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EDUCAÇÃO INFANTIL E PRIMEIRO ANO
A criança e a música: nas trilhas do movimento, do som e dos sentidos
O trabalho com a música na escola deve contemplar o fazer musical em toda a sua riqueza e complexidade, o que envolve escutar sons e músicas, compor, improvisar, explorar o corpo como um instrumento musical, conhecer, manipular, registrar, identificar, tocar, dançar, cantar, apreciar diferentes gêneros musicais, enfim, produzir e pensar música. Este curso, tendo como base a proposta pedagógica presente no material didático da Educação Infantil e do primeiro ano, é um convite para sentir, apreciar, brincar com os sons, o movimento, as muitas músicas da música, bem como um espaço para a reflexão acerca dos caminhos que possibilitam um encontro sensível e criativo entre a criança e a música na escola.
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0800 725 3536
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Caro (a) Educador (a)
O espaço escolar é um lugar onde se compartilham saberes e se manifestam expressões, um lugar de múltiplas determinações culturais, constituindo-se num universo particular em que há um patrimônio imaterial cultural e histórico que se manifesta nas:
§ Práticas sociais, cerimoniais e atos festivos escolares;
§ Conhecimentos e práticas relacionados às práticas pedagógicas;
§ Técnicas de ensino e de aprendizagem.
Olhar para o Patrimônio Imaterial da escola é permitir aos educadores uma incursão a um universo que lhes confere uma identidade. Esse patrimônio imaterial é o que permite a cada um identificar o professor ou aluno dessa ou daquela instituição escolar, dizer que há um modo de ser aluno ou professor de uma escola em especial.
Por meio da preservação e da salvaguarda do patrimônio cultural escolar material e imaterial alimenta-se essa memória que torna cada escola um espaço singular em toda sua multiplicidade de saberes, fazeres, expressões e lugares, tanto na sua variedade como na sua complexidade.
Esse é o convite do Programa de Cursos “Patrimônio Imaterial, CONTEXTOS escola singular.
Acedriana Vicente SandiDiretora Pedagógica
Este texto compõe o material do Programa de Cursos Positivo 2012. Este Programa destina‐se às Escolas
Conveniadas ao Sistema Positivo de Ensino (SPE). O texto apresenta aprofundamento
didático‐metodológico da Proposta Pedagógica dos Livros Didáticos Integrados Positivo e do Portal Positivo. A
seguir, conheça a equipe de assessoria da área de Educação Infantil:
Simone Stival
Coordenadora da área de Educação Infantil
Angela Cordi
Deyse de Campos
Luciana Maria Rodrigues
Michelle Taborda
Selma Meirelles
Maria Neve Pereira
Assessoria de Educação Infantil
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FALE CONOSCO0800 725 3536
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A CRIANÇA E A MÚSICA: NAS TRILHAS DO MOVIMENTO, DO SOM E DOS SENTIDOS
PRELÚDIO
Como a música tem sido trabalhada no interior das escolas de Educação Infantil e do primeiro ano?
Essa questão irá permear nossas ações, reflexões e provocações neste curso, que tem como objetivo
primordial favorecer a reflexão sobre os caminhos que podem ser trilhados para a efetivação de um
trabalho rico, diversificado, criativo e recheado de sentido, que possibilite um encontro sensível e criativo
da criança com a linguagem musical. Para tanto, iremos:
Destacar a música como um objeto de conhecimento que deve ser descoberto pelas crianças a
partir de seu fazer musical, o que envolve sentir, pensar, apreciar e refletir sobre as muitas músicas
da música.
Provocar a reflexão sobre o fato de que a música no contexto da Educação Infantil e do primeiro
ano vem, no decorrer de sua história, atendendo a vários objetivos, alguns dos quais alheios às
questões próprias dessa linguagem. Como exemplos podemos destacar o uso da música para
atender ao propósito de formação de hábitos, atitudes e comportamentos, como lavar as mãos
antes do lanche, escovar os dentes, etc.; ou ainda, a utilização da música apenas nas datas
comemorativas. Sendo assim, procuraremos evidenciar a importância e a necessidade de romper
com a mera realização de atividades de reprodução e imitação, na qual a música é utilizada como
pretexto para o “ensino” de outros conteúdos, e valorizar as atividades de criação e produção
musical.
Destacar a importância do diálogo entre a música e outras linguagens, como, por exemplo, o
movimento, analisando situações didáticas que enfatizam e estimulam essa integração de forma
rica e significativa.
Destacar que a linguagem musical é um excelente meio para o desenvolvimento da expressão, da
autoestima e do autoconhecimento, além de poderoso meio de integração social.
Redimensionar as possibilidades de realização do trabalho com a música na escola, propondo
caminhos e situações didáticas desafiadoras, tendo como base a proposta presente no material
didático da Educação Infantil e do primeiro ano.
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O QUE É A MÚSICA? AS MUITAS MÚSICAS DA MÚSICA...
“A música não é só uma técnica de compor sons (e silêncio), mas um meio de refletir e de abrir a cabeça
do ouvinte para o mundo.” John Cage
A música é uma das múltiplas linguagens que usamos para dialogar, compreender e dar sentido ao
mundo em que vivemos! Cantamos, dançamos e tocamos para celebrar a vida, chorar as mortes, demarcar
ritos de passagem... Com a música podemos sonhar, brincar, dançar, sentir, pensar, conhecer, expressar e
comunicar! É, portanto, uma linguagem recheada de intenções, sentidos e significados.
De acordo com Brito (2003), no decorrer do processo de construção de cada cultura específica, o ser
humano transformou em linguagem expressiva a relação com o fenômeno sonoro, chegando à
denominação atual do termo música como um jogo criativo e expressivo de organização e relacionamento
entre o som e o silêncio que acontece num tempo e num espaço histórico e social. Para esta autora (Brito,
2003), a música gera formas sonoras capazes de expressar e comunicar emoções, sensações, percepções e
pensamentos que refletem o modo de sentir, perceber e pensar de um indivíduo, de uma cultura ou época.
Portanto, não é uma tarefa fácil definir o que é música, pois é a escuta que faz com que determinado
conjunto de sons e silêncios se transforme em música, ou seja, a música se realiza pela escuta subjetiva,
cultural e histórica. Afinal, escutar implica colocar atenção, estabelecer relações, discriminar, interpretar! É
atribuir sentido aos sons.
A música é, por conseguinte, arte, conhecimento, linguagem e suas manifestações são plurais, pois ela
envolve uma produção que é histórica e cultural. São muitas as músicas da música! Segundo Silva (2011, p.
110), “povos e culturas diversos apresentam paisagens sonoras diferentes e estas, por sua vez, nos trazem
o sentimento de pertencimento, de fazer parte deste ou daquele ambiente. Não é um recurso somente
musical. É subjetivo. É identitário. É expressivo. É corpóreo”.
É no contato sistemático com diferentes estilos de música que se aprende a escutar música, podendo-
se, assim, apreciar suas formas, seus estilos, seus gêneros e seus sentidos, ou seja, as muitas músicas da
música! Além disso, sabemos que o contato com a música de forma rica e criativa amplia nossas
possibilidades de expressão e comunicação, alargando nossa sensibilidade e nossa leitura de mundo.
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OS SONS E A MÚSICA!
Para que haja música, deve haver movimento, pois cada som nasce do movimento!
Teca Alencar de |Brito
O universo sonoro é infinitamente mais amplo do que nossa capacidade auditiva. Assim, escutamos
somente aqueles sons captáveis aos nossos ouvidos. Muitos sons que ouvimos passam despercebidos;
outros despertam nossa atenção, fazendo com que sejamos capazes de atribuir a eles os seus respectivos
sentidos. Com isso, vamos além do ouvir e escutamos esses sons, dando sentido a eles. Escutamos aquilo
que selecionamos do que ouvimos, como o afinador de piano que compara a altura dos sons, o mecânico
que escuta o motor do carro para identificar o problema, ou uma mãe que escuta o choro do seu filho e o
interpreta se é de cólica ou de fome. Todas essas pessoas atêm-se a detalhes e particularidades que as
auxiliam em suas leituras e interpretações. Mas, como é possível haver tantas particularidades que
caracterizam os mais variados sons?
Todos os sons que escutamos são produzidos por vibrações - movimentos rápidos de vaivém, devido à
elasticidade de determinado corpo - (Coll, 2000, p. 92). As vibrações se deslocam em forma de ondas
sonoras que são captadas pelos ouvidos. Portanto, precisa-se de três elementos para que haja o som: algo
que vibra, um meio que carrega a vibração e um interlocutor que recebe e interpreta as vibrações.
De acordo com nossas possibilidades auditivas, as ondas sonoras são identificadas conforme quatro
propriedades. São elas: altura, intensidade, duração e timbre.
Distinguimos imediatamente entre o som agudo da voz de uma criança e o som grave da voz de um
cantor (altura), entre o som do tráfego e o som forte das buzinas (intensidade) e entre as buzinas que
produzem sons curtos ou longos (duração). Notamos também se a melodia que escutamos do rádio é
tocada por um violão ou por uma guitarra (timbre).
Portanto, podem-se definir essas propriedades da seguinte maneira:
Altura: é a propriedade do som por meio da qual podemos distinguir se ele é agudo ou grave.
Intensidade: é a força do som, a propriedade que o caracteriza como muito fraco, médio, forte ou muito
forte.
Duração: é o tempo que o som permanece em nossos ouvidos, isto é, se o som é curto ou longo.
Timbre: é a propriedade do som, que nos permite distinguir a fonte sonora que o produz; podemos dizer
que é a identidade do som.
Ao combinarmos as propriedades do som acima citadas, obtemos alguns dos elementos ou
ingredientes básicos da música:
Melodia – é uma sucessão de sons de diferentes alturas e durações.
Dinâmica – são as mudanças de intensidade que ocorrem ao interpretar uma peça.
Ritmo – é um conjunto de sons de diferentes durações e valores.
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Para transformar o som em música, é preciso fazer uma seleção dos sons que vamos utilizar. Depois,
devemos estabelecer relações entre eles com a intenção de fazer música. É a intenção de ouvir e fazer
música que caracteriza os sons enquanto música. (Dalben, 2003)
Porém, é importante destacar, mais uma vez, que a música não é algo fechado, pronto e limitado por
suas próprias regras. Segundo Brito (2003, p. 8),
Enquanto for considerada uma linguagem fechada em suas próprias regras, composta por melodia, ritmo, harmonia e só, ideias equivocadas sobre o ensino de música vão continuar aparecendo. Música não é isso. A combinação de melodia, ritmo e harmonia é uma das características da música tonal do ocidente que teve séculos de história para chegar a essa estrutura. Está presente na maioria das produções que a gente ouve cotidianamente na música ocidental do séc. XV ao XIX. Mas, não é a única em todas as épocas e culturas porque nem toda música tem ritmo e melodia.
Logo, o que define o que é ou não é música é a escuta, bem como sua produção e construção que é
histórica, social, cultural. Brito (2003) destaca que John Cage, por exemplo, um músico americano que teve
uma enorme importância no século XX, rompeu com vários mitos e barreiras ao dizer que: “é música o que
eu escuto, se eu escutar como música.” Ele morava em Nova Iorque, numa rua considerada barulhenta.
Mas ele dizia que, para ele, aquilo era música, pois constantemente buscava relações entre o que ouvia,
percebia, sentia, ou seja, as texturas e tessituras do conjunto de sons que ele ouvia como música.
Essa concepção de música abre muitas possibilidades e deixa claro que, embora a música seja feita
externamente por meio dos instrumentos, da voz, etc., ela só se torna música quando você escuta. De
acordo com Brito (2003), essa reconceituação é fundamental para que possamos nos aproximar da música
das crianças, porque elas não produzem dentro de um padrão único e homogêneo, mas, sim, criando e
fazendo música de formas múltiplas, ricas, diferentes!
A MÚSICA NAS ESCOLAS DA INFÂNCIA
Tem que ter música na educação porque ela é uma forma de comunicação e expressão, uma linguagem da sensibilidade, um dos modos de expressão artística,
porque ela lida com a estética e a criatividade. A música tem a capacidade de integrar emoção e razão.
Teca Alencar de Brito
A música é uma linguagem que faz parte do conhecimento humano, é uma forma de interação e
expressão que se realiza por meio da apreciação e do fazer musical. É, portanto, um objeto de
conhecimento que deve ser descoberto pelas crianças a partir da possibilidade de pensar, sentir, fazer,
apreciar e viver intensamente as alegrias da música!
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Para Joly (2003), a presença da música nas escolas da infância é fundamental, pois, segundo a autora o
pensar, o sentir, o apreciar e o fazer música possibilitam o desenvolvimento da sensibilidade estética e
artística das crianças, o desenvolvimento da imaginação e do potencial criativo, o sentido histórico da nossa
herança cultural, os meios de transcender o universo musical de seu meio social e cultural, o
desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor das crianças. Segundo Brito (2003, p. 7), “a educação
musical não deve visar à formação de possíveis músicos do amanhã, mas, sim, à formação integral das
crianças de hoje”.
A educação musical se destina, também, a ampliar o repertório de cultura das crianças, bem como,
suas possibilidades de expressão, criação e autoria, pois, assim como a criança se utiliza da palavra, do
desenho e de outras tantas linguagens para manifestar suas ideias, ela contará com mais um meio de
expressão: a linguagem musical.
Vale ressaltar, porém, que a presença da música no contexto das escolas da infância vem, no decorrer
de sua história, atendendo a vários objetivos, alguns dos quais alheios às questões próprias dessa
linguagem. Como exemplos podemos destacar o uso da música para atender ao propósito de formação de
hábitos, atitudes e comportamentos, como lavar as mãos antes do lanche, escovar os dentes, etc., ou,
ainda, a utilização da música apenas nas datas comemorativas. Sendo assim, é necessário evidenciar a
importância e a necessidade de romper com a mera realização de atividades de reprodução e imitação, na
qual a música é utilizada como pretexto para o “ensino” de outros conteúdos, e valorizar as atividades de
criação e produção musical.
Para Brito (2003), a música, em instituições de ensino, ainda é entendida como “algo pronto”. Nessa
concepção, ensinar música significa reproduzir e interpretar músicas e desconsidera-se o processo de
construção do conhecimento musical. Outra questão importante destacada pela autora é que o ensino
tradicional de música tende a dissociar o fazer do pensar. Segundo ela,
As atividades musicais devem estar integradas com a reflexão, devem estar sintonizadas com a consciência que a criança tem em relação ao fazer musical. Assim aprender música não deve se resumir a escutar ou cantar o que já está pronto. É preciso abrir espaço para observar o que a criança faz. E isso é muito difícil quando se trabalha em um esquema em que o professor traz tudo pronto: ensina como cantar, como imitar o bicho, como fazer o gesto certo, como escrever as notas convencionais, etc. (2003, p. 9).
Por conseguinte, as crianças precisam ter a oportunidade de construir conhecimentos em música, e
isso implica criar, fazer, recriar, pensar, refletir, rompendo com a ideia de somente repetir e reproduzir.
Esse processo envolve o aprender a escutar, a pensar sobre o que ouviu e poder mostrar o que cada criança
sabe fazer com os sons que inventa. A criança está sempre muito envolvida com a pesquisa de sons, a
produção de gestos, a investigação sonora. Seu corpo inteiro está sempre atento e disposto para brincar
com os sons e, brincando, cria e recria as muitas músicas da música.
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CRIANDO TEMPOS, ESPAÇOS E MATERIAIS PARA BRINCAR, PENSAR, SENTIR E FAZER MÚSICA NA ESCOLA
Nosso objetivo principal é abrir os ouvidos das crianças para as nossas músicas, as músicas de seu ambiente, de outras civilizações,
as músicas dos seus e de outros mundos. Dulcimarta Lino
O fazer musical é uma forma de expressão e comunicação que envolve, segundo o Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), três grandes possibilidades de ação: a interpretação, a
improvisação e a composição. Cada uma dessas ações possui características e peculiaridades próprias.
A interpretação envolve imitação e reprodução de uma obra musical. Porém, trata-se de uma imitação
transformada pela ação expressiva do intérprete, que irá sentir, pensar e, dessa forma, interpretar a
música.
A improvisação é a criação instantânea, mas guiada por critérios e referenciais prévios. Isso quer dizer
que improvisar supõe conhecimento e preparação. Segundo o educador Koellreutter (2001), improvisar
não é fazer qualquer coisa: é uma atividade séria que requer planejamento. A improvisação constitui-se
numa das formas de atividade criativa do fazer musical. Por meio dos jogos de improvisação, possibilitam-
se às crianças o exercício criativo e lúdico de situações musicais e o desenvolvimento da comunicação por
meio dessa linguagem.
A composição é a criação musical caracterizada por sua condição de permanência, seja como um
registro por meio da memória, de uma gravação mecânica, seja pela escrita musical convencional ou não.
Para fazer música na escola, devemos explorar diferentes contextos e situações didáticas, tais como:
exploração, expressão e produção do silêncio e de sons com a voz, o corpo, o entorno e materiais
sonoros diversos;
reconhecimento e uso expressivo das diferentes características do som: altura, intensidade, duração e
timbre;
interpretação de músicas e canções de diferentes gêneros e épocas;
participação em brincadeiras e jogos cantados e rítmicos;
participação em jogos de improvisação;
sonorização de histórias;
elaboração e execução de arranjos (vocais e instrumentais);
criação e invenção de músicas;
construção de instrumentos musicais e objetos sonoros diversos;
escuta sonora e musical: escuta atenta e sensível e apreciação musical;
reflexões sobre a produção e a escuta.
A música é um jogo de relações entre o som e o silêncio e é importante perceber, ouvir, analisar e criar
essas relações. O fazer musical da criança deve envolver seu corpo, sua imaginação e sua inteligência.
Nesse processo, não podemos dissociar o fazer do pensar e a ênfase deve estar na vivência qualitativa da
música e na criação.
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Vale ressaltar que todos os conteúdos relativos à linguagem musical devem ser trabalhados em
situações expressivas e significativas para as crianças, tendo-se o cuidado fundamental de não tomá-los
como um fim em si mesmos. Um trabalho com diferentes alturas, por exemplo, só se justifica se realizado
no interior de um contexto musical, que pode ser um jogo de improvisação que valorize o contraste entre
sons graves e agudos.
O trabalho na área de música pode e deve, por isso, reunir uma grande variedade de fontes sonoras.
Fonte sonora é todo e qualquer material propagador de sons, sejam eles produzidos pelo corpo, pela voz,
pelos objetos do cotidiano, sons da natureza, sons dos animais, instrumentos musicais, etc.
É importante estimular a pesquisa e a exploração de uma grande variedade de objetos sonoros e
instrumentos musicais, pois a música não se faz somente com a voz humana ou com instrumentos capazes
de tocar notas musicais, como o piano ou a flauta, por exemplo, mas também, com todo e qualquer objeto
capaz de propagar sons.
O compositor Hermeto Pascoal cria música com sons produzidos por garrafas, ferramentas, conversas,
grunhidos de porco, etc O compositor italiano Ottorino Resping escreveu uma obra para orquestra
intitulada Pinheiros de Roma, na qual usa a gravação do canto de um pássaro em determinado momento da
peça. Esses exemplos nos auxiliam a compreender que todos os sons podem ser aproveitados para fazer
música, pois, oferecem muitas possibilidades de enriquecer uma composição.
O professor também pode confeccionar diversos materiais e instrumentos sonoros com as crianças,
bem como explorar brinquedos sonoros, instrumentos étnicos, etc. Com relação aos brinquedos sonoros,
devem-se valorizar os populares, como rói-rói, piões sonoros, sirenes, apitos, chocalhos, etc. Outros
objetos sonoros, como sinos de diferentes tamanhos, folhas de acetato, brinquedos que imitam sons de
animais, entre outros, são materiais interessantes que podem ser aproveitados na realização das atividades
musicais.
Quanto aos instrumentos musicais, em princípio, todos podem ser utilizados no trabalho com a criança,
procurando-se valorizar aqueles presentes nas diferentes regiões, assim como aqueles construídos pelas
crianças. No trabalho com os instrumentos musicais, o mais importante é permitir e instigar a pesquisa de
possibilidades de sons e modos de execução, em vez de ensinar um único modo, em princípio, correto, de
tocar cada instrumento.
A seguir, serão destacadas algumas situações didáticas que possibilitam um encontro sensível, criativo
e reflexivo das crianças com a música. São situações em que a música entra em cena na escola, como uma
linguagem da arte, uma fonte de expressão, de conhecimento e, portanto, um universo rico e infinito de
exploração, descoberta e criação!
Ampliando o repertório musical das crianças
O ambiente sonoro e a presença da música em diferentes e variadas situações do cotidiano são de
fundamental importância no processo de construção da linguagem musical pelas crianças. Sendo assim, é
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importante que elas tenham acesso a um repertório de qualidade e que possam desenvolver uma atitude
de escuta atenta e reflexiva dos sons e músicas que ouvem.
As crianças devem aprender a escutar os sons e a pensar sobre eles, ou seja, elas devem ir além do
mero ouvir, desenvolvendo uma escuta reflexiva e atenta dos sons que ouve. Isso porque, há uma
diferença fundamental entre ouvir e escutar. Ouvir é um processo fisiológico, característico do sentido da
audição. Escutar é algo mais, pois envolve o estabelecimento de relações, a percepção, a discriminação, o
conhecimento. A música se faz pela escuta atenta, que envolve o sentir, o perceber e o pensar. Por meio da
apreciação musical, os alunos irão ampliar e enriquecer seus conhecimentos acerca dos diferentes aspectos
relativos à produção musical, tais como: os instrumentos usados, os diferentes gêneros e estilos musicais,
etc.
Devemos nos comprometer com a formação de ouvintes sensíveis e reflexivos e isso só é possível
mediante o contato com um repertório rico e diversificado. Sendo assim, que músicas devemos cantar e
ouvir com as crianças?
Em primeiro lugar, a escolha do repertório de músicas a serem trabalhadas com as crianças deve levar
em conta a adequação da melodia, do ritmo, da letra e da extensão vocal, ou seja, as crianças precisam
cantar, mas sem esforço demasiado das cordas vocais; precisam ter contato com textos de qualidade e com
ritmos que inspiram o movimento, os gestos e a expressividade do corpo, integrando sensibilidade e
conhecimento.
É importante oferecer, também, a oportunidade de ouvir música sem texto. Ao ouvir uma música
instrumental sem um texto definido, as crianças podem dar asas à sua imaginação, deixando-se guiar pelos
sentimentos e pensamentos que a música comunica e desperta.
É fundamental, por conseguinte, levar para as crianças canções do cancioneiro popular infantil e da
música popular brasileira, músicas de outros países, música erudita, música instrumental, etc., explorando,
dessa forma, diferentes gêneros e estilos musicais de diferentes épocas, tempos e espaços.
O Livro Integrado da Educação Infantil e do Primeiro Ano vem acompanhado de CDs que trazem
grande riqueza e variedade de gêneros musicais, tais como: música popular brasileira, músicas do
cancioneiro infantil, música erudita, sons diversos para brincar e explorar, histórias contadas e sonorizadas,
etc. Enfim, o nosso compromisso é com a ampliação do universo de cultura, de linguagens e de expressão
das crianças!
Construindo instrumentos musicais e objetos sonoros com as crianças
A construção de instrumentos musicais e objetos sonoros com as crianças propicia o desenvolvimento
de habilidades, procedimentos e conhecimentos relativos à linguagem musical. Construindo instrumentos,
podem-se investigar os parâmetros do som: altura, intensidade, duração e timbre; pode-se explorar o
mecanismo e o funcionamento dos instrumentos musicais; podem-se pensar sobre questões relativas à
acústica, etc. Esse trabalho estimula, também, a criatividade, a imaginação e a interação com as artes
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visuais por meio do domínio de habilidades desenvolvidas para projetar, executar e finalizar a construção
dos instrumentos.
O objetivo desse trabalho não é substituir os instrumentos tradicionais pelos de sucatas, ou seja, um
trabalho não exclui o outro. Sua importância reside no fato de que essa experiência abre espaço para a
pesquisa e a experimentação da criança, na qual ela poderá entender, por exemplo, como os sons são
produzidos.
Durante o processo de construção dos instrumentos, é fundamental que o professor levante questões e
proponha problemas que instiguem a observação e a reflexão das crianças, estimulando-as a explorar ao
máximo as possibilidades sonoras e construtivas de cada material ou instrumento. Por exemplo, ao
confeccionar um chocalho com as crianças, o professor deve estimular nos alunos a experimentação,
levando-os a criar diferentes tipos de som e a descobrir como mudar suas propriedades (altura,
intensidade, timbre, duração). Para tanto, pode-se mudar o conteúdo (arroz, feijão, pedrinhas...) a ser
colocado num mesmo recipiente, que pode ser uma lata de refrigerante, a fim de que sejam produzidos
sons diferentes. Em outra situação, pode-se manter o conteúdo (arroz, por exemplo) e mudar o objeto,
usando latas de alumínio, garrafas plásticas, rolos de papel higiênico com as extremidades fechadas com
fita adesiva, etc.
O trabalho de construção de instrumentos com as crianças deve ser norteado pelos seguintes
princípios:
criar um clima favorável à exploração, à investigação e à pesquisa;
favorecer o trabalho cooperativo, o compartilhamento de ações e significados;
elaborar problemas interessantes que favoreçam a reflexão, a compreensão e as descobertas dos
alunos;
estimular nas crianças o levantamento de hipóteses acerca dos sons produzidos;
fazer questionamentos que estimulem nos alunos a percepção das diferenças nos sons;
vivenciar e entender questões relativas à acústica e à produção do som;
dar liberdade e oportunidade às crianças para que experimentem suas ideias, mesmo quando se sabe
que não funcionarão;
organizar o material para facilitar uma produção criativa e interessante;
selecionar e colocar à disposição das crianças sucatas e materiais de todos os tipos, tendo em vista os
conteúdos e objetivos a serem explorados;
aproveitar os recursos naturais, os materiais encontrados com mais facilidade em cada região e a
experiência dos artesãos locais;
explorar a origem e a história do instrumento musical que foi produzido.
Tão importante quanto confeccionar os próprios instrumentos e objetos sonoros é poder fazer música
com eles. Por isso, os instrumentos produzidos podem ser usados para acompanhamento, quando as
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crianças cantam, dançam, sonorizam histórias e para execução de padrões rítmicos simples e para criar
suas próprias músicas ou improvisações.
A quantidade e a diversidade de instrumentos musicais são muito grandes. Temos instrumentos
étnicos, antigos, folclóricos, de orquestras, modernos, que se organizam em três grandes grupos: cordas
(com arco, dedilhadas ou acionadas por teclado), sopro (de madeira e metal) e percussão (de altura
determinada ou indeterminada).
Há outra classificação que vale a pena conhecer, pois, em função de sua abrangência, amplia as
possibilidades de ações a serem desenvolvidas com as crianças. Os instrumentos são organizados em cinco
grandes grupos: aerófonos, idiófonos, membranófonos, cordonófonos e mecânicos/eletrônicos. A seguir,
apresentaremos uma breve descrição de cada tipo de instrumento, com algumas sugestões de como
confeccioná-los, usando material reciclado.
Aerofones
São os instrumentos cujo som é produzido pela vibração do ar, como a flauta, o oboé, a corneta, os
apitos, as buzinas, os berrantes, etc. Os alunos podem confeccionar instrumentos desse tipo usando
garrafas, canudos, tubos plásticos, além de outros materiais. Ao soprar para dentro de uma lata de
refrigerante, na extremidade de canudos ou dentro de um tubo de plástico ou mangueira de jardim, as
crianças estarão produzindo diferentes aerófonos. Seguem mais algumas sugestões:
- Megafone
a) Desenhe uma figura como esta num pedaço de cartolina, recorte e enfeite-a como quiser.
b) Enrole o papel para fazer um cone e junte as bordas, usando fita adesiva.
Depois, é só brincar e explorar as diferenças nos sons produzidos.
- Trompa de conduíte
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Conduíte é um tubo usado para proteger e conduzir fios de eletricidade. Usando um pedaço de tubo de
conduíte, basta girá-lo no ar e ouvir e experimentar os sons que ele produz. O som se modifica de acordo
com a velocidade com que o tubo é girado.
Para confeccionar uma trompa de conduíte, é necessário enrolar o tubo em forma de trompa,
prendendo com fita crepe. Numa das extremidades do tubo, pode-se colocar um cone. Depois, é só
assoprar e ouvir os sons produzidos.
Idiofones
São os instrumentos cujo corpo inteiro vibra para produzir um som musical. Esses instrumentos podem
ser feitos de madeira, plástico, ou qualquer outra espécie de material sonoro. Entre esses instrumentos
encontram-se: chocalho, reco-reco, clavas, triângulo, sino, xilofone, etc.
Esses instrumentos, por suas características, são os mais adequados para o início das atividades
musicais com as crianças. Sacudir um chocalho, ganzá ou guizo, raspar um reco-reco, percutir um par de
clavas, um triângulo ou coco são gestos motores que podem ser realizados desde cedo. É interessante
misturar instrumentos de madeira, metal, plásticos ou outros materiais para explorar as diferenças nos
sons produzidos e as diferentes formas de tocar cada um dos instrumentos. Seguem algumas sugestões de
idiofones para serem confeccionados com as crianças.
- Balão chocalho
Para confeccionar o balão chocalho, é necessário organizar e preparar os seguintes materiais: balões,
funil, diferentes tipos de grãos (arroz, feijão, etc.).
Inicialmente, cada criança poderá escolher o material que deseja colocar no interior do balão. Para isso,
usar o funil. Depois, é só encher e fechar o balão com a ajuda do professor. O uso de materiais diferentes a
serem colocados no interior do balão é importante para que o professor possa levantar questões aos
alunos que os ajudem a refletir sobre as diferenças entre os sons produzidos e sobre o que pode ser a
causa dessas diferenças.
- Peixe chocalho
Para fazer o peixe chocalho, é necessário providenciar os seguintes materiais: garrafa plástica, grãos,
pedrinhas, sementes, papel de seda e fita crepe. Em primeiro lugar, ponha os grãos dentro da garrafa e
tampe. Em seguida, embrulhe a garrafa com a folha de papel de seda, juntando-as com a fita crepe. Depois,
é só fazer os olhos e a boca do peixe, enfeitando-o como quiser! Veja as figuras a seguir:
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- Móbiles sonoros
Os móbiles sonoros podem ser construídos utilizando-se diferentes materiais, tais como: chaves,
copinhos de iogurte, tampas de plástico, conchas, pequenos chocalhos e os mais diversos tipos de sucatas.
Para confeccionar o móbile é só amarrar com barbante ou fio de náilon os materiais escolhidos num cabide,
numa peneira ou em outro suporte qualquer. Ao serem movimentados, os móbiles irão produzir diferentes
sons.
- Reco-reco
Os reco-recos podem ser produzidos usando-se garrafas de PVC, latas de alumínio e outros objetos
encontrados no dia a dia; é só adicionar a baqueta, decorar e tocar! Pode-se também, confeccionar esse
instrumento usando tubos de papelão, como os encontrados nos rolos de papel toalha. Basta envolver o
tubo com papelão ondulado.
- Castanholas
Para confeccionar as castanholas, será necessário preparar e organizar os seguintes materiais:
cartolina, tampinhas ou discos de metal, elástico e cola quente.
a) Faça moldes em cartolina como os mostrados a seguir:
b) Dobre nas linhas pontilhadas e use elásticos ou fita adesiva para segurar as pontas. Veja:
c) Cole os quatro discos de metal ou tampinhas nas pontas das castanholas com fita adesiva ou cola
quente. Depois, é só tocar!!!
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- Bracelete de sinos
Os materiais necessários para confeccionar esse instrumento são: cartolina, três “guizos”, linha, cola,
tesoura e fita adesiva.
a) Recorte, de uma cartolina, um retângulo e, nele, faça seis furos como mostra a figura abaixo:
b) Passe um pedaço de linha em cada um dos “guizos” e prenda-os no bracelete. Veja:
c) Cole as extremidades do bracelete com fita adesiva e comece a chacoalhar!
Membranofones
São os instrumentos que produzem sons pela vibração de suas membranas, batendo nelas com as
mãos ou com baquetas, como os tambores e o tamborim, por exemplo. Os alunos podem confeccionar
tambores, usando latas de alumínio, caixas, baldes e outros tipos de materiais. Seguem algumas sugestões
para confecção desse tipo de instrumento:
- Kazoo
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Esse instrumento é um misto de membranofone e aerofone. Para confeccioná-lo, é necessário
providenciar um tubo de papelão e papel celofane. Cubra uma das extremidades do tubo com o papel
celofane, prendendo-o com fita crepe. Depois, é só assoprar ou cantar uma canção utilizando a sílaba “tu”.
O ar faz o papel celofane vibrar, o que produzirá diferentes timbres.
- Tambor de bexiga
Para confeccionar o tambor de bexiga, será necessário providenciar uma lata de alumínio e uma bexiga
de boa qualidade. Estique a bexiga sobre a lata, prendendo-a com barbante, elástico ou fita crepe. É
importante que a bexiga fique bem esticada. Para tocar o tambor, podem-se usar baquetas feitas com
pedaços de madeira e com bolinhas de sementes ou outro material.
É fundamental que as crianças sejam estimuladas a explorar diferentes tipos de baquetas e gestos para
tocar o instrumento, o que irá produzir variações na produção dos sons.
Cordofones
São os instrumentos que possuem cordas que produzem sons dedilhando-as (violão), percutindo-as
(piano) ou friccionando-as com um arco (violino).
Construir instrumentos de corda é uma atividade mais trabalhosa para se realizar com as crianças, mas
é possível fazer alguns instrumentos. Podem-se usar latas, caixas de papelão e elásticos. Basta esticar
alguns elásticos sobre uma caixa, por exemplo, que teremos uma espécie de harpa.
O importante nesse trabalho é estimular a exploração das crianças e a percepção quanto à diferença
na altura dos sons produzidos, o que dependerá do quanto o elástico estiver esticado. Outra questão
interessante é perceber a função da caixa que, nesse caso, amplifica o som. Segue uma sugestão de
instrumento para confeccionar:
- Guitarra jacaré
Para confeccionar esse instrumento, será necessário preparar os seguintes materiais: uma caixa de
papelão (pode ser de sapato), cartolina, seis elásticos, tesoura, cola, tinta, etc.
a) Pinte a caixa. Depois, desenhe duas narinas numa das extremidades da tampa da caixa de sapatos
e recorte-as.
b) Com cartolina branca, recorte e dobre os olhos do jacaré como mostra a figura.
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c) Cole os olhos do jacaré na tampa da caixa conforme indicação.
d) Coloque na outra extremidade da caixa um pedaço de cartolina para servir de suporte para as
cordas, como mostra a figura.
e) Cole ou pinte dentes na parte de baixo da caixa (nas laterais). Veja:
f) Depois, é só esticar os elásticos em torno da caixa. A guitarra está pronta! Agora, é só dedilhar suas
cordas.
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Eletrofones
São os instrumentos cujos sons são produzidos eletronicamente, como, por exemplo: caixas de
música, relógios de parede, carrilhões, realejos, órgãos eletrônicos, sintetizadores, etc. Tais instrumentos
podem servir de excelentes demonstrações e explorações para as crianças.
Sonorizando histórias
Contar e ouvir histórias, por si só, é de importância inquestionável para as crianças. Ao ouvir histórias e
também criá-las, as crianças estão ampliando seu vocabulário, enriquecendo sua fala, sua imaginação e o
conhecimento que têm sobre si mesmas e sobre o mundo que as cerca, entre muitas outras coisas.
No trabalho com a música na Educação Infantil, a história também pode tornar-se um recurso precioso.
Tal processo pode ter seu início quando o adulto, ao contar a história para a criança, torna suas frases mais
expressivas, utilizando a voz de uma forma mais dramática: variando os volumes (sem gritar), imitando
sons do cotidiano, fazendo ruídos com o próprio corpo, etc. Esse trabalho pode ser ampliado quando o
professor utiliza, também, objetos sonoros e instrumentos musicais. Muito provavelmente, a criança
começará a falar de um modo mais “musical”. Ela, com o exemplo do professor, também tenderá a
sonorizar suas histórias. Portanto, segundo Brito (2003, p. 163), “contar histórias pode ser uma atividade
ainda mais rica e envolvente se utilizarmos a voz, o corpo ou outros objetos para ilustrar sonoramente a
narrativa. É o caso, por exemplo, de imitar o ranger de uma porta, o canto do galo, o trote dos cavalos, uma
pedra caindo na água, o rugido de um leão, etc.”
O uso de instrumentos musicais e objetos sonoros nesse trabalho é muito enriquecedor, pois propicia a
exploração, a investigação e a descoberta de diferentes sons, visto que as crianças e os professores terão
que pesquisar o instrumento ou o objeto sonoro que mais se aproxima do som que desejam representar.
São atividades de percepção e discriminação auditiva que apuram a sensibilidade e a escuta, além de
trabalhar a imaginação e a criatividade.
A música e os sons: fonte de jogos, brincadeiras e descobertas
Se entendemos o jogo como um cenário de criação, investigação, comunicação e expressão e,
portanto, um tempo e um espaço rico em descobertas e aprendizagens, poderemos, então, oportunizar o
encontro da música com o jogo em sala de aula? Certamente que sim. Segundo o RCN (1998, p. 70), “a
música na educação infantil mantém forte relação com o brincar. Em algumas línguas, como no inglês (to
play) e no francês (jouer), por exemplo, usa-se o mesmo verbo para indicar tanto as ações de brincar,
quanto as de tocar música. Em todas as culturas, as crianças brincam com a música.”
Trata-se, pois, de um verdadeiro “encontro” entre as crianças e a música nos seus mais diversos
aspectos: dos instrumentos e das possibilidades que eles oferecem, dos sons e das noções elementares que
eles ocultam/revelam, indo do som agudo ao grave, do forte ao fraco, do rápido ao lento, etc., ou seja, o
jogo torna-se uma fonte de descobertas e problemas interessantes aos alunos, que, ao explorarem o jogo,
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exploram também o universo da música. Dessa forma, os jogos e as brincadeiras se constituem em um
recurso valioso para instigar e provocar o prazer de fazer, descobrir e produzir música por meio de uma
participação ativa e compartilhada nas mais diversas formas de expressão musical (o canto, a dança, etc.).
A seguir, serão apresentadas algumas sugestões de jogos e brincadeiras para enriquecer o trabalho
com a música no interior da escola.
TRILHA SONORA 1
Materiais necessários:
trilha sonora;
1 dado de quantidade para cada equipe;
marcadores (peões coloridos, tampinhas, etc.).
Conversando sobre as regras do jogo
Para a realização desse jogo, é necessário confeccionar uma trilha com desafios sonoros, para cada
duas ou três crianças. Pode-se, também, fazer uma trilha em tamanho gigante para colocar na parede e
jogar com todo o grupo de forma coletiva. Caso o número de crianças seja muito grande, pode-se dividir a
turma em duas ou três equipes para jogar. Ao jogar com uma trilha para a turma toda, a participação do
professor será maior, pois ele irá organizar e mediar as jogadas que serão realizadas.
Nessa trilha, proponha ideias interessantes e que desafiem as crianças a pensarem, como, por
exemplo: imite o zumbido de uma abelha, cante uma música conhecida o mais fraco possível, imite o som
de um instrumento musical de que você gosta, imite com o seu corpo o som de um tambor, dance uma
música conhecida, avance duas casas, e outras. É importante criar desafios interessantes que permitam às
crianças elaborar, experimentar, vivenciar, resolver problemas e compartilhar ideias que envolvam a
linguagem musical.
Antes de realizar esse jogo, é importante explorar com as crianças diferentes fontes sonoras, sejam de
instrumentos musicais, de objetos sonoros, sons de animais e outras, bem como canções populares,
regionais, eruditas, etc. Isso é fundamental para a realização desse jogo, pois os desafios presentes na trilha
devem ser possíveis de serem realizados pelas crianças, ou seja, devem envolver conhecimentos já
explorados e vivenciados por elas.
É de fundamental importância combinar as regras de forma antecipada com os alunos, oferecendo
espaço para a participação de todos na elaboração e na compreensão dessas regras. As regras desse jogo
são:
cada jogador, na sua vez, lança o dado;
conforme o número sorteado, ele deverá andar a quantidade de casas correspondentes;
ao parar com o marcador em uma das casas da trilha, o jogador deverá observar se há um comando e,
se houver, fazer o que se pede;
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o objetivo do jogo é ser o primeiro a chegar ao final da trilha.
Durante o jogo, a intervenção do professor é de suma importância. Ele deve ficar atento às
necessidades das crianças, falando, cantando e brincando com e para elas. Dessa forma, elas estarão
desenvolvendo a sua capacidade de atenção, tornando-se cada vez mais capazes de ouvir, traduzir e
interpretar os sons do seu entorno e, com isso, aprendendo música de forma compartilhada, interativa e
criativa.
Possibilidades pedagógicas:
Esse jogo estimula e favorece:
o brincar como fonte de desenvolvimento e aprendizagem;
o reconhecimento e a familiarização de diferentes fontes sonoras do seu entorno;
ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais;
brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais;
a exploração e a identificação de elementos da música para se expressar, interagir com os outros e
ampliar seu conhecimento de mundo.
TRILHA SONORA 2
Essa é apenas uma variação do jogo anterior, ou seja, as regras e as formas de jogar são as mesmas; o
que muda são apenas os desafios presentes no decorrer da trilha. Para a realização desse jogo, será
necessário criar uma legenda para indicar as ações a serem efetuadas na trilha. Esses desenhos deverão
fazer parte da trilha para indicar o que é preciso fazer se o marcador cair em uma casa com alguns desses
desenhos. Observe a sugestão que se segue:
Desenho de uma criança - representar o som de uma determinada fonte sonora com o corpo.
Desenho de uma boca - cantar uma música conforme solicitação na trilha.
Desenho de uma mão aberta - bater palmas conforme a indicação na trilha.
Desenho de um pé - bater os pés conforme indicação na trilha.
Desenho de um instrumento musical - imitar o som daquele instrumento usando a voz.
À medida que segue o jogo, as crianças vão criando expectativas em relação aos desafios colocados na
trilha. Discuta com elas as regras do jogo e estabeleça outros combinados de acordo com as necessidades
das crianças, como por exemplo: se em uma jogada, um aluno não reconhecer o som de um determinado
instrumento que deverá imitar, permita que ele ouça esse som usando um aparelho de som ou que uma
outra criança que saiba o ajude. É de fundamental importância conservar a ideia de cooperação, interação
e troca no jogo, mesmo que haja um teor competitivo nas regras propostas.
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BINGO MUSICAL
Materiais necessários:
cartelas com fotos ou figuras de diversas fontes sonoras;
CD com os sons das fontes sonoras contidas nas cartelas;
marcadores (pedrinhas, grãos, bolinhas de papel...).
Conversando sobre as regras do jogo
Para jogar, é necessário confeccionar cartelas com fotos ou imagens de diversas fontes sonoras. Veja
modelo abaixo:
Distribua as cartelas entre os jogadores. Em seguida, coloque os sons para as crianças ouvirem
utilizando um CD. Pode-se, também, imitar o som dos instrumentos e das demais fontes sonoras usando a
voz ou os próprios objetos sonoros e os instrumentos musicais que foram escolhidos para compor as
cartelas. Nesse caso, as crianças não poderão ver o objeto ou o instrumento, mas somente escutá-lo. À
medida que os diferentes sons forem sendo escutados, cada criança marca na sua cartela a fonte sonora
daquele som. O objetivo do jogo é ser o primeiro a preencher a sua cartela.
Uma variação:
Para realizar essa versão do jogo bingo musical, é necessário fazer cópias das imagens contidas nas
cartelas, que funcionarão como fichas. Coloque essas fichas em uma caixa ou um saco plástico. Depois,
solicite a participação de uma das crianças para retirar uma ficha da caixinha e imitar aquele som com a voz
para que os demais marquem nas suas cartelas.
Outra variação:
Auxilie as crianças a produzir e a gravar um CD com instrumentos musicais e com outras fontes
sonoras, como sons de buzinas, de pássaros, de sinos, de diferentes animais, de meios de transporte, sons
da natureza, do nosso corpo, etc. Elas poderão combinar a confecção das cartelas, utilizando desenhos ou
fotografias, ou, ainda, recortando figuras de revistas dos objetos que produzem os respectivos sons.
Depois, é só jogar e se divertir!
Desenho de
um pássaro
Desenho de
um violão
Desenho de um gato
Desenho de
um sino
Desenho de
um
cachorro
Desenho de
um piano
Desenho de
um sino
Desenho de
um carro
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Possibilidades pedagógicas
Esse jogo estimula e favorece:
o brincar como fonte de desenvolvimento e aprendizagem;
o reconhecimento e a familiarização de diferentes fontes sonoras do seu entorno;
ouvir, perceber e discriminar fontes sonoras diversas.
QUAL É A MÚSICA?
Materiais necessários:
Para realizar esse jogo, é necessário fazer uma listagem de músicas conhecidas pelas crianças. Inclua
obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e culturas, da produção musical brasileira e de outros
povos e países.
Conversando sobre as regras do jogo
Para brincar de “qual é a música” é importante que você oportunize o revezamento das crianças, para
que elas escolham uma das músicas da lista. O primeiro jogador cantarola a melodia, com ou sem a letra, e
os colegas tentam descobrir “qual é a música”. Pode-se também, organizar as crianças em 2 equipes (A e
B). A equipe A escolhe uma música para a equipe B adivinhar. Nesse caso, o desafio será, mais do que
nunca, acertar a música, pois, caso não a reconheça, o ponto vai para a outra equipe. Ganha quem fizer
mais pontos.
Uma outra possibilidade pode ser a de cada jogador cantarolar um pequeno “pedaço” da música, para
ver se os outros conseguem reconhecer a melodia. Se eles não conseguirem, o jogador cantarola mais um
pouquinho e, depois, mais um pouquinho, até que a música seja reconhecida. No caso de optarem por
equipes, pode-se estipular um tempo para cada equipe tentar acertar qual é a música.
Variações:
As crianças poderão usar brinquedos musicais em vez de cantarolarem, ou, ainda, tocar um disco ou
uma fita até que alguém identifique a música. Converse com as crianças a respeito das características da
música para auxiliá-las na identificação de cada uma delas (voz, um instrumento...).
Conforme as crianças forem adivinhando e cantando as músicas, podem-se inserir variações no jogo e
fazer propostas como:
vamso mudar o ritmo dessa música;
vamos cantar essa música mais alto ou mais baixo? E outras.
Possibilidades pedagógicas
Esse jogo estimula e favorece:
o reconhecimento de algumas propriedades musicais, adivinhando melodias conhecidas;
o desenvolvimento da capacidade de lembrar as propriedades musicais dos sons, mantendo o tom e o
ritmo exatos.
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MEMOMÚSICA
Materiais necessários:
1 baralho com 30 cartas contendo diferentes imagens representando ações a serem realizadas;
1 suporte de cartolina para colocar as cartas.
Conversando sobre as regras do jogo
Ofereça um suporte de papel para cada jogador. Os jogadores deverão embaralhar as suas cartas,
colocando-as voltadas para baixo, formando um monte.
Cada jogador, na sua vez, pega uma carta do monte e olha sua tarefa com atenção, colocando-a no
suporte de papel, voltada para os demais jogadores. Em seguida, deverá executar a sua tarefa e passar a
vez ao próximo jogador. O próximo jogador deverá fazer a mesma coisa, e, assim, sucessivamente, até que
todos tenham jogado.
Da segunda rodada em diante, cada jogador repete o que já fez: tira uma carta, vê sua nova tarefa e põe
a carta no suporte, à direita da primeira. Entretanto, na hora de executar a tarefa, o aluno terá que se
lembrar de fazer primeiro a tarefa da carta anterior e, só depois, a da segunda carta. À medida que o jogo
avança, é preciso lembrar e fazer todas as tarefas. Vale lembrar que as cartas estão voltadas para os outros
jogadores e que, por isso, cada jogador não pode ver a sequência das suas tarefas. Eles terão que se basear
e confiar só em suas memórias. Porém, é preciso ter cuidado! Se um jogador esquecer uma das tarefas ou
executá-la fora de ordem, sairá do jogo.
Vence quem permanecer no jogo após todos terem sido eliminados ou, no caso de permanecer mais de
um, aquele que executar o maior número de tarefas na sequência correta.
Possibilidades pedagógicas
Esse jogo estimula e favorece:
o desenvolvimento da memória;
diferentes possibilidades de experimentar, descobrir e inventar sons com o próprio corpo.
BRINCANDO COM JORNAL
Materiais necessários:
folhas de jornal.
Conversando sobre as regras do jogo
Para realizar essa brincadeira, explore com as crianças o máximo de sons possíveis de serem realizados
com uma folha de jornal (amassando, apertando, assoprando, pisando, batendo a mão, os dedos...). Em
seguida, cada criança coloca uma folha de jornal aberta no chão (essa folha representa uma casa). Comente
que o som do tambor indicará que está trovejando; neste caso as crianças deverão ficar abaixadas sobre o
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jornal. O som do chocalho indicará que está chuviscando; agora, as crianças terão que andar em volta do
jornal. Repita essa brincadeira outras vezes, variando os instrumentos e as ações provenientes do som.
Possibilidades pedagógicas
Essa brincadeira estimula e favorece:
a percepção das diferenças dos sons produzidos em função da ação realizada com o jornal.
SOM FORTE, SOM FRACO, SOM SACUDIDO
Materiais necessários:
folha de papel;
giz de cera;
painel com a legenda.
Conversando sobre as regras do jogo
Sugestão de uma legenda:
Som forte
Som fraco
Som sacudido
Apresente a legenda para as crianças, explicando o significado de cada cor e usando instrumentos que
produzam os sons sugeridos acima. Por exemplo: para o som forte, uma batida forte no tambor; para o
som fraco, uma batida fraca no triângulo e para um som sacudido, um chocalho ou pandeiro. Brinque com
as crianças para que elas possam se familiarizar com os sons e estabelecer a relação com o instrumento, a
intensidade da batida e o timbre. Depois, entregue para cada criança uma folha de papel e giz de cera nas
cores sugeridas nas legendas, como por exemplo: quando tocar um som forte, a criança faz o desenho
referente a esse som (círculo vermelho grande), e assim para os demais sons indicados. É possível, também,
construir uma partitura com os símbolos usados na atividade e oferecer às crianças os instrumentos citados
anteriormente para que cada uma interprete os sons de acordo com a partitura criada.
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Possibilidades pedagógicas
Esse jogo estimula e favorece:
a percepção da identidade do som e da sua intensidade;
a leitura e a execução de partitura musical (não convencional).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMENTADAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil.
Volumes I, II e III. Brasília: MEC, 1998.
Este documento foi concebido para servir como um guia de reflexão, de cunho educacional, sobre
objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os profissionais que trabalham diretamente com crianças
de zero a seis anos, respeitando suas propostas pedagógicas e a diversidade cultural brasileira. Ele aponta
metas de qualidade que contribuem para que a criança tenha um desenvolvimento integral de sua
identidade e a capacidade de crescer como cidadã. Visa, também, a contribuir para que o saber seja
socializado num verdadeiro ambiente educativo que propicie às crianças o acesso ao conhecimento de sua
realidade social e cultural e sua conseqüente ampliação. O 1.o volume apresenta uma introdução que situa
e fundamenta concepções relativas à criança, à educação, à instituição escolar e ao profissional. O 2.o
volume é relativo ao âmbito “Formação Pessoal e Social”. O 3º volume trata do âmbito “Conhecimento de
Mundo”, composto por seis documentos referentes aos eixos de trabalho, orientados para a construção
das diferentes linguagens pelas crianças e para as relações que estabelecem com os objetos de
conhecimento.
BRITO, Teca de Alencar. Música na Educação Infantil: propostas para formação integral da criança. São
Paulo: Peirópolis, 2003.
Considerando a música como um instrumento riquíssimo para formação do indivíduo, a autora reúne
neste livro reflexões teóricas e sugestões práticas para a educação musical. O educador encontrará, nesta
obra, caminhos e novas possibilidades de trabalhar com o fazer musical em sala de aula.
COLL, César. TEBEROSKY, Ana. Aprendendo arte: conteúdos essenciais para o ensino fundamental. São
Paulo: Ática, 2000.
Obra de renomados autores, totalmente baseada nos PCN, faz parte da coleção Aprendendo. Cada
volume apresenta aspectos inovadores da didática e da psicologia da aprendizagem. Encontramos na obra
uma diversidade de conteúdos expostos de maneira clara e envolvente. O presente volume contempla as
áreas de Artes Visuais, Música, Dança e Artes Cênicas.
CRAIDY, Carmem; KAERCHER, Gládis E. Educação Infantil: pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001.
Esse livro apresenta muitos artigos de autores respeitados nacionalmente, escritos de modo direto,
simples e claro, que nasceram da prática, buscando a teoria e voltando à prática, nos mais variados campos
de interesse (espaço e tempo; legislação; desenvolvimento da criança; saúde; sexualidade; brincadeiras;
música; etc.) direcionados a todos aqueles que trabalham na educação da criança pequena. Esse livro vem
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ao encontro dos muitos pedidos de professores da Educação Infantil, que têm que dar conta de uma vasta
produção, nas mais diferentes áreas do conhecimento.
CUNHA, S.R. Vieira da, ( Org.) Cor, som e movimento: a expressão plástica, musical e dramática no
cotidiano da criança. Porto Alegre: Mediação, 1999.
Este livro traz textos que se apresentam como um diálogo vivo com os educadores. Baseando-se
em reflexões teóricas significativas, as autoras discutem dinâmicas do cotidiano escolar, sugerem materiais
e ilustram formas de trabalhar com a cor, o som e o movimento.
DE VRIES, Rheta et al. O currículo construtivista na Educação Infantil: práticas e atividades. Porto Alegre:
Artmed, 2004.
Este é um livro que tem como foco o papel do professor e oferece excelentes subsídios ao
desenvolvimento de atividades específicas, tais como: construção de instrumentos musicais,
transformações culinárias, experimentação com água, entre outras. Todas sob uma interpretação
construtivista do currículo adequado ao desenvolvimento na Educação Infantil.
HENTSCHKE, Liane; DEL BEN, Luciana (Orgs). Ensino de música: propostas para pensar e agir em sala de
aula. São Paulo: Moderna, 2003.
Esta obra é composta por uma coletânea de textos, resultante de 2 anos de estudos e práticas junto
aos docentes de música. O livro oferece meios para ampliar e transformar as ações em sala de aula. É
destinado a professores da Educação Básica com ênfase na Educação Infantil.
HORN, Maria da Graça Souza. Sabores, cores, sons, aromas: a organização dos espaços na Educação
Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004.
As reflexões expostas pela autora, nesta obra, ajudam o educador a adentrar no universo da Educação
Infantil, sob uma nova perspectiva, resultante do processo de transformação vivenciado por professores
por meio de mudanças introduzidas na organização do espaço e das atividades.
JEANDOT, Nicole. Explorando o universo da música. São Paulo: Editora Scipione, 1993.
Esta obra informa sobre as especificidades da música e também sugere inúmeras atividades para serem
usadas na educação musical. A autora dedica um capítulo inteiro à música brasileira, discorrendo sobre
suas mais variadas manifestações musicais e sobre vários compositores do nosso país.
JOLY, Ilza Zenker Leme. Educação e educação musical: conhecimentos para compreender a criança e suas
relações com a música. In: Ensino de Música: propostas para pensar e agir em sala de aula. São Paulo:
Moderna, 2003. p.113-126.
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Neste capítulo a autora cita pesquisas que comprovam a importância da música na Educação Infantil.
Discorre ainda sobre atividades musicais na escola e dá sugestões para o ensino da música na escola
regular.
STORMS, Ger.100 jogos musicais. Porto: Edições Asa, 2003.
A obra é constituída por cem jogos destinados a serem usados em múltiplas situações educativas e/ou
recreativas. Permite o contato com a educação musical num tom recreativo, mas também formativo.