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PALESTRA :
A RELAÇÃO AFETIVA
PROFESSOR E ALUNO
126/07/2014
SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
MESTRE EM EDUCAÇÃO:
Psicologia da Educação, PUC/SP,
Especialista em GESTÃO DA ESCOLA - USP,
MBA Gestão Empreendedora UFf/SESI -
cursando,
Psicopedagogo Institucional e Clinico,
Especialista em Educação Infantil e
Pedagogo
____________________________________
Diretor EE Tenente Ernesto Caetano de Souza
Professor e orientador do CENSUPEG Brasil.
“Não consideremos um
sonho impossível realizar
aquilo que hoje poucos
têm a ousadia de
assumir: que o mundo
pode mudar para
melhor”.
Chiara Lubich
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SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
ENTREVISTA NA TV PUC/SP
26/07/2014SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
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PENSE NUMA SITUAÇÃO, EPISÓDIO QUE
LHE AFETOU PROFUNDAMENTE NO
PERÍODO ESCOLAR.
PENSE NUM(A) PROFESSOR (A) QUE MAIS
LHE AFETOU.
SOCIALIZAÇÃO....
RELAÇÕES SÓCIO AFETIVAS
CONTEXTO
De professor a
pesquisador: uma
trajetória a partir
da utilização de
diários.
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SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
PROBLEMA DE PESQUISA
O que revelam os diários
dos alunos da 4ª série do
ensino fundamental de
uma escola pública de
uma cidade da grande São
Paulo?
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SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
CONTEXTUALIZANDO DIÁRIOS
A escrita de um diário revela
sentimentos e emoções mais íntimas,
sem a preocupação com os
julgamentos alheios, pois em tese é
uma escrita secreta e íntima. O diário
fornece informações e indícios do
cotidiano do indivíduo, como ele
enxerga o mundo no qual está vivendo.
O diário possibilita ao homem
estabelecer esse diálogo íntimo
consigo mesmo.
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SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
É a capacidade humana de afetar e ser afetado pelo mundo externo e interno, por sensações agradáveis e desagradáveis. A teoria de Wallon apresenta três momentos marcantes e sucessivos na evolução da afetividade: emoção, sentimento e paixão, que são resultados de fatores orgânicos e sociais.
(SENA, 2010)
AFETIVIDADE
REFERENCIAL TEÓRICO – HENRI WALLON
DOMÍNIOS FUNCIONAIS
AFETIVIDADECapacidade humana
de afetar e ser Afetado.
EMOÇÃOExteriorização da Afetividade. ElaÉ contagiosa.
SENTIMENTOExpressão
Representacional da afetividade.
PAIXÃOAparecimento do
Autocontrole.
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26/07/2014SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
O PAPEL DO OUTRO NA CONSTITUIÇÃO DO EU
A relação eu-outro é uma relação, ao
mesmo tempo, de acolhimento e de
oposição. Há o outro das relações
concretas e o outro que é chamado
por Wallon de socius, que sintetiza o
contexto cultural e simbólico
presente ao meio. O socius faz uma
parceria de complementaridade com
o eu, numa luta constante de
oposição e diferenciação. (2013:75)
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SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
QUAL O PAPEL DO PROFESSOR?...
...Um professor, que tem
verdadeiramente consciência das
responsabilidades que lhes são
confiadas, deve tomar partido das coisas
da sua época. Não deve ser o mestre que
lhes vem dizer: ignoro como vivem na
vossa família. Ignoro qual é a vossa
condição social. Ignoro o que sereis
amanhã. Não acredito no futuro senão
através dos vossos êxitos na escola.
(WALLON, 1975:223/224)
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SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
Um professor centrado na pessoa
do aluno, que compreende suas
necessidades e as inclui no
planejamento do ensino e que busca
desenvolver, na sala de aula,
atividades criativas, dinâminas e
que demandam participação nas
quais os alunos, em grupo,
aprendem a convivência.
RIBEIRO E JUTRAS, 2006
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SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
MODELO DE PROFESSOR AFETIVO
26/07/2014
Ser Educador é ter a consciência
de ajudar na formação de pessoas,
é acreditar num mundo melhor,
numa educação para a vida, mesmo
sabendo que a realidade, muitas
vezes, não é como gostaríamos que
fosse. Ser educador, então, é ser um
mensageiro da paz, da esperança e
da alegria.
SENA, CONCEIÇÃO, CRUZ, 2004:27
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SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
26/07/2014
A experiência professor-aluno para
que seja significativa, deve ser permeada
por afetividade, já que cognição e afeto
caminham lado a lado na trilha do
conhecimento humano. Por isto mesmo,
aprender é uma forma de
desenvolvimento de competências
individuais, além de ser um exercício
constante em estar de braços abertos
para todo e qualquer conhecimento.
Aprendizagem é mudança de
comportamento, seja essa mudança por
fatores intrínsecos ou extrínsecos ao
sujeito aprendiz.
ILZA, DIAS, (s.d)
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A qualidade da relação
professor-aluno é crucial se os
professores pretendem ser
eficazes em ensinar seja o que for
[...] tudo pode tornar-se
interessante e excitante para os
jovens quando por intermédio de
um professor que tenha aprendido
a criar uma relação com os alunos
em que as necessidades de uns
são respeitados pelos outros.
GORDON, ( apud PEREIRA, 2009:32)
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SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
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ANÁLISE DOS DADOS...
Escolhemos apresentar
os fragmentos dos
diários buscando a
relação dos alunos com
este instrumento
“pedagógico” e suas
revelações.
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SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
DIÁRIO COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO
A ação educativa é um ato de
comprometimento, de
responsabilidade e de
solidariedade. O trabalho com o
diário possibilitou acompanhar de
maneira mais sistemática,
ordinária e intencional a vida de
cada aluno, tanto no aspecto
cognitivo (aprendizagem escolar),
quanto social (o contexto no qual
estavam inseridos).
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CONFIDENTE, AMIGO ÍNTIMO:
13/07/05
Me sinto rejeitado, dá a
impressão que estou sozinho, só
me sinto bem com os meus
amigos verdadeiros, o professor,
o Matias e o Hélio, os que tenho
mais contato. O meu pai e a
minha mãe que era para serem
meus amigos estão sendo meus
inimigos, infelizmente. (Breno, 10 anos)
1826/07/2014
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01/05/05
Brinquei e estudei para a
prova de ciências que vai
ter amanhã, depois jantei.
Tchau, meu querido
diário! Espera aí, isso é
meio cafona não? Então,
tchau meu bom amigo! (Ana
Carla, 10 anos)
1926/07/2014
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DEPOSITÁRIO DE EMOÇÕES E SENTIMENTOS:
ALEGRIA
28/06/05
Professor eu fiquei tão feliz
quando eu vi o diploma
PROERD. Meu Deus foi tão
emocionante para mim
ganhar um diploma. (Janaína, 10
anos)
2026/07/2014
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DEPOSITÁRIO DE EMOÇÕES E SENTIMENTOS:
TRISTEZA
27/07/2005
Hoje em casa minha mãe me
mandou ir em um lugar e eu não
queria ir, ela pediu, pediu até que
ficou irritada e ela mesma foi. Eu
fiquei triste por isso e estou me
sentido culpado e irresponsável.
(Álvaro, 10 anos)
2126/07/2014
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DEPOSITÁRIO DE EMOÇÕES E SENTIMENTOS:
RAIVA
20/07/05
Fui trabalhar com o meu pai,
não quis tomar café na padaria
porque estava nervoso, porque
o meu pai acordou bem cedinho
para ir trabalhar, fiquei no carro
enquanto ele foi na padaria.
(Breno, 10 anos)
2226/07/2014
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MEDO
04/05/05
Minha mãe quer que eu estudo bem a
lição que tirei D. Agora estou com
medo de repetir de ano, minha mãe
jurou que o ano que vem se eu repetir
de ano vou ter que vir sozinha na
escola, ela não vai mais perder tempo
atrás de mim. (Janaína, 10 anos)
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DEPOSITÁRIO DE EMOÇÕES E SENTIMENTOS:
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COMUNICAÇÃO ENTRE PROFESSOR E ALUNOS
18/04/05
Meu dia-a-dia. O meu dia-a-dia é
assim sou sorridente, alegre e
brincalhona, simpática e amiga.
Gosto de brincar com minhas
primas... E eu gosto de subir na
árvore de goiaba e gosto de brincar
com a moto da minha prima, gosto
de andar de bicicleta, etc. (Nanda, 10
anos)
2426/07/2014
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23/05/05
Professor você é muito legal, as minhas
professoras de antes não era tão legais como
o senhor, na sala de aula é sempre bom com
agente, eu nunca vou esquecer o senhor
professor. (Janaína, 10 anos)
17/05/05
O professor me deu uma bronca, porque ele
falou que ia dar aula de matemática e ele
estava longe, eu falei caramba que bosta e
ele ouviu, é uma coisa extraordinária, eu sei
por que ele ouviu, é porque ele é muito
atencioso e presta atenção em tudo. (Breno,
10 anos)
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INSTRUMENTO PARA CONHECIMENTO DO MEIO
SOCIAL E CULTURAL.
14/04/05
Hoje foi dia de dureza e desta
vez não só na escola, em casa
também. Cheguei em casa, hum
[...] foi dia de dureza, mas uma
vez começamos a faxina: meu
pai varria de lá, minha mãe
lavava de cá e eu arrumava de
lá! E então [...] Até que enfim
terminamos. (Ana Carla, 10 anos)
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2826/07/2014
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SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quantas revelações!
Esta pesquisa possibilitou um
maior conhecimento da influência
do professor na vida dos alunos,
apontando que os vínculos
afetivos positivos contribuem
para o desenvolvimento
emocional e cognitivo dos alunos.
Nos diários, os alunos se revelam
por inteiro.
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SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa aponta muitos benefícios
para professores e alunos, possibilitando-
lhes a verdadeira práxis (reflexão-ação-
reflexão), pois, na medida em que o
professor lê os diários, têm a possibilidade
de refletir sobre sua ação, e caso queira,
redefini-la. Além disso, os diários
possibilitam ainda ao professor conhecer o
contexto social e cultural dos seus alunos.
Enfim, com a escrita dos diários pelos
alunos e a leitura respeitosa pelo
professor, há um fortalecimento dos
vínculos afetivos, tão importantes para o
processo pedagógico.
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SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
Somos pessoas completas:
com afeto, cognição e
movimento, e nos
relacionamos com um aluno
também pessoa completa,
integral, com afeto, cognição
e movimento. Somos
componentes privilegiados do
meio de nosso aluno. Torná-lo
mais propício ao
desenvolvimento é nossa
responsabilidade. (ALMEIDA,
2000:86)
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26/07/2014SENA, Cezar. A RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
REFERÊNCIAS...
FORTUNA, Tânia Ramos. A dimensão humana da docência. Pátio. Ano XI, nº 42, maio/jun, 2007.
ILZA, Catarina Rubini, DIAS, Vera Lúcia Catoto . A AFETIVIDADE NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM. XI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba
PEREIRA, Ana Lúcia. Desvendando os mitos do bom professor: um estudo com professores daeducação básica. São Paulo, 2009. Dissertação de Mestrado, Psicologia da Educação,PUC/SP.
RIBEIRO, Marinalva Lopes; JUTRAS France. Representações sociais de professores sobreafetividade Estud. psicol. (Campinas) v.23 n.1 Campinas mar. 2006
SENA, Clério Cezar Batista. CONCEIÇÃO, Luiz Mário da e CRUZ, Marisa Vieira Peixoto. O EducadorReflexivo: registrando e refletindo. Recife. Doxa, 2004.
SENA, Clério Cezar Batista. A escola de ensino fundamental vivida pelo aluno, revelada por seus
diários, Dissertação de Mestrado – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo:
2010
WALLON, Henri. As etapas da sociabilidade na criança. Psicologia e Educação da infância. Lisboa,Editorial Estampa. 1975.
3426/07/2014
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