estruturas - np2
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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
ARQUITETURA E URBANISMO – 5º PERÍODO/NOTURNO
Andreia Borges Machado A9911A-4
Eduardo Fernando Cardoso B04256-7
Kelly Rezende Alves B040DJ-5
Sâmela Vieira Silva Evangelista B035DC-4
ESTRUTURAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Goiânia, 2013
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Andreia Borges Machado A9911A-4
Eduardo Fernando Cardoso B04256-7
Kelly Rezende Alves B040DJ-5
Sâmela Vieira Silva Evangelista B035DC-4
ESTRUTURAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Trabalho apresentado como requisito parcial
para obtenção de aprovação na disciplina de
Sistemas Estruturais – Conceitos para cálculo,
no Curso de Arquitetura e Urbanismo, na
Universidade Paulista – UNIP.
Prof. Alberto Boaventura
Goiânia, 2013
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO (SEÇÃO PRIMÁRIA)........................................................... 4
2 DESENVOLVIMENTO (SEÇÃO PRIMÁRIA)............................................... 5
2.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA................................................................................. 5
2.1.1 Seção terciária............................................................................................ 5
2.2 SEÇÃO SECUNDÁRIA................................................................................. 5
2.3 SEÇÃO SECUNDÁRIA................................................................................. 5
2.4 SEÇÃO SECUNDÁRIA................................................................................. 5
3 CONCLUSÃO (SEÇÃO PRIMÁRIA)............................................................ 6
REFERÊNCIAS............................................................................................. 7
APÊNDICE A – Título do apêndice............................................................ 8
ANEXO A – Título do anexo....................................................................... 9
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1. INTRODUÇÃO
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2. ESTRUTURA
A estrutura pode ser classificada como a parte resistente de uma construção cuja
função básica é o transporte de esforços.
2.1. ELEMENTOS ESTRUTURAIS BÁSICOS
2.1.1. LAJES
As lajes são elementos de forma laminar (placas) dispostos geralmente no plano
horizontal. Submetidos fundamentalmente a esforços de flexão e cargas normais ao seu plano
médio (na maioria dos casos).
Fig. 01 – Laje
2.1.2. VIGAS
As vigas são elementos de barras, dispostos geralmente no plano horizontal e são mais
rígidas que as lajes. Submetidas principalmente a esforços de flexão e a esforços cortantes e
cargas normais ao seu eixo (na maioria dos casos).
Fig. 02 – Viga
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2.1.3. PILARES
Os pilares são elementos de barras, dispostos na vertical (também chamados de
colunas, principalmente em estruturas metálicas). Submetidos a esforços predominantemente
de compressão e cargas predominantemente no sentido axial.
Fig. 03 – Pilar
3. TIPOS DE ESTRUTURAS (MATERIAIS)
3.1. MADEIRA
A madeira é um material não homogêneo com muitas variações. Além disto, existem
diversas espécies com diferentes propriedades. Sendo assim, é necessário o conhecimento de
todas estas características para um melhor aproveitamento do material. Os procedimentos para
caracterização destas espécies de madeira e a definição destes parâmetros são apresentados
nos anexos da Norma Brasileira para Projeto de Estruturas de Madeira, NBR 7190/97.
Conhecer as propriedades físicas da madeira é de grande importância porque estas
propriedades podem influenciar significativamente no desempenho e resistência da madeira
utilizada estruturalmente.
Podem-se destacar os seguintes fatores que influem nas características físicas da
madeira:
• espécie da árvore;
• o solo e o clima da região de origem da árvore;• fisiologia da árvore;
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• anatomia do tecido lenhoso;
• variação da composição química.
Devido a este grande número de fatores, os valores numéricos das propriedades da
madeira, obtidos em ensaios de laboratório, oscilam apresentando uma ampla dispersão, que
pode ser adequadamente representada pela distribuição normal de Gauss.
Entre as características físicas da madeira, cujo conhecimento é importante para sua
utilização como material de construção, destacam-se:
• umidade;
• densidade;
• retratibilidade;
• resistência ao fogo;
• durabilidade natural;
• resistência química.
Outro fator a ser considerado na utilização da madeira é o fato de se tratar de um
material ortotrópico, ou seja, com comportamentos diferentes em relação à direção de
crescimento das fibras. Devido à orientação das fibras da madeira e à sua forma de
crescimento, as propriedades variam de acordo com três eixos perpendiculares entre si:
longitudinal, radial e tangencial.
Fig. 04 - Eixos principais da madeira em relação à direção das fibras.
3.1.1. CLASSIFICAÇÃO DAS MADEIRAS NA CONSTRUÇÃO
Madeiras maciças: madeira bruta ou roliça, madeira falquejada, madeira serrada.
Madeiras industrializadas: madeira compensada, madeira laminada (ou micro
laminada) e colada, madeira recomposta.
3.2. AÇO
O aço é uma liga formada basicamente dos elementos ferro (Fe) e carbono (C), comteor máximo de 1,7%. Outros elementos químicos são adicionados para modificar as
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características mecânicas do aço, de acordo com sua utilização. Estas adições também são
feitas em baixas porcentagens, por exemplo: manganês 1,65%, cobre 0,60%, etc.
Na natureza, o elemento ferro é encontrado na hematita, minério de ferro em
abundância no Brasil. O carbono acha-se na composição do carvão mineral. A fabricação do
aço é iniciada num forno especial, chamado “alto forno”, onde o minério de ferro e o carvão
mineral são levados a temperaturas bem elevadas (1500ºC). Aí, inicia-se o processo de
fabricação que dará origem ao aço, naturalmente, após uma seqüência de operações
siderúrgicas.
A primeira usina siderúrgica de porte construída no Brasil, foi a Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN), situada na cidade de Volta Redonda, inaugurada em 1946. Até
então, a produção de aço do país era insignificante. Nossas construções em Estruturas
Metálicas dependiam quase que totalmente, da importação de perfis. As poucas obras
metálicas existentes na época podiam ser resumidas em pontes ferroviárias, feitas pelos
ingleses, coberturas de pequeno porte e construções especiais, pouco freqüentes, como o
viaduto Santa Efigênia em São Paulo.
A CSN foi construída com assistência técnica da “United States Steel”, na época da
Segunda Guerra Mundial. O programa da empresa visava à fabricação de diversos
produtos siderúrgicos, em especial, os perfis metálicos. Assim, foi introduzido no Brasil o
“padrão americano” de perfis. Isto acarretou a adoção de normas de fabricação de aço de
origem americana, unidades inglesas para as dimensões dos perfis, etc.
As principais Usinas Siderúrgicas brasileiras são a CSN, Cosipa, Usiminas, Belgo-
Mineira, Cofavi (Companhia Ferro e Aço Vitória), Açominas, etc.
A produção das siderúrgicas visa atender toda a demanda nacional nas diferentes áreas
de consumo. Assim, algumas siderúrgicas atendem, por exemplo, a indústria naval, a indústria
automobilística, outras atendem a construção civil, etc.
3.2.1. PROPRIEDADES DO AÇO
• Ductilidade: é a capacidade do material de se deformar sob a ação de cargas sem se
romper. Quanto mais dúctil o aço, maior será a redução de área ou o alongamento antes da
ruptura. A ductilidade tem grande importância nas estruturas metálicas, pois permite a
redistribuição de tensões locais elevadas. As barras de aço sofrem grandes deformações antes
de se romper, o que na prática constitui um aviso da presença de tensões elevadas;
• Fragilidade: é o oposto da ductilidade. Os aços podem ter características deelementos frágeis em baixas temperaturas;
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• Resiliência: é a capacidade do material de absorver energia mecânica em regime
elástico;
• Tenacidade: é a capacidade do material de absorver energia mecânica com
deformações elásticas e plásticas;
• Dureza: é a resistência ao risco ou abrasão. A dureza pode ser medida pela
resistência que sua superfície se opõe à introdução de uma peça de maior dureza;
• Resistência à Fadiga: é a capacidade do material suportar aplicações repetidas de
carga ou tensões. É usualmente expressa como um limite de tensão que causa a falha sob
condições de esforços repetidos. Esta tensão pode ocorrer em regime elástico.
3.2.2. ESTRUTURAS ESPACIAIS
As primeiras aplicações de estruturas espaciais foram em cúpulas. Na antiguidade
estas eram construídas de pedras naturais, sendo a madeira somente utilizada a partir da Idade
Média (séc. V a XV). As primeiras estruturas reticuladas surgiram na França e na Alemanha
nos séc. XVIII e XIX.
O uso do aço nestas estruturas tem como primeiro registro uma cúpula construída no
ano de 1811 por BELLANGE e BRUNET. As abóbadas em aço surgem apenas em 1892 com
FLOPPL. O primeiro protótipo de estruturas tridimensionais pré-fabricadas foi feito por
Alexander Graham Bell, o famoso inventor do telefone que, em 1906, juntamente com alguns
colegas, fundou a “Aerial Experiment Association” para tentar construir kits de torres e
biplanos de estruturas tridimensionais pré-fabricadas. Bell construiu vários protótipos destas
estruturas com barras de mesmo comprimento, ligadas por nós bastante simples e
padronizados. Ele referiu-se a estas estruturas como de “extraordinária resistência”. Foi ele,
provavelmente, o primeiro engenheiro a mostrar como se podem fabricar estruturas simples,
leves e resistentes, dando-se atenção especial à possibilidade de redução de custos com a sua
industrialização.
Fig.05 - Bell com a provável primeira estrutura espacial pré-fabricada.
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O primeiro sistema com aplicação comercial, utilizado para cobrir edifícios industriais,
e de maior sucesso mundial até hoje, é o sistema MERO. Desenvolvido durante os anos de
1942-43 em Berlim por uma pequena equipe de colaboradores do Eng. Max
Mengeringhausen.
Este sistema utiliza conexões que permitem a união de até 18 barras sem causar
excentricidade na ligação. O sucesso e as vantagens que o sistema MERO trouxe induziu a
que diversos novos sistemas fossem desenvolvidos. Atualmente existem dezenas de sistemas
patenteados e de uso comercial no mundo. Um dos primeiros pesquisadores a se interessar
pelo estudo mais aprofundado destas estruturas foi o Prof. Z. S. MAKOWSKI. A partir do
início da década de 50, seus inúmeros estudos e publicações fizeram com que ele se tornasse
uma das grandes referências mundiais neste tema.
Durante muitos anos, o uso destas estruturas como alternativa estrutural foi
prejudicado pela falta de uma solução que permitisse uma avaliação mais precisa dos esforços
internos − ou pelo menos confiável − já que, por serem de hiperestaticidade elevada, somente
métodos aproximados poderiam ser utilizados. Apenas nas três últimas décadas, com o
advento dos computadores, é que estas estruturas passaram a ser mais utilizadas.
O uso das estruturas espaciais concentra-se, nos dias atuais, basicamente nas
coberturas. Em pisos, este tipo de estrutura, combinada com laje de concreto, já foi utilizado
mostrando-se como uma boa alternativa à laje nervurada − somando-se aí a possibilidade de
pré-fabricação de todo o piso e também propiciando redução das forças nos pilares oriundas
do peso próprio da laje. Em pontes também há registros do uso dessas estruturas.
A beleza intrínseca a estas estruturas faz com que elas também sejam utilizadas sem
finalidade estrutural como, por exemplo, em ornamentos de fachadas. Observa-se também a
sua utilização como uma alternativa de estrutura auxiliar com o objetivo de ‘esconder’
instalações elétricas e de refrigeração em coberturas.
3.3. CONCRETOO concreto é um material resultante da mistura íntima e proporcionada de um
aglomerante (cimento), agregados miúdos, agregados graúdos e água. É considerado o
material mais importante na construção civil e possui várias aplicações além da estrutural, tais
como: revestimento, pavimentos, paredes, canalizações, fundações, etc. É necessário o
conhecimento dos materiais que compõem o concreto, além do aperfeiçoamento dos métodos
de cálculo, para que se possa aproveitar melhor as características do produto.
3.3.1. PROPRIEDADES DO CONCRETO
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Do conhecimento das propriedades do concreto, depende a correta utilização deste
material para cada tipo de obra. Assim é que determinadas propriedades são imprescindíveis
para certos tipos de obras, porém são dispensáveis para outras. Por exemplo: a
impermeabilidade do concreto é qualidade essencial para obras hidráulicas, porém não é tão
importante nas estruturas de edifícios.
Massa específica: É uma propriedade importante nos cálculos do peso próprio da
estrutura, varia de acordo com o processo de execução (adensamento, tipo de agregados e
quantidade de vazios).
- concreto armado: 2,4t/m³
- concreto leve: 1,9t/m³
- concreto pesado: 3,5 a 5,5 t/m³
Resistência mecânica: É a principal propriedade dos concretos, é influenciada por
diversos fatores:
- relação água/cimento: a maioria dos defeitos na resistência mecânica do concreto são
causados pelo excesso de água colocado a fim de facilitar o amassamento. A influência desta
relação é representada pela quantidade de água não necessária à hidratação do cimento e que
irá evaporar, deixando vazios no interior, os quais serão diretamente responsáveis pela queda
da resistência.
- idade: quanto maior a idade do concreto, maior sua resistência mecânica.
Durabilidade: A durabilidade do concreto é relacionada com o fator água/cimento. Há
tabelas determinadas por pesquisadores que limitam esta relação em concretos, dependendo
das dimensões da peça e do tipo de exposição. É também importante obter uma
trabalhabilidade adequada, operações perfeitas de amassamento, adensamento e cura.
Permeabilidade e absorção: Essas propriedades são afetadas por diversos fatores:
- materiais constituintes: água (quantidade e pureza), cimento (quantidade, finura e
composição), agregados (quantidade, tipos, graduação, impurezas e umidade) e aditivos(quimicamente ativos ou inertes);
- métodos de preparação: mistura, lançamento, adensamento e acabamento;
- tratamento: idade, cura e condições de ensaio.
Deformação: O concreto se deforma sob ação de vários fatores, tais como: hidratação
do cimento, solicitação mecânica, variações hidrométricas e térmicas. As solicitações
mecânicas são responsáveis por dois tipos de deformação: imediata (aparece logo após a
aplicação do carregamento) e lenta (aparece ao longo do tempo com a manutenção docarregamento).
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A variação de volumes devida às variações hidronométricas e à retração é função da
quantidade de cimento e da relação água/cimento, aparecendo então as fissuras. Várias causas
contribuem para o fissuramento da estrutura: resistência do concreto, relação entre as
resistências do concreto e do aço, variações dimensionais devidas à retração e espessura do
comprimento da armadura.
Com exceção das estruturas destinadas à contenção de água, é admissível o
aparecimento de fissuras. Elas geralmente aparecem nas zonas de tração onde são diferentes
as deformações do aço e do concreto.
- Estruturas expostas à intempéries (pontes): primeiramente se dá uma contração
(retração) e depois, expansões e contrações, que dependem das condições de exposição da
estrutura e do grau de umidade da atmosfera.
- Estruturas protegidas: há retração inicial e pequena, ou nenhuma, deformação devida
às condições atmosféricas.
- Estruturas submersas: o concreto expande quando a estrutura entra em serviço,
havendo uma soma algébrica de efeitos. Porém, quando a estrutura é esvaziada para limpeza
ou manutenção ela se comporta como estrutura exposta.
- Estruturas expostas às intempéries durante a construção, verifica-se a retração inicial,
enquanto o cimento reage.
Outro tipo de deslocamento que pode ocorrer é devido às fundações. Quando a
capacidade portante do solo não é uniforme, os recalques diferenciais podem aparecer,
causando fissuramento.
Propriedade acústica: O coeficiente de redução de ruído tem um valor típico de 0,27
para concretos normais, e de 0,45 para concretos leves. Esses valores podem variar com a
textura, porosidade e pintura da superfície.
3.3.2. CONCRETO ARMADOConcreto Armado é um material de construção resultante da união do concretosimples
e de barras de aço, envolvidas pelo concreto, com perfeita aderência entre os doismateriais, de
tal maneira que resistam ambos solidariamente aos esforços a que forem submetidos.
Para a composição do concreto armado, pode-se indicar esquematicamente:
1) cimento + água = pasta
2) pasta + agregado miúdo = argamassa
3) argamassa + agregado graúdo = concreto
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4) concreto + armadura de aço = concreto armado. Nesse item pode-se fazer uma nova
subdivisão em função da forma de trabalho da armadura:
4.1 - concreto + armadura passiva = concreto armado
4.2 - concreto + armadura ativa = concreto protendido; neste caso a armadura (ou a
cordoalha) é preliminarmente submetida a esforços de tração visando melhorar o desempenho
estrutural da peça a ser concretada. Deve-se destacar a possibilidade de utilização da
“argamassa armada” (algumas vezes também chamada de “microconcreto”) que tem a mesma
origem do concreto armado só com a ausência do agregado graúdo. Normalmente, como
armação, são utilizadas as tradicionais telas soldadas. Os elementos de argamassa armada são
caracterizados pela pequena espessura - da ordem de 20 mm em média.
Atualmente, está sendo cada vez mais empregado nas estruturas o “Concreto de Alto
Desempenho” - CAD. É um concreto obtido com um aditivo superfluidificante e com a adição
de sílica ativa. O CAD é um concreto com propriedades superiores às do concreto tradicional,
sobretudo quanto à durabilidade e à resistência. Ele é mais resistente, menos poroso, mais
impermeável, mais resistente à ambientes agressivos, apresentando maior proteção para as
armaduras e possui maior durabilidade. Enquanto as resistências características (fck) dos
concretos tradicionais normalmente não ultrapassam 21 MPa, com o CAD é possível se
atingir resistências superiores a 100 MPa.
Outra alternativa existente é a possibilidade de se adicionar às misturas de argamassas
e de concretos determinadas fibras sintéticas, de materiais poliméricos (propileno), vidro (com
restrições), poliéster ou náilon, fibras de aço e carbono. Estas fibras melhoram o
comportamento dos elementos com elas fabricados, trazendo vários benefícios técnicos como:
redução da retração plástica, aumento das resistências ao impacto, à abrasão, ao fogo e à
penetração de substâncias químicas e da água. Entretanto, não possuem função estrutural e
não devem substituir as armaduras convencionais.
3.3.3. CONCRETO ARMADO – VANTAGENS
a) Economia - o concreto se revela mais barato que a estrutura metálica, exceto em
casos de vãos muitos grandes. Em muitos casos os agregados podem ser obtidos no próprio
local da obra. Não exige mão de obra especializada.
b) Durabilidade - a resistência do concreto aumenta com o tempo.
c) Adaptação a qualquer tipo de forma.
d) Manutenção e conservação praticamente nulas.e) Resistência ao fogo.
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f) Impermeabilidade.
g) Monolitismo.
h) Resistência ao desgaste mecânico (choques, vibrações).
i) Facilidade de execução (fácil emprego e manuseio).
3.3.4. CONCRETO ARMADO – DESVANTAGENS:
a) Grande peso-proprio 2500 kg / m3 (pode ser reduzido com utilização de agregados
leves)
b) Reforma e demolições difíceis ou ate impossíveis.
c) Baixo grau de proteção térmica.
d) Demora de utilização (o prazo pode ser reduzido com a utilização de aditivos).
3.4. CONCRETO PROTENDIDO
Datam do final do século passado, as primeiras experiências de uso do concreto
protendido. Foram tentativas fracassadas provocadas pelas perdas provenientes da retração e
fluência do concreto que praticamente anularam as forças iniciais de protensão. Eugene
Freyssinet (França, 1928) utilizou arames refilados de alta resistência resolvendo o problema
gerado pela perda progressiva de protensão. Hoyer, na Alemanha, fez as primeiras aplicações
práticas do concreto protendido com aderência inicial utilizando fios de alta resistência.
A primeira ponte protendida foi a de Aue, na Alemanha, projetada por Dischinger
(1936) com protensão sem aderência (cabos externos). Com os equipamentos e ancoragens de
protensão (fabricados inicialmente por Freyssinet na França em 1939 e Magnel na Bélgica em
1940), divulgou-se o uso do concreto protendido nas obras. Ulrich Finsterwalder, desenvolveu
a aplicação do protendido às pontes construídas em balanços sucessivos. Este processo foi
originalmente utilizado por Emílio Henrique Baumgart no projeto e construção da ponte de
concreto armado sobre o Rio do Peixe em Herval, Santa Catarina. No Brasil, a primeira ponte protendida foi construída no Rio de Janeiro em 1949,
projetada por Freyssinet. Inicialmente, procurava-se eliminar totalmente, as tensões normais
de tração com a protensão (protensão completa). Atualmente, existe a tendência em utilizar a
protensão parcial onde, em situações de combinações extremas de ações, permite-se a
fissuração da peça como ocorre no concreto armado. Desta forma tem-se, hoje, a unificação
do concreto armado com o concreto protendido constituindo o concreto estrutural.
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3.4.1. CONCRETO PROTENDIDO – VANTAGENS
a) Emprego de aços de alta resistência. Estes aços não são viáveis no concreto armado
devido à presença de fissuras de abertura exagerada provocadas pelas grandes deformações
necessárias para explorar a sua alta resistência; além disso, em certas situações existem
dificuldades para se conseguir estas deformações. Ao mesmo tempo em que a alta resistência
constitui uma necessidade para a efetivação do concreto protendido (por causa das perdas
progressivas), ela elimina os problemas citados.
b) Eliminação das tensões de tração. Havendo necessidade, consegue-se eliminar as
tensões de tração e, portanto, a fissuração do concreto. De qualquer forma, constitui um meio
eficiente de controle de abertura de fissuras quando estas forem permitidas.
c) Redução das dimensões da seção transversal. O emprego obrigatório de aços de alta
resistência associado a concretos de maior resistência permite redução das dimensões da
seção transversal com redução substancial do peso próprio. Têm-se, assim, estruturas mais
leves que permitem vencer maiores vãos. Também, a protensão favorece a resistência ao
cisalhamento, além de reduzir a força cortante efetiva.
d) Diminuição da flecha. A protensão, praticamente, elimina a presença de seções
fissuradas. Tem-se, assim, redução da flecha por eliminar a queda de rigidez a flexão
correspondente à seção fissurada.
e) Desenvolvimento de métodos construtivos. A protensão permite criar sistemas
construtivos diversos: balanço sucessivos, pré-moldados e etc.
3.4.2. CONCRETO PROTENDIDO – DESVANTAGENS
Problemas com armaduras ativas e desvantagens do concreto protendido.
a) Corrosão do aço de protensão. Como nos aços de concreto armado as armaduras de
protensão também sofrem com a corrosão eletrolítica. No entanto nas armaduras protendidas
apresentam outro tipo de corrosão, denominado corrosão sob tensão (stress-corrosion)
fragilizando a seção da armadura, além de propiciar a ruptura frágil. Por este motivo àarmadura protendida deve ser muito protegido.
b) Perdas de protensão. São todas as perdas verificadas nos esforços aplicados nos
cabos de protensão.
b.1) Perdas imediatas, que se verificam durante a operação de estiramento e
ancoragem dos cabos:
b.1.1) Perdas por atrito, produzidas por atrito do cabo com peças adjacentes, durante a
protensão;
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b.1.2) Perdas nas ancoragens. Provocadas por movimentos nas cunha de ancoragem,
quando o esforço no cabo é transferido do macaco para a placa de apoio;
b.1.3) Perdas por encurtamento elástico do concreto.
b.2) Perdas retardadas, que ocorrem durante vários anos:
b.2.1) Perdas por retração e fluência do concreto. Produzidas por encurtamentos
retardados do concreto, decorrentes das reações químicas e do comportamento viscoso.
b.2.2) Perdas por relaxação do aço, produzidas por queda de tensão nos aços de alta
resistência, quando ancoradas nas extremidades, sob tensão elevada.
c) Qualidade da injeção de nata nas bainhas e da capa engraxada nas cordoalhas
engraxadas.
d) Forças altas nas ancoragens.
e) Controle de execução mais rigoroso.
f) Cuidados especiais em estruturas hiperestáticas.
3.5. ESTRUTURAS MISTAS
3.5.1. AÇO E CONCRETO
O desenvolvimento dos diversos sistemas estruturais e construtivos fez surgir, entre
outros, os sistemas formados por elementos mistos aço-concreto, cuja combinação de perfis
de aço e concreto visa aproveitar as vantagens de cada material, tanto em termos estruturais
como construtivos. Nas construções mistas, o concreto foi primeiramente usado, no início do
século, como material de revestimento, protegendo os perfis de aço contra o fogo e a corrosão
e embora o concreto pudesse ter alguma participação em termos estruturais, sua contribuição
na resistência era desprezada. Hoje, vigas, colunas e lajes mistas são intensamente usadas em
edifícios multi-andares no exterior e estão evoluindo no Brasil. A construção em sistema
misto é competitiva para estruturas de vãos médios a elevados, caracterizando-se pela rapidez
de execução e pela significativa redução do peso total da estrutura.
3.5.2. LAJES MISTAS
O sistema de lajes mistas consiste na utilização de uma fôrma permanente nervurada
de aço, como suporte para o concreto antes da cura e da atuação das cargas de utilização.
Após a cura do concreto, os dois materiais, a fôrma de aço e o concreto, solidarizam-se
estruturalmente, formando o sistema misto. A fôrma de aço substitui então a armadura
positiva da laje.
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Fig. 06 – Laje mista
São diversas as funções das fôrmas de aço empregadas nas lajes mistas. Além de
suportarem os carregamentos durante a construção e funcionarem como plataforma de
trabalho, contraventam a estrutura, desempenhando o papel de diafragma horizontal,
distribuem as deformações por retração, evitam a fissuração excessiva do concreto,apresentam vantagens como a possibilidade de dispensa do escoramento da laje e a facilidade
oferecida à passagem de dutos e instalações. O comportamento misto é alcançado após a cura
do concreto da laje, quando a fôrma de aço transmite as tensões cisalhantes horizontais na
interface com o concreto através de ligações mecânicas fornecidas por saliência e
reentrâncias (mossas) existentes na fôrma.
3.5.3. VIGAS MISTAS
As vigas mistas resultam da associação de uma viga de aço com uma laje de concreto
ou mista, cuja ligação é feita por meio dos conectores de cisalhamento, geralmente soldados à
mesa superior do perfil. Em edifícios, o perfil mais utilizado como viga de aço é do tipo "I".
As lajes de concreto podem ser moldadas in loco, com face inferior plana ou com fôrma de
aço incorporada, ou ainda, podem ser formadas de elementos pré-fabricados.
Uma das vantagens da utilização de vigas mistas em sistemas de pisos é o acréscimo
de resistência e de rigidez propiciados pela associação dos elementos de aço e de concreto, o
que possibilita a redução da altura dos elementos estruturais, resultando em economia de
material.
Fig. 07 – Viga mista
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As vigas mistas podem ser simplesmente apoiadas ou contínuas. As simplesmente
apoiadas contribuem para a maior eficiência do sistema misto, pois a viga de aço trabalha
predominantemente à tração e a laje de concreto à compressão.
Com relação ao método construtivo, pode-se optar pelo não escoramento da laje
devido à necessidade de velocidade de construção. Por outro lado, o escoramento da laje pode
ser apropriado caso seja necessário limitar os deslocamentos verticais da viga de aço na fase
construtiva.
3.5.4. PILARES MISTOS
Os pilares mistos, de maneira geral, são constituídos por um ou mais perfis de aço,
preenchidos ou revestidos de concreto. A combinação dos dois materiais em pilares mistos
propicia além da proteção ao fogo e à corrosão, o aumento da resistência do pilar. Essa
combinação contribui para o aumento na rigidez da estrutura aos carregamentos horizontais.
A ductilidade é outro ponto que diferencia os pilares mistos, os quais apresentam um
comportamento mais "dúctil" quando comparados aos pilares de concreto armado.
Existem também outras vantagens, tal como a ausência de fôrmas, no caso de pilares
mistos preenchidos, possibilitando a redução de custos com materiais, mãode- obra e
agilidade na execução. Os pilares mistos são classificados em função da posição em que o
concreto ocupa na seção mista. A figura 8 ilustra algumas seções típicas de pilares.
Os pilares mistos revestidos caracterizam- se pelo envolvimento, por completo, do
elemento estrutural em aço, conforme ilustra a figura 8(a). A presença do concreto como
revestimento, além de propiciar maior resistência, impede a flambagem local dos elementos
da seção de aço, fornece maior proteção ao fogo e à corrosão do pilar de aço. A principal
desvantagem desse tipo de pilar é a necessidade de utilização de fôrmas para a concretagem,
tornando sua execução mais trabalhosa, quando comparada ao pilar misto preenchido.
Fig. 08 – Pilares mistos
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Os pilares mistos, parcialmente revestidos, caracterizam-se pelo não envolvimento
completo da seção de aço pelo concreto, conforme ilustra a figura 8(b). Os pilares mistos
preenchidos são elementos estruturais formados por perfis tubulares, preenchidos com
concreto de qualidade estrutural, conforme a figura 8(c) e (d). A principal vantagem é que este
dispensa fôrmas e armadura e é possível ainda a consideração do efeito de confinamento do
concreto na resistência do pilar misto.
3.5.5. CONCRETO E MADEIRA
A exposição direta e contínua das estruturas de madeira às intempéries é um motivo de
constante preocupação, pois promove a sua deterioração e compromete a segurança dessas
construções e, conseqüentemente, de seus usuários. Uma das possibilidades para amenizar
esse inconveniente consiste em associar uma laje de concreto à mesma, gerando as chamadas
estruturas mistas de madeira-concreto, que além de garantir o aumento da vida útil das
estruturas de madeira, também é capaz de melhorar o seu comportamento mecânico.
Por permitirem que as melhores qualidades da madeira e do concreto sejam
aproveitadas, os compósitos desses materiais têm se tornado populares. De fato, a madeira é
posicionada na região tracionada da seção mista, enquanto que o concreto é usado
praticamente na compressão, obtendo-se, então, sua melhor performance em termos de
resistência e rigidez. Dessa maneira é possível obter uma seção transversal estruturalmente
eficiente, sendo rígida e leve ao mesmo tempo.
Na Fig. 09 encontra-se ilustrado o sistema misto, em que se pode observar a madeira e
o concreto interligados por um conector contínuo, feito a partir de uma chapa de aço
perfurada e galvanizada. Esse sistema de conexão é patenteado pela empresa alemã HBV
Systeme, porém há inúmeras formas de realizar essa ligação, o que será apropriadamente
discutido, mais adiante.
Fig. 09 - Estrutura mista de madeira-concreto.
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Pelas suas características e particularidades, o sistema misto de madeira-concreto pode
ser empregado em obras de readequação ou revitalização, assim como em novas edificações.
Seu emprego tem sido freqüente nas readequações de edificações antigas da Europa, visando
melhorar as deficiências apresentadas pelas construções de alvenaria com piso de madeira. A
Fig. 10 mostra um detalhe da adição de uma camada de concreto em uma edificação de
alvenaria, com estrutura de piso em madeira.
Fig. 10 - Detalhe de fixação de laje de concreto em piso de madeira.
O desempenho estrutural das estruturas mistas de madeira-concreto é incentivador. Em
Ceccotti (1995) afirma-se que a capacidade de carga de um piso de madeira tradicional pode
ser dobrada e sua rigidez transversal melhorada em torno de três ou quatro vezes. Por sua vez,
em Davids (2001) se destaca que, quando comparadas às vigas de madeira e concreto com os
materiais considerados isoladamente, ou seja, sem qualquer efeito de interação, a
consideração da interação entre a madeira e o concreto resulta em um aumento de resistência
à flexão em pelo menos 40% e acréscimos na rigidez em 200% ou mais.
Em Murthy (1984) é citada a experiência com esse método, em que foram utilizados
arafusos para formar compósitos de madeira-concreto nos pisos e escadas de edifício da
National University of Singapore. Relata-se, em Ahmadi e Saka (1993), o uso de pregos de
alta resistência, como conectores, para resistirem ao cisalhamento em pisos de madeira-
concreto na região do Golfo Pérsico. Seus resultados mostraram que, a partir de uma
penetração de 11⋅d, não há quase nenhuma diferença na resistência ao cisalhamento dos
pregos e assim, fixaram essa profundidade de penetração para se obter uma resistência
suficiente. Os ensaios com as vigas produzidas mostraram que a capacidade de carga da
estrutura mista duplicou em relação a uma não composta e as flechas no meio do vão foram
reduzidas em 1/5.
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Mostram-se, em Meierhofer (1993), os pormenores de um sistema de construção
europeu, baseado no conceito de estrutura mista de madeira e concreto, e é citada a construção
de setenta projetos usando esse sistema, incluindo uma capa de concreto em um piso de
madeira existente para melhorar sua rigidez e resistência. Esse autor identifica os benefícios
desses compósitos em edifícios, especialmente em pisos, como:
• Construção rápida.
• A madeira pode atuar como forro e receber outros acabamentos.
• Considerável aumento da rigidez quando comparado aos pisos de madeira
convencionais.
• Melhoria na performance acústica e relativa ao fogo.
• Efetivo reforço e melhoria de antigos pisos de madeira quando combinados com uma
capa de concreto.
• Melhoria das condições de conforto e isolamento.
Em Natterer et al. (1996) detalha-se a aplicação do sistema misto de madeira-concreto
em edifícios de múltiplos pisos, em que uma laje de concreto é adicionada a um piso e
madeira, constituído por lâminas verticalmente pregadas com altura de 160 mm. As forças de
cisalhamento são absorvidas por entalhes na madeira, que são preenchidos pelo concreto, com
a adição de parafusos que são pós-tensionados após a cura do concreto. A vantagem desse
pós-tensionamento é que a folga causada pela retração do concreto é reduzida drasticamente.
Recomenda o seu emprego para vãos entre sete e quinze metros. Vigas mistas de
concreto e madeira serrada reforçada com fibras de vidro, em que foram utilizados parafusos
na ligação entre os materiais, foram ensaiadas e os resultados apresentados em Brody et al.
(1999). O objetivo do estudo foi avaliar o grau de composição da seção transversal. Os
resultados demonstraram que a rigidez real da viga mista é aproximadamente 67% da rigidez
teórica da viga, quando se considera a composição total dos materiais.
Em Van der Linden (1999) expõem-se os estudos sobre o sistema misto demadeiraconcreto, em que foram realizados ensaios com quatro diferentes tipos de conectores,
em corpos-de-prova assimétricos. O concreto utilizado enquadrou-se na classe C25, conforme
o Cap. 2 – Revisão bibliográfica 36 EUROCODE 2 (1989), com armadura mínima disposta
na parte central da laje. A madeira utilizada na confecção dos corpos-de-prova de
cisalhamento foi Spruce. Um dos sistemas de conexão ensaiados foi constituído por um
entalhe circular na madeira, com 70 mm de diâmetro e profundidade de 30 mm, no qual foi
inserido um pino obtido a partir de barras de aço trefilado para concreto armado, comdiâmetro de 20 mm. O concreto que preencheu esse entalhe diminuiu os efeitos de
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embutimento na madeira. O módulo de deslizamento de serviço – que será apropriadamente
definido na seção 2.5.1 – encontrado para esse sistema foi equivalente a 494 N/mm/mm.
Esse autor produziu, ainda, 40 vigas mistas com vãos variando entre cinco e seis
metros – que representa situações freqüentes em estruturas de pisos – as quais foram
submetidas à flexão em quatro pontos. A laje de concreto foi projetada para ter a menor
espessura possível, de modo a alcançar o menor peso próprio, resultando em uma espessura
de 50 mm. As vigas de MLC tiveram uma altura de 200 mm para atender aos requisitos
normativos dos estados limites últimos e de utilização, após a fixação da largura da viga de
madeira em 100 mm e da laje de concreto em 600 mm. Todas as vigas romperam-se devido às
falhas na região tracionada da MLC, nas proximidades dos nós ou emendas dentadas, e modo
frágil.
Um modelo elasto-plástico para vigas mistas de madeira-concreto, considerando a
ductilidade do sistema de ligação, é apresentado em Frangi e Fontana (2003). Os autores
ressaltam que o deslizamento entre a mesa de concreto e a viga de madeira conduz ao efeito
de composição parcial da seção transversal. Sob flexão, a hipótese de Bernoulli não é válida
para toda a seção transversal, porém, as seções podem ainda ser consideradas planas ao
analisar os materiais independentemente. Encontraram boa concordância entre os resultados
obtidos experimentalmente e aqueles gerados a partir do modelo desenvolvido. Embora os
resultados e vantagens, anteriormente apresentados, demonstrem uma perspectiva animadora
para a aplicação do sistema misto em diversos tipos de construções, até o presente momento
não existe no Brasil nenhuma especificação normativa para o seu dimensionamento.
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4. CONCLUSÃO
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5. BIBLIOGRAFIA
NBR 6118:2004 – Projeto de Estruturas de concreto.
NBR 7187:2003 – Projeto de Pontes de Concreto Armado e de Concreto Protendido.
NBR 10839:1989 – Execução de Obras de Arte Especiais em Concreto Armado e Concreto
Protendido.
NBR 9062:1985 – Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-moldado.
MAGALHÃES, J.R.M.; MALITE, M. Alguns aspectos relativos ao projeto e àconstrução de estruturas metálicas espaciais. In: CONGRESSO DEENGENHARIA CIVIL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DEFORA, 2. Juiz de Fora, 1996. Anais. Juiz de Fora, UFJF, 1996.