e estatstico, isto para uma pesquisa e anlise qualitativa. Nota Grau de satisfao 1 Bastante insatisfeito 2 Insatisfeito 3 Levemente insatisfeito 4 Neutro 5 Levemente satisfeito 6 Satisfeito 7 Bastante satisfeito Quadro 1.1: notas versus graus de satisfao 1 2 3 4 5 6 7 Figura 1.2: escala de graus de satisfao
  • 14. I 4 I Jos Abrantes Muitas pesquisas, independentemente de serem qualitativas ou quantitativas, exi gem tratamento estatstico para anlises de: mdia aritmtica, desvio padro, varincia, dis perso, correlao etc. Nestes casos, fundamental um aprofundamento das anlises e ferramentas estatsticas, que fogem ao escopo deste livro. Recomenda-se a consulta a livros especficos desta rea e tambm do captulo 5 do livro: LIMA, Manolita Correia. Monogra fia. A engenharia da produo acadmica. So Paulo: Saraiva, 2004. A pesquisa exploratria aquela que faz a primeira aproximao de um tema (SANTOS, 2004, p. 25). Imagine um explorador em uma floresta, ainda, desconhecida para ele, ou seja, onde se est pela primeira vez. No necessariamente precisa ser indita, talvez outros exploradores j tenham estado nesta floresta. Ocorre quando pouco se co nhece o problema ou o objeto de estudo a ser pesquisado. Apenas se exploram os fatos da realidade (ou o que est acontecendo). A pesquisa descritiva ocorre aps uma primeira abordagem ou aproximao (explo rao). um estudo das caractersticasj conhecidas do objeto de estudo. Apenas descreve fatos e fenmenos, sem manipul-los. O pesquisador no interfere com o objeto de estudo, apenas descreve. J, na pesquisa descritiva de opinio, pessoas so entrevistadas para ex pressar suas atitudes (aes, pontos de vista, idias e ou preferncias). Um tipo derivado da pesquisa de opinio a de motivao, onde se procura descobrir o porqu das atitudes, idi as e preferncias. A pesquisa explicativa quando descreve fenmenos e acontecimentos, com a interferncia do pesquisador sobre o objeto de estudo, chegando a ocorrer a induo de questes (pesquisa explicativa e indutiva). A pesquisa analtica aquela de maior profundidade, com relao aos resultados obtidos. Ela analisa, explica e at cria um conceito ou teoria sobre o objeto de estudo. Em uma pesquisa de campo, as fontes de dados esto fora da instituio de en sino ou residncia do pesquisador. J uma pesquisa de laboratrio, como o prprio nome indica, feita em um determinado local preparado e equipado com os instrumen tos para observao, anlise e descrio do objeto de estudo. Deve ser enfatizado que, neste caso, laboratrio no significa um lugar exclusivo, por exemplo, com micros cpios. At um determinado setor de uma empresa pode ser utilizado como laborat rio, para desenvolver-se uma pesquisa. A pesquisa bibliogrfica, como o prprio nome indica, proveniente de fontes escritas, como livros, revistas,jornais, peridicos, anais de eventos e da Internet. Toda pesquisa tem a sua fase bibliogrfica, pois todas tm de ter a fundamentao terica e a reviso da literatura. A pesquisa documental, embora possa auxiliar diversas reas, aplica-se melhor s pesquisas histricas. As fontes estatsticas so muito utilizadas em pesquisas quantitativas,
  • 15. Fazer Monografia moleza principalmente da rea tecnolgica (Engenharia, Fsica, Qumica etc.). As fontes no es critas so muito utilizadas em pesquisas da rea de artes, como msica, cinema, teatro, dana, pintura etc. Na pesquisa experimental, manipulam-se diretamente as variveis relacionadas ao objeto de estudo. Ocorre a interferncia direta do(s) pesquisador(es). Ela pode ser um tipo de estudo de caso, pesquisa-ao ou aps o fato (ex postfacto). A pesquisa experimental se aplica a qualquer rea. (SANTOS, 2004, p. 29) A pesquisa de estudo de caso muito comum nas reas de Administrao e Econo mia, e se limita a um determinado caso, que pode ser uma empresa ou regio. Este tipo de pesquisa exige muitas entrevistas e visitas freqentes aos locais de estudo e a elaborao de mltiplos questionrios. mais comum nos nveis de mestrado e doutorado. A pesquisa-ao, ou participativa, essencialmente prtica, atuando na realidade social e fazendo com que as comunidades (pessoas) ajam e interajam, especialmente suge rindo solues. Neste caso, o(s) pesquisador(es) atua(m) como motivador(es) ou facilitador(es). Este tipo de pesquisa muito utilizado nas reas das Cincias Sociais pura e aplicada (Sociologia, Antropologia e Administrao de Empresas). Na pesquisa aps o fato ou expostfacto, o pesquisador observa o fato, o fenmeno ou o processo, aps a sua ocorrncia, ou seja, sem o seu controle ou interveno. O fato ser explicado a posteriori. Etapas principais de uma pesquisa Independentemente da rea de conhecimento, qualquer pesquisa deve seguir as se guintes principais etapas (RAMPAZZO, 2004. p. 50-51): lLevantar problemas e questes, propondo solues e hipteses (especial mente nos nveis de mestrado e doutorado). O pesquisador deve se dedicar ao que gosta e ao que o atrai. Os problemas e os temas no devem ser impostos. Faz-se me lhor aquilo de que se gosta. 2- Observar e medir. Em fontes escritas e/ou com os objetos de estudo (no cam po ou laboratrio). So as fases: descritivas e/ou explicativas e/ou exploratrias e/ou documentais e/ou bibliogrficas. 3- Levantar e registrar dados relacionados s questes e s hipteses. a fase pr tica e objetiva da pesquisa. Aqui se revela a disciplina e a pacincia do pesquisador. Depen dendo do nvel da pesquisa, esta etapa pode levar anos.
  • 16. I 6 I Jos Abrantes 4aAnalisar e processar os dados levantados e registrados, comparando-os com as questes e as hipteses. Nesta etapa, podem ocorrer grandes descobertas (ou frustraes). Dependendo das anlises, pode-se at ter de mudar questes e hipteses. Ocorre quando lite ralmente se atira no que viu e acerta-se no que no viu. Deve ser lembrado que informaes advm de dados processados. A ordem cronolgica de uma pesquisa definir dados relevantes, levantar dados, processar dados, obter informaes e tomar ou propor decises. 5aPropagar e generalizar as informaes obtidas, de forma que as concluses se apliquem a casos e condies similares, ou seja, o conceito da repetitibilidade, ou melhor, so geradas informaes que permitem que outros pesquisadores sigam o mesmo caminho e cheguem s mesmas concluses. 6aDeduzire prever que, para certas condies, ocorram determinadas relaes (ou no). a etapa da extrapolao e da delimitaodas concluses obtidas.Aqui podem ser feitas sugestes e recomendaes, para futuras pesquisas, que complementem e alarguem a rea estudada. Fontes de pesquisa Alm do objeto de estudo em si, principalmente os livros relacionados ao tema, exis tem outras fontes de pesquisa. Jornais, revistas e sites na Internet tambm podem ser fontes de pesquisa. Mesmojornais dirios e revistas semanais, ou seja, no cientficos, podem ser utiliza dos como fonte de pesquisa, desde que sejam tomadas algumas precaues. Ao se ler uma not cia que possa ser utilizada na pesquisa, em umjornal ou revistapopular (no cientfica), deve-se inicialmente descobrir o autor (reprter) e fazer um contato telefnico ou por correio eletrni co, para se descobrir a origem dos dados e das informaes, bem como a profundidade investi- gativa da reportagem. No se deve simplesmente transcrever o que foi publicado. Com relao Internet, deve-se tomar o mesmo cuidado, ou seja, verificar a fonte e a seriedade da informao. Sabe-se que, almde qualquerpessoapoder fazer ou ter um site, pode-se escrever o que quiser(inclusive bobagens). Deve-se fazer um contato com o autor da informao e, principalmente, verificar se os nomes e as instituies citadas existem e se tm credibilidade. Por exemplo, no se deve aceitar simplesmente uma informao de um site qual quer na Internet, tal como (exemplo fictcio e absurdo): segundo pesquisas do professor Giusseppe Marzullo, do Departamento de Biologia Molecular, da Universidade do Es tado do Rio de Janeiro, as pessoas que se alimentam de manga, concomitantemente com leite de vaca, podem desenvolver uma reao alrgica e at morrer. Quem este profes sor? Ele realmente existe e pertence a esta universidade? Estas perguntas podem ser respon didas com uma simples consulta ao site deste departamento da universidade. Caso no se consiga esta informao, via Internet, faz-se um contato telefnico.
  • 17. Fazer Monografia moleza 17 Peridicos cientficos podem ser acessados, tanto em bibliotecas de instituies de ensino superior quanto por meio do Sistema de classificao de peridicos, anais e re vistas - Qualis (www.qualis.capes.gov.br). O termo CAPES significa Coordenao de Aper feioamento de Pessoal de Nvel Superior, sendo o rgo que avalia o ensino superior e os cursos de ps-graduao no Brasil. Livros podem ser consultados em bibliotecas pblicas e de instituies de ensino superior, que normalmente permitem o acesso a pesquisadores. Para as pessoas que mo ram na cidade do Rio de Janeiro ou prximo, uma excelente opo a Biblioteca Nacio nal, que fica na Avenida Rio Branco, 219, na Cinelndia, no Centro da cidade e funciona de segunda a sexta-feira das 9 horas s 21 horas e aos sbados das 9 horas s 15 horas. Tambm possvel fazer consultas a bibliotecas de empresas e instituies, como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica); FGV (Fundao Getlio Vargas); CPRM (Centro de Pesquisas e Recursos Minerais); CRA (Conselho Regional de Adminis trao); COMLURB (Companhia Municipal de Limpeza Urbana); SEBRAE; FIESP (Federa o das Indstrias do Estado de So Paulo); FIRJAN (Federao das Indstrias do Estado do Rio de Janeiro); SENAI (Servio Nacional de Aprendizagem Industrial); SESI (Servio So cial da Indstria); SESC (Servio Social do Comrcio); BNDES (Banco Nacional de Desen volvimento Econmico e Social). No qualquer livro que deve ser utilizado como fonte de pesquisa, pois infeliz mente existe muita bobagem5'publicada na forma de livro. Alm do contedo, deve ser verificado se o autor tem formao e credibilidade para ser utilizado como referncia, em uma pesquisa cientfica. Uma forma de verificar os dados do autor entrando em contato com a editora. Outra opo procurar se o autor est cadastrado no sistema de currculos Lattes do CNPq, no endereo www.cnpq.br (plataforma Lattes). Normalmente professores e pesquisadores possuem seus currculos detalhados neste banco de dados. Financiamento de pesquisas Especialmente em instituies de ensino superior, existem algumas opes para se tentar obter um financiamento para uma pesquisa. Independentemente da fonte que se buscar o financiamento, fundamental que seja feito um completo projeto de pesquisa, muito bem detalhado e principalmente com asjustificativas, a relevncia e os resultados esperados. Em bora, a princpio, qualquer pessoa possa desenvolver uma pesquisa cientfica, nem todas con seguem provar que suas pesquisas sero teis e com resultados relevantes para a sociedade. Alunos de graduao podem conseguir blsas de estudo ao participar de projetos de iniciao cientfica em suas instituies. Estas iniciaes esto ligadas a projetos de pesquisas desen volvidos por mestres e doutores da instituio e, normalmente, tm financiamento oficial,
  • 18. I 8 | Jos Abrantes embora muitas instituies privadas financiem pesquisas, especialmente aquelas ligadas s reas sociais relacionadas s comunidades prximas s instituies. Tambm so possveis bolsas de estudos para pesquisas nos nveis de mestrado, doutorado e ps-doutorado. Normalmente estas bolsas so concedidas por meio do Conse lho Nacional de Pesquisa - CNPq ou pelos rgos de apoio pesquisa nos estados, como, por exemplo, a Fundao de Amparo Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ ou da FAPESP em So Paulo. Estas bolsas so concedidas por estes rgos, mas via instituio onde a pesquisa ser desenvolvida, e sob a superviso e controle de um orientador cadastra do nestes rgos. Para mais informaes, podem ser acessados os sites desses rgos: www.cnpq.br,www.faperj.br, www.fapesp.br. Publicao de pesquisas Existem diversos meios para se publicar uma pesquisa, embora no seja muito fcil. Por exemplo, podem ser publicadas na forma de artigo, paper, informe e ensaio cientfico. Tambm podem ser publicadas em anais de reunies acadmicas e cientfi cas, como congressos e simpsios. Uma outra maneira na forma de livro, que no to difcil de publicar quanto parece. Existem dois caminhos bsicos para a publicao de um livro: por meio de uma editora comercial ou de forma independente. Como as edi toras tm muito custos, s publicam aqueles livros que, aps minuciosa anlise,, so de finidos como de bom potencial comercial. Qualquer pessoa pode publicar um livro (especialmente aquele fruto de uma pesquisa acadmica) de forma independente. Inici almente deve-se entrar em contato com o escritrio do ISBN da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Deve ser esclarecido que existem muitas editoras pequenas que trabalham em sistemas de parcerias, onde o autor paga uma determinada quantia e a editora imprime poucos exemplares. Hoje em dia, perfeitamente possvel uma pessoa publicar apenas um exemplar de um livro. O grande problema destas editoras pequenas a distribuio do livro que, s vezes, fica restrita a uma pequena regio geogrfica, dificultando a di vulgao e a venda do livro.
  • 19. Fazer Monografia moleza I I 9 Captulo 2 Descrio dos tipos de trabalhos cientficos e acadmicos Trabalho cientfico todo aquele fruto de pesquisa, com critrios e metodologias e com fundamentaes tericas reconhecidas pela comunidade cientfica. Cabe aqui um alerta sobre o termo pesquisa, muito comum na atualidade, principalmente em escolas do ensino fundamental e mdio. Por exemplo, quando a professora de Histria pede para os alunos da 7srie fazerem uma pesquisa sobre quais fatos permitiram a proclamao da Repblica, na verdade, ela est pedindo que os alunos faam um estudo ou uma anlise bibli ogrfica, e no uma pesquisa cientfica. Os principais trabalhos cientficos e acadmicos so fichamento, resumo, resenha, artigo cientfico (paper), monografia, dissertao e tese. Existe um tipo de trabalho, o Pro jeto de Pesquisa, que normalmente precede monografias, dissertaes e teses, que consi derado tambm como um trabalho acadmico (PATACO, 2004, p. 23). Em verdade, este trabalho um planejamento ou guia de uma pesquisa. Alm destes trabalhos, existem as revistas acadmicas e cientficas e os livros (cientficos). A seguir, so feitas descries e comentrios sobre cada um destes tipos de trabalhos. Fichamento O termo vem de ficha ( s lembrar daquelas fichas amareladas, de nossos antigos e saudosos professores) e tem uma funo importantssima, auxiliando muito o trabalho de pesquisa e a elaborao do relatrio final. Toda pesquisa envolve a coleta de dados biblio grficos, principalmente de fontes escritas, como livros, revistas, jornais, monografias, dissertaes, teses e artigos. Fazer um fichamento significa fazer um resumo com comen trios da fonte consultada, com todas as referncias. Normalmente os fichamentos so feitos mo e em folhas, no formato A6 (10,5cm x 14,8cm), mas nada impede que sejam feitos em formato A4 e/ou em meio magntico. um excelente recurso de pesquisa quando se est, por exemplo, em uma biblioteca sem acesso a um computador para escrever e gravar em meio magntico. Deve ficar claro que, durante uma pesquisa, a pessoa no obrigada a fazer o ficha mento, exatamente como aqui descrito. O importante que o tenha como se fosse um ar quivo ou memria escrita de todas as fontes consultadas. Este arquivo, alm dos dados
  • 20. 20 1 Jos Ahrantes catalogrficos da obra, deve conter um pequeno resumo do seu contedo. A seguir, apre sentado um exemplo de fichamento. ABRANTES, Jos. Program a 8S. Da alta adm inistrao linha de produo: o que fazer para aum entar o lucro? 2 ed. Rio de Janeiro: Intercincia, 2007. Consulta realizada na biblioteca da UN1SUAM, em maio de 2007. Este livro, relacionado s reas de administrao e engenharia de produo, apresenta uma metodologia para o combate aos desperdcios em empresas, por meio da mudana de hbitos e comportamentos (behaviour-Keeping) das pessoas, ou dos recursos humanos. O autor se baseou na metodologia dos 5 Sensos (5S), proposta pelos japoneses em 1950 e fez um aprofundamento para a cultura e educao brasileira, acrescentando mais 3 Sensos. O livro fruto da pesquisa de mestrado do autor e apresenta todo um embasamento da Teoria Geral de Administrao (TGA), alm de experincia profissional de mais de 30 anos, especialmente como gerente de fbricas. Alm da metodologia em si, apresenta uma srie de critrios e solues para a reduo dos desperdcios em empresas, bem como exemplos de caso de sucesso. e precedido da expresso Disponvel em:, com I a data de acesso ao documento precedida da expresso Acesso em:. Opcionalmen- i | te podem ser colocados os dados referentes hora, aos minutos e aos segundos do | | acesso. Do ponto de vista acadmico, no deve ser utilizado material eletrnico de | I curta durao e/ou de baixo nvel. Ao se referenciar Internet, tem de se confirmar I I fonte, veracidade e seriedade das informaes. (Veja exemplo na pgina74.) I i----------------------- ------------------------------------------------------------------------------------ 1 A seguir, so detalhadas algumas formas e tipos de referncias, devendo-se res saltar as sutilezas e as particularidades no uso de letras maisculas (caixa alta), letras mi nsculas, ponto, vrgula, ponto e vrgula, dois pontos etc. Cabe enfatizar que aqui so citadas apenas algumas formas e tipos de referncias e que, para mais detalhes, deve ser consultada a norma ABNT NBR 6023, que mostra centenas de formas e tipos diferentes de referncias. Referncias de livros De forma geral, os livros so referenciados da seguinte forma: Sobrenome do(s) autor(es) em letra maiscula, vrgula e o nome. Ttulo do livro destacado ou em negrito ou em itlico ou em grifo, com a primeira letra do ttulo em maiscula seguida de dois pon tos para escrever o subttulo (se houver) em minscula e sem destaque. Nmero da edio (a Iaedio omitida). Local da edio seguido de dois pontos, o nome da editora segui do de vrgula e o ano da publicao. Livros com apenas um autor: PEREIRA, Antnio Jos. Monografias ou cpias?: como conduzir pesquisas. 3. ed. Lisboa: Companhia dos Livros, 2005. Livros com dois e trs autores: aparecem os nomes na ordem citada na capa do livro e separados por ponto e vrgula e um espao. DINSMORE, Paul Campbell; SILVEIRA NETO, Fernando Henrique da. Gerenciamento de projetos: como gerenciar seu projeto com qualidade, dentro do prazo e custos previs tos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. MOURA, Maria Lucia Seidl de; FERREIRA, Maria Cristina; PAINE, PatrciaAnn. Manual de elaborao de projetos de pesquisa. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998. Livros com mais de trs autores: coloca-se o nome do autor que aparece em primeiro lugar na capa, seguido da expresso latina et al. (em verdade, o termo completo et alii).
  • 73. Fazer Monografia moleza I 7 3 BIALOSKORSKI NETO, Sigismundo et al. Poltica institucional de monitoramen to da autogesto das cooperativas do estado de So Paulo: uma proposta preliminar de metodologia, pesquisa e implementao. Resultados da primeira fase. 2. ed. Ribeiro Preto, SP: Grfica Canavaci Ltda., 2000. Livros com vrios autores e coordenador(es) ou organizador(es): coloca-se o nome do(s) autor(es) que organizou(aram) ou coordenou(aram), seguido de expresso tpica en tre parnteses, (Org.), (Coord.). HENRIQUES, Cludio Cezar; SIMES, Darclia Marindir P. (Orgs.). A redao de tra balhos acadmicos: teoria e prtica. 3. ed. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2004. Livros cuja autoria e/ou publicao seja uma instituio ou empresa: esta institui o ou empresa assume o papel de autor, e a referncia semelhante de um livro com um autor. Escrevendo a instituio ou empresa em letra maiscula. MINISTRIO DA EDUCAO E CULTURA, SECRETARIA DE EDUCAO FUNDA MENTAL. Parmetros Curriculares Nacionais: introduo. Braslia: MEC/SEF, 1997. Livros consultados em meio eletrnico: (veja observao geral.) ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.l]: Virtual Books, 2000. Disponvel em: . Acesso em: 10 jan.2002, 16:30:30. * O termo [S.l] significa: sine loco, ou seja, no possvel identificar o local de publica o do livro. Referncias de peridicos (como um todo): algumas vezes, tambm so utilizados pe ridicos na sua totalidade (a exemplos de livros), como fontes de pesquisa. Os elementos essenciais so ttulo, local de publicao, editora, data ou datas de incio e encerramento da publicao (se for o caso). Quando houver, acrescentam-se elementos complementa- res. Veja os exemplos a seguir: BOLETIM GEOGRFICO. Rio de Janeiro: IBGE, 1943-1978. Trimestral. REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939-. Trimestral. Ab sorveu Boletim Geogrfico, do IBGE. ndice acumulado 1939-1983. ISSN 0034-723X. SO PAULO MEDICAL JOURNAL. So Paulo: Associao Paulista de Medicina, 1941-. Bimensal. ISSN 0035-0362.
  • 74. 7 4 Jos Abranles Referncias de artigos: artigos e papers podem ser publicados em diferentes meios. Revistas cientficas, revistas acadmicas,journals, boletins, anais de eventos cientfi cos e acadmicos (seminrios, congressos), jornais e revistas de grande circulao so exemplos. Com relao a jornais e revistas de grande circulao (O GLOBO, VEJA, POCA etc.), no proibido cit-los como referncia em trabalhos cientficos, mesmo porque, dependendo da rea e do tipo de pesquisa, estas fontes podem ser importantes. Ao se decidir por citar um destes veculos, alguns cuidados devem ser observados, por exemplo, entrar em contato com o autor e obter dados sobre a fonte, veracidade e seri edade das informaes fornecidas. No se devem cit-los em um trabalho cientfico ou acadmico, simplesmente, porque saiu em um jornal ou revista popular. Artigos em peridicos (journals), revistas cientficas, revistas acadmicas e bo letins: indicao do(s) autor(es), ttulo e subttulo (se houver) do artigo, nome do pe ridico em destaque, local de publicao, data completa da publicao, nmero do volume e/ou ano, nmero do peridico e pginas inicial e final do artigo. COSTA, V. R. margem da lei: o Programa Comunidade Solidria. Em Pauta: revista da Faculdade de Servio Social da UERJ, Rio de Janeiro, n. 12, p. 131-148, 1998. SAMPAIO, Jader dos Reis. A pesquisa qualitativa entre a fenomenologia e o empirismo formal. Revista de Administrao da USP, So Paulo, v.36, n. 2, p. 16-24, abr./jun.2001. Caso a consulta tenha sido feita por meio eletrnico, tem de ser acrescida a descrio fsica do meio eletrnico, ou seja, disquetes, CD-ROM etc. VIEIRA, Cssio Leite; LOPES, Marcelo. A queda do cometa. Neo Interativa, Rio de Janeiro, n.2, inverno 1994. 1 CD-ROM. Caso a consulta tenha sido feita on-line, identifica-se completamente, como j citado: SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. Seo Ponto de Vista. Disponvel em: . Aces so em: 28 nov. 1998. Artigos em eventos cientficos (seminrios, congressos, simpsios etc.): indicao do(s) autor(es), ttulo e subttulo (se houver) do artigo, colocao da preposio latina In seguida de dois pontos, nome do evento em letras maisculas, ano e local do evento, ttulo do documento (anais, atas, tpico temtico etc.) em destaque e seguido de trs pontos, local, editora, data de publicao, pginas inicial e final do artigo. BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporaes do tempo em SGBD orientado a
  • 75. Fazer Monografia moleza 75 objetos. In: SIMPSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9., 1994, So Paulo. Anais... So Paulo: USP, 1994. p. 16-29. Caso o artigo do evento tenha sido publicado em meio eletrnico: SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedaggicos do paradigma da qualidade total na educao. In: CONGRESSO DE INICIAO CIENTFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrnicos... Recife: UFPe, 1996. Disponvel em: . Acesso em: 21 jan. 1997. Artigos publicados em jornais e revistas populares (no cientficos) Neste caso, esto includos comunicaes, editorial, entrevistas, reportagens e resenhas. Os elementos essenciais so autor(es) (se houver), ttulo do artigo, ttulo do jornal ou revista em destaque, local de publicao, data de publicao, seo, caderno ou parte do jornal ou revista e a paginao correspondente. Quando no houver seo, caderno ou parte, a paginao do artigo ou matria precede a data. COSTURA x P.U.R. Aldus, So Paulo, nov. 1997, ano 1, n. 1. Encarte tcnico, p. 8. LEAL, L. N. MP fiscaliza com autonomia total. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p. 3, 25 abr. 1999. ANGELO, Eduardo Bom. Minha empresa est cheia de parentes desinteressados. O que fao? Revista Pequenas Empresas Grandes Negcios, So Paulo, ago. 2004, n. 187. Div do empreendedor, p. 9-10. Artigo de jornal em meio eletrnico: SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de So Paulo, So Pau lo, 19 set. 1998. Disponvel em: . Acesso em: 19 set. 1998. Referncias de monografias (incluindo dissertaes, teses e trabalhos acadmicos) muito comum (e recomendvel) a consulta a monografias para fundamentar e ou complementar pesquisas cientficas. Via de regra, as monografias tm uma cpia arquivada na biblioteca central da instituio e, algumas vezes, tambm na coordenao do curso. Poucas dissertaes e teses esto disponveis na Internet e muitas esto em CD-ROM.
  • 76. 76 I Jos Ahrantes A forma de referncia nome do autor, ttulo destacado, subttulo (se houver) sem destaque, ano de publicao (ano da aprovao), nmero de folhas, tipo de trabalho (dissertao, tese, trabalho de concluso de curso etc.) com a rea de pesquisa, unida de de ensino e nome da instituio (por extenso) onde a monografia foi desenvolvida e a cidade. ALENTEJO, Eduardo. Catalogao de postais. 1999. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovao na Disciplina Catalogao III, Escola de Biblioteconomia, Universi dade do Rio de Janeiro - UNIRIO, Rio de Janeiro. CORDEIRO, Ana Cristina da Mota. Anlise do mtodo de gerncia de projetos de ar quitetura aplicada aos edifcios residenciais multipavimentares, na cidade do Rio de Janeiro. 2005. 167f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produo) - Coordenao dos Programas de Ps Graduao em Engenharia - COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Rio de Janeiro. GOMES, Lauro Carlos Bronzoni. A influncia do Exame Nacional de Cursos - E.N.C. no ensino da Cincia da Administrao: a construo do perfil curricular do administrador formado pela Faculdade Bthencourt da Silva. 2003. 105f. Dissertao (Mestrado em Cincias Pedaggicas) - Instituto Superior de Estudos Pedaggicos - ISEP, Rio de Janeiro. Referncia de mensagem eletrnica (e-mail) Em se tratando de referncia para uma pesquisa cientfica, s sejustifica uma mensagem recebida de um professor ou pesquisador ou uma instituio. No se pode estar referenci ando qualquer mensagem recebida. ALMEIDA, M. P. S. Fichas para MARC [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por em 12jan. 2002. Alm de todas estas referncias, recomenda-se a consulta norma ABNT NBR 6023, para outros casos, como, por exemplo: documento jurdico, como legis lao e decises judiciais (pargrafo 7.9); imagem em movimento, como filmes, vi deocassetes e DVD (pargrafo 7.10); documento iconogrfico, como pintura, gravura, fotografia, ilustrao, desenho tcnico, transparncia, diapositivo, material estereo- grfico, cartaz e outros (pargrafo 7.11); documento cartogrfico, como atlas, mapa, globo, fotografia area e outros (pargrafo 7.12); documentos sonoros, como disco, cassete, rolo, CD e outros (pargrafos 7.13 e 7.14); partituras impressas e em meio eletrnico (pargrafo 7.15); documento tridimensional, incluindo esculturas, maque-
  • 77. Fazer Monografia moleza | 7 7 tes, fsseis, esqueletos, objetos de museu, animais empalhados, monumentos e outros (pargrafo 7.16); e documentos de acesso exclusivo em meio eletrnico, como bases de dados, listas de discusso, arquivos em discos rgidos, programas, mensagens ele trnicas e outros (pargrafo 7.17). A seguir, mostrada uma folha exemplo com algumas referncias aqui citadas, exatamente como devem aparecer em uma monografia. 208 R E F E R N C IA S A L E N TE JO , Eduardo. Catalogao de postais. 1999. Trabalho apresentado com o requisito parcial para aprovao na Disciplina Catalogao III, Escola de Biblioteconom ia, Universidade do Rio de Janeiro - UNIRIO, Rio de Janeiro. A LM EIDA, M. R S. Fichas para M A R C [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por em 12 jan. 2002 ANGELO, Eduardo Bom. Minha em presa est cheia de parentes desinteressados. O que fao? Revista Pequenas Empresas Grandes Negcios, So Paulo, ago. 2004, n. 187. Div do empreendedor, p. 9-10. B1ALOSKORSK.1 NETO, Sigismundo et al. Poltica institucional de monitoramento da autogesto das cooperativas do estado de So Paulo: uma proposta preliminar de m etodologia, pesquisa e implementao. Resultados da primeira fase. 2. ed. Ribeiro Preto, SP: Grfica Canavaci Ltda, 2000. DINSM ORE, Paul Cam pbell; SILVEIRA NETO, Fernando Henrique da. Gerenciamento de projetos: com o gerenciar seu projeto com qualidade, dentro do prazo e custos previstos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. GOM ES, Lauro Carlos Bronzoni. A influncia do Exame Nacional de Cursos - E.N.C. no ensino da Cincia da Administrao: a construo do perfil curricular do adm inistrador form ado pela Faculdade Bthencourt da Silva. 2003. 105f. Dissertao (M estrado em Cincias Pedaggicas) - Instituto Superior de Estudos Pedaggicos - ISEP, Rio de Janeiro. REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, I939-. Trimestral. Absorveu Boletim Geogrfico, do IBGE. ndice acum ulado, 1939- 1983. ISSN 0034-723X. SAM PAIO, Jader dos Reis. A pesquisa qualitativa entre a fenomenologia e o em pirism o formal. Revista de Administrao da USP, So Paulo, v.36, n.2, p. 16-24, abr./jun.200l. SILVA, lves Gandra da. Pena de m orte para o nascituro. O Estado de So Paulo, So Paulo, 19 set. 1998. Disponvel em: < http://providafam ilia.org/pena_m orte_nascituro.htm >. Acesso em: 19 set. 1998.
  • 78. 7 8 I Jos Abrantes 3.3.2 Glossrio uma das folhasps-textuais, sendoopcional. No glossrio, feitauma relao, em ordem alfabtica, de palavras especficas utilizadas notexto, com as suas definies. Normalmente s uti lizado em alguns livros, no sendo exigido em monografias e trabalhos cientficos. Aseguir, mos trada partede umglossrio, extrada dolivro: OLIVEIRA, DjalmadePinho Rebouasde. Sistemasde Informaes Gerenciais. 9. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2004.285p. O tamanho da fonte 12. 209 GLOSSRIO Ao a capacidade cie tom ar as decises necessrias para a soluo das situaes diagnosticadas, otim izando os recursos disponveis. AF,N - rea Estratgica dc Negcio uma parte, ou segm ento, do m ercado com a qual a corporao ou a em presa, por meio dc suas UEN, se relacionam de maneira otim izada. A gente de desenvolvim ento organizacional aquele capaz de desenvolver com portam entos, atitudes e processos que possibilitem em presa transacionar proativa e interativam ente com os diversos aspectos do am biente e do sistem a considerados. A lternativa a ao sucednea que pode levar, de torm a diferente, ao m esm o resultado Am biente de um sistem a o conjunto de elem entos que no pertencem ao sistem a, mas qualquer alterao no sistem a pode m udar ou alterar os seus elem entos e qualquer alterao nos seus elem entos pode m udar ou alteraro sistema. reas de responsabilidade so unidades adm inistrativas com funes e responsabilidades determ inadas e com um responsvel com autoridade definida. Atuao para o m ercado a capacidade de alcanar os resultados que m elhorem e perenizem , harm onicam ente, a satisfao dos diversos pblicos (clientes, fornecedores, com unidade, acionistas, fnneionrios etc.) Banco de dados uma coleo organizada de dados e inform aes que possa atender s necessidades dc muitos sistem as, com um m nim o de duplicao, e que estabelece relaes naturais entre dados e informaes.
  • 79. Fazer Monografia moleza I 7 9 3.3.3 Apndice uma das folhas ps-textuais, sendo opcional, pois s feita quando a monografia tem apndices. Consiste em textos ou documentos elaborados pelo prprio autor da monografia. O objetivo do apndice complementar o desenvolvimento da monografia (parte textual), sem quebrar o raciocnio e sem causar volume ao texto com informaes complementares. Os apn dices so identificados por letras maisculas, travesso e ttulo. A seguir, mostrado um exem plo de um apndice, que, no caso, parte da resenha de um livro. O tamanho da fonte 12. 210 A P N D IC E A - Exemplo de uma resenha crtica Resenha crtica do livro: DINSM ORE, Paul; SILVEIRA NETO, Fernando Henrique da. Gerenciamento de projetos. Com o gerenciar seu projeto com qualidade, dentro do prazo e custos previstos. Rio de Janeiro, R J: Qualitym ark. 2004. !50p. Por: Jos Abrantes (D. Se.). Professor Titular do Centro de Cincias Sociais Aplicadas e Pesquisador do Centro Universitrio Augusto M otta UNISUAM. A anlise deste livro teve com o objetivo principal entender se, conform e o seu contedo, pode ser utilizado com o livro texto ou leitura com plem entar na disciplina de gerenciam ento de projetos, dos cursos de Engenharia, Adm inistrao, M arketinge Economia. O que um projeto Segundo os autores, um esforo tem porrio realizado para criar um produto ou servio nico, diferente de algum a maneira, de todos os outros produtos e servios. Um projeto tem incio e fim definidos, utiliza recursos humanos, m ateriais e financeiros, dirigido por pessoas e obedece a parm etros de custo, tem po e qualidade. O s autores apresentam poucos exem plos de projetos e deveriam explorar m ais esta parte inicial e introdutria. Sente-se falta de um maior em basam ento terico e constata-se que os autores falam m uito em funo de suas experincias com o gerentes de projetos industriais de grande porte.
  • 80. 80 Jos Abrantes 3.3.4 Anexo umadasfolhasps-textuais, sendoopcional,poiss feitaquandoa monografiatemanexos. Consisteem textos ou documentos no elaboradospelo autorda monografia, etm como funo ilus trar, fundamentare/ou comprovarpassagensdodesenvolvimentodotexto. Osanexosso identificados por letras maisculas, travessoe ttulo.A seguir, apresentado um exemplo de um anexo, no caso umatabelado IBGE, mostrandoo crescimentorealpercentual dastaxasdecrescimentoPIB, entre 1953 e 1963. Dadosdisponveisnosite.. Acessoem 30/05/05.0 tamanhoda fonte 12(ouconformede onde seextrai a informao). ANEXO A -E V O L U O DO PIB (1953/1963) PIB BRASILEIRO (TAXAS ANUAIS PERCENTUAIS DE CRESCIM ENTO REAL) FONTE IBGE Relatrio Anual - BACEN Ano Total Agropec. Indstria Servios 1953 4,7 0.2 8.7 -0,1 1954 7,8 7.9 8,7 13,0 1955 8.8 7,7 10,6 3,5 1956 2.9 -2.4 6,9 4,7 1957 7.7 9,3 5,7 9,0 1958 10,8 2,0 16,2 5,4 1959 9,8 5,3 11,9 1,2 1960 9,4 4,9 9,6 13,0 1961 8,6 7,6 10,6 11,9 1962 6,6 5,5 7,8 3,3 1963 0.6 1,0 0,2 2,9
  • 81. Fazer Monografia moleza I 8 I 3.3.5 ndice Tambm conhecido como ndice remissivo um elemento ps-textual opcional, normalmente no utilizado em monografias e que ocorre em alguns livros. Este indice lista palavras e/ou frases que aparecem no texto, citando a(s) pgina(s) onde ocorre(m). A seguir, mostrada uma folha exemplo de um ndice remissivo, copiado do livro: BRAGA, Glucia; BOENTE, Alfredo. Metodologia cientfica contempornea: para universitrios e pesquisa dores. Rio de Janeiro: Brasport, 2004. O tamanho da fonte 12. U ltim a s fo lh a s a se re m n u m e ra d a s ----------------- 214 N D IC E A D ABNT, 63. 141 Decision Pro. 167 abstract, 143 Dedicatria, 143 Agradecimento, 143 Definio constitutiva, 13 AlexSys Team, 167 Definio Operacional, 13 anlise dos dados, 61 delim itao de assunto, 26 Anexos, 146 Apndices, 146 dissertao. 20 rea de Pesquisa, 58,59 ARPNET. 153 E artigo cientifico, 22 ensaio cientifico, 23 artigo-relatrio, 22 Epgrafe, 143 Associao Brasileira Errata, 142 de Normas Tcnicas, 63 escolha de um tema, 25 estgios cognitivos, 57 B Estudo de caso, 11 Bibliografia, 63 F C Folha de aprovao. 143 Folha de rosto, 142 Capa, 142 fontes de pesquisa, 63 com pilao, 18 concluso, 62 H conhecim ento, 144 HiperTexto, 159 conhecim ento emprico. 144 hiptese, 4, 25, 27 consideraes finais, 25,62 home pages, 159 cronograma, 61 HTML, 159 Hypcr Text Markup Language, 159
  • 82. Fazer Monografia moleza j 83 Captulo 4 Entrega da parte escrita e defesa oral da monografia A parte escrita e a banca examinadora Uma vez escrita e feita a reviso ortogrfica, e de comum acordo com o orien tador, o candidato deve providenciar uma cpia da monografia para cada membro da banca examinadora. Isto deve ocorrer, pelo menos, 30 dias antes da data da defesa. Com relao ao desenvolvimento da parte escrita da monografia, cabe ressaltar a funo do professor orientador. No ele quem desenvolve a pesquisa nem quem escreve a mo nografia, mas sim o candidato. O orientador guia o candidato, de forma que este no entre em devaneios acadmicos, perdendo a coerncia e foco da pesquisa. O ideal que o candidato tenha encontros constantes com o orientador, colocando- o a par do desenvolvimento da pesquisa e fornecendo cpia das partes que estiverem sendo escritas, para que ele entenda e possa sugerir algumas mudanas ou at o redirecionamento da metodologia. No se deve deixar tudo para o final e apenas entregar uma cpia completa ao orientador, quase na data da defesa. Alis, o termo defesa da monografia bem apropri ado, pois cabe ao candidato e ao orientador defend-la com unhas e dentes, de qualquer ataque. Para que isto ocorra, fundamental uma perfeita interao e harmonia entre candi dato e orientador. A figura do orientador e a sua relao com o orientado so, muitas vezes, motivos de muita polmica.e reclamaes constantes. Com raras excees, os orientadores so quase que execrados pelos orientados. claro que existem orientadores no muito agrad veis, mas, pela minha experincia, principalmente em cursos de graduao, os alunos en tendem que o orientador quem tem de fazer a pesquisa e escrever a monografia. Aps alguns anos vivenciando estes problemas, criei a seguinte definio para alguns orientado res: O orientador como o seu anjo da guarda. Ele o protege, voc reza para ele, voc sabe que ele existe, mas no consegue v-lo nemfalar com ele. Antes da entrega das cpias aos membros da banca examinadora, o candidato tem de se certificar de que, alm da reviso ortogrfica, foi feita uma completa reviso de toda a estrutura e a formatao da monografia. Alm da coerncia metodolgica das trs partes, ou seja, introduo, desenvolvimento e concluso (ou consideraes finais), o candidato tem de verificar minuciosamente se todos os captulos, sees e subsees esto numera dos de forma seqencial e correta; se os ttulos esto corretos; se todas as pginas esto nu meradas e escritas conforme constam no sumrio. Qualquer pequeno erro, por exemplo de
  • 83. X4 I Jos Abrantes paginao, pode se transformar em um problema ou discusso durante a defesa, inclusive deixando exposto o trabalho do orientador. Com relao banca examinadora, cabem alguns comentrios. Em trabalhos de graduao, seja em bacharelado ou licenciatura, a banca composta pelo professor orientador e por mais dois professores do curso que o candidato est concluindo. Normalmente, neste nvel, o candidato no consultado quanto composio da ban ca. Em cursos de ps-graduao lato sensu (por exemplo, MBA), o procedimento o mesmo. Em defesas de dissertao de mestrado, a banca composta por, pelo menos, trs membros, sendo o orientador um outro professor do curso e da mesma instituio e um membro externo convidado, da mesma rea qual se refere a pesquisa. Neste nvel, todos os membros (inclusive o orientador) tm de ter, pelo menos, o grau de mestre ou livre docn cia. No obrigatrio que os membros sejam doutores, embora isto seja comum na prtica. O candidato deve conversar muito com o orientador, para escolha e composio da banca. Caso o candidato tenha preferncia por algum professor, especialmente o membro externo, este tem de ser aprovado pela instituio e do agrado do orientador. Algumas vezes, um professor que tem o grau de mestre ou de doutor amigo do candidato, mas no rene as condies acadmicas para participar de uma banca examinadora deste nvel. Um exemplo so os professores que, apesar da titulao, no apresentam razovel produo cientfica. Quando se diz que os membros tambm devem ser do agrado do orientador, deve-se pen sar no que pode acontecer durante a defesa, caso haja incompatibilidade entre o orientador e um desafeto. Sabe-se de defesas onde, em virtude da incompatibilidade entre os membros da banca, o candidato acabou sendo prejudicado. No nvel de doutorado, cerca de um ano antes da defesa da tese, ocorre o exame de qualificao (qualifying), onde o candidato apresenta para uma banca de pelo menos trs doutores (ou livres docentes) o tema de sua pesquisa, as questes norteadoras, o objeto de estudo, asjustificativas, os objetivos, a metodologia e as hipteses. O objetivo confirmar se o candidato est no caminho certo e qualificado para continuar a pesquisa. Nesta etapa, o candidato apresenta um resumo escrito (no a tese) e explica oralmente banca a sua pesquisa. Sugere-se que, j nesta fase, a banca seja montada com os cinco professores doutores que depois iro compor a banca da defesa da tese, inclusive com os dois membros externos. Na defesa de tese de doutorado, a banca composta por pelo menos cinco douto res (e/ou livres docentes), que tm comprovada produo acadmica e cientfica. A escolha deve ser criteriosa e de comum acordo entre candidato e orientador. Aqui tambm valem as observaes anteriores, relacionadas ao mestrado, porm com mais cuidado. Muitas vezes, escolhe-se um figuro, pensando em valorizar a defesa e, no final, depara-se com
  • 84. Fazer Monografia moleza I 8 5 muito aborrecimento. Sabe-se de defesas de doutorado onde ocorreram discusses calorosas e agressivas entre membros da banca, de tal forma que a fogueira das vai- dades acabou queimando o candidato. Como ocorre a defesa oral da monografia? Toda defesa de monografia, independentemente do nvel, um ato solene e pblico, podendo ser assistido por qualquer pessoa. Tanto isto verdade que as instituies so obri gadas a divulgar, em suas instalaes com antecedncia, as datas, os horrios e os locais das defesas de monografia, seja no nvel de graduao, ps-graduao, mestrado ou doutorado. Recomenda-se que o candidato j tenha assistido a, pelo menos, uma defesa do seu nvel e rea, at para perder o medo, que normal. Deve ser esclarecido que, especialmente em nvel de mestrado e doutorado, alm das cpias para cada membro da banca examinadora, o candi dato tem de depositar um original em folhas soltas (sem encadernao) na secretaria do curso. Este original ficar arquivado, na instituio,junto com a folha de aprovao (assinada pela banca aps a defesa e a aprovao), a ata e as possveis ressalvas. No dia da defesa, o candidato deve comparecer com pelo menos 30 minutos de antecedncia, no s para se preparar psicologicamente mas tambm para verificar se to dos os materiais e acessrios esto funcionando. Transparncias, disquete, retroprojetor, microcomputador, data show, tela, luzes e energia, tudo deve ser verificado. Nada deve falhar. aconselhvel que haja gua, caf e copos disponveis, especialmente para a ban ca examinadora. O candidato tem o direito de convidar amigos e parentes para assistir sua defesa, devendo deixar claro que no podem ocorrer interpelaes da platia, sob nenhuma hiptese. No se recomenda a presena de pais muito idosos ou emotivos, at por causa do nvel de tenso, muito menos a de crianas pequenas que, em poucos minu tos, perdero a pacincia e acabaro por chorar ou tumultuar a apresentao. Apesar de ser um ritual de passagem, especialmente no mestrado e no doutorado, uma defesa de monografia no pode se transformar em uma festa. Recomenda-se a realizao de festa e comemoraes, aps a aprovao do candidato, fora da instituio. conveniente que o candidato conte com a presena de uma pessoa de sua con fiana para ajud-lo na manipulao de transparncias, computador e data show. O candi dato no deve se envolver e perder tempo com estes detalhes, pois sua ateno deve-se concentrar na fala e na apresentao da pesquisa. Este auxiliar' no pode falhar e atrapa lhar os trabalhos, por exemplo, errando a posio das transparncias ou acessando o arqui vo ou a folha errada. Isto tudo porque se dispe de pouco tempo para a apresentao. Este tempo varia conforme a instituio e o nvel do curso. De forma geral, no Brasil, prati cam-se os seguintes tempos: monografias de graduao ou ps-graduao lato sensu, entre 20 e 30 minutos; dissertao de mestrado, entre 30 e 50 minutos; tese de doutora do, entre 40 e 60 minutos. fundamental que o candidato saiba, com antecedncia, de
  • 85. 86 I Jos Abrantes quantos minutos ir dispor para a sua apresentao, at para se preparar. Uma vez que todos os membros da banca estejam presentes e o candidato pronto, o orientador, que o presidente da banca, inicia os trabalhos. Inicialmen te o presidente faz a leitura da ata de defesa, citando o nome do curso, do candi dato, o tema da monografia, apresentando a banca e informando quantos minutos o candidato dispe. Inicia-se a apresentao com o candidato, devendo apresentar de forma clara e su cinta a sua pesquisa, citando: ttulo, objetivos, justificativas, metodologia, questes de es tudo e hipteses (no caso de mestrado e doutorado). Aconselha-se o uso da primeira pessoa do plural (ns), evitando-se a primeira do singular (eu). A fala deve ser clara, com palavras pertinentes, sem insinuaes ou brincadeiras e sem se dirigir especificamente a qualquer membro da banca. Fala-se para a banca e olhando-a. A apresentao deve ser resumida e seguir a ordem da monografia escrita. Para uma boa apresentao e defesa, o candidato deve atentar para alguns detalhes. Preparar as transparncias ou as telas de forma simples, objetiva e com poucas informaes. Devem ser usadas poucas frases e com letras de tamanho 20, no mnimo. Pode-se usar cores, mas no se devem transformar as telas (via data show) em um show pirotcnico, com mltiplos efeitos visuais. No so estes efeitos que definem a qualidade da pesquisa. Muito show pode acabar atrapalhando. No devem ser apresentadas tabelas ou quadros com muitas linhas e colunas, de forma que no se consiga ler. Tudo que se projetar tem de ser lido e entendido sem muito esforo pela banca. O candidato no deve ficar lendo o que est sendo projetado pois, alm de enfadonho, demonstra insegurana, o que no bom. Para uma boa apresentao e con trole do tempo, o candidato deve treinar antes em casa ou na instituio, simulando o que ocorrer. Com isto, so corrigidas as falhas e tem-se controle do tempo. O candidato deve falar olhando para a banca e indicando detalhes na tela com um marcador, sem colocar o dedo ou ficando na frente da projeo. De forma geral, uma transparncia ou tela, com letras no tamanho 20, permite que se fale entre 2 a 4 minutos. Com isto, pode-se prever os nmeros de transparncias ou te las, de forma que o candidato no apresente um nmero excessivo, o que poder atrapalhar a sua apresentao. O candidato pode at terminar um pouco antes do tempo previsto, mas no deve ultrapass-lo e, sob nenhuma hiptese, deve alegar que no pde concluir ou fazer uma boa apresentao por falta de tempo. Elej sabia anteriormente e tinha que se preparar. Considerando-se um tempo mdio de 3 minutos por tela ou transparncia, podem ser pre vistas as seguintes quantidades:
  • 86. Fazer Monografia moleza 87 Tempo de apresentao Nmero de projees 20 minutos 7 projees 30 minutos 10 projees 40 minutos 14 projees 50 minutos 17 projees 60 minutos 21 projees O trmino da apresentao se d com a concluso ou consideraes finais, que deve estar destacada em uma nica tela e onde o candidato deve falar um pouco mais (cerca de 5 minutos). Aps a apresentao, o presidente da banca d incio s perguntas dos membros da banca. Normalmente, at por questo de cortesia, d-se preferncia aos membros ex ternos convidados, ficando o orientador por ltimo. Isto bom, pois permite que o orien tador analise os questionamentos e possa at pensar em alguma defesa prvia, antes da sua fala. Especialmente em nvel de graduao, o orientador se abstm de perguntar ao candi dato. O candidato deve ouvir as perguntas sentado, anotando o nome do professor e o tipo de pergunta. Normalmente so feitas poucas perguntas por cada membro, e o normal o candidato responder a um de cada vez, aps a autorizao do presidente, mesmo porque podem ocorrer questes similares. As respostas devem ser objetivas, limitando-se ao que foi perguntado, podendo-se recorrer s transparncias ou telas. Sob nenhuma hiptese, o candidato deve confrontar um membro da banca, mesmo que seja provocado, ou, at mesmo, caso a pergunta no seja to pertinente ao tema. O candidato tem de ser educado e calmo e responder da melhor forma possvel. Se tiver de haver discusso, at em tom mais spero, que ocorra entre o membro e o orientador. normal, especialmente em nvel de mestrado e doutorado, que sejam soli citadas pequenas revises, por parte de membros da banca. O candidato no deve discutir e se prontificar a faz-las o mais breve possvel. Deixe que o orientador se entenda com o membro que questionou. Aps respondidas todas as questes, o presidente solicita que o candidato e o p blico presente se retirem, para que a banca delibere. Em algumas instituies, a banca que se retira para uma outra sala, mais reservada. Este um momento de grande apreenso para o candidato, pois estar sendojulgado todo um trabalho de pesquisa, que poder ter consu mido anos de muita dedicao. Costuma ser um momento alegre para a banca que conversa, brinca, relaxa, troca informaes e toma alguns cafezinhos. Cada membro da banca expe a sua opinio sobre o trabalho e o candidato e, em conjunto, tomam a deciso. A forma de ava
  • 87. 88 I Jos Abrantes liao varia conforme a instituio, mas, via de regra, tm-se trs modalidades: aprovada, aprovada com ressalvas (ou restries) e reprovada. Algumas instituies tm ainda a modalidade de aprovada com louvor, atribuda a trabalhos que se destacam. Embora acontea- muito raro uma monografia ser reprovada, durante a sua defesa. O que ocor re com mais freqncia uma aprovao com ressalvas (restries), quando o candida to tem um prazo de 30 a 90 dias (dependendo da instituio) para apresentar ao orientador o atendimento das ressalvas. Cabe ao orientador informar aos demais mem bros da banca o cumprimento das exigncias, at por questes de cortesia. Aps a deliberao da banca, todos so convidados de volta sala onde se fez a defesa, onde o presidente faz a leitura final da ata, com o resultado. Todos os membros da banca assinam a ata e a folha de aprovao, que parte integrante da monografia (folha pr- textual), e o presidente encerra os trabalhos. Uma vez a monografia aprovada, com todas as revises e aprovaes, devem ser feitas cpias encadernadas em capa dura. Normalmente so feitas trs cpias, onde uma fica na biblioteca central da unidade, outra na coordenao do curso e a terceira com o candida to, para guardar de lembrana. Esta encadernao feita em capa dura de cor preta (ou azul) e com letras dourada na lombada, pois, ao ser arquivada na vertical, podem-se ler o ttulo e os dados. Cada instituio tem as suas exigncias sobre o que se escreve na lombada, mas, via de regra, constam os seguintes dados, todos em letras maisculas: nome do candidato, ttulo da monografia, nvel da monografia (graduao, ps-graduao, mestrado ou doutora do), sigla da instituio, ms e ano da defesa. Logo aps a aprovao da defesa, o candidato recebe uma folha que comprova a concluso daquele nvel de ensino. Este documento, com as firmas reconhecidas, tem valor legal nas empresas, nos rgos e nas instituies, pois, at a emisso e o registro do diploma definitivo, podem passar alguns meses.
  • 88. Fazer Monografia moleza 8 9 Referncias ABRANTES, Jos. Programa 8S. Da alta administrao linha de produo: o que fazer para aumentar o lucro? 2. ed. Rio de Janeiro: Intercincia, 2007. ______________ . O associativismo/cooperativismo na produo hidropnica de hortalias folhosas e a viabilidade de organizao no estado do Rio de Janeiro. 2001. 210 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produo) - Coordenao dos Progra mas de Ps-Graduao em Engenharia - COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Rio de Janeiro. ______________. Interdisciplinaridade no ensino mdio: a contextualizao atravs da agricultura hidropnica. Rio de Janeiro: Sotese, 2003. 127 p. ______________. Associativismo e cooperativismo: como a unio de pequenos empreen dedores pode gerar emprego e renda no Brasil. Rio de Janeiro: Intercincia, 2004. 127 p. ANTUNES, Celso. As inteligncias mltiplas e seus estmulos. 6. ed. Campinas, SP: Papirus, 2000. ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 6023: informao e docu mentao: referncias - elaborao. Rio de Janeiro, 2002. 24 p. ______________ . NBR 6024: numerao progressiva das sees de um documento. Rio de Janeiro, 2003. 3 p. ______________. NBR 6027: informao e documentao: sumrio - procedimento. Rio de Janeiro, 2003. 2 p. ______________ . NBR 6028: resumos - procedimento. Rio de Janeiro, 2003. 2 p. ______________. NBR 10520: informao e documentao: apresentao de citaes em documentos. Rio de Janeiro, 2002. 7 p. ______________ . NBR 14724: informao e documentao: trabalhos acadmicos - apresentao. Rio de Janeiro, 2002. 6 p. BRAGA, Glucia; BOENTE, Alfredo. Metodologia cientfica contempornea: para uni versitrios e pesquisadores. Rio de Janeiro: Brasport, 2004. 175 p.
  • 89. 9 0 I Jos Abrantes CORDEIRO,AnaCristinadaMota. Anlisedo mtododegernciade projetosdearquiteturaapli cada aos edifcios residenciais multipavimentares, na cidadedo RiodeJaneiro. 2005.167 f Tese (Doutorado em Engenharia de Produo) - Coordenao dos Programas de Ps Graduao em Engenharia - COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Rio de Janeiro. DINSMORE, Paul; SILVEIRA NETO, Fernando Henrique da. Gerenciamento de projetos. Como gerenciar seu projeto com qualidade, dentro do prazo e custos previstos. Rio de Janeiro, RJ: Qualitymark, 2004. 150 p. GOMES, Lauro Carlos Bronzoni. A influncia do Exame Nacional de Cursos - E.N.C. no ensino da Cincia da Administrao: a construo do perfil curricular do administrador formado pela Faculdade Bthencourt da Silva. 2003. 105 f. Dissertao (Mestrado em Cincias Pedaggicas) - Instituto Superior de Estudos Pedaggicos - ISEP, Rio de Janeiro. HENRIQUES, Cludio Cezar; SIMES, Darclia Marindir P. (Orgs.). A redao de traba lhos acadmicos: teoria e prtica. 3. ed. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2004. 118 p. LIMA, Manolita Correia. Monografia.Aengenharia da produo acadmica. So Paulo: Saraiva, 2004. 210 p. MOURA, Maria Lucia Seidl de; FERREIRA, Maria Cristina; PAINE, PatrciaAnn. Manual de elaborao de projetos de pesquisa. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998. 132 p. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouas de. Sistemas de Informaes Gerenciais. 9. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2004. 285 p. PATACO, Vera Lucia Paracampos; VENTURA, Magda Maria; RESENDE, rica dos Santos. Metodologia para trabalhos acadmicos e normas de apresentao. Rio de Janeiro: Ed. Rio, 2004. 84 p. RAMPAZZO, Lino. Metodologia cientfica: para alunos dos cursos de graduao e ps- graduao. 2. ed. So Paulo: Edies Loyola, 2004. 141 p. RIBAS, Simone Augusta. Metodologia Cientfica Aplicada. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2004.110 p. SANTOS, Antonio Raimundo dos. Metodologia Cientfica: a construo do conhecimen to. 6. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. SILVA, Shirley de Souza da. A motivao como alavanca do sucesso: os fatores internos,
  • 90. Fazer Monografia moleza I 9 1 externos e a automotivao. 2005. 30 f. Monografia (Bacharelado em Administrao de Empresas) - Centro Universitrio Augusto Motta - UNISUAM, Rio de Janeiro. SILVA, Viviane Cordeiro da. Qualidade de vida no trabalho como fator de motivao do funcionrio. 2005. 29 f. Monografia (Bacharelado em Administrao de Empresas) - Cen tro Universitrio Augusto Motta - UNISUAM, Rio de Janeiro. TRINDADE, Rosana do Carmo Martins. A motivao de pessoas e as organizaes. 2005.30 f. Monografia (Bacharelado em Administrao de Empresas) - Centro Universitrio Augusto Motta- UNISUAM, Rio de Janeiro.
  • 91. APNDICE A - Exemplo de projeto de pesquisa (rea de Educao) (A paginao do projeto est no canto superior direito, enquanto a do livro continua sua paginao normal.)
  • 92. CENTRO UNIVERSITRIO AUGUSTO MOTTA - UNISUAM DIRETORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO A prtica da interdisciplinaridade no ensino mdio: A contextualizao da agricultura hidropnica JOSABRANTES Setembro de 2006
  • 93. JOS ABRANTES A prtica da interdisciplinaridade no ensino mc o: A contextualizao da agricultura hidropnica Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitrio Augusto Motta como requisito parcial para a obteno do grau de Especialistaem docnciado ensinofundamentale mdio.Orientador Prof. Emilio Marzullo (D.Sc.). Rio de Janeiro Setembro de 2006
  • 94. SUMRIO 1INTRODUO...................................................................................................................3 1.1 Consideraes iniciais.......................................................................................................3 1.2 Objetivos...........................................................................................................................3 1.3 Visitas tcnicas..................................................................................................................3 1.4 Justificativas......................................................................................................................4 1.4.1 Didtico-pedaggica......................................................................................................4 1.4.2 Social.............................................................................................................................4 1.4.3 Ambiental.......................................................................................................................4 2 FUNDAMENTAO TERICA......................................................................................5 2.1A interdisciplinaridade e a contextualizao.......................................................................5 2.2 A agricultura hidropnica..................................................................................................7 2.3 A legislao sobre o ensino mdio.....................................................................................7 3 FORMULAO DO PROBLEMA............ ,.....................................................................8 4 METODOLOGIA DA PESQUISA.....................................................................................9 4.1 Tipo de pesquisa............................................................................................................... 9 4.2 Fontes de pesquisa............................................................................................................9 4.3 Coleta e anlise dos dados................................................................................................9 5 CRONOGRAMA.............................................................................................................. 10 REFERNCIAS 11
  • 95. A P N D IC E A - Exemplo de projeto de pesquisa (rea de Educao) 3 1 INTRODUO 1.1 Consideraes iniciais Sabe-se que a agricultura muito pode ajudar o aprendizado, sendo comum escolas, especialmente do interior, manter pequenas hortas tanto para a produo de algumas horta lias, quanto para a prtica de aulas de cincias, em especial de Biologia. O presente estudo representa uma anlise de como a agricultura hidropnica pode servir de apoio pedaggico para o desenvolvimento dos contedos programticos do ensino mdio. A hidroponia foi escolhida, principalmente por poder ser praticada em pequenos espaos, inclusive os urba nos e at sobre lajes ou coberturas (o que ocorre em algumas escolas). 1.2 Objetivos O objetivo principal deste estudo analisar a viabilidade para se lecionar, no ensino mdio, tambm de forma interdisciplinar e por meio da agricultura hidropnica. Pretende- se mostrar a viabilidade desta prtica, principalmente em escolas urbanas, inclusive propon do a instalao de estufas experimentais sobre lajes e coberturas. Tambm se pretende fazer uma anlise sobre a literatura que aborda a interdisciplinaridade no ensino mdio. 1.3 Visitas tcnicas Apesar de a pesquisa ser basicamente bibliogrfica, sero feitas visitas tcnicas a dois pequenos produtores comerciais hidropnicos, localizados no bairro de Campo Gran de, na Zona Oeste do Municpio do Rio de Janeiro. Estes produtores produzem: alface, agrio, rcula, salsa, coentro, cebolinha e hortel. O objetivo destas visitas entender me lhor o processo de produo hidropnico e as suas dificuldades, principalmente no que se refere s pragas e s doenas.
  • 96. Fazer Monografia moleza 1.4 Justificativas Esta pesquisa apresenta trs justificativas, a seguir resumidas. 1.4.1 Didtico-pedaggica Cada vez mais a sociedade exige mtodos e procedimentos educativos, mais prxi mos da realidade, ou seja, conforme o ambiente onde se ir viver. No se pode, em tempos de globalizao, informatizao e muita informao, ter-se uma educao com a mesma prtica didtico-pedaggica de vinte anos atrs ou mais. A sociedade pede aulas mais din micas, ldicas e que inter-relacionem os diversos saberes (interdisciplinaridade). Ajustifi cativa didtico-pedaggica desta pesquisa exatamente esta: estudar formas de tornar as aulas mais atraentes, agradveis e motivantes. 1.4.2 Social O aluno ao concluir o ensino mdio, at por indicao da Lei de Diretrizes e Bases - LDB, deve estarpreparado paraatuarprofissionalmente, emqualquerrea, emboraistono impea que ele continue imediatamente seus estudos em nvel superior.A prtica da agricultura hidropni- ca pode ser uma alternativa de trabalho e renda, gerando empregos e atuando no social. 1.4.3 Ambiental A agricultura hidropnica apresenta vrios benefcios ambientais, quando compara da agricultura tradicional, onde o vegetal tem contato direto com o solo. Na hidroponia, o vegetal no fica diretamente no solo; o adubo (soluo nutritiva) enviado em pequenas quantidades, diretamente raiz da planta e retoma para o tanque de soluo; a produo ocorre em estufas fechadas, podendo ser feitos plantios em vrios nveis na vertical. Com isto, obtm-se os seguintes benefcios: menor espao de produo, podendo ser utilizadas
  • 97. A P N D IC E A - Exemplo de projeto de pesquisa (rea de Educao) 5 reas no prprias para a agricultura, inclusive sobre lajes e coberturas; menor quantidade de gua; menor necessidade de defensivos qumicos (agrotxicos), preservando quem produz e quem consome; e no contaminao do solo e do lenol fretico em virtude da penetra o dos elementos qumicos da soluo nutritiva. 2 FUNDAMENTAO TERICA Em verdade, existem trs assuntos a serem pesquisados: interdisciplinaridade e contextualizao, agricultura hidropnica e a legislao sobre o ensino mdio. Assim sendo, sero pesquisados livros e publicaes sobre estes trs assuntos. 2.1 A interdisciplinaridade e a contextualizao A interdisciplinaridade pode ser definida como a interao existente entre duas ou mais disciplinas, relacionadas ou no. Essa interao pode vir da simples comunicao de idias integrao mtua dos conceitos diretores da epistemologia, da terminologia, da me todologia, dos procedimentos, dos dados e da organizao referentes ao ensino e pesquisa. Um grupo interdisciplinar compe-se de pessoas que receberam sua formao em diferentes domnios do conhecimento (disciplinas e reas) com seus mtodos, conceitos, dados e ter mos prprios. A partir destes conceitos, podem ser citadas interdisciplinas, como Psicologia Social, Biofsica, Eletromagnetismo, Medicina Social e Psicolingstica. Luck (2000, p. 39), baseada em Descartes, cita que ...o ensino por disciplinas dis sociadas se constri mediante a aplicao dos princpios da delimitao interna, da fixidez no objeto prprio de anlise, pela decomposio de problemas em partes separadas e sua ordenao posterior, pelo raciocnio lgico formal. Japiassu (1976, p. 52) cita que a interdisciplinaridade caracteriza-se pela intensidade
  • 98. Fazer Monografia moleza das trocas entre especialistas e pelo grau de integrao real das disciplinas no interior de um mesmo projeto de pesquisa. Nesta pesquisa, a interdisciplinaridade ser apoiada no conceito das inteligncias mltiplas de Howard Gardner que, aps longas pesquisas, concluiu, em 1983, a existncia de outras inteligncias alm das Lgico-Matemtica e Verbo-Lingstica, que so a base do conceito de QI. Segundo Gardner (1998, p. 19), a inteligncia pode ser definida como a capacidade de resolver problemas ou de criar produtos que sejam valorizados dentro de um ou mais cenrios culturais. Os Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o ensino mdio citam que todo conhecim ento socialmente comprometido e no h conhecim ento que possa ser aprendido e recriado se no se parte das preocupaes que as pes soas detm. O distanciamento entre os contedos programticos e a experin cia dos alunos certam ente responde pelo desinteresse e at m esm o pela desero que contatamos em nossas escolas. A realidade, ou melhor, o contexto da vida real tem de ser levado para a sala de aula e, a partir desta, procura-se desenvolver os contedos. Isto a contextualizao. A agricultura hi dropnica est totalmente inserida no contexto da moderna produo agrcola, principalmente por utilizar recursos tecnolgicos atuais. A inter-relao entre disciplinas, especialmente no ensino mdio, proporciona aulas mais agradveis e motivantes. As pessoas, de forma geral, no gostam das aulas frag mentadas onde os conhecimentos so passados de forma estanque, pois sabem que, na prtica, a vida interdisciplinar, onde tudo est inter-relacionado. Existem vrias refe rncias bibliogrficas sobre a interdisciplinaridade, mas ser dada prioridade quelas vol tadas ao ensino mdio.
  • 99. A P E N D IC E A - Exemplo de projeto de pesquisa (rea de Educao) 2.2 A agricultura hidropnica O tenno hidroponia deriva de duas palavras gregas: hid.ro = gua eponos = traba lho. A combinao dessas duas palavras pode ser resumida como trabalhar com a gua, o que, na prtica, significa usar soluo em gua de sais minerais para se produzir plantas sem o uso direto do solo. Em verdade, o solo tem duas funes: a primeira dar sustentao mecnica s plantas e a segunda fornecer sais minerais para o seu crescimento. A hidroponia se baseia no princpio de que, uma vez supridos estes sais minerais, a sustentao no pre cisa ser no solo. (DOUGLAS, 1987, p. 12) Outra caracterstica da agricultura hidropnica ser feita no interior de estufas fecha das. O fato da planta no ter contato direto com o solo e ficar dentro de uma estufa, reduz bastan te a contaminao e modifica as condies meteorolgicas. Isto resulta em plantas mais sadias, podendo ser produzidas, praticamente durante todo o ano. (SANTOS, 2000, p. 19) Em geral, as pessoas gostam de aulas que estejam relacionadas a temas da natureza, como a agricultura. No caso especfico da hidroponia, o interesse maior, pois um tipo de agricultura diferente que pode ser praticada at em pequenas reas urbanas, inclusive sobre lajes e coberturas. A produo hidropnica de hortalias, especialmente da alface, alm de ser realidade, vem crescendo muito nos ltimos anos, inclusive em reas urbanas do Municpio do Rio de Janeiro. 2.3 A legislao sobre o ensino mdio A Lei de Diretrizes e Bases -LD B, nmero 9.394, de 20/12/96, e as Diretrizes Curriculares Nacionais - DCNs, para o ensino mdio, Resoluo CEB 3, de 26/06/98, apresentam em diversas partes a referncia interdisciplinaridade e ao ensino contextuali- zado. So estas normas educativas oficiais que do base legal a esta pesquisa, ou seja, ao se praticar o descrito nesta pesquisa, estar-se- tambm cumprindo a lei.
  • 100. Os Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o ensino mdio enfatizam que a interdisciplinaridade deve ir alm da mera justaposio de disciplinas e, ao mesmo tempo, evitar a diluio delas em generalidades. De fato, ser principal mente na possibilidade de relacionar as disciplinas em atividades ou projetos de estudo, pesquisa e ao, que a interdisciplinaridade poder ser uma prtica pedaggica e didtica adequada aos objetivos do ensino mdio. As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) CEB 3 vinculam a educao com o mundo do trabalho e a prtica social. No seu artigo 52cita que as escolas organizaro seus currculos, entre outros, de modo que possam adotar metodologias de ensino diver sificadas, que estimulem a reconstruo do conhecimento e mobilizem o raciocnio, a experimentao, a soluo de problemas e outras competncias cognitivas superiores". No artigo 6Q, cita: Os princpios pedaggicos da identidade, diversidade e autonomia, da interdisciplinaridade e da contextualizao sero adotados como estruturadores dos curr culos do ensino mdio. O artigo 8e, Inciso I, cita que, na observncia da interdisciplinari dade, as escolas tero presente que a interdisciplinaridade, nas suas mais variadas formas, partir do principio de que todo conhecimento mantm um dilogo permanente com outros conheci mentos, que pode ser de questionamento, de negao, de complementao, de ampliao, de iluminao de aspectos no distinguidos. 3 FORMULAO DO PROBLEMA O problema principal desta pesquisa encontrar respostas sobre a viabilidade do uso da agricultura hidropnica, como prtica didtico-pedaggica para o ensino mdio, es pecialmente em escolas localizadas dentro do permetro urbano e com pouco espao dispo nvel. De forma geral, sero procuradas respostas para as seguintes perguntas: Quais as dificuldades tcnicas e agronmicas, para a prtica da hidroponia em nvel experimental? Qual o tamanho mnimo da estufa hidropnica experimental? vivel, do ponto de vista econmico e financeiro, a instala