jan abr 2013
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Dando continuidade ao nosso ciclo de
entrevistas, entrevistámos a docente Ida-
lina Milagres, responsável pelo Baú de
Leitura e professora de Francês.
Há quanto tempo da aulas?
Comecei a lecionar em outubro de 1990.
Nunca mais parei. Já lá vão 22 anos e
alguns meses.
2-Em quantas escolas trabalhou?
Já perdi a conta. Vejamos: Francisco Franco,
Gonçalves Zarco, Torre, Pe Manuel Alvares
na Ribeira Brava, e nesta escola, quando
ainda se chamava Escola Básica e Secun-
dária do Galeão. Trabalhei aqui nesta escola
no ano em que ela foi inaugurada, em 1992.
E estou afeta ao quadro dela desde 2000.
3-Quando era pequena sempre quis ser
professora?
Na verdade, escolhi esta profissão só mais
tarde, quando entrei para a Universidade.
Antes disso eu queria ser Jornalista. Mas
como não havia esse curso aqui na Madeira,
optei por seguir um curso de Letras. E aqui
estou, um pouco por acaso. Mas não me
arrependo. Gosto muito daquilo que faço,
sobretudo de trabalhar com os mais novos.
Aprende-se muito, todos os dias.
4-Quais as disciplinas que leciona?
Atualmente , leciono a disciplina de Francês
e a componente curricular, não disciplinar,
de Formação Pessoal e Social. Mas, já lecio-
nei Técnicas de Tradução de Francês, Portu-
guês, Cultura Língua e Comunicação, Igual-
dade de Oportunidades, etc.
5-Em que áreas se formou?
Formei-me em Línguas e Literaturas Moder-
nas, na variante de Estudos Portugueses e
Franceses . Também sou Formadora de
Português para Fins Específicos, nomeada-
mente, Português para estrangeiros.
Atualmente estou a fazer mestrado em
Ciências da Educação, na especialidade de
Supervisão Pedagógica e Formação de Pro-
fessores. Hoje a formação de uma pessoa
nunca acaba. Precisamos estudar durante
toda a vida. É a formação permanente,.
6-Qual a sua opinião sobre a escola?
A escola é um lugar privilegiado para contac-
tar com o conhecimento e com a inovação. É
um local onde aqueles que já aprenderam
alguma coisas, os mais velhos, transmitem
Galeão de Notícias
Nesta edição:
Entrevista à Professo-
ra Idalina Milagres
1
Festa de Natal 2
Escola no teatro 3
Carnaval 3
Carnaval de Veneza 3
Trabalhos de Ciên-
cias Físico– Químicas
4
Ano v—2012—2013
2º Período
2ª edição
Ficha Técnica :
Coordenador Docente Bruno Men-
donça e Nélio Velosa
Colaboradores / redatores e mem-
bros do Clube-O Galeão de Notícias :
Hugo Gil, José Sousa e Érica Cardoso
do 8º2;
Idalina Milagres do Clube “ O Baú de
Leitura”; Diana Pita
Professora Idalina Milagres
aquilo que aprenderam aos mais novos . Mas,
ao mesmo tempo, os mais novos ensinam aos
mais velhos outras formas de encarar o mundo
e a dinâmica dos tempos atuais. É um local de
aprendizagem recíproca. Tanto aprende o pro-
fessor, como o aluno. É isso que faz da escola
um lugar especial.
7-Acha que é muto rígida com os alunos?
Eu não acho que seja muito rígida, se bem
que, alguns alunos dizem isso de mim. Valori-
zo muito quem trabalha e estuda, mas não
tolero a preguiça e a falta de empenho. Uma
coisa é não saber, outa coisa é não querer
saber. É tudo uma questão de perspetiva.
8-Qual a escola que mais gostou?
Gostei de todas as escolas por onde passei.
Todas elas deixaram marcas em mim. Se bem
que esta escola tenha um significado especial,
pois foi aquela em que estive mais tempo. Este
é o meu 14º ano nesta escola .
10-O que acha do ensino de agora compara-
do com o de antigamente?
Atualmente, as escola têm uma oferta formati-
va muito mais alargada do que antigamente.
Hoje em dia, há Percursos Curriculares Alter-
nativos, Cursos de Educação e Formação, Cur-
sos Profissionais, e outros que visam a integra-
ção dos diferentes alunos, conforme as suas
caraterísticas. Trata-se da escola para todos.
Há uma preocupação com dar uma oportunida-
de a todos. Antigamente, isso não acontecia.
Quem conseguia aprender de uma determina-
da maneira continuava o seu percurso escolar
e quem não conseguia ficava pelo caminho e
tinha de procurar trabalho. A escola era, por
isso, mais rígida e menos inclusiva.. Nem
todos chegavam ao fim. Hoje a escola é para
toda a vida. É para os jovens, para os pais,
para todos, ao longo da vida.
José sousa
Festa de Natal
Página 2 Galeão de Notícias
O Natal é
sempre
lembrado
na nossa
escola
Missa de Natal na nossa escola
Como é apanágio do nosso estabeleci-
mento de ensino, a comemoração de
tão significante quadra, a natalícia, foi
mais uma vez celebrada com diversas
atividades. O átrio principal e todos os
espaços circundantes foram enfeitados
com os mais diversos motivos natalí-
cios, muitos deles bem originais e com
os mais diversificados materiais.
Estes enfeites estiveram, sobretudo,
“o dedo mágico” da professora Maria
José Araújo. Não foi esquecida a tradi-
cional árvore de Natal, bem como o
anjo, feito de material reciclado e das
sempre alegres,“apetitosas“e coloridos
embrulhos, a fazer lembrar aos miúdos
e graúdos os presentes que podem vir
a receber e também a oferecer. Pois,
muitos já se encontram em “posição”
de Pai Natal. Incumbência essa, que
nos dias de hoje é cada vez mais difícil
de preconizar. Todavia, o Natal não são
só prendas, é um tempo de alegria, de
convívio, de família, de partilha e
sobretudo de reflexão acerca da vida e
da nossa vivência em comunidade.
À semelhança do ano anterior, a escola
promoveu uma missa do Parto. Esta
realizou-se no ginásio, por ser um
espaço mais amplo e com uma melhor
acústica. Foram muitos os alunos,
encarregados de educação. funcioná-
rios e professores que não quiseram
perder tão importante celebração euca-
rística.
De realçar a participação de vários dis-
centes e docentes na missa e também
com a excelente participação da banda
da escola, a qual protagonizou
momentos musicais bem agradáveis e
que ajudaram em muito para que esta
celebração fosse mais alegre e viven-
ciada por todos os presentes. Um bem
haja para o sacerdote que presidiu à
missa e dizer que proferiu uma rele-
vante e explícita homilia.
Galeão de Notícias Página 3
A Escola foi ao Teatro
Ao longo dos anos, a folia do Carnaval está cada vez mais presente no seio da nossa Escola. Assim, este ano não fugiu à regra, e tivemos mais uma grande festa com momentos de muita diversão.
No dia 8 de fevereiro, vários eventos tiveram lugar no nosso estabelecimento. Durante a manhã, sob a supervisão do grupo de Educação Física, decorreu o dia dos desportos de raquete, mais precisamente, ténis de campo e de mesa no qual a ade-são é sempre muito solicitada.
Paralelamente a este evento, tivemos a atuação do Clube de Dança, sempre muito animado, na Sala Multidisciplinar.
Em seguida, assistimos ao tão aguardado desfile de foliões, onde aparecem sempre grandes agradáveis surpresas, espe-cialmente dos “profes” da Equipa Multidisciplinar.
Com a extrovertida apresentação dos alunos Fábio Velosa e Joel Santos do 12º ano, da turma de Técnico de Apoio ao Psi-cossocial, o desfile foi decorrendo com muitas peripécias.
No final, o júri constituído pela professora Gorete Carvalho, um Encarregado de Educação e pela aluna Cassandra, do 9º 4 definiu a seguinte classificação: nos grupos: 1º Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente representado por professores da escola e alunos do “Baú de leitura”, em 2º “As Sevilhanas”, representadas pelos professores da Equipa Multidisciplinar e em 3º três alunos travestidos (Filipe Camacho, do 8º1, Tatiana Coelho e Tânia do 8º3).
Nos individuais, classificou-se em 1º lugar a aluna Letícia Mariana, do 8º1, mascarada de palhaço de papelão, em 2º o aluno Leonardo Parreira, do 9º 4, representando um elemento da banda rock KIss, e finalmente em 3º Laura Silva, a gótica do 5º2.
Em seguida, os foliões e assistentes continuaram convivendo através da dança ao som da música típica desta época.
Foi também proporcionado um lanche com malassadas e sumos na cantina.
Estava também previsto uma atuação de uma Escola de Sam-ba mas, infelizmente, não aconteceu. Em tempos “ troika-nos”!!!....
Finalmente, o já habitual jogo de futebol entre professores e alunos encerrou as festividades, com a vitória sorrindo para os mais “experientes”.
Bruno Mendonça
Os docentes da sala multidisciplinar
Personagens do Auto da Barca do Inferno do
Inferno
O Carnaval também se comemora na escola!
Foi com grande entusiasmo que no dia 1 de fevereiro os alunos das turmas 7º6; 8º2 e 8º4integraram uma atividade do Baú de
Leitura e assistiram à peça de teatro infanto-juvenil, que aborda a temática da consciência existencial. Nela somos levados a
refletir sobre a questão do medo, do valor
da persistência e sobre os desafios e impre-
vistos que a vida nos coloca.
Peça: As aventuras de João Sem Medo, de
José Gomes Ferreira com dramaturgia e
encenação de Duarte Rodrigues
Nesta peça do Grupo de Mímica e Teatro
Oficina Versus com “uma mensagem pecu-
liar, recheada de provocações e de elemen-
tos educativos” participam 23 atores, alguns
com necessidades especiais oriundos do
Serviço Técnico de Formação Profissional de
Deficientes
4 Galeão de Notícias
Antoine Laurent Lavoisier
Nunca chegou a ser um advogado, pois optou pela ciência Lavoisier nasceu em 26 de agosto de 1743,e faleceu em 8 de maio de 1794 aos 50 anos numa família nobre francesa. Teve uma exce-lente educação, era católico e formou-se em direito. Lavoisier é considerado o pai da química. Foi ele quem descobriu que a água é uma substância com-posta, formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio: o H2O. Essa descoberta foi muito im-portante para a época, pois, segundo a teoria de Tales de Mileto , que ainda era aceita, a água era um dos quatro elementos terrestres primordiais, a partir da qual outros materiais eram formados. Em 16 de Dezembro de 1771 Lavoisier casou-se com uma jovem aristocrata, de nome Marie-Anne Pierrette Paulze. A sua mulher tornou-se num dos seus mais importantes colaboradores, não só devi-do ao seu conhecimento de línguas (em particular o inglês e o latim), mas também pela sua capacidade de ilustradora. Marie-Anne foi responsável pela tradução, para francês, de obras científicas escritas em inglês e em latim, fazendo ilustrações de algu-mas das experiências mais significativas feitas por Lavoisier. Ele viveu na época em que começava a Revolução Francesa, quando o terceiro estado (camponeses, burgueses e comerciantes) ficaria com o poder da França. Foi morto pela mesma, pois era muito mal visto pela população, que pensava que, por ser de uma família nobre, Lavoisier, também, participava do corrupto sistema cheio de impostos sobre a socie-dade. Foi guilhotinado após um julgamento sumário em 8 de Maio de 1794. Joseph-Louis de Lagrange, um importante matemático, contemporâneo de Lavoisi-er disse: "Não bastará um século para produzir uma cabeça igual à que se fez cair num segundo”
Pedro Barradas nº3 8º4
Carnaval de Veneza
Trabalhos de Ciências Físico-química Recebemos da professora Isabel Branco alguns trabalhos elaborados por alguns alunos da turma 8º4 no âmbito da disciplina de
Ciências Físico– Químicas. Apresentam-nos uma pequena biografia de dois grandes vultos da Físico-química e que ajudaram a
revolucionar e compreender muitas coisas que até então não eram entendíveis para o ser humano.
O Carnaval de Veneza surgiu no seculo XVII. O principal elemento deste tão afamado carnaval são as máscaras . Esta festa carnavalesca de Veneza tem a duração de 10 dias. Nas noites de festas realizam-se bailes em salões. Os trajes que se usam são característicos do século XVIII, e são comuns as maschera nobile, ou seja, máscaras nobre, caretas brancas com roupa de seda negra e chapéu de três pontas. Desde 1979 foram sen-do somadas outras cores aos trajes, embora as máscaras continuem a ser brancas, prateadas e douradas. Esta comemoração atrai milhares de turistas de toda a parte do mundo para poderem participar num dos carnavais mais bonitos e dife-
rentes. Érica Cardoso
Wilhelm Ostwald
Friedrich Wilhelm Ostwald nasceu em Riga que fazia parte do Império Russo, e hoje é a capital da Letónia, numa família alemã do Báltico e fale-ceu em Leipzig a 3 de abril de 1932. Foi um químico e filósofo alemão. Considerado o pai da físico-química, recebeu o prémio Nobel de Química de 1909, por suas pesquisas sobre catalisadores (substâncias que aceleram a velocidade de uma reação, mas não se consome nelas, podendo ser recolhida no final e ser reutilizada), os princípios fundamentais que regem equilíbrios químicos e velocidade de rea-ção e equilíbrio químico. Também desenvolveu um processo de fabricação de ácido nítrico por oxidação do amoníaco. Estudou na Universidade de Dorpat, graduando-se em 1875, e trabalhando como professor neste centro até 1881. De 1881 a 1887 foi professor do Instituto Politécnico de Riga. Em 1887 mudou-se para a Universidade de Leipzig, para exercer a função de professor de físico-química. Nesta últi-ma universidade foi fundado o Instituto Ostwald, primeiro instituto dedicado ao estudo da físico-química, que Ostwald dirigiu até 1906. Em 1900 descobriu o processo de preparação do ácido nítrico a partir da oxida-ção do amoníaco, usando como catalisador a platina, facilitando a produção em massa de fertilizantes e explosivos para a Alemanha durante a I Guerra Mundial. Este processo foi substituído pelo processo de Haber-Bosh, tornan-do a produção de amônia mais econômica. [1] Noutra vertente, Ostwald estava muito interessa-do na idéia da adoção de uma língua auxiliar internacional: no ensino do esperanto primeiro. Mais tarde, ele se tornou interessado na reforma do Esperanto, Ido, e doado para o movimento linguagem do dinheiro ganho por ganhar o Prê-mio Nobel.
Susana Carolina nº16 8º4
Wilhelm Ostwald
Antoine Laurent
Lavoisier