edição 473

16
0,50 R$ APENAS MELHOR ATÉ NO PREÇO DOMINGO , 11/11/2012 | DIÁRIO | ANO 2 | N° 473 | CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL www.aquies.com.br @folhadocaparao » facebook.com/grupofolhadocaparao » SEM ACORDO, COMÉRCIO DE CACHOEIRO NÃO ABRE NO FERIADO PARA FUNCIONAR NA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA, DIA 15, ERA NECESSÁRIO O ENTENDIMENTO COM O SINDICOMERCIÁRIOS, O QUE NÃO ACONTECEU » A REPORTAGEM RELEMBRA A TRAJETÓRIA RELIGIOSA E POLÍTICA DE UM PADRE QUE NUNCA » SE CONTENTOU SOMENTE COM MISSAS E DEIXA UM IMPORTANTE LEGADO PARA A CIDADE “NUNCA TIVE DIFICULDADES DE ENTENDER AS ATITUDES DE PADRE ROMULO » ZAGOTTO PORQUE NUNCA O VI COMO UM REPRESENTANTE DE DEUS NA TERRA, MAS COMO UM REPRESENTANTE DOS POBRES NA IGREJA DE DEUS”. ECONOMIA | Págs 12 e 13 MONSENHOR ROMULO ZAGOTTO SE DESPEDE DE CACHOEIRO APÓS TRÊS DÉCADAS REELEITA, AGORA CLÁUDIA BASTOS PREPARA O MUNICÍPIO PARA PERDA DE ARRECADAÇÃO ESSE SERÁ O DESAFIO DA PREFEITA DE DORES DO RIO PRETO PARLAMENTARES CAPIXABAS E CARIOCAS APELAM À DILMA POR VETO AO PROJETO DE ROYALTIES CIDADES | Pág 11 JUSTIÇA DE CACHOEIRO INICIA AMANHÃ MUTIRÃO PARA PAGAMENTO DE IPTU INGRESSOS PARA AMANHECER - PARTE 2 JÁ ESTÃO À VENDA DIVULGAÇÃO LEANDRO MOREIRA MARCOS FREIRE GERAL | Págs 04 e 05 OPINIÃO | Pág 06 POLÍTICA | Pág 14 DIRETORIA DO ESTRELA DO NORTE MUDA DATA DE APRESENTAÇÃO DO ELENCO PARA 2013 ESPORTES | Pág 15 O TRABALHO SERÁ REALIZADO POR 32 OFICIAIS DE JUSTIÇA E AS DÍVIDAS PODEM LEVAR ATÉ MESMO À PERDA DO IMÓVEL POLÍTICA | Pág 14

Upload: jornal-aqui-noticias

Post on 09-Mar-2016

261 views

Category:

Documents


12 download

DESCRIPTION

jornal Aqui Notícias

TRANSCRIPT

Page 1: Edição 473

0,50R$

APENAS

MELHOR ATÉ NO PREÇO

DOMINGO, 11/11/2012 | DIÁRIO | ANO 2 | N° 473 | CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.aquies.com.br @folhadocaparao » facebook.com/grupofolhadocaparao »

sem acordo, comércio de cachoeiro não abre no feriado

PARA fuNciONAR NA PRóxiMA quiNTA-fEiRA, diA 15, ERA NEcESSáRiO O ENTENdiMENTO cOM O SiNdicOMERciáRiOS, O quE NãO AcONTEcEu »

A REPORTAGEM RELEMBRA A TRAJETóRiA RELiGiOSA E POLÍTicA dE uM PAdRE quE NuNcA »SE cONTENTOu SOMENTE cOM MiSSAS E dEixA uM iMPORTANTE LEGAdO PARA A cidAdE

“NuNcA TivE dificuLdAdES dE ENTENdER AS ATiTudES dE PAdRE ROMuLO »ZAGOTTO PORquE NuNcA O vi cOMO uM REPRESENTANTE dE dEuS NA TERRA, MAS cOMO uM REPRESENTANTE dOS POBRES NA iGREJA dE dEuS”.

EcONOMiA | Págs 12 e 13

monsenhor romULo ZAGoTTo se DesPeDe De CAChoeIro APÓs TrÊs DÉCADAs

reeLeITA, AGorA CLÁUDIA BAsTos PrePArA o mUnICÍPIo PArA PerDA De ArreCADAÇÃoESSE SERá O dESAfiO dA PREfEiTA dE dORES dO RiO PRETO

PArLAmenTAres CAPIXABAs e CArIoCAs APeLAm À DILmA Por VeTo Ao ProJeTo De roYALTIes

cidAdES | Pág 11

JUsTIÇA De CAChoeIro InICIA AmAnhà mUTIrÃo PArA PAGAmenTo De IPTU

INGRESSOS PARA AMANHECER - PARTE 2 JÁ ESTÃO À VENDA

divuLGAÇãO

LEAN

dRO M

OREi

RA

MARc

OS fR

EiRE

GERAL | Págs 04 e 05

OPiNiãO | Pág 06

POLÍTicA | Pág 14

DIreTorIA Do esTreLA Do norTe mUDA DATA De APresenTAÇÃo Do eLenCo PArA 2013 ESPORTES | Pág 15

O TRABALHO SERá REALiZAdO POR 32 OficiAiS dE JuSTiÇA E AS dÍvidAS POdEM LEvAR ATÉ MESMO à PERdA dO iMóvEL

POLÍTicA | Pág 14

Page 2: Edição 473

DOMINGO, » 11/11/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br02 OPINIÃO

EXPEDIENTEDIRETOR GERAL: Elias CarvalhoEDITOR CHEFE: Ilauro OliveiraEDITOR DE CRIAÇÃO E ARTE: Carlos Guilherme Gomes CONTATO COMERCIAL: Graça Sartório REPóRTEREs: Alissandra Mendes, Filipe Rodrigues,Leandro Moreira, Marcos Freire e Olívia MariaDIAGRAMADOREs: Carlos Guilherme Gomes e Marcelo Lopes Mothé

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Circulação: Es - Afonso Cláudio, Alegre, Alfredo Chaves, Anchieta, Apiacá, Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Conceição do Castelo, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Iconha, Irupi, Itapemirim, Iúna, Jerônimo Monteiro, Marataízes, Mimoso do

[email protected]@gmail.com

COLAbORADOREs: Sérgio Oliveira, Sérgio Garschagen, Sérgio Neves, Wagner Medeiros Junior, Ruy Guedes, Luciana Fernandes, Ricardo Lemos, Lucas Oliveira, Jussan Silva e Silva, Ramon Barros, Guilherme Gomes, Marcelo Soncino, Ewerton M. Tréggia, Alexandre GarciaE-mails: [email protected]

As matérias assinadas publicadas neste jornal, necessariamente não traduzem a opinião do próprio jornal. A veracidade das informações publicitárias veiculadas é de responsabilidade de quem as patrocina (anunciante). A legislação não impõe ao órgão que veicula o anúncio (jornal) a obrigatoriedade de verificação e comprovação da fidedignidade e correção destes anúncios. Fonte: STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Editora e Jornal Sul Capixaba Ltda - ME | CNPJ: 10.916.216.0001-55. AV. GOVERNADOR CRISTIANO DIAS LOPES FILHO, 75, bairro GILBERTO MACHADO, CEP 29.303-320, Cachoeiro de Itapemirim-ES.Anexo a GrafBand. Tel: (28) 3521 7726

Sul, Muniz Freire, Muqui, Piúma, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, São José do Calçado, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante.

FALE COM A REDAÇÃO: (28) 3521 7726 ANUNCIE / AssINE: (28) 3521 7726 / 3036 [email protected] [email protected]

Fechadas as urnas, está na hora de uma reforma política. Pre-cisamos analisar esse mundo velho de partidos de aluguel, essa quantidade imensa de líderes de legendas do tipo “eu sozinho”. Muitos caciques e poucos índios são hoje o mal do Brasil.

URNAs INGêNUAs

CONEXÃO BRASÍLIASERGIO GARSCHAGEN » - [email protected]

ALEXANDRE GARCIA

Abro jornais, revistas, ligo a TV, ouço o rádio, e o que mais aparece são conselhos de como se precaver de assaltos e sequestros. A sensação que se tem é que, se os governos não têm competência para cumprir seus deveres de dar segurança aos cidadãos, então empurram a responsabilidade para as víti-mas. As pessoas que se acaute-lem e se defendam como pude-rem. Vale lembrar que um dos conselhos que as autoridades dão é: “Não reaja.”

O país, além de não ter compe t ênc i a para conter o crime e as drogas que em geral estão na raiz da vio-lência, ainda pede que não reajamos. A turba de in-c o m p e t e n t e s avisa os ban-didos: podem assaltar, se-questrar, que estamos re-comendando p a s s i v i d a d e aos cordeiros. No referendo de 2005, 64% dos eleitores dis-seram “não” ao desarmamento porque sabem que os bandi-dos não são desarmados. E que não se deve deixar o assaltante com a certeza de que a vítima está desarmada e não vai reagir. Os bandidos percebem a con-fusão das autoridades e matam até policiais. Já são cerca de 90 policiais mortos neste ano em São Paulo.

Armas e drogas entram no país com facilidade e vão para os bandidos e traficantes. Os

viciados sustentam os trafican-tes e seus ramos criminosos. E o resultado é a falta de segurança em todas as cidades, não importa o tamanho. Quando se começa a ler os decálogos das autorida-des, sobre tudo que temos que fazer para nos prevenir, talvez a gente conclua que o melhor é se mudar para o Chile, por exem-plo. O Brasil é uma consequên-cia do enfraquecimento da lei. E não podemos dizer que a cul-pa é só daqueles que assumem cargos sem competência. A res-

pon s ab i l i d a -de também é nossa, quando não fazemos a nossa parte. Ou será que é apenas o ou-tro que sone-ga, passa sinal fechado, faz barulho para o vizinho, joga papel na rua e vota em sa-fado? Nós so-mos parte da bagunça na-cional.

E s t a m o s num beco sem saída. Ce-demos, nos

alienamos, calamos, deixamos nossa energia em clubes de fu-tebol. Estamos com 150 homi-cídios por dia. A Síria é fichi-nha, perto da nossa matança. Sem contar mais de 200 mor-tos por dia no trânsito sem lei. E esse fruto amargo e sangren-to que estamos colhendo não aparece de repente. Foi resul-tado de uma longa semeadura - e durante anos adubamos as sementes do mal. Agora aí está a colheita, a nos oferecer a paz de cemitério.

COLHEITA MALDITAO mundo assiste horrorizado à matança na Síria. Em 19 meses de lutas

entre governo e rebeldes, morreram 32 mil pessoas, segundo a ONU. Pois aqui no Brasil, no mesmo período, foram assassinadas 85 mil pessoas, segundo projeção de dados do IBGE e do Ministério da Saúde.

Essa algaravia de partidos deságua nas coli-gações esdrúxulas , do tipo Lula/Maluf, ape-nas para se conquistar uns minutos a mais nas TVs, ou, no caso cachoeirense, na associação teórica de três antigos caciques cachoeirenses – na prática eles nunca subiriam juntos no mesmo palanque – contra o novo líder político que cresce na cidade, o reeleito prefeito Carlos Casteglione.

Nossos dirigentes são avessos a mudanças. Foi uma luta a aprovação da emenda consti-tucional que instituiu o divórcio no Brasil. Os conservadores de plantão bradavam que seria o fim da família brasileira, instituiríamos o “casa-separa”, como se os casais estivessem preocupados com isso e a Igreja anunciava pecados mortais e brandia ameaças de exco-munhão aos políticos divorcistas.

A grita não será diferente na reforma política. O primeiro soaria a na proposta para suspender o voto obrigatório. So-mos hoje um dos poucos países do mundo onde votar é um direito, mas direito obrigatório. Se é obrigatório não é um direito, mas uma obri-gação.

Deveríamos debater ainda mudanças no sis-tema presidencialista, que - parece-me - só deu certo nos Estados Unidos. Aqui em Pindo-rama o (a) eleito(a) usa a máquina pública como se particular fosse ( caso do avião presidencial em campanhas nos Estados ) e fica bravo com a im-prensa quando é tratado como simples servidor público. Os presidentes eleitos se consideram ungidos pelos deuses e, baseado por esse poder oligarca. investem em obras e medidas decididas ao seu talante. É o caso do Sarney e a ferrovia Norte-Sul; de JK e Brasília; a PEC da reeleição de FHC e as obras do PAC que pecaram por não terem sido agrupadas por especialistas em planejamento. A decisão de um governador em criar escolas de tempo integral não é respeitada pelo sucessor. Porque não é decisão da sociedade.

Lembro-me de uma cobertura sobre um en-contro da ONU realizado na Suíça. O enviado da Folha, Paulo Rossi, mostrou que os primei-ros-ministros e presidentes europeus chegavam em dois carros, o segundo com seguranças. Um premiê escandinavo chegou sozinho, dirigindo o próprio veículo popular. Apenas os dirigentes de países atrasados e pobres chegavam à fren-te de um séquito de veículos embandeirados e batedores com as sirenes a anunciar a chegada

de Suas Excelências. Típica mentalidade tercei-romundista.

Poderíamos experimentar o voto distrital, simples ou misto e fortalecer os partidos po-líticos, cujos programas parecem os hinos dos times cariocas, todos de Lamartine Babo. No Brasil nem políticos do DEM aceitam o rótulo de conservadores. Não há ideologias nos nossos partidos em siglas comunistas apóiam candi-datos da direita, na ânsia de conquistar vagas ministeriais.

Os eleitores, de modo geral, acabam se lixan-do para programas partidários e votam em no-mes. Coloco-me nessa situação: votei em Fruet para senador e tornaria a apoiá-lo hoje, se ainda votasse em Curitiba. Pouco me importa a le-genda. O Lerner é do DEM e votaria nele hoje. Em Cachoeiro, votei em Hélio Manhães e em Roberto Valadão, ambos do velho MDB, mas

nessa eleição teria vota-do no Casteglione. Em Brasília, meu voto para senador foi para Cris-tovam Buarque (PDT) e, em eleições futuras estarei com o Reguffe, e nem sei em qual partido ele se alinha. Sei apenas que realiza, no dia a dia e na prática, reformas po-líticas de base: não aceita salários extras, contrata apenas cinco assessores e por isso é colocado à margem pelos caciques.

Votei ainda em Má-rio Covas (PSDB) no primeiro turno pre-sidencial de 1989 e apoiei Lula duas vezes. Ao contrário dos atuais lulistas, exacerbados ou não, na minha modes-ta opinião ele fez um péssimo governo: não me impressiono com

os índices de popularidade ( acho até que esse percentual comprova falta de prioridade administrativa e práticas populistas ) e lem-bro que os seguidos apagões elétricos e da infraestrutura nacional como um todo - além do triste episódio do mensalão - bastam para mim. Não sei mais quem é Lula: aquele que peitava a ditadura e lutou contra a oligarquia collorida ou esse arremedo atual que se alia ao que existe de mais retrógrado na política – Paulo Maluf.

O processo político nacional é falho, exata-mente pela falta de fidelidade partidária dos eleitores. Talvez esteja aí o atalho para que aventureiros perigosos, como Jânio Quadros e Fernando Collor, criador do extinto PRN, conquistem votos explorando a ingenuidade dos eleitores, que não ligam para essas siglas partidárias sem importância.

Lembro-me de uma cobertura sobre um en-contro da ONU realiza-do na Suíça. O enviado da Folha, Paulo Rossi, mostrou que os primei-ros-ministros e presiden-tes europeus chegavam em dois carros, o segundo com seguranças. Um pre-miê escandinavo chegou sozinho, dirigindo o pró-prio veículo popular.

O Brasil é uma conse-quência do enfraqueci-mento da lei. E não po-demos dizer que a culpa é só daqueles que assumem cargos sem competência. A responsabilidade tam-bém é nossa, quando não fazemos a nossa parte. Ou será que é apenas o outro que sonega, passa sinal fechado, faz barulho para o vizinho, joga papel na rua e vota em safado?

Page 3: Edição 473

007 – OS ÚLTIMOS ANOS II

DOMINGO, 11/11/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMRIM E REGIÃO SUL 03OPINIÃOwww.AQUIES.com.br

por Ruy Guedes - [email protected]

(histórias da minha vida em Cachoeiro)

Continuo narrando, aqui, o que aconteceu nos últimos anos da meteórica trajetória do Conjunto 007, do qual fui um dos fundadores e que, até hoje, é carinhosamente lembrado por muita gente de Cachoeiro e de outras cidades onde atuamos intensamente de 1965 a 1975. Foram dez anos animando bailes em praticamente todos os municípios capixabas de então, divulgando um repertório calcado, inicialmente, nos sucessos da Jovem Guarda. Já no começo da década seguinte, tornou-se obrigatório incluir hits internacionais, notadamente aqueles que estouravam nas paradas de sucesso nos Estados Unidos, na Inglaterra e... nas novelas da Globo! Enquanto as versões para o português, amplamente utilizadas pelos súditos de Roberto, Erasmo Carlos e Vanderléia, passaram a ser sumariamente desprezadas pelos jovens, as trilhas sonoras das tramas globais ganhavam, cada vez mais, expressivo espaço na preferência popular, embora cantadas em inglês.

Esta enxurrada de gravações, além de produzir sucessos instantâneos, trouxeram em seu bojo uma galeria de novos ídolos, estrelas ascendentes nas paradas de sucesso nas rádios de todo o país, embora, misteriosamente, muitos deles não aparecessem com freqüência em programas televisivos. Este mistério só seria desvendado já no final dos anos 70: eram jovens artistas brasileiros usando pseudônimos por determinação das gravadoras! Dentre eles, eu me lembro, figuravam, por exemplo, Dave McLean, cujo nome verdadeiro esqueci (“Me and you” e “We Said goodbye”); Jessé/Tony Stevens (“If you could remember”); Evanilton/Michael Sullivan (“My life”); Fábio Jr./Mark Davis (“Don’t let me cry”); Sérgio Sá/Paul Bryan (“Listen”); Tommy Staden/Terry Winter (“Our love dream”); José Pereira da Silva/Christian (“Don’t say goodbye”) e seu irmão Ralf/Don Elliot (“My Love for you”); e o maior de todos, Maurício Alberto/Morris Albert (“Feelings”). Já os grupos de maior sucesso eram os Pholhas (“My mystake”); Light Reflections (“Tell me once again”); Lee Jackson (“Hey girl”) e Sunday (“I’m gonna get married”), todos, sem exceção, formados por músicos de São Paulo, que chegavam ao extremo de se comunicarem exclusivamente em inglês, entre si, durante seus shows, para que o público não soubesse que eram brazucas!

A derrocada da Jovem Guarda nos levou a fazer uma pausa de aproximadamente seis meses nas atividades do 007 em 1971. “Fechamos para balanço” logo após a segunda temporada de verão no Barril 70, de Marataízes, quando nosso tecladista, Carlos Miguel Sad, deixou o conjunto. O crooner José Lopes, recém admitido no grupo,

transferiu-se temporariamente para o Rio de Janeiro, onde iria tentar a vida artística, depois de participar do programa “A grande chance”, de Flávio Cavalcanti, na extinta TV Tupi. Foi neste intervalo que mergulhei decisivamente neste repertório romântico e roqueiro ao participar, juntamente com o guitarrista Roberto Pezzodipane, da fundação do grupo musical Revolution, do qual faziam parte, ainda: João Amâncio (voz); José Miguel Vionet (guitarra e voz) e Alcy Rodrigues (bateria).

Minha breve participação no Revolution, que prosseguiu sua trajetória de sucesso nos anos seguintes, chegou ao fim em agosto, quando fui substituído pelo baixista Amilton Dias. Acontece que, após uma reunião com o guitarrista Elvécio Pinheiro, o saxofonista Ivan Valadão e o baterista João “Dico” Gonçalves, decidimos retomar as atividades do 007. Nesta fase contamos com o tecladista Wilson Laerte de Oliveira, além de participações especiais do trompetista Hélio Sá Vianna e dos cantores Luzia Braga,

Valdeir Bresciani, Nilson Barreto e Milton Carias. Ainda continuávamos como um grupo de baile, porém sofrendo, mais do que nunca, a forte concorrência de grandes conjuntos e orquestras do Rio de Janeiro (Joni Mazza, Peter Thomas, Lafayette, Cipó, Agostinho Silva, entre outros). Isto durou até o retorno de José Lopes a Cachoeiro, no final do ano, quando, com a saída do Ivan Valadão, nos tornamos um quinteto especializado em bailes-shows: abríamos a noitada com música instrumental, com elaborados arranjos do Wilson, e sucessos da MPB, interpretados por mim e Elvécio para, em seguida, José Lopes apresentar-se com seqüências temáticas, uma espécie de mini-shows, cantando em português, inglês, italiano, francês e espanhol. A foto registra uma destas apresentações, em 1972 no Jaraguá Tênis Clube.

Ruy Guedes é músico e radialista aposentado

EU ME LEMBRO

Page 4: Edição 473

DOMINGO, 11/11/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br04 GERAL

No altar e na urna O MONSENHOR ROMULO ZAGOTTO fALA à REPORTAGEM SObRE SUA TRANSfERêNCIA DE PARóQUIA, »

DESCObERTA DA vOCAçÃO PARA PADRE, GERêNCIA DA SANTA CASA E MILITâNCIA POLíTICA

Após falar sobre a sua transferência, o monsenhor Romulo concordou em falar sobre outros assuntos, em um dos cômodos de sua residência, onde recebeu a reportagem. E o primeiro foi sobre a descoberta de sua vocação para padre.

“Desde menino quis ser padre”, re-velou. Filho de família italiana, muita religiosa, Antonio Romulo Zagotto já prestava serviços à igreja como coroinha. Certo do que queria para sua vida, saiu de casa para estudar na Congregação dos Irmãos Maristas, em Vila Velha, no ano de 1958, quando tinha somente 10 anos de idade. Por lá, estudou por oito anos.

Logo, estudou contabilidade, traba-lhou e ingressou na política partidária ao se filiar no antigo MDB, de Caste-lo. Fez filosofia na Madre Gertrudes; depois Filosofia e Teologia em Juiz

A Santa Casa do município já passou por um momento financeiro crítico, quando quase teve de fechar as suas portas. Para impedir que os serviços fossem suspensos, a dioce-se de Cachoeiro de Itapemirim foi acionada para gerir o nosocômio.

“O hospital tinha uma dívida de R$ 36 milhões e nós, junto com outras pessoas da sociedade, aceita-mos o desafio”. Atualmente, a Santa Casa tem as dificuldades comuns aos hospitais filantrópicos, mas o risco de fechar as portas não existe mais.

Falando em dificuldades do hos-pital, o monsenhor Romulo, que é presidente do Conselho Delibe-rativo da referida casa de saúde, afirma que os problemas existem por falta de vontade política.

“Temos que ser olhados como hospital que precisa de recursos pú-blicos, 85% dos atendimentos são realizados através do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem uma tabela defasada. O governo federal tem que reformar este modelo. Existe a consci-ência dessa necessidade, mas preferem investir em outras coisas”, analisou.

Quanto ao governo do Estado, Romulo diz que há o apoio finan-ceiro, porém distante do necessário. “Exemplo: o hospital precisa de 5, o Estado dá 3. Estamos construindo

de Fora (MG), ordenando-se padre no dia 16 de dezembro de 1979.

“No ano seguinte, fui para Mimoso do Sul, onde atuei por um ano e meio. De lá, vim para Cachoeiro”, lembrou.

EstruturaÀ época, segundo o monsenhor, a

estrutura da igreja no município era modelada, ou seja, os movimentos e sacramentos tinham estilo antigo. “Com a guinada do Concílio Vaticano II, a igreja teve outro ‘rosto’, com missas em português, maior participação popular etc. O bispo Luiz Mancilha Vilela orga-nizou as paróquias em comunidades”.

Romulo esteve presente na criação de 11 comunidades. “Atualmente, esses locais estão organizados, têm igreja. Sinto muita alegria em ter participado deste processo de formação das comunidades”.

um novo pronto socorro, com re-cursos do governo estadual, porém são necessários mais recursos para um aditivo na obra – que geralmente precisa -, maquinário, estrutura...”.

Ele também avaliou como “fra-co” o envolvimento dos demais prefeitos da região para contribuir financeiramente com o hospital, que assiste a pacientes de todos os municípios do sul do estado.

“Desde menino quis ser padre” Empenho para manter abertas as portas da Santa Casa

LEANDRO [email protected]

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

Há três décadas em Ca-choeiro de Itapemirim, o castelense Romulo Za-gotto vai exercer a função de pároco em Rio Novo do Sul a partir de feve-reiro de 2013. Sua ida ao município vizinho deve-se a um grande remaneja-mento de padres promo-vido por Dom Frei Dario Campos, após ouvir o Conselho Presbiteral e o Colégio de Consultores da diocese local – ao todo foram 26.

Ante as especulações, o monsenhor Romulo tor-nou público que entre-

gara carta ao Conselho Presbiteral, no primeiro semestre deste ano, apre-sentando as motivações pessoais para desligar-se da função de pároco da Paróquia São Sebastião do Aquidaban. Dentre as justificativas, estavam a idade (65 anos), cuidados com a saúde e desgastes diante de orientações.

“Sempre acreditei que 65 anos de idade é o limi-te para exercer certas fun-ções, já que a força não é mais a mesma. Sempre disse isso. Além disso, há um desgaste na Paróquia, onde já ocorreram en-frentamentos diante de minha condução. Optei

por solicitar a entrega do cargo”, explicou.

Assim que saíram as transferências e nomea-ções, na quinta-feira, a boataria sustentava que a mexida teria relação com o apoio que o monsenhor dedicou ao então candi-dato à reeleição, prefeito Carlos Casteglione (PT), em Cachoeiro. Como es-clareceu Romulo, o seu pedido de desligamento da Paróquia ocorreu an-tes das eleições.

Nesses 31 anos atuan-do no município, Zagot-to atuou nas Paróquias de São Sebastião, Nosso Se-nhor dos Passos, Paraíso, Catedral e São Sebastião,

novamente. Em seu lugar, no bairro Aquidaban, irá o padre Gelson de Souza; Romulo será pároco da Paróquia Santo Antônio até que seja escolhido outro para substituí-lo. Assim que a troca aconte-cer, ele se tornará vigário paroquial.

“Tenho a alegria de ter o título de cidadão cacho-eirense, cidade esta com tantas personalidades importantes. Sinto orgu-lho de ter participado, de certa forma, da história do município. Continuo com minhas funções, por isso estarei presente em Cachoeiro. Agradeço àqueles que nos supor-

taram neste tempo, e a casa sempre estará aber-ta para os amigos”, falou Romulo, que permane-

cerá como moderador na Cúria e na presidência do Conselho Deliberativo da Santa Casa Cachoeiro.

LEANDRO MOREIRA

ARquIvO AquI NOtícIAs

LEANDRO MOREIRA

Page 5: Edição 473

DOMINGO, 11/11/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 05GERALwww.AQUIES.com.br

O revezamento político a qual se refere o monsenhor Romulo Zagotto aconteceu entre Theodorico Fer-raço (1973/77 – 89/92 – 97/2000 – 01/04), José Tasso (1993/96) e Roberto Valadão (1983/88 – 2005/08). Apesar do trio, o adversário prin-cipal sempre foi Theodorico.

“O confronto com Ferraço é an-tigo. Temos proximidade grande, já nos atendeu (igreja, hospital); a

questão está no jeito dele agir, que nós não aprovamos”. Claro que a reportagem quis saber qual era este jeito – Romulo não titubeou: “ele (Ferraço) pensa que o mundo gira em torno dele, é a opinião dele que vale sempre, primeiro faz para de-pois saber se pode ou não”, criticou. “Ainda assim, não nego a liderança política dele e nos respeitamos, o problema está na maneira dele fazer”.

“Confronto com Ferraço é antigo”

LEANDRO [email protected]

LEANDRO MOREIRA

segundo o monsenhor.“Foi a vitória da verdade.

Casteglione apanhou muito durante as apresentações das propostas. Era um novo jeito de gestão. Nos empenhamos silenciosamente e foi a vitória daquilo que imploramos que acontecesse durante 30 anos”, revelou.

Quanto à reeleição

A conscientização política dos cidadãos através das associações de moradores, da juventude que participava das comunidades paroquiais e demais ações foram coroadas nas eleições de 2008, com a vitória nas urnas de Carlos Casteglione (PT) – candidato fruto do incentivo da igreja,

TRAbALHO DE 30 ANOS CONSAGRADO EM 2008

“É como uma mosca azul; depois que ela te pica, não tem como fugir”, assim exemplificou sua re-lação intrínseca com a po-lítica. Ex-filiado ao Movi-mento Democrático Bra-sileiro (MDB), em plena ditadura, Romulo Zagotto diz que é tido como comu-nista, para alguns. “Apenas primo pelo evangelho, que trata da igualdade, solida-riedade e partilha”.

A primeira ação política

em Cachoeiro de Itape-mirim ocorreu há quase três décadas quando se dedicou a organizar as associações de moradores de bairros. “O objetivo era desempenhar um tra-balho de conscientização para que os moradores pudessem brigar, organi-zados, pelas questões do bairro. Infelizmente, o foco se perdeu hoje em dia, muitos usam as asso-ciações como trampolim para um cargo político”, lamentou.

Nesta mesma época, o

Partido dos Trabalhado-res começava a se orga-nizar no município. “Tí-nhamos lideranças fortes dentro da igreja, como os padres Nazareno e Ribot, que estimulavam a juven-tude sobre a política. O objetivo era conscienti-zar, através da postura e discurso da igreja, sobre o método de revezamento que acontecia na época, sem expressões novas e sem participação popular. Casteglione ingressou na política por estímulo da própria igreja”.

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

Política corre na veia

no pleito deste ano, ele avaliou como uma espécie de “carimbo de veracidade”. “Apesar de muitas coisas feitas que não eram o que queríamos, como algumas alianças, nomeações, descuidos. Mas, a campanha mostrou a mudança empregada”.

Zagotto esclareceu que não se dedicou à campanha eleitoral deste ano, com

depoimentos gravados para a televisão, por conta própria. “Comuniquei ao bispo que me envolveria, ele não disse que sim, mas também não disse que não”, falou, seguido de um sorriso.

GlauberO deputado Glauber Coelho

(PR) foi o adversário de Casteglione nestas eleições, a primeira plebiscitária da

história do município. Para Romulo, o republicano foi muito útil para o petista, principalmente quando colocava “os dedos na ferida”.

“Sem dúvida, Glauber ajudou o governo a fazer uma leitura. Inclusive, ele poderia até ter vencido as eleições, caso não tivesse faltado a debate e não fosse arrogante”.

CartaRomulo Zagotto disse

que ainda não conversou com o prefeito reeleito Casteglione sobre os rumos do próximo mandato, mas que o fará. “Vamos nos organizar e entregar a ele (Casteglione) uma carta de intenções confeccionada pela igreja”.

Page 6: Edição 473

DOMINGO, 11/11/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br06 OPINIÃO

[email protected] »PARTICIPE »

@folhadocaparao »facebook.com/grupofolhadocaparao » [email protected] » POR » ILAURO OLIVEIRA

“O todo sem a parte não é todo, a parte sem o todo não é parte” – Gregório de Matos

Nunca tive dificuldades de entender as atitudes de Padre Romulo Zagotto porque nunca o vi como um representante de Deus na Terra, mas como um representante dos pobres na Igreja de Deus.

As dificuldades de entender as atitudes de um homem vestido de padre é natural em uma sociedade onde as pessoas esperam a toda hora encontrar um super homem, intocável e irretocável, capaz de resolver todos os problemas da sociedade, mas sufocando os próprios nos corredores de um templo.

“Um homem também chora...” – Gonzaguinha

Os padres são homens, não são deuses. Têm fragilidades, medos, amam, sofrem, lutam e se doam. E Romulo talvez seja a expressão maior dessas características. Um cidadão como outro qualquer que vai à esquina, que come pão e bebe vinho...que tem sede de justiça.

Mas quais as atitudes de padre Romulo que tanto assustam?

São as atitudes de cidadão político, que para muitos são incompatíveis à vida de um padre.

“Na Terra como no céu, no sertão como no mar...” – Geraldo Vandre

Mas como pode um padre com bíblia na mão viver pela fé e morrer sem razão, se é ele mesmo o porta-voz maior da mensagem que liberta? Como ser Simon Bolivar dos outros e carcereiro de si mesmo?

Sem aparecer muito, mas ao mesmo tempo sem esconder o seu comprometimento, Romulo Zagotto (ao lado de Zé Irineu) é um dos maiores responsáveis pela ascensão política do PT em Cachoeiro. Os que o criticam por isso são aqueles que gostariam de ver os padres como figuras inatingíveis, isentas de comprometimento com sua cidade, seu país.

Para equalizar religiosamente essa questão, basta ver se as igrejas protestantes e seus pastores também não estão comprometidos até o pescoço com eleições

AO AMIGO PADRE ROMULOe partidos. Não se pode condenar um religioso por ter sonhos políticos de ver a melhora do lugar onde vive, seja ele ligado ao PT, ao PSDB, ou a qualquer P.

“E Jesus prometeu coisa melhor, pra quem vive nesse mundo sem amor” – Gilberto Gil

Não foi assim, por amor ao próximo, que Elder Câmara e Paulo Arns preferiram ficar ao lado do povo e contra a ditadura? Pouco se importando os dois de se relacionarem com partidos ligados à esquerda como PC do B e PMDB.

Padre Romulo, entre outras coisas, mostrou aos fiéis de Cachoeiro que um padre não pode conduzir uma missa falando do galardão celeste sem que se comprometa com a melhoria de vida das pessoas que estão na porta da catedral pedindo esmolas.

“Quebre-se o cetro do papa, faça-se dele - uma cruz; a púrpura sirva ao povo, pra cobrir os ombros nus” – Castro Alves

Mesmo com os defeitos de qualquer ser humano, não se pode dizer que Romulo empurre para debaixo do tapete os erros daqueles estão no poder. Mesmo os de sua predileção, como o prefeito de agora.

Padre Romulo assim como ajuda eleger não perde o poder da autocrítica. Não se nega a escrever artigos falando dos desvios de caminho, da perda do rumo, da necessidade de uma nova postura. Não me lembro de vê-lo se negando a criticar mesmo os petistas. Se há algo a confessar é isso: seu senso crítico e a sua não acomodação incomodam.

“Pequei, senhor, mas não porque hei pecado, de vossa alta clemência me despido” – Gregório de Matos

Padre Romulo tem pecados sim, mas se olharem a trajetória da igreja católica verão que ela tem mais. Portanto não posso deixar de crer que a sua contribuição para o crescimento do catolicismo em Cachoeiro seja inegável.

Não se deve então cometer com ele injustiças como uma que ele cometeu contra mim no dia em que me apresentou a Dom Célio e disse: “Ele

é ateu, Dom Célio!” Naquele dia ele errou na mosca. Não sou ateu, sou à toa.

“Não guardo segredo, mas sou bem secreto, é que eu mesmo não tenho a chave de mim” – Abel Silva

A minha relação de amizade com Romulo me deixa em suspeição para dizer que mesmo indo para perto de Cachoeiro (Rio Novo) a cidade perde uma cabeça brilhante, que não se omitiu em contribuir para o enriquecimento dela. À sua maneira, claro, afinal não existe receita pronta para as conquistas. Cada um constrói as suas, ao seu modo, no seu tempo, com suas próprias chaves.

Padre Romulo busca sempre as chaves que abrem, libertam. Não para o paraíso celestial, mas para transformar as balas dos morros em cantos de paz e alegria. Veste-se de padre para cumprir a missão dos homens de boa vontade na Terra.

“Senhor Deus dos desgraçados, dizei-me vós senhor Deus; se é loucura se é verdade, tanto horror perante os céus” – Castro Alves

Vai continuar assim, um pouco distante de nós, mas lutando pela igualdade social. Questionando sempre os homens e aconselhando-se com Deus, mesmo quando este parecer estar distante e alheio às injustiças que são feitas contra o seu povo.

“Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi, Deus lhe pague!” – Chico Buarque

Que não se aquiete mesmo, seja aqui ou em qualquer outro lugar. Que continue a se meter em política, em hospitais, fazendo aquilo que deveria ser compromisso de todos nós que, infelizmente, nos damos por satisfeitos com novelas diárias e missas dominicais.

Deus lhe pague.

************************************

“ Viver! / E não ter a vergonha de ser feliz / Cantar e cantar e cantar / A beleza de ser um eterno aprendiz...” O que é, o que é? (Gonzaguinha)

Page 7: Edição 473

O duo formado por Humberto Gessinger do

grupo Engenheiros do Hawaii com Duca Lein-decker da banda “Cidadão Quem” chamado de Pou-ca Vogal estará no dia 24

de novembro no Unimed Hall. Os cantores, que se apresentarão juntos pela primeira vez no sul do es-tado para cantar os maio-

res sucessos dos Engenhei-ros do Hawaii e também canções próprias, contarão com uma estrutura dife-renciada para receber as

pessoas que gostam de boa música.

A organização do evento garante atendimento de primeira qualidade para o público que acompanha Humberto Gessinger des-de a época do Engenheiros do Hawaii “Vamos montar uma estrutura jamais vista no Unimed Hall, teremos serviços de mesa com uma equipe preparada para atender aos convidados da melhor maneira possível, num ambiente agradável, com acústica de primeira” disse Ramon Silveira.

O Pouca Vogal é um projeto paralelo de rock brasileiro criado pelos gaúchos Humberto Ges-

singer e Duca Leindecker que fizeram um chiste com os seus sobrenomes. No palco não há outros músicos acompanhando os dois vocalistas. Os instrumentos acústicos utilizados nos shows são: violão, viola caipira, dobro,harmônicas, pia-no, além da MIDI Pedal-board, que é um teclado que é tocado com os pés, guitarra, violões, e bombo legüero, um ins-trumento de percussão característico do pampa. O repertório conta com músicas de autoria pró-pria dos cantores e tam-bém alguns sucessos dos Engenheiros do Hawaii.

DOMINGO, 11/11/2012 DIÁRIO | Ano 2 | n° 473

Cachoeiro de Itapemirim e Região Sul

Vocalista do Engenheiros do Hawaii estará em Cachoeiro

O líDeR e bAIxIStA DO GRupO eNGeNheIROS DO hAwAII, huMbeRtO GeSSINGeR, fARÁ ShOw NO uNIMeD hAll »

www.aquies.com.br @folhadocaparao » facebook.com/grupofolhadocaparao »

OLÍVIA [email protected]

Data: 24/11Local: Unimed HallHorário: 21h00

Pontos de Vendas:Lojas Marisa Shopping Sul – Cachoeiro de ItapemirimLoja Anita em frente a Unimed – Cachoeiro de ItapemirimLoja Água de Cheiro – Iconha Tanea Modas – Castelo, Alegre e Venda Nova

Maiores informações:(28) 9922-7931

SeRvIçO:

divulgação

Page 8: Edição 473

DOMINGO, 11/11/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL02 www.aquies.com.br

A Saga Crepúsculo está che-gando ao fim. Amanhecer - Par-te 2, o último filme da franquia baseada nos livros de Stephenie Meyer, chega aos cinemas do mundo todo no dia 15 de no-vembro e desperta a ansiedade em milhares de fãs.

Segundo Sérgio Liberatti pro-prietário do Cine Ritz de Ca-choeiro de Itapemirim no dia da estreia do filme a lotação do cinema que comporta 322 pes-soas estará completa em todas as sessões “Como todos os filmes da Saga Crepúsculo já exibidos no cinema as salas ficam lotadas, a fila de pessoas no shopping é gigantesca. E por, isso estamos

vendendo os ingressos anteci-pados para proporcionar uma maior comodidade a todos”.

O filme que dá sequência a história do casal mais famoso

do mundo, dessa vez vai mos-trar como a protagonista Bella irá lidar com sua nova vida de vampira e a felicidade do casal curtindo a filha, Renesmee.

Porém, o final feliz não está tão perto quanto parece. Quando o nascimento da menina chega ao conhecimento dos Volturi, uma batalha sangrenta se inicia.

Já estão sendo vendidos ingressos para o AmAnhecer - parte 2

PARA AqUELES qUE qUEREM GARANTIR UM LUGAR NO CINEMA NA ESTREIA DE UM DOS fILMES MAIS »ESPERADOS DO ANO, O CINE RITz ESTá vENDENDO INGRESSOS ANTECIPADOS NO SHOPPING SUL

OLÍVIA [email protected]

Data: 15/11Local: Cine Ritz Sul – Shopping Sul Sessões: 14h00, 15h15, 16h30,

17h45, 19h00, 20h15 e 21h30.

Após dar a luz a Renesmee (Mackenzie Foy), Bella Swan (Kristen Stewart) desperta já vampira. Ela agora precisa aprender a lidar com seus novos poderes, assim como absorver a ideia de que Jake (Taylor Lautner), seu melhor amigo, teve um imprinting com a filha. Devido ao elo existente entre eles, Jake passa a acompanhar com bastante atenção o rápido desenvolvimento de Renesmee, o que faz com que se aproxime cada vez mais dos Cullen. Paralelamente, Aro (Michael Sheen) é informado por Irina (Maggie Grace) da existência de Renesmee e de seus raros poderes. Acreditando que ela seja uma ameaça em potencial para o futuro dos Volturi, ele passa a elaborar um plano para atacar os Cullen e eliminar a garota de uma vez por todas.

SERvIçO:

SINOPSE:

fotos: divulgação

Page 9: Edição 473

DOMINGO, 11/11/2012CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 03www.aquies.com.br

Andressa Soares, a Mulher Melancia, quase beijou um fã na boca durante um show, na noite dessa sexta-feira, no teatro Orion, em São Paulo. Ainda no palco, a funkeira mostrou sua tatuagem de melan-cia na virilha e fez várias danças ousadas. No Twitter, Andressa diz que tinha adora-do o show . “Foi mara”, escreveu ela.

Patricia Nery foi coroada como a nova rainha de bate-ria da Portela na noite desta sexta-feira, na quadra da es-cola no Rio de Janeiro. Em recente entrevista, a morena disse que ser rainha dos ritmistas da Portela é a realização de um sonho.

MULHER MELANCIA MostRA tAtUAgEM NA vIRILHA E qUAsE bEIjA fã EM sHow

PAtRÍCIA NERY É COROADA COMO RAINHA DE BATERIA DA PORTELA

Page 10: Edição 473

www.AQUIES.com.brDOMINGO, 11/11/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL04

Ramon BaRRos @ramonbarros

www.facebook.com/ramonbarros.tv

[email protected](28) 9882 8981

Ricardo Cade, idealizador da campanha com Luciana Bravo e Daniele Albernaz: Equipe nota 10 da Acisci.

Lideranças Empresariais de Cachoeiro e Sul do ES prestigiaram o lançamento da Campanha de Natal ACISCI.

O Empresário Juliano, sua esposa e Equipe Check Check.

Nossos parabéns para a elegante Marilena Mignone pela passagem de seu aniversário.

ELE É O CARA »

Leandro Fidélis tem promovido grandes ações para a Sociedade na Região de Venda Nova do Imigrante. Seu estilo é de informação & Diversão. Sucesso para ele.

ESTRANHO... »Afrodisíaca

Alimentos, sempre se manteve na preferência do Cachoeirense. Mas ao pararmos na lanchonete após gravações ficamos chocados com o que vimos: uma só atendente recebendo dinheiro e servindo as pessoas. Será que isso dá certo?

PAIOL ȃ o point de

gente inteligente e animada, durante os finais de semana.

E AGORA, DOUTOR?

TUDO AQUI »Você acompanha todas as edições do

AQUI acessando www.aquies.com.br

Em conversa com este colunista, Dr. Abel Santana Júnior revelou o dilema de ter que optar pela função de Vice-Prefeito de Cachoeiro e a Medicina. Segundo Dr. Abelzinho, “sou

médico à moda antiga, de forma integral e comprometida com meus pacientes”.

Page 11: Edição 473

DOMINGO, 11/11/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 11CIDADESwww.AQUIES.com.br

LEANDRO [email protected]

MARCOS [email protected]

LEANDRO MOREIRA

FOTOS MARcOS FREIRE

Cinco mil e quinhen-tas pessoas foram ajuiza-das, somente neste ano, por débito inerente ao Imposto sobre a Proprie-dade Predial e Territorial Urbana (IPTU), o que representa um prejuízo de R$ 8 milhões em dívi-da ativa e faz Cachoeiro ser o município com o maior número de execu-ções fiscais no estado.

A partir de amanhã o judiciário local inicia mutirão para notificar os inadimplentes, que pas-

sam a correr o risco de ter o seu imóvel penhorado ou, até mesmo, leiloado, caso não haja o pagamen-to ou parcelamento da dívida. Com a penhora, o cidadão fica impedido de vender a residência.

O mutirão será realiza-do por 32 oficiais de jus-tiça, durante este mês de novembro. Após receber a cópia da certidão de dí-vida ativa, o contribuinte tem prazo de cinco dias para procurar a prefeitura e solucionar o débito.

O juiz da Vara da Fa-zenda Pública Municipal, Robson Louzada, disse

que há em Cachoeiro uma tradição de não pagar o IPTU. “O entendimento é de que os políticos, no passado, optavam por não cobrar o tributo temendo um ônus político. Mas, com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal, o gestor público que não efetuar a cobrança incorre em improbidade adminis-trativa”, explicou Robson.

Louzada contou ainda que o valor das dívidas oscila entre R$ 1 e R$ 2 mil cada. “Não são valores astronômicos. O alerta é para que as pessoas resol-vam a pendência junto

Dívidas de IPTU podem levar à perda da casa

O MUTIRÃO SERá REALIzADO POR 32 OfICIAIS DE jUSTIçA, DURANTE ESTE MêS »

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

DORES DO RIO PRETO

à prefeitura para evitar constrangimentos e, até mesmo, a perda da casa”.

O juiz Robson também

orienta que o contribuin-te se informe a respeito da isenção deste impos-to, garantida pelo artigo

63 do Código Tributário Municipal, caso a pessoa se enquadre nos critérios pré-estabelecidos.

Curso termina com expedição dentro do Parna CaparaóDepois de cinco dias,

sendo dois fora do Parque Nacional do Caparaó e ou-tros três dentro da unidade de conservação, termina hoje o Curso de Conduto-res de Turismo de Aventu-ra. O curso foi ministrado por uma empresa especia-lizada no setor, com a or-

ganização do Circuito Tu-rístico Caparaó Capixaba e realização da Secretaria do Estado de Cultura (Se-cult), e reuniu 29 partici-pantes que receberam au-las teóricas e práticas sobre as competências mínimas de condutores de turismo de aventura, conforme o estipulado pela Norma ABNT NDR 15.285.

Conforme explicam os

instrutores Helder Ma-deira e Marcela Bueno, os alunos receberam noções sobre comunicação, lide-rança e direção de equipes de trabalho para expedi-ções. Durante o curso, os participantes receberam tarefas a serem cumpridas e são eles os responsáveis por fazerem acontecer as atividades até culminar em toda preparação para uma

expedição que começou na manhã de sexta-feira e termina hoje, dentro do Parque Nacional do Capa-raó, com acampamentos na Casa Queimada – na primeira noite – e na Ma-cieira, na segunda noite. “São eles os responsáveis pelas compras, sobre o que comer, equipamentos, limpeza e outras atividades necessárias, apenas com nossa supervisão, sem nos intrometermos”, explicam. Entre as muitas aulas, os alunos também aprende-ram sobre cartografia e lei-tura de bússola.

OPInIõESAdriene Borges do Amaral,

17 anos, mora em São José de Pedra Menina (MG), e disse que está gostando mui-to do curso que, segundo ela, é uma forma de associar um serviço com o que gosta de fazer. “É uma oportunidade de aprender uma profissão, dentro de uma atividade de futuro”, afirma.Adriene gostou do curso e está juntando o útil ao agradável

José Guilherme já trabalha na área e quer investir na profissão de condutor

Já Frank da Silva Cha-gas, 20 anos, morador de Pedra Menina, em Dores do Rio Preto, conta que resolveu fazer o curso por-que se interessa por tudo que envolve natureza. Ele afirma que pretende tra-balhar na área e quer fazer mais cursos. “Está sendo uma grande experiência”, completa.

E José Guilherme de Andrade Caldas, 43 anos,

é morador de Patrimônio da Penha, em Divino de São Lourenço, e já trabalha no setor de turismo, como guia turístico, mas infor-malmente, depois de ter feito um curso, por meio do Senac. “Meu objetivo é trabalhar nessa área, por-que já faço parte de uma equipe”, afirma, também enfatizando que gostou muito do curso realizado neste final de semana.

Entre outras atividades, os participantes do curso aprenderam sobre leitura de bússola

Page 12: Edição 473

DOMINGO, 11/11/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br12 ECONOMIA

De acordo com o presiden-te do Sindicato do Comércio Varejista de Cachoeiro de Itapemirim (Pró-varejo), Celso Costa, pela legislação brasilei-ra no feriado o comércio não pode abrir. “Não há a menor possibilidade de abrir”, disse.

Ele ainda ressaltou ainda, que não houve acordo com o Sin-dicomerciários. “E nós segui-mos a Lei”. O comércio abrirá normalmente na sexta-feira e no fim de semana”, completou.

“Não há possibilidade de abrir no feriado”

ALISSANDRA [email protected]

No feriado do dia 15 de novembro – Proclamação da República, o comércio estará fechado em Cacho-eiro de Itapemirim. No Shopping Cachoeiro só funcionará o cinema, e no Shopping Sul, a Praça de Alimentação e o cinema estarão abertos ao público. As agências bancárias não abrem no feriado, mas os serviços de caixa eletrônico e banco 24 horas vão fun-cionar. Já no dia seguinte, o expediente será normal.

De acordo com o dire-tor da Subsede do Sindico-merciários, Agnaldo Reis, as lojas em Cachoeiro não poderão abrir no feriado,

já que não houve nenhum acordo com os lojistas. “De acordo com a Lei Federal nº 11.603, o comércio não pode abrir aos feriados. É possível sim abrir, mas se houver acordo com o Sin-dicomerciários”, contou.

Os lojistas que entrarem em acordo com o Sindica-to para abrir as portas no feriado terão que pagar ao funcionário o valor de R$ 55,00, alimentação e vale-transporte, ou então pagar 100% de hora extra. “Ge-ralmente esses acordos são feitos com empresas que não abrem aos domingos, como aconteceu com o Pe-rim Center no feriado do dia 02 de novembro, que abriu as portas normal-mente”, continuou.

Cachoeiro de Itapemi-rim é o único município do Espírito Santo em que os supermercados e o co-mércio abrem as portas aos domingos. “Em 77 muni-cípios capixabas, os super-mercados não abrem aos domingos, e isso é uma de-cisão dos próprios patrões. Só Cachoeiro funciona no estado e isso acaba provo-cando um desagregamento familiar. Pois, um marido que trabalho no domingo tem direito a uma folga durante a semana e, jus-tamente em sua folga, sua esposa está trabalhando e o filho estudando, então qual o dia que ele terá para ficar com a família”, ques-tionou Agnaldo.

De acordo com dados

Comércio fechado durante o feriadoAS LOjAS DOS SHOPPINGS TAMbéM NÃO AbRIRÃO E O ATENDIMENTO AO PúbLICO RETORNA NA SExTA-fEIRA. AS AGêNCIAS bANCáRIAS TAMbéM NÃO AbRIRÃO »

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

Segundo o diretor do Sindicomerciários, Agnaldo Reis, as lojas em Cachoeiro não poderão abrir no feriado

do Ministério do Traba-lho, até setembro foram preenchidos quase 800 novos postos no comércio local. Hoje, de acordo com o Sindicomerciários, existe cerca de seis a oito mil tra-balhadores no comércio da

cidade. “A vontade do Sin-dicato é que o comércio não abra aos domingos”, ressaltou.

O Sindicomerciários de Cachoeiro atende todo o sul do estado. “O sindica-to é importante, pois auxi-

lia o trabalhador em lutar por seus direitos. O traba-lho do sindicato é exigir que os patrões trabalhem de acordo com a lei. Hoje, sabemos que essa questão de abrir aos domingos é essencial”, completou.

O presidente Pró-varejo, Celso Costa disse que não há possibilidade do comércio abrir as portas no dia 15

Page 13: Edição 473

DOMINGO, 11/11/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 13ECONOMIAwww.AQUIES.com.br

No Shopping Sul, a Praça de Alimenta-ção funcionará a partir das 11h00. O cinema funcionará a partir das 14h00 com a estreia do filme Amanhecer Parte 2. Segundo o administrador, Marcelo Gotardi, alguns lojistas proprietários vão abrir as lojas, mas as outras lojas não entraram em acordo com o sindicato.

“Abrir ou não as lojas do Shopping depende de cada lojista. Cada um faz um acordo independente. Funcionaremos com a Praça de Alimentação e o cinema”, completou.

Segundo a assesso-ra de Marketing do Shopping Cachoeiro, Ana Paula Contarini,

Praça de Alimentação do Shopping Sul funcionará

Shopping Cachoeiro não abrirá

as demais normas de proteção ao trabalho e outras a serem estipuladas em negociação coletiva.” (NR)

Art. 2º A Lei no 10.101, de 2000, passa a vigorar acrescida dos seguintes dispositivos:

“Art. 6º-A. É permitido o trabalho em feriados nas atividades do comércio em geral, desde que autorizado em convenção coletiva de trabalho e

“Art. 6º Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades do comércio em geral, observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da Constituição.

Parágrafo único. O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez no período máximo de três semanas, com o domingo, respeitadas

O QUE DIz A LEI Nº 11.603

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

No Shopping Sul, a Praça de Alimentação funcionará a partir das 11h00 e o cinema abre às 14h00 O Shopping Cachoeiro não abrirá no dia 15 de novembro

o Shopping não irá abrir. “Não tentamos acordo com o sindicato. Não vamos abrir, nem a Praça de

Alimentação”, contou.O cinema funcionará

a partir das 17h00 com vários filmes em cartaz.

RÔmulo césaR

BRuna HemeRly

observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da Constituição.” (NR)

“Art. 6º-B. As infrações ao disposto nos arts. 6º e 6º-A desta Lei serão punidas com a multa prevista no art. 75 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943.

Page 14: Edição 473

DOMINGO, 11/11/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br14 POLíTICA

MARCOS [email protected]

marcos freire

divulgação

Em Dores do Rio Preto, Cláudia Bastos (PSDB) conseguiu se reeleger pre-feita, mas mesmo assim, afirma que está acontecen-do uma transição de admi-nistração no município. Segundo ela, toda sua equi-pe está fazendo uma análi-se da situação econômica, por causa das perdas que já vem sendo sentidas e vão se agravar no ano que vem, com o fim do Fundap e da redistribuição dos royal-ties – depois de aprovado o projeto na Câmara Federal, que diminuiu a participa-ção dos Estados produtores de petróleo, como é o caso do Espírito Santo.

A prefeita não esconde sua indignação com a deci-são dos deputados federais que, segundo ela, atrope-laram a Constituição Fe-deral. E admite que o ano de 2013 será muito difícil

para todos os municípios, principalmente, os meno-res, como é o caso de Do-res do Rio Preto, que deve perder, aproximadamente, R$ 300 mil por mês. Ela lembra que são muitas as obrigações a serem cum-pridas, como a data base dos servidores públicos e o piso salarial do magistério. “Além dos serviços essen-ciais, como saúde, educa-ção, limpeza pública, que não podem parar e sim se-rem melhorados”, afirma. “Por isso, teremos que cor-tar gastos, até porque não podemos gastar mais de 54% da arrecadação com folha de pagamento”, en-fatiza. Segundo a prefeita, hoje, a folha está 45% da arrecadação. “Mas, com a perda, esse índice vai su-bir”, explica.

Para Cláudia Bastos, a única saída para fazer in-vestimentos será contar com os convênios com o Governo do Estado e Go-

verno Federal. Ela destaca que o Estado lançou o Pro-edes, numa tentativa de substituir o Fundap, o que pode aliviar a situação dos municípios. E nisso tam-bém está sua esperança em poder concluir projetos, como o de saneamento do município, lembrando que recentemente recebeu a visita de representantes da Funasa e da Cesan para tratar sobre água e esgoto.

ConsCientizaçãoEla também afirma que

pequenas ações podem tra-zer melhorias para o setor da agricultura e do turis-mo. No entanto, destaca que será preciso um tra-balho de conscientização da população sobre a im-portância do aumento da arrecadação, com o muni-cípio incentivando o forta-lecimento das empresas, o que também vai gerar mais empregos e renda. “Temos que fazer nosso dever de

Cláudia fala de transição visando se preparar para perdas de arrecadação

SEGUNDO A PREfEITA REELEITA, SUA EQUIPE ESTá fAzENDO UMA ANáLISE DA »SITUAçÃO ECONôMICA, PARA PREPARAR O MUNICíPIO QUANTO àS PERDAS COM O fIM DO fUNDAP E DA REDISTRIbUIçÃO DOS ROyALTIES

dores do rio preto

naCional

Cláudia se reelegeu e viu necessidade em fazer uma transição para uma administração que terão uma arrecadação menor

casa”, afirma Cláudia.E entre as prioridades

cita uma obra que consi-dera fundamental, a cons-trução do Pronto Atendi-mento (PA), dizendo que não desistiu de vê-la con-

Agência Brasil (Brasília) - Deputados e senadores das bancadas do Rio de Janeiro e Espírito Santo protocola-ram, no início da noite de sexta-feira passada, no Pa-lácio do Planalto, ofício à presidenta Dilma Rousseff com objetivo de sensibili-zá-la a manter inalteradas as regras de distribuição dos royalties de petróleo dos contratos firmados no regime de concessão.

Na última terça-feira, a Câmara aprovou um pro-jeto de lei que muda as regras de distribuição dos royalties, inclusive dos po-

cretizada. “Vou continuar batalhando, porque é uma obra fundamental para nossa população”, desta-ca a prefeita que também não esquece que existem outras demandas. “Por

ços já licitados. Já aprova-da também pelo Senado, a proposta será encaminhada para sanção na próxima se-mana e a presidenta terá 15 dias uteis para decidir se sanciona ou veta.

No documento enca-minhado à presidenta, mesmo sem citar a pala-vra veto, os parlamentares fluminenses e capixabas manifestam apoio às de-clarações de Dilma sobre respeitar aos contratos fir-mados.

“Nossas bancadas vêm respeitosamente mani-festar inteira confiança às

isso, temos que realizar um planejamento, com cautela, por causa da crise econômica, e nos manter-mos motivados a buscar o desenvolvimento de Dores do Rio Preto”, enfatiza.

reiteradas, justas, honestas e corajosas declarações de Vossa Excelência acerca da redistribuição dos royal-ties, declarando-se publi-camente contra a quebra de contrato e prejuízo aos estados produtores”, diz trecho do ofício.

No documento, os depu-tados e senadores dos dois estados argumentam ainda que planilhas “com núme-ros enganosos”, fomenta-ram a discórdia durante a votação no plenário e isso inviabilizou a aprovação do relatório do deputado Car-los Zarattini (PT-SP).

parlamentares do rio e espírito santo apelam a dilma por veto ao projeto dos royalties

“Acreditamos que Vossa Excelência encontrará o caminho político e jurí-dico que unirá a todos em torno dos princípios cons-titucionais e resgate do pleno Pacto Federativo”, diz ainda o ofício.

A vice-presidenta da Câ-mara, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), uma das autoras do documen-to, disse à Agência Brasil que o projeto é irregular. “Esse projeto contém um erro material que é impug-nável. Esse é o pior projeto para os estados produto-res”, declarou.

a deputada rose de Freitas (pMdB-es), uma das autoras do documento, disse que o projeto é irregular

Page 15: Edição 473

DOMINGO, 11/11/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 15ESPORTESwww.AQUIES.com.br

ALISSANDRA [email protected]

O Estrela do Norte já pre-para o seu retorno à primeira divisão do Campeonato Ca-pixaba de 2013. De acordo com o presidente Adilson Conti, 18 jogadores já fo-ram contactados e começam a assinar os contratos na pró-xima semana. No entanto, a data da apresentação do novo elenco foi alterada e agora será no dia 27 de dezembro, e não mais no dia 10.

“Já conversamos com os jogadores e acertamos os salários. O próximo passo é assinar os contratos e isso já começa nessa semana. Decidimos fazer a apre-sentação no elenco no dia

27 de dezembro, quando começa a pré-temporada”, contou Conti.

A ideia da diretoria é fazer a pré-temporada em Ca-choeiro. A delegação fará os exames médicos na apresen-tação. “Decidimos fazer aqui mesmo por causa das despe-sas. Fazer em outro municí-pio teríamos muitos gastos e eles seriam desnecessários”, continuou Adilson.

Enquanto isso não aconte-ce, a diretoria está cuidando do gramado. “O gramado já melhorou muito, estamos adubando e vamos fazer uma limpeza geral, uma higieni-zação nos vestiários. Quere-mos começar a competição com tudo em ordem”, com-pletou Adilson.

Com dez participantes, o Campeonato Capixaba 2013 começa no dia 26 de janeiro e os jogos finais, pro-vavelmente, serão realizados nos dias 18 e 25 de maio. O Estrela do Norte estreia no dia 29 de janeiro, às 20h00, no estádio Mário Monteiro, o Sumaré. A tabela ainda não foi divulgada pela Federação Capixaba de Futebol (FES).

Diferente das últimas qua-tro edições, o representante do Espírito Santo na Série D do Brasileirão 2013 será a equipe que terminar a pri-meira fase da competição na liderança. O critério para a vaga na Copa do Brasil 2014 não muda. O campeão vai garantir o direito de disputar a competição.

Diretoria altera data da apresentação do elenco para 2013

ALéM DISSO, A PRé-TEMPORADA DO TIME DO ESTRELA ACONTECERá EM CACHOEIRO E NÃO NO LITORAL COMO ESTAvA PREvISTO »

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

O gramado do estádio Mário Monteiro, o Sumaré, está sendo recuperado para o início da Série A do Capixabão

marcelo mothé

OPORTUNIDADE DE EMPREGO

Interessados enviar currículo para:[email protected] entregar na sede da empresa na Rua: Av. Gov. Cristiano Dias Lopes, nº 75- bairro Gilberto Machado- Cachoeiro de Itapemirim- ES. Tel.:(28)3521-7726.

CONTATO COMERCIAL QUE RESIDAM EM CASTELO E MARATAÍZES. OFERECEMOS SALÁRIO COMPATÍVEL COM O MERCADO, AJUDA DE CUSTO E PLANO DE SAÚDE.

CONTRATA:

COMUNICADOAROGRAN GRANITOS LTDA., torna público que requereu do IEMA, através do processo nº 39858375, Licença de Operação, para atividade de extração de granito para fins ornamentais, situada na localidade Córrego São Vicente, distrito de Alto Mutum Preto, no município de Baixo Guandu, ES.

Page 16: Edição 473

INFORME PUBLICITÁRIO

DOMINGO, 11/11/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br16

“Tudo que já foi é o começo do que vai vir”João Guimarães Rosa

Quem ama o que faz, sonha. Quem sonha realiza, inventa, cria, semeia. O educador apaixonado por sua profissão semeia sonhos em todo o seu peregrinar nos caminhos da educação. A sua matéria prima é o homem. Com o seu saber o educador plasma os cérebros que serão a força viva da nação.O ano era 1974. Um grupo de educadores começou a sonhar alto. O que desejavam?

Um colégio de ensino médio com uma filosofia que unisse informações específicas do currículo escolar com a formação de caráter, moral e religiosa. Formar cidadãos cons-cientes. Assim, no dia 1º de março de 1975 nascia a escola “Guimarães Rosa”.Hoje, decorridos 37 anos, a escola não se afastou de seus objetivos iniciais. Pelo con-

trário, trabalha no sentido de manter sua filosofia inicial, baseada no sonho e nas ideias de seus Fundadores.Numa época em que se valoriza a especialização, nossos resultados indicam que ter o

domínio sobre um segmento específico de ensino é o melhor caminho.Assim, o aluno, para estudar no “Guima”, como é carinhosamente chamado, precisa

fazer uma prova de seleção, que ao mesmo tempo contempla os melhores com bolsas de estudo.A escola acredita e aposta no mérito, e estimula constantemente seus alunos a busca-

rem o melhor, através de dedicação integral aos estudos.A maior parte de nossos alunos fica o dia todo na escola, e adota o “Guimarães Rosa”

como seu segundo lar.O saldo da escola, em termos de resultado, nestes 37 anos é altamente positivo. Além

de termos alcançado, em 2011, o 1º lugar no Enem em Cachoeiro e a melhor média de redação do Espírito Santo, inúmeros são os ex-alunos que se destacam profissional-mente na sociedade cachoeirense e por todo o Brasil e exterior. Esta talvez seja a nossa maior satisfação e o que nos impulsiona a continuar realizando o nosso trabalho.