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Apresentação
Este cordel é um convite do Programa Justiça Comunitária para a reflexão sobre as relações entre conflito, diálogo, solidariedade e paz.
O objetivo é estimular que a cooperação possa nascer do conflito e a partilha dos saberes e valores locais enriqueça o conhecimento da comunidade sobre os temas ligados à cidadania. São as comunidades mais informadas e organizadas que contribuem para a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e democrática.
Além de servir de apoio ao público da peça teatral “A Teia da Vida”–também produzida pelo Programa Justiça Comunitária –este trabalho busca resgatar a cultura popular através da poesia dos velhos cordéis, ilustrados em xilogravura. São folhetos impressos em jornais do sertão cujos versos repousados em varais cantam a valentia, os amores, a política, os gracejos, os encantamentos e a vida cotidiana que integram o rico universo nordestino.
A parceria entre cidadania e arte popular estampada neste material traduz os objetivos do Programa Justiça Comunitária na medida em que valoriza e utiliza o saber local como ferramentas para o desenvolvimento da comunidade. É nesta arena local que as pessoas constroem as suas relações, fazem escolhas ao longo da vida, enfrentam dificuldades e celebram, em comunhão, as suas conquistas. São estes os palcos em que se tece a teia da vida.
Coordenação do Programa Justiça Comunitária
Cordel Educativo do
Programa Justiça Comunitária
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
Justiça ComunitáriaÉ instrumento que cria Democracia pra todosE promove a cidadaniaQue ajuda a esclarecer, Evitar e resolverConflitos e violências Simplificar as questões, Esclarecer as razõesE evitar incidências
Este projeto procura
Promover en tendimento,
Estabelecer diálogo
E dar esclarecimento
Conversar, auxiliar Para quem queira aceitar
Uma força de vontade
De pessoas do lugar Que queiram se colocar Em prol da comunidade.
O projeto visa ainda
Na sua concepção
Uma justiça que possa
Dar direito ao cidadão
Para intermediar,
Ouvir e orientar
As pessoas dos dois lados
Que façam mediação
E que mostre que na questão
Nem sempre há certos e errados.
São esses mediadores
Agentes comunitários
Que
têm participações
Como intermediários
Sempre buscando um caminho
Mostrando a cada vizinho
Que o diálogo é melhor pra os dois
Com medidas preventivas
Tiram as expectativas
De novos problemas depois.
Quem sempre medeia são:
Agentes comunitários
Chamados mediadores Quantos forem necessários
Pessoas do mesmo meio
Que tenham o coração cheio De vontade de ajudar Que ao serem nomeados, Estejam bem preparados
Na hora que precisar
O programa também lida
Com quem foi prejudicado
Que confiou no estranho
Depois se sentiu lesado
E quem age em boa fé
Não quer ar redar o pé
Finda aprontando barraco
Que o justo não se corrompe
Mas sempre a corda se rompeNo ponto que for mais fraco.
Justiça e cidadania
Com o povo e o judiciár io
Em Ceilândia e Taguatinga
Tem Centro Comunitário
Escola que capacita Orienta e habilita
A sua equipe de agentes Que ficarão preparados
Pra quando solicitados Pacificar incidentes.
Existe dentro da Escola
Que dá capacitação
Um calendário anual
Com uma programação
Aos agentes escolhidos
Que depois de definidos
Receberão ótimos planos
De várias aulas verídicas
Sobre matérias jurídicas
E de Direitos Humanos.
É preciso os moradores
De uma comunidade
Conhecerem uns aos outros
Buscar fazer amizade
Falar de diversos temas
De soluções e problemas
De dores e pesadelos
Porque se todos se unirem
Quando os problemas surgirem
É mais fácil resolvê-los
Portanto, comunitário Converse com os vizinhos
Partilhe com todos eles
Nos encontros dos caminhos Promova evento, os convide, E com isso consolide Um entendimento incrível Unidos por toda vida,
Pois comunidade unida
Se torna quase imbatível.
Chico de Assis, Repentista, Cordelista, Arte-educador; presidiu duas associações de Repentistas; Programas de Repente em sete emissoras de rádio; participação em mais de trezentos Festivais e Torneios de Repentistas (135 classificações); Diretor da Casa do Cantador do Brasil DF no período de 1995-1998; Conselheiro de Cultura da Ceilândia DF. Formado em Licenciatura – Artes Cênicas pela FADM; portador de seis cursos de formação política sindical; relatórios versados em conferências, workshop e encontros pela OBORÉ; ministrou oficinas de Poesia, Cordel e Repente em escolas, universidades, presídios, e outras instituições brasileiras; exposição de Cordéis e Xilogravuras, Oficinas de Poesia na Universidade de Dili (Timor Leste), em 2002. Participou como repentista das manifestações populares mais expressivas deste país como: a 1ª Marcha dos Sem Terra, Marcha dos 100 Mil, duas Marchas da Educação, 7º CONCUT em Serra Negra SP, 1º de Maio em Diadema SP em 2004, 1º de Maio na Esplanada dos Ministérios realizado por diversos sindicatos filiados à CUT/DF. “Temporadas Populares” em Mato Grosso do Sul; “Caravana da Saúde” em nove estados nordestinos, cantando sobre saúde;11ª e 12ª “Conferências de Saúde” em Brasília DF; 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador em Brasília DF; “Mostra de Saúde da Família em Brasília DF”; Projetos “Arte Saúde” e “Alvorada” (Sanear) em Pernambuco ; e Vários eventos da Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde. Participação em cinco livros; vinte e seis Cordéis editados; quatro CDs gravados e participação em cinco coletâneas; vários comerciais em rádios e TVs, participação como ator em seis espetáculos, adaptações em versos de cinco peças teatrais; adaptação em versos, voz e viola no filme: “O Lobisomem e o Coronel”; “Alastrado”; “O Encontro de Cego Aderaldo com Robert Jhoson”; “O Vaqueiro Voador” e “Cantos e Lágrima da Natureza”. Shows em novembro de 2001 em oito cidades Francesas onde Gravou um CD (primeiro CD de Cantoria gravado na Europa).
Contato: (61) 9213-9056
E-mail: [email protected]