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Ebola e outros vírus de febre hemorrágica Ecologia de Populações Prof. Dr. Harold Gordon Fowler [email protected]

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Ebola e outras doenças altamente infecciosas

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Page 1: Doenlas Infecciosas

Ebola e outros vírus de febre hemorrágica

Ecologia de Populações

Prof. Dr. Harold Gordon Fowler [email protected]

Page 2: Doenlas Infecciosas

– Vírus de RNA

– São de zoonose (o reservatório natural é um artrópode ou outro hospedeiro animal)

– A doença se restringe ao habitat do hospedeiro

– O Homem se infecta com o contato com o hospedeiro

– Alguns vírus podem ser transmitidos entre pessoas

A transmissão ao Homem depende do vírus específico

– Pelo contato com urina, saliva ou sangue de roedores

– De picada de mosquito ou carrapata

– Pelo contato com animais infectados de vetores

As febres hemorrágicas virais são:

Page 3: Doenlas Infecciosas

Febre, fatiga, tontura, mialgias, e prostração

Os signos de sangramento variam desde hemorragia conjuntiva, hipotensão leve, erupção cutânea, ao choque e hemorragia generalizada da membrana mucosa e evidencia de disfunção pulmonária, hematopoiética, e neurológica

A insuficiência renal é proporcional ao compromisso cardiovascular co exceção da Febre Hemorrágica e o Síndrome Renal nas quais faz parte integral da doença

Sintomas

Page 4: Doenlas Infecciosas

– O órgão de alvo é a rede vascular. – Os atributos clínicos dominantes se

devem aos danos microvasculares e mudanças da permeabilidade vascular

– Na maioria dos casos da febre hemorrágica viral, a patologia da coagulação é multifatorial, incluindo:

Danos hepáticos Coagulação intravascular disseminada Dano primário do marrow nos megakariocitas

Patofisiológia

Page 5: Doenlas Infecciosas

Informação epidemiológica geralmente transmite mais dicas sobre a doença.

o Febres hemorrágicas da Vale do Rift, Congo-Crimea, Marburg, e Ebola, e febre amarela: Amarelamento e hepatite dominam o quadro clínico.

o Doença da Floresta de Kyasanur e febre hemorrágica de Omsk: Doença bifásica com sintomas pulmonárias seguido por problemas do sistema nervoso central.

o Febre de Lassa: Edema periférica severa sem hemorragia significante.

o Febre hemorrágica de Congo-Crimea: Hemorragia severa e transmissão nosocomial.

o Hantavírus: Síndrome de Destreza Respiratório Adulto.

Síndromes Clínicos

Page 6: Doenlas Infecciosas

Agente Sintomas Infecção Vacina

Varíola

Em 12 dias após exposição, começa febre alta, fatiga, e dores de costa, seguido em 2 a 3 dias por a rash e lesões da face, braços e pernas.

Até 30% das pessoas infectadas morrem, usualmente durante as primeiras duas semanas da doença.

As vacinações rotinas terminaram em 1972, mas ainda existem 15 milhões de does e mais em produção.

Febre hemorrágica Viral

Dependo do vírus, (Ebola, Marburg, etc.) sintomas como febre alta, dores musculares, calafrios e diahrea começam dentro de poucos dias, seguido por dores peitorais agudos, choque e sangramento.

Essas doenças não sempre resultam na morte, mas Ebola registra até 90% fatal em alguns surtos, com a morte após uma semana após a infecção.

Não existem vacinas para as feres hemorrágicas, com exceção de febre amarela e febre hemorrágica argentina.

Page 7: Doenlas Infecciosas

Vacinação A única vacina licenciada disponível é para a febre

amarela VACINE-SE! Uma vacina experimental para a febre hemorrágica

argentina está sob avaliaçao

Controle de populações de roedores

Controle de populações de insetos e outros artrópodes

Prevenção

Page 8: Doenlas Infecciosas

Os pacientes de febre hemorrágica, com a exceção de infecções de hantavírus e febre do dengue, têm vírus infeccioso significante na sangue e secreções corporais

Isolamento e quarentena

Precauções padrões severas Manter os pacientes isolados Uso de batas, luvas, mascaras, e proteção dos

olhos

Page 9: Doenlas Infecciosas

Filovírus Febre hemorrágica de Ebola Febre hemorrágica de Marburg

Bunyavírus Febre hemorrágica de Crimea-Congo Febre do Vale do Rift Síndrome Pulmonária do Hantavírus Febre hemorrágica com síndrome renal (HFRS)

Flavivírus Encefalite induzida por carrapatas Doença Florestal de Kyasanur Febre hemorrágica de Omsk VEEV, EEEV & WEEV

Arenavírus

Febre hemorrágica argentina

Febre hemorrágica boliviana

Febre hemorrágica associada a Sabia

Febre de Lassa

Coriomeningite linfática

Febre hemorrágica venezuelana

Famílias das Febres Hemorrágicas Virais

Page 10: Doenlas Infecciosas

Desde o ataque de 11 de setembro nos Estados Unidos, a localidade desse vírus ficou menos isolada com o crescimento das ameaças de bioterrorismo.

O vírus da febre hemorrágica de Ebola está classificada como prioridade para o desenvolvimento de vacinas.

Experimentos foram feitos para demonstrar como o vírus da febre hemorrágica de Ebola poderia ser usado como arma biológica.

Surtos e Bioterrorismo

Page 11: Doenlas Infecciosas

Varíola

Febre hemorrágica viral (Ebola, Marburg, e outros)

Influenza A

Vírus e bioterrorismo potencial

Page 12: Doenlas Infecciosas

As “vantagens" de armas biológicas: relativamente baratas, mais fáceis de esconder do que as armas convencionais, potencialmente mais fáceis de disseminar, têm o potencial de causar pânico amplo, exemplos sofisticados foram desenvolvidos pelos militares em países como a Rússia e Estados Unidos.

As desvantagens de armas biológicas: difíceis de obter, mais fáceis atingir os usuários, armamento não testado que pode não funcionar, facilmente rastejável a fonte original pelo sequenciamento gênico do DNA.

Bioterrorismo

Page 13: Doenlas Infecciosas

Os Centros para Controle e Prevenção de Doenças formularam uma lista de "Agentes Seletos" possíveis de bioterrorismo. Critérios: – Altamente infecciosos ou extremamente tóxicos – Têm o potencial de causar mortalidade alta devido a infecção ou veneno – Têm consequências após a exposição que dificilmente podem ser lidado

medicalmente – Vacinas, antivirais, ou drogas quimofilaticas não são facilmente

disponíveis para a maioria desses agentes. Os terroristas podem adquirir esses agentes de várias maneiras:

– Produzir os agentes – requer conhecimento microbiológico, laboratórios e equipamento

– Obter de estados "renegados”, que desenvolveram armas biológicas e químicas, e mantém estoques. A União Soviética tinha uma atividade principal nessa área, mas não sabemos se existem estoques.

– Furto de agentes existentes de laboratórios, hospitais e outros locais.

As regulações tentam controlar o acesso a esses agentes seletos para prevenir que os terroristas obtêm e usam esses agentes num ataque.

Agentes Seletos: Critérios

Page 14: Doenlas Infecciosas

O agente infeccioso é o vírus Variola major. Altamente infeccioso – 10 a 100 partículas podem causar uma infecção.

Erradicado oficialmente no mundo em 1980

A Varíola tem potencial infeccioso como aerossol.

Período de incubação de 7 a 17 dias, e o vírus multiplica no trato respiratório, e depois ataca a sangue e linfa.

Causes characteristic

Vírus de Varíola

Page 15: Doenlas Infecciosas

Varíola

Varíola numa criança: Observe o progresso e

distribuição das lesões do dia 1 ate o dia 7.

Page 16: Doenlas Infecciosas

O grau de infecção do vírus foi evidenciado em 1970

Um alemão retornou do Paquistão, após contrair o vírus.

Foi hospitalizado, e ainda que ele nunca saiu do apartamento, ele infectou quatro pacientes no andar onde foi internado, oito pessoas no andar superior, e nove em dois andares superiores.

Uma pessoa infectada simplesmente visitou o hospital e nunca chegou a 10 metros do apartamento do paciente

Varíola: altamente infecciosa

Page 17: Doenlas Infecciosas

Na década de 1970 as autoridades soviéticas acharam que a assinatura da Convenção por quase todos os países de mundo apresentou uma oportunidade única para que a União Soviética de obter uma vantagem importante na Guerra Fria.

Por isso, começou uma expansão extensa de pesquisa e produção de armas biológicas.

Em 1980 a liderança soviética embarcou num programa agressivo de criação de armas de varíola e sua produção em escala grande.

Até 1990, a produção do vírus de varíola em quantidades de toneladas existia.

Existiam a possibilidade de ser transportado em mísseis balísticos intercontentais e de ser dispersado efetivamente como um aerossol após atingir o alvo.

Os estoques russos de varíola: onde estão?

Page 18: Doenlas Infecciosas

O laboratório grande de pesquisa e desenvolvimento de armas biológicas foi chamado VECTOR, localizado em Koltsovo na Sibéria Central.

Centros Russos de armas biológicas

Page 19: Doenlas Infecciosas

VECTOR continua em atividade e realiza pesquisas com muitos vírus exóticos, incluindo Ebola, Marburg, e encefalite equina venezuelana, e varíola.

O laboratório da OMS em Moscou que colaborou com a erradicação da varíola foi fechado, e seu estoque de vírus foi transferido a Koltsovo.

O laboratório principal da produção do vírus de varíola acredita-se ficar num local próximo a Moscou, operado pelo Ministério de Defesa.

Esse laboratório nunca foi inspecionado.

Centros Russos de armas biológicas

Page 20: Doenlas Infecciosas

O vírus da varíola existe em pelo menos dois locais na Rússia.

A segurança dos estoques é desconhecida, especialmente dado as condições econômicas atuais na Rússia, e o fato do que os salários dos cientistas são baixos ou inexistentes.

Muitos cientistas migraram a outros países. As evidencias confiáveis indicam que pelo

menos dez países praticam o desenvolvimento de armas biológicas e alguns recrutam os cientistas na Rússia.

A Rússia Atual

Page 21: Doenlas Infecciosas

A vacinação não existe no Brasil por mais de 30 anos.

Atualmente poucas pessoas têm imunidade devido a infecção anterior ou vacinação.

Assim, nenhuma pessoa com menos de 30 anos foi vacinada, e dentro das pessoas mais velhos, poucas agora têm imunidade suficiente para se proteger contra a infecção.

A varíola como arma

Page 22: Doenlas Infecciosas

A varíola de forma de aerossol é muito estável, e num ambiente fresco e seco poderia sobreviver pelo menos 24 horas.

Transmitido no ar, seria não detectável. Começando com a exposição de 50 a 100 pessoas, essas

pessoas experimentaram uma doença aguda severa após de duas semanas.

Seriam atendidos por médicos sem experiência com a varíola, e a diagnose demoraria várias dias. Entre tanto, cada paciente teria contato com várias outras pessoas. Uma segunda onda de casos ocorria dentro de duas semanas com 10 ou mais infecções novas para cada caso da primeira onda, ou, em outras palavras, 500 a 1000 cases totais.

A varíola como arma

Page 23: Doenlas Infecciosas

Complicando o problema seria o fato de que talvez outros tantos pacientes apresentariam uma doença desconhecida com erupções cutâneas e febre, como catapora ou uma reação adversa a drogas, e seriam tratados para varíola até a diagnose de confirmação.

Porque o risco da transmissão do vírus nos hospitais, os pacientes precisaram ser confinados em apartamentos sob pressão negativa e o ar de exausto teria que ser filtrado. Existem poucas instalações desse tipo no mundo.

A varíola como arma

Page 24: Doenlas Infecciosas

A varíola foi oficialmente erradicado como resultado de uma

vacinação mundial e medidas de quarentena. O último caso registrado ocorreu na década de 1970, com exceção de um técnico de laboratório infectado depois.

Porém, estoques ainda existem nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em Atlanta, USA, e no Instituto de Pesquisas para a Preparação de Vírus em Moscou na Rússia.

Possivelmente outros estoques existem. Em 2010, a França confessou que mantive estoques de varíola.

Quem mais tem? Precisa ter armas biológicas para ser ameaça? E o ISIS?

Varíola: o único vírus erradicado?

Page 25: Doenlas Infecciosas

Filoviridae ou “Filovirus” Grupo de vírus misterioso

Patogênese não bem entendida

Ebola

– Historia natural e reservatórios não

conhecidos

– Existem no mundo inteiro

– Endêmica a África

– Vírus filamentoso ssRNA-

Imagem do Centers for Disease Control

Page 26: Doenlas Infecciosas

A Febre Hemorrágica deEbola Em 26 de agosto de 1976 em Yambuku, um vilarejo no norte de Zaire, um professor de 44 anos retornou de um passeio breve. Foi ao médico e por apresentar uma febre alta recebeu uma injeção de quinina que funciona com malaria. Após uma semana, ele vomitou sem controle, problemas de respirar e sangramento do nariz, boca, e anus. Ele morreu ~14 dias após o começo dos sintomas. Começou uma epidemia que matou 280 das 313 pessoas infectadas (88%).

Page 27: Doenlas Infecciosas

República

Democratica

do Congo

Page 28: Doenlas Infecciosas

O Vírus da Ebola

Apareceu pela primeira vez em África

em 1976

“Febre Hemorrágica Africana” – Doença aguda geralmente fatal – Induz o “estouro” dos vasos sanguíneos – Sistêmica (todos os órgãos e tecidos) – O Homem e os primatas não humanos

Excluindo o surto de 2000 – > 7.500 casos

– Mais de 1.000 mortes

Page 29: Doenlas Infecciosas

Habitat Natural = Africa

Zaire (República Democrática do Congo) – Ebola-Zaire

Sudan – Ebola-Sudan

Gabon

Costa de Marfim – Ebola-Cote d’Ivoire

Uganda

Republica do Congo (não a RDC)

Page 30: Doenlas Infecciosas

Taxonomia da Ebola

Classificação Taxonômica Ordem: Mononegavirales

Família: Filoviridae

Gênero: Viroses parecidos a Ebola

Espécie: Ebola

Subtipos Ebola-Zaire, Ebola-Sudão, Ebola-Costa de Marfim

Doenças do Homem

– Ebola-Reston Doenças dos primatas não humanos

Page 31: Doenlas Infecciosas

Família Filoviridae

4 cepas ou subtipos: Ebola-Zaire (ZEBOV) Ebola-Sudão (SEBOV)

Ebola-Costa de Marfim (ICEBOV) Ebola-Reston (REBOV)

Nome vulgar: Ebola

Causa a Febre hemorrágica de Ebola

Classificado como níveo 4 de Segurança Biológica (maior risco ao Homem)

Taxonomia da Ebola

Page 32: Doenlas Infecciosas

Patogênese da Ebola

Entra o sistema sanguíneo – pele, membranas, feridas abertas

Ao nível celular – junta com as membranas celulares

RNA viral – Liberado na citoplasma – Produção de proteínas virais ou matéria

genética

Novas genomas virais

– Coberta rapidamente com proteína – Cria núcleos

Copyright: Russell Kightley Media,

Australia

Page 33: Doenlas Infecciosas

Órgõs de Alvo e Métodos de Danos Os alvos são principalmente os vasos capilares pequenos. O vírus

se afixa as paredes, e a sangue e soro pingam nos tecidos vizinhos.

As células sanguíneas brancas se dissolvem quando atacam o

vírus, que libera um produto químico na sangue que sinaliza a liberação de outros químicos (citokines pro inflamatórios, pro coagulantes, e anticoagulantes)

Isso danifica ainda mais os vasos sanguíneos, resultando em

sangramento permanente. Eventualmente, o corpo inteiro pinga e se dissolve

Febre Hemorrágica de Ebola

Page 34: Doenlas Infecciosas

Sintomas da infecção começam com febre, dor de cabeça e estomago, e diarrea -- sintomas iguais a várias infecções.

Dentro de uma semana, a maioria dos vitimas também manifestam dores peitorais. Alguns ficam cegos, sangrem do nariz, olhos, e outros orifícios.

O sangramento resulta do bloqueio do vírus da coagulação sanguínea além de promover o sanguimento de vasos sanguíneos.

A doença é letal: 70 a 90% das pessoas infectadas morrem

Ebola

Page 35: Doenlas Infecciosas

Período de incubação: 2 a 21 dias Estágio I (não específico): -Astenia extrema (fraqueza geral) -diarrhea, náusea e vomito, anorexia dor abdominal - dores de cabeça - artralgia (dor neurálgico nas junções) - mialgia (dor ou sensibilidade muscular), dor de costa - vermelhão da mucosa da cavidade oral, disfagia (dificuldade

de engolir) - conjuntivite. - erupção cutânea com exceção da face Se os pacientes não se recuperam gradualmente até aqui, existe

uma probabilidade elevada de que a doença passará a segundo estágio com complicações que eventualmente levam a morte (Mupapa et al., 1999).

Observações Clinicas

Page 36: Doenlas Infecciosas

Estágio II (Especifico): - Hemorragia - anormalidades neuropsicopatricas - anuíra (a ausência da formação de urina) - hipo - taquipnea (respiração rápida). Os pacientes que atingiram esse estágio quase sempre

morrem. (Ndambi et al., 1999) Complicações tardias: -Artralgia - Doenças oculares (dor ocular, fotofobia e hiperlacrimação) - Perda de audição - Orquite unilateral (inflamação de um ou ambos os

testículos) ** These conditions are usually relieved with the treatment of

1% atropine and steroids

Observações Clinicas

Page 37: Doenlas Infecciosas

Sintomas iniciais – Dores musculares, febre, vomito – Olhos vermelhos, erupções cutâneas, diarrhea, dores estomacais

Sintomas agudas

– Sangramento e hemorragia da pele, orifícios, órgãos internos

Diagnose precoce

Difícil

Sintomas e signos similares a outras infecções Testes de laboratório

Detecção por PCR

Teste de ELISA (enzyme-linked immuno-absorbant)

Sintomas e testes diagnósticas

Page 38: Doenlas Infecciosas

Diagnose Clínico: Difícil porque os sintomas iniciais (olhos vermelhos, erupção cutânea)

não são específicos ao vírus. Requer uma combinação de vários sintomas característicos da Ebola. Teste e Diagnose de Laboratório: -Antigen-capture enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) -Teste ELISA IgM -Realçai de Cadeia de Polimerasa (PCR) – um teste de DNA para

comparar o DNA da amostra para DNA de Ebola conhecido -Precisam ser realizados dentro de poucos dias do começo dos

sintomas Teste de Estágio Avançado: Teste para anticorpos IgM e IgG Teste Retrospectivo: (Ocorre após a morte) Testes imunohistoquímicos Isolamento do vírus PCR Cultura Somente cresce em células

Febre Hemorrágica de Ebola

Page 39: Doenlas Infecciosas

Nenhum tratamento padrão disponível

Pacientes recebem terapia de apoio

Tratamento de infecções que complicam

Balançando os fluidos e eletrólitos do paciente

Manutenção do oxigênio e pressão sanguínea

Tratamento

Page 40: Doenlas Infecciosas

Prevenção da Ebola

Sem vacinas!

Pacientes precisam ser isolados em quarentena

Treinamento de Funcionários Médicos Práticas sanitárias ocidentais

Entrada Cuidado durante a hospitalização uso de luvas Uso de vários níveis de roupa de proteção (até 4) para cobrir o corpo inteiro Técnicas de barreiras de enfermagem

Page 41: Doenlas Infecciosas

Medidas de controle de infecção Precauções detalhadas para lidar

com casos de suspeito de Ebola para limitar a transmissão

Esterilização completa da área e equipamento

Relatar qualquer doença questionável a autoridade

Prevenção da Ebola

Page 42: Doenlas Infecciosas

Prevenção Após a morte o vírus fica contagioso nos fluidos por

vários dias

Enterros precisam exercer cuidados Manuseio e transporte: colocar em

sacos e enterrar fora da cidade

– Práticas culturais e crenças religiosas

– Não pode lavar ou tocar cadáver

– Precisa de incinerar todo !!!!

Page 43: Doenlas Infecciosas

Epidemiologia da Ebola

Reservatórios na Natureza – Desconhecidos – Podem ser animais infectados (primatas?)

Transmissão

– Contato direto com sangue ou secreções das pessoas infectadas

– Possivelmente por via aérea (Centro de Pesquisas de Primatas de Reston)

Começo abrupto da doença

– Período de incubação: 2 a 21 dias – Infecções são agudas e fatais

Page 44: Doenlas Infecciosas

Transmissão

A cepa Ebola-Reston pode ser transmitida de forma aérea (respiratória)

As outras cepas se transmitam pelo contato de qualquer tipo (fluidos ou pele)

Grupos alvos

Qualquer pessoa que entre em contato com um animal ou pessoa infectado corre riscos de contrair a doença.

Porém, algumas pessoas demonstram defesas naturais do sistema imunológica que permitam combater o vírus. Ainda os cientistas não sabem como isso ocorre.

Febre Hemorrágica de Ebola

Page 45: Doenlas Infecciosas

A febre hemorrágica de Ebola foi descrita pela primeira vez em 1976

Apareceu em dois países em 1976 Sudão – num vilarejo chamado N’zara Zaire, agora chamado a República Democrática

do Congo Nessas duas instancias a taxa de mortalidade ficou

entre 50 e 90%

Epidemiologia

Após essas epidemias, a Ebola atacou a África in em 2000 quando infectou mais de 400 pessoas em Uganda e em 2014 quando infectou até agora maus de 7000 pessoas e matou mais de 3500 pessoas em vários países.

Page 46: Doenlas Infecciosas

Surtos de Ebola

Em 1976- Primeiro Surto Grande (ZEBOV)

Em 1976 em Sudão (SEBOV)

Ocorrem esporadicamente.

Veja www.cdc.gov para maiores informações

Page 47: Doenlas Infecciosas

Ano Vírus Localidade Geográfica Casos/mortes

1976 SEBOV Juba, Maridi, Nzara, e Tembura, Sudão 284/151 (53%) 1976 EBOV Yambuku, Zaire 318/280 (88%) 1977 EBOV Bonduni, Zaire 1/1 (100%) 1979 SUDV Nzara, Sudão 34/22 (65%) 1988 EBOV Porton Down, Reino Unido [acidente] 1/0 (0%) 1994 TAFV Parque Nacional Taï, Costa de Marfim 1/0 (0%) 1994–1995 EBOV Províncias de Woleu-Ntem e Ogooué-Ivindo, Gabão 52/32 (62%)

1995 EBOV Kikwit, Zaire 317/245 (77%) 1996 EBOV Mayibout 2, Gabão 31/21 (68%) 1996 EBOV Sergiyev Posad, Rússia [acidente] 1/1 (100%) 1996–1997 EBOV Província de Ogooué-Ivindo, Gabão; Departamento de Cuvette-Ouest, Republica do Congo 62/46 (74%)

2000–2001 SUDV Distritos de Gulu, Mbarara, e Masindi, Uganda 425/224 (53%) 2001–2002 EBOV Província de Ogooué-Ivindo, Gabão; Departamento de Cuvette-Ouest, Republica do Congo 124/97 (78%)

2002 EBOV Província de Ogooué-Ivindo, Gabão; Departamento de Cuvette-Ouest, Republica do Congo 11/10 (91%)

2002–2003 EBOV Departamento de Cuvette-Ouest , Republica do Congo; Província de Ogooué-Ivindo, Gabão 143/128 (90%)

2003–2004 EBOV Departamento de Cuvette-Ouest, Republica do Congo 35/29 (83%) 2004 EBOV Koltsovo, Rússia [acidente] 1/1 (100%) 2004 SUDV Condado de Yambio, Sudão 17/7 (41%) 2005 EBOV Departamento de Cuvette-Ouest, Republica do Congo 11/9 (82%) 2007 EBOV Província de Kasai Ocidental, Republica Democrática do Congo 264/186 (71%)

2007–2008 BDBV Distrito de Bundibugyo, Uganda 116/39 (34%) 2008–2009 EBOV Província de Kasai Ocidental, Republica Democrática do Congo 32/15 (47%)

2011 SUDV Distrito de Luweero , Uganda 1/1 (100%) 2012 SUDV Distrito de Kibaale, Uganda 24/17 (71%) 2012 BDBV Província de Orientale, Republica Democrática do Congo 72/32 (44%)

2012 (hoje) EBOV Distritos de Luweero e Kampala, Uganda 6/4 (80%)

Sur

tos d

e E

bola

Page 48: Doenlas Infecciosas

Febre hemorrágica de Ebola Taxas de Mortalidade: Ebola-Sudan – 60% Ebola-Zaire – 77-88% Ebola-Reston – Isolado de macacos, ainda sem fatalidade humana

registrada Ebola-Costa de Marfim – Somente um caso humano registrado e o

paciente sobreviveu Pouco conhecimento sobre a resposta do corpo devido aos perigos

de manuseio de amostras das pessoas infectadas e o intervalo temporal breve para a pesquisa.

Page 49: Doenlas Infecciosas

A ética biogeográfica se defina como motivação baseada nas ideias de certo e errado ao lidar com a distribuição geográfica dos animais e plantas.

Esse conceito talvez explique a resposta devagar do mundo a vírus da febre hemorrágica de Ebola.

Porque existia pouco intercambio com essa região com regiões mais desenvolvidos, não houve impulso econômico para vacinas, tratamentos, e assistência na sua prevenção.

Ética

Page 50: Doenlas Infecciosas

O vírus mata gorilas, chimpanzés e outros macacos. Porque registra alta mortalidade dos primatas, eles provavelmente não são os hospedeiros naturais.

De onde vem a Ebola?

Page 51: Doenlas Infecciosas

A ligação entre a infecção humana pelo vírus de Ebola e sua proximidade aos primatas é evidente.

Os surtos ocorrem em países que abrigam 80 % das

populações selvagens de gorilas e chimpanzés do mundo. Os surtos coincidiram com surtos em animais selvagens. As mesmas cepas virais distintas foram isoladas das

carcaças animais e nos corpos das pessoas que manusearam as carcaças.

Esses surtos foram precedidos por mortalidade elevada

anormal em populações selvagens de gorilas.

De onde vem a Ebola?

Page 52: Doenlas Infecciosas

De onde vem a Ebola?

Page 53: Doenlas Infecciosas

Três expedições de captura em áreas próximas de carcaças infectadas de gorila e chimpanzé no Gabon e no Congo. 1,030 animais foram testados: 679 morcegos, 222 aves e 129 vertebrados terrestres pequenos (PCR). Nucleotídeos virais foram detectados em 3 espécies de morcegos.

De onde vem a Ebola?

Page 54: Doenlas Infecciosas

De onde vem a Ebola? 2002 com Morcegos

frutíferos Anticorpos contra Ebola Sequencias do gene de

Ebola no fígado e baço Os morcegos frutíferos não

demonstram sintomas Melhor candidato de ser o

reservatório Carecemos de mais

pesquisas

Page 55: Doenlas Infecciosas

Analise Bayesiana e MP apoiam que o vírus são parentes do vírus que infecta o Homem

= animais

= humano

Page 56: Doenlas Infecciosas

Reservatório Natural Suspeito ser um zoonose Porem, não conhecemos qual organismo

infecta naturalmente Nunca encontrado na flora normal do

Homem Nenhum Benefício mas é uma arma biológica Potencial (sem usos)

Vetores suspeitos Morcegos frutívoros Primatas (em alguns casos

confirmados) Basicamente qualquer outro animal

nativo a África, incluindo mosquitos, carrapatas, aves, repteis

Page 57: Doenlas Infecciosas

Morfologia sob o microscópio eletrônico – Vírus filamentosa de RNA com envelope – aproximadamente 19 kb de comprimento (1 kb =

1000 bases/ nucleotídeos de RNA) ou 60-80 nm de diâmetro

– Fio único, linear, não segmentado – RNA de sentido negativo (codificado num sentido

3’ a 5’) – Aparenta ter “espinhos” devido a glicoproteica da

membrana exterior

Estrutura Molecular

Page 58: Doenlas Infecciosas

Vírus de cadeias de RNA

– RNA encolhido num envelope coberto com espinhos da célula hospedeira

Bastões compridos (800-1000 nm)

Replicação = 8 horas

– Por isso, transmita rapidamente

Estrutura Molecular

Page 59: Doenlas Infecciosas

Estrutura da genoma e proteínas da Ebola – Transcrito em 8 proteínas subgenómicas de

mRNA: 7 estruturais e 1 não estrutural

– 7 proteínas estruturais: – nucleoproteín a(NP)

– 4 proteínas virais (VP35, VP40, VP30, VP24)

– glicoproteína (GP)

– polimerase RNA dependente de RNA ( proteína L)

NP, VP35, VP30, L proteína: necessária para a transcrição e replicação

VP40, GP, VP24: associadas com a membrana

Estrutura Molecular

Page 60: Doenlas Infecciosas

Proteínas

Page 61: Doenlas Infecciosas

Patogênese da Ebola

Núcleos virais – Se amontam na célula

– Migram a superfície da célula

– Produzem proteínas transmembranicas

– Emergem na superfície celular

– São cobertos pela membrana celular

Mutações da Genoma ssRNA- – Capaz de mutação rápida

– Adaptação para evadir defesas do hospedeiro e mudança ambiental

Teoricamente – o vírus evoluiu para ocupar nichos especializados

Page 62: Doenlas Infecciosas

Infecção de vírus de Ebola-Reston em primatas não humanos em quarentena em Texas em 1996

– Publicação descreve a morte e testes de sangue de um

macaco importado das Filipinas e mantido numa facilidade particular de quarentena no Texas

Surto de febre hemorrágica de Ebola em Uganda

em agosto de 2000 até janeiro de 2001

– Publicação descreve atividades de vigilância e controle desse surto de ebola e apresenta descobertos clínicos e epidemiológicos preliminares

Exemplos de Publicações Recentes

Page 63: Doenlas Infecciosas

A assembleia do nucleocápsideos do vírus de Ebola requer as proteínas 35 e 24 associadas com o vírus e a modificação após a translação do nucleoproteína • Descreve mecanismo distinto de regulação das proteínas VP35 e

VP24 da assembleia do filovirus • Sugere novas maneiras para terapias e vacinas para Ebola

e vírus relacionados

A detecção de anticorpos dos quatro four subtipos do vírus de Ebola no soro de qualquer espécie usa um teste anticorpo-fago indicador

Avalia a presencia de anticorpos específicos no soro

Descreve o desenvolvimento de um teste novo para a detecção da soro conversão independente do subtipo de vírus de Ebola ou espécie animal

Pesquisa Básica Atual

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Possibilidades futuras

Numa pesquisa com macacos infectados publicada em dezembro de 2003 demonstrou uma possibilidade de aumentar a taxa de sobrevivência.

100% dos macacos infectados morreram!

Macacos foram injetados com rNAPc2, um fator conhecido de inibir a coagulação da sangue, uma característica da febre hemorrágica de Ebola

33% dos macacos sobreviveram e se recuperam. Todo macaco não tratado morreu.

rNAPc2 é relativamente seguro ao Homem e esse método está sob mais pesquisas.

Febre Hemorrágica de Ebola

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Provavelmente não será uma arma terrorista potencial

O vírus é tão letal para ser classificado como um agente do Tipo IV, e requer proteção máxima (roupas de cobertura total, ambientes laboratoriais completamente controlados) para proteção segura. [Veja os acidentes]

Outros agentes são mais fáceis produzir e mas seguro para ser manipulado.

Ebola como Arma Biológica

Page 66: Doenlas Infecciosas

Reemergence of Ebola Virus in Africa; Anthony Sanchez et al,EID Volume 1 * Number 3 July-September 1995 http://www.cdc.gov/ncidod/EID/vol1no3/sanchez.htm

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Isolation and Phylogenetic Characterization of Ebola Viruses Causing Different Outbreaks in Gabon Emerging Infectious Diseases, National Center for Infectious Diseases, Centers for Disease Control and Prevention

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Weekly Report, Vol 45, No 15;314 ,April 19, 1996 / 45(15);314-316 http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/00040920.htm

The assembly of Ebola virus nucleocapsid requires virion-associated proteins 35 and 24 and posttranslational modification of

nucleoprotein, Huang Y et al, Mol Cell. 2002 Aug;10(2):307-16. PMID: 12191476 [PubMed - indexed for MEDLINE] http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?cmd=Retrieve&db=PubMed&list_uids=12191476&dopt=Abstract

Detection of antibodies against the four subtypes of ebola virus in sera from any species using a novel antibody-phage

indicator assay.; Meissner F et al , PMID: 1235035 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?cmd=Retrieve&db=PubMed&list_uids=12350354&dopt=Abstract

Referencias