fazer monografia moleza-ano2007-

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ntiftCO Exemplos de projeto de pesquisa e de uma monografia completa de graduação 1

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  • ntiftCO

    Exemplos de projeto de pesquisa

    e de uma monografia completa de graduao

    1

  • FAZER

    MONOGRAFIA

    MOLEZA

    i w iliitW i / o t ! l

  • Jos Abrantes

    FAZER

    MONOGRAFIA

    MOLEZA

    O passo a passo de um trabalho cientfico

    waki/Rio de Janeiro

    2007

    | bumbo 1 bumbo 2 , . 1 . A J chmbal c / o 1 J , ....

  • 2007 by Jos Abrantes

    Gerente Editorial: Alan Kardec Pereira Editor: Waldir PedroReviso Gramatical: Lucola Medeiros Brasil Capa e Projeto Grfico: Equipe 2bom Design

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    A143f

    Abrantes, JosFazer monografia moleza: o passo a passo de um trabalho cientfico

    / Jos Abrantes. - Rio de Janeiro: Wak Ed., 2007,140p.: 21 cm

    ApndicesInclui bibliografiaISBN 978-85-88081-73-4

    1. Pesquisa - Metodologia. 2. Bibliografia - Metodologia. 3. Redao Tcnica I. Ttulo

    Av. N. Sra. de Copacabana 945 - sala 103 - CopacabanaRio de Janeiro - RJ - CEP 22060-001

    Tels.: (21) 3208-6095 / 3208-6113 Fax (21) 3208-3918

    wakeditora@uol .com. br www.wakeditora.com.br

    07-2082 CDD 001.4 CDU 001.8

    2007Direitos desta edio reservados Wak Editora

    Proibida a reproduo total e parcial.Os infratores sero processados na forma da lei.

    WAK EDITORA

    bumbo 1 bumbo 2

  • Agradecimentos

    minha esposa Lena Abrantes pelo amor e apoio.

    Ao Centro Universitrio Augusto Motta - UNISUAM por apoiar minhas pesquisas.

    s minhas alunas e orientadas da UNISUAM: Rosana do Carmo Martins Trindade, Shirley de Souza da Silva e Viviane Cordeiro da Silva, por permitirem usar parte de suas monografias de graduao em Administrao de Empresas, neste livro. Obrigado e boa sorte.

  • Prefcio

    Entender as questes que envolvem a metodologia, para elaborao do trabalho cientfico na academia, com certeza um desafio. Dentre estes trabalhos, um se destaca: a monografia, que tambm pode ser chamada de projeto final ou trabalho de concluso de curso.

    E muito comum alunos, tanto da graduao quanto da ps-graduao, com dvidas e apavorados com a obrigao de desenvolver uma pesquisa, escrever, formatar e apresentar uma monografia. Qual a razo da monografia causar tanto problema? Ser que to difcil e complexo escrever uma monografia? So os alunos ou os orientadores que esto despreparados?

    Entender as dificuldades dos discentes, no processo de transcrio do seu momento de criao, de fato uma habilidade que poucos tm. O mrito, de entender e de contribuir para que essas dificuldades sejam superadas, ponto significante para a academia. A transcrio tem dois momentos: o do autor e o do leitor. Se o autor conseguir passar claramente as suas idias e/ou se o leitor conseguir interpretar claramente o que est escrito, ento teremos, com certeza, um ganho substancial do trabalho cientfico. De fato, essa obra vem para contribuir, em muito, a fim de que fatos como esses ocorram.

    O presente trabalho, to brilhantemente apresentado pelo professor Abrantes, vem para clarear este processo, utilizando todo o seu conhecimento e experincia na rea acadmica. Professor, pesquisador, educador, preocupado com a investigao cientfica, seu registro e sua disseminao em todos os nveis, cumpre, nesse momento, mais uma etapa de seu projeto de vida.

    Finalmente, os leitores tero a oportunidade inicialmente de se deparar com uma obra de cunho prtico e realstica e tero um substancial trabalho, realizado a partir de uma metodologia de fcil assimilao e de grande resultado prtico.

    Benny de Alm eida (M .Sc.)Vice-Reitor A cadm icoUNISUAM - Centro Universitrio Augusto Motta (Junho de 2007)

  • SUMRIO

    A estrutura da educao no Brasil

    1 Como se faz um trabalho cientfico? Como se pesquisa?

    Tipos de pesquisas

    Figura 1.1: Tipos de pesquisas

    Quadro 1.1: Notas versus graus de satisfao

    Figura 1.2: Escala de graus de satisfao

    Etapas principais de uma pesquisa

    Fontes de pesquisa

    Financiamento de pesquisas

    Publicao de pesquisas

    2 Descrio dos tipos de trabalhos cientficos e acadmicos

    Fichamento

    Resumo e abstract

    Resenha

    Artigo cientfico

    Paper

    Informe cientfico

    Ensaio cientfico

    Projeto de pesquisa

    Monografia de graduao e ps-graduao lato sensu

    Monografia de mestrado (dissertao)

    Monografia de doutorado (tese)

    Peridicos cientficos (revistas, boletins etc.)

    Reunies acadmicas e cientficas (congressos, simpsios etc.)

    3 Apresentao grfica das monografias (detalhes das folhas)

    Figura 3.1 - Apresentao grfica de monografias

    3.1 Detalhes das folhas pr-textuais (exemplos)

    Capa

    10

    11

    12

    12

    13

    13

    15

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    19

    20

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    23

    26

    27

    28

    30

    32

    33

    33

    37

    37

  • Folha de rosto 38

    Verso da folha de rosto 39

    Errata 40

    Folha de aprovao 41

    Dedicatria 42

    Agradecimentos 43

    Epgrafe 44

    Resumo em lngua portuguesa 45

    Resumo em lngua estrangeira 46

    Lista de ilustraes 47

    Lista de tabelas 48

    Listas de abreviaturas, siglas, smbolos e tradues 49

    Lista de tradues 50

    Sumrio 51

    3.2 Detalhes das folhas textuais 52

    Introduo 54

    Captulo 1 Teorias da Administrao (exemplo de incio de captulo) 57

    3.2.1 Recomendaes para desenvolvimento da monografia e

    redao dos captulos 58

    3.2.2 Recomendaes de redao (como expressar o contedo) 59

    3.2.3 Formatao de tabelas, figuras e demais elementos grficos 61

    3.2.4 Citaes, indicaes das fontes de consulta e notas de rodap 62

    Citaes diretas 62

    Citaes indiretas 63

    Citaes de citaes (apud) 64

    Formas abreviadas de citaes 64

    Opus citatum ou op. cit. (que significa obra j citada) 64

    Ibidem ou ibid. (que significa na mesma obra) 65

    Idem ou id. (que significa do mesmo autor) 66

  • Passim (que significa aqui e ali, como diversas citaes) 66

    Loco citado ou loc. cit. (que significa no mesmo lugar citado) 66

    Sequentia ou et. seq (que significa seqencia ou que se segue) 67

    Notas de rodap 67

    Citao de informao verbal (entrevista, palestra, debate etc.) 68

    Citao de trabalhos em elaborao 68

    Citao indireta de diversas obras de um mesmo autor (na mesma citao) 69

    Citao indireta de diversas obras de vrios autores (na mesma citao) 69

    Citaes de diversos documentos de um mesmo autor, publicados

    em um mesmo ano 69

    Concluso (folha exemplo) 70

    3.3 Detalhes das folhas ps-textuais 71

    3.3.1 Referncias 71

    De livros 72

    De peridicos 73

    De artigos (inclusive em meio eletrnico) 74

    De monografias (incluindo dissertaes, teses e trabalhos acadmicos) 75

    De mensagem eletrnica (e-mail) 76

    Referncias (folha exemplo) 77

    3.3.2 Glossrio (folha exemplo) 78

    3.3.3 Apndice (folha com exemplo de resenha crtica) 79

    3.3.4 Anexo (folha exemplo) 80

    3.3.5 ndice (folha exemplo) 81

    4 Entrega da parte escrita e defesa oral da monografia 83

    A parte escrita e a banca examinadora. 83

    Como ocorre a defesa oral da monografia? 85

    Referncias 89

    Apndice A - Exemplo de projeto de pesquisa (rea de Educao) 92

    Anexo A - Exemplo de monografia de graduao

    (rea de Administrao) 105

  • I 0 I Jos Abrantes

    A estrutura da educao no Brasil(Segundo dados oficiais de 2007)

    At para se entender o nvel e a complexidade dos trabalhos cientficos, importante se falar sobre como est estruturada a educao brasileira, nos seus mais diversos nveis, lembrando que est subdividida em Educao Bsica e Ensino Superior.

    Educao Bsica

    Crcche (Zero a 3 anos de idade)

    Educao Infantil (4 a 5 anos de idade)

    Ensino Fundamental (Aps 6 anos de idade)

    Ensino Mdio (1 a 3a srie)

    Ensino Profissional de nvel mdio (mnimo 3 anos)

    Io ao 5o Ano

    6o ao 9o Ano

    Graduao

    Bacharelado (exige monografia)*

    Licenciatura (exige monografia)*

    Curta durao (no exige monografia)* (forma tecnlogo)

    Ensino Superior Livre

    Extenso (Sem limite de horas)

    Aperfeioamento (Mnimo 160 horas)

    Ps-Graduao'

    * Algumas faculdades e cursos no exigem monografia, mas sim um trabalho de concluso de curso - TCC ou projeto final, por exemplo, em cursos de engenharia e informtica.

    Lato sensu (sentido amplo)

    Stricto sensu (sentido restrito)

    Especializao (MBA) (Mnimo 360 horas) (exige monografia)

    Mestrado acadmico (exige dissertao)

    Mestrado profissional (no exige dissertao, exige trabalho final)

    Doutorado (exige tese)

    Ps-doutorado (no exige monografia, nem dissertao e nem tese)

  • Fazer Monografia moleza I I I

    Captulo 1

    Como se faz um trabalho cientfico? Como se pesquisa?

    Qualquer pessoa tem capacidade intelectual para fazer uma pesquisa cientfica e elaborar, por exemplo, uma monografia de concluso para um curso de graduao. A pesquisa depende da vontade e da dedicao do aluno e do seu orientador, ou seja, do professor que vai conduzir e ajudar o aluno nas suas pesquisas. E claro que existem pessoas que tm mais facilidades que outras, mas a princpio qualquer pessoa capaz. Infelizmente, muitos professores e pesquisadores fazem um verdadeiro terrorismo, no que se refere a desenvolver uma pesquisa e elaborar o relatrio final: a monografia. Em algumas instituies, o terror to forte que, um ano antes da data da concluso do curso, os alunos comeam a sofrer e entram na TPM, ou Tenso Pr-Monografia. Tambm por causa disto, que se sabe que existem grupos especializados em preparar e vender monografias. A coisa to descarada que existem anncios em jornais e cartazes espalhados por instituies de ensino. Quem achar que estou exagerando, recomendo que pesquise nos corredores da sua instituio como se faz para comprar uma monografia. claro que existem pessoas e instituies srias.

    Alm de ser crime previsto no cdigo civil, no h necessidade de fazer isso. Qualquer pessoa tem capacidade para fazer pesquisa cientfica e escrever uma monografia (ou dissertao ou tese). O professor Howard Gardner, em 1983, aps muita pesquisa, criou o conceito das Inteligncias Mltiplas. Segundo este conceito, todo ser humano dotado de vrias inteligncias e no apenas as capacidades Lgico-Matemtica e Lingstica, que so as bases dos testes de inteligncia ou testes de QI. Ser que s inteligente quem gosta e sabe Matemtica ou pensa de forma lgica? Ser que s inteligente quem sabe falar e escrever muito bem? Como vamos classificar pessoas famosas e que nos proporcionam alegrias, como Zeca Pagodinho, Daiane dos Santos, Cartola, Adoniram Barbosa etc.? Ser que todas estas pessoas se sairiam bem em um teste de QI? Desconfio que no. Talvez algumas fossem rotuladas como burras. Burras so as que pensam e acham isso. Gardner (1998, p. 37) define inteligncia como a capacidade de resolver problemas e/ou de criar produtos que sejam valorizados dentro de um ou mais cenrios culturais. Quais problemas? Quais produtos?

    Neste mesmo estudo de Gardner, e de outros pesquisadores, fala-se que todos ns nascemos com vrias capacidades intelectuais, mas que normalmente uma ou poucas se destacam (deve ser o dom). Infelizmente por fatores como nutrio e forma de criao, muitas pessoas acabam por atrofiar ou no desenvolver suas inteligncias e muitas s o fazem

  • I 2 Jos Ahruntes

    aps uma certa idade. Eu estou convencido de que todos ns temos, sim, vrias inteligncias e que todas ou muitas podem ser estimuladas, mesmo aps uma certa idade. No estou falando de aumentar a inteligncia, mas de desenterr-la' de algum ponto escondido em nossa mente!

    intelectual, mas tempo depois se destacaram em uma ou mais reas do conhecimento. Albert Einstein talvez seja o melhor e mais forte exemplo. Fica difcil acreditar que algum dia um professor tenha dito que Einstein era incapaz e que no seria grande coisa na vida.

    Do ponto de vista global, as pesquisas so classificadas como de cincia pura (ou bsica) ou aplicada, onde na pesquisa pura trabalha-se com conhecimentos e estudos especficos, no havendo a previso de uma aplicao prtica. Normalmente este tipo de pesquisa, at por envolver muitos recursos financeiros, s realizado por instituies superespecializadas e praticamente s no mbito governamental. J, na pesquisa aplicada, procura-se a soluo de problemas concretos da sociedade, sendo o tipo de pesquisa mais comum, principalmente nos meios acadmicos de graduao. A figura 1.1 mostra as diferentes formas de se classificar uma pesquisa.

    A histria da humanidade est repleta de casos de pessoas que foram rotuladas de incapacidade

    Tipos de pesquisas

    EXPLORATRIAS

    DESCRITIVAS EXPLICATIVAS

    ANALTICAS

    PF.SQUISAS CIENTFICAS

    (APLICADAS OU DE CINCIA PURA)

    SEGUNDO AS FONTES DE

    DADOS

    DE CAMPO

    DE LABORATRIO

    BIBLIOGRFICA

    LEVANTAMENTO DE DADOS

    D o is e sp a o s

    A adm inistrao com eou a nascer, com o corpo independente de conhecim ento na E uropa do

    sculo XXI, durante a revoluo industrial. N aquela poca as prim eiras fbricas com earam a co locar em

    prtica diversos conceitos que se tornariam universais nos sculos seguintes. Um desses conceitos era a

    d iviso do trabalho, quando se confirm ou qtie funcionrios especializados poderiam ser m ais eficientes.

    O s conhecim entos da graduao regular em adm inistrao de em presas, esto sendo utilizados

    no cotidiano profissional frente de suas em presas e esses saberes esto sendo exigidos no m undo de

    hoje, com o parte da form ao profissional, incluindo aspectos curriculares e de interdisciplinaridade, que

    esto includos nos program as de graduao.

    A adm inistrao pode ser entendida com o um conjunto integrado e coerente de conhecim entos

    cientficos, das diferentes reas do conhecim ento hum ano, aplicados s organizaes, de form a a lev-las

    a garantir a sua sobrevivncia, eficincia e eficcia. Para atingir seus propsitos, a adm inistrao se utiliza

    de conhecim entos integrados para propor tcnicas, estratgias e aes capazes de atingir seus ob jetivos e

    m etas, estabelecendo, ao m esm o tem po, relaes com os seus m em bros e com a sociedade. A pesar d isto ,

    necessrio ressaltar tendncias divergentes com relao adm inistrao:

    A) - A dm inistrao voltada essencialm ente ao aspecto tcnico e utilitarista. caracterizada por

    um a viso gerencial, onde o conhecim ento cientifico traduzido em term os tecnolgicos, dando origem

    aos executivos e tcnicos, cuja com petncia avaliada pela capacidade de aplicao de frm ulas e

    tcnicas nas diversas reas da adm inistrao, com o planejam ento, finanas, m arketing, recursos

    hum anos, organizao e produo.

    (SM lT H ,< j/x /tM A X lM lA N O , 2000). F o n te ta m a n h o 12

    O id ea l te rm in a r u m p a r g ra fo no final d a fo lh a , e v ita n d o a q u e b ra d e p g in a .

  • 58 I Jos Abrantes

    3.2.1 R ecom endaes para desen volv im en to da m onografia e redao dos captulos

    Principalmente no nvel de graduao, o ato de desenvolver uma pesquisa cientfica e gerar uma monografia um trabalho rduo e que causa grande tenso. Nos meios acadmicos, existe uma expresso: TPM, ou melhor, "Tenso Pr-Monografla. Este termo expressa a angstia pela qual passam os pesquisadores de primeira viagem. Isto normal, e a maioria dos estudantes passa por este problema, mas poucos so os que no o vive. Um fator que ajuda a atenuar este problema a atuao do professor orientador que, muitas vezes, tem de agir como pai", especialmente quando o estudante est comeando. Agir como pai significa ser amvel, carinhoso, mas cobrar quando necessrio. Esta angstia ou medo normal e passa. Pode no ser possvel eliminar este problema, mas pode-se atenu-lo. Para isto, tanto o estudante quanto o orientador devem seguir alguns passos.

    A execuo do projeto de pesquisa fundamental, pois inicia o estudante na rea da pesquisa cientfica. Para fazer o projeto de pesquisa, o estudante se v obrigado, na sua maioria, pela primeira vez a organizar uma seqncia de visitas a livrarias, bibliotecas e sites teis da Internet. E durante este projeto que so definidos o problema, as justificativas, os objetivos, a fundamentao terica (e ou reviso da literatura), as questes de estudo e a metodologia a ser utilizada. O projeto de pesqu'sa de uma monografia culmina com uma seleo de referncias bibliogrficas, especialmente de livros. E tambm durante o desenvolvimento do projeto (que deve durar um semestre letivo), que o estudante aprende a fazer resumos de livros e artigos. Este o primeiro passo para a redao de uma monografia.

    Uma vez que se tenha o projeto de pesquisa, com uma lista de referncias (ainda que preliminar) e alguns resumos, o estudante pode e tem de comear a redao da monografia. Inicialmente deve pensar nas trs partes: introduo, desenvolvimento e concluso (ou consideraes finais). A introduo fica facilitada, especialmente se o projeto de pesquisa foi bem elaborado. De forma geral, a introduo est praticamente pronta com o projeto.

    O prximo passo esboar um sumrio preliminar, pensando nos captulos, nas sees e nas subsees. Observe que tudo isto preliminar e, com certeza, mudar bastante. No importa, tem de comear. Pode-se fazer uso de um caderno de anotaes, onde so escritos rascunhos com as idias que surgem. Em seguida, deve digitar no computador, procurando salvar, na memria e em um disquete, pen drive ou CD. No se deve ter o que se escreve apenas em uma fonte, pois prob' ;mas podem acontecer. Freqentemente somos procurados por alunos desesperados, que perderam tudo o que haviam escrito. Ou porque o computador queimou ou porque o disquete quebrou ou ainda porque o irmo mais novo, enquanto brincava no computador, acabou por deletar o arquivo da monografia. E prudente que se imprima

  • Fazer Monografia moleza I 59

    o que vai se escrevendo, pois, alm de servir de mais uma segurana, serve para se ler, refletir, corrigir, acrescentar partes e mostrar ao orientador. O processo de desenvolvimento da parte escrita de uma monografia assim. Passo a passo, com idas e vindas.

    Uma coisa muito importante o estudante ter acesso a outras monografias aprovadas, dentro da sua rea de pesquisa. No para copiar, mas para ver como se faze, principalmente, pegar confiana e perder o medo. Ateno especial deve ser dada anlise das questes de estudo, pois so elas que fundamentaro as concluses (ou consideraes finais). O momento de redao de parte de uma pesquisa um ato solitrio, individual e que requer concentrao. O ideal que se fique isolado em um local silencioso e sem interrupes.

    3.2.2 Recomendaes de redao (como expressar o contedo)

    Sempre comece um novo captulo no alto de uma pgina. Jamais comece o captulo no meio de uma pgina. Nas primeiras linhas de um novo captulo, deve-se dar uma idia resumida de todo o seu contedo. Procure terminar um captulo no final ou aps o meio de uma pgina. Evite a quebra de pgina, procurando terminar pargrafos no final da mesma, evitando continuar sentenas de um mesmo pargrafo em pginas diferentes.

    Redija pargrafos curtos, com no mximo dez linhas. Use linguagem simples, objetiva e direta, evitando termos e expresses castias e rebuscadas. A importncia e o valor de uma monografia no esto na linguagem utilizada. Em hiptese alguma, use palavras de baixo calo ou termos chulos.

    Ao usar termos em outro idioma, que no o portugus, coloque-os em itlico, como, por exemplo: ...aps muitos anos de trabalho, foi adquirido um know-how especfico na rea. No confronto do bem versus o mal, nem sempre o primeiro vence!.

    Utilize a forma impessoal e, se impossvel, use a primeira pessoa do plural (ns). Aps as anlises, pode-se concluir que 65% das amostras encontram-se dentro de valores aceitveis. Entendemos que se podem realizar as experincias, usando o mtodo de Eu- ler. Em vez de escrever: examinamos as amostras de forma seletiva, escreva: as amostras foram examinadas de forma seletiva.

    Evite expresses, como normalmente, principalmente, pausadamente, logicamente etc. Prefira: De forma normal, a lgica deduz que etc.

    Em trabalhos cientficos, no cabem expresses, como eu acho que..., acredita-se que... Estas expresses pertencem rea do achismo. O pesquisador no acha, ele tem certeza, isto baseado em investigao cientfica.

  • 6 0 I Jos Ahrantes

    Muita ateno com palavras ditas e ouvidas de forma errada e pouco escritas. Os resultados ratificam (ou seja, confirmam) as hipteses. Os resultados retificam (ou seja, alteram) as hipteses. O pico de temperatura ocorreu exatamente ao meio dia e meia (ou seja, meio dia e meia hora), e no meio dia e meio. Houve perda de material, e no perca de material. Na lngua portuguesa, no existe a palavra menas, mas sim menos. Quanto menos pessoas melhor.

    O uso de elementos grficos, como figuras, tabelas, quadros, grficos etc., muito pode ajudar ao desenvolvimento de uma monografia. Deve-se ter cuidado com o excesso, ou ainda com os elementos com muitas informaes. cansativo ter-se uma tabela com dezenas de linhas e colunas, com centenas de informaes. Se for necessrio, desmembre-a em vrias, de forma que fique compreensvel.

    Toda monografia pode, e deve, conter citaes literais, ou seja, transcries fiis de autores. O que no pode o seu excesso. No existe um nmero mximo de citaes permitidas, mesmo que o aluno no consiga ver este detalhe, o mesmo no pode acontecer com o orientador. Ele tem de ver e comentar. Tambm no so concebveis citaes com muitas linhas e at de pginas inteiras. Citaes com at trs linhas seguem o texto (veja detalhes); acima deste valor, ela destacada (veja detalhes).

    Evite ao mximo expresses que induzam a indefinies. Em vez de escrever: a maioria dos dados fo i compilada, escreva de forma definida: 90% dos dados foram compilados.

    A lngua portuguesa, alm de bela, possui uma srie de regras, que quase sempre do conhecimento de poucas pessoas. Especialmente em monografias das reas de tecnologia, so comuns erros ortogrficos, de conjugao e concordncias. Recomenda-se que a reviso seja feita por um professor de lngua portuguesa. Mesmo fazendo-se esta reviso, a seguir, so citadas algumas poucas regras, que muito podem ajudar para uma boa redao.

    Jamais use crase, antes de palavras masculinas. A crase tem uma srie de regras, porm s utilizada antes de palavras femininas. Fui praia. Esta monografia ser submetida banca examinadora em agosto.

    A utilizao da conjuno pois motivo de erros freqentes em trabalhos cientficos. Coloca-se a vrgula sempre antes desta conjuno e, algumas vezes, tambm depois. No entreguei o artigo no prazo, pois no conclu a pesquisa.

    Em lngua portuguesa, existem quatro formas diferentes do uso do porqu, e so freqentes os erros. Vejamos como devem ser usados: por que, por qu, porque e porqu.

    Por que, separado e sem acento. utilizado no meio de uma frase, quando pode ser substitudo por pelo qual, pela qual e pelos quais. No sei o motivo por que voc no

  • Fazer Monografia moleza 61

    entregou o trabalho (No sei o motivo pelo qual voc no entregou o trabalho). O motivo por que no estudou injustificvel. Tambm utilizado no incio de frases interrogativas. Por que voc no estudou?

    Por qu, separado e com acento circunflexo. utilizado no final de frases interrogativas. Voc no estudou, por qu?

    Porque, junto e sem acento. utilizado quando se introduz uma explicao.No estudei porque no tive tempo.

    Porqu, junto e com acento circunflexo. utilizado quando precedido de artigo, podendo ser substitudo por motivo. O porqu disto no me convence (o motivo disto no me convence).

    Ao se escrever nmeros, os seguintes critrios devem ser observados: nmeros de um a dez so escritos por extenso, por exemplo: Existem seis maneiras de execuo. Nmeros a partir de onze so expressos assim: Existem 14 princpios da qualidade.

    3.2.3 Formatao de tabelas, figuras e demais elementos grficos

    Todos os elementos grficos devem aparecer onde so mencionados no texto, ou o mais prximo possvel. Deve-se evitar subdividir, em pginas diferentes, um elemento grfico, ou seja, deve aparecer em uma nica folha. A colocao na folha deve ser da forma adiante mostrada. Quando for o caso, a fonte de onde se gerou o elemento grfico deve ser citada no rodap do elemento grfico, afastada um espao, escrevendo-se em tamanho 10 e comeando com a palavra Fonte (em itlico). Veja exemplos a seguir:

    Existe uma outra soluo nutritiva, proposta pelo professor Furlani em 2001, que tambm vem sendo utilizada com timos resultados, para hortalias folhosas. Em verdade, so preparadas duas solues A e B, conforme descritas nas tabelas 4.2 e 4.3 a seguir:

  • 6 2 I Jos Abrantes

    Dois espaos

    ComponenteQuantidade

    (Gramas por 10 litros)Nitrato de clcio 1.350Nitrato de potssio 800Acido brico 9,0

    Sulfato de cobre 1,5

    Sulfato de mangans 4,5Sulfato de zinco 2,25

    Molibdato dc sdio 0,5Quelato de ferro (6% Fe) 100

    Tabela 4.2: Nova soluo nutritiva tipo A (.Fonte: FURLANI, 2001, p. 49)

    Um espao

    Dois espaos

    Somente plantada a 0,5 cm da borda da espuma

    Figura 4.3: Clula de espuma fenlica com semente

    Um espao

    Dois espaos

    3.2.4 Citaes, indicaes das fontes de consulta e notas de rodap

    Citaes so as transcries de partes dos textos consultados. Estas transcries tm de ser literais, ou seja, exatamente como aparecem na fonte consultada. No que se refere extenso, as citaes tm duas formas de serem representadas: com at trs linhas e com mais de trs linhas. Cabe observar que citaes no so escritas em itlico.

    Citaes diretas com at trs linhas so inseridas no prprio texto, entre aspas (). Caso a prpria citao j contenha partes entre aspas, estas se transformam em aspas simples (). A indicao da fonte de consulta (referncia) pode ser no comeo da citao ou no final. Se colocada no comeo, primeiro cita(m)-se o(s) autor(es), escrevendo o(s) nome(s) normalmente e, em seguida, colocam-se entre parnteses o ano de publicao da referncia e a pgina onde aparece. Se colocada no final da citao, colocam-se entre parnteses o(s) sobrenome(s) do(s) autor(es), o ano da publicao e a pgina onde aparece. Veja os dois exemplos a seguir.

  • Fazer Monografia moleza I 63

    I------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1| O elemento fundamental no processo de mudana comportamental a figura dalliderana na conduo dos grupos. Segundo Stoner e Freeman (1985, p.43), a maneira Icomo as pessoas so conduzidas a executarem um ou diversos objetivos por meio do jconhecimento da motivao humana. O lder canaliza a motivao das pessoas.

    J O elemento fundamental no processo de mudana comportamental a figura dalliderana na conduo dos grupos. A maneira como as pessoas so conduzidas a executarem lum ou diversos objetivos por meio do conhecimento da motivao humana (STONER; [FREEMAN, 1985, p. 43). O lder canaliza a motivao das pessoas.

    Citaes diretas com mais de trs linhas so destacadas do texto, em pargrafo independente, sem aspas, com recuo de 4 centmetros da borda esquerda, escrito em espao simples e com letra menor que a do texto. Como o texto digitado em letra 12, este tipo de citao pode ser digitado em letra 10. Veja o exemplo a seguir.

    Analisando o Senso de Disciplina, Joo Martins da Silva (1996, p.27) relata um exemplo ocorrido em uma filial de uma empresa japonesa na Inglaterra em 1981, que demonstra o quanto difcil a mudana de hbitos. Os funcionrios ingleses no eram rigorosos no cumprimento de padres, no tinham hbitos de praticar pessoalmente a limpeza dos locais de trabalho nem gostavam de exercer tarefas, que no fossem explcitas do contrato de trabalho.

    Durante seis anos, o diretor presidente, com a ajuda de uma equipe de gerentes e supervisores, tomou as seguintes iniciativas: limpou pessoalm ente o vestirio dos operadores todos os dias, mesma hora. Percorreu a fbrica todos os dias, mesma hora e ajudou os operrios em suas atividades, quando os via com excesso de trabalho. Uma vez por semana, m esm a hora da manh, proferia palestras sobre a filosofia da empresa. Manteve reunies dirias onde todas as pessoas, de todos os setores da empresa, discutiam problemas e aes. N o incio de cada turno, por 30 minutos, discutiam -se os resultados do dia anterior, comparando-os com os padres japoneses. A o final de seis anos, a filiai inglesa tom ou-se mais competitiva n Inglaterra e em toda a Europa, do que a matriz japonesa.

    H------------------------J

    Espao entre as linhas = 1,5 Letra 12

    Espao simples entre as linhasLetra 10 (sem aspas)

    4 cm

    Citaes indiretas: ocorrem quando apenas se cita um autor ao longo do desenvolvimento do texto. Nestes casos, no existe a necessidade de indicar a(s) pgina(s) consultada (fica opcional) e no so colocadas entre aspas (fica opcional). A seguir dois exemplos de citaes indiretas.

  • 6 4 I Jos Ahrantes

    Deming (1990, p. 113) acreditava que a qualidade depende, em sua essncia, dos] jrecursos humanos e no apenas das mquinas.

    A qualidade depende, em sua essncia, dos recursos humanos e no apenas das jmquinas. (DEMING, 1990, p. 113)

    Citaes de citaes (apud):

    comum quando, ao consultar uma obra de determinado autor, descobre-se uma citao de um terceiro autor e que interessa ser citada no texto, que se est desenvolvendo. Neste caso, usa-se o termo latino apud.I-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1| A comunicao um processo de passar informao e compreenso de uma pes-1|soa para outra, sendo uma permuta ou intercmbio de informaes que precisam ser |Itransmitidas e compreendidas dentro da empresa. (1994 apud CHIAVENATO; ABRAN-1ITES, 2001, p. 33) Ii____________________________________________________ _____ ,------------------------ 1

    Isto significa que, um pesquisador cita Jos Abrantes no seu livro de 2001, onde na pgina 33 est citado Idalberto Chiavenato, em um livro de 1994, ou seja, o pesquisador teve acesso obra do autor Jos Abrantes, mas no a do Idalberto Chiavenato.

    Formas abreviadas de citaes:

    No desenvolvimento de uma monografia, so citadas diversas obras de diversos autores. Um exemplo quando ocorre de a mesma obra ser citada mais de uma vez, no seu todo ou de partes especficas. Quando ocorre pela primeira vez, a obra tem de ser citada de forma completa, como j visto. As citaes seguintes podem ser abreviadas de algumas formas, conforme detalhadas a seguir.

    Opus citatum ou op.cit. (que significa obra j citada)

    i---------------------------------------------------------------- .------------------------ --- ---------------- 1| Na lngua portuguesa atual, a existncia de diversos e numerosos significados para||o substantivo projeto, orienta-nos a procurar sua origem nos idiomas da antiguidade e as cor-|Irelaes com outros idiomas. (BOUTINET, 2002, p. 37)

    Os gregos no possuam uma palavra ou substantivo equivalente a projeto; mas faziam uma correlao entre a escolha moral (prxis) e a escolha ligada a um objetivo deter-, dnmado_(opx/L).___________________________________________________________ i

  • Fazer Monogra fia moleza I 65

    Neste caso de obra j citada op.cit., cabe esclarecer um pouco mais. Nos dois exemplos mostrados, as citaes aparecem no texto uma logo a seguir da outra, mas deve ser entendido que no assim que se usa esta abreviatura, no texto. O correto aparecer a primeira citao da obra, quando se coloca a referncia completa (BOUTINET, 2002, p. 37) e alguns pargrafos depois, novamente tem-se que citar a mesma obra, a ento usa-se op.cit., ou seja, entre a primeira e a segunda citao da mesma obra, no aparece outra citao.

    A mesma situao pode ocorrer em notas de rodap, como a seguir mostrado. Em notas de rodap, podem ser citadas outras obras entre as duas iguais, pois neste caso existe a referncia nominal, que no deixa dvidas. Existe uma tendncia acadmica para no serem usadas notas de rodap.

    3PANZUTTI, Ralph et al. Cooperativa: uma empresa participativa. So Paulo: OCESP, 2000. p. 47.4 MALAVOLTA, Eurpedes. Elementos de nutrio mineral de plantas. So Paulo: Editora Agronmica Ceres, 1980. p. 19.

    5 PANZUTTI, op.cit., p. 213. F onte m enor que a do tex to (usar 10)

    Ibidem ou ibid. (que significa na mesma obra)

    Algumas vezes, no texto, a mesma obra citada diversas vezes em seqncia, como 0 caso das sees de fundamentao terica e reviso da literatura. Neste caso, para no ficar repetindo a citao completa, usa-se ibid. Veja os exemplos a seguir.

    Os pingins so to solidrios que, alm de viver em grupos, tratam seus pares doen-"1. ites com muito carinho, oferecendo proteo e alimento. Os antlopes e gnus africanos colo- 1 |cam os filhotes e animais velhos e debilitados no centro da manada, formando uma verdadeira | Imuralha protetora contra predadores. (LUZ FILHO, 1961, p. 89) I

    O alemo Victor Hube (1800-1869) foi um grande defensor das cooperativas de con- sumo e produo na Alemanha, e tinha uma viso religiosa do cooperativismo {ibid.).

    | O italiano Giuseppe Mazzini (1805-1872) foi um grande defensor das cooperativas |je entendia que as questes sociais no deviam ser resolvidas pela luta de classes, mas sim pela |1 criao de associaes e cooperativas. Acreditava na conscincia e no voluntariado dos asso-1 jciados {ibid).

    O mesmo pode ocorrer em notas de rodap:

    5 LUZ FILHO, Fbio. Teoria e prtica das sociedades cooperativas. 5. ed. Rio de Janeiro: PONGETTI,

    1961. p. 23-29.

    6 Ibid., p. 39-40.

  • 6 6 I Jos Abrantes

    Idem ou id. (que significa do mesmo autor)

    Algumas vezes, seqencialmente no texto, so citadas duas obras diferentes do mesmo autor; nestes casos, usa-se idem ou id. Veja exemplo.

    ,---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ,

    | Podem ser citados alguns exemplos antigos de mutualismo. Os gapes dos cristos; |los gregos e romanos formavam sociedades para realizao dos funerais e ajuda aos peque-1 Jnos artesos. Da Frana vem o exemplo das queijarias e frutarias. (MOURA, 1968, p. 172) I

    J O ingls John Bellers (1654-1725) publicou em 1695 a obra Proposies para a j|Criao de uma associao de trabalho de todas as indstrias teis e da agricultura. Im agi-.|nou colnias cooperativas de trabalho chamadas Colgio, formadas por at 3.000 associ- 1|ados, onde a produo excedente seria comercializada e as sobras em dinheiro usadas para |I adquirir meios de subsistncia para os associados (Id.). Ii--------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1

    O mesmo pode ocorrer em notas de rodap:

    9 M OURA, Valdiki. A bordagem d e reform a agrria . So Paulo: Livraria Pioneira editora, 1968. p. 53. Inld. C u rso m d io d e co o p era tiv ism o . Rio de Janeiro: M inistrio da Agricultura, 1968. p. 79.

    Passim (que significa aqui e ali, com diversas citaes)

    E comum no desenvolvimento do texto, especialmente nas fundamentaes terica e reviso da literatura, a citao a vrios trechos de uma mesma obra. Nestes casos, pode-se omitir a identificao das pginas (at porque ficaria repetitivo), usando-se o termo passim. Este uso se aplica melhor s notas de rodap, como mostrado a seguir, embora possa ser utilizado no corpo do texto.

    2BOUTINET, Jean Pierre. A n tro p o lo g ia do p rojeto . Porto A legre, RS: ArtM ed, 2002 , p a ss im .

    Loco citado ou loc.ci. (que significa no mesmo lugar citado)

    Algumas vezes, ocorre a citao de uma pgina de uma determinada obra, em seguida, a citao de outra obra e, mais frente, precisa-se citar de novo a primeira obra, ou seja, tem uma segunda obra intercalada entre as duas pginas iguais da mesma citao. Neste caso, usa- se o termo loc.cit. Este uso se aplica melhor s notas de rodap, como mostrado a seguir.

    7 LUZ FILHO, Fbio. T eoria e p r tica d as so c ie d a d e s co o p e r a tiv a s . 5. ed. R io de Janeiro: PON-GETTI, 1961. p. 49.

  • Fazer Monografia moleza I 6 7

    s BENATO, Joo Vitorino Azolin. O ABC do cooperativismo. 5. ed. So Paulo: OCESP, 1999. p. 72. qLUZ FILHO, loc. c it.

    Sequentia ou et seq. (que significa seqncia ou que se segue)

    Algumas vezes, para redigir parte do texto, o pesquisador consulta diversas pginas de uma mesma obra. Quando no quiser citar todas as pginas consultadas, at para a citao no ficar muito extensa, pode ser usado o termo et seq. O mesmo ocorre na nota de rodap.i------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1| Na idade mdia, a Igreja Catlica era a maior proprietria de terras e, a exemplo dos|Isenhores feudais, tambm o clero explorava os servos. Existiam dois tipos de senhores: oslIfeudais, ou seculares, e os eclesisticos. Os primeiros propiciavam proteo fsica ou mi-jjlitar, enquanto os segundos davam proteo e conforto espiritual. Alm dos feudos, existiam |jcidades que viviam da produo de manufaturas e mantinham um sistema de trocas e comr-j|cio com aqueles, tudo controlado pelas diversas guildas existentes que representavam ojIpoder da Igreja de forma que os servos agissem de forma ordeira, baseados nos princpios I[cristos. (HUNT; SHERMAN, 2001. p. 83 et seq.)

    HUNT, E. K.; SH ER M A N , HOW ARD, J. Histria do pensamento econmico. Traduo de Jayme Larry Benchim ol. 20. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2001. p. 83 et seq .

    Notas de rodap

    So usadas para citar e/ou complementar informaes do texto. So digitadas na margem inferior, a partir da esquerda (da mesma pgina onde ocorre) e separadas do texto por um trao contnuo de trs centmetros. So digitadas em espao simples e com letras menores do que as usadas no texto. Gomo os textos so digitados com letra 12, estas notas so em letra 10. Estas notas so numeradas seqencialmente, ao longo de toda a monografia. Muitos pesquisadores no utilizam as notas de rodap, preferindo a citao referenciada diretamente no texto. Nada impede que sejam ou no utilizadas, sendo previstas na norma ABNT NBR 10520, pargrafo 3.6. A seguir, um exemplo.

    ...na passagem do sculo XIX para o sculo XX, os meios de produo e representao tiveram papel transformador na arquitetura. O s carros, avies e trens trouxeram aos projetos arquitetnicos no s a idia de movimento por meio de jogos geomtricos, mas a inteno real de que a obra fosse apreendida pelo deslocamento dos usurios. Assim , para que a idia do arquiteto se realizasse, era preciso a determinao de percursos, roteiros e imagens em movimento... 15

    Letras no tamanho 10 \

    15 DUARTE, Fbio. Arquitetura e tecnologias da informao: da revoluo industrial revoluo digital. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1999. p. 72.

  • 6 8 I Jos Abrantes

    Citao de informao verbal (entrevista, palestra, debate etc.)

    Dependendo do tipo de pesquisa, pode haver a necessidade de serem citadas informaes verbais, obtidas em entrevistas, palestras, debates, comunicaes etc. Este tipo de informao vlido, principalmente se for registrada e/ou gravada. A forma de se citar, segundo a norma ABNT NBR 10520, pargrafo 5.5, transcrever a informao, colocando entre parnteses a expresso informao verbal' e mencionando-se todos os dados disponveis em nota de rodap. Veja exemplo.

    Sabe-se que a agricultura hidropnica, ainda uma novidade entre os produtores agrcolas e autoridades do Estado do Rio de Janeiro e que, portanto, apresenta uma srie de problemas e dificuldades. No existe assistncia tcnica agrcola, por parte da Secretaria Estadual de Agricultura, bem como praticamente impossvel a obteno de financiamento bancrio (informao verbal).7

    A informao citada desta forma no texto e depois detalhada em nota de rodap.

    7 Informao obtida em 27/10/2006, do senhor Vincenzo Barani, produtor agrcola, residente na Estrada da Boa Viagem, sem nmero, Stio dos Am igos, Cabo Frio, RJ.

    Citao de trabalhos em elaborao

    Algumas vezes, o trabalho que est sendo utilizado na pesquisa ainda est em fase de elaborao, ou seja, ainda no foi publicado. Tambm possvel o seu uso, desde que sejam citadas com a observao entre parnteses em fase de elaborao, e mencionando-se todos os dados disponveis em nota de rodap, como a seguir mostrado. (ABNT NBR 10520, pargrafo 5.6)

    Beira as raias do absurdo, em um pas com tantas d ificuldades econm icas, com tamanhas injustias sociais e com uma das piores distribuies de renda do mundo, quando se constata que, em 2004, no Brasil, ns desperdiam os, ou seja, jogam os no lixo uma riqueza equivalente a 150% do nosso Produto Interno Bruto (PIB), (em fase de elab orao)'3

    13 Autoria de Jos Abrantes, a ser publicado no segundo semestre de 2005, no livro Brasil o pas dos desperdcios, pela editora Auriverde do Rio de Janeiro.

    lttm

  • Fazer Monografia moleza I 6 9

    Citao indireta de diversas obras de um mesmo autor (na mesma citao)

    (DREYFUSS, 1989, 1991, 1995) os anos so separados por vrgula e por ordem crescente.

    Citao indireta de diversas obras de vrios autores (na mesma citao)

    (FONSECA, 1997; PAIVA, 1998; SILVA, 1992) os autores so separados por ponto e vrgula.

    Citaes de diversos docum entos de um mesmo autor, publicados em um mesmo ano

    A distino feita pelo acrscimo de letras minsculas, em ordem alfabtica, aps a data, sem espao e conforme a lista de referncias. A primeira referncia a mais atual (ms mais recente). Deve ser observado que s se detalha o nome completo do autor (ou autores) na primeira referncia; nas demais, o nome omitido e coloca-se um trao contnuo com dez espaos. Veja exemplo a seguir.

    O Programa 8S promove a mudana de hbitos e comportamentos (ABRANTES, 2007a). Qualquer pessoa tem capacidade para desenvolver uma pesquisa cientfica' (ABRANTES, 2007b). Nas referncias, estes livros aparecem da seguinte forma:

    ABRANTES, Jos. Programa 8S. Da alta administrao linha de produo: o que fazer para aumentar o lucro? 2. ed. Rio de Janeiro: Intercincia, 2007a.

    __________ . Fazer monografia moleza. O passo a passo de um trabalho cientfico. Rio de Janeiro: WAK, 2007b.

    Concluso: a ltima parte textual onde so concludos os objetivos e/ou as hipteses. Em nveis de mestrado e doutorado, costuma-se ter algumas pginas, porm no se deve estender demais nas concluses. Em monografias de graduao, e at em muitas de ps-graduao lato sensu, como as pesquisas no so to profundas e como normalmente resume-se s consultas bibliogrficas, recomendvel que se use o termo CONSIDERAES FINAIS, ao invs de CONCLUSO. Tambm normal, nos nveis de mestrado e doutorado, que sejam citadas RECOMENDAES E SUGESTES, junto s concluses. O tamanho da fonte 12.

  • Jos Ahrantes

    C A P T U L O 6 C O N S ID E R A E S F IN A IS

    A partir do exposto no presen te trabalho, pode-se considerar que a

    m otivao de sum a im portncia com o diferencial de um a organizao, tendo em

    vista que em pregados m otivados sero m ais produtivos, todavia faz-se necessrio

    conhecer detalhadam ente todas as teorias que predizem os principais fatores

    m otivacionais e a sua eficincia, j que essas teorias fornecem a sua colaborao

    para a com preenso da moti vao.

    im portante ressaltar que ningum m otiva ningum , ou seja, o

    responsvel por um grupo pode facilitar a liberao ou a inibio da von tade de

    realizar um a tarefa dentro do am bien te de trabalho, desde que d ou no condies

    de alcanar os objetivos. Parte da m otivao de um a pessoa vem de fato desta saber

    que tem um papel im portante na o rganizao e que outras pessoas contam com ela.

    O sucesso de q ualquer em preendim ento depende das pessoas nelas envolvidas.

    m uito im portante que o lider esteja sem pre criando estm ulos para m anter a equipe

    m otivada e um deles reconhecer o seu trabalho, a fim de que ela se torne cada vez

    m ais ded icada e com petente.

    O estudo da m otivao do trabalhador passa principalm ente pelo estudo

    dos com portam entos, condutas e dos aspectos psico lg icos do trabalhador. O

    hom em deve se r analisado com o um todo, pois sua vida pessoal, educao, crenas

    e traum as afetam tam bm sua vida profissional. D efin ir se um trabalhador est

    m otivado tarefa bastante com plexa, pois as necessidades variam de pessoa para

    pessoa. C ada indiv duo tem tendncia a desenvolver certas foras m otivacionais

    com o produto de am biente cultural no qual vive, afetando a m aneira pela qual as

    pessoas percebem seu trabalho e encaram suas vidas.

  • f azer Monografia moleza I 7 I

    3.3 Detalhes das folhas ps-textuais

    3.3.1 Referncias

    As referncias so o conjunto das fontes de consulta, utilizadas na pesquisa. So livros, peridicos, artigos, monografias, dissertaes, teses, eventos cientficos (seminrios, congressos etc.), materiais coletados por meio da rede Internet e informaes gravadas em udio e vdeo (por exemplo CD e entrevistas). So citados apenas os que realmente foram utilizados na pesquisa. Deve ser esclarecido que, at segundo a ABNT NBR 6023, o termo correto Referncias5' e no Referncias bibliogrficas, pois tambm podem ser citadas referncias no apenas escritas (bibliogrficas). Antes de detalhar as diversas maneiras de se citar as referncias, cabem algumas observaes.

    As referncias no devem ser numeradas (nada impede) e so ordenadas por ordem alfabtica dos autores. Quando houver um mesmo autor (ou autores) com mais de uma obra, primeiro citam-se os seus livros e depois os artigos, sendo que os livros e artigos so ordenados pela data de publicao, da mais antiga para a mais atual. O nome do autor aparece na primeira referncia e, nas demais, o nome substitudo por um trao contnuo equivalente a seis sublinhas.

    Nas referncias, primeiro, citam-se os livros e os artigos individuais e, em seguida, os em co-autoria.

    Todas as referncias so alinhadas esquerda, pulando-se um espao entre uma e outra. So digitadas em letras no tamanho 12 e o espao entre as linhas simples (no texto da monografia, o espao recomendado de 1,5).

    As referncias so compostas por elementos essenciais e complementares. Os essenciais (que tm de aparecer em todas as referncias) so autor(es), ttulo, edio (a 1- edio omitida), local, editora e data de publicao. Os elementos complementares variam conforme a referncia e podem ser, por exemplo, o nmero do ISBN, o nmero de pginas, as pginas consultadas etc.

    Nas referncias, em lngua portuguesa, os meses do ano so abreviados, usando- se as trs primeiras letras (minsculas) e um ponto: jan./fev./mar./ etc. Exceto o ms de maio que grafado maio. Para os idiomas: espanhol, italiano, francs, ingls e alemo, deve ser consultada a norma ABNT NBR 6023 anexo A.

    Deve ser citado que termos ligados a Filho, Neto e Jnior no so sobrenomes, mas complementos. Exemplos: Jos Roberto da Silva Jnior referenciado como SILVA JUNIOR, Jos Roberto da; PAIXAO FILHO, Pedro Paulo da a referncia para Pedro Paulo da Paixo Filho.

  • 72 I Jos Abrantes

    Quando uma obra, seja qual for o tipo (livro, revista, congresso etc.),7orcn~ sultada on-line, tm de ser acrescidas as seguintes informaes: endereo eletrni- ,I co apresentado entre os sinais < > e precedido da expresso Disponvel em:, comI a data de acesso ao documento precedida da expresso Acesso em:. Opcionalmen- i| te podem ser colocados os dados referentes hora, aos minutos e aos segundos do || acesso. Do ponto de vista acadmico, no deve ser utilizado material eletrnico de |I curta durao e/ou de baixo nvel. Ao se referenciar Internet, tem de se confirmar II fonte, veracidade e seriedade das informaes. (Veja exemplo na pgina74.) Ii----------------------- ------------------------------------------------------------------------------------ 1

    A seguir, so detalhadas algumas formas e tipos de referncias, devendo-se ressaltar as sutilezas e as particularidades no uso de letras maisculas (caixa alta), letras minsculas, ponto, vrgula, ponto e vrgula, dois pontos etc. Cabe enfatizar que aqui so citadas apenas algumas formas e tipos de referncias e que, para mais detalhes, deve ser consultada a norma ABNT NBR 6023, que mostra centenas de formas e tipos diferentes de referncias.

    Referncias de livros

    De forma geral, os livros so referenciados da seguinte forma: Sobrenome do(s) autor(es) em letra maiscula, vrgula e o nome. Ttulo do livro destacado ou em negrito ou em itlico ou em grifo, com a primeira letra do ttulo em maiscula seguida de dois pontos para escrever o subttulo (se houver) em minscula e sem destaque. Nmero da edio (a Ia edio omitida). Local da edio seguido de dois pontos, o nome da editora seguido de vrgula e o ano da publicao.

    Livros com apenas um autor: PEREIRA, Antnio Jos. Monografias ou cpias?: como conduzir pesquisas. 3. ed. Lisboa: Companhia dos Livros, 2005.

    Livros com dois e trs autores: aparecem os nomes na ordem citada na capa do livro e separados por ponto e vrgula e um espao.

    DINSMORE, Paul Campbell; SILVEIRA NETO, Fernando Henrique da. Gerenciamento de projetos: como gerenciar seu projeto com qualidade, dentro do prazo e custos previstos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.

    MOURA, Maria Lucia Seidl de; FERREIRA, Maria Cristina; PAINE, Patrcia Ann. Manual de elaborao de projetos de pesquisa. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998.

    Livros com mais de trs autores: coloca-se o nome do autor que aparece em primeiro lugar na capa, seguido da expresso latina et al. (em verdade, o termo completo et alii).

  • Fazer Monografia moleza I 7 3

    BIALOSKORSKI NETO, Sigismundo et al. Poltica institucional de monitoramento da autogesto das cooperativas do estado de So Paulo: uma proposta preliminar de metodologia, pesquisa e implementao. Resultados da primeira fase. 2. ed. Ribeiro Preto, SP: Grfica Canavaci Ltda., 2000.

    Livros com vrios autores e coordenador(es) ou organizador(es): coloca-se o nome do(s) autor(es) que organizou(aram) ou coordenou(aram), seguido de expresso tpica entre parnteses, (Org.), (Coord.).

    HENRIQUES, Cludio Cezar; SIMES, Darclia Marindir P. (Orgs.). A redao de trabalhos acadmicos: teoria e prtica. 3. ed. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2004.

    Livros cuja autoria e/ou publicao seja uma instituio ou empresa: esta instituio ou empresa assume o papel de autor, e a referncia semelhante de um livro com um autor. Escrevendo a instituio ou empresa em letra maiscula.

    MINISTRIO DA EDUCAO E CULTURA, SECRETARIA DE EDUCAO FUNDAMENTAL. Parmetros Curriculares Nacionais: introduo. Braslia: MEC/SEF, 1997.

    Livros consultados em meio eletrnico: (veja observao geral.)

    ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.l]: Virtual Books, 2000. Disponvel em: . Acesso em: 10 jan.2002, 16:30:30.

    * O termo [S.l] significa: sine loco, ou seja, no possvel identificar o local de publicao do livro.

    Referncias de peridicos (como um todo): algumas vezes, tambm so utilizados peridicos na sua totalidade (a exemplos de livros), como fontes de pesquisa. Os elementos essenciais so ttulo, local de publicao, editora, data ou datas de incio e encerramento da publicao (se for o caso). Quando houver, acrescentam-se elementos complementa- res. Veja os exemplos a seguir:

    BOLETIM GEOGRFICO. Rio de Janeiro: IBGE, 1943-1978. Trimestral.

    REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939-. Trimestral. Absorveu Boletim Geogrfico, do IBGE. ndice acumulado 1939-1983. ISSN 0034-723X.

    SO PAULO MEDICAL JOURNAL. So Paulo: Associao Paulista de Medicina, 1941-. Bimensal. ISSN 0035-0362.

  • 7 4 Jos A branles

    Referncias de artigos: artigos e papers podem ser publicados em diferentes meios. Revistas cientficas, revistas acadmicas, journals, boletins, anais de eventos cientficos e acadmicos (seminrios, congressos), jornais e revistas de grande circulao so exemplos. Com relao a jornais e revistas de grande circulao (O GLOBO, VEJA, POCA etc.), no proibido cit-los como referncia em trabalhos cientficos, mesmo porque, dependendo da rea e do tipo de pesquisa, estas fontes podem ser importantes. Ao se decidir por citar um destes veculos, alguns cuidados devem ser observados, por exemplo, entrar em contato com o autor e obter dados sobre a fonte, veracidade e seriedade das informaes fornecidas. No se devem cit-los em um trabalho cientfico ou acadmico, simplesmente, porque saiu em um jornal ou revista popular.

    Artigos em peridicos (journals), revistas cientficas, revistas acadmicas e boletins: indicao do(s) autor(es), ttulo e subttulo (se houver) do artigo, nome do peridico em destaque, local de publicao, data completa da publicao, nmero do volume e/ou ano, nmero do peridico e pginas inicial e final do artigo.

    COSTA, V. R. margem da lei: o Programa Comunidade Solidria. Em Pauta: revista da Faculdade de Servio Social da UERJ, Rio de Janeiro, n. 12, p. 131-148, 1998.

    SAMPAIO, Jader dos Reis. A pesquisa qualitativa entre a fenomenologia e o empirismo formal. Revista de Administrao da USP, So Paulo, v.36, n. 2, p. 16-24, abr./jun.2001.

    Caso a consulta tenha sido feita por meio eletrnico, tem de ser acrescida a descrio fsica do meio eletrnico, ou seja, disquetes, CD-ROM etc.

    VIEIRA, Cssio Leite; LOPES, Marcelo. A queda do cometa. Neo Interativa, Rio de Janeiro, n.2, inverno 1994. 1 CD-ROM.

    Caso a consulta tenha sido feita on-line, identifica-se completamente, como j citado:

    SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. Seo Ponto de Vista. Disponvel em: . Acesso em: 28 nov. 1998.

    Artigos em eventos cientficos (seminrios, congressos, simpsios etc.): indicao do(s) autor(es), ttulo e subttulo (se houver) do artigo, colocao da preposio latina In seguida de dois pontos, nome do evento em letras maisculas, ano e local do evento, ttulo do documento (anais, atas, tpico temtico etc.) em destaque e seguido de trs pontos, local, editora, data de publicao, pginas inicial e final do artigo.

    BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporaes do tempo em SGBD orientado a

  • Fazer Monografia moleza 75

    objetos. In: SIMPSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9., 1994, So Paulo. Anais... So Paulo: USP, 1994. p. 16-29.

    Caso o artigo do evento tenha sido publicado em meio eletrnico:

    SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedaggicos do paradigma da qualidade total na educao. In: CONGRESSO DE INICIAO CIENTFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrnicos... Recife: UFPe, 1996. Disponvel em: . Acesso em: 21 jan. 1997.

    Artigos publicados em jornais e revistas populares (no cientficos)

    Neste caso, esto includos comunicaes, editorial, entrevistas, reportagens e resenhas.

    Os elementos essenciais so autor(es) (se houver), ttulo do artigo, ttulo do jornal ou revista em destaque, local de publicao, data de publicao, seo, caderno ou parte do jornal ou revista e a paginao correspondente. Quando no houver seo, caderno ou parte, a paginao do artigo ou matria precede a data.

    COSTURA x P.U.R. Aldus, So Paulo, nov. 1997, ano 1, n. 1. Encarte tcnico, p. 8.

    LEAL, L. N. MP fiscaliza com autonomia total. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p. 3, 25 abr. 1999.

    ANGELO, Eduardo Bom. Minha empresa est cheia de parentes desinteressados. O que fao? Revista Pequenas Empresas Grandes Negcios, So Paulo, ago. 2004, n. 187. Div do empreendedor, p. 9-10.

    Artigo de jornal em meio eletrnico:

    SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de So Paulo, So Paulo, 19 set. 1998. Disponvel em: . Acesso em: 19 set. 1998.

    Referncias de monografias (incluindo dissertaes, teses e trabalhos acadmicos)

    muito comum (e recomendvel) a consulta a monografias para fundamentar e ou complementar pesquisas cientficas. Via de regra, as monografias tm uma cpia arquivada na biblioteca central da instituio e, algumas vezes, tambm na coordenao do curso. Poucas dissertaes e teses esto disponveis na Internet e muitas esto em CD-ROM.

  • 7 6 I Jos Ahrantes

    A forma de referncia nome do autor, ttulo destacado, subttulo (se houver) sem destaque, ano de publicao (ano da aprovao), nmero de folhas, tipo de trabalho (dissertao, tese, trabalho de concluso de curso etc.) com a rea de pesquisa, unidade de ensino e nome da instituio (por extenso) onde a monografia foi desenvolvida e a cidade.

    ALENTEJO, Eduardo. Catalogao de postais. 1999. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovao na Disciplina Catalogao III, Escola de Biblioteconomia, Universidade do Rio de Janeiro - UNIRIO, Rio de Janeiro.

    CORDEIRO, Ana Cristina da Mota. Anlise do mtodo de gerncia de projetos de arquitetura aplicada aos edifcios residenciais multipavimentares, na cidade do Rio de Janeiro. 2005. 167f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produo) - Coordenao dos Programas de Ps Graduao em Engenharia - COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Rio de Janeiro.

    GOMES, Lauro Carlos Bronzoni. A influncia do Exame Nacional de Cursos - E.N.C. no ensino da Cincia da Administrao: a construo do perfil curricular do administrador formado pela Faculdade Bthencourt da Silva. 2003. 105f. Dissertao (Mestrado em Cincias Pedaggicas) - Instituto Superior de Estudos Pedaggicos - ISEP, Rio de Janeiro.

    Referncia de mensagem eletrnica (e-mail)

    Em se tratando de referncia para uma pesquisa cientfica, s se justifica uma mensagem recebida de um professor ou pesquisador ou uma instituio. No se pode estar referenciando qualquer mensagem recebida.

    ALMEIDA, M. P. S. Fichas para MARC [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por em 12 jan. 2002.

    Alm de todas estas referncias, recomenda-se a consulta norma ABNT NBR 6023, para outros casos, como, por exemplo: documento jurdico, como legislao e decises judiciais (pargrafo 7.9); imagem em movimento, como filmes, videocassetes e DVD (pargrafo 7.10); documento iconogrfico, como pintura, gravura, fotografia, ilustrao, desenho tcnico, transparncia, diapositivo, material estereo- grfico, cartaz e outros (pargrafo 7.11); documento cartogrfico, como atlas, mapa, globo, fotografia area e outros (pargrafo 7.12); documentos sonoros, como disco, cassete, rolo, CD e outros (pargrafos 7.13 e 7.14); partituras impressas e em meio eletrnico (pargrafo 7.15); documento tridimensional, incluindo esculturas, maque-

  • Fazer Monografia moleza | 7 7

    tes, fsseis, esqueletos, objetos de museu, animais empalhados, monumentos e outros (pargrafo 7.16); e documentos de acesso exclusivo em meio eletrnico, como bases de dados, listas de discusso, arquivos em discos rgidos, programas, mensagens eletrnicas e outros (pargrafo 7.17).

    A seguir, mostrada uma folha exemplo com algumas referncias aqui citadas, exatamente como devem aparecer em uma monografia.

    208

    R E F E R N C IA S

    A L E N T E JO , Eduardo. Catalogao de postais. 1999. Trabalho apresentado com o requisito parcial para aprovao na D isciplina C atalogao III, E scola de B iblioteconom ia, U niversidade do Rio de Janeiro - U N IR IO , Rio de Janeiro.

    A LM EID A , M. R S. Fichas para M A R C [m ensagem pessoal]. M ensagem recebida por em 12 jan . 2002

    A N G ELO , Eduardo Bom. M inha em presa est cheia de parentes desinteressados. O que fao? Revista Pequenas Empresas Grandes Negcios, So Paulo, ago. 2004, n. 187. D iv do em preendedor, p. 9-10.

    B1ALOSKORSK.1 N ETO , S igism undo et al. Poltica institucional de monitoramento da autogesto das cooperativas do estado de So Paulo: um aproposta prelim inar de m etodologia, pesquisa e im plem entao. R esultados da prim eira fase. 2. ed. R ibeiro Preto, SP: G rfica Canavaci Ltda, 2000.

    D IN SM O R E, Paul C am pbell; SILVEIRA N ETO , Fernando H enrique da. Gerenciamento de projetos: com o gerenciar seu projeto com qualidade, dentro do prazo e custos previstos. Rio de Janeiro: Q ualitym ark, 2004.

    G O M ES, Lauro C arlos Bronzoni. A influncia do Exame Nacional de Cursos - E .N .C . no ensino da Cincia da Administrao: a construo do perfil curricu lar do adm inistrador form ado pela Faculdade B thencourt da Silva. 2003. 105f. D issertao (M estrado em C incias Pedaggicas) - Instituto Superior de Estudos Pedaggicos - ISEP, R io de Janeiro.

    REVISTA BR A SILEIR A DE G EO G R A FIA . Rio de Janeiro: IBG E, I939-. T rim estral. A bsorveu Boletim G eogrfico, do IBGE. nd ice acum ulado, 1939- 1983. ISSN 0034-723X .

    SA M P A IO , Jader dos Reis. A pesquisa qualitativa entre a fenom enologia e o em pirism o formal. Revista de Administrao da USP, So Paulo, v.36, n.2, p. 16-24, ab r./ju n .2 0 0 l.

    SILV A, lves G andra da. Pena de m orte para o nascituro. O Estado de So Paulo, So Paulo, 19 set. 1998. D isponvel em:< http://providafam ilia .org/pena_m orte_nascituro.htm >. A cesso em : 19 set. 1998.

  • 7 8 I Jos Abrantes

    3.3.2 Glossrio

    uma das folhas ps-textuais, sendo opcional. No glossrio, feita uma relao, em ordem alfabtica, de palavras especficas utilizadas no texto, com as suas definies. Normalmente s utilizado em alguns livros, no sendo exigido em monografias e trabalhos cientficos. A seguir, mostrada parte de um glossrio, extrada do livro: OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouas de. Sistemas de Informaes Gerenciais. 9. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2004.285p. O tamanho da fonte 12.

    209

    GLOSSRIO

    A o a capacidade cie tom ar as decises necessrias para a so luo das situaes d iagnosticadas, o tim izando os recursos disponveis.

    AF,N - rea E stratgica dc N egcio um a parte, ou segm ento , do m ercado com a qual a corporao ou a em presa, por m eio dc suas UEN , se relacionam de m aneira o tim izada.

    A gente de d esenvolvim ento organ izacional aquele capaz de desenvolver com portam entos, a titudes e p rocessos que possib ilitem em presa transacionar proativa e interativam ente com os diversos aspectos do am biente e do sistem a considerados.

    A lte rn a tiv a a ao sucednea que pode levar, de to rm a diferente , ao m esm o resultado

    A m biente de um sistem a o conjunto de elem entos que no pertencem ao sistem a, m as qualquer alterao no sistem a pode m udar ou a lte ra r os seus elem entos e qualquer alterao nos seus elem entos pode m udar ou a lte ra ro sistem a.

    reas de responsabilidade so unidades adm inistrativas com funes e responsabilidades determ inadas e com um responsvel com autoridade definida.

    A tuao para o m ercado a capacidade de alcanar o s resultados que m elhorem e perenizem , harm onicam ente, a satisfao dos d iversos pb licos (clientes, fornecedores, com unidade, acionistas, fnneionrios etc.)

    Banco de dados um a coleo organizada de dados e inform aes que possa atender s necessidades dc m uitos sistem as, com um m nim o de duplicao, e queestabelece relaes naturais entre dados e inform aes.

  • Fazer Monografia moleza I 7 9

    3.3.3 Apndice

    uma das folhas ps-textuais, sendo opcional, pois s feita quando a monografia tem apndices. Consiste em textos ou documentos elaborados pelo prprio autor da monografia. O objetivo do apndice complementar o desenvolvimento da monografia (parte textual), sem quebrar o raciocnio e sem causar volume ao texto com informaes complementares. Os apndices so identificados por letras maisculas, travesso e ttulo. A seguir, mostrado um exemplo de um apndice, que, no caso, parte da resenha de um livro. O tamanho da fonte 12.

    210

    A P N D IC E A - Exemplo de uma resenha crtica

    R esenha crtica do livro: D IN SM O R E, Paul; SILVEIRA N ETO , Fernando H enrique da. Gerenciamento de projetos. C om o gerenciar seu projeto com qualidade, dentro do prazo e custos previstos. Rio de Janeiro , R J: Q ualitym ark . 2004. !50p.

    Por: Jos A brantes (D. Se.). Professor T itular d o C entro de C incias Sociais A plicadas e Pesquisador do Centro U niversitrio A ugusto M otta U N ISUAM .

    A anlise deste livro teve com o objetivo principal en tender se, conform e o seu contedo, pode ser utilizado com o livro texto ou leitura com plem entar na d iscip lina de gerenciam ento de projetos, dos cursos de E ngenharia, A dm inistrao, M a rketinge Econom ia.

    O que um projeto

    Segundo os autores, um esforo tem porrio realizado para criar um produto ou servio nico, diferente de algum a m aneira, de todos os outros produtos e servios. Um projeto tem incio e fim definidos, u tiliza recursos hum anos, m ateriais e financeiros, dirigido por pessoas e obedece a parm etros de custo, tem po e qualidade. O s autores apresentam poucos exem plos de projetos e deveriam explorar m ais esta parte inicial e introdutria. Sente-se falta de um m aior em basam ento terico e constata-se que os autores falam m uito em funo de suas experincias com o gerentes de projetos industriais de grande porte.

  • 8 0 Jos Abrantes

    3.3.4 Anexo

    uma das folhas ps-textuais, sendo opcional, pois s feita quando a monografia tem anexos. Consiste em textos ou documentos no elaborados pelo autor da monografia, e tm como funo ilustrar, fundamentar e /ou comprovar passagens do desenvolvimento do texto. Os anexos so identificados por letras maisculas, travesso e ttulo. A seguir, apresentado um exemplo de um anexo, no caso uma tabela do IBGE, mostrando o crescimento real percentual das taxas de crescimento PIB, entre 1953 e 1963. Dados disponveis no site. . Acesso em 30/05/05.0 tamanho da fonte 12 (ou conforme de onde se extrai a informao).

    A N EX O A -E V O L U O DO PIB (1953/1963)

    PIB BRASILEIRO (TAXAS ANUAIS PERCENTUAIS DE CRESCIM ENTO REAL)

    FONTE IBGE Relatrio Anual - BACEN

    Ano Total Agropec. Indstria Servios

    1953 4,7 0.2 8.7 -0,1

    1954 7,8 7.9 8,7 13,0

    1955 8.8 7,7 10,6 3,5

    1956 2.9 -2.4 6,9 4,7

    1957 7.7 9,3 5,7 9,0

    1958 10,8 2,0 16,2 5,4

    1959 9,8 5,3 11,9 1,2

    1960 9,4 4,9 9,6 13,0

    1961 8,6 7,6 10,6 11,9

    1962 6,6 5,5 7,8 3,3

    1963 0.6 1,0 0,2 2,9

  • Fazer Monografia moleza I 8 I

    3.3.5 ndice

    Tambm conhecido como ndice remissivo um elemento ps-textual opcional, normalmente no utilizado em monografias e que ocorre em alguns livros. Este indice lista palavras e/ou frases que aparecem no texto, citando a(s) pgina(s) onde ocorre(m). A seguir, mostrada uma folha exemplo de um ndice remissivo, copiado do livro: BRAGA, Glucia; BOENTE, Alfredo. Metodologia cientfica contempornea: para universitrios e pesquisadores. Rio de Janeiro: Brasport, 2004. O tamanho da fonte 12.

    U lt im a s f o lh a s a s e re m n u m e r a d a s ----------------- 214

    N D IC E

    A D

    ABNT, 63. 141 Decision Pro. 167abstract, 143 D edicatria, 143A gradecim ento, 143 Definio constitutiva, 13A lexSys Team, 167 Definio O peracional, 13anlise dos dados, 61 delim itao de assunto, 26A nexos, 146 A pndices, 146

    dissertao. 20

    rea de Pesquisa, 58,59 ARPNET. 153

    E

    artigo cientifico, 22 ensaio cientifico, 23artigo-relatrio, 22 Epgrafe, 143A ssociao Brasileira Errata, 142de N orm as Tcnicas, 63 escolha de um tema, 25

    estgios cognitivos, 57

    BEstudo de caso, 11

    Bibliografia, 63 F

    CFolha de aprovao. 143Folha de rosto, 142

    Capa, 142fontes de pesquisa, 63

    com pilao, 18 concluso, 62

    H

    conhecim ento, 144 HiperTexto, 159conhecim ento em prico. 144 hiptese, 4, 25, 27consideraes finais, 25,62 hom e pages, 159cronogram a, 61 HTM L, 159

    Hypcr TextM arkup Language, 159

  • Fazer Monografia moleza j 83

    Captulo 4

    Entrega da parte escrita e defesa oral da monografia

    A parte escrita e a banca examinadora

    Uma vez escrita e feita a reviso ortogrfica, e de comum acordo com o orientador, o candidato deve providenciar uma cpia da monografia para cada membro da banca examinadora. Isto deve ocorrer, pelo menos, 30 dias antes da data da defesa. Com relao ao desenvolvimento da parte escrita da monografia, cabe ressaltar a funo do professor orientador. No ele quem desenvolve a pesquisa nem quem escreve a monografia, mas sim o candidato. O orientador guia o candidato, de forma que este no entre em devaneios acadmicos, perdendo a coerncia e foco da pesquisa.

    O ideal que o candidato tenha encontros constantes com o orientador, colocando- o a par do desenvolvimento da pesquisa e fornecendo cpia das partes que estiverem sendo escritas, para que ele entenda e possa sugerir algumas mudanas ou at o redirecionamento da metodologia. No se deve deixar tudo para o final e apenas entregar uma cpia completa ao orientador, quase na data da defesa. Alis, o termo defesa da monografia bem apropriado, pois cabe ao candidato e ao orientador defend-la com unhas e dentes, de qualquer ataque. Para que isto ocorra, fundamental uma perfeita interao e harmonia entre candidato e orientador.

    A figura do orientador e a sua relao com o orientado so, muitas vezes, motivos de muita polmica.e reclamaes constantes. Com raras excees, os orientadores so quase que execrados pelos orientados. claro que existem orientadores no muito agradveis, mas, pela minha experincia, principalmente em cursos de graduao, os alunos entendem que o orientador quem tem de fazer a pesquisa e escrever a monografia. Aps alguns anos vivenciando estes problemas, criei a seguinte definio para alguns orientadores: O orientador como o seu anjo da guarda. Ele o protege, voc reza para ele, voc sabe que ele existe, mas no consegue v-lo nem falar com ele.

    Antes da entrega das cpias aos membros da banca examinadora, o candidato tem de se certificar de que, alm da reviso ortogrfica, foi feita uma completa reviso de toda a estrutura e a formatao da monografia. Alm da coerncia metodolgica das trs partes, ou seja, introduo, desenvolvimento e concluso (ou consideraes finais), o candidato tem de verificar minuciosamente se todos os captulos, sees e subsees esto numerados de forma seqencial e correta; se os ttulos esto corretos; se todas as pginas esto numeradas e escritas conforme constam no sumrio. Qualquer pequeno erro, por exemplo de

  • X4 I Jos Abrantes

    paginao, pode se transformar em um problema ou discusso durante a defesa, inclusive deixando exposto o trabalho do orientador.

    Com relao banca examinadora, cabem alguns comentrios. Em trabalhos de graduao, seja em bacharelado ou licenciatura, a banca composta pelo professor orientador e por mais dois professores do curso que o candidato est concluindo. Normalmente, neste nvel, o candidato no consultado quanto composio da banca. Em cursos de ps-graduao lato sensu (por exemplo, MBA), o procedimento o mesmo.

    Em defesas de dissertao de mestrado, a banca composta por, pelo menos, trs membros, sendo o orientador um outro professor do curso e da mesma instituio e um membro externo convidado, da mesma rea qual se refere a pesquisa. Neste nvel, todos os membros (inclusive o orientador) tm de ter, pelo menos, o grau de mestre ou livre docncia. No obrigatrio que os membros sejam doutores, embora isto seja comum na prtica. O candidato deve conversar muito com o orientador, para escolha e composio da banca. Caso o candidato tenha preferncia por algum professor, especialmente o membro externo, este tem de ser aprovado pela instituio e do agrado do orientador. Algumas vezes, um professor que tem o grau de mestre ou de doutor amigo do candidato, mas no rene as condies acadmicas para participar de uma banca examinadora deste nvel. Um exemplo so os professores que, apesar da titulao, no apresentam razovel produo cientfica. Quando se diz que os membros tambm devem ser do agrado do orientador, deve-se pensar no que pode acontecer durante a defesa, caso haja incompatibilidade entre o orientador e um desafeto. Sabe-se de defesas onde, em virtude da incompatibilidade entre os membros da banca, o candidato acabou sendo prejudicado.

    No nvel de doutorado, cerca de um ano antes da defesa da tese, ocorre o exame de qualificao (qualifying), onde o candidato apresenta para uma banca de pelo menos trs doutores (ou livres docentes) o tema de sua pesquisa, as questes norteadoras, o objeto de estudo, as justificativas, os objetivos, a metodologia e as hipteses. O objetivo confirmar se o candidato est no caminho certo e qualificado para continuar a pesquisa. Nesta etapa, o candidato apresenta um resumo escrito (no a tese) e explica oralmente banca a sua pesquisa. Sugere-se que, j nesta fase, a banca seja montada com os cinco professores doutores que depois iro compor a banca da defesa da tese, inclusive com os dois membros externos.

    Na defesa de tese de doutorado, a banca composta por pelo menos cinco doutores (e/ou livres docentes), que tm comprovada produo acadmica e cientfica. A escolha deve ser criteriosa e de comum acordo entre candidato e orientador. Aqui tambm valem as observaes anteriores, relacionadas ao mestrado, porm com mais cuidado. Muitas vezes, escolhe-se um figuro, pensando em valorizar a defesa e, no final, depara-se com

  • Fazer Monografia moleza I 8 5

    muito aborrecimento. Sabe-se de defesas de doutorado onde ocorreram discusses calorosas e agressivas entre membros da banca, de tal forma que a fogueira das vai- dades acabou queimando o candidato.

    Como ocorre a defesa oral da monografia?

    Toda defesa de monografia, independentemente do nvel, um ato solene e pblico, podendo ser assistido por qualquer pessoa. Tanto isto verdade que as instituies so obrigadas a divulgar, em suas instalaes com antecedncia, as datas, os horrios e os locais das defesas de monografia, seja no nvel de graduao, ps-graduao, mestrado ou doutorado. Recomenda-se que o candidato j tenha assistido a, pelo menos, uma defesa do seu nvel e rea, at para perder o medo, que normal. Deve ser esclarecido que, especialmente em nvel de mestrado e doutorado, alm das cpias para cada membro da banca examinadora, o candidato tem de depositar um original em folhas soltas (sem encadernao) na secretaria do curso. Este original ficar arquivado, na instituio, junto com a folha de aprovao (assinada pela banca aps a defesa e a aprovao), a ata e as possveis ressalvas.

    No dia da defesa, o candidato deve comparecer com pelo menos 30 minutos de antecedncia, no s para se preparar psicologicamente mas tambm para verificar se todos os materiais e acessrios esto funcionando. Transparncias, disquete, retroprojetor, microcomputador, data show, tela, luzes e energia, tudo deve ser verificado. Nada deve falhar. aconselhvel que haja gua, caf e copos disponveis, especialmente para a banca examinadora. O candidato tem o direito de convidar amigos e parentes para assistir sua defesa, devendo deixar claro que no podem ocorrer interpelaes da platia, sob nenhuma hiptese. No se recomenda a presena de pais muito idosos ou emotivos, at por causa do nvel de tenso, muito menos a de crianas pequenas que, em poucos minutos, perdero a pacincia e acabaro por chorar ou tumultuar a apresentao. Apesar de ser um ritual de passagem, especialmente no mestrado e no doutorado, uma defesa de monografia no pode se transformar em uma festa. Recomenda-se a realizao de festa e comemoraes, aps a aprovao do candidato, fora da instituio.

    conveniente que o candidato conte com a presena de uma pessoa de sua confiana para ajud-lo na manipulao de transparncias, computador e data show. O candidato no deve se envolver e perder tempo com estes detalhes, pois sua ateno deve-se concentrar na fala e na apresentao da pesquisa. Este auxiliar' no pode falhar e atrapalhar os trabalhos, por exemplo, errando a posio das transparncias ou acessando o arquivo ou a folha errada. Isto tudo porque se dispe de pouco tempo para a apresentao. Este tempo varia conforme a instituio e o nvel do curso. De forma geral, no Brasil, praticam-se os seguintes tempos: monografias de graduao ou ps-graduao lato sensu, entre 20 e 30 minutos; dissertao de mestrado, entre 30 e 50 minutos; tese de doutorado, entre 40 e 60 minutos. fundamental que o candidato saiba, com antecedncia, de

  • 8 6 I Jos Abrantes

    quantos minutos ir dispor para a sua apresentao, at para se preparar.

    Uma vez que todos os membros da banca estejam presentes e o candidato pronto, o orientador, que o presidente da banca, inicia os trabalhos. Inicialmente o presidente faz a leitura da ata de defesa, citando o nome do curso, do candidato, o tema da monografia, apresentando a banca e informando quantos minutos o candidato dispe.

    Inicia-se a apresentao com o candidato, devendo apresentar de forma clara e sucinta a sua pesquisa, citando: ttulo, objetivos, justificativas, metodologia, questes de estudo e hipteses (no caso de mestrado e doutorado). Aconselha-se o uso da primeira pessoa do plural (ns), evitando-se a primeira do singular (eu). A fala deve ser clara, com palavras pertinentes, sem insinuaes ou brincadeiras e sem se dirigir especificamente a qualquer membro da banca. Fala-se para a banca e olhando-a. A apresentao deve ser resumida e seguir a ordem da monografia escrita. Para uma boa apresentao e defesa, o candidato deve atentar para alguns detalhes.

    Preparar as transparncias ou as telas de forma simples, objetiva e com poucas informaes. Devem ser usadas poucas frases e com letras de tamanho 20, no mnimo. Pode-se usar cores, mas no se devem transformar as telas (via data show) em um show pirotcnico, com mltiplos efeitos visuais. No so estes efeitos que definem a qualidade da pesquisa. Muito show pode acabar atrapalhando.

    No devem ser apresentadas tabelas ou quadros com muitas linhas e colunas, de forma que no se consiga ler. Tudo que se projetar tem de ser lido e entendido sem muito esforo pela banca. O candidato no deve ficar lendo o que est sendo projetado pois, alm de enfadonho, demonstra insegurana, o que no bom. Para uma boa apresentao e controle do tempo, o candidato deve treinar antes em casa ou na instituio, simulando o que ocorrer. Com isto, so corrigidas as falhas e tem-se controle do tempo. O candidato deve falar olhando para a banca e indicando detalhes na tela com um marcador, sem colocar o dedo ou ficando na frente da projeo.

    De forma geral, uma transparncia ou tela, com letras no tamanho 20, permite que se fale entre 2 a 4 minutos. Com isto, pode-se prever os nmeros de transparncias ou telas, de forma que o candidato no apresente um nmero excessivo, o que poder atrapalhar a sua apresentao. O candidato pode at terminar um pouco antes do tempo previsto, mas no deve ultrapass-lo e, sob nenhuma hiptese, deve alegar que no pde concluir ou fazer uma boa apresentao por falta de tempo. Ele j sabia anteriormente e tinha que se preparar. Considerando-se um tempo mdio de 3 minutos por tela ou transparncia, podem ser previstas as seguintes quantidades:

  • Fazer Monografia moleza 8 7

    Tempo de apresentao Nmero de projees

    20 minutos 7 projees

    30 minutos 10 projees

    40 minutos 14 projees

    50 minutos 17 projees

    60 minutos 21 projees

    O trmino da apresentao se d com a concluso ou consideraes finais, que deve estar destacada em uma nica tela e onde o candidato deve falar um pouco mais (cerca de 5 minutos).

    Aps a apresentao, o presidente da banca d incio s perguntas dos membros da banca. Normalmente, at por questo de cortesia, d-se preferncia aos membros externos convidados, ficando o orientador por ltimo. Isto bom, pois permite que o orientador analise os questionamentos e possa at pensar em alguma defesa prvia, antes da sua fala. Especialmente em nvel de graduao, o orientador se abstm de perguntar ao candidato. O candidato deve ouvir as perguntas sentado, anotando o nome do professor e o tipo de pergunta. Normalmente so feitas poucas perguntas por cada membro, e o normal o candidato responder a um de cada vez, aps a autorizao do presidente, mesmo porque podem ocorrer questes similares.

    As respostas devem ser objetivas, limitando-se ao que foi perguntado, podendo-se recorrer s transparncias ou telas. Sob nenhuma hiptese, o candidato deve confrontar um membro da banca, mesmo que seja provocado, ou, at mesmo, caso a pergunta no seja to pertinente ao tema. O candidato tem de ser educado e calmo e responder da melhor forma possvel. Se tiver de haver discusso, at em tom mais spero, que ocorra entre o membro e o orientador. normal, especialmente em nvel de mestrado e doutorado, que sejam solicitadas pequenas revises, por parte de membros da banca. O candidato no deve discutir e se prontificar a faz-las o mais breve possvel. Deixe que o orientador se entenda com o membro que questionou.

    Aps respondidas todas as questes, o presidente solicita que o candidato e o pblico presente se retirem, para que a banca delibere. Em algumas instituies, a banca que se retira para uma outra sala, mais reservada. Este um momento de grande apreenso parao candidato, pois estar sendo julgado todo um trabalho de pesquisa, que poder ter consumido anos de muita dedicao. Costuma ser um momento alegre para a banca que conversa, brinca, relaxa, troca informaes e toma alguns cafezinhos. Cada membro da banca expe a sua opinio sobre o trabalho e o candidato e, em conjunto, tomam a deciso. A forma de ava

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    liao varia conforme a instituio, mas, via de regra, tm-se trs modalidades: aprovada, aprovada com ressalvas (ou restries) e reprovada. Algumas instituies tm ainda a modalidade de aprovada com louvor, atribuda a trabalhos que se destacam. Embora acontea- muito raro uma monografia ser reprovada, durante a sua defesa. O que ocorre com mais freqncia uma aprovao com ressalvas (restries), quando o candidato tem um prazo de 30 a 90 dias (dependendo da instituio) para apresentar ao orientador o atendimento das ressalvas. Cabe ao orientador informar aos demais membros da banca o cumprimento das exigncias, at por questes de cortesia.

    Aps a deliberao da banca, todos so convidados de volta sala onde se fez a defesa, onde o presidente faz a leitura final da ata, com o resultado. Todos os membros da banca assinam a ata e a folha de aprovao, que parte integrante da monografia (folha pr- textual), e o presidente encerra os trabalhos.

    Uma vez a monografia aprovada, com todas as revises e aprovaes, devem ser feitas cpias encadernadas em capa dura. Normalmente so feitas trs cpias, onde uma fica na biblioteca central da unidade, outra na coordenao do curso e a terceira com o candidato, para guardar de lembrana. Esta encadernao feita em capa dura de cor preta (ou azul) e com letras dourada na lombada, pois, ao ser arquivada na vertical, podem-se ler o ttulo e os dados. Cada instituio tem as suas exigncias sobre o que se escreve na lombada, mas, via de regra, constam os seguintes dados, todos em letras maisculas: nome do candidato, ttulo da monografia, nvel da monografia (graduao, ps-graduao, mestrado ou doutorado), sigla da instituio, ms e ano da defesa.

    Logo aps a aprovao da defesa, o candidato recebe uma folha que comprova a concluso daquele nvel de ensino. Este documento, com as firmas reconhecidas, tem valor legal nas empresas, nos rgos e nas instituies, pois, at a emisso e o registro do diploma definitivo, podem passar alguns meses.

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  • APNDICE A - Exemplo de projeto de pesquisa(rea de Educao)

    (A paginao do projeto est no canto superior direito, enquanto a do livro continua sua paginao normal.)

  • CENTRO UNIVERSITRIO AUGUSTO MOTTA - UNISUAM

    DIRETORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO

    A prtica da interdisciplinaridade no ensino mdio:

    A contextualizao da agricultura hidropnica

    JOS ABRANTES Setembro de 2006

  • JOS ABRANTES

    A prtica da interdisciplinaridade no ensino mc o:

    A contextualizao da agricultura hidropnica

    Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitrio Augusto Motta como requisito parcial para a obteno do grau de Especialista em docncia do ensino fundamental e mdio. Orientador Prof. Emilio Marzullo (D.Sc.).

    Rio de Janeiro Setembro de 2006

  • SUMRIO

    1 INTRODUO.................