ferramentas teóricas e práticas utilizadas na conservação dos
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Ferramentas teóricas e práticas utilizadas na
conservação dos recursos naturais
Professora avaliadora: Andrea Pereira Luizi Ponzo
Material apresentado ao programa de Pós-graduação em Ecologia da Universidade Federal de
Juiz de Fora, como parte integrante da disciplina Ecologia Aplicada e Estágio de Docência
Mestrando: Eduardo Lage BisaggioOrientador: Cézar Henrique Barra Rocha
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Conservação x Preservação
Conservação Preservação
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Biologia da Conservação: uma ciência de crises
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O conceito de metapopulação
Subpopulações discretas, distribuídas em manchas de hábitat, conectadas
pelo movimento dos indivíduos
Manchas habitáveis e inabitadas
Dinâmica populacional independente em cada mancha
Manchas maiores ou com maior número de indivíduos possuem menor
probabilidade de extinção e funcionam como dreno
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Fontes e drenos
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A importância do tamanho populacional inicial e
o problema das populações pequenas
Gargalos populacionais
Eventos estocásticos, perda e
redução do hábitat , variações
demográficas e fatores
diversos
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Eventos fundadores
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Depressões endogâmica e exogâmica e a distância de exocruzamento ótima
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A depressão
endogâmica
normalmente é
evitada pelos
indivíduos em
populações naturais
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AVP e PMV
Diferente dos modelos de crescimento populacional desenvolvidos por
ecólogos, o foco de uma análise de viabilidade populacional consiste em
prever eventos extremos
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Qual o tamanho mínimo viável para
uma população de micos-leão?
E jequitibás?
E para ursos panda?
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Tamanho populacional EFETIVO (Ne)
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A perda da diversidade genética das populações pequenas
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Vórtices (espirais) de extinção podem diminuir progressivamente o
tamanho das populações até à extinção
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O quê fazer?
Fornecer
subsídios para
tomada de
decisões
Árvore de decisões
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Incremento das populações naturais
Programas de aumento: liberação de novos indivíduos ou identificação das
ameaças
Programas de reintrodução (Soft release)
Programas de introdução: além da distribuição histórica da espécie
Translocação
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(Fonte: IBGE e GoogleTM).
Projeto Quelônios da
Amazônia – Base Costa
Marques
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Introdução, reintrodução, soltura (Hard release), translocação e resgate de fauna
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Atividades envolvidas nos programas de reintrodução
(Soft release)
Levantamentos e censos das
populações
Estudos genéticos
Estudos demográficos
Estudos de ecologia e
comportamento
Observações em cativeiro
Programas de restauração de
hábitat
Programas de manejo,
monitoramento e EA
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E quando Ne = 1?
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E Ne = 0???
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Restabelecimento de populações vegetais
Dispersão ativa das sementes para habitats favoráveis
Maior sucesso através do plantio de mudas (espécies tardias)
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Proteção de predadores nas fases iniciais de desenvolvimento
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Conservação ex situ
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Zôos
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Criadouros conservacionistas
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Bancos de sementes e germoplasma
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Jardins Botânicos
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Interações e Comunidades
O conceito de espécies-chave
Espécie cuja remoção ou a mudança na sua abundância resulta em
colapso das atuais interações de uma comunidade
“A pedra angular na parte mais alta de um arco”
“Espécie cujo impacto é desproporcionalmente grande
em relação a sua abundância” (Power et al. 1996)
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Sucessão ecológica: K e r estrategistas
Clímax = taxa de mudança na sucessão diminuiu ao ponto de qualquer
mudança se tornar imperceptível aos olhos humanos
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Espécies r estrategistas:
• Alocam recurso e energia para reprodução (alta taxa intrínseca de reprodução - r)
• Boa capacidade de dispersão e imigração = mecanismos de escape da
competição durante sucessão ecológica
• Bons colonizadores
• Normalmente encontrados em estágios iniciais de sucessão
Espécies K estrategistas:
• Alocam recursos e energia para manutenção do crescimento
• Boa capacidade de competição = mecanismos que permitem sua manutenção
em competições da sucessão
• Indivíduos adaptados as condições limites de capacidade de suporte (K) do
ambiente
•Normalmente encontrados em estágios tardios de sucessão
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ATENÇÃO!!!
Os animais respondem de distintas formas às características das plantas.
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Qual ilha deveria possuir um maior número de espécies: Uma ilha
maior ou menor? Por que?
Uma mais afastada ou próxima ao continente fonte? Por que?
Teoria do EQUILÍBRIO (Ŝ) da Biogeografia de Ilhas
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A relação espécie-área
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Previsões da Teoria
I. O número de espécies de uma ilha deverá permanecer relativamente constante
ao longo do tempo (Ŝ)
II. Esta constância deverá ser resultado de uma renovação contínua de espécies,
com algumas se extinguindo e outras imigrando
III. As ilhas grandes deverão possuir mais espécies que as pequenas
IV. O Número de espécies de uma ilha deverá diminuir com seu grau de isolamento
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Efeitos da fragmentação e perda de habitat
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Fragmentação é um fenômeno de paisagem!!!
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A Teoria do Equilíbrio da Biogeografia de Ilhas como subsídio para manejo dos
fragmentos florestais
As áreas protegidas podem ser consideradas como ilhas de hábitat cercadas por um
mar de habitats degradados
No entanto, é preciso considerar, em cada caso, o grau de degradação da matriz...
...Além das distintas capacidades de dispersão de diferentes organismos:
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Corredores ecológicos
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Quais as vantagens?
Existem desvantagens?
Propagação de incêndios
Os corredores podem não ser eficientes
Facilitação para invasão de espécies exóticas
Adensamento de predadores
Alteração da abundância de espécies na paisagem
Podem facilitar a dispersão de algumas espécies e detrimento de outras
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Efeitos de borda
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A urgente necessidade de mais Áreas Protegidas
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Áreas Protegidas
Até fevereiro de 2009: cerca de 30.430,000 km2, aproximadamente 12% das terras da
superfície do Planeta foram incluídas como Área Protegida (uso direto e indireto)
No entanto, somente 0,8% dos oceanos foram estabelecidos como Áreas Marinhas
Protegidas
A Terra possui 108.000 Áreas Protegidas e ̴ 5000 Áreas Marinhas Protegidas
“É um espaço geográfico claramente definido, reconhecido, dedicado e gerido, através
de meios legais ou outros igualmente eficientes, com o fim de obter a conservação a
longo termo da natureza com os serviços associados ao ecossistema e os valores
culturais” (UICN)
Maior AP do Mundo: Northeast Greenland National Park (700.000 Km² = 70000000
ha!!!). Maior UC no Brasil: Estação Ecológica Grão-Pará 4,2 milhões de hectares
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Breve histórico das Áreas Protegidas
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No Brasil
Coroa estabelecia restrições para a exploração dos recursos naturais: as mesmas leis
de Portugal vigoravam aqui
No Império, José Bonifácio de Andrada:
“Como, pois, se atreve o homem a destruir, em um momento
e sem reflexão, a obra que a natureza formou em séculos,
dirigida pelo melhor conselho? Quem o autorizou para
renunciar a tantos e tão importantes benefícios? A ignorância,
sem dúvida. (...) Destruir matas virgens, como até agora se
tem praticado no Brasil, é crime horrendo e grande insulto
feito à mesma natureza. Que defesa produziremos no tribunal
da Razão, quando os nossos netos nos acusarem de fatos
tão culposos?”
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Outros dois Parques foram criados entre 1939 a 1940: Itatiaia e Iguaçu
Na República: criação da Primeira Unidade de Conservação do País: PARNA do
Itatiaia, 1937, aprox. 30.000 ha – Criada a partir do modelo Yellowstone (1897)
Após 1940, cerca de 20 anos se passaram e nenhuma outra UC foi criada, além
disso, o ritmo de estabelecimento de novas UCs permaneceu lento
Somente na década de 1970 as primeiras mega-reservas da Amazônia foram criadas
– Parque Nacional da Amazônia, PA, aprox. 1.000.000,00 ha.
Na década de 2000 – Intensa criação de UCs com apoio de órgãos internacionais.
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Áreas Protegidas no Brasil Porcentagem da área total do país
Uso Direto 3,7%
Uso Indireto 6,1%
Áreas Indígenas 7,9%
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Região %
África e Madagascar 29
Ásia & Pacífico 57
Europa & Oriente Médio 41
América Latina & Caribe 17
EUA 9
Globo 12
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Onde criar novas Áreas Protegidas?
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Como criar?
SLOSS –
Single Large
or Several
Small?
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Reservas da Biosfera
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Restauração Ecológica
Processo que busca restaurar/restabelecer as funções ecológicas de um ecossistema
danificado por ações antrópicas
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Abordagens:
Substituição: restauração de somente algumas funções ecossistêmicas
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Reabilitação: recuperação de parte das funções originais do ecossistema:
reintrodução de espécies nativas tolerantes em consórcio com espécies exóticas
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Restauração: Busca das funções originais do ecossistema através de programas de
reintrodução e manejo das espécies nativas
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Fitorremediação:
Uso em ambientes contaminados de plantas “especiais”, as quais
possuem sistemas bioquímicos com capacidade de obtenção de
nutrientes, desintoxicação e controle das condições geoquímicas locais.
Desta forma, elas modificam o ambiente em favor do seu nicho
fundamental e proporcionam um meio no qual outras espécies possam
se desenvolver.
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Algumas limitações e desvantagens:
Longos períodos
Pequenas áreas
Limitado às camadas
superficiais do solo
Possibilidade de
bioacumulação ao longo
da cadeia trófica
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Mecanismos e acordos internacionais para conservação da
diversidade biológica e recursos naturais
1968: Início do debate sobre os limites do
crescimento econômico com o Clube de Roma, o qual
propões crescimento ZERO da economia. Heitor
Gurgulino de Souza é o atual co-vice presidente da
Instituição.
1972: Primeiro encontro da ONU sobre a questão
ambiental: Conferência de Estocolmo = Conferência das
Nações Unidas sobre o Ambiente Humano:
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Principais resultados da Eco 92 - Conferência das
Nações Unidas para o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento (CNUMAD) :
Convenção da Biodiversidade
AGENDA 21
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a
Mudanças Climáticas
Rio + 5: Protocolo de Kyoto:
comprometimento dos países em redução das emissões de gases-estufa: entrou em
vigor a partir de 2005, com a ratificação da Rússia = países que produzem 55% das
emissões.
Meta: redução de 5,2 dos níveis de emissões em 1990 ...
Rio + 10: Johanesburgo = boicote dos EUA
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Kyoto + 10: IPCC (WMO) 2007 = aquecimento inevitável, mesmo com o fim de todas as
emissões
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Acordos e organizações internacionais
Subsídios teóricos e práticos para a conservação dos
ecossistemas ao longo de todo o Globo
Os indicadores da biodiversidade da UICN são amplamente
utilizados pela maioria dos países
Exerce influente e decisivo papel nas principais
convenções ambientais do planeta. Ex.: Ramsar, CITES
As categorias de manejo de Áreas Protegidas da IUCN são parâmetro para a política
de criação e manutenção das reservas naturais em muitos países.
Possui importantes comissões relativas a virtualmente todas as grandes áreas
ambientais. Ex.: Commission on Environmental, Economic and Social Policy, World
Commission on Protected Areas, Commission on Education and Communication
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Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies
da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção
Regula o comércio de espécies ameaçadas
Os países signatários (Partes) somente importam/exportam espécimes indexadas
com o certificado da comissão
Estabelece punições para as infrações cometidas por uma das Partes.
Regulação se dá por meio da listagem dos taxa em apêndices
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Hotspots da Biodiversidade
Áreas chave para a conservação da natureza, pois:
Abrigam mais de 50% das espécies de plantas vasculares e 42% dos vertebrados
Ocupam somente 2,3% da superfície terrestre
Alto grau de endemismo
Biomas nos quais mais de 70% do ecossistema original foi perdido
Contêm 75% das espécies mais ameaçadas de aves e mamíferos
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A Política Ambiental no Brasil
Início do século: Fase Sanitarista: prioridade: meio urbano, muita ação, pouca
legislação, nenhuma participação.
Ordenamento dos Recursos Naturais
Código de Águas (10/07/1934)
Código de Minas (29/01/1940)
Código Florestal (15/09/1965)
Código de Caça (03/01/1967)
Código de Pesca (28/02/1967)
1970 – 2000 Atualização da legislação, estabelecimento da Política Nacional de Meio
Ambiente e adequação à Agenda 21, Convenção da Biodiversidade e às principais
convenções internacionais, ex.: Viena, Basiléia, Ramsar, Estocolmo.
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Proteção dos Recursos Hídricos
Antigo Código das Águas foi atualizado com a Política Nacional de Recursos
Hídricos, a qual cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
Alguns fundamentos da Política Nacional de Recursos Hídricos :
I - a água é um bem de domínio público;
II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo
humano e a dessedentação de animais;
IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das
águas.
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Criação da ANA: entidade federal de implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos
Estabelecimento de concessões (outorga) de uso
Estabelecimento dos indicativos de qualidade das águas: Classes
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Código Florestal
Institui o conceito de Área de Preservação Permanente (APP): região coberta ou não
por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. São APPs, áreas
situadas em:
I - faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em projeção horizontal, com largura
mínima variável, de acordo com a largura do rio
II - ao redor de nascente ou olho d`água
III - ao redor de lagos e lagoas naturais
IV - em vereda e em faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de
cinqüenta metros, a partir do limite do espaço brejoso e encharcado;
V - no topo de morros e montanhas,
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VI - nas linhas de cumeada
VII - em encosta ou parte desta, com declividade superior a cem por cento ou quarenta
e cinco graus na linha de maior declive;
VIII - nas escarpas e nas bordas dos tabuleiros e chapadas
IX - nas restingas:
X - em manguezal, em toda a sua extensão;
XI - em duna;
XII - em altitude superior a mil e oitocentos metros
XIII - nos locais de refúgio ou reprodução de aves migratórias;
XIV - nos locais de refúgio ou reprodução de exemplares da fauna ameaçadas de
extinção
XV - nas praias, em locais de nidificação e reprodução da fauna silvestre.
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O conceito de Reserva Legal
“Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de
preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à
conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade
e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas”
Art. 16. As florestas e outras formas de vegetação nativa, ressalvadas as situadas em
área de preservação permanente, assim como aquelas não sujeitas ao regime de
utilização limitada ou objeto de legislação específica, são suscetíveis de supressão,
desde que sejam mantidas, a título de reserva legal, no mínimo:
I - oitenta por cento, na propriedade rural situada em área de floresta localizada na
Amazônia Legal;
II - trinta e cinco por cento, na propriedade rural situada em área de cerrado localizada
na Amazônia Legal;
III - vinte por cento, na propriedade rural situada em área de floresta ou outras formas
de vegetação nativa localizada nas demais regiões do País.
![Page 92: Ferramentas teóricas e práticas utilizadas na conservação dos](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042600/5870aecb1a28abac768b6684/html5/thumbnails/92.jpg)
Lei de Crimes Ambientais – A Lei da Vida
Estabelece mecanismos de controle das atividades lesivas ao ambiente
Atos de omissão são penalizados, bem como qualquer personalidade ou instituição
da sociedade
Licenciamento Ambiental – outra ferramenta de controle
O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer
empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do ambiente
A necessidade de EIA/RIMA e audiências públicas
![Page 93: Ferramentas teóricas e práticas utilizadas na conservação dos](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042600/5870aecb1a28abac768b6684/html5/thumbnails/93.jpg)
O dilema do “bom consultor”
Um favor: leia somente o
relatório ORIGINAL do
consultor
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Considerações finais
A conservação da biodiversidade e demais recursos naturais pode ocorrer
em distintos níveis, de indivíduos a ecossistemas
A Biologia da Conservação fornece subsídios teóricos e práticos para a
manutenção da biodiversidade
O estabelecimento de políticas ambientais planejadas é ferramenta
indispensável para a prática conservacionista, tanto em nível local quando ao
que diz respeito às questões globais