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FACULDADE CAPIVARI – FUCAP CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ANÁLISE DE CUSTO DE PRODUÇÃO DE LEITE NA BACIA LEITEIRA DE TREZE DE MAIO: UM ESTUDO DE CASO NA PROPRIEDADE BETA ELEIDA FRAGNANI CAPIVARI DE BAIXO 2014

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FACULDADE CAPIVARI – FUCAP CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANÁLISE DE CUSTO DE PRODUÇÃO DE LEITE NA BACIA LEITEIRA DE TREZE DE MAIO: UM ESTUDO DE CASO NA PROPRIEDADE BETA

ELEIDA FRAGNANI

CAPIVARI DE BAIXO 2014

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FACULDADE CAPIVARI CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ELEIDA FRAGNANI

ANÁLISE DE CUSTO DE PRODUÇÃO DE LEITE NA BACIA LEITEIRA DE TREZE DE MAIO: UM ESTUDO DE CASO NA PROPRIEDADE BETA

Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao curso de Ciências Contábeis da Faculdade Capivari para obtenção do título de bacharel em Ciências Contábeis. Professor Orientador: Msc. Edilson Citadin Rabelo

CAPIVARI DE BAIXO 2014

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Eleida Fragnani

ANÁLISE DE CUSTO DE PRODUÇÃO DE LEITE NA BACIA LEITEIRA DE TREZE DE MAIO: UM ESTUDO DE CASO NA PROPRIEDADE BETA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado(a) adequado(a) para obtenção do Título de Bacharel em Ciências Contábeis,e aprovado(o)a em sua forma final pela Banca Examinadora.

Capivari, __ de ______ de ___

________________________ Prof. xxx, Dr.

Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

________________________ Prof.ª, Dr.ª xxxx,

Orientadora Universidade xxxx

______________________

Prof.ª, Dr.ª xxxx, Co-Orientadora

Universidade xxxx

________________________ Prof., Dr. xxxx,

Universidade xxxxxx

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Dedico inteiramente este trabalho de conclusão de curso a: DIVINO, meu querido pai; LUZIA, minha amável mãe; ELVIS, adorável irmão e ELAINI, afável irmã, madrinha e amiga.

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AGRADECIMENTOS

Começo agradecendo a Deus, nosso pai todo poderoso, que me deu força e saúde para enfrentar todos os obstáculos que a vida me impôs e permitiu que eu nunca desanimasse do meu objetivo principal; minha graduação.

Agradeço também a todos aqueles que me deram muito apoio e que sempre pude contar, em qualquer momento de minha vida, são pessoas queridas no qual tenho profunda admiração e estima:

A meu pai Divino, que desde o meu nascimento, me deu muito carinho e fez com que eu aprendesse o verdadeiro sentido do amor paternal. Obrigada pai, você é meu exemplo no qual vou seguir para sempre. Amo-te!

À Luzia, minha amada mãe, que fez com que eu nunca desistisse da minha graduação. É minha inspiração e meu apoio para tudo que faço. Obrigada mãe, você me trouxe à vida e me ensinou o quanto ela pode ser bonita, te amo!

Aos meus irmãos, Elvis e Elaini e meus respectivos cunhados, Raquel e Jairo, por todos os conselhos que me foram dados durante esta caminhada. O carinho de vocês foi fundamental para meu ânimo em alcançar mais esta conquista!

Aos meus sobrinhos amados e adoráveis, por fazerem da minha vida mais feliz, divertida e completa. Obrigada, Ana Luiza, Gabriel Arcângelo e Miguel Arcângelo.

A Luan, por tanta dedicação e carinho disponibilizados a mim, pela compreensão das minhas ausências por motivos de elaboração de mais este trabalho e por tantas vezes que alegrastes a minha vida me dando amor e palavras de apoio. Obrigada!

A todos os meus professores da Faculdade Capivari, por serem tão atenciosos e competentes ao passar seus ensinamentos a mim e fazerem com que eu pudesse concluir mais esta caminhada. E em especial ao meu professor orientador Edilson, por ter aceitado o meu pedido de orientação e por tanta dedicação para a elaboração deste trabalho de conclusão de curso. Muito obrigada!

A todos, meus sinceros agradecimentos por todo apoio disponibilizados a mim e que foi fundamental para concluir mais esta caminhada!

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“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis." (José de Alencar)

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RESUMO Este estudo tem como objetivo, comparar os custos de produção de leite na bacia leiteira de Treze de Maio com a receita de venda do mesmo, na propriedade Beta. Caracterizado como estudo de caso, com abordagem sob forma quali-quantitativa, pois constarão em seu interior todos os dados obtidos, por meios de tabelas e ainda possuirá caráter qualitativo na medida em que se utilizou dessas informações para poder seguir com a análise do problema e chegar a uma conclusão. Utilizou-se para a elaboração das tabelas, a forma de Custeio por Absorção, este, aloca todos os custos seja ele, direto/indireto, fixo/variável ao custo final do produto, por isso este modelo, foi supostamente o mais indicado, portanto, fez com que a pesquisa demonstrasse um resultado fidedigno. O estudo aconteceu com observações de Três meses, sendo eles Junho, Julho e Agosto de 2013, neste período obtiveram-se todos os gastos para a produção do leite e chegou a algumas conclusões: A propriedade é saudável, não possui dívidas, empréstimos nem financiamentos de maquinários, tudo que ela possui está devidamente quitado. Seu maior custo em relação à produção de leite é com a alimentação do plantel que é desenvolvido a base de silagens, pastagens, sal e ração. Mesmo assim a comparação do resultado do custo de produção do leite em relação ao valor da venda do mesmo foi favorável, ela conseguiu obter resultado operacional positivo, sendo assim, apresentou lucro nos três meses estudados. Em posse dessas informações, chegou-se a conclusão de que o custo por litro de leite para sua produção ficou em média R$ 0,81, enquanto a receita por litro de leite foi conseguida a uma média de R$ 1,00, sendo assim, o custo para a produção de leite ficou menor que a receita, o que origina a lucratividade empresarial.

Palavras-chave: Custos de produção. Contabilidade de Custos. Custo de produção do Leite.

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LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Composição do plantel durante o período estudado............47 Tabela 2 - Depreciação mensal das matrizes a ser atribuída a

produção de leite..................................................................48 Tabela 3 - Consumo do alimento do plantel durante Junho 2013.........50 Tabela 4 - Consumo do alimento do plantel durante Julho 2013..........51 Tabela 5 - Consumo do alimento do plantel durante Agosto 2013.......52 Tabela 6 - Controle de inseminação artificial........................................53 Tabela 7 - Depreciação de máquinas e equipamentos a serem atribuídas

a produção de leite................................................................56 Tabela 8 - Depreciação de imóveis e instalações a ser atribuída a

produção de leite..................................................................57 Tabela 9 - Apuração dos custos na produção de leite no trimestre.......58 Tabela 10 - Produção mensal de leite em litros.....................................59 Tabela 11 - Demonstrativo do resultado do trimestre

(Junho/Julho/Agosto de 2013)...........................................60

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Exemplos de Custo Fixo e Variável...................................35

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABCBRH Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça

Holandesa CELESC Centrais elétricas de Santa Catarina CEPA Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola CEPEA Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada CIDASC Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de

Santa Catarina CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EPAGRI SC Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de

Santa Catarina ETC Et cetera FUCAP Faculdade Capivari GR Grama IEPEC Instituto de Estudos Pecuários INSS Instituto Nacional de Seguro Social IR Imposto de Renda IRPF Imposto de Renda Pessoa Física KG Quilograma LAIR Lucro Antes de Imposto de Renda SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas

Empresas SRF Secretaria da Receita Federal SUNAB Superintendência Nacional de Abastecimento

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 21 1.1 OBJETIVOS.................................................................................... 22 1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................ 22 1.1.2 Objetivos específicos................................................................... 22 1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................ 23 1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 23 2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................... 25 2.1 O SURGIMENTO DA PRODUÇÃO DE LEITE NO BRASIL..... 25 2.1.1 Contextualização do mercado de leite no Brasil ...................... 25 2.1.2 Colonização do Sul do estado de Santa Catarina e o surgimento da agricultura .................................................................. 26 2.1.3 Agricultura como maior fonte de renda na cidade de Treze de Maio...................................................................................................... 28 2.1.4 Preço do leite no mercado Catarinense .................................... 28 2.1.5 Fluxograma de produção de leite .............................................. 29 2.2 CONCEITO DE CONTABILIDADE............................................. 30 2.2.1 Funções da Ciência Contábil ..................................................... 31 2.2.2 Ramificações da Contabilidade utilizada no estudo ................ 31 2.2.2.1 Contabilidade Gerencial ............................................................ 31 2.2.2.2 Contabilidade Rural................................................................... 33 2.2.2.3 Contabilidade de Custos ............................................................ 34 2.2.3 Custos de produção .................................................................... 34 2.2.4 Contabilidade de custo no setor rural ...................................... 35 2.2.5 Custo de produção do leite ........................................................ 36 2.3 SISTEMAS DE CUSTEIO ............................................................. 37 2.3.1 Custeio por Absorção................................................................. 37 2.3.2 Custeio Direto (Variável) ........................................................... 38 2.3.3 Custeio por Atividade (ABC) .................................................... 39 2.4 CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE CUSTEIO ............... 40 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................. 42 3.1 SUJEITO DO ESTUDO.................................................................. 43 3.2 TÉCNICA DE COLETA E TRATAMENTOS DE DADOS.......... 43 3.3 PROCEDIMENTOS PARA DEVOLUÇÃO DOS RESULTADOS............................................................................................................... 44 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ............................ 45 4.1 DESCRIÇÃO DA PROPRIEDADE ESTUDADA......................... 45 4.2 COMPOSIÇÃO DO PLANTEL DURANTE O PERÍODO DE ANÁLISE.............................................................................................. 46

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4.2.1 Depreciação mensal das matrizes ............................................. 47 4.2.2 Alimentação do plantel .............................................................. 48 4.2.3 Inseminação artificial................................................................. 53 4.2.4 Manutenção, conservação e limpeza......................................... 54 4.2.5 Combustíveis e lubrificantes ..................................................... 54 4.2.6 Consumo de água e de energia elétrica .................................... 55 4.2.7 Vacinas e medicamentos ............................................................ 55 4.2.8 Mão de obra................................................................................ 56 4.2.9 Depreciação dos equipamentos e instalações ........................... 56 4.2.10 Depreciação dos imóveis e instalações.................................... 57 4.3 APURAÇÃO DOS CUSTOS TOTAIS COM A PRODUÇÃO DE LEITE DURANTE O TRIMESTRE .................................................... 57 4.3.1 Produção de leite ........................................................................ 59 4.3.2 Apuração dos resultados dos custos da produção de leite ...... 59 5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ........................................ 61 5.1 CONCLUSÃO ................................................................................ 61 5.2 RECOMENDAÇÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ................ 62 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................. 64

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1 INTRODUÇÃO

O Sul do estado de Santa Catarina é conhecido como destino de muitos imigrantes europeus, vindos de vários países, dos quais Itália e Alemanha se destacam com mais descendentes, estes fugiam para conseguir uma qualidade de vida melhor em outros países.

Ao chegar ao Brasil, formaram vários municípios e entre eles, surgiu Treze de Maio, situada no interior e que para seu sustento, estas pessoas logo foram trabalhar em lavouras. Com o passar dos anos, os sucessores desta geração continuaram com a mesma atividade só que tendo muito mais tecnologia em seu meio.

Treze de Maio tem a maioria da sua economia voltada ao setor primário, ou seja, as maiorias das famílias tiram da terra e de sua força humana o seu sustento, trabalham com a agricultura, em seus setores de Avicultura, suinocultura, produção fumageiras, plantio de arroz, milho e pecuária leiteira, onde esta tem parcerias com empresas de laticínios de outras cidades e também uma cooperativa no próprio município que compra toda a produção de leite dos agricultores.

Tendo em vista que a produção leiteira é uma das principais atividades da cidade de Treze de Maio, percebe-se a necessidade de analisar o custo de produção do litro deste produto produzido pelo agricultor, portanto, há a necessidade de observar os seus custos fixos e variáveis e acompanhar as condições em que se é produzido o leite, como pastagens, tecnologia de ordenhas e armazenamento do produto, tratamento do animal, entre outros.

Conforme Marion (2012), conhecer verdadeiramente o custo do produto é uma informação imprescindível para que o proprietário, ou administrador da propriedade, possa descobrir e entender a lucratividade de seu negócio e também a rentabilidade, ou seja, o retorno de seu capital investido.

Entretanto, se fará necessário para este estudo do custo do leite, conhecer algumas informações a respeito, como o conhecimento do próprio produto e seu processo de produção e posteriormente, levantar os custos de produção.

É importante conhecer o objeto de estudo, a propriedade estudada, suas principais características e também, informações de alta relevância sobre o seu produto que dá a sua renda: O leite.

Em meio às múltiplas mudanças ocorridas no ramo agrícola e em face de poder acompanhá-las, muitos proprietários/administradores de propriedade rural, sentiram a necessidade de atualizar-se e para isso,

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22 muitos buscaram mais conhecimentos em diversas áreas da Contabilidade, já que ela, segundo Gonçalves e Baptista (2007), é uma ciência que tem como principal objetivo o estudo do patrimônio e conta com a ajuda de métodos específicos desenvolvidos para registrar, coletar, acumular, resumir e analisar todos os fatos que podem afetar a situação patrimonial de uma pessoa ou organização. Alguns de seus ramos possibilitam um maior entendimento sobre o tema estudado, como exemplo, cita-se a Contabilidade de Custos. Santos et al. (2006) respalda que ela é uma ferramenta muito importante de ajuda para a Contabilidade Gerencial na medida em que esta se utiliza das suas informações para o auxílio ao controle e para uma possível tomada de decisão.

Com o auxílio da Contabilidade de Custos e com a forma de custeio adequada indicar-se-á todos os custos de produção da propriedade, por meio de tabelas e informações sobre todos os gastos para melhor entendimento.

Diante do exposto, importa esclarecer que este estudo trata do tema de custos no segmento rural, mais especificadamente, na produção de leite, cujo problema eleito à pesquisa tem o seguinte enunciado: Qual o custo de produção de leite na bacia leiteira de Treze de Maio, na propriedade Beta?

1.1 OBJETIVOS

Abaixo segue os objetivos geral e específicos que foram elucidados para dar ação a pesquisa.

1.1.1 Objetivo Geral

Comparar os custos e receitas de produção de leite, na bacia leiteira de Treze de Maio, na propriedade Beta.

1.1.2 Objetivos específicos Esta pesquisa pretende, no sentido de entender o objetivo geral, por meio dos objetivos específicos:

Conhecer o produto e seu processo produtivo, utilizado na propriedade;

Levantar os custos de produção;

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Comparar o resultado do custo do produto em relação ao valor da venda do mesmo.

1.2 JUSTIFICATIVA

O tema proposto a este estudo se deu a partir da importância de se alocar a Contabilidade ao setor rural, visto que este está se renovando dia após dia e contando cada vez mais com novas tecnologias e modos de gestão, deixa de ter uma administração antiga e passa a contar com pessoas qualificadas para este fim. Porém, a propriedade estudada ainda conta com uma administração familiar, sendo assim, todos os envolvidos nesta atividade são pessoas que possuem grau de parentesco entre si. Diante deste fato, houve a necessidade de levantar todos os custos da produção leiteira para poder aferir se a propriedade está sendo lucrativa ou então, qual é a real situação econômica desta atividade familiar.

Inicialmente, foram realizadas visitas ao local onde aconteceu a pesquisa e assim, analisou-se a rotina das pessoas envolvidas na produção de leite, única atividade da propriedade, desde a alimentação do plantel, até alcançar o produto final. Todos os custos da produção foram obtidos por planilhas de controle elaboradas por um colaborador e também sob diálogos com o próprio dono, durante um período de três meses, Junho, Julho e Agosto, de 2013. Assim podem-se recolher todos esses gastos e chegar a um resultado final.

Este estudo vem para contribuir de modo positivo na forma de administração da propriedade, sendo que hoje não há uma administração capacitada pelo fato de ser uma pequena propriedade rural e familiar. Diante do exposto, o resultado alcançado irá despontar interesse de avanço para uma melhor produção de leite e mais lucrativa e ainda vem a contribuir no auxílio a futuras pesquisas que acontece no ramo. 1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Diante deste capítulo introdutório, o estudo ainda apresenta outros capítulos importantes, cada qual voltado a atender funções teóricas, metodológicas e práticas distintas, que ficou sumarizado da seguinte forma:

O capítulo 2 trata dos principais termos que se precisa conhecer para entender a atividade em questão. Apresentam-se nesta seção as contribuições de alguns teóricos que se dedicam aos estudos na área da

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24 Agricultura, Pecuária leiteira, história da pecuária leiteira no Brasil e em Santa Catarina, o preço do leite no período estudado entre outros. Falar-se-á também sobre os principais conceitos da Contabilidade, dando mais ênfase à Contabilidade de Custos e seus tipos de custeio. Vale ressaltar que esses fundamentos teóricos irão proporcionar um melhor entendimento para os capítulos seguintes.

Já no capítulo 3 Apresentam-se os procedimentos metodológicos adotados para a execução do trabalho, tanto no desenvolvimento da pesquisa, quanto na apresentação dos resultados. Observar-se-á a melhor maneira de elaboração do trabalho, para que assim consiga chegar ao melhor resultado do problema proposto.

No capítulo 4 tem-se a apresentação e análise dos dados. Cabe a esse capítulo o papel de esclarecer em qual propriedade será executado o estudo e demonstrar todos os dados obtidos dos custos por meio de tabelas, para poder se fazer uma melhor análise dos resultados. Também nesta seção será respondida a pergunta norteadora do trabalho: Qual o custo de produção de leite na bacia leiteira de Treze de Maio, na propriedade Beta?

E ainda, mostra como os custos Direitos e Indiretos, obtidos pelo método de custeio por Absorção, se comportam na hora da venda do produto.

O capítulo 5 apresenta a conclusão. Este capítulo visa responder a questão central que norteia o estudo, dando respostas aos objetivos geral e específicos e apresentar o seu resultado e diante dele, far-se-á uma análise onde chegará a conclusão de que se houve ou não, um lucro com a venda do produto. Por fim, têm-se as referências bibliográficas dos livros, documentos e afins que foram utilizados na pesquisa.

Diante desta estrutura proposta de alinhamento ao Trabalho de Conclusão de Curso, se inicia a produção da pesquisa conforme estabelecido, em seus capítulos seguintes.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Esta seção trata dos conceitos fundamentados dos principais termos que serão apresentados ao longo do trabalho, sempre baseado em teorias feitas por estudiosos da área que se dedicam a esses assuntos, com isso, auxiliará no entendimento do tema proposto ao trabalho.

2.1 O SURGIMENTO DA PRODUÇÃO DE LEITE NO BRASIL No ano de 1532, aconteciam as expedições de colonização do Brasil, organizada por Martim Afonso de Souza. Foi nesta mesma viagem que trouxeram a esse país, mais precisamente, para a Vila de São Vicente, no litoral de São Paulo, os primeiros bois e vacas, que logo se espalharam para os outros estados brasileiros. Neste momento é que nascia a pecuária leiteira no país (Leite Brasil, 2003). Nos quase cinco séculos de existência, esta atividade caminhou de forma lenta, sem grandes evoluções tecnológicas. Porém a partir do ano de 1950, coincidindo com o grande surto de industrialização no Brasil, a pecuária leiteira se torna muito mais moderna, mas mesmo assim o seu progresso continuou de forma morosa (Leite Brasil, 2003). Já, no final dos anos 60 acontece uma melhora na qualidade de vida dos produtores de leite, devido à expansão nacional do Leite tipo B, esta modalidade de leite é produzida em estábulos leiteiros e beneficiado e envasado em usinas de beneficiamento de leite. Entretanto, o reconhecimento da produção de leite veio somente a partir dos anos 80, deste período em diante, em cerca de duas décadas, a produção leiteira se desenvolveu de forma significativa, de modo bem maior do que dos últimos 500 anos (Leite Brasil, 2003). Raríssimos setores conseguiram mudar tanto em tão pouco tempo como aconteceu com a produção de leite. Hoje conta-se com tecnologias e modernidades de manejo, favorecendo assim, o pecuarista leiteiro (Leite Brasil, 2003). 2.1.1 Contextualização do mercado de leite no Brasil Este ciclo começa exatamente em 13 de Julho 1990, quando a extinta Superintendência Nacional de Abastecimento - SUNAB, por sua portaria 43, decreta o fim do tabelamento do leite no Brasil. Esta foi apenas uma de várias medidas drástica comandadas pelo então

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26 Presidente da República Fernando Collor, para modernizar a economia e assim, abri-la a concorrência mundial. Porém, a medida mais radical de todas, foi o confisco monetário com o princípio de poder acabar com a inflação (Leite Brasil, 2003). Conforme entendimento da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil, 2003), o fim do controle dos preços do leite pelo governo acabou gerando um susto muito grande para os produtores, pois eles a mais de 40 anos vinham sendo remunerado pela forma proposta pelo governo, assim acabaram se habituando a este modo. Essa medida, que deveria ser tomada de forma lenta, sucinta e gradual pelos governantes, ao contrário, foi repassada de forma brusca, pegando o setor de produção de leite desprevenido. Relata ainda que, o fim do tabelamento do preço do leite gerou uma profunda desunião entre a classe e uma resistência enorme a qualquer tipo de organização classista, isso fez com que não houvesse uma organização a respeito de quantos produtores havia e quantas bacias leiteiras existiam no Brasil. A Associação entende que, as usinas de beneficiamento de leite, ou ainda, as indústrias de laticínios, que existiam em números bem menores do que os produtores de leite, saíram com vantagem por toda essa situação enfrentada. Anteriormente ao fim do tabelamento do preço de venda, o valor a ser pago pelo leite ao produtor, era estabelecido diante das margens de lucro dos produtores de leite e dono do laticínio, tudo isso em comum acordo. Agora, depois desta nova regra, o preço do leite passou a ser imposto unicamente e unilateralmente pelo laticínio, isso gerou uma grande perda ao produtor leiteiro. Atualmente o preço do leite é determinado pelo mercado, no qual é o supermercado que estipula qual é o valor máximo que ele pode pagar pelo produto. Os produtores, de acordo com as causas descritas acima, não têm mais como determinar o preço do leite que seria necessário para cobrir todos os seus custos. Hoje eles são apenas tomadores de preço diretamente fixado pelos laticínios e indiretamente pelo mercado (Leite Brasil, 2003).

2.1.2 Colonização do Sul do estado de Santa Catarina e o surgimento da agricultura

Em setembro de 1876, o Vale do Tubarão recebe a visita do presidente da província, este fica impressionado com a quantidade de

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27 terras férteis na região e pela falta de pessoal para trabalhar e levantar a economia do local. Estas terras do Vale do Tubarão pertenciam até então ao Governo Imperial. Portanto, em outubro do mesmo ano, o Ministro da Agricultura nomeia o engenheiro Vieira Ferreira para a tarefa de medir e dividir essas terras públicas para que assim pudessem colocar sobre elas, os imigrantes Italianos (Sachet e Sachet, 1997). Em Abril de 1877, desembarca em Laguna um grupo de 291 Colonos vindos da Itália, eles seguiram em rio, em barcos rebocados, até Tubarão. De Tubarão, até a sede do núcleo colonial, os italianos tiveram que seguir a pé com a ajuda de mulas para transportar suas bagagens. Chegam a Azambuja no dia 28, confluência do Rio Pedras Grandes com Tubarão. Ainda em 1877, são projetados 250 lotes rurais e reservada uma área de 3 quilômetros quadrados para a sede do Núcleo de Urussanga, onde 76 famílias se instalam nesta nova sede em 26 de Maio (Sachet e Sachet, 1997). Ainda na chegada dos Italianos para a Região Sul Catarinense, eles reclamaram das condições do lugar em que foram instalados, é o que assevera Sachet e Sachet, (2007 p. 125):

Vendo-se em pequenas clareiras, no meio da mata virgem, os colonos revoltam-se, alegando terem emigrado para cultivar terras e não para cortar árvores e derrubar florestas. No primeiro semestre, cada adulto pode trabalhar quinze dias por mês nas atividades comunitárias, como a construção de estradas, recebendo 11 mil réis, ou seja, onze libras, a metade do que recebia por um mês de trabalho, quando ainda na Itália.

Ainda comentam que uma nova remessa de imigrantes, no total 22 famílias, totalizando 130 pessoas, chegam no mês de dezembro de 1879 e não encontram mais lotes disponíveis em Urussanga. Sendo assim, foram obrigados por soldados a entrarem em matas fechadas para achar um lugar para viverem. E desta forma, sem ter como voltar para Urussanga, eles seguiram em frente até conseguirem terras para viver, onde esta hoje é chamada de Criciúma. E assim a agricultura se instala em Santa Catarina, com muito trabalho e dificuldades, os colonos italianos conseguiram e conseguem por meio dela, sobreviver. Porém hoje, com muito mais tecnologia e formas de manejo. A agricultura tem atividade forte no Estado, conta

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28 com diversas formas de cultivo de sementes, suinocultura, avicultura, entre outros e ainda a pecuária leiteira, que é o enfoque deste trabalho. 2.1.3 Agricultura como maior fonte de renda na cidade de Treze de Maio Segundo o historiador e professor Antonio Bardini, a maior fonte de renda de Treze de Maio é baseada na agricultura e pecuária:

Treze de Maio possui bastante área baixa, ótima para pastagem, onde não é ocupada com plantio de arroz, como: Lageado, São Gabriel e Rio Vargedo. Atualmente conta com um rebanho de 8.724 cabeças de gado bovino. Com a boa atuação do veterinário, fez com que esses proprietários lutassem com mais ânimo, melhorando também a raça leiteira e com novas variedades de grama, muitos proprietários estão melhorando as pastagens, aumentando sua área e conseqüentemente aumentando o número de gado. Em 1989, começou o trabalho com inseminação artificial. Já nasceram 118 crias e 27 vacas estão em gestação, melhorando assim a raça de gado em Treze de Maio (BARDINI, 1992, p. 47).

Diante do exposto, pode-se perceber que a atividade leiteira se aprimora com o passar dos anos. Até hoje a agricultura é a maior fonte de renda das famílias Trezemaienses.

2.1.4 Preço do leite no mercado Catarinense

Conforme publicação feita pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola, cuja sigla é CEPA, assevera que o período da entressafra do leite no Brasil apresentou queda na produção leiteira destinada às indústrias, em relação ao ano passado. Ainda, o aumento da produção de leite nos estados da região Sul ficou abaixo do esperado pelo mercado. Assim, com a oferta de matéria prima reduzida, fica obvio o acontecimento de muita disputa pelo produto, o que faz com que o preço seja maximizado. Desde o início do ano de 2013, quando o volume de produção começou a baixar, o preço pago aos produtores teve sucessivos aumentos em todo o país.

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29 De acordo com a EPAGRI-CEPA (2013), o preço médio pago ao produtor pelo produto, já com o INSS incluso era de R$ 0,72 o litro em Janeiro de 2013 e chegou a R$ 0,82 o litro em Junho de 2013. Ou seja, houve um aumento de 14% neste período. Ainda, neste mesmo período o preço do milho e da soja recuou respectivamente 17,8% e 2,2%, sendo que estes são os principais insumos utilizados para a fabricação da ração que serve de alimento para a vaca. Já que os principais insumos do alimento do gado tiveram recuo de preço, houve uma maior rentabilidade para a atividade leiteira, visto que eles tem relação direta com os custos da produção de leite. O segundo levantamento feito pela EPAGRI-CEPA (2013), sobre o preço do leite em Santa Catarina, relata que o preço unitário pago aos produtores no mês de Junho de 2013, variou de R$ 0,64 à R$ 0,96 por litro, dependendo da qualidade e do volume do leite entregue. Os preços mais comuns oferecidos para os produtos do estado variam de acordo com a região onde vivem e produzem o leite. Assim, traz os principais preços levantados de cada região: R$ 0,86 em Chapecó, R$ 0,81 em São Miguel do Oeste, R$ 0,83 em Joaçaba, R$ 0,79 em Rio do Sul e R$ 0,88 no Sul do Estado. 2.1.5 Fluxograma de produção de leite Assim como em qualquer outra atividade, para poder chegar ao produto final, o mesmo tem que passar por alguns processos de produção.

Esses processos, na atividade em questão, acontecem da seguinte forma: primeiramente o produtor deverá ter gado leiteiro (vacas). Em seguida, deve primar por sua saúde, para que o animal esteja sempre sadio e assim o seu produto (leite) não tenha qualquer problema na hora da venda. Deverá haver também, um funcionário de confiança que fique responsável pela alimentação e ordenhas no animal. Para ser mais prática e ágil esta hora, é imprescindível que se tenha tecnologia em ordenha e um ambiente totalmente limpo e higienizado. Por fim, é muito importante que se tenha um local adequado para a guarda desse leite recolhido, um ambiente também limpo e com um resfriador adequado para a armazenagem do mesmo. Assim como consta no fluxograma:

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GADO DE LEITE ↓

ALIMENTO ↓

SANIDADE ANIMAL ↓

FUNCIONÁRIO DE PRODUÇÃO ↓

TÉCNOLOGIA DE ORDENHA ↓

HIGIÊNIZAÇÃO DO AMBIENTE ↓

LOCAL DE ARMAZENAGEM DO LEITE Fonte: dados da pesquisa

Fluxograma pode ser entendido como uma representação esquemática de um processo. Neste caso, está sendo apresentado o processo de produção leiteira (SEBRAE, 1999). 2.2 CONCEITO DE CONTABILIDADE O surgimento da Contabilidade aconteceu como um conjunto ordenado de conhecimentos e com objetivos e finalidades definidas, ela tem sido considerada como uma arte, técnica, ou ainda, como ciência, pelos grandes doutrinadores que logo a enquadraram no elenco das espécies do saber humano. Porém, ela também pode ser entendida como um conjunto de conhecimentos sistematizados, com princípios e normas próprias, ou seja, ela é na definição do conceito da ciência, uma das ciências econômicas e administrativas (FRANCO, 2006). Gonçalves e Baptista (2007, p. 23), traz a seguinte definição de Contabilidade:

Ciência que tem por objeto o estudo do Patrimônio a partir da utilização de métodos especialmente desenvolvidos para coletar, registrar, acumular, resumir e analisar todos os fatos que afetam a situação patrimonial de uma pessoa.

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31 Ainda na visão destes mesmos autores, a Contabilidade é

ciência, pois possui objeto determinado e um método de investigação próprio. Ela estuda fenômenos que se constatam de forma universal, diante disto, apresentando as verdades (leis) em torno deste mesmo objeto. Sendo que tal objeto é o patrimônio de qualquer ente, seja pessoa jurídica ou física.

2.2.1 Funções da Ciência Contábil A Ciência Contábil é uma ferramenta importante para gestores na medida em que auxilia na tomada de decisão, ela tem o objetivo de registrar, analisar, auditar, demonstrar, entre outros, valores usados na organização. Neste contexto, Franco (2006) aborda que a contabilidade tem por principal função a de registrar, classificar, demonstrar, auditar e analisar tudo o que possa acontecer com o patrimônio das organizações, sempre com o principal objetivo, o de fornecer informações, interpretações e orientações verídicas e fidedignas sobre a composição e as variações do patrimônio das entidades, para a tomada de decisão de seus administradores. 2.2.2 Ramificações da Contabilidade utilizada no estudo Importa destacar que a Contabilidade tem diversas ramificações, e diante disto será relatado o conceito das ramificações da Ciência Contábil, utilizadas no estudo de caso. 2.2.2.1 Contabilidade Gerencial A Contabilidade Gerencial é uma ferramenta usada pelas empresas para elaborar o gerenciamento dos documentos por meio de sistemas de informações, com isso, se permite a formulação de relatórios sobre essas informações, o que traz ao gestor uma visão a respeito dos resultados, e que seja comparado aos objetivos da entidade.

Crepaldi (2008) assevera que durante anos a Contabilidade era vista apenas como um sistema de informações tributárias, hoje, porém, ela passou a ser vista também como importante ferramenta de gerenciamento que se utiliza de um sistema de informações que tem o objetivo de registrar operações da empresa, para que dessa forma, por meio da Contabilidade Gerencial possam ser elaborados relatórios que

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32 mensurem os resultados da organização e que forneçam informações necessárias para o subsidio do processo de tomada de decisão, bem como para o processo de gestão, planejamento e controle da entidade. O autor também salienta que as empresas de pequeno porte, geralmente são administradas pelo próprio sócio, que muitas vezes não tem formação em nenhuma área, como finanças, administração, economia, marketing, etc. Ademais, essas pequenas organizações muitas vezes acabam em falência, recuperação judicial e encerrada ainda no seu primeiro ano de vida. Para que isso não aconteça é necessário que haja um profissional bem qualificado na área gerencial, onde impõe aos seus seguidores que a Contabilidade Gerencial seja atualizada, conciliada e mantida com total respeito às técnicas contábeis. Muitas empresas encerram suas atividades por ter na frente de seus negócios um administrador sem conhecimentos de mercado, que desconhece a formação de preço, controle de estoque, fluxo de caixa, concorrência, controle de gastos, ponto de equilíbrio, planejamento tributário, entre outros, portanto, diante destes problemas acabam por tomar decisões contrárias aos objetivos da empresa. Segue definição de Contabilidade Gerencial segundo Crepaldi (2008, p. 5):

Contabilidade Gerencial é o ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresa que auxiliem em suas funções gerenciais. É voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuados por um sistema de informação gerencial.

Na mesma linha, estudo desenvolvido pela

International Federation of Accounting – IFAC, (Federação Internacional de Contabilidade) o Contador Gerencial é um profissional que identifica, mede, acumula, analisa, prepara, interpreta e relata informações tanto financeiras, quanto operacionais da empresa, para que a administração da empresa possa usá-las para o planejamento, avaliação e controle de suas atividades de modo apropriado.

Diante do exposto, vale lembrar que o Contador Gerencial deve assegurar que a administração tome às melhores decisões possíveis nas questões empresariais, com base nas informações obtidas de modo útil e

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33 relevante, e assim garantir uma boa qualidade de vida a empresa (CREPALDI, 2008). 2.2.2.2 Contabilidade Rural A agricultura vem se desenvolvendo muito rapidamente, hoje há maquinários com tecnologia totalmente avançada que possibilita ao produtor uma maior rentabilidade e agilidade no seu processo produtivo. Não é diferente no processo de gestão das propriedades leiteiras, onde, hoje muitos empresários se utilizam da Ciência Contábil para conhecer, ou melhor, saber gerir da melhor forma os seus recursos. Assim, Nepomuceno (2004) vem reforçar que a atividade rural é uma atividade econômica como tantas outras, como a indústria, comércio, de produção de serviços etc. E como tal, todas essas, inclusive a atividade rural, requer controle financeiro e acompanhamento específico para aquela atividade exercida. Em face das situações acima descritas, nos dias atuais, os Contadores elaboram a Contabilidade Rural, que é um ramo da Contabilidade voltado exclusivamente para a propriedade rural e seus administradores. Não basta apenas saber que em determinado ano o trabalho agrícola foi bem sucedido, sem ao menos conhecer o nível de lucratividade ou déficit da produção explorada. O mesmo ainda aborda que a Contabilidade Rural deve ser um instrumento útil ao conhecimento dos resultados por atividade no setor rural, tanto quanto é para as indústrias. No que diz respeito ao âmbito jurídico, ela pode fornecer valiosos subsídios e assim produzir elementos estatísticos e outros dados para análise. Em pequenas propriedades o controle de sua produtividade, custos, ganhos, entre outros, se faz necessário para fins de análise. São controles simples, mas que no final é de grande valia para avaliar se houve um bom retorno. Porém em grandes propriedades rurais, devido a seu tamanho, o controle das informações é complexo e na maioria das vezes precisa de um profissional contábil. Como ressalta Nepomuceno (2004), para que a Contabilidade Rural possa atuar com êxito na propriedade, será importante que haja um bom planejamento na Contabilidade Rural. Sendo assim, vale lembrar que uma propriedade de pequeno porte deve contar com um sistema simples de contabilidade, porém é importante que o faça principalmente para futuras análises. E nas grandes propriedades rurais,

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34 o sistema contábil é por necessidade, complexo e requer a presença de um profissional extremamente competente. 2.2.2.3 Contabilidade de Custos Nas consultas feitas à literatura contábil foi encontrada diversas vezes a importância de se fazer a análise dos custos de produção para se encontrar e diagnosticar qual o retorno que o produto fornece a empresa, e ainda, se ele está dando os retornos esperados. Neste contexto, Santos et al. (2006) julga que a Contabilidade de Custos, durante muitos anos, tinha como função inicial a de fornecer elementos para a avaliação dos estoques e apuração do resultado, pois agora, ela exerce um papel importante para a Contabilidade Gerencial: a utilização das informações do custo para o auxilio ao controle e para a tomada de decisão. Pode-se considerar a Contabilidade de Custos, como um sistema que tem como objetivo o de proporcionar a administração da empresa, o registro do custo dos produtos que ela fornece e a avaliação dos estoques, portanto, diante destes possa analisar o desempenho da empresa. 2.2.3 Custos de produção

Para uma empresa ou propriedade funcionar de forma correta e produtiva é essencial que aconteça gastos no seu processo de funcionamento, esses gastos são chamados de Custos. Eles podem ser relativos a serviços, como pagamento de frete, por exemplo, ou ainda relativo a produtos, como exemplo tem-se: compra de matéria-prima.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE (1999) salienta que toda e qualquer empresa ou propriedade gera custos em sua atividade operacional. Sendo assim, conhecer e controlar esses custos são indispensáveis para uma boa gestão financeira, o que evita retrabalhos e ainda, desperdícios.

Para saber o custo de um produto em sua produção, existem os custos fixos de produção e custos variáveis. Fixos são aqueles que permanecem constantes, sem variações, no momento da produção. Já os custos variáveis, variam conforme a proporção da produção daquele produto.

Este quadro trata de exemplos de custos fixos e variáveis:

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35 QUADRO 1 – EXEMPLOS DE CUSTO FIXO E VARIÁVEL

Custos Fixos

Aqueles que permanecem constantes, sem variação, independentemente do volume de produção ou de vendas da empresa, numa certa escala de tempo. Em tese, os custos fixos não se alteram esteja a empresa operando próxima ao nível zero ou a plena carga, como é o caso do aluguel de um prédio;

Custos Variáveis

Variam de forma proporcional ao volume de produção ou de vendas da empresa;

Quanto mais a empresa vende, mais os custos variáveis crescem normalmente na mesma proporção que o aumento de vendas (e vice-versa). Exemplo: gasto com matéria-prima. Quanto mais a empresa produzir, mais gastará matéria-prima.

Fonte: SEBRAE SC, Orientação para Crédito - Pag. 27

2.2.4 Contabilidade de custo no setor rural É constante hoje em dia a evolução da tecnologia em todas as áreas de trabalho, a busca cessante pela qualidade, maior produção e diminuição de mão de obra. Vale comentar, que na propriedade rural não é diferente, cada vez mais está se investindo em novos maquinários, aparelhos, entre outros, tudo isso acontece com um único propósito, o de aumentar a qualidade do produto com muito mais praticidade e facilidade de manejo.

Para conseguir adquirir todas as tecnologias oferecidas ao produtor, ele precisa organizar e desenvolver cada vez mais técnicas de produtividade e ainda, garantir um bom desempenho no gerenciamento financeiro do seu negócio, e para isso é necessário que ele reconheça todos os seus custos de produção.

Antunes e Engel (1994, p. 15), conceituam que:

Confecção dos custos de produção é o detalhamento de todas as despesas diretas e indiretas que devem ser controladas para que se possa saber, com EXATIDÃO, o quanto estamos investindo para produzir, dentro das atividades produtivas desenvolvidas.

Os mesmos autores salientam que é neste momento que entra a importância da Contabilidade de Custos para esse setor, pois por meio

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36 do controle dos custos de produção, ela se torna uma ferramenta muito importante para o controle gerencial. Quando seus dados são compostos de informações verídicas, apresentam resultados totalmente fidedignos para a propriedade rural.

Comentam ainda que, a Contabilidade de Custos apresenta informações que permitem ao administrador rural fazer o planejamento, o controle da atividade exercida e ainda a possível tomada de decisão em qualquer problema que possa ocorrer. Tudo isso faz com que a atividade rural possa ser organizada como qualquer outra empresa em outro setor.

Entendem ainda que se faz necessário destacar que por meio dos dados obtidos pela Contabilidade, o proprietário rural pode acompanhar a evolução da sua atividade agrícola, principalmente no que diz respeito a objetivos da propriedade, controle de custos, comparação de resultados e ainda visa à possibilidade de diversificação de culturas.

2.2.5 Custo de produção do leite

A produção de leite requer que seus custos sejam tratados da mesma forma como qualquer outra atividade. Diante do seu resultado e comparando ao preço de venda, será visível se está sendo uma atividade rentável ou não.

Diante do exposto a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – EPAGRI SC respalda que o custo de produção se torna muito importante para a produção leiteira. Por meio dela, consegue-se identificar os pontos fortes e fracos da produção, em termos de resultados econômicos e técnicos, assim, quando identificados, podem agir diretamente no problema, fazendo com que aconteça a solução do mesmo, na atividade leiteira.

Por outras palavras, a EPAGRI também diz que por meio da análise do Custo de Produção leiteira pode-se ter mais visibilidade para as possíveis tomadas de decisões, em quaisquer problemas que possam ocorrer no decorrer da atividade.

Ainda, a empresa aborda que para se fazer o custo de produção leiteira será necessário elaborar planilhas contendo as informações técnicas e econômicas da propriedade rural produtora de leite.

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37 2.3 SISTEMAS DE CUSTEIO

Os sistemas de custeio tradicionais desenvolveram-se para servir entidades externas à organização (credores, investidores, Estado), e não respondem aos atuais requisitos do controle de gestão, sendo que, têm-se sistemas que atendem os interesses gerenciais e utilizados também no processo de decisão.

Existem três formas de custeio, são eles:

Custeio por absorção; Custeio direto ou variável e Custeio por atividade (ABC)

Para a Contabilidade, o método de custeio por Absorção é o

mais aceitável, pois ele aloca todos os custos de produção ao produto, sejam eles diretos, indiretos, fixos ou variáveis.

2.3.1 Custeio por Absorção O Custeio por Absorção tem como técnica a alocação de todos os custos, sejam eles fixos ou variáveis / diretos e indiretos ao custo final do produto. É o sistema mais utilizado para se achar o custo do produto, na medida em que junta todos os custos para se chegar ao resultado final.

Segundo Megliorini (2002, p. 146): Tanto o custeio por Absorção como o custeio Variável utilizam as mesmas informações referentes a produção de custos. Diferenciam-se no tratamento dado aos custos fixos.

Megliorini (2002, p. 146) ainda ressalta que “Enquanto o Custeio por Absorção aloca os custos fixos aos produtos, o Custeio Variável não, considera-os como do período e não dos produtos”.

Ou seja, o Custeio por Absorção procura alocar a totalidade dos custos de produção aos produtos, isto é, para a avaliação no estoque, são considerados como custo de produção os custos fixos e variáveis.

Segue definição de Ribeiro (2007, p. 38-39).

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38 Custeio por absorção consiste em considerar como custo de fabricação (ou de Produção) todos os custos incorridos no processo de Fabricação do período, sejam eles Diretos (Variáveis) ou Indiretos (fixos). Convém ressaltar que, no Brasil, somente pode ser utilizado o Custeio por Absorção para fins de Custo de Fabricação, conforme determina a legislação do Imposto de Renda.

Logo, entende-se que a técnica de Custeio por Absorção define

como custos todos os gastos ocorridos e necessários para o processo produtivo. Sendo assim, aqueles custos diretos, são distribuídos diretamente ao produto e os indiretos, são alocados ao produto com base em rateios.

Já as despesas, este método de Absorção não as considera como custo, logo estas não são apropriadas ao produto. 2.3.2 Custeio Direto (Variável) O Custeio Direto parte do princípio de que um produto só é responsável pelos custos e despesas variáveis que ele gera. Conforme exposto por Santos, et al., (2007, p. 111):

O custeio marginal parte do princípio de que um produto, mercadoria ou serviço só é responsável pelos custos e despesas variáveis que gera. Custos e Despesas variáveis são os que variam como volume de produção e vendas; logo, só existiriam se o produto existisse e não existiriam em circunstância contrária. São custos e despesas que surgem como produto e desaparecem com ele.

Este modelo de custeio é muito usado para tomadas de decisões

a curto-prazo, aquelas que envolvem o mix de produção. Com o custeio direto é possível saber sobre assuntos de rápida negociação, como, fazer ou comprar. Um exemplo seria a escolha de um mix de produção que lhe traria a melhor margem de contribuição.

Ainda, no método de Custeio Direto, é importante ressaltar que ele não considera os custos e as despesas fixas como parte do custo da produção. Há uma divisão entre os custos e despesas fixas e variáveis,

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39 os custos e despesas variáveis são alocados como custo do produto, enquanto o custo e as despesas fixas são lançados como despesas no demonstrativo do resultado.

Custeio Direto, para Ribeiro (2007, p. 38) seria:

Custo Direto consiste em considerar como Custo de Fabricação (ou de produção) somente os Custos Diretos ou Variáveis, sendo os Custos Indiretos ou Fixos considerados juntamente com as Despesas Operacionais normais da empresa industrial.

Neste sistema de custeio somente os custos ou despesas variáveis serão apropriados ao produto, já os custos e despesas fixas não. Conseqüentemente, não existe neste sistema nem um custo total, nem um resultado do produto. Apenas existe um custo variável e uma margem de contribuição do produto, mercadoria ou serviço. 2.3.3 Custeio por Atividade (ABC) O Custeio por Atividade tem por principal característica a alocação de todos os custos diretos e indiretos possíveis, sejam eles fixos ou variáveis em produtos, mercadorias e serviço. Este sistema de custeio surgiu de forma mais recente, devido às grandes alterações que ocorreram no mundo empresarial. Segundo Santos, et al. (2007, p. 112) se pode destacar:

O avanço da Informática: a operacionalização do sistema de custeio por atividade seria praticamente impossível sem a informática. O sistema ABC conceitua que “atividades consomem recursos e produtos consomem atividades”, a classificação inicial dos custos e despesas é por atividade. Esta se faz a primeira diferença deste sistema com os demais, ou seja, enquanto o custeio por absorção e direto o custo é classificado por setores ou centro de custo, neste a classificação inicial dos custos e despesas é por atividade. Estrutura de custos e despesas fixos: a característica deste sistema, como já colocado

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40 anteriormente, é a apropriação de todos os custos e despesas diretos, incluindo os custos fixos direcionáveis. Globalização da economia: com a constante globalização da economia, faz com que o preço de venda seja cada vez mais uma função do mercado e menos de custos. Assim, sendo que o modelo de Custeio Atividade apresenta os custos de forma mais detalhada, facilita o encontro de possíveis pontos de ineficiência

Ainda, a respeito do modelo de Custeio por Atividade, pode-se

dizer que ele é um modelo mais voltado para o lado interno da empresa, na medida em que se utiliza nos resultados pegos em eficientes gestões de custos. É o que salienta Santos et al. (2007, p. 111):

Ele admite o preço de venda como função mais de mercado do que de custos, mas acredita que o resultado e a competitividade devem ser buscadas numa eficiente gestão de custos. Nesse sentido, ele é um sistema mais voltado para o lado interno da empresa, na busca justamente dessa eficiente gestão. Essa busca fica bem delineada no seu relacionamento com a engenharia do valor. Isto porque no sistema ABC as atividades são divididas naquelas que agregam valor ao produto. A idéia central é a de eliminar ou reduzir atividades que não agregam valor, reduzindo com isto os custos, sem diminuir o valor, o que representa, em outras palavras, maior capacidade competitiva.

Pode-se dizer que este modelo de custeio é o intermediário entre

o Custeio de Absorção e Direto (Variável), pois, ele não possui a rigidez do primeiro e nem a flexibilidade do segundo. Pode-se afirmar que este é um sistema medianamente flexível. 2.4 CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE CUSTEIO Diante do conhecimento dos tipos de custeio, sabe-se que todos eles têm suas peculiaridades e cabe ao profissional contábil o dever de

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41 saber distingui-los e assim usá-los da melhor forma para achar o custo aceitável de cada produto. Cada tipo de custeio mostra um método de se achar o custo do produto estudado, uns são mais rígidos quanto aos custos, outros são mais flexíveis.

Diante deste contexto Santos et al. (2007, p. 111 - 112) define as características de cada sistema de custeio:

Custeio por Absorção: Preço é função de custo; Calcula o custo total dos produtos; Estabelece um “resultado” do produto; É um sistema rígido inflexível

Custeio Direto ou Variável: Preço é função do mercado; Calcula o custo variável do produto; Obtém a “margem de contribuição” do produto; É um sistema altamente flexível.

Custeio por Atividade (ABC) Preço é função de mercado e custo; Calcula o custo direto do produto;

Obtém uma “contribuição operacional” do produto;

É um sistema medianamente flexível.

De acordo com os sistemas de custeio estudados, chegou-se a conclusão de que o mais correto a se usar no custo de produção de leite seria o método de Custeio por Absorção, pois ele apropria todos os custos ao produto final e dará informações mais fidedignas sobre o problema estudado.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O estudo acontecerá sob forma quantitativa, pois constarão em seu interior todos os dados obtidos, com seus registros em tabelas e ainda possuirá caráter qualitativo na medida em que se utilizou dessas informações para poder seguir com a análise do problema e chegar a uma conclusão.

Marconi e Lakatos (2004) salientam que a metodologia qualitativa se preocupa em analisar e interpretar aspectos mais profundos, ou seja, ela fornece uma análise mais detalhada sobre as investigações, atitudes, hábitos, tendência de comportamentos, etc. Já o método quantitativo, vale-se de amostras amplas e de informações numéricas. A metodologia utilizada para a coleta dos custos seguiu o método de Custeio por Absorção, ou seja, segundo este, todos os custos devem ser incorporados à produção do leite, sejam eles, diretos e indiretos, fixos e/ou variáveis. Sendo assim, os diretos alocados diretamente ao produto que os consumiu e os indiretos, conforme sua porcentagem de utilização na participação da produção. Segundo este método, ele não considera as despesa como custo, por esta razão, elas não serão utilizadas na formulação do custo do produto. A técnica de pesquisa utilizada foi a de levantamento de dados que conforme disposto por Marconi e Lakatos, 2005, p. 160 “Para a obtenção de dados podem ser utilizados três procedimentos: pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e contatos diretos”. Diante do exposto, optou-se por realizar pesquisas em documentos, que conforme Marconi e Lakatos (2005), pode ser obtidos em fontes primárias que são dados históricos, estatísticos e bibliográficos, informações, arquivos oficiais e particulares, documentação pessoal, pesquisas e material, entre outros. E fontes secundárias que são obras literárias e da imprensa em geral. E pesquisas bibliográficas em livros apropriados ao tema da pesquisa. Estes mesmos autores salientam que fazer uma pesquisa bibliográfica é examinar diversos trabalhos já realizados, capazes de fornecer dados atuais e relevantes ao tema. Após a coleta dos dados necessários para a elaboração da formação do custo de produção de leite, essas informações foram alocadas em tabelas elaboradas no Microsoft Excel, para melhor visualização do resultado e ainda facilitar os cálculos e análises. Para Marconi e Lakatos, 2005, p. 172, “Tabela é construída, utilizando-se dados obtidos pelo próprio pesquisador em números absolutos e/ou

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43 percentagens”. Ainda, este estudo teve como embasamento leituras atuais sobre: Contabilidade de Custos, produção de leite, bovinocultura e história da região Sul de Santa Catarina, mais precisamente, do município de Treze de Maio. 3.1 SUJEITO DO ESTUDO

Para a seleção da escolha da propriedade que iria ser estudada e por conseguinte fosse formalizado o convite a ela a participar deste estudo, foi necessário que a empresa atendesse e pudesse responder ao principal problema desta pesquisa. Assim, resultou o seguinte rol de necessidades para que a propriedade estivesse apta a participar da pesquisa, são eles: necessidade de a propriedade estar acoplada à prática da gestão de custos e interesse e disponibilidade da propriedade aderir à pesquisa.

Preenchidos esses requisitos, para atender aos princípios éticos, foi assegurado à propriedade o sigilo de sua identidade e logo, a possibilidade de desistência do estudo a qualquer momento. A partir daqui, segue identificado como propriedade “Beta” e como ator da pesquisa e sujeito coordenador dos custos, o “proprietário”.

Seu envolvimento e conhecimento junto à propriedade é o que justifica a escolha como coordenador dos custos de produção.

Cabe ressaltar que o ator da pesquisa recebeu o convite de forma muito receptiva, portanto, o coordenador tentou facilitar o processo de captação dos dados necessários ao estudo, pois seu interesse maior era saber o resultado final, observar a rentabilidade de seu negócio, ou seja, se lhe proporcionava o retorno esperado. 3.2 TÉCNICA DE COLETA E TRATAMENTOS DE DADOS Como técnica de coleta de dados, usou-se para formação do estudo de caso: análise documental, na medida em que se observaram em documentos, informações a respeito da propriedade, técnicas envolvendo observação, com intuito de compreender a produção do leite. Não obstante, também se buscou técnicas para conhecer os custos, elaboradas por perguntas ao proprietário, para que dessa forma fossem esclarecidas possíveis dúvidas a respeito do processo.

Conforme explícito por Gil (2006), em um estudo de caso, a coleta de dados é o mais completo de todos os delineamentos, na medida em que se valem tanto de informações obtidas por dados de pessoas,

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44 quanto aquelas conseguidas por dados de papel. Sendo assim, em um estudo de caso, os dados podem ser obtidos mediante análise de documentos, entrevistas, depoimentos de pessoas, observação espontânea, observação participante e análise de artefatos físicos.

Depois de coletados, esses dados foram agrupados em tabelas para que assim fosse mais compreensível de se fazer a análise destas variáveis. 3.3 PROCEDIMENTOS PARA DEVOLUÇÃO DOS RESULTADOS A devolução dos resultados pelos princípios éticos era para ser entregue somente ao proprietário, porém, com seu consentimento este estudo ficará a disposição para futuras pesquisas e observações na biblioteca da Faculdade de Capivari – FUCAP, após a demonstração dos resultados e apresentação do trabalho de conclusão de curso. Posteriormente será entregue uma cópia deste estudo ao proprietário, para que ele tenha acesso ao resultado obtido, e assim, responder as suas possíveis perguntas a respeito do melhoramento que possa acontecer em sua propriedade, referente aos seus custos de produção.

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45

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Conhecer o custo real que o rebanho de gados apresenta para a propriedade é uma informação imprescindível para o administrador. Não apenas por apurar a rentabilidade após a venda, mas para determinar o melhor ponto de venda, ou seja, não manter o gado quando os custos forem maiores que o ganho de peso (Marion, 2012). O mesmo acontece com as vacas produtoras de leite. Seguem neste capítulo os custos de produção do leite ilustrados em tabelas para melhor compreensão. 4.1 DESCRIÇÃO DA PROPRIEDADE ESTUDADA

A propriedade rural Beta, onde foi realizado o estudo, está localizada na Região Sul de Santa Catarina, mais precisamente no interior da cidade de Treze de Maio. Possui extensão de 40 hectares, sendo estes divididos em 10 hectares que possui árvores nativas e açudes, 10 hectares com plantio de milho e azevém (ambos usados na alimentação dos gados), 10 hectares de pastagens e também azevém e por último, possui 10 hectares de pastagem nativa, que não requer nenhum gasto com plantações e cuidados.

A propriedade conta com um plantel com cerca de 80 animais sendo eles: vacas de leite, vacas secas, vacas para descarte, novilhas e bezerras. Comenta o proprietário, que elabora controles dos animais para que o número deles sempre fique perto desta quantidade, fazendo com que haja rotação de vacas e desta forma seu plantel é sempre renovado. Esclarece ainda que todos os animais de sua propriedade são da raça Holandesa. A propriedade está caracterizada como rural e não está registrada como empresa na Junta Comercial e, portanto está livre das obrigações estabelecidas pela Lei 10.406 de 10 de Janeiro de 2002, do Código Civil, art. 1.179, que dispõe:

O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.

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46 Vale ressaltar que é facultativo ao produtor rural se cadastrar ou não, na Junta Comercial. A diferença existente é que se por ventura aconteça algum problema, por exemplo, judicial ou até mesmo uma grande dívida, este proprietário não cadastrado, responderá de forma ilimitada, ou seja, responderá até mesmo com seu patrimônio particular.

É considerada como uma propriedade veterana, onde há mais de 30 anos elabora a produção leiteira, porém, moderna e que tenta ficar equiparada com últimas tecnologias de ordenha, inseminação, plantio, armazenamento de leite, maquinários, etc. Portanto, busca por seu principal objetivo: Melhores condições de trabalho para o colaborador e ter maior produtividade do leite. O modo de criação das vacas é elaborado de forma a aproveitar ao máximo os recursos naturais, elas passam a maioria do tempo soltas em pastagens e são recolhidas duas vezes ao dia, a primeira às 6:00 horas da manhã e a segunda às 18:00 horas da tarde, para que sejam ordenhadas e recebam a alimentação controlada, ou seja, ração e silagem. Durante este intervalo de tempo, as instalações são higienizadas, com isso, faz com que a vaca leiteira receba todo tratamento que lhe é necessário, e desta forma, a produtividade aumenta, o que contribui para o lucro da propriedade. A administração da propriedade é familiar, gerenciada pelo proprietário e assessorado por seu filho nas atividades agrícolas. 4.2 COMPOSIÇÃO DO PLANTEL DURANTE O PERÍODO DE ANÁLISE

Como argumento anterior, que a propriedade conta com um plantel com cerca de 80 animais sendo eles: vacas de leite, vacas secas, vacas para descarte, novilhas e bezerras, salienta ainda o proprietário, que a rotação das vacas acontece da seguinte forma: Quando uma vaca prenha ganha uma bezerra, logo esta é criada pela propriedade e assim, quando chega a idade de novilha, cerca de dois anos, esta já é inseminada e logo após sua cria, é colocada para produzir leite. Deste modo, com a chegada desta nova vaca leiteira, que produz maiores quantidades de leite, é retirada uma vaca “veterana” e colocada para descarte, ou seja, vendida para frigoríficos. Segundo a Associação de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa de São Paulo - ABCBRH (2013), a idade mínima para a primeira cobertura desses animais é entre 16 a 18 meses, a idade para o primeiro parto é entre 25 a 27 meses, a gestação pode durar em média

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47 280 dias e o intervalo entre os partos tem que ser de 15 a 17 meses. Com essas informações entende-se como acontece o ciclo de reprodução desta vaca. Conforme tabela, nos três meses de análise, houve uma alteração entre o total de fêmeas.

TABELA 1 - Composição do plantel durante o período estudado Matrizes Junho Julho Agosto

Em lactação 34 33 33 Secas 7 6 7 Descarte 3 4 3 Novilhas e bezerras 30 31 30

TOTAL 74 74 73 Fonte: Dados da Pesquisa

Esta alteração resulta do fato de que no começo do mês de agosto de 2013, uma vaca prenha e seca adquiriu um tumor maligno no colo do útero, o que acarretou em sua morte e também a do seu bezerro. 4.2.1 Depreciação mensal das matrizes

Para depreciar as vacas, deve-se primeiramente levar em consideração a vida útil do rebanho reprodutor, ou seja, deve-se considerar a vida útil da vaca a partir de quando ela entra em reprodução (Marion, 2005).

Vida útil, conforme os escritores Antunes e Engel (1994, p. 73):

Vida útil é a expectativa de tempo (geralmente determinado em anos ou em horas) que certo bem tem de se manter útil às atividades produtivas para as quais serve. Este valor deverá ser sempre estimado e, por isso, podem nem sempre espelhar a realidade de forma precisa.

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, 2013,

que é fortemente conhecida pela sigla EMBRAPA, a reprodução dos animais acontecerá de forma que: As novilhas serão inseminadas quando atingirem 300 kg de peso vivo. Aos 60 dias da última inseminação, realiza-se o diagnóstico de gestação via palpação retal e no caso da propriedade estudada, via ultrassonografia.

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48 Sendo assim, calcular-se-á a depreciação das vacas levando em

consideração a idade das mesmas, sendo que todas devem ter acima de 24 meses, ou seja, dois anos de idade, que é a idade considerada na propriedade para a reprodução.

Também se levou em consideração para o cálculo da depreciação das vacas, o preço médio de aquisição das mesmas que ficou em torno de R$ 2.000,00.

TABELA 2 – Depreciação mensal das matrizes a ser atribuída a produção de leite

Plantel matrizes

Aquisição média de valor

Valor total sujeito a

depreciação

% Depreciaç

ão por ano

% depreciação

por mês

Valor depreciaçã

o mês

54 2000,00 108.000 20% 1,67% R$

1.800,00 Fonte: Dados da Pesquisa

Conforme a Instrução Normativa SRF nº 162 de 31 de dezembro de 1998, a vaca leiteira se enquadra nos bens de nomenclatura: Animais vivos de espécie bovina, onde ela informa que para esse grupo, deverá se considerar 20% de taxa anual de depreciação e o prazo de vida útil é de cinco anos. 4.2.2 Alimentação do plantel

Como já argumentado anteriormente, a alimentação dos animais é à base de concentrados, milhos, rações e silagens de milho, e essas vacas são alimentadas duas vezes ao dia, porém, cada grupo de animais recebe em quantidades diferenciadas.

Ainda, referente à silagem de milho, Galan e Núcio (1998), reforçam que a silagem de milho quando possui maior quantidade de grãos, representa uma economia em ingredientes concentrados. É recomendado que a silagem tenha de 30% a 45% de grãos na matéria seca, e também que contenha a haste e as folhas da planta, pois elas fornecem um alto valor nutritivo ao gado. Existem hoje na propriedade três grupos de vacas em lactação, são eles:

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Fase de pico de leite; Vacas inseminadas e não confirmada a prenhes e Vacas confirmadas a prenhes. Segundo o produtor, quem faz parte do primeiro grupo, “fase de

pico de leite”, são as vacas que pariram, ou seja, são vacas do seu primeiro dia de parto até 90 dias. Essa é a fase em que as vacas produzem mais leite, cerca de 30 litros por dia, por isso que são chamadas de grupo de pico de leite. A alimentação diária delas são 4 kg de ração 18% proteína e 12 kg de silagem (alimento feito à base de pés de milho picados e armazenados por meses em grandes buracos feitos no solo), elas sempre são tratadas após a ordenha.

Já o segundo grupo das vacas lactantes, “inseminadas e não confirmada a prenhes”, consomem de alimentação diária 2 kg de ração 18% proteína e 12 kg de silagem. Este grupo de vacas produz em média 17 litros de leite por dia.

Quanto ao terceiro grupo, que é formado pelas vacas que foram “confirmadas a prenhes”, ou seja, confirmou-se a gravidez depois de ter sido inseminadas, estas recebem 200 gr de ração 18% proteína e 12 kg de silagem diariamente. Essas vacas são ordenhadas até o sétimo mês de gestação, depois elas são secadas para o nascimento do bezerro. Durante a gestação, elas produzem uma média de 8 litros de leite por dia.

O consumo de ração segundo o proprietário é comandado da seguinte maneira: 1 kg de ração é correto que a vaca produza dois litros de leite, então, na medida em que ela está dando mais leite, é fornecido mais ração e quando ela diminui sua produção, conseqüentemente diminui-se o fornecimento de ração.

Já as novilhas e bezerras são divididas em dois grupos, o primeiro é formado por 14 animais com idade de 1 mês a 1 ano e meio de vida. Elas recebem de trato, 5 kg de ração 18% proteína, 8 kg de milho picado (para fornecer energia) e 20 kg de silagem por dia.

O segundo é composto de 15 novilhas com idades a partir de 1 ano e meio de vida, essas são colocadas em pastagens e não recebem nenhuma alimentação controlada.

Esta seção traz as tabelas de consumo de alimentos dos animais durante os três meses analisados:

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50 TABELA 3 – Consumo do alimento do plantel durante Junho de 2013 Alimentação vacas em Lactação (fase de pico) - Mês Junho 2013

Alimento Nº de vaca

Quant. ração Uni. R$ uni.

R$/vaca/ dia R$ TOTAL

Ração 7 4 KG R$0,67 R$2,68 R$ 562,80 Silagem 7 12 KG R$0,07 R$0,84 R$ 176,40 Alimentação vacas em Lactação (Ins. não confirmada a prenhes) - Mês Junho 2013

Alimento Nº de vaca

Quant. ração Uni. R$ uni

R$/vaca/ dia R$ TOTAL

Ração 20 2 KG R$0,67 R$1,34 R$ 804,00 Silagem 20 12 KG R$0,07 R$0,84 R$ 504,00

Alimentação vacas em Lactação (confirmada a prenhes) - Mês Junho 2013

Alimento Nª de Vaca

Quant. Ração Uni. R$ uni R$/vaca/

dia R$ TOTAL

Ração 17 0,2 KG R$0,67 R$0,13 R$ 68,34 Silagem 17 12 KG R$0,07 R$0,84 R$ 428,40 Alimentação Novilhas e bezerras (1º grupo) - Mês Junho 2013

Alimento Nº de vacas

Quant. ração Uni. R$ uni

R$/vaca/dia R$ TOTAL

Ração 14 5 KG R$0,67 R$3,35 R$ 1.407,00 Milho 14 8 KG R$0,47 R$3,76 R$ 1.579,20 Silagem 14 20 KG R$0,07 R$1,40 R$ 588,00 Alimentação Novilhas e bezerras (2º grupo) - Mês Junho 2013

Alimento Nº de vacas

Quant. ração Uni. R$ uni

R$/vaca/dia R$ TOTAL

Ração 16 * Milho 16 * Silagem 16 * Total dos gatos com alimentação em JUN/2013 R$ 6.118,14 Fonte: Dados da Pesquisa

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51 TABELA 4 - Consumo do alimento do plantel durante Julho de 2013 Alimentação vacas em Lactação (fase de pico) - Mês Julho 2013

Alimento Nº de vaca

Quant. ração Uni. R$ uni.

R$/vaca/ dia R$ TOTAL

Ração 7 4 KG R$0,67 R$2,68 R$ 581,56 Silagem 7 12 KG R$0,07 R$0,84 R$ 182,28 Alimentação vacas em Lactação (Ins. não confirmada a prenhes) - Mês Julho 2013

Alimento Nº de vaca

Quant. ração Uni. R$ uni

R$/vaca/ dia R$ TOTAL

Ração 16 2 KG R$0,67 R$1,34 R$ 664,64 Silagem 16 12 KG R$0,07 R$0,84 R$ 416,64

Alimentação vacas em Lactação (confirmada a prenhes) - Mês Julho 2013

Alimento Nª de Vaca

Quant. Ração Uni. R$ uni R$/vaca/

dia R$ TOTAL

Ração 20 0,2 KG R$0,67 R$0,13 R$ 83,08 Silagem 20 12 KG R$0,07 R$0,84 R$ 520,80 Alimentação Novilhas e bezerras (1º grupo) - Mês Julho 2013

Alimento Nº de vacas

Quant. ração Uni. R$ uni

R$/vaca/dia R$ TOTAL

Ração 15 5 KG R$0,67 R$3,35 R$ 1.557,75 Milho 15 8 KG R$0,47 R$3,76 R$ 1.748,40 Silagem 15 20 KG R$0,07 R$1,40 R$ 651,00 Alimentação Novilhas e bezerras (2º grupo) - Mês Julho 2013

Alimento Nº de vacas

Quant. ração Uni. R$ uni

R$/vaca/dia R$ TOTAL

Ração 16 * Milho 16 * Silagem 16 * Total dos gatos com alimentação em JUL/2013 R$ 6.406,15 Fonte: Dados da Pesquisa

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52 TABELA 5 - Consumo do alimento do plantel durante Agosto de 2013 Alimentação vacas em Lactação (fase de pico) - Mês Agosto 2013

Alimento Nº de vaca

Quant. ração Uni. R$ uni.

R$/vaca/ dia R$ TOTAL

Ração 7 4 KG R$0,67 R$2,68 R$ 581,56 Silagem 7 12 KG R$0,07 R$0,84 R$ 182,28 Alimentação vacas em Lactação (Ins. não confirmada a prenhes) - Mês Agosto 2013

Alimento Nº de vaca

Quant. ração Uni. R$ uni

R$/vaca/ dia R$ TOTAL

Ração 11 2 KG R$0,67 R$1,34 R$ 456,94 Silagem 11 12 KG R$0,07 R$0,84 R$ 286,44

Alimentação vacas em Lactação ( confirmada a prenhes) - Mês Agosto 2013

Alimento Nª de Vaca

Quant. Ração Uni. R$ uni R$/vaca/

dia R$ TOTAL

Ração 25 0,2 KG R$0,67 R$0,13 R$ 103,85 Silagem 25 12 KG R$0,07 R$0,84 R$ 651,00 Alimentação Novilhas e bezerras (1º grupo) - Mês Agosto 2013

Alimento Nº de vacas

Quant. ração Uni. R$ uni

R$/vaca/dia R$ TOTAL

Ração 14 5 KG R$0,67 R$3,35 R$ 1.453,90 Milho 14 8 KG R$0,47 R$3,76 R$ 1.631,84 Silagem 14 20 KG R$0,07 R$1,40 R$ 607,00 Alimentação Novilhas e bezerras (2º grupo) - Mês Agosto 2013

Alimento Nº de vacas

Quant. ração Uni. R$ uni

R$/vaca/dia R$ TOTAL

Ração 16 * Milho 16 * Silagem 16 * Total dos gatos com alimentação em Ago/2013 R$ 5.955,41 Fonte: Dados da Pesquisa

Observação: O resultado do mês de junho foi calculado com 30 dias, o de julho com 31 dias e o de agosto com 31 dias, respeitando o calendário do ano de 2013.

Ao fazer uma análise dos resultados obtidos, pode-se perceber

que nos três meses estudados, não houve mudança nas vacas leiteiras da fase de pico de leite, ou seja, no trimestre este grupo contou com sete animais, então, o consumo e conseqüentemente o custo dos alimentos foram iguais.

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53 Já na fase de lactação (vacas inseminadas, mas não confirmadas

a prenhes), houve uma mudança bastante notória, pois no mês de Junho, estavam com um total de 20 vacas, em Julho 16 e em Agosto apenas 11, isso fez com que o custo da alimentação para este grupo tenha minimizado até Agosto. Porém, aconteceu um aumento em relação a Junho à Agosto no grupo das Lactantes (confirmadas a Prenhes), que no primeiro mês estava com 17 vacas, no segundo mês subiu para 20 e no terceiro mês de análise aumentou para 25 animais.

Pode-se perceber que não decorreu nenhuma mudança no primeiro grupo de novilhas e bezerras, que em Junho tinha 14 animais, em Julho 15 e em agosto voltou a 14 animais.

E na última fase, o segundo grupo de bezerras e novilhas, que tem idade a partir de um ano e meio de vida, as três fases não procedeu em alterações. Ficando então com 16 animais.

Os números de animais analisados foram: Junho 74, Julho 74 e Agosto 73 (onde se obteve a morte de uma vaca).

4.2.3 Inseminação artificial Conforme Alves (2012), a técnica de inseminação artificial traz inúmeras vantagens ao produtor de leite, são elas: maior progresso genético do rebanho; aumento no percentual de nascimentos de fêmeas, quando usados sêmen sexado; aumento do alojamento de fêmeas na propriedade, devido à eliminação dos machos, além de ser mais barato e acessível aos produtores de leite, quando comparado á monta natural. Esta seção trata dos gastos ocorridos com inseminações artificiais:

TABELA 6 – Controle de inseminação artificial Coberturas/Inseminações

Mês Nº de Inseminações Custo Total Junho 14 R$ 70,00 Julho 7 R$ 35,00

Agosto 10 R$ 130,00 Fonte: Dados da Pesquisa No mês de Junho foram executadas quatorze inseminações sendo que o valor do sêmen era R$ 5,00, em Julho foram sete inseminações cujo valor dos sêmens também eram R$ 5,00, já em

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54 agosto foram inseminadas duas vacas com sêmen de R$ 5,00 e mais oito vacas com sêmen de R$ 15,00 cada. Vale ressaltar que os sêmens de R$ 5,00 são fornecidos por um convênio com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina - CIDASC e são usados para vacas que não possui média satisfatória de produtividade de leite, já os de R$ 15,00 são usados para vacas que já foram inseminadas outras vezes, porém ainda não ficaram prenhas. 4.2.4 Manutenção, conservação e limpeza Manutenção, conservação e limpeza dizem respeito aos gastos com as instalações e equipamentos da propriedade para que possa acontecer a produção de leite. Em 2012, a revista Globo Rural apresentou uma reportagem de nomenclatura: Mastite bovina pode reduzir em até 45% a produção de leite. Nesta reportagem abordaram a importância da limpeza diária no local de ordenha das vacas e ainda a realização da desinfecção das tetas após a ordenha com solução desinfetante apropriada para que assim a bactéria da mastite não penetre no animal. No caso de ocorrer a penetração, a vaca pode perder 45% da sua capacidade de produção de leite. Na propriedade é feita esta desinfecção com solução desinfetante e ainda possui outros gastos com manutenção, conservação e limpeza do ambiente como: Alcalino (detergente para limpar ordenhadeiras), ácido (usado semanalmente para lavar as ordenhadeiras), vassouras, cloro, sabão, papel toalha, iodo, entre outros. Todos estes gastos estarão discriminados da tabela 9. 4.2.5 Combustíveis e lubrificantes Na propriedade é gasto de óleo cerca de R$ 1.040,00 mensais, isto porque para fazer a lavoura de milho (para alimentação das vacas) é gasto por ano R$ 9.000,00 e para a plantação de azevém em terra lavrada é R$ 1.680,00 também anual, já, quando é feito a sobressemeadura é gasto R$ 1.800,00 por ano. Isto equivale a uma média de R$ 1.040,00 gastos em combustível por mês. Este gasto estará descrito na tabela de número 9.

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4.2.6 Consumo de água e de energia elétrica Conforme exposto pelo Instituto de Estudos Pecuários – IEPEC, as vacas necessitam de fornecimento adequado de água, considerada de boa qualidade, para que elas sejam produtivas. Do contrário, com a falta de água acarretará em problemas na produção de leite, no crescimento do animal e na sua saúde. Na propriedade estudada, a água encontrada é abundante e de ótima qualidade, vinda diretamente de nascentes da natureza, ou seja, não há custo no que se diz respeito à água. Outro fator relevante no que diz respeito ao custo é a energia consumida pela atividade leiteira. Na propriedade há um medidor específico para a atividade, ou seja, padrão das Centrais elétricas de Santa Catarina - CELESC, sendo assim esta energia não precisará ser rateada, pois é totalmente utilizada para fins da atividade de produção de leite. Esses valores estarão dispostos na tabela de numeração 9. 4.2.7 Vacinas e medicamentos Quando se fala em saúde, o cuidado é dobrado para garantir o animal saudável, Moraes, [s. d.], salienta que há vários tipos de doenças que podem acometer a vida da vaca. São elas: Febre Aftosa, Brucelose, Tuberculose, Carbúnculo Sintomático, Raiva, Pneumoenterites, Mamite e Mastite. Todas essas doenças são tratadas, ou até mesmo evitadas com o uso de medicamentos e vacinas. Existem ainda, outros agentes que podem fazer com que a vaca fique frágil e em conseqüência produza menores quantidades de leite, é o caso da mosca de chifre, carrapatos e Miíases (bicheiras). Na propriedade estudada há um controle de medicamentos para evitar todos esses problemas e eles são aplicados nas vacas mensalmente. Todo mês a propriedade recebe a visita de um veterinário que realiza o exame em todo o plantel sem cobrança dos serviços, porém, os medicamentos necessários são comprados diretamente do profissional. O custo dessas medicações e vacinas encontram expostos no quadro 9.

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4.2.8 Mão de obra A propriedade conta com serviço de mão de obra de duas pessoas, filho do proprietário e sua esposa, onde os valores de suas retiradas estão discriminados na tabela de número 9. 4.2.9 Depreciação dos equipamentos e instalações A depreciação dos equipamentos e instalações ganhou bastante importância nos últimos tempos, devido ao esforço que se faz para a implantação de mecanização agrícola, com o objetivo de melhorar a produtividade na agricultura (Marion, 2012). Esta seção trata das depreciações dos equipamentos e instalações utilizados para a produção do leite, conforme tabela 7: TABELA 7 – Depreciação de máquinas e equipamentos a serem atribuídas a produção de leite

Veículos e máquinas

Val. Aquis.

Data da

Aquis.

Deprec.

Anual (%)

% Útil. bovin

a

% Útil. em

outras

atividades

Valor deprec. por mês

Ordenhadeira 20.000 2002 10% 100% 0% * Ensiladeira 12.000 2002 10% 100% 0% * Motocicleta 4.000 2012 25% 100% 0% R$ 83,33

Trator 74.000 2007 25% 100% 0% * Trator 30.000 1989 25% 100% 0% *

Roçadeira 1.500 1993 10% 100% 0% * Plantadeira 5.000 2007 10% 100% 0% R$ 41,67

Pulverizador 5.000 1993 10% 100% 0% * Carroção 15.000 2012 10% 100% 0% R$ 125,00

Mercedinha 608 20.000 1989 25% 90% 10% *

Resfriador 1300 L 6.000 2006 10% 100% 0% R$ 50,00

Depreciação mensal das máquinas e equipamentos R$ 300,00 Fonte: Dados da Pesquisa Os itens que estão com valor (*) significam que já estão totalmente depreciados, devido a sua data de aquisição.

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57 As porcentagens para a depreciação destas máquinas e equipamentos foram coletadas por meio da Instrução Normativa de número 162 de 31 de Dezembro de 1998, disponível no site da Receita Federal. 4.2.10 Depreciação dos imóveis e instalações Os imóveis e instalações da propriedade foram depreciados conforme a Instrução Normativa 162 da Receita Federal, de 31 de Dezembro de 1998, do qual trata a tabela de número 8: TABELA 8 – Depreciação de imóveis e instalações a ser atribuída a produção de leite.

Imóveis e Instalaçõe

s Invest. Aquis

. Deprec. Ano

% Bovin

o

% Outra

s ativid.

Depreciação mês uso

bovino

Galpão Alvenaria

R$15.000,00 1983 4% 100% 0% *

Galpão Alvenaria R$1.500,00 2000 4% 100% 0% R$ 5,00

Cercas (elétrica + farpado)

R$10.000,00 2010 10% 100% 0% R$ 41,67

Depreciação mensal a ser atribuída a produção de leite R$ 46,67 Fonte: Dados da Pesquisa Os itens que estão com valor (*) significam que já estão totalmente depreciados, devido a sua data de aquisição. 4.3 APURAÇÃO DOS CUSTOS TOTAIS COM A PRODUÇÃO DE LEITE DURANTE O TRIMESTRE Basicamente existem dois grupos que contam em termos de custos. São eles, custos dos produtos vendidos e custos de produção. Todos os custos são contabilizados na conta Custos de Produção – Resultado do Exercício, diferenciam-se por natureza (mão de obra direta, custos indiretos de produção, insumos) e também por atividade (agricultura, pecuária e outros) (Marion, 2012). O total dos custos de produção de leite será tratado na tabela de número 9:

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58 TABELA 9 – Apuração dos custos na produção de leite no trimestre

Custos de produção de

leite

Junho

Julho Agosto

Combustível e Lubrificantes 1.040,00 1.040,00 1.040,00

Consumo de Luz 198,67 240,00 139,91 Depreciação das Instalações 46,67 46,67 46,67

Depreciação das matrizes 1.800,00 1.800,00 1.800,00

Depreciação de Máquinas e equipamentos

300,00 300,00 300,00

Inseminação 70,00 35,00 130,00 Manutenção, Conservação e Limpeza

172,11 172,11 172,11

Medicamentos, inseticidas e vacinas

500,00 500,00 500,00

Pastagem e Azevém 958,33 958,33 958,33

Sal, rações, farelos e outros alimentos

6.118,14 6.406,15 5.955,41

pró-labore/ retiradas 3.223,00 3.732,00 3.918,00

Total dos Custos 14.426,92 15.230,26 14.960,43

Produção mensal em litros de leite 16.737 18.794 19.757

Custo/Litro 0,86 0,81 0,76 Receita/litro 0,983 1,013 1,013 Diferença # 0,12 0,20 0,25 Fonte: Dados da Pesquisa O valor da retirada pelo funcionário é feito de 20% sobre a receita do mês. Referente ao valor pago pelo litro de leite, segundo o Centro de Estudo Avançados em Economia Aplicada – CEPEA, 2013, este valor recebido ficou equiparado ao estipulado pelo centro de estudo, no qual seria uma média de R$ 1,02, chegando então a ser recebida uma média

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59 de R$ 1,00 nestes meses estudados (Junho, Julho e Agosto do ano de 2013). 4.3.1 Produção de leite Conforme Rebellatto at. al. (2011), as vacas de médio porte são mais adequadas à propriedade, pois elas não se diferem das de grande porte e ainda gastam menor valor energético para a sua manutenção e conseqüentemente produzem maiores quantidades de leite. TABELA 10 – Produção mensal de leite em litros

Matrizes Junho Julho Agosto Em Lactação 34 33 33

Produção mensal em

Litros de leite 16.737 18.794 19.757

Média por vaca (mês) 492 569,5 598,7

Média por vaca (dia) 16,4 18,9 19,9

Fonte: Dados da Pesquisa Vale ressaltar que na propriedade estudada a maioria das vacas leiteiras são de médio porte, logo, na tabela acima se destaca a produção mensal de leite produzido pelas vacas que estão em lactação, referente aos meses estudados. 4.3.2 Apuração dos resultados dos custos da produção de leite O resultado operacional (lucro ou prejuízo operacional) representa o resultado das atividades acessórias ou principais, que a pessoa jurídica obtém (Marion, 2012). Nas empresas que exploram atividade rural, seu resultado operacional não contempla as atividades acessórias, que são elas: aplicações financeiras, reversões e provisões, recuperação de créditos, alugueis ou arrendamentos, compra e venda de mercadorias, prestações de serviços, entre outros. Portanto, o regime tributário estabelecido para essas empresas aplica-se somente ao resultado apurado decorrente das atividades principais (Marion, 2012). A propriedade estudada não está caracterizada como empresa rural, portanto, constituiu-se então a apuração do resultado com base na

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60 única atividade por ela explorada, até chegar ao seu resultado operacional. Vale ressaltar que os demonstrativos foram apurados de forma individual, ao final de cada mês foi adaptado em um único demonstrativo para melhor análise. É importante lembrar que os demonstrativos foram apurados especialmente para análise, ou seja, possuem caráter extremamente gerencial.

A tabela de número 11 apresenta o demonstrativo do resultado dos três meses estudados:

TABELA 11 – Demonstrativo do resultado do trimestre (Junho/Julho/Agosto de 2013)

Receitas Junho Julho Agosto Receita do leite vendido 16.620,00 19.226,53 20.225,23

Funrural (167,91) (188,21) (211,39) Receita Operacional 16.452,09 19.038,32 20.013,84

CPV (14.426,92) (15.230,26) (14.960,43) Lucro Bruto 2.025,17 3.808,06 5.053,41

Despesas - - - LAIR 2.025,17 3.808,06 5.053,41 IRPF - - - CSLL - - -

Resultado Operacional 2.025,17 3.808,06 5.053,41 Fonte: Dados da Pesquisa

Pode-se perceber que a atividade em questão está representando

um resultado contábil positivo. Isso se deve à receita da venda do produto ser maior do que o custo para produzi-lo.

Também se leva em consideração de que a propriedade já é considerada como veterana, sendo assim, não possui financiamentos nem empréstimos, todos os equipamentos constantes nela, já estão quitados, favorecendo assim na hora de calcular a receita obtida.

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5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES Nesta seção, trazem-se os entendimentos alcançados a respeito do estudo na área da pecuária leiteira, mais precisamente, em seu custo de produção, na propriedade Beta. Este capítulo chama-se de conclusão por questões metodológicas, nele, constarão as diretrizes do estudo efetuado na propriedade, porém, esta pesquisa não acaba aqui, ela servirá de instrumento de pesquisa para futuros estudos na área. Finalizado o processo investigativo a cerca dos custos de produção, os resultados obtidos possibilitaram uma reflexão e análise das conclusões colhidas. Possibilitaram ainda relacioná-las aos objetivos determinados e à resposta ao problema norteador do trabalho de pesquisa. 5.1 CONCLUSÃO Notou-se neste estudo que uma das preocupações do proprietário era saber se realmente o seu ramo de atividade estava lhe fornecendo receita positiva, ou seja, como se comportava os custos de produção. Diante do exposto, pode-se confirmar a necessidade das empresas e até mesmo das pequenas propriedades rurais em ter um controle, mesmo sendo elaborado de forma simples, ou seja, avaliações com intenção de se ter a real situação da propriedade. Para chegar à conclusão do presente trabalho, seguiu-se uma diretriz em conformidade com o seu objetivo geral e específico. Primeiramente, se conheceu o produto (leite) e todo o processo produtivo, verificou-se que a propriedade conta com um plantel por volta de 74 animais, sendo que há um rodízio, ou seja, nem todas são produtoras de leite, pois enquanto algumas produzem, outras são afastadas por efeito de gestação e criação de novos animais, assim, este ciclo se repete o ano todo. A propriedade conta com inseminação artificial para as vacas leiteiras com a finalidade de dar mais credibilidade, ou seja, dar uma boa genética ao bezerro vindouro. As instalações elétricas, imóveis, maquinários e equipamentos já estão totalmente quitados, não há financiamento, nem empréstimos contraídos pela propriedade. A alimentação dos animais é elaborada a base de silagem, ração e pastagens, estes, que geram o maior custo para a propriedade. Depois de ordenhadas, o leite produzido é armazenado

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62 em um resfriador de 1.300 litros, conservando o produto livre de contaminações.

Diante destas informações a respeito do conhecimento do produto e propriedade, bem como, seu processo de produção, levantou-se todos os custos de produção com base na forma de custeio por absorção, este, agrega todos os custos diretos/indiretos, fixos/variáveis ao custo do produto final. Notou-se que o maior custo do trimestre foi com a alimentação do plantel, perfazendo uma média de R$ 6.159,90 (seis mil, cento e cinquenta e nove reais com noventa centavos). Ao todo, a média de custos do trimestre ficou em R$ 14.872,54 (quatorze mil, oitocentos e setenta e dois reais com cinquenta e quatro centavos). A comparação do resultado do custo de produção do leite em relação ao valor da venda do mesmo, na bacia leiteira de Treze de Maio, mais precisamente na propriedade Beta foi favorável, ela conseguiu obter resultado operacional positivo, sendo assim, apresentou lucro nos três meses estudados. O custo por litro de leite para sua produção ficou em média R$ 0,81, enquanto a receita por litro de leite foi conseguida a uma média de R$ 1,00, sendo assim, o custo para a produção de leite ficou menor que a receita, originando o lucro. Todos estes dados podem ser verificados na tabela de número 09. 5.2 RECOMENDAÇÕES PARA PESQUISAS FUTURAS Em certo ponto, o procedimento de pesquisa foi dificultado, na medida em que não havia arcabouço literário suficiente, pois é um tema pouco difundido na área contábil, por se tratar de propriedade rural, porém em relação a referências sobre o tema Custos, muito se achou o que embasou e deu mais credibilidade ao Trabalho de Conclusão de Curso. Seguindo esta linha, pesquisas futuras poderão aprofundar ainda mais este tema e encontrar maiores fontes de pesquisas. Recomenda-se então, para futuros estudos:

Aplicar este modelo de trabalho em outras atividades rurais, mas onde a mesma trabalhe com mais de um tipo de produto, assim, poderá se observar qual o comportamento dos custos nessas áreas distintas.

Utilizar-se desta pesquisa e aplicar em outras propriedades que sejam do mesmo porte, para fins de comparação e observação dos custos de produção.

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Realizar estudos em outras propriedades, em relação aos custos de produção, quando a mesma estiver passando por algum tipo de dificuldade, ou até mesmo em tempos onde acontece a baixa do valor do produto vendido, tudo, para observar como os custos se comportam nessas ocasiões e o que acontece com a receita do agricultor.

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