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VI COLÓQUIO DE FILOSOFIA DA UNESPAR/FAFIUV FILOSOFIA, POLÍTICA E TRANSFORMAÇÃO. VI colóquio de filosofia da fafi: filosofia, política e transformação 08 A 12 DE ABRIL DE 2013 ANAIS DO VI COLÓQUIO DE FILOSOFIA DA UNESPAR/FAFIUV 2013

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VI COLÓQUIO DE FILOSOFIA DA UNESPAR/FAFIUV

FILOSOFIA, POLÍTICA E TRANSFORMAÇÃO.

VI colóquio de filosofia da fafi:filosofia, política e transformação

08 A 12 DE ABRIL DE 2013

ANAIS DO VI COLÓQUIO DE FILOSOFIA

DA UNESPAR/FAFIUV

2013

ISSN 1983 – 165X Página | 1

VI COLÓQUIO DE FILOSOFIA DA UNESPAR/FAFIUV

FILOSOFIA, POLÍTICA E TRANSFORMAÇÃO.

08 A 12 DE ABRIL DE 2013

ISSN 1983-165X

COMISSÃO ORGANIZADORA:

ANTONIO CHARLES SANTIAGO ALMEIDA

ARMINDO JOSÉ LONGHI

CLAUDIO CAVALCANTE JUNIIOR

ERICKSON SANTOS

EVERTON GREIN

GISELLE MOURA SCHNORR

RENATA TAVARES

SAMON NOYAMA

THIAGO DAVID STADLER

COMITÊ CIENTÍFICO:

CLAUDIO CAVALCANTE JUNIIOR

ERICKSON SANTOS

SAMON NOYAMA

THIAGO DAVID STADLER

UNIÃO DA VITÓRIA

PARANÁ

ABRIL DE 2013

ISSN 1983 – 165X Página | 2

VI COLÓQUIO DE FILOSOFIA DA UNESPAR/FAFIUV

FILOSOFIA, POLÍTICA E TRANSFORMAÇÃO.

CADERNO DE RESUMOS

SUMÁRIO

1. RELATOS DE EXPERIÊNCIA

Kairós: a utilização dos jogos didáticos como ferramenta para enfrentar

as dificuldades do ensino de filosofia.

Ane Schulz e Carlos Eduardo Ribas 05

Oficina: “a escola que temos” e “a escola que queremos”.

Camile M. Zanella, Inês Topolski, Sílvia Miketa, Vanessa F. Petters 06

Escola, juventude e ensino de filosofia.

Helton Doudera Zavaski e Marcos Aurelio Balaban 06 Realidade ou aparência?

Suelen Aparecida Alves 07

2. COMUNICAÇÕES

Os limites do explícito e do implícito em aulas de língua portuguesa: os efeitos de sentidos

ecoam materialidade no aparente vazio do silenciar

Acir Batista Moreira 08

Entre o jardim das delícias e a tentação de santo antão: os monstros e as representações do

inferno de Hieronymus Bosch e o universo mental do homem medieval (séculos XIV ao XVI).

Andrea Alves Bastos Menegatte 08

A (inútil) utilidade da poesia

Andrieli Denk 09

Crônicas de Veríssimo - humor

Antonio Ovande Maciel 09

Da negação à alteridade: descobrindo o outro para além da função – sentido.

Bruna Gabriela Domingues 10

ISSN 1983 – 165X Página | 3

A importância do devir em Deleuze e Guattari

Ellen Koteski 10

A figura de Lampião na literatura de cordel

Francielle Motta 11

O trabalho lúdico como ensino/aprendizagem na Língua Espanhola

Geliane Luzia Schneider 11

As fábulas e o ensino de Língua Espanhola

Giovani de Araujo Belo 12

A filosofia da libertação na América Latina: uma breve apresentação

Giselle Moura Schnorr 12

Breve introdução à pesquisa sociolinguística – contribuições de Willian Labov

Isabella Cristine Kozlinskei 13

A ludicidade da música no ensino/aprendizagem de língua inglesa

Jessé Antonio Maciel 13

Autodomínio e os manuais de conduta: sociedade orientada, sociedade reprimida.

Jéssica Caroline de Oliveira 14

Histórias em quadrinhos: um novo olhar sobre o ensino de gramática.

Joslaine Aparecida Ferreira 14

Gênero textual: uma possibilidade no ensino da gramática.

Juliana Savi 15

Morte em Veneza: uma travessia

Karine Bueno Costa 15

O trabalho com a poesia em sala de aula.

Kátia Emanoeli Campos Grobe 15

Liberdade kantiana: proposta para os dias atuais?

Leandro Correa Menegatte 16

Clarice Lispector e o existencialismo.

Letícia Sant’Anna 16

Gênero textual propaganda

Narli Jankoski 17

ISSN 1983 – 165X Página | 4

Relação do eterno retorno com a ética de Nietzsche.

Paulo Cesar Jakimiu Sabino 17

Leopoldo Zea: a libertação filosófica da América Latina.

Paulo Guilherme Senff 18

A inclusão de crianças com deficiência sensorial auditiva: uma questão em processo

Rosicléia Michalski 18

Práticas de leitura e formação do leitor.

Silvia de Fátima da Silva Moreira 19

A sistêmica na contemporaneidade

Wagner Schlichting 19

3. APRESENTAÇÃO DE TIDE

Cidadania e política em Theodor Adorno

Antonio Charles Santiago Almeida 21

Educação e Conscientização em Paulo Freire

Giselle Moura Schnorr 21

Zubiri e o século XX

Renata Tavares 22

Voltarás para casa como um homem melhor: a virtude e o bom cidadão no Protágoras

platônico.

Thiago David Stadler 22

ISSN 1983 – 165X Página | 5

RELATOS DE EXPERIÊNCIA

KAIRÓS: A UTILIZAÇÃO DOS JOGOS DIDÁTICOS COMO FERRAMENTA PARA ENFRENTAR

AS DIFICULDADES DO ENSINO DE FILOSOFIA.

Autores:

Ane Schulz (G); Carlos Eduardo Ribas (G) – Filosofia UNESPAR/FAFIUV

Coautores: Denise Ruda (G); Wagner Schlichting (G);

Marcos Balaban (G), Tatiane Michailek (G)

Bolsistas CAPES/PIBID – Subprojeto Filosofia na Escola de Ensino Médio: vivências, desafios e possibilidades.

Orientadores: Profa. Ms. Giselle Schnorr e Prof. Ms. Samon Noyama

De forma geral, os materiais didáticos apresentam-se como ferramenta para auxiliar no

processo de ensino-aprendizagem, o jogo de tabuleiro pode ser um método atrativo, pois este

aluno não é apenas coadjuvante deste aprendizado ele é o próprio sujeito que busca conhecer,

desenvolvendo o raciocínio lógico. A escolha do jogo como material didático foi feito pelo

grupo do subprojeto “Filosofia na Escola de Ensino Médio: Vivências, Desafios e

Possibilidades”, do PIBID da UNESPAR, com a intenção de proporcionar uma dinâmica mais

atraente ao público jovem, podendo assim oferecer uma forma “divertida” de aprender e

assimilar os conhecimentos no âmbito da filosofia. O projeto do jogo Kairós foi espelhado no

jogo Perfil, pois esse se mostrou o melhor em forma de adaptar conteúdo como para uso de

estudantes do ensino médio. A mecânica do jogo consiste em categorias relacionadas à

filosofia, variando entre obras, filósofos, mitos e anos, onde, cada grupo ou jogador terá cartas

que lhe dão “dicas” sobre o personagem. O vencedor do jogo Kairós será o primeiro

jogador/equipe a levar o respectivo pensador até a casa final do jogo, ou quem avançar o

maior número de casas. A proposta é que o jogo possibilite a passagem pelos diversos

assuntos da filosofia, seja no contexto histórico, cronológico e mitológico, reforçando seu

caráter interdisciplinar. As cartas trazem elementos que podem ligar questões atuais de

maneira direta à filosofia, demonstrando aos alunos a sua importância e relevância nos dias

atuais.

Palavras-chave: Jogo Didático; educação; ensino de Filosofia; Kairós.

ISSN 1983 – 165X Página | 6

OFICINA: “A ESCOLA QUE TEMOS” E “A ESCOLA QUE QUEREMOS”.

Camile M. Zanella (G); Inês Topolski (G);

Sílvia Miketa (G); Vanessa F. Petters (G) - Filosofia UNESPAR/FAFIUV

Coautor: Osmar Schror

Bolsistas CAPES/PIBID – Subprojeto Filosofia na Escola de Ensino Médio: vivências, desafios e possibilidades.

Orientadora: Profª. Ms. Giselle Moura Schnorr

“A “escola que temos” e” a escola que queremos. “” é o tema da oficina realizada com os

educandos do Colégio Estadual José de Anchieta no ano letivo de 2012. A preocupação que

nos sobressaltou aos olhos foi a de ser mais fiel possível com as aspirações que vinham dos

educandos e não das nossas interpretações acadêmicas. Surgiu a ideia de elaborar uma oficina

onde os alunos pudessem de modo espontâneo apresentar tudo aquilo que os inquieta com

relação a realidade escolar. Para realizarmos o trabalho das oficinas utilizamos como base tais

referenciais teóricos, Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire; “O que é um grupo?”de

Madalena Freire; Pesquisas em Educação: abordagens qualitativas, de Menga Ludke; A escola

relato de um processo inacabado de construção, de Elsie Rockwell e Justa Ezpeleta; e o Projeto

Político Pedagógico do Colégio Estadual José de Anchieta. No método que utilizamos dividimos

a turma em grupos e oralmente repassamos a eles os tópicos que deveriam ser abordados,

depois levamos os alunos para uma área coberta, então distribuímos cartolinas, revistas para

recorte, tesouras, cola, giz de cera, canetinhas.Com base no resultado positivo que tivemos,

pudemos levantar subsídios para desenvolvermos as futuras oficinas para dar continuidade ao

projeto.Ao final da apresentação vou passar um vídeo.

Palavras-chave: Escola; educandos; realidade Escolar.

ESCOLA, JUVENTUDE E ENSINO DE FILOSOFIA

Helton Doudera Zavaski (G) Marcos Aurelio Balaban (G)

Coautor: Marcel Flenik dos Santos Bolsistas CAPES/PIBID – Subprojeto Filosofia na

Escola de Ensino Médio: vivências, desafios e possibilidades. Orientadora: Profª. Ms. Giselle Moura Schnorr

O nosso trabalho de pesquisa consiste em trazer uma perspectiva em relação ao conceito de

juventude dentro do espaço escolar, fazendo assim uma analise dos sujeitos deste espaço, ou

seja, o jovem do ensino médio. O trabalho iniciou-se a partir de uma demanda do PIBID do

subprojeto de “Filosofia na Escola do Ensino Médio: vivências, desafios e possibilidades”, no

qual visa compreender e analisar através das oficinas o que os jovens pensam e assim construir

temas geradores. Partindo da analise do cotidiano, das aulas de filosofia e do próprio ambiente

escolar, iniciou-se o trabalho primeiramente com uma escuta dos estudantes, que foram

sensibilizados e expressaram através dos cartazes em forma de desenho, recorte e frases: O

ISSN 1983 – 165X Página | 7

que é ser Jovem? A partir destas oficinas os bolsistas poderiam melhor desenvolver as

possibilidades de se trabalhar conceitos filosóficos na formação destes jovens, para que assim

fossem abordados temas do dia-a-dia como violência, justiça, liberdade entre outros. A

pesquisa também está voltada para a relação do jovem com o meio sócio cultural, no qual a

escola vem sendo uma instituição social formadora de sujeitos. Outro ponto de grande

importância é apresentar uma síntese do ensino de filosofia entre aluno/professor, levando

em consideração que a filosofia depende do filosofar e o filosofar da filosofia, do qual o

estudante adquire esta pratica a partir de seu processo histórico, logo tornará sujeito do

filosofar. Os resultados aqui apresentados pelos alunos através das oficinas surpreenderam

porque explicitou uma compreensão imediatista e instrumental quanto à função da escola.

Palavras-chave: Juventude; espaço escolar; ensino de Filosofia; exclusão.

REALIDADE OU APARÊNCIA?

Suelen Aparecida Alves.

Bolsista CAPES/PIBID – Subprojeto Filosofia na Escola de Ensino Médio: vivências, desafios e possibilidades.

Orientadora: Profª. Ms. Giselle Moura Schnorr

Este trabalho tem como objetivo relatar uma experiência no âmbito do PIBID - Programa

Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, no Subprojeto: “Filosofia na Escola de Ensino

Médio: vivências, desafios e possibilidades, FAFI – Campus UNESPAR, desenvolvida no Colégio

Estadual Astolpho Macedo e Souza. Neste projeto temos vivenciado uma experiência

metodológica diferenciada, que toma como centralidade do processo de ensino-aprendizagem

a compreensão do cotidiano escolar e neste a escuta dos jovens do ensino médio. Estes

momentos de escuta veem ocorrendo de diferentes maneiras e buscam subsidiar o trabalho a

ser desenvolvido na forma de oficinas de ensino de filosofia. O desafio desta proposta está em

sensibilizar, envolver e explicitar aos estudantes a importância e a contribuição do

conhecimento filosófico para sua formação. A oficina objeto deste relato teve como tema

“Realidade ou Aparência?” e se efetivou de forma bastante positiva, com um grande

envolvimento dos estudantes. Avaliamos que este envolvimento se deve a proposta

metodológica que adotamos, que está pautada na construção dos conceitos filosóficos de

forma participativa, dialogada e que expressam um caminho possível para o exercício do

filosofar inserido na problematização da realidade histórica e social dos estudantes. Esta

experiência tem sido gratificante como aprendizagem da função do/a professor/a de filosofia e

quanto as possibilidades de uma prática educativa emancipadora.

Palavras-chave: Ensino de Filosofia; realidade; aparência; experiência.

ISSN 1983 – 165X Página | 8

COMUNICAÇÕES

OS LIMITES DO EXPLÍCITO E DO IMPLÍCITO EM AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: OS EFEITOS

DE SENTIDOS ECOAM MATERIALIDADE NO APARENTE VAZIO DO SILENCIAR

Acir Batista Moreira (PG) – Professor da rede pública do PR Orientador: Prof. Ms. Ederson José de Lima

O que está em discussão neste trabalho é a questão da interação da linguagem oral, na

perspectiva do não dito que se pressupõe como explícito e a busca pela compreensão dos

sentidos que se movimentam no silêncio da produção discursiva, abordando o seguinte:

supondo que professores e alunos imaginem que basta dizer para que seus interlocutores

construam sentidos e que esses sentidos se esclarecem a partir do explícito, qual é a

consequência dessa dedução para o ensino - aprendizagem? Diante disto é que este autor

concentrou sua pesquisa no campo da Análise do Discurso (AD-pechetiana), analisando a

(in)completude dos discursos, a construção dos sentidos e a questão da interpretação a partir

das condições de produção e da identidade (memória discursiva) dos sujeitos, tentando

entender o que e por que se silencia determinados assuntos na escola. Em outras palavras, a

materialidade do discurso. O corpus desta pesquisa é a produção oral da sala de aula em uma

terceira série do Curso de Formação de Docentes de nível médio, suas falas e suas falhas sobre

assuntos como as consequências da ditadura militar ou a sexualidade na adolescência. O

objetivo é contribuir com professores e alunos nas suas relações discursivas e na busca das

razões dos conflitos em relações de ensino - aprendizagem.

Palavras-chave: linguagem; incompletude; sujeito; discurso; identidade.

ENTRE O JARDIM DAS DELÍCIAS E A TENTAÇÃO DE SANTO ANTÃO: OS MONSTROS E AS

REPRESENTAÇÕES DO INFERNO DE HIERONYMUS BOSCH E O UNIVERSO MENTAL DO

HOMEM MEDIEVAL (SÉCULOS XIV AO XVI).

Andrea Alves Bastos Menegatte (G) – História UNESPAR/FAFIUV

A presente pesquisa tem por objetivo identificar se existe uma base comum presente nos

modos de pensar e sentir dos homens dos séculos XIV ao XVI na Europa Ocidental acerca dos

monstros que os assombravam e as representações do Inferno nas obras do pintor holandês

Hieronymus Bosch associado às fontes literárias que nos contam acerca de homens que

fizeram viagens ao Além, como as alegorias do Inferno de Dante Alighieri, as visões do

cavaleiro irlandês Tundalo e as revelações do apóstolo João quanto ao fim do mundo, a

aparição e aprisionamento eterno do diabo. Os temas macabros que fazem parte da pesquisa

retratam uma sociedade permeada por bruxas, demônios e monstros. Pretende-se com a

ISSN 1983 – 165X Página | 9

pesquisa entender como o imaginário desse período se tornou um fator reestruturante da

sociedade, identificando as mudanças ocorridas no psiquismo do homem ocidental.

Palavras-chave: Inferno; monstros; imaginário; Hieronymus Bosch.

A (INÚTIL) UTILIDADE DA POESIA

Andrieli Denk (G) – Letras UNESPAR/FAFIUV Orientador: Prof. Esp. Josoel Kovalski.

O presente trabalho propõe uma reflexão acerca da função da poesia através da teoria de

Platão no Livro X da República, no qual a noção de mímesis, adquire um sentido mais

técnico,definindo a condição e o valor da poesia em relação à episteme e à verdade. Essa

definição indica que o discurso poético seria um tipo de ilusionismo. A mímesis daquilo que já

é imitação aumentaria ainda mais a distância entre o supra-sensível e o sensível. A inútil poesia

de Leyla Perrone Moisés, a conceituação dada é a linguagem poética, traduz o sentido de que

esta é uma arte que se faz no jogo das palavras; palavras que, insufladas por sons, ritmos,

cores,gostos, cheiros e encadeamentos lógicos de expressões míticas e líricas, fermentam-se

em busca de um sentido.

Palavras-chave: Inutilidade; mimesis; linguagem poética; verdade.

CRÔNICAS DE VERÍSSIMO - HUMOR

Antonio Ovande Maciel (G) – Letras UNESPAR/FAFIUV Orientadora: Profa. Ms. Maria Cristina Fernandes Robazkievicz

O presente estudo procura, dentro dos gêneros textuais, estudar o gênero crônica. A crônica

trata de fatos cotidianos que podem ser observados de várias formas, onde narra o que se vê

comumente e não se dá conta. Ela utiliza algumas características que fornecem ao leitor

vestígios para concretizar uma leitura interessante e instigante. Dentro deste estudo

apresentaremos a evolução da crônica, desde o folhetim até sua publicação em livros, revistas

e jornais. Nesta perspectiva, o estudo feito apresenta a construção de um imaginário onde

pode ter compromisso com a realidade ou não e que permite a cada cronista escrever de seu

jeito e a cada leitor produzir seu sentido. O autor escolhido para este trabalho foi Luis

Fernando Veríssimo por seu grande número de produções publicadas e por utilizar-se com

maestria o recurso do humor em seus textos. Assim, a literatura tem esta magia, e a crônica

ISSN 1983 – 165X Página | 10

tem características que ilustram nossos dias contando fatos, que muitas vezes deixamos de

observar.

Palavras- chave: crônicas; leitura; texto; Veríssimo; humor.

DA NEGAÇÃO À ALTERIDADE: DESCOBRINDO O OUTRO PARA ALÉM DA FUNÇÃO – SENTIDO.

Bruna Gabriela Domingues (G) – Filosofia UNESPAR/FAFIUV

Orientador: Prof. Ms. Samon Noyama

Imerso em uma gigantesca trama de discursos controlados chamada vida, o homem se depara

alienado pela técnica industrial moderna, que o faz esquecer-se do próprio sentido que o

suscita a vida, ele se esquece do ser, esquece também do outro. A partir da leitura do livro

Ensaios e Conferências de Martin Heidegger e Ensaios sobre a Alteridade de Emmanuel Levinas

pretende-se por meio da alteridade, a desconstrução do discurso dominador da técnica

industrial moderna, abrindo espaço pra a dimensão do outro, retomando o sentido ontológico

do homem por meio de outrem.

Palavras-chave: alteridade; técnica; discurso; outrem.

A IMPORTÂNCIA DO DEVIR EM DELEUZE E GUATTARI

Ellen Koteski (G) – Filosofia UFPR

Normalmente estamos acostumados a ver relações pré-determinadas entre as coisas, bem

como a esperar que sua continuidade nunca sofra nenhuma alteração, achando, assim, que

esta é a forma correta das coisas, a forma racional. Na realidade, esta é apenas uma opinião,

conforme já dizia Heráclito, “Pantha Rheî”, tudo flui, tudo está em constante mudança, sempre

em devir. Quando atravessamos o rio mais de uma vez não somos os mesmos, assim como o

rio já também não o é. Semelhante a Heráclito, Deleuze e Guattari em seu livro O que é a

Filosofia? também defendem a ideia de constantes mudanças, de uma filosofia da diferença

que nos dá conceitos e um novo modo de vida. Para eles, este constante devir é o que cria

estes conceitos, em que tudo estaria se repetindo ao mesmo tempo que se renovando, uma

vez que sempre haverá a diferença. Com o intuito de demonstrar como este devir se aplica aos

dois filósofos, neste trabalho abordarei as características sobre o tema, usando como base o

próprio livro supracitado, bem como comentadores sobre o tema e sobre a ideia do eterno

retorno em Nietzsche que Deleuze aborda, dizendo que este retorno é sempre diferente. Além

disto, tentarei demonstrar a ideia do conceito como um jogo de dados e não como algo pré-

estabelecido, em que não existiria uma relação pré-determinada e, do mesmo modo, como

acaba havendo uma relação.

ISSN 1983 – 165X Página | 11

A FIGURA DE LAMPIÃO NA LITERATURA DE CORDEL

Francielle Motta (G) – Letras UNESPAR/FAFIUV

Orientador: Prof. Dr. Caio Ricardo Bona Moreira

No Brasil, a Literatura de Cordel é uma poesia popular que surgiu primeiramente na oralidade

e depois passou a ser impressa em folhetos rústicos, pendurados em varais para venda. Como

testemunha viva da cena nordestina, a literatura de cordel não deixou de dar ampla cobertura

ao fenômeno do cangaço, em especial narrando as aventuras do maior de todos os

cangaceiros, Lampião. O cordel é um assunto interessante e de grande importância, pois faz

parte da nossa cultura, e temos a necessidade de conhecer suas origens, sua história, e os

costumes nele retratados. Qualquer assunto pode virar cordel. As aventuras de Lampião foram

algumas das campeãs de tiragem de cordel. O grande número de títulos referentes a Lampião

não deixa dúvida em relação ao verdadeiro fascínio que os feitos, verdadeiros ou fictícios do

“Rei do Cangaço”, exerce sobre os cordelistas e sobre os leitores. O objetivo do trabalho é

mostrar como a figura do cangaceiro Lampião é apresentada na literatura de cordel,

procurando demonstrar como cordelistas, partindo de uma realidade nordestina, denunciam

os problemas sociais de uma região e eternizam o mito de um “herói” regional.

Palavras-chave: Poesia Popular; cordel; cangaço; Lampião.

O TRABALHO LÚDICO COMO ENSINO/APRENDIZAGEM NA LÍNGUA ESPANHOLA

Geliane Luzia Schneider (G) – Letras UNESPAR/FAFIUV Orientadora: Profa. Catiuza Andradekti

O presente trabalho visa mostrar os diferentes métodos de ensino/aprendizagem dentro de

uma sala de aula, dando ênfase ao Lúdico que propícia desenvolver no aluno ainda mais sua

criatividade e desempenho relacionado ao conteúdo e também o ensino do Espanhol no Brasil.

O objetivo é de mostrar o que uma atividade lúdica pode fazer com um aluno, conteúdos

difíceis ou chatos de serem trabalhados que com essas atividades levam o aluno á se interessar

a ter prazer no que está trabalhando, principalmente na língua espanhola. Há várias atividades

para se trabalhar, pois segundo Dhome (2003, p.79) elas “são importantes instrumentos de

desenvolvimento de crianças e jovens. Longe de servirem apenas como fonte de diversão, o

que já seria importante, eles propiciam situações que podem ser exploradas de diversas

maneiras educativas.” Como o ensino do Espanhol cresceu muito nos últimos anos, os

professores devem tornar essas aulas muito proveitosas e estimular cada vez mais os alunos a

quererem e terem vontade de aprender uma segunda língua.

Palavras chave: Língua Espanhola; lúdico; ensino/aprendizagem.

ISSN 1983 – 165X Página | 12

AS FÁBULAS E O ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA

Giovani de Araujo Belo (G) – Letras UNESPAR/FAFIUVl Orientadora: Profa. Arlete Benghi de Melo

Este trabalho resulta de pesquisa bibliográfica para elaboração de monografia no curso de

licenciatura em letras português/espanhol. Por meio da mesma busca-se apresentar o gênero

textual fábula como um fenômeno social característico da humanidade. Em uma época

distante onde se confunde a realidade com a lenda, a fábula era o gênero textual que o

homem mais desfrutava em seus conhecimentos. São tão antigas quanto à comunicação

humana. É uma narrativa curta escrita em prosa e verso e através da oralidade foi conduzida

de um lugar para outro, já que a própria palavra deriva do verbo em latim “fabulare” que

significa conversa. O presente trabalho tem como tema o uso da literatura nas aulas de língua

estrangeira moderna mais precisamente em língua espanhola, com objetivo de contribuir para

a compreensão do gênero fábula, incentivando dessa forma a leitura, escrita, a reescrita e o

desenvolvimento do pensamento crítico e propor algumas estratégias de exploração deste

gênero. O trabalho com fábulas se justifica por ser uma leitura de fácil compreensão e muito

atrativa aos estudantes de língua estrangeira.

Palavras-chave: Fábula; ensino de língua espanhola; gênero textual.

A FILOSOFIA DA LIBERTAÇÃO NA AMÉRICA LATINA: UMA BREVE APRESENTAÇÃO

Giselle Moura Schnorr – UNESPAR/FAFIUV

A liberdade, a libertação, a emancipação são conceitos presentes ao longo da história da

filosofia, principalmente, no campo da ética e da política. A partir da modernidade estes

conceitos passaram a ter centralidade nas filosofias que problematizaram o Estado Moderno,

questões como a cidadania, a autonomia, os direitos e os deveres, considerando a liberdade a

partir de determinantes econômicos, políticos, de organização social ou subjetivo e cultural.

Na segunda metade do século XX temos, desde a América Latina, o movimento denominado

“Filosofia da Libertação” que se desenvolveu num contexto histórico em que a temática da

Libertação envolveu diversas disciplinas e quadros teóricos. Esse movimento é resultado de

um acúmulo coletivo de reflexões sobre variadas questões sob as quais vários pensadores têm

desenvolvido reflexões acerca da cultura, do pensamento e das muitas situações de opressão

em que vivem historicamente a América Latina, bem como suas lutas e práticas por libertação.

O presente trabalho tem como objetivo apresentar um panorama, ainda que parcial, desse

movimento filosófico latino americano destacando aspectos conceituais e históricos de alguns

de seus principais autores.

Palavras-chave: Filosofia; América Latina; Libertação.

ISSN 1983 – 165X Página | 13

BREVE INTRODUÇÃO À PESQUISA SOCIOLINGUÍSTICA – CONTRIBUIÇÕES DE WILLIAN LABOV

Isabella Cristine Kozlinskei (G) – Letras UNESPAR/FAFIUV Orientadora: Profa. Ms. Bernardete Ryba

É fato que usamos a língua como meio de comunicação para vincular informações, representar

o mundo. A língua está sujeita a adequações de acordo com a situação na qual é usada

cabendo-lhe um importantíssimo papel na sociedade. A língua não serve apenas como meio de

comunicação, ela serve também para revelar o indivíduo que faz seu uso, deixando evidentes

marcas de origem, classe sociocultural, nível de instrução, etc. Em todas as manifestações da

língua falada e escrita há uma organização seguindo ordens lógicas próprias da língua, entre

essas manifestações são impostas regras de padronização. Este trabalho apresenta a língua

apresenta a língua como um sistema heterogêneo, bem como as variações linguísticas

inerentes a esse sistema.

Palavras-chave: variação; heterogeneidade; sistema linguístico; língua falada e escrita.

A LUDICIDADE DA MÚSICA NO ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA

Jessé Antonio Maciel (G) – Letras UNESPAR/FAFIUV Orientadora: Profa. Ms. Ivete Pauluk

Buscaremos por meio desta pesquisa, entender os mecanismos de motivação, que são

ativados pelos aprendizes por meio da música na aprendizagem da língua inglesa. Para a

concretização deste entendimento, algumas reflexões críticas baseadas nas leituras de

FERREIRA (2005), GARDNER (1994) e DOHME (2003) serão realizadas como fundamentos

relevantes à pesquisa. Procuraremos assim, compreender como a música é estruturada, sua

relação com o lúdico e as possíveis formas de utilizá-la como material autêntico nas aulas de

língua inglesa. Frente aos desafios em mediar conhecimentos para os alunos, consideramos as

atividades musicais como um recurso que pode vir a ser bastante proveitoso no processo

ensino-aprendizagem proposto pelo professor. As atividades musicais exploradas em sala de

aula objetivam em sua maioria, apresentar a linguagem em sua forma autêntica de uso.

Portanto, enfocaremos a música como uma aliada não só na motivação pelo aprendizado da

língua inglesa, mas também como um recurso de análise didática, linguística e discursiva.

Palavras-chave: Motivação; música; lúdico; aprendizado.

ISSN 1983 – 165X Página | 14

AUTODOMÍNIO E OS MANUAIS DE CONDUTA:

SOCIEDADE ORIENTADA, SOCIEDADE REPRIMIDA.

Jéssica Caroline de Oliveira (G) Bolsista CAPES / PIBID – Subprojeto História da África e

da cultura afro-brasileira: para além das leis, rumo à cidadania. Orientador: Prof. Dr. Ilton Cesar Martins

Com o transcorrer do seu processo histórico, o homem passou por profundas mudanças no âmbito sentimental e de conduta em sociedade, nesta acepção, um autocontrole estável, uniforme e generalizado, rege sentimentos de vergonha e receio que se tornaram reguladores de sua vida. A reorganização dos relacionamentos sociais, da personalidade e da identidade do homem são resultados do autodomínio social, no qual, moldou-se o comportamento humano com o uso de manuais e livretos de etiqueta ensinados e colocados em prática no período medieval. Para compreender essa nova relação humana, esta breve apresentação pretende explanar sobre a análise feita acerca dos textos “Civilização como Transformação do Comportamento” e “Formação do Estado e Civilização”, de Norbert Elias, analisando a maneira como orientavam a capacidade de recusar ou reprimir desejos e vontades próprias através do uso da moral, estética, ética, certo/errado. Bem como a pré-condição para a vida pública que, conforme argumenta o autor, é essencial à autoeducação, desejos controlados, impulsos educados e vontades conscientes da sociedade, termos que nortearam este trabalho.

Palavras-chave: Processo de civilização; manuais; autoeducação; sociedade.

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: UM NOVO OLHAR SOBRE O ENSINO DE GRAMÁTICA.

Joslaine Aparecida Ferreira (G) – Letras UNESPAR/FAFIUV

Orientadora: Profa. Esp. Valkiria Santiago.

Pretende-se, a partir das histórias em quadrinhos, apontar os benefícios dos gêneros textuais e sua aplicabilidade nas aulas do ensino da língua portuguesa. Decerto que esta, a aula de português, muitas vezes é tomada, por parte de uma grande maioria dos alunos, como chata, inútil e cansativa, uma vez que, para muitos deles, a gramática normativa é opressora, isto é, engessada em normas e regras. Dessa maneira, a história em quadrinhos apresenta-se como forma dinâmica, lúdica e facilitadora para compreensão das regras e internalização das normas gramaticais. Assim, busca-se, como dito anteriormente, demonstrar metodologicamente a importância desse recurso didático para facilitação do ensino da língua portuguesa.

Palavras-chave: Gênero Textual; histórias em quadrinhos; ensino; aprendizagem.

ISSN 1983 – 165X Página | 15

GÊNERO TEXTUAL: UMA POSSIBILIDADE NO ENSINO DA GRAMÁTICA.

Juliana Savi (G) – Letras UNESPAR/FAFIUV Orientadora: Prof. Esp. Valkiria Santiago.

O trabalho ora proposto é parte da pesquisa que vem se desenvolvendo no Curso de Letras da

UNESPAR/FAFIUV com orientação da professora Valkiria Santiago. Dessa maneira, intenta-se

apresentar a importância do ensino da gramática por meio dos gêneros textuais, bem como o

seu reconhecimento e a sua utilização nos mais diversos contextos. Nesse sentido, propõe-se

ao educando outra visão sobre o ensino da gramática para facilitação e apreensão do

conhecimento. O ensino da gramática é, quase sempre, pensado como um conjunto de regras

que deve ser seguida, isto é, para que seja um bom falante da língua é necessário o domínio

desse conjunto de regras. Entretanto, faz-se premente considerar que por meio dos gêneros

textuais é possível efetivar uma visão mais ampla do ensino da gramática e sua eficácia no

processo do ensino e da aprendizagem.

Palavras-chave: gêneros textuais; gramática; leitura; produção textual.

MORTE EM VENEZA: UMA TRAVESSIA

Karine Bueno Costa – UNESPAR/FAFIUV

A partir dos conceitos nietzschianos, apolíneo e dionisíaco, propor-se-á uma leitura da obra A morte em Veneza, de Thomas Mann. O percurso realizado pelo personagem Gustav Von Aschenbach representa uma travessia, a passagem de um estado governado pela ordem e autocontrole a um de total estranhamento e perda se si mesmo. Portanto, busca-se a reflexão sobre a visão da arte inserida nesse contexto, assim como analisar a questão da decadência da arte na modernidade, esta regida praticamente por conceitos e não por questões. Palavras chave: Morte em Veneza; apolíneo e dionisíaco; travessia.

O TRABALHO COM A POESIA EM SALA DE AULA.

Kátia Emanoeli Campos Grobe (G) – Letras UNESPAR/FAFIUV

Orientadora: Prof. Ms. Maria Cristina F. Robaskiewicz

O presente trabalho de pesquisa bibliográfica tem como tema a poesia. Esse gênero textual,

infelizmente, é um gênero pouco trabalhado na sala de aula, muitas vezes usado somente

como forma para completar livros didáticos ou como acessório a língua portuguesa. Grande

maioria dos alunos tem um conceito formado de que poesia é difícil, que tem uma linguagem

muito complexa, chata e é vista ainda como pretexto de ensino. O objetivo desse estudo é

aproximar os alunos do gênero poético, aguçar a sensibilidade, levar o aluno a perceber que a

poesia tem o poder de encadeamento nas palavras, ela ultrapassa os limites da razão. A

pretensão é levar o aluno a saborear dessa leitura, uma vez que poesia não basta ensiná-la, ela

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tem que ser vivida e sentida. A fundamentação teórica da presente pesquisa é baseada nas

teorias dos escritores: Pinheiro (2007), Paixão (1992), Gancho (1989), e outros. O trabalho com

a poesia envolve uma postura menos egocêntrica e seres capazes de pensar o mundo de forma

mais poética, já que a palavra além de dizer muito do homem e do mundo em que vivemos,

ela tem o poder transformador.

Palavras-chave: Gêneros Textuais; leitura; poesia; sala de aula.

LIBERDADE KANTIANA: PROPOSTA PARA OS DIAS ATUAIS?

Leandro Correa Menegatte (G) – Filosofia UNESPAR/FAFIUV

Orientadora: Profa. Ms. Renata Tavares

Este trabalho tem por objetivo traçar brevemente o conceito de liberdade em Kant. Na

exposição do seu pensamento, tomamos por base a obra Fundamentação da metafísica dos

costumes, mas não ignorando alguns conceitos presentes em Crítica da razão pura e Crítica da

razão prática, cujas leituras e considerações são apenas parciais. O propósito é verificar a

validade de seu pensamento para os dias atuais. Primeiramente procuraremos entender o

ambiente, os conceitos e influências que marcaram a ideia de liberdade. Num segundo

momento entender a formulação dos conceitos dialogando com o ambiente atual, partindo de

uma análise mais ética. Mas o que significa a liberdade kantiana? A resposta está intimamente

ligada ao conceito de moralidade também por ele formulado. Passaremos pela expressão das

mais citadas: “Age como se a máxima da tua ação se devesse tornar, pela tua vontade, em lei

universal da natureza”, entendendo a relação: razão, deveres e lei moral. Nesse caso,

tentaremos caminhar pelas questões: Se somos racionais e se somos livres por que as leis

morais não são espontâneas? Por que tem que haver deveres? Kant entende a humanidade

como racional e, portanto, capaz de basear suas ações morais numa racionalidade que seja

universal. Logo, surge o conceito de autonomia da vontade. Diante de tudo isso, mantendo a

ideia de que somos seres morais e devemos viver sob os ditames dos deveres como

instrumento de regulamento das relações sociais, não seria, portanto, a liberdade kantiana

válida também para hoje?

Palavras-chave: Liberdade; moralidade; razão; deveres.

CLARICE LISPECTOR E O EXISTENCIALISMO.

Letícia Sant’Anna (G) – Letras UNESPAR/FAFIUV Orientador: Prof. Ms. Samon Noyama

O presente trabalho propõe uma análise em torno do encontro entre filosofia e literatura

através de características do existencialismo de Jean Paul Sartre presentes nas obras da

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escritora modernista Clarice Lispector, especialmente em A Paixão Segundo G.H. Admitir este

relacionamento não implica admitir uma influência direta à escritora, trata-se de certa

afinidade de concepção de mundo baseada em temas existenciais como a liberdade; angústia;

náusea e solidão. Através do olhar, o qual segundo Sartre constitui a relação de

intersubjetividade, a personagem G.H desperta para uma sequência de interrogações sobre

seu vazio existencial e nos leva através dessa desordem emocional a mergulhar em um

universo de profundos questionamentos sobre o “ser”, e acabamos por compartilhar do eros

filosófico que inspira a escritora Clarice Lispector.

Palavras-chave: Existencialismo; Jean Paul Sartre; Clarice Lispector; A Paixão Segundo G.H..

GÊNERO TEXTUAL PROPAGANDA

Narli Jankoski (G) – Letras UNESPAR/FAFIUV Orientadora: Profa. Ms. Arlete Benghi de Melo

O papel da propaganda é crucial na vida moderna. Ela esta condicionada para bem ou para mal

em vários aspectos do cotidiano. A publicidade e a propaganda se relacionam em alguns

pontos, devido a isso, são geralmente utilizadas como sinônimos. O presente trabalho de

pesquisa bibliográfica tem como tema o estudo do Gênero Textual propaganda como

ferramenta de ensino. O objetivo central é demonstrar como e através de quais elementos

estes tipos de textos se realizam e quais os efeitos de sentido que tentam passar ao

consumidor. O trabalho esta fundamentado nos teóricos, Bazerman, Marcuschi entre outros. A

pesquisa com as propagandas se justifica pelo poder de convencimento e persuasão que

pretende influenciar o consumidor para que consuma os produtos que vende. Em sala de aula

se apresenta como forma de despertar o senso crítico dos alunos sobre o poder da

propaganda, a noção do consumismo e a poluição visual gerada pela mesma.

Palavras- chave: gênero textual; propaganda; ensino.

A RELAÇÃO DO ETERNO RETORNO COM A ÉTICA DE NIETZSCHE.

Paulo Cesar Jakimiu Sabino (G) Filosofia – UNESPAR/FAFIUV Bolsista: Fundação Araucária (PIBIC)

Orientador: Prof. Ms. Samon Noyama

O presente trabalho tem por intuito apresentar algumas considerações acerca da ética de

Nietzsche sobre as noções de ethos e pathos e demonstrar uma possibilidade de pensa-la. O

filósofo sempre deixou claro que era contrário aos sistemas e organizações gregárias e, o fato

é que a ética até os dias atuais – com algumas exceções – sempre foi pensada dentro de uma

determinada lógica que não fugia da tradição metafísica da cultura da história ocidental. A

intenção do trabalho é demonstrar que as ações do indivíduo não podem excluir o pathos,

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pelo contrário, são as paixões que devem ser priorizadas e isso é possível se relacionado com a

concepção de Eterno Retorno que aparece, principalmente, nas obras Assim falou Zaratustra e

Gaia Ciência, que formam a base do fragmento da pesquisa que será apresentada. O trabalho

é resultado de uma parte da pesquisa de iniciação científica iniciada em 2012 com o apoio da

Fundação Araucária.

Palavras-chave: Eterno Retorno; ética; pathos; ethos.

LEOPOLDO ZEA: A LIBERTAÇÃO FILOSÓFICA DA AMÉRICA LATINA.

Paulo Guilherme Senff (G)- Filosofia UNESPAR/FAFIUV

Nascido na Cidade do México, em 1912, Leopoldo Zea Aguilar é um dos principais nomes de

uma Filosofia que libertou a América Latina e que teve poder de livrar-nos do pensar a

Filosofia como uma Filosofia puramente do velho continente. Existe na Filosofia de Zea a

preocupação de não limitar o pensamento a uma região da Terra, e sim de pensar a região em

uma verdadeira universalidade. Não há como negar a influência do existencialismo de Jean

Paul Sartre em suas obras. Para Zea, o homem era convocado à responsabilidade diante de sua

realidade e apoiado em sua consciência histórica, o homem não deveria deixar de lado ou

esquecer o seu passado. Segundo Zea, o homem latino-americano era irresponsável quando

negava o que dele era próprio e por seguinte tomava como padrões os modelos da Europa e

Estados Unidos. Ele afirma que a América Latina, assim como todos os outros povos, acaba um

dia tomando consciência de sua realidade através do movimento dialético em que se

enfrentam as opiniões da Europa sobre o seu ser e as que ela mesma deduza ao confrontá-las

com o que é em si mesma. Assim, Zea acredita que é mediante o verbo, o logos, a palavra, que

o homem deixará de ser apenas um homem entre todos os existentes e então se transforma

em seu próprio habitante, neste Mundo e neste Universo.

Palavras chaves: América Latina; Existencialismo; responsabilidade; universalidade.

A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIENCIA SENSORIAL AUDITIVA:

UMA QUESTÃO EM PROCESSO

Rosicléia Michalski (G) - Pedagogia UNESPAR/FAFIUV

Orientadora: Profª Drª Sandra Salete de C. Silva

Discutir o processo de inclusão no contexto educacional atual torna-se relevante frente ao aumento da ação excludente na sociedade contemporânea, fato que se agrava pela falta de formação dos professores dos anos iniciais do ensino comum. Frente a esse processo, pretende-se no transcorrer desse estudo analisar criticamente alguns aspectos do processo de inclusão das crianças com deficiência sensorial auditiva nos anos iniciais no contexto da escola comum. Como objetivos específicos desse estudo, buscamos contextualizar o processo de inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais no ensino comum. Torna-se relevante, também, identificar algumas das políticas educacionais de inclusão, a partir da década de 1990, que orientam os sistemas de ensino acerca da educação inclusiva. E ainda,

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compreender as formas de atendimento educacional às crianças com deficiência sensorial auditiva em diversos contextos educativos e as limitações e possibilidades do atendimento a crianças com deficiência sensorial auditiva no contexto da educação inclusiva. Para alcançar os objetivos propostos utilizar-se-á de pesquisa documental e bibliográfica. Embora existam leis que visem uma escola para e com todos, ressaltamos a importância de revisarmos se as escolas e os professores estão preparados para acolher as crianças com necessidades educacionais especiais visando a deficiência auditiva, dando a eles uma educação de qualidade social. Entretanto, o maior desafio da educação inclusiva consiste em formar escolas democráticas, participativas e inclusivas dando todo o suporte para a efetivação dessa proposta. A pesquisa encontra-se em fase de análise e considerações conclusiva, e compõe os requisitos para conclusão do curso de graduação.

Palavras-chave: educação; processo de inclusão; deficiência sensorial auditiva.

PRÁTICAS DE LEITURA E FORMAÇÃO DO LEITOR.

Silvia de Fátima da Silva Moreira (G) – Letras UNESPAR/FAFIUV Orientadora: Profa. Ms. Maria Cristina F. Robaskiewicz

A leitura é essencial na vida das pessoas, é através dela que adquirimos novas ideias e novos conhecimentos. Para formar leitores deve haver condições favoráveis para a prática de leitura, que não se reduza apenas aos recursos disponíveis. Para que haja um bom trabalho é necessário que o corpo docente esteja envolvido motivando os educandos, proporcionando-lhes atividades diversificadas no desenvolvimento da prática de leitura e assim formar leitores críticos e capacitados na relação entre autor, texto e leitor. A presente pesquisa de caráter bibliográfico na área de educação com referencial teórico de Kleiman (2000), Travaglia (1997) e Koch (2011) e outros tendo como objetivo abranger, através de uma abordagem qualitativa e descritiva, de que maneira a prática de leitura forma bons leitores, com sugestões de atividades. É através da leitura que o leitor utiliza o que ele já sabe: o conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É com a interação de diversos níveis de conhecimento, como o conhecimento linguístico, o textual e o conhecimento do mundo que o leitor consegue construir sentido ao texto, pois, o processo de leitura está além do cotidiano da escola, ultrapassa esse local e é uma pratica que faz parte da vida do aluno no seu dia a dia, com isso o aluno passa a ter interesse por tudo o que vê escrito.

Palavras-chave: Práticas de leitura; leitura; leitores; ensino.

A SISTÊMICA NA CONTEMPORANEIDADE

Wagner Schlichting (G) – Filosofia UNESPAR/FAFIUV Orientador: Prof. Ms. Antonio Charles Santiago

Muito do que se fala da filosofia e suas tradições em formas de pensamento, cruzando com o momento moderno de alta atividade tecnológica onde se perde o valor crítico da razão em sua lógica, dando espaço somente a ideias de uma metafísica não mais original da filosofia e neste

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movimento dialético o mundo, as pessoas e seus comportamentos não conseguem se ligar ao que realmente é essência, matéria e o ser. Nesta abordagem, veremos uma sistêmica que tenta explicar um tipo de telos, uma forma de origem e ordem a quem pertencemos pela nossa descendência, ancestralidade e assim formando um todo maior, seja na sociedade e na política, dando a chance de vermos uma pequena parte de nós mesmo neste movimento contínuo da vida.

Palavras-chave: Sistêmica; sociedade, hierarquia.

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APRESENTAÇÃO DE TIDE

CIDADANIA E POLÍTICA EM THEODOR ADORNO

Antonio Charles Santiago Almeida – UNESPAR/FAFIUV

O propósito deste trabalho acadêmico é duplo, isto é, no primeiro momento, pretende-se

determinar o alcance da conceituação de cidadania e sua relação com a educação. Com

relação ao segundo momento, busca-se uma fundamentação teórica da educação como

possibilidade de emancipação política à luz das ponderações do pensador Theodor Adorno,

bem como a influência de Karl Marx nos escritos adornianos e suas implicações contra a

barbárie na sociedade contemporânea.

Palavras-chave: Emancipação; cidadania; política.

EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO EM PAULO FREIRE

Giselle Moura Schnorr - UNESPAR/FAFIUV

Este trabalho visa compartilhar parte do projeto de pesquisa (TIDE): “Dialogicidade,

Conscientização e Interculturalidade: aproximações entre Paulo Freire e Raúl Fornet-

Betancourt” que teve seu início em junho de 2012 no qual propomos a análise de obras de

dois pensadores latino-americanos da contemporaneidade: o brasileiro Paulo Freire (1921-

1997) e o cubano, residente na Alemanha, Raúl Fornet-Betancourt. Em Paulo Freire focamos a

análise de duas categorias consideradas centrais de seu pensamento: conscientização e

dialogicidade. Em Raúl Fornet-Betancourt o presente estudo volta-se à sua proposta de

Filosofia Intercultural. A pesquisa está em desenvolvimento e ocorre em três momentos:

1°análise dos conceitos de conscientização e de dialogicidade nas obras, Educação como

Prática de Liberdade (1967), Pedagogia do Oprimido (1970) e Extensão ou Comunicação?

(1977) de Paulo Freire; 2° análise da concepção de filosofia intercultural na obra

Transformación intercultural de la filosofia latino-americana: ejercicios teóricos y práticos de

filosofia intercultural em el contexto de la globalización (2001), de Raúl Fornet-Betancourt; 3°

Problematização acerca dos conceitos estudados destacando-se possíveis relações de

complementariedade ou não entre os autores. O terceiro momento tem, ainda, como objeto

tratar das possíveis contribuições destes autores para a formação de professores de filosofia

no contexto atual da sociedade brasileira. Nesta comunicação pretendemos compartilhar as

concepções de educação e conscientização na obra de Paulo Freire.

Palavras-chave: Paulo Freire; Educação; Conscientização.

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ZUBIRI E O SÉCULO XX

Renata Tavares- UNESPAR/FAFIUV

Este trabalho visa apresentar os principais temas e ideias trabalhados pelo filósofo Xavier

Zubiri, convidando ao conhecimento do autor e discussão de sua postura frente ao

entendimento do que seja a filosofia no mundo atual. Zubiri é um filósofo sui generis porque

está diante de uma confluência de questões aparentemente muito divergentes, a saber, a

fenomenologia de Husserl, os questionamentos heideggerianos, as colocações da física

contemporânea a respeito da indeterminação da realidade, e uma insistência de realismo que

parece remontar a Aristóteles. E diante de tais posturas ainda se propõe um objetivo bastante

fora de moda para sua época, que era o de reestruturar a metafísica a partir das concepções

atuais de mundo que lhe oferecia a ciência. Diante disto, o filósofo desenvolve todo um

trabalho no sentido de trazer a filosofia de volta a seu objeto primeiro, que seria, para ele, a

realidade material. Este trabalho pretende demonstrar, ainda que superficialmente, o caminho

filosófico de Xavier Zubiri, desde suas raízes fenomenológicas, passando por suas discussões

com Heidegger até chegar a uma ontologia fundada na ciência atual.

Palavras-chave: Xavier Zubiri; Martin Heidegger; metafísica; fenomenologia; filosofia

contemporânea.

VOLTARÁS PARA CASA COMO UM HOMEM MELHOR: A VIRTUDE E O BOM CIDADÃO NO

PROTÁGORAS PLATÔNICO.

Thiago David Stadler – UNESPAR/FAFIUV

No diálogo intitulado “Protágoras” temos um dos melhores encontros e, por conseguinte, uma

das melhores críticas platônica aos chamados sofistas. Colocados frente a frente, Sócrates,

Protágoras, Hípias e Pródico discutem sobre a natureza da sabedoria, da caracterização de um

sofista e, principalmente, sobre a possibilidade de transmitir as virtudes aos outros. Protágoras

de Abdera atende às provocações de Sócrates e discursa, mediante o “mito” e o “argumento”,

sobre a possibilidade de ensinar virtude aos outros homens. Contudo, através do

posicionamento socrático diante das explanações de Protágoras vemos que a preocupação

acerca do ensino das virtudes era apenas um meio para chegar a real dúvida: se a virtude é

algo único, de que fazem parte a justiça, a moderação e a devoção, ou se as qualidades não

passam de designações de uma mesma coisa? Dessa forma, nosso trabalho busca

compreender esta relação entre a existência e o ensino da virtude através dos argumentos do

mais famoso sofista da antiguidade (Protágoras) e a figura polêmica de Sócrates.

Palavras-chave: Virtude; ensino; Protágoras.