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REVISTA Ano 1 - Nº 3 - Abril de 2009 Revista mensal de atualidades para os assinantes e anunciantes do projeto Large Lovers Carreira Luis Calmon, um chef que não tem medo de arriscar Moda VIsta-se bem sem deixar de ser quem você é Esporte Golfe: um jogo para todos os pesos e todas as idades Ele fez as malas e foi atrás de seus sonhos Comportamento

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Revista de variedades dirigida ao publico plus size de lingua portuguesa

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REVISTAAno 1 - Nº 3 - Abril de 2009

Revista mensal de atualidadespara os assinantes e anunciantes

do projeto Large Lovers

Carreira

Luis Calmon, umchef que não temmedo de arriscar

Moda

VIsta-se bemsem deixar de serquem você é

Esporte

Golfe: um jogopara todos os pesose todas as idades

Ele fez as malas e foiatrás de seus sonhos

Comportamento

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Revista Large Lover 3

Ano 1 - Nº 3 - Abril de 2009

A revista Large Lovers é uma publicação eletrônicaperiódica editada pela Writers Editora e Comu-nicação Ltda., dirigida aos anunciantes e aosassinantes do projeto Large Lovers. Os artigospublicados aqui não refletem, necessariamente,as posições ideológicas da projeto Large Loverse são de inteira responsabilidade de seus auto-res.

EditoresRoberto Paes e Francisco [email protected]

Jornalista responsávelFrancisco Reis (MTb: 14.887)[email protected]

ComercializaçãoRoberto [email protected]

Writers Editora e Comunicação Ltda.Rua Prof. Guilherme Belfort Sabino, 1347 - Cj112 - Jd. Marajoara - São Paulo - SP - 04678-002Tel.: 55 (11) 3729-3534 ou 55 (11) 3628-4825Web site: www.writers.com.brE-mail: [email protected]

Envie suas colaborações para Large LoversPara enviar mensagens com sugestões, críticasou comentários ao conteúdo desta publicação,utilize o endereço [email protected].

Assuntos desta edição

Editorial

Falando para gordos egordas de todas as idades

por Roberto Paes

Moda 23Paola Elide é uma personalstylist que assessora gordos emagros a se vestirem e a sesentirem bem.

Comportamento 4O DJ Bruno Balbino é umjovem que fez as malas e foipara Londres, em busca deseus sonhos.

Carreira 16Luis Felipe Calmon é um chef decozinha que divide sua paixãopela gastronomia com avelocidade das pistas de corrida.

Esporte26O golfe é um dos esportes quemais cresce no Brasil e parapraticá-lo, não é necessário terum tipo físico atlético.

e ainda...

Como vocês já devem ter percebido,Large Lovers ora fala para o público femi-nino, ora fala para o público masculino,sem perder de vista, é claro, assuntosque interessem a ambos os sexos. Porém,até o número dois, falamos sobre assuntosque interessavam a pessoas que estãoacima dos 27 anos de idade. Neste núme-ro, direcionamos nossa atenção para pes-soas mais jovens e temos assuntos queirão agradar a todas as idades.

Nossa primeira entrevista é com oDJ Bruno Balbino, um jovem que toca des-de os 14 anos de idade e agora decidiuseguir a batida de seu coração e mudou-se para Londres. A segunda é com LuisFelipe Calmon, que deixou os volantes doscarros de corrida para abraçar sua outra“grande paixão”, a gastronomia. Ambossão exemplos de que fazer aquilo que segosta é prazeroso e recompensador, nemsempre simples e fácil, mas que certa-mente faz bem à pele e ao coração.

Na seção Gastronomia, descobrimos

um verdadeiro achado culinário, o MariaBrigadeiro, um ateliê que, além de briga-deiros convencionais, apresenta outrastrês dezenas deste doce tradicional. Apre-sentamos também as especiarias e oskits montados pela Dá Sabor que, alémde agradar ao seu paladar, vão decorar asua cozinha.

Por fim, falamos com uma personalstylist, Paola Elide, que nesta edição dádicas para que os gordos não saiam decasa sem esbanjar elegância e sensuali-dade. Na seção Turismo, nosso colabora-dor Breno Raigorodsky nos apresenta aBolonha, uma cidade que vai agradar aosolhos e ao paladar e, ainda, Ricardo Coelhodos Santos estréia sua coluna dedicadaa comentários sobre cinema e sua estreitarelação com a gastronomia. Publicamosnossa receita do mês e nossa resenhade livros e concluímos a edição apresen-tando um esporte que todos os gordos egordas vão adorar, o golfe.

Boa leitura e navegação.

Presentes8

Ponto de encontro11

Cinema14

Decoração15

Turismo20

Livros29

Lição de casa30

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que, no caso do Bruno, é continuar a ser disk Jóquei,DJ, e agitar as baladas que rolam pelo mundo afora.E ele começou cedo mesmo. Segundo ele, adescoberta da música eletrônica aconteceu aos10 anos e, aos 13, começou a fazer suas festas

de garagem com os amigos do colégio e aos 16 era o alunomais jovem de um curso para DJs em São Paulo. “Fiz umcurso de DJ, lembro até hoje de tudo como foi, inclusive queera o mais novo da turma. Desde então meu interesse foicrescendo mais e mais.”, diz Bruno e enfatiza que naquelaépoca, como até hoje, teve muito apoio dos pais e que ele nãofoi apenas financeiro.

Um sonho nacabeça, um CD nobolso e coragempara arriscarQuando se é adolescente, no meio

de adultos, é impossível não ter que

responder àquela pergunta de quem

não tem algo melhor a dizer: “o que

você vai ser quando crescer?”. No

caso do DJ Bruno Balbino, pelo visto,

a resposta deve ter sido “o mesmo

que faço hoje”.

Com

port

amen

to

O

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Revista Large Lover 5Fotos: Roberto Paes e arquivo pessoal

Bruno em ação numa badalada casa em São Paulo, eesperando o metrô em Londres (foto menor).

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Hoje, com 27 anos de idade, Bruno vive em Londres, ondeestá há 10 meses, vivendo com o irmão mais novo. Ele contaque nos primeiros dias “a coisa foi feia”, o inglês que aprenderana escola não dava pra nada e ele chegou a pensar em voltarpara o Brasil. Outro par de meses passou, ele melhorou odomínio do idioma, acostumou-se, se é que é possível para umbrasileiro acostumar-se, com o frio, arrumou um emprego nohorário comercial e nos fins de semana faz o que realmentegosta de fazer: botar os ingleses para dançar.

Parece um conto de fadas, não é? Mas Bruno faz questãode dizer que não. “No começo, explica Bruno, era super difícilconseguir tocar. Eu topava qualquer festa, desde batizado atévelório, o importante era estar atrás das pick-ups, mesmo quenão me pagassem”, confessa o DJ enquanto solta umagargalhada que nos faz imaginar que ele talvez tenha tocadoem velórios mesmo. “Com o passar dos anos, fui ganhandoexperiência, fazendo amigos na área e definindo o estilo que euqueria tocar. Aos 19 anos fiz minha primeira apresentaçãointernacional. Toquei na Love Parade Tribute, na Colômbia, para

mais de 6.000 pessoas. Posso dizer que esta festa em Bogotáfoi uma das mais marcantes da minha vida e que me rendeuvarias idas a Colômbia até hoje e inúmeros amigos”, diz Bruno.

Depois da Colômbia, onde já voltou para tocar muitas vezes,Bruno Balbino passou pela Espanha, onde também morou poralgum tempo, e Alemanha, além das baladas brasileiras.Atualmente seu estilo de música eletrônica oscila entre o Tech-House e o Techno e, num contexto musical tão globalizado,Bruno faz questão de dizer que uma de suas maiores influênciasé o DJ brasileiro Mau Mau. “Poderia enumerar vários DJs queadmiro e que me influenciaram muito, explica Bruno, mas voufalar apenas de um, que é o DJ Mau Mau. Sem dúvida, um dosmelhores DJs que já vi atuando além de ser uma pessoa muitobacana e super atencioso.”

A ida de Bruno para Londres foi bastante incentivada pelospais e também pelo irmão, que vive lá há vários anos. Bruno dizque pretende completar sua formação acadêmica, terminandoo curso superior de psicologia, ou iniciando uma nova carreira,desta vez no mundo da gastronomia, um universo com o qual

O menino de 13 anoscresceu bastante e osdisquinhos de brinquedoviraram seu instrumento detrabalho e eternoscompanheiros de viagem.

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Revista Large Lover 7ele tomou contato em Londres e pelo qual está se apaixonandoaos poucos. Mas tudo isso, é claro, sem deixar jamais de to-car. “Quero muito poder tocar pelo mundo inteiro, quem sabeum dia viver só da profissão de DJ”, explica Bruno. E ele faz oque pode para isso acontecer, a ponto de sempre ter CD comsuas músicas no bolso. “Sempre que eu saio com os amigospara bares ou baladas levo comigo um CD meu. Quando chegono lugar já vou perguntando quem é o promoter. Tem que sercara de pau”, sentencia Bruno Balbino. A receita parece estardando certo. Em menos de um ano, ele já tocou em clubesfamosos da Inglaterra, como o The Egg, 54, Hidden e em festascomo Tilted Disco, Holic, Closer, Stand Out London.

Mas nem só de música e festas vive um jovem gordo de27 anos no país dos Beatles. Bruno diz que adora passear porLondres e seus arredores. No início visitou todos os pontosturísticos da cidade e quando está de folga, adora jogar vídeogame e passar horas matando a saudade de quem ficou noBrasil através da internet. Um esporte que ele sempre praticoue que, segundo ele, gostaria de retomar é o judô. “Eu fiz judô

por muitos anos da minha vida, participava de campeonatos etudo mais, mas desde 2007 que não treino, promete Bruno.

Quando perguntamos a ele se ser gordo atrapalhou suavida, ele responde que sempre foi assim e que isso nunca oimpediu de viver e de realizar seus sonhos. Durante o tempoem que esteve com os pais, fez regimes, e diz que alguns ofizeram perder peso, outros “não serviram para nada”. “Hojecuido da minha saúde e tento manter o meu peso num limiteque me faça bem”, diz Bruno. “Nunca fui discriminado ou mesenti alvo de piadas, nunca faltaram namoradas. Ser gordo meajudava até no judô. Imagina alguém magrinho tentando megolpear”, ironiza Bruno.

A única coisa que deixa Bruno profundamente irritado sãoos assentos dos aviões. “Meu único problema em ser gordo eque a classe econômica de qualquer companhia aérea tembancos que parecem assentos de ônibus escolar de tãopequenos, o que faz um vôo intercontinental não ser tão agradá-vel. Mas espero daqui a algum tempo, viajar apenas de primeiraclasse”, brinca Bruno.

Em ação, Bruno parece oOctopus. Uma mão faz a

mixagem, outra segura osCDs, com um ouvido escuta

o som da pista e com outra amúsica que vai iniciar.

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8A divina capacidadede reinventar oconvencional

Quando o

assunto é festa, o

brigadeiro não pode faltar.

Esse pequeno confeito sempre

é o centro das atenções. Encanto que

chamou a atenção de uma doceira de São Paulo que

o transformou numa iguaria gourmet.

Pres

ente

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responsável pela reinvenção do brigadeiro, para afelicidade de todos nós, é a doceira Juliana Motter,que além de inserir novas técnicas culinárias aopreparo do doce, como, por exemplo, técnicasutilizadas na pâtisserie, apostou também no uso

de matérias-primas selecionadas, como o chocolate belga paraa receita tradicional e outros produtos, alguns deles importadosda Itália, para a criação de mais de trinta novas variedades debrigadeiro.

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“Adoro brigadeiro e sempre achei que a receita tradicionalmerecia novas interpretações que valorizassem ainda mais suafórmula mágica”, explica a doceira Juliana Motter. Uma iniciativaque pelo visto deu certo e atrai chocólatras, noivas, estilistas,publicitários e festeiros e levou suas iguarias para eventos so-ciais. “O brigadeiro gourmet vai bem em qualquer ocasião,tanto na festinha infantil quanto em jantares e grandes recep-ções, pois agrada também ao paladar adulto”, afirma a doceira,que lançou na Daslu a moda de servir os seus brigadeiros emeventos diversos e não apenas em festas de aniversário. Osdoces de Juliana têm sido requisitados em vernissages, lança-mentos de livro, casamentos e festas descoladas da cidade.

Entre esta infinidade de sabores estão os de chocolatebranco e o amargo (noir), os Vanilla-Cockie (com fava de baunilhae cockies de chocolate crocantes), o Peanut-butter (de choco-late ao leite com manteiga e farofa de amendoim) e o de Ovo-maltine (de chocolate com malte). E não pára por aí. Julianatambém criou os de pistache, amêndoa, castanha de caju, coco,pinolli e nozes. E, ainda, a linha de etílicos, com brigadeiroscom conhaque, run, amaretto e porto e a de exóticos à base dewasabi (raiz forte), gergelim, pimenta, gengibre e massala(especiarias italianas).

Para comercializar suas criações, Juliana criou o MariaBrigadeiro, uma casa incrustada em uma simpática vila dobairro de Pinheiros, em São Paulo. Um lugar que confere charmee elegância ao brigadeiro. Isso porque, ao contrário de uma lojacomum, só atende seus clientes com hora marcada para queeles possam degustar antes de decidirem o que vão comprar.Um momento em que os felizardos harmonizam os doces ora

com um espumante prosseco, ora com café, ora com vinho doporto. Depois, ainda com os sabores pipocando na boca, pode-se fazer o pedido e agendar a data para retirar ou para receberem casa.

Além de caprichar na cozinha, o Maria Brigadeiro tambémé um primor quando o assunto é embalagem. Juliana explicaque todas elas são customizadas e representam a identidadeda loja. A “marmita”, uma das mais pedidas, é uma merendeirade metal com 15 ou 30 unidades, embalada em tecido floralou de poás. Há também as caixas clássicas, ideais parapresente, com 20, 25 ou 50 brigadeiros. Outra especialidade éo brigadeiro de colher, servido em potes de vidro de 30 e 100ml, que já vem pronto para degustar, com uma delicada colherde metal.

Depois de ver tanto cuidado na criação e na comercializaçãodos brigadeiros deste ateliê é impossível não pensar que elesdevem custar uma verdadeira fortuna. Mas não é o caso. Amarmita de metal, com 15 ou 30 brigadeiros, custa R$ 40,00e R$ 70,00. Outra possibilidade na hora de encomendar éescolher uma composição com os brigadeiros que mais gostou.Para os mais gulosos existe a caixa com cem unidades quecusta R$ 230,00.

Se você já está com água na boca, ou quer proporcionaruma surpresa elegante e inusitada para quem você ama, opróximo passo é ligar e agendar a sua data de degustação.Para isso visite o web site da Maria Brigadeiro pelo endereçowww.mariabrigadeiro.com.br ou ligue para o telefone (11) 3085-3687 ou 8381-6440. O endereço do ateliê é Rua CristianoViana, 67 – casa 11 – Pinheiros – São Paulo.

A criatividade não tem limites. As combinações de saboresdeixam qualquer chocólatra na dúvida. Para resolvê-la, uma caixa com

diversos sabores a um preço bastante acessível.

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Revista Large Lover 11Ponto de encontro

Comece o fim desemana bombando

Comece o fim de

semana em alto estilo,

numa balada agitada

pelos melhores DJs e

repleta de gente

transada.

Vanessa Cris, à direita na foto,promoter da noite Heat, aproveita anoite para fazer o que mais gosta:

dançar, fazer novas amizades epromover grandes baladas.

Fotos: divulgação

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Para quem quer se divertir, sozinho ou acompanhado,curtindo os melhores hits do momento com DJs de alto nível,alguns com experiência internacional, como Bruno Balbino (vejaentrevista na página 4 desta edição), recém-chegado de Londres,o SPKZ (se fala speaks) é um ótimo lugar.

Localizado na Vila Madalena, um agitado point paulistano,a casa possui três ambientes, que permitem curtir em umaárea aberta, no andar superior. Para escutar um som de altaqualidade, mas ainda em um volume mais baixo, ideal paracomeçar a entrar no clima, o lounge, no segundo andar é umbom local. Dá até para sentar, e ficar pertinho do bar e daquelapessoa especial. Depois de “tomar um ar”, se ambientar, entrarno clima da casa e se abastecer no bar do segundo andar, queserve desde água até wiskies importados passando por refri-gerantes e energéticos, chegou a hora de cair na balada até odia amanhecer.

No andar térreo fica a pista de dança onde vários DJs serevezam com suas picapes e CDs. A iluminação é perfeita e

sincronizada com o ritmo, criando o clima ideal para curtir,dançar, ver e ser visto. No fundo da pista, um outro bar abastecea galera para que a temperatura não suba demais.

O SPKZ existe há dois anos e toca música eletrônica (tech,electro e progressive house) que chega à casa pelas mãos deconceituados DJs, como Mau Mau, Anderson Noise e RenatoCohen, que fazem parte de alguns dos line ups do projeto desexta-feira.

A casa é freqüentada por pessoas que curtem boa músicaeletrônica, gente bonita e descolada que desfrutam de doisprojetos: o Heat e o After Moon. O primeiro é um projeto demúsica eletrônica da promoter Vanessa Cris, que acontece todasas sextas-feiras, apresentando sempre os melhores DJs daatualidade. Esses artistas dispensam comentários porintroduzirem o que há de melhor na e-music contemporânea. OAfter Moon é organizado por outros promotores e segue a mesmalinha.

A casa também oferece datas livre (quando não abre o

DJs como Mau Mau, Anderson Noise e Renato Cohen são apenas algunsdos nomes que podem ser encontrados embalando a noite daqueles que

escolhem a SPKZ para começar o fim de semana em alto estilo.

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Club), que podem ser utilizada para eventos de empresas, ougrupos

O SPKZ é um club mais underground voltado para a músicaeletrônica e oferece um ambiente com a melhor qualidade desom e sound system que existe. Além de uma iluminaçãoúnica, que também não se encontra em outros clubs de SãoPaulo, fora o público que frequenta, pois sabem que tipo desom irão encontrar ao virarem frequentadores dos projetos. Olounge é um ambiente diferenciado pois fica no piso superioronde tem outro bar e sofás para a acomodação das pessoas, aárea externa é completamente aberta e somente utilizada comoárea vip para comemorações de aniversários que fazem reservaantecipadamente.

NO SPKZ existe pessoas das mais variadas correntes, etipos físicos, mas, principalmente, respeito a todas eles. “Emum mundo onde a aparência parece ser a coisa mais importante,no meu ponto de vista acredito que é mais importante o ́ sentir-se bem consigo mesmo´, seja gordinha ou magra o mais

importante é se sentir bem do jeito que é”, afirma a promoterVanessa Cris. “Desvaloriza a inteligência e a cultura de umapessoa quando ela da crédito somente para o ́ quanto ela pesa´.Às vezes ocorre preconceito porque ela pesa mais que outras.Mas jamais no SPKZ você vai encontrar esse tipo dediscriminação e falta de respeito com qualquer freqüentador.As pessoas não podem ser caracterizadas pelo peso e simpelo que carregam de melhor dentro de si mesmas. É a únicacoisa que eu considero verdadeira e eterna no meu ponto devista. O resto pode ser mudado se quiser. Você pode fazer umadieta ou cirurgia para emagrecer, porém, o caráter não se muda,ou se tem ou não se tem”.

SPKZ – Rua Inácio Pereira da Rocha, 109 – Vila Madelena– Telefone: (11) 3816-1694 ou 3816-1699. Entrada: com nomena lista: mulher, grátis, homem R$ 30,00. Sem nome na lista:mulher R$ 15,00 e homem R$ 40,00. Coloque seu nome nalista acessando o web site da casa através do endereço ele-trônico www.spkz.com.br.

No segundo andar, num ambiente mais tranquilo e acolhedor, épossível sentar-se, pedir uma bebida e, principalmente, fazer novas

amizades ao som de um segundo DJ, o que facilita as azarações.

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ema magine-se no cinema, assistindo a uma cena mais ou

menos assim: a pequena moça, com olhar triste e sofrido,mas paradoxalmente satisfeita, conferia na praia os váriositens de sua encomenda deixada por um navio: pratarias,louças, especiarias, codornas vivas e vinho de excelente

qualidade.Não é a única vez que o cinema fez questão de mostrar um

banquete. Alguns filmes retratam festas de encher os olhoscom os pratos apresentados. Em …E o Vento Levou, vimosuma desesperada Scarlett O’Hara encher os olhos de cobiçapor um merengue que merecia ser atacada pelos espectadores.Em Os Brutos Também Amam, vemos uma torta de maçã que,como disse o professor Murray Pomerance, na coletânea 1001Filmes para ver Antes de Morrer, definiram mais o Velho Oestedo que “armas, gado ou aquele olhar distante e sonhador parao horizonte”. Vimos também o contrário, na apoteose dobanquete de sapatos velhos no magistral Em Busca do Ouro,de Charles Chaplin.

Mas o que acabamos de descrever foi um filmeespecificamente sobre um banquete. A história de uma moçaque resolve gastar tudo o que ganhara na loteria para oferecer,em gratidão, seu empenho naquilo que ela fazia melhor: cozinhar.Sim, sua determinação era preparar um banquete digno de umrei para uma população pobre com velhos abandonados pelavida, cuidados zelosamente pelas filhas de um pastor que sóisso pôde oferecer de herança.

Eis A Festa de Babette, um lindo filme de Gabriel Axel, emque Bibi Andersson, que a nova geração nem sabe quem foi,faz uma ponta, e interpretado por atores excelentes, mas poucoconhecidos no meio artístico brasileiro, com exceção de StéphaneAudran, no papel principal. Ela já trabalhou com Luis Buñel emO Discreto Charme da Burguesia.

Mas A Festa de Babette, rodado em 1987 na Dinamarca,baseado na bela história de Isak Dinesen (ou Karen Blixen, quejá foi interpretada por Meryl Streep em Entre dois Amores), éum grande filme que mostra o que é realmente um banquete:um maravilhoso banquete. Seu preparo, numa cozinha minúsculae desaparelhada, os detalhes da apresentação e do serviço e a

reação daquela pobre gente experimentando sabores nunca antessentidos ou imaginados. O comportamento do general diantedo que vislumbrou e experimentou foi icônico: ele só tinha vistotamanha qualidade nos melhores lugares de Paris.

Pronto: contou-se o filme. Sempre tem um críticoengraçadinho que revela o final da história estragando o prazerde uma sensação nova e diferente. Mas o Titanic afunda nofinal, Jesus Cristo morre no filme e Superman salva o planeta.Não tem como esconder esses clichês. No filme, Babette fazum banquete. E agora, estraguei a surpresa?

Mas o filme é exatamente isso: moroso no início, quaseentediante, tudo para engrandecer a apoteose final: elapreparando a festa. Indescritível. É para se assistir muitasvezes e repetidamente: um espetáculo único, soberbo, fantásticoe, para alguém como eu, angustiante: onde fica o restaurantemais próximo? Não quero saber de pizza: quero, sim, jantarcom classe e vontade, acompanhado do melhor dos vinhos.

Já se foi dito que não existe clássico da literatura semmencionar detalhadamente o que se come. Os fãs de JamesBond sabem que ele adora camarões, salada de abacate, ovoscom bacon e peixe grelhado. Michel Zevaco, o autor de A Pontedos Suspiros, detalhava minuciosamente cada refeição, e, nãodiferente, Alexandre Dumas descrevia o que Porthos comiaenquanto flertava com a mulher do dono do cartório em OsTrês Mosqueteiros. O cinema não é diferente, mas erros secometem: em O Príncipe Caspian, ninguém sequer fez um lanche,apesar da equipe do filme ter se esbaldado comendo pizzas naEslovênia. O filme não fez tanto sucesso, embora tenha sidobom!

Valorizada por Fellini, celebrada por Peter Jackson,vangloriada por Francis Ford Coppola, o qual dizem que temsuas melhores idéias na cozinha, a boa comida será sempreuma estrela sem créditos, mas que chama mais a atenção queo trabalho da fotografia.

Ricardo Coelho dos Santos, entre tantas atividades, éSecretário Executivo do Fórum Regional ES do Prominp, autorde livros de ficção e um cinéfilo irrecuperável.

Um filmeque agradaaos olhos e

abre o apetitepor Ricardo Coelho dos Santos

I

Foto

: div

ulga

çãoO filme “A Festa de Babette”, que chegou a

inspirar a criação de uma confrariagastronômica em São Paulo, mostra como

pode ser prazeroso a preparação de umbanquete, ainda que os convidados não

dêem o devido valor aos pratos.

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egundo Humberto Monteiro, que também trabalhacomo personal chef, ensinando as pessoas ossegredos da gastronomia, uma das maioresdificuldades de seus alunos era ter em suas casasos temperos requisitados para o preparo dos pratosescolhidos. “É claro que eu levava comigo os meus

temperos, mas depois, quando eles fossem reproduzir as receitas,eram obrigados a sair correndo em busca dos temperos”, explicao chef.

A idéia de criar a Dá Sabor e de fazer kits com os temperospraticamente nasceu desta necessidade, afirma Humberto, quealém de simplesmente colocar temperos dentro de vidrinhos,decidiu, junto com seu sócio, dar um toque especial ao que elepassaria a oferecer aos seus alunos. Foi então que surgiram os“Armários de temperos”, móveis de madeira com capacidadepara 28, 24 ou 4 frascos diferentes, e que, no caso do kitmenor, é acompanhado de um moedor.

Temperos que aguçam opaladar e decoram a cozinha

Os chefs Humberto Monteiro e Cello de Vitto

estão apresentando ao mercado uma linha

de temperos artesanais que além de conferirem

um sabor especial aos pratos que você vai

preparar, também vão decorar a sua cozinha.

As peças possuem um ótimo acabamento e além de guardarde forma organizada os temperos, ainda dão um toque nadecoração da cozinha, seja apoiada em algum móvel ou mesmofixada numa parede. Entre os temperos que fazem parte doskits estão os tradicionais, como, por exemplo, alho, cebola,louro, mostarda, tomilho, curry, pimentas diversas e algumasmisturas que são utilizadas na culinária tradicional de algunspaíses. Além de temperos, a Dá Sabor também tem uma linhade azeites, vinagres e sais temperados, chutneys e molhos.

Todos os produtos estão disponíveis para aquisição atravésdo web site www.humbertomonteiro.com.br/dasabor, onde seencontram as informações necessárias para realizar qualquercompra. Os móveis têm preços que variam entre R$ 130,00para o kit de quatro especiarias, R$ 200,00 para o de 24 e R$180,00 para o de 28 frascos. Os preços dos azeites variamentre R$ 13,50 a R$ 14,50 a unidade e os vinagres entre R$3,50 e R$ 4,50.

S

Fotos: divulgação

Decoração

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Car

reir

a

uis Felipe Calmon é um homem gordo, calmo e, comoele mesmo faz questão de dizer, quase careca. Outrade suas características é a timidez. No entanto,quando o assunto em pauta é gastronomia ou carrosde corrida, ele se transforma e é capaz de conversar,

sem parar, por horas a fio. Ele é descendente de italianos econta que graças à mãe, à avó e alguns tios, desenvolveu suapaixão pela gastronomia e que, graças ao pai, encontrou lugarem seu coração também para a velocidade.

Um chef que pisafundo na cozinha enas pistasPilotar um fogão ou um carro de corridas

são duas habilidades que Luis Felipe

Calmon possui e que, segundo ele, para se

fazer bem é preciso muito conhecimento

técnico e, acima de tudo, uma grande dose

de coragem.

L

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Revista Large Lover 17Fotos: Roberto Paes

“Para ser um bom chef decozinha é preciso ser meio ‘porralouca’, não ter medo de errar ejogar um prato na lata de lixo...”

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“Quando se é descendente de italianos, fica fácil de seapaixonar pela boa cozinha. É algo que já se traz no códigogenético e que, num primeiro momento, faz a gente apenas sesentar à mesa para degustar e, mais tarde, arrasta a gentepara frente de um fogão”, explica Luis. “Já o automobilismo éalgo diferente. Trata-se de uma paixão cultivada, que vai ganhandolugar no seu coração com a mesma velocidade com que ocarro devora a pista”, afirma Luis.

Mas não se enganem pensando que correr ou cozinhar sãotarefas fáceis. Luis conta que durante o tempo em que esteveatrás do volante, ele teve que aprender muito. Ao todo foramtemporadas nas fórmulas 1600, Ford, 2000, Atlantic e naFórmula 3. Uma experiência que exigiu dele um grande conhe-cimento técnico e, segundo ele, uma dose muito maior de co-ragem. Uma maneira de pensar que ele também aplica à gas-tronomia.

“Acelerar um carro de corridas e preparar um prato não sãocoisas muito diferentes de se tratar. Para ser um bom piloto,você precisa de técnica e de arrojo. Para preparar um bomprato você precisa conhecer bem a técnica culinária, mas aomesmo tempo, precisa de arrojo para tentar novas combinaçõese buscar novos resultados”, afirma Luis.

Uma doutrina divertida

Atualmente, Luis e sua mulher, Adriana Santos, sãoproprietários e gerenciam a Orbacco Espaço Gastronômico,uma empresa que realiza cursos de gastronomia e bebidaspara pessoas que querem aprender a dar seus primeiros passosna cozinha e para profissionais interessados em aperfeiçoarsuas técnicas e conhecimentos sobre gastronomia. Além disso,através de sua empresa, Luis e Adriana oferecem consultoriapara empresas do setor e exercitam suas criações.

Recentemente Luis trabalhou para uma empresa de con-gelados e desenvolveu uma linha de produtos diferenciadospara eles. Em outras ocasiões, ele criou um cardápio elaboradopara o serviço de bordo de um jato particular. Em tempo inte-gral, longe da cozinha experimental da Orbacco, os dois con-tinuam a se dedicar à gastronomia, cozinhando para eles mes-mos e para os amigos, que sempre encontram alguma novidadepara comer.

“Eu respiro gastronomia”, explica Luis. “Quando não estouna frente do fogão, tentando criar algo novo, estou assistindoprogramas sobre o assunto na TV, ou estou lendo sobregastronomia, ou estou em alguma feira ou evento do setor.

“Para preparar um bom pratovocê precisa conhecer a técnicaculinária e ao mesmo tempo, terarrojo para tentar novascombinações.”

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Isso, ao contrário do que as pessoas podem imaginar, não meaborrece, pelo contrário, me faz feliz, renovado”.

Para Luis Calmon é a falta desta “paixão” pela gastronomiaque faz com que tantos chefs acabem cedendo à rotina de pre-parar pratos comuns, sem o toque pessoal deste profissional eisto faz, segundo ele, com que os restaurantes destes chefsse tornem comuns e irrelevantes no cenário gastronômico bra-sileiro.

“Nos últimos anos, tornou-se fácil adquirir o conhecimentotécnico necessário para se tornar um chef de cozinha e o gla-mour que a profissão alcançou faz com que as salas de aulafiquem cada vez mais lotadas”, comenta Luis Calmon. “Masas pessoas que saem destes lugares se esquecem de quealém de saber transitar na cozinha é necessário ter criatividadee, mais do que tudo, coragem para arriscar. Errar ou acertarfaz parte da gastronomia”, afirma Luis Calmon.

Um gordo de bem com a vida

Trabalhar, ou melhor, viver cercado daquilo que gosta faz deLuis Calmon um gordo feliz. Além disso, outro motivo para sua

felicidade é amar e sentir-se amado. “Eu adoro minha mulher.Juntamos nossas panelas há muito tempo e a segurança queesta relação estável me traz faz com que eu seja como sou”,explica Luis. “Ambos nos preocupamos com a minha saúde,mas sem as paranóias que algumas pessoas têm quanto aoseu peso”.

Luis afirma que sempre esteve acima do peso, desde o diaem que nasceu e um dos poucos momentos em que emagreceufoi para entrar no cockpit de um carro de corridas. Quandoperguntamos a ele se em algum momento de sua vida sergordo atrapalhou, ele afirma que nunca sofreu qualquer tipo dediscriminação. “Pra ser sincero, afirma Luis, ser gordo é umautilidade pública, afinal a gente vira ponto de referência para aspessoas indicarem onde fica isso ou aquilo. Algo do tipo: a lojaque o senhor está procurando fica ali, perto do gordo careca”,explica Luis soltando uma gargalhada.

“Agora, falando sério”, finaliza Luis Calmon, “sou muitofeliz do jeito que eu sou. Gosto de estar ao lado da Adriana,reunir os amigos para jantar, tomar um bom vinho e terminar anoite fumando um charuto e uma infinidade de outras coisasque também gosto muito, mas que não me lembro agora”.

“Quando se é descendente deitalianos, fica fácil de seapaixonar pela boa cozinha.É algo que se traz no códigogenético.”

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Pensando em viajar?Então que seja para comer

Turi

smo

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orque Bolonha é uma cidade maravilhosa muito antesde se sentar à mesa. É formada de uma classe deitalianos que parecem terem nascidos todos na Ingla-terra vitoriana, pois falam baixo, são extremamentesolícitos e têm causas sociais a defender.

Foi em Bolonha que se criou a primeira universidade doocidente. É em Bolonha que se anda quilômetros de calçadascobertas por arcos, que protegem o transeunte do sol escaldantedo verão, das chuvas que caem entre estações, da neve e dovento frio cortante do inverno.

É na Emilia Romagna, província do centro da Itália cujacapital é Bolonha, que por cinco décadas houve um experimentode gestão socialista, fruto da participação da sociedade emilianana resistência ao fascismo. A gestão parecia eterna, tão bemsucedida era – com seus meios de transporte gratuitos paratrabalhadores e estudantes em hora de rush, com seus sistemasde apoio ao agronegócio, ao pequeno estabelecimento produtivo,ao estudante sem posses – exemplo para todos osadministradores da coisa pública no mundo inteiro. Sucumbiuà onda direitista que assola a “Bota” e o resto da Europa, masnão se apaga compromissos de tantos anos em pouco tempo.O povo de lá é mais vigilante do que o de acolá.

Ao sentar-se à mesa, até o seu vinho mais famoso emedíocre – o lambrusco – mostra as suas qualidades. À mesa,Bolonha La Grassa mostra porque foi chamada assim pelositalianos de outras partes.

Em pesquisa informal sobre gastronomia, os italianos fo-ram chamados a se pronunciar sobre um concurso para eleger

Você que faz viagens

turísticas pensando no que

vai comer e beber, está

esperando o que para

conhecer Bolonha?

Por Breno Raigorodsky

P

Fotos: arquivo WeekpediaTurism

oNa foto maior, uma vista aérea de

Bolonha e, no detalhe, o Palácio dePodestà, um dos vários pontos

turísticos da cidade.

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a melhor comida italiana. Espertamente, a pergunta básica era“fora a comida de sua terra, qual é a melhor da Itália?” Respostada esmagadora maioria – Bolonha. São especialidadesreconhecidas como bolonhesas a mortadela, tortelini, a lasanhae o molho dito à bolonhesa, o ragu.

Além da mortadela, o embutido cozido mais conhecido domundo e um dos mais consumidos, com produção anual acimados 18 bilhões de quilos, Bolonha é a capital da província maisfamosa pelos seus embutidos, a Emilia Romagna. E lá que seproduz o inigualável Culatello di Zibello, a copa piacentina, osalame de felino, presente em dicionários gastronômicos desde1905, os presuntos de Modena e Parma, símbolo gastronômicoda região, a medieval salama da sugo de Ferrara e os zamponee cotechinos de Modena.

É possível especular sobre esta fama de boa de mesa,quando pensamos que a fartura opulenta saiu da mesaaristocrática e esteve acessível ao cidadão comum antes dequalquer lugar, como atesta uma carta dos últimos anos doséculo XVII, escrita por uma inglesa de nome Anne Miller Riggs,reproduzida num artigo de Angelo Varni “Bologna La ‘grassa’:uma storia tra mito e realtà”, em 11 de Março de 209) etraduzido livremente por mim:

O almoço de hoje começou com uma sopa branca commacarrãozinho e parmesão finamente ralado na superfície, meiacabeça de porco bolonhês, muito bem assado e temperado, su-perior a qualquer carne de porco que tenha comido em nossopaís; uma fritura muito bem feita, uma torta à moda francesa,um fricandè em navette, uma galinha deliciosa, a melhor quejamais comi, um quarto de carneiro assado, espinafre temperadoà francesa, couve flor em trufa, temperado na manteiga e noaliche, um prato de mortadela; como sobremesa, a melhor uvabranca que se pode imaginar, peras, nozes de tamanho esuavidade totalmente fora de costume.

Esta mesma especulação, nos leva a uma outra constatação:o ambiente universitário precoce, reunia estudantes e professoresde muitos lugares da Europa, propiciando um caldeirão criativoinédito.

Ele nos dá a pista de que a fama foi construída através deséculos de fartura e variedade, construída por elementos daagricultura, dos rebanhos e do mar. Localiza a fama por contade acontecimentos que acompanham a história da cidade desdeos primeiros anos do século XI. Como capital de uma regiãoextremamente fértil desde então, já centralizava mercadoriasde todo cinturão agrícola das margens do rio Pò, responsávelpor vasta produção de trigo, verdura, azeite, uva, ervas medicinais,e peixe que chegava à capital por Ferrara desde o Delta do Pò.Vinham marinados em vinho como a enguia ou fresco como oesturjão, os camarões e caranguejos, como as lulas e as ostras.

Diz ainda o autor, que carnes bovinas e suínas frequentavamcom surpreendente freqüência até a mesa dos menosfavorecidos, para não falar da quintessência da culináriabolonhesa – os embutidos, considerados os melhores –“linguicinhas cruas ou cozidas, melhores do que qualquer outrado mundo, aguçam o apetite a toda hora” comenta um viajantefrancês do século XV. Há comentários por toda parte nos séculosXVI e XVII, feitos por viajantes franceses, ingleses e alemães.

Portanto, maravilhas embutidas, massas excelentes, frutosdo mar especiais, frutas, verduras, queijos, recebem você debraços abertos.

Evidentemente, quem vai a Bolonha não é obrigado a ficartomando Lambrusco só porque está lá. Em Bolonha, entredezenas de osterias e enotecas, tem uma em funcionamentodesde 1465, a Osteria Del Sole, onde você é lembrado porcentenas de garrafas de vinho, que a Emilia faz fronteira comalgumas ilustres regiões como o Piemonte, a Toscana, aLombardia e o Veneto, com seus Barolo, Chianti, espumantesde Franciacorta, e Amarone respectivamente, alguns dosmelhores vinhos do mundo.

Breno Raigorodsky é filosofo, publicitário, turista, juiz devinho internacional. Consultor, escreve sobre, cinema, vinho ecomida. Para contatá-lo e trocar dicas de viagem escreva parao e-mail: [email protected].

Além do grande atrativo gastronômicoproporcionado por Bolonha, não sedeve deixar de lado sua arquitetura

medieval, muito bem preservada.

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Revista Large Lover 23Mostre ao mundo

quem você é deverdade

Ao contrário do que afirma a

propaganda de um refrigerante,

imagem é tudo e para ajudar

você a descobrir qual é a

sua, nada melhor que um

consultor de imagem.

ma gravata, um sapato ou então uma bolsa, enfim,qualquer pequeno acessório, faz uma grandediferença no conjunto do seu visual e, se eles nãodizem ao mundo quem você é, suas relaçõessentimentais e profissionais podem se tornar mais

difíceis e complicadas. Mas, felizmente, para dar um jeito nissoe “lapidar” seu visual, existem os consultores de imagem.

Segundo Paola Chiarello, uma personal stylist, que trabalhaem São Paulo, o visual de qualquer um pode ser trabalhado e

U

Foto: repordução do quadro Homem com cachorro, de Fernando BoteroM

oda

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de todos os tipos e de ambos os sexos, desde executivos bemsucedidos a donas de casa, cada um deles com suasnecessidades específicas”, diz a consultora.

A culpa não é só deles

“Não há como negar que a maioria das pessoas gordas,assim como muitos magros também, se vestem mal”, afirmaPaola. “Mas, no caso dos que estão acima do peso, a coisa émais complicada. Não existem lojas especializadas emtamanhos grandes em todas as esquinas da cidade e as queexistem, às vezes praticam preços exorbitantes e a mídiaespecializada em moda raramente se preocupa em oferecerdicas para que os gordos possam se vestir bem”, questionaPaola.

“A sociedade em geral cultua os corpos esbeltos e esguiose impõe aos gordos a tarefa de emagrecer. Ninguém, a não serpor algumas iniciativas semelhantes à da Large Lovers, sepreocupa em dizer aos gordos que eles devem buscar a felicidadee a satisfação pessoal como são. Precisamos de campanhasdo tipo gordinhos e gordinhas felizes venham para este clube,sejam chiques, felizes, sem estresse, vistam-se com roupasbonitas, que não os façam suar tanto e que não os façamparecer sacos de batatas”.

E neste sentido, a consultora é categórica e afirma que sevestir bem está relacionado com bom gosto, com auto-conhecimento. “O que uma consultora faz é ajudar o cliente adesenvolver estas qualidades, se ele ainda não as tem e, ainda,

ajustado para que ele, ou ela, atinjam seus objetivos. “Imagine,por exemplo, um cantor de músicas sertanejas que se apresentevestido como Luciano Pavaroti, usando um smoking. As pessoasque pagaram para assisti-lo ficariam na dúvida se erraram delugar e foram parar numa sala de concertos líricos. Passaruma imagem errada para quem está à nossa volta afeta nossodia-a-dia, abala nosso bem-estar e destrói a auto-estima”, afirmaPaola. “É para acabar com isso que existem os consultores deimagem”, conclui a personal stylist.

“Arrumar as pessoas” é uma tarefa que sempre agradouPaola, porém, por força do destino, ela acabou exercendoatividades que por mais de 20 anos a fizeram deixar o quegostava de lado. Mas, de alguns anos para cá, ela pôde voltara se dedicar à consultoria de imagem e vêm atendendo diversosclientes que retribuem seus conselhos com uma boa dose decarinho e isso, segundo ela, lhe traz uma grande satisfação.

“Grande parte do meu sucesso como consultora reside nacompreensão de que cada um dos meus clientes é único. Todoseles têm medidas, estilos e personalidades diferentes e cadaum precisa de um tipo de lapidação diferente”, diz Paola. “Aofinal de uma consultoria, consigo perceber claramente que háuma nova pessoa diante de mim, alguém mais confiante, comum brilho em seu olhar que antes não existia e com a auto-estima no topo do mundo. Poder enxergar isso nestas pessoasme deixa gratificada e muito feliz”.

Ter acesso a um consultor de estilo não é um luxo reservadoapenas para quem está com os bolsos cheios. Paola afirmaque oferece consultoria a clientes de diversas classes sociaise de diversos pesos e medidas. “Tenho assessorado pessoas

Fotos: Roberto Paes

“Faltam lojas especializadasem roupas que valorizem as

pessoas gordas, o que limita asopções para os meus clientes.”

“Creio que o maior pesadelode toda mulher é decidir o quevestir e com a falta de opções

isso torna-se mais difícil.”

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Revista Large Lover 25orientá-lo para que a mudança de imagem não lhe custe umafortuna”, explica Paola. “O resultado do trabalho de um consul-tor competente pode ser visto no visual e, principalmente naatitude de seus clientes. Eu costumo avisar os meus que elesmudarão 30 anos em 3 meses e quando termino meu trabalhosão eles que me dizem que suas vidas foram mudadas pelospróximos 30”, comenta a consultora.

Paola explica que as mudanças nunca são as mesmas depessoa para pessoa. Alguns de seus clientes dizem que sesentem mais seguros em seus ambientes de trabalho, outrosse sentem abertos e confiantes para buscarem novosrelacionamentos ou então se sentem melhores com seusrelacionamentos atuais. “O que todos os que assessorei temem comum é uma disposição nova para viverem suas vidas”,afirma Paola.

Paola diz que as mudanças são mais sensíveis nas mulheres,principalmente nas gordas. Se para uma mulher que está dentrodos padrões aceitos pela sociedade a descoberta de si mesmaé gratificante, no caso de uma mulher que está acima do pesoesta vitória tem um sabor ainda maior. “Creio que o maiorpesadelo de toda a mulher é decidir o que vestir pela manhã eisso, no caso de uma mulher gorda, com limitação de opçõesem seu guarda-roupas, deve ser mais frustrante ainda”, afirmaa consultora. “Não consigo esquecer uma cliente obesa queme telefonou uma vez. Ela estava no meio de um jantar comseu marido e decidiu me ligar para agradecer pelo que eu haviafeito por ela. Resumindo, a consultoria é uma grande terapia,que traz muitos ótimos resultados”, conclui Paola.

Para as mulheres, segundo Paola, o que acontece de melhor

depois de uma consultoria é a descoberta de si próprias e issotransforma o mundo em volta delas. A consultora acredita quepara as gordinhas isto deve ser libertador. Para ela e para aspessoas ao seu redor, que querem vê-la bem vestida com ocabelo em ordem, mostrando uma postura externa tão bonitaquanto sua beleza interior. “Afinal, confidencia Paola, ninguém,mas ninguém mesmo gosta de estar ao lado de uma pessoamal vestida, descabelada, com sapatos mal cuidados. Nossoscuidados pessoais refletem o cuidado com nossos colegas,com nosso trabalho, com nossa casa, e com quem amamos”,alerta Paola Chiarello.

Falta de opções

Um grande entrave ao trabalho de Paola Elide é a falta delojas especializadas em roupas masculinas e femininas quevalorizem o corpo de gordos e gordas, o que limita as opçõesde seus clientes. Segundo ela o que está sobrando no mercadode moda para quem está acima do peso são roupas queparecem “sacos de batatas”, sem opções os gordos acabamou comprando roupas largas demais ou apertadas demais. Aconsultora recomenda que todos coloquem uma roupa e quenão tenham medo de se olhar no espelho antes de sair decasa. “Troquem quantas vezes for necessário, amem-se, evalorizem-se, para isso enfeitem-se, vistam-se bem”, recomendaPaola. “Ser gordinha não é ser mal vestida. Geralmente asgordinhas tem belas pernas, rosto muito bonito, seios fartos,que precisam ser valorizados, com classe”.

“A sociedade em geralcultua os corpos esbeltos e

esguios e impõe aos gordos aterefa de emagrecer.”

“Grande parte do meu sucessocomo consultora é

compreender cada um dosmeus clientes como único.”

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Espo

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Golfe: um esporte onde seupeso não faz diferençaAo contrário de outros jogos, onde agilidade e

força física são essenciais, o golfe exige de

seus praticantes outras aptidões, como, por

exemplo, precisão e concentração.

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Revista Large Lover 27e você está acostumado a praticar esportes emlocais fechados e apertados, a primeira vista,um campo de golfe vai lhe causar a impressãode estar num horto florestal. Em seus milharesde metros quadrados há lugar para todo tipo de

árvore, vegetação rasteira, bancos de areia, lagos e, é claro,um gramado muito bem cuidado. Um oásis colocado no meioda selva de pedra das grandes cidades que, além de agradar osseus olhos, atrai e se transforma no lar de inúmeras espéciesde aves e outros animais silvestres.

Só o fato de estar em contato direto com a natureza já éum motivo mais que suficiente para se tornar um praticante dogolfe, mas as vantagens deste esporte não param por aí. Du-rante uma partida, que pode levar até 4 horas para ser encerrada,o jogador, enquanto dá suas tacadas e avança buraco apósburaco, sem perceber, acaba percorrendo sem esforço exageradode 8 a 10 quilômetros.

Além do exercício físico imperceptível de uma partida degolfe, este esporte oferece também uma boa dose de exercíciomental. A distância entre o ponto de partida e o buraco estárepleta de armadilhas a serem superadas. Árvores, vegetação,grama alta, água, vento e ondulação do terreno são as barreirasque sua mente deve ultrapassar. Alguns golfistas dizem queneste esporte seu adversário é o campo e não seus amigos dejogo. E, neste sentido, esta batalha vai deixá-lo concentrado aponto de esquecer qualquer problema do dia-a-dia e sumir como estresse acumulado durante a semana.

Fotos: Roberto Paes

SEsporte

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Mais popular do que você imagina

No Brasil, o golfe é um esporte pouco divulgado e apenasaqueles que assinam alguns pacotes da TV a cabo, ou recebemsinal por satélite, podem se dar ao luxo de acessar notícias eassistir a torneios. Provavelmente, a maioria da população quesabe da existência do golfe lembra de Tiger Woods, um dosmaiores nomes deste esporte, mais pelo comercial de lâminasde barbear do que pelos seus torneios conquistados.

Já em outros países, a popularidade que o golfe atingiu ébem maior. Ele foi inventado pelos escoceses no século XIV edepois de cinco décadas chegou a ser proibido pelo parlamentoporque passou a representar um problema aos interesseseconômicos do país. Atualmente estima-se que existam maisde 61 milhões de praticantes deste esporte espalhados pelomundo, a maioria deles nos Estados Unidos e no Japão. NoBrasil, segundo a Federação Paulista de Golfe, o número dejogadores ultrapassa 25 mil pessoas e o número de apaixonadospelo esporte cresce cerca de 10% a cada ano.

Números que crescem a cada dia graças às iniciativassemelhantes à da Federação, que mantém próximo ao aeroportode Congonhas, na zona Sul de São Paulo, um campo público,

Approach: tacada que leva ao green, geralmente umadistância entre 100 e 150 jardas (91,44 a 137,16 metros)do buraco;

Birdie: acertar o buraco com uma tacada abaixo do par,Bogey: acertar o buraco com uma tacada acima do par,Bunker: bancos de areia que servem como obstáculo,Caddie: carregador de tacos,Chip shot: tacada curta, perto do green,Drive: primeira tacada a partir do tee. É também o nome

do taco usado para tacadas de longa distância,Eagle: acertar o buraco com duas tacadas abaixo do par,Fairway: região no centro do campo, entre o tee e o

green,Green: área onde fica o buraco, onde a grama é fina,

compacta e aparada rente ao solo, Hazard: obstáculo (deágua ou areia),

Hole: buraco sinalizado por uma bandeira colorida,

Para não ficar boiandoPara minimizar o trauma de participar de uma aula de golfe e não ter que ficar esperando o professor dizer o que significa esteou aquele termo técnico, a seguir, os principais termos e seus significados. Isso vai fazer você ficar mais à vontade no campo.

Hole-in-one: acertar o buraco com uma única tacada,Iron: taco de ferro, usado para jogadas curtas,Par: referência da média de tacadas para embocar a

bola. Cada buraco tem seu par e o campo tem um par total,Putt: tacada no green para atingir o buraco. O taco para

esse tipo de jogada chama-se putter,Rough: local de grama mais alta e difícil de jogar,

geralmente perto de árvores e arbustos,Stance: posição do jogador na hora da tacada,Swing: balanço do corpo para dar a tacada,Tee: local onde é dada a primeira tacada em cada buraco.

Também é o nome do pino de plástico que sustenta a bola naprimeira tacada,

Wood: taco de madeira, usado para jogadas de longadistância,

Yards: jardas. No golfe, as distâncias são medidas emjardas. Cada jarda equivale a 91,4 centímetros.

onde não é necessário ser sócio para aprender e praticar oesporte. Isso tem feito, pouco a pouco, que pessoas comunsdeixem de ver o golfe como um esporte praticado por chefesde estado, presidentes e altos executivos de multinacionais. Éclaro que eles também jogam, mas, com os “campos dealuguel”, você também pode jogar.

Nas instalações do FPG Golfcenter, aquele que se aproximado esporte pode contar com um campo de nove buracosiluminados, possibilitando os treinos e jogos noturnos; um dri-ving range, área do campo reservada ao aprendizado, com 36boxes e 10 instrutores, alguns deles bilíngues; uma loja comtodo material necessário para a prática do golfe, um bar erestaurante, vestiários e serviço de estacionamento. E, paraquem não quer gastar logo de cara com equipamentos, elespodem ser alugados no local.

Para quem se entusiasmou pelo golfe e quer aprender epraticar o esporte, a primeira providência é acessar o site doFPG Golfcenter pelo endereço www.fpggolfcenter.com.br. Lávocê encontrará informações sobre o esporte, sobre o campoda própria federação, ou indicações sobre outros campospúblicos localizados na cidade de São Paulo e em outraslocalidades.

Durante um jogo, acapacidade de

concentração é um fatoressencial para se obter um

bom resultado.

Page 29: Ed. 3 - Ano 1 - 04/2009

Revista Large Lover 29para o leitor. Não só informando sobre o que há de fascinantena adega e na cozinha nacionais e internacionais, comoaprimorando o paladar graças à experiência de um mestre noassunto, que alia a alegria ao dom de escrever sobre comidase bebidas, à sua forte personalidade. Os prazeres a desfilar porestas ‘Memórias’ são numerosos e variados a ponto de incluirtambém cerveja, cachaça, rum, tiquira, ‘rabo de macaco’, pão,batata, risoto, doce de leite, marzipan, um restaurante lisboetafamoso, Tavares Rico e muito mais.

O Grande Livro das Receitas deBacalhau2ª edição, 2008Impala177 págs., capa duraR$ 49,00

Apreciado em diversos países, obacalhau é um dos grandes pratosda gastronomia mundial. E tem

inúmeras razões para isso. O uso desse nobre peixe tem deixadomuitos com água na boca, desafiando a imaginação de todosos amantes da boa culinária. O certo é que o bacalhau deixoude ser uma iguaria encontrada apenas nos almoços de Páscoa.Ao longo do ano, multiplicam-se as diferentes ocasiões e assaborosas formas de prepará-lo. É isso que este livro propõe:uma viagem pelo universo das receitas de bacalhau, com umapassagem obrigatória pela história desse inconfundível pescado.Experimente deixar de comer só com os olhos e comprove ofino paladar de um peixe que é, não por acaso, apelidado pelosportugueses de “fiel amigo”. Do hábito, nasceu o apuramentoe o requinte das magníficas receitas que caminharam pelosmares para chegar até nós, brasileiros.

O Guia Definitivo da RessacaRichard Drunkard1ª edição, 2004Senac SP196 págs., capa flexívelR$ 44,00

Quatro são os tipos de ressaca: aparacetamol, a de talento, a dinamitee a dantesca. Pronto, você já sabealguma coisa do assunto e estáapenas no primeiro parágrafo do texto

de Richard Drunkard. Não só no parágrafo, como na companhiadesse misterioso personagem bem-informado e bem-humorado,um conviva de prazeres que invoca o auxílio de gente comoEdgar Allan Poe, Baudelaire, Verlaine, Rimbaud, Oscar Wilde,Bukowski, Vinícius de Morais e incontáveis outros paraestabelecer O guia definitivo da ressaca. Que ninguém tomeesse “definitivo” ao pé da letra, porém, o próprio autor avisaque gosta de dar sugestões, nunca dispensadoras da orientaçãomédica que o tema não só recomenda como exige. Combinadoisso, é sentar e divertir-se com ele, com os muitos casosverdadeiros que conta, as citações sofisticadas ou nem tantoque faz, as explicações de ressaca e as dicas para preveni-lastomando sucos, vitaminas, ingerindo alimentos fortes ouutilizando “remédios” vindos da sabedoria popular. E tambémcom as anedotas, como a do sujeito que estava no bar e...Vocêvai ler.

A Cozinha e seus Vinhos – ReceitasRápidas com Muita ClasseSaul Galvão5ª edição, 2008ISenac416 págs., capa flexívelR$ 65,00

A cozinha e seus vinhos, de Saul Galvão,além de uma introdução contendo as

explicações básicas sobre os vinhos tintos e brancos de váriospaíses e suas combinações com diferentes receitas, traz 120pratos de categorias diferentes (carnes, aves, peixes, frutos domar, massas, entradas etc.) que, em princípio, podem ser feitosem menos de uma hora, numa cozinha normal, com utensíliose instrumentos comuns, desses que quase todo mundo temem casa. Junto a cada receita, sugestões de vinhos que poderãocomplementá-la, com alguns comentários. São idéias para cadaum ir testando e não imposições, totalmente descabidas quandose fala em cozinha e vinhos. Nesta obra de referência da EditoraSenac São Paulo, gourmets e profissionais das áreas de bares,restaurantes e hotéis, as receitas apresentadas tratam de pratosque podem ser feitos em casa e experimentados em bonsrestaurantes. Os vinhos sugeridos são encontrados no mercadobrasileiro. Enfim, um livro com receitas sofisticadas, mas nuncatrabalhosas demais.

Borbulhas – Tudo sobre Champanhe eEspumantesAguinaldo Záckia Albert1ª edição, 2008Senac168 págs., capa flexívelR$ 45,00

É uma história muito interessante: naregião francesa da Champanha, palco

de guerras sucessivas e, porque especialmente fria, favorável àprodução de vinhos brancos mais frescos e ácidos, o mongebeneditino Dom Pérignon contribuiu para aperfeiçoar o depoiscélebre champanhe. Essa bebida espumosa e borbulhante ganhoua preferência da corte do Rei Sol, Luís XIV, e teve a sina deagradar também ao inimigo tradicional da França na época, aInglaterra. Assim conquistou o planeta e se tornou, como aquidiz o autor, “a mais festiva das bebidas”. Esse livro propõe-sea contar tudo o que importa saber sobre o champanhe e osoutros espumantes, além de ocupar-se do seu engarrafamento,das suas safras e da harmonização de uma determinada bebidacom a aquela comida especial.

Memórias de Adega e CozinhaSérgio de Paula Santos1ª edição, 2007Senac320 págs., capa flexívelR$ 65,00

Sérgio de Paula Santos, provandonovamente que por prato e copo passama história e a cultura do mundo, em

especial quando se trata dessa nobre bebida, o vinho, traz umasucessão de textos capaz de abrir afortunadas perspectivas

Literatura

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Liçã

o de

cas

a

Pesquisando pela internet, você poderá descobrir umacentena de motivos saudáveis para preparar um prato à basede carneiro, ou cordeiro. Eu gosto de prepará-los porque suacarne é macia, suculenta e não causa o fastio que outras carnesnos fazem sentir. Aliás, a título de curiosidade, a diferençaentre um e outro, apesar de falarmos do mesmo animal, estána idade. Você estará preparando um cordeiro quando ele tiversido abatido entre os 14 meses e dois anos de idade. Maisvelho ele será chamado de carneiro.

Para começar, vá a um bom comerciante de carnes, depreferência um destes que costumam ficar nos mercadosmunicipais de bairro e peça uma perna de cordeiro.Provavelmente ela estará congelada e será proveniente de umfrigorífico que já se deu ao trabalho de limpá-la e retirar aglândula do bodum, que, se assada, transfere para a carne umsabor insuportável. Aproveite para comprar todos os outrosingredientes necessários no mesmo local.

O primeiro passo, enquanto você aguarda o cordeirodescongelar, é preparar a marinada onde ele passará mergulhadopelas próximas 24 horas. Numa vasilha grande, despeje asduas garrafas de vinho branco seco e os temperos sugeridos(alecrim, pimenta do reino branca, olho, cebola, mostarda branca,cheiro verde, salsinha e a hortelã – todos picados) e o azeite deoliva extra virgem. Quando o cordeiro estiver completamentedescongelado, coloque-o em uma assadeira alta e com umafaca de ponta faça furos na peça toda. Em seguida, acrescentea marinada, cubra a assadeira com papel alumínio e leve aorefrigerador. Deixe que a marinada fique em contato com acarne por 24 horas sem esquecer de, após 12 horas, virar ocordeiro.

Este tipo de prato deve ser assado em fogo baixo e porisso, você deve levar umas três horas para que ele esteja prontopara servir. Comece a assá-lo levando em consideração estetempo. Retire a assadeira do refrigerador e deixe-a voltar àtemperatura ambiente. Ligue o forno no máximo e quando eleestiver aquecido, coloque a assadeira com o papel alumínio edeixe nesta temperatura por meia hora. Em seguida, abaixe ofogo para o mínimo e deixe que o cozimento termine. De meiaem meia hora, regue o cordeiro com a marinada para que elenão fique ressecado. Quando faltar cerca de 40 minutos paraterminar o cozimento, em outra assadeira, coloque as batatascom as cascas para assar. De tempos em tempos, abra oforno e agite as batatas para que elas não queimem no ladoque ficou em contato com o metal.

Cordeiro e batatas ficarão prontos praticamente ao mesmotempo. Então, retire ambos do forno, desfie o cordeiro e coloquea carne no centro de uma travessa, em volta do cordeiro,acomode as batatas e regue a carne com algumas colheres damarinada, mais reduzida e espessa que ficou na assadeira. Vápara a mesa e sirva-se dessa carne deliciosa junto com seusconvidados. Sirva rápido para não esfriar a carne.

Harmonização

Devido às características da carne de cordeiro e os aromasde ervas provenientes da marinada, a opção mais adequada deharmonização é um vinho tinto de coloração intensa, mostrandoalguma evolução, com aromas e sabores que lembrem frutas

Cordeiro assado com batatasao perfume de especiarias

por Humberto Monteiro

vermelhas, especiarias, e notas suaves de madeira. Um vinhode corpo médio, com acidez e álcool equilibrados e taninosdelicados. Quando testamos esta receita, optamos por umMarselan, que nos foi gentilmente enviado pela vinícola VinhosFinos Velha Cantina (www.organisys.com.br/velhacantina), deBento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Prato e vinho causaramótima impressão a todos que participaram da degustação.

Prato e acompanhamento

1 paleta de cordeiro (1 peça para 4 pessoas)1 garrafas de vinho branco (Chardonnay) fino seco1 xícara de azeite de oliva extra virgem2 cebolas médias2 cabeças de alho1 maço de salsinha e cheiro verde1 maço pequeno de hortelã1 colher de sopa de grãos de mostarda branca1 colher de sopa de grãos de pimenta do reino branca1 maço de alecrim frescoSal e pimenta a gosto

1,5 kg de batatas pequenas

Foto: Roberto Paes

Page 31: Ed. 3 - Ano 1 - 04/2009

Revista Large Lover 31

Page 32: Ed. 3 - Ano 1 - 04/2009

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