da escola pÚblica paranaense 2009 - … · universidade estadual de maringÁ centro de ciÊncias...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
Galer Jacques Ardies, Paulo. Crianças na ciranda
Professora PDE: Rosilene Candido de AzevedoProfessora PDE: Rosilene Candido de AzevedoProfessora PDE: Rosilene Candido de AzevedoProfessora PDE: Rosilene Candido de Azevedo Orientadora Orientadora Orientadora Orientadora ---- UEM UEM UEM UEM: Va: Va: Va: Vania Malagunia Malagunia Malagunia Malagutttttitititi FialhoFialhoFialhoFialho
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE MÚSICA
CIRANDA, CIRANDINHA... FAZENDO CIRANDA, CIRANDINHA... FAZENDO CIRANDA, CIRANDINHA... FAZENDO CIRANDA, CIRANDINHA... FAZENDO MÚSICA NA ESCOLAMÚSICA NA ESCOLAMÚSICA NA ESCOLAMÚSICA NA ESCOLA
Professora PDE ARTE: Rosilene Candido de Azevedo Professora Orientadora UEM: Vania Malagutti Fialho
MATERIAL DIDÁTICO apresentado ao Programa de
Desenvolvimento Educacional PDE – Secretaria de Estado Educação do Paraná.
2010 2010 2010 2010
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SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.............................................................................04 I UNIDADE PELOS CAMINHOS DAS CANÇÕES POPULARES INFANTIS ...........................06 II UNIDADE MATERIAIS SONOROS, CARÁTER EXPRESSIVO E FORMA.............................21 III UNIDADE PRÁTICA DE FORMAÇÃO E O COMPROMISSO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COM A
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MÚSICA.....................................................................................78
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APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
O objetivo deste Caderno Pedagógico é apresentar possibilidades de práticas musicais na
escola, a partir de um trabalho com os alunos do 4º ano do Curso de Formação de Docentes,
enfatizando a formação do professor. Este material está organizado tendo como base os
conceitos fundantes da música, ou sejam, Materiais sonoros, Caráter expressivo e Forma.
O interesse acerca deste assunto surgiu a partir da observação das dificuldades que os
professores das séries iniciais do Ensino Fundamental encontram neste tipo de trabalho,
havendo mesmo uma defasagem nesta área, o que prejudica a formação do educando.
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Partindo desta perspectiva o Material Didático se volta para a formação dos futuros
professores, os quais terão acesso a uma metodologia que irá ajudá-los a desenvolver um
trabalho pedagógico com música, o qual poderá vir a contribuir no preenchimento da carência
observada. Isso será possível na medida em que os alunos estarão colocando em prática as
novas estratégias aprendidas na Prática de Formação que desenvolvem no quarto ano.
O Caderno está dividido em três unidades distintas. Na primeira é abordado vivências
musicais por meio de canções populares, com a finalidade de apresentar os materiais sonoros-
musicais. A unidade dois trata dos conceitos musicais, partindo da matéria prima da música e
envolvendo suas expressões e formas, tendo por base a prática musical. Na unidade três é
desenvolvida uma reflexão da prática pedagógico-musical na escola, focando a formação
docente, abordando a prática do estágio.
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I UNIDADEI UNIDADEI UNIDADEI UNIDADE
PELOS CAMINHOS DAS CANÇÕES PELOS CAMINHOS DAS CANÇÕES PELOS CAMINHOS DAS CANÇÕES PELOS CAMINHOS DAS CANÇÕES
POPULARES INFANTISPOPULARES INFANTISPOPULARES INFANTISPOPULARES INFANTIS
A música pode possibilitar um conjunto de conhecimentos e experiências que são
possíveis somente por meio do som. Muitos autores e pesquisas revelam que por meio da
música é possível a melhoria da memorização, do raciocínio, da inteligência, da linguagem, da
expressão corporal, além de convidar a sentir emoções.
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O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998) esclarece que muitas
escolas têm dificuldades para desenvolver o trabalho com a música e que isto necessita ser
repensado. Também as Diretrizes Curriculares para o ensino de Arte do Estado do Paraná
(2008) prioriza a Educação Musical.
A recomendação do MEC é para que sejam proporcionados aos alunos noções básicas de
música, dos cantos cívicos nacionais e dos sons de instrumentos de orquestra, como também
cantos, ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos para, assim terem a
oportunidade de, conhecer a diversidade cultural do Brasil.
São muitas as cantigas populares que foram e ainda são cantadas por muitas crianças
brasileiras podendo ser citadas algumas bastante conhecidas no Paraná: Ciranda, cirandinha;
Cai, cai balão; Fui no Tororó; A Roseira; Capelinha de melão; Dona Aranha; Casinha de cupim;
Caranguejo; Carneirinho, carneirão; Chapéu de três pontas; Escravos de Jô; Pai Francisco; Eu
sou pobre, pobre, pobre; Sapo cururu; Senhora dona Sancha; Terezinha de Jesus; Se esta rua
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fosse minha; O cravo e a rosa; Roda morena; Balaio; A galinha do vizinho; Meu pintinho
amarelinho; entre tantas outras.
Para se trabalhar com canções em sala de aula a metodologia utilizada deve partir da
convicção de que a música é valiosa e relevante para a formação do ser humano e que, através
dela, podemos ver, ouvir e sentir o mundo. As cantigas de roda, ilustração, jogos e
dramatização de músicas, cantigas com gestos, danças, dublagens, levantamento de repertório
musical do aluno, tudo contribui para a melhoria da aprendizagem e desenvolvimento da
expressão e expressividade dos sentimentos.
De acordo com LINO
a tônica do trabalho pedagógico é possibilitar um ambiente de descoberta e revelação dos imaginários infantis, buscando a organização da forma e a conquista de outros possíveis, a partir do fazer musical – forma que, inerente à linguagem musical, deve ser estruturada no dia-a-dia da sala de aula em sua totalidade, na direção dos ilimitados infantis. (LINO, 2005, p. 68).
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A mesma autora chama a atenção para a necessidade do professor “viver a experiência
sonora” devendo estar sempre atento a forma de sua expressão musical. Também é preciso um
planejamento, que não deve ser feito de qualquer forma, pois não sendo assim o trabalho
poderá se perder. É preciso, portanto, planejar e estruturar a aula de música. Cabe assim
considerar as questões levantadas por CUNHA (2005):
Quando você planeja uma aula de música, como estrutura essa atividade? Ensina os cantos que aprendeu quando era criança? Aqueles que brincou e lhe deram muito prazer? Os que seu filho canta em casa? Os que aprendeu com a vizinha? Como você seleciona o conteúdo para trabalhar em música? Canta todos os dias e ensina coreografia para estes cantinhos? Qual a seqüência que você organiza na construção do conhecimento musical de seus alunos? (CUNHA, 2005, p.7).
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Nesse sentido, este material foi elaborado com o intuito de abordar aspectos práticos e teóricos da música na escola, considerando a realidade escolar. Isto é, a abordagem metodológica utilizada considera a escassez de recursos instrumentais, bem como o conhecimento não especializado em música do professor. Porém, busca articular uma prática musical que considere o aluno e apresenta uma sequência de conteúdos que se complementam e formam uma rede de conhecimentos, sem contudo, perder a linearidade.
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SUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADES
1º momento:
Inicialmente o professor dialoga com os alunos refletindo acerca da importância da
música e dizendo a eles que a mesma tem características de envolver, unir, encantar,
despertar emoções e desejos nas crianças. Por intermédio dela a criança extravasa suas
angústias e medos, o que muitas vezes contribui para o desenvolvimento do seu potencial
criativo, que incide diretamente na sua aprendizagem e que o educador tem papel fundamental
nesse processo, pois é ele o norteador do espaço de construção e reconstrução do
conhecimento. É ele quem deve fazer com que os temas abordados na música desencadeiem
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atividades, brincadeiras, histórias, desafios, trabalhos de arte e tudo o que a valiosa
imaginação da criança permitir (LOUREIRO, 2001).
2º Momento:
Mostrar para os alunos um CD do Selo Palavra Cantada “Cantigas de Roda” com canções
populares, colocar o mesmo para tocar uma ou duas músicas. Em seguida abrir um espaço para
um diálogo onde cada aluno poderá fazer uma reflexão sobre a voz que canta no CD e o som
dos instrumentos, isto é, qual é mais grave ou agudo, se percebe que um é mais curto ou mais
longo, forte ou fraco.
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Dica...Dica...Dica...Dica...
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3º Momento: Após ouvirem “Sapo Jururu”, “ Pombinha Branca”, “A
Canoa Virou”, “Osquindolelê” e “ O Cravo e a Rosa” e fazerem
a reflexão pedir a eles que façam
o desenho de um CD numa folha
de sulfite; Em seguida cada aluno escreve seu nome e a data na
folha e depois escreve os nomes das canções populares que
conhece, fazendo uma listagem. O CD de cada aluno será
recolhido para confecção do portfólio ao final da intervenção.
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��Fonte: portaldoprofessor.mec.gov.br/.../sapinho.jpg
Fonte: portaldoprofessor.mec.gov.br/.../cravo.gif
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O cravo brigO cravo brigO cravo brigO cravo brigou com aou com aou com aou com a rosa... rosa... rosa... rosa...������������������������������������������
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Debaixo de uma sacada...����������Fonte: portaldoprofessor.mec.gov.br/.../jovens.jpg
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4º Momento: Pesquisa em sites da Internet e no acervo da Biblioteca do Colégio sobre as canções
populares a fim de se fazer um resgate das mesmas para ampliar o repertório musical dos
alunos sobre canções populares e assim terem uma maior flexibilidade para trabalhar com as
crianças.
5º Momento: Após a pesquisa seleciona-se uma canção para ser ouvida pelos alunos tendo como
finalidade saber que elementos sonoros os mesmos conseguem perceber.
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Visite os sites:Visite os sites:Visite os sites:Visite os sites:
http://lengalalenga.blogspot.com/http://lengalalenga.blogspot.com/http://lengalalenga.blogspot.com/http://lengalalenga.blogspot.com/
http://www.palavrachttp://www.palavrachttp://www.palavrachttp://www.palavracantada.com.brantada.com.brantada.com.brantada.com.br
VALE A PENAVALE A PENAVALE A PENAVALE A PENA
CONFERIRCONFERIRCONFERIRCONFERIR
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ReferênciasReferênciasReferênciasReferências
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro.Paz e Terra,1987. PARANÁ. Diretrizes Curriculares para o ensino de Arte do Estado do Paraná, Curitiba,
SEED, 2008.
PARANÁ. Secretaria Estadual de Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do
Estado do Paraná. SEED. CURITIBA: 1990.BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais: arte. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
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CUNHA, Susana Rangel V.(org.) Cor, som e movimento – A expressão plástica, musical e
dramática no cotidiano da criança. In LINO, Dulcimarta Lemos. Porto Alegre, Ed Mediação,
2005.
LOUREIRO,Alicia Maria Almeida. O ensino de música na escola fundamental. Campinas,
Papirus, 2008.
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Marcha soldado...��
Cabeça de papel...����
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II UNIDADEII UNIDADEII UNIDADEII UNIDADE http://portaldoprofessor.mec.gov.br
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II UNIDADEI UNIDADEI UNIDADEI UNIDADE
MATERIAIS SONOROSMATERIAIS SONOROSMATERIAIS SONOROSMATERIAIS SONOROS
CARÁTER EXPRESSIVO CARÁTER EXPRESSIVO CARÁTER EXPRESSIVO CARÁTER EXPRESSIVO
E FO E FO E FO E FORMARMARMARMA
O que concede significado à música é a integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de integração e comunicação social.
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Além disso, a música é uma das mais importantes formas de expressão humana, o que por
si só justifica sua presença no contexto da educação de um modo geral e, principalmente, na
educação de crianças, particularmente. Dessa forma ela deve constituir-se como um saber
escolar necessário e importante para a cidadania, enriquecendo as experiências individuais e
coletivas, tornando-se essencial para a realização plena do ser humano (PARANÁ, 1990).
SNYDERS (1990, p.79), afirma que “a tarefa do professor é fazer progredir a
comunicação em música até que ela se situe no nível da arte”. Assim é preciso levar em
consideração que musicalizar é ensinar a ouvir o universo sonoro através do estudo do som
como matéria prima a ser organizada. Essa organização se faz a partir dos seus elementos
caracterizadores que são: Material sonoro, Caráter expressivo e Forma. Para ouvir e
expressar musicalmente o universo sonoro usa-se o ouvido, a voz e instrumentos sonoros. O
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trabalho com estes sentidos deve estar vinculado ao movimento corporal e com a dança
(PARANÁ, 1990).
Para HENTSCHEKE, DEL BEN, CUNHA e KRÜGER (2006) todos os tipos de música têm
como característica determinados elementos, e a combinação destes é o que diferencia uma
música da outra. Assim toda e qualquer música apresenta certos elementos ou qualidades que
são: expressão, matéria-prima e estrutura. Desta forma para que uma pessoa entenda a razão
de se emocionar com uma música deve prestar atenção a esses três elementos para que possa
ter “uma audição mais profunda e detalhada, ampliando a forma de ouvir música” (p. 12-13).
Materiais sonoros, caráter expressivo e forma constituem as dimensões primordiais e cumulativas do discurso musical (Hentschke, 1993; Swanwick, 1994). Nesta presente reflexão, optamos por nos referir a esses elementos como conceitos fundantes da disciplina. Pela centralidade que estes assumem na literatura contemporânea, entendemos que podem ser considerados pilares de uma proposta curricular – ou seja, os seus conceitos estruturadores (FRANÇA, 2006, P. 70).
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Outra questão a ser considerada é que sendo o som uma linguagem deve-se seguir o
mesmo processo de desenvolvimento adotado quanto à linguagem falada, ou seja, deve-se
expor o aluno à linguagem sonora e dialogar com ele sobre a mesma.
O conteúdo na música é muito diversificado e - característica que distingue a música das demais artes - é um conteúdo esquivo, notavelmente escorregadio. Mas justamente porque é assim, o desenvolvimento vindouro da música será determinado pelo grau em que ela expressar uma nova atitude, um novo sentido de vida, uma nova inteligência de uma nova comunidade: a atitude, o sentido de vida e a inteligência da comunidade que a classe operária está construindo (FISCHER, 2002, p. 222).
O objetivo do trabalho inicial com o som é desenvolver a discriminação auditiva e também
permitir que a criança se expresse. A fim de que possa desenvolver sua expressão musical, a
criança deve ter oportunidade de aprimorar sua acuidade auditiva.
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Sendo o som a sensação que o ouvido percebe quando atingido pelas vibrações dos corpos
sonoros é fundamental o trabalho com os conceitos fundantes da Educação Musical, ou seja,
Materiais Sonoros, Caráter expressivo e Forma.
HENTSCHKE e DEL BEN (1993), apresentam uma definição sobre os elementos ou dimensões que constituem a música baseando-se em SWANWICK (1991)
Quando vivenciamos música, seja ouvindo, tocando um instrumento, cantando, compondo ou improvisando, prestamos atenção ou nos relacionamos com as qualidades do som em si (forte, suave, rápido, lento, o timbre da voz ou do instrumento, por exemplo), com a forma pela qual os sons são manipulados, com o controle seguro das vozes e instrumentos. A essa dimensão Swanwick dá o nome de Materiais: a matéria sonora que constitui a música e suas qualidades específicas. Podemos atentar ainda para o caráter expressivo da música, para sua identidade expressiva, seja ela leve, alegre ou triste. Essa é a dimensão de Expressão. Finalmente, podemos prestar atenção no modo como os sons são organizados no tempo, como os vários gestos musicais se relacionam, se desenvolvem ou se contrastam, definindo um sentido de direção; a estrutura da música em termos de frases, períodos e partes. Esses aspectos constituem a dimensão de Forma (HENTSCHKE e DEL BEN, 1993,p. 179).
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O objetivo básico do ensino de música deve ser a criação de condições, de oportunidades
de experiência e de expressão rítmica. Portanto não se deve dar ênfase sobre a perfeição nas
realizações musicais da criança, mas na alegria e nas possibilidades de comunicação que
oportuniza.
A música é essencialmente uma arte auditiva, que existe somente no tempo: portanto a
arte de escutar exige uma atenção, sustentada e concentrada, “é preciso que a criança
aprenda a ouvir, para poder sentir, cabe a ela recriar novamente ao repetir [...] é preciso que
os que a ouvem saibam que assistem a um ato de criação”. (QUELUZ, apud ROSA, 1984, p.64-
65).
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ELEMENTOS DO SOM
ALTURA INTENSIDADE DURAÇÃO TIMBRE OU COR DO SOM
AGUDOS/ GRAVES
FORTE/ FRACO
CURTO/ LONGO
FONTES SONORAS
A música é uma combinação de um ou mais elemento desses.
Dependendo de como eles são temperados, teremos determinados estilo ou gênero musical.
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SUGESTÕES DE SUGESTÕES DE SUGESTÕES DE SUGESTÕES DE ATIVIDADESATIVIDADESATIVIDADESATIVIDADES
Construção de cartelas1 com os alunos do Curso de Formação de Docentes para serem
posteriormente trabalhadas no Estágio Supervisionado nas séries iniciais do Ensino
Fundamental com faixa etária entre 08 e 09 anos.
Inserir os elementos sonoros: duração, altura, intensidade e timbre. Para que possa
exemplificar de maneira concreta o tempo sonoro, serão confeccionadas cartelas de tamanhos
e cores diferentes para serem usadas em jogos para aprendizagem dos elementos sonoros. As
cartelas serão confeccionadas da seguinte maneira:
1 As atividades com cartelas são utilizadas nos cursos de Formação de Docentes dos Projetos Música na Escola e Educação Musical, Escola e Comunidade do Departamento de Música da UEM, vinculados ao Programa de Extensão Universitária “Universidade sem Fronteiras” da SETI/PR, coordenados pela Profª Vania Malagutti Fialho.
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Construir doze cartelas de forma retangular sendo que 04 são brancas, 04 vermelhas e
04 azuis. Veja o exemplo:
CONSTRUÍNDO CARTELAS
BRANCAS
VERMELHAS
AZUIS
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As cartelas brancas terão dimensões variadas para representar o tempo sonoro (a duração), as mesmas serão subdivididas para que as crianças entendam o que é um som grande, médio ou pequeno. Veja o exemplo:
O SOM PODE SER:
G R A N D E
M É D I O
P E Q U E N O
M Í N I M O
DURAÇÃO
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As cores das cartelas e seu respectivo número indicarão a intensidade. A cor branca (1) indicará (som fraco), a cor vermelha (2) (som médio), a cor azul (3) (som forte). Veja o exemplo: O SOM PODE SER: 1 2 3
F R A C O
M É D I O
F O R T E
INTENSIDADE
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Para que os alunos percebam o timbre, devem ser colocadas figuras ou onomatopéias em
todas as cartelas. Veja o exemplo:
ONOMATOPÉIAS
FIGURAS
TIMBRE
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As cartelas podem ser colocadas numa disposição de forma vertical e horizontal, com
tamanhos e cores variadas, para que os alunos percebam a altura.
Os alunos do curso de Formação de Docentes também fazem esta atividade nas turmas
em que estejam estagiando.
ALTURA
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Percepção dos Elementos SPercepção dos Elementos SPercepção dos Elementos SPercepção dos Elementos Sonorosonorosonorosonoros:::: Duração,
Intensidade, Altura e Timbre Faixa etária: 08-09 anos
Ouvindo o ambiente: som
1º momento: Ao chegar à classe o aluno estagiário canta o nome de cada criança pedindo a
ela que se levante. Canta depois o seu próprio nome. Em seguida diz a elas que a aula será para
escutar os sons que existem no ambiente. Eles são convidados a acompanhar o estagiário em
um passeio pela escola e seus arredores e ouvirem os sons: canto de pássaros, cricri de grilos,
vento nas árvores, freada de carro, máquinas, campainha da porta e do telefone, rádio
tocando, água pingando,objetos caindo, choro de criança, risos, etc.
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2º momento: Pedir para as crianças prestarem atenção, em silêncio, sobre todos os sons
que estarão ouvindo; qual é mais grave ou agudo, se percebe se um é mais curto ou mais longo,
forte ou fraco e identificar de onde vem este som. O professor conversa com as crianças
dizendo que cada som que ouviram veio de fontes diferentes: das árvores, dos pássaros, do
vento e outros mais. Assim ao ouvir um som, se conhecemos a sua fonte podemos identificá-la.
3º momento: Na volta do passeio, sentados em círculo, cada um, por sua vez, representa
um dos sons que ouviu, o qual lhe chamou a atenção, ou que mais gostou utilizando um objeto
que mais o identifique. O próprio aluno deve escolher este objeto entre todos que estiverem à
disposição no centro do círculo, ou sejam: Folhas de papel sulfite, canetas, talheres, garrafas
pet e tampas.
4º momento: Os alunos fazem então o jogo dos sons: São feitos grupos com sons
semelhantes. Para analisar os sons apreciados os alunos serão convidados a encontrar o colega
que ouviu sons da mesma fonte sonora. Ou seja, em pares, discutam as características dos
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sons ouvidos a partir de uma mesma fonte sonora. Pede-se às crianças para analisarem as
características sonoras de cada som produzido, quais as semelhanças e diferenças. A partir
das escolhas semelhantes são formados os grupos. O grupo reproduz os sons e os outros
grupos tentam adivinhar todos os elementos cujos sons foram imitados. Então cada criança do
grupo que estiver apresentando diz o som de qual objeto está representando. Ex: sulfite:
árvores, vento; caneta batendo no piso: criança correndo, ruídos de portão fechando, portas
abrindo etc... O grupo que acertar será o próximo a representar.
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Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/diaadia/livrodidatico
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INVESTIGANDO AS PAISAINVESTIGANDO AS PAISAINVESTIGANDO AS PAISAINVESTIGANDO AS PAISAGENS SONORAS...GENS SONORAS...GENS SONORAS...GENS SONORAS...
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DURAÇÃO.
Duração é o tempo que os
sons permanecem
soando.
DuraçãoDuraçãoDuraçãoDuração Materiais: cartolinas, tambor, sino,
CD, aparelho de som.
Desenvolvimento:Desenvolvimento:Desenvolvimento:Desenvolvimento:
1º momento: Retomar as aulas anteriores,
lembrando a eles que podemos identificar de
onde vem o som, e que irão aprender como
ocorre a sua duração observando se é curta ou
longa. Para isto o professor dá quatro cartelas
brancas de forma retangular, sendo que esta
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Para saber Para saber Para saber Para saber mais...mais...mais...mais...
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http://agnazare.ccems.pt/eb23emus/2_ciclo/duração.htm
dimensão estará representando o maior tamanho sonoro. O professor pede para os alunos que
deixe uma cartela inteira, depois para que dividam uma cartela ao meio, em seguida outra em
quatro partes e por fim outra em oito partes. Na seqüência explica que cada cartela de acordo
com a sua medida representa um tamanho sonoro. As cartelas recortadas devem ser
numeradas, posteriormente são colocadas em cima da carteira respeitando a sequência feita
pelo professor no quadro de giz, primeiro os alunos representam com sílabas e depois com
sons do corpo.
Utilizando as mesmas cartelas é realizada outra atividade em que as crianças serão
distribuídas em equipes, as quais criam sequências sonoras, que devem ser interpretadas por
outro grupo e representadas com os recursos escolhidos por eles, por exemplo, palma,
estralar dedos, utilizar a carteira, como também poderão colocar um elemento surpresa.
São propostas também estas experiências:
- bater numa lata, e perceber a duração do som, isto é, se foi longo ou curto;
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- soprar numa flauta ou em qualquer instrumento de sopro e ficar atento ao prolongamento do
som. A criança deverá perceber que a duração do som da lata é quase instantânea e que
através do som do instrumento de sopro, é possível ouvir o som prolongando-se no ar por
algum tempo.
2º Momento: Após estas atividades o professor convida os alunos para ouvir e cantar a música
“A loja do Mestre André”.
Foi na loja do mestre André
Que eu comprei um pianinho
Plim, plim, plim
Um pianinho
Plim, plim, plim
Um pianinho
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Foi na loja do mestre André
Que eu comprei uma guitarrinha
Plim, plim, plim
Uma guitarrinha
Plim, plim, plim
Uma guitarrinha
Ai, olé, ai olé foi na loja
Do mestre André
Ai, olé, ai olé foi na loja
Do mestre André.
Foi na loja do mestre André
Que eu comprei um tamborzinho
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Tum, tum, tum
Um tamborzinho
Tum, tum, tum
Um tamborzinho
Foi na loja do mestre André
Que eu comprei uma cornetinha
Tá, tá, tá
Uma cornetinha
Tá, ta, tá
Uma cornetinha
Ai, olé, ai olé foi na loja
Do mestre André
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Ai, olé, ai olé foi na loja
Do mestre André
Ai, olé, ai olé foi na loja
Do mestre André
Ai, olé, ai olé foi na loja
Do mestre André
3º momento: Em seguida é pedido a cada um que cante um trecho que quiserem da música.
Os outros, sem olhar para o aluno, devem reconhecer quem está cantando e se o instrumento
que foi escolhido do trecho da música tem o som mais longo ou curto.
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4º momento: Em seguida os alunos são convidados a formarem dois grupos. Um grupo terá
tamborzinhos e o outro sininhos. Elas cantam os nomes de apenas dois instrumentos:
tamborzinho e sininho. As crianças formam um único círculo.
5º momento: Os alunos formam uma roda e cantam a música. São dois grupos: um toca um
instrumento musical com som de ressonância curta (tamborzinho) e outro um instrumento
musical com som longo (sininho). Conforme vão cantando a música ora cantam “sininho”, ora
“tamborzinho” e o grupo responsável toca o instrumento.
6º Momento: A fim de explorar a criatividade dos alunos, outra atividade proposta para
se perceber a duração outra atividade é a seguinte:
Aproveitando as equipes feitas anteriormente, as mesmas escolhem um trecho da música
“Na loja do Mestre André”, e cada grupo escolhe um símbolo para criar sua seqüência sonora,
podendo ser linhas retas, linhas curvas ou linhas onduladas, podem ser utilizados mais que um
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elemento e dimensões variadas. As linhas maiores representam (som longo), linhas médias
(som médio), linhas pequenas (som curto). De acordo com a elaboração da sequência sonora de
cada equipe, os alunos cantam a música.
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Nome da canção:
Fontes sonoras:
Forma:
Caráter Expressivo:
Número de estrofes:
FICHA APRECIATIVA
Para cada música apreciada será realizada uma Ficha Apreciativa, a fim de analisar os aspectos de caráter expressivo (triste, alegre, leve, irritante, pesada, saltitante...) e a forma (partes da música), bem como serão registrados na mesma o nome da canção, as fontes sonoras e o número de estrofes que compõem a mesma.
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ASPECTOS DE
CARÁTER
EXPRESSIVO E
FORMA
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INTENSIDADE
A intensidade, também chamada de sonoridade, é uma propriedade do som que permite ao ouvinte
distinguir se o som é fraco (baixa intensidade) ou se o
som é forte (alta intensidade) e ela está relacionada à energia de vibração da fonte que
emite as ondas sonoras. Ao se propagar, as ondas sonoras transmitem
energias que se espalham em todas as regiões.
Quanto maior é a energia que a onda transporta, maior é a intensidade do som que o nosso ouvido
percebe. http://www.mundoeducacao. com.br/fisica/velocidade-
intensidade-som.htm
Para saber Para saber Para saber Para saber mais...mais...mais...mais... IntensidadeIntensidadeIntensidadeIntensidade
Materiais: CD, aparelho celular, aparelho de som,
flores, velas, apito, cartelas de papel.
Desenvolvimento:
1º Momento:
- Pedir as crianças para cantar baixinho um trecho da
música “Foi na Loja do Mestre André” e perceberem o
esforço que devem fazer para cantar. Passar em seguida a
cantar bem forte e refletir sobre as diferenças da voz nos
dois modos de cantar.
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- Os alunos escolhem um objeto que possa ser escondido facilmente, enquanto um aluno
fica ausente da sala. Ao voltar, o aluno deve tentar encontrar o objeto. Como único auxílio, a
turma canta uma canção: mais intensa se o aluno se aproxima do objeto escondido; menos
intensa se ele se distancia.
- Diga aos alunos para "fazerem de conta" que têm na mão esquerda uma flor e, na mão
direita, uma vela acesa. Peça-lhes que, compassadamente, aspirem a flor para sentir perfume
(inspiração). Depois, faça com que soprem a vela (expiração). Oriente-os no sentido de tornar
o tempo de inspiração igual ao de expiração. Para facilitar o controle do tempo, conte 1, 2, 3,
4, enquanto eles estão inspirando e 4, 3, 2, 1, enquanto eles estão expirando. Esta atividade
ajuda as crianças a compreenderem que a respiração é fator importante na emissão da voz
humana e na questão da intensidade vocal. Para obter um som forte e intenso e com maior
duração, é preciso saber usar a respiração impulsionando o ar e controlando sua saída fazendo
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da boca, e até mesmo da face (bochecha), uma boa caixa de ressonância e, nesta, "colocar" a
voz adequadamente.
2º Momento: Em outra estratégia para se identificar a intensidade, são usadas cartelas
brancas, as quais já foram confeccionadas em outro momento e acrescentadas mais duas
cores diferentes, vermelho e preto sendo que estas terão as mesmas divisões das cartelas
brancas. Cada cor indica maior ou menor intensidade: branco (pouca intensidade, piano=
fraco), vermelho (intensidade média, som médio), preto (intensidade forte). Em seguida pede-
se a eles que batam palmas numa sequência de menor intensidade para maior intensidade de
acordo com as cores e tamanhos das cartelas. Os alunos são divididos em grupos e criarão
seqüências sonoras utilizando as cartelas, para representa as mesmas usarão instrumentos
alternativos (latas, tampas, garrafas pet, colheres, baquetas, etc).
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3º momento: Os alunos são convidados a ficarem em duplas sendo que cada um terá um
aparelho celular. O professor diz a eles que podemos identificar de onde vem o som, a sua
altura e que hoje vamos aprender a identificar a intensidade do som.
4º momento: Cada um em sua vez canta o início da música “Pai Francisco”: Pai Francisco
entrou na roda, Tocando o seu violão, Bi–rim-bão bão bão, Bi–rim-bão bão bão, vem de lá Seu
Delegado, e Pai Francisco foi pra prisão. Depois que este canta o outro responde: Como ele
vem todo requebrado, parece um boneco desengonçado.
5º momento: O aluno precisa saber que não deve gritar, pois se for assim não precisará
do telefone.
6º momento: Após esta atividade que deve ser repetida várias vezes, os alunos são
convidados a realizar o jogo do Esconde-esconde.
7º momento: Os alunos em círculo, sentados escolhem um objeto.
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8º momento: Um dos alunos sai do local e os outros escondem o objeto. Quando o aluno
que saiu retornar todos vão ajudá-lo a procurar o objeto produzindo sons com maior
intensidade, quando estiver perto e menor, quando estiver longe, até que o aluno consiga
encontrar o objeto.
9º momento: Atividade dos Peixinhos e Tubarões. Ainda em círculo os alunos são
convidados a cantarem a música:
“Tubarão apareceu
E fez confusão no mar
Coitadinhas das sardinhas
Começaram a saltar.”
10º momento: Os alunos são convidados então a escolherem quem quer representar as
sardinhas e quem quer ser tubarão.
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11º momento: Os alunos são separados em dois times, devem formar o time das sardinhas
e dos tubarões. Um aluno será o condutor.
12º momento: Quando este aluno bater um instrumento com sons fracos (baixa
intensidade) as sardinhas saem para passear. Quando utilizar um objeto com sons fortes (alta
intensidade) os tubarões saem para tentar pegar as sardinhas, que deverão voltar correndo. A
sardinha que for pega, vira tubarão.
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ALTURA
É através da altura que podemos distinguir um som agudo (fininho, alto), de um grave (grosso, baixo). A altura de um som musical depende do número de vibrações. As vibrações rápidas produzem sons agudos e os lentos sons graves. A altura de um som pode ser caracterizada como definida ou indefinida. Em ambos os casos, os sons podem ser agudos ou graves. Os instrumentos de altura indefinida são incapazes de produzir uma melodia, visto que a maioria deles emite um só som, que a voz humana ou outro instrumento de altura definida não consegue imitar. http://agnazare.ccems.pt/eb23emus/2_ciclo/altura.htm
AlturaAlturaAlturaAltura Materiais: CD, aparelho de som, flauta;
Desenvolvimento: O professor diz às crianças que o
som pode ter alturas diferentes. Levará flautas e
explica aos mesmos que se trata de um instrumento de
sopro e em seguida pede a eles para soprarem
livremente. Depois pede que tampem todos os orifícios
com pedacinhos de jornal e voltem a soprar as flautas.
Eles percebem que fechando os orifícios, o som será
mais grave do que se deixar livres alguns deles. Isto
porque, fechando-se todas as aberturas, o ar percorre
Para saber Para saber Para saber Para saber mais...mais...mais...mais...
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um caminho mais longo, no tubo da flauta, do que se houver alguma passagem aberta.
1º Momento: O professor a fim de explorar a altura, pede aos alunos que repitam o que
ele disser, por exemplo: Fala “Bom dia!” (agudo ou grave), explorando jeitos diferentes de
emitir a mesma palavra. Em seguida distribui os alunos em círculo e a turma deve escolher um
maestro, o mesmo escolhe uma frase ou palavra e quando o mesmo levantar a mão todos devem
falar em voz alta (fino/agudo), quando abaixar a mão todos falam em voz baixa
(grosso/grave). O maestro pode brincar fazendo os gestos, ora rápido, ora devagar. Haverá
rotatividade na escolha do maestro.
2º Momento: Quando as crianças já conseguirem perceber a diferença de agudo e grave
com facilidade, o professor subdivide os grupos dos sons, para isto ele utiliza as cartelas que
foram construídas nas aulas anteriores, a fim de que os alunos visualizem e criem formas e
alturas. Esse material concreto ajuda o professor a apresentar os sons graves e agudos aos
alunos, que, através de jogos, podem diferenciá-los, não só visual, mas auditivamente.
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Inicia a atividade com combinações simples, seguindo uma ordem crescente de
complexidade.
Em seguida pega só o grupo dos sons que os alunos classificaram como graves e faz uma
nova classificação em graves e agudos, faz o mesmo com o grupo dos sons agudos, fazendo
com que eles percebam que um som só pode ser classificado se comparado com outro som.
Agora o professor pede para que as crianças que construam uma escala musical, do som mais
agudo para o som mais grave, ou vice versa, começando com três sons, quatro... usando as
cartelas.
Outra forma de registro da atividade realizada pode ser através de gráficos em que o
professor em transparências, desenha gráficos representando escritas musicais não
convencionais, para que as crianças interpretem esses sons. A interpretação pode ser vocal,
instrumental ou com percussão corporal.
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Inicialmente cada criança faz a sua interpretação, da forma que achar melhor. Após a
interpretação o professor pode questioná-la sobre sua interpretação.
Começa com gráficos simples, com uma única figura, e vai acrescentando variações.
Os alunos escrevem a música “Atirei o pau no gato” seguindo o movimento da melodia. É
explicado às crianças que quando se canta uma canção qualquer, "Atirei o pau no gato", por
exemplo, na verdade, se está cantando sons sucessivos, uns mais agudos, outros mais graves,
alguns com duração mais longa, outros com duração mais curta. Isto é, se canta uma melodia,
parte muito importante da música. Melodia é, pois, uma sucessão organizada de sons que
formam uma idéia musical. Do mesmo modo como se formula uma frase, cria-se uma idéia
musical que pode ser longa ou curta, mas com ritmo, fluência, princípio, meio e fim.
O professor faz no quadro um exemplo:
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Cra
Vos
De jo vam
Jó ga ca
Es xan
gá...
Em seguida as crianças farão suas próprias composições e as interpretarão.
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ESCRAVOS DE JÓ... JOGAVAM CAXANGÁ...
Fonte:http:/lengalalenga.blogspot.com/Acesso em 01/06/10
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3º momento: Os alunos ficam em círculo, de mãos soltas. O professor fala nomes de
objetos com sons graves e agudos. Há sons agudos (altos) e sons graves (baixos).
4º momento: O professor convida todos para cantarem a música “Atirei o pau no gato”
acompanhando o CD.
Atirei o pau no gato tô tô Mas o gato tô tô Não morreu reu reu Dona Chica cá Admirou-se se Do berro, do berro, do berro Que o gato deu Miau !!!
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Aldemir Martins – Gato Rajado, 1994
Fonte:http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
5º momento: todos cantam a música e o professor orienta as crianças convidando-as a
levantarem a mão, quando o som no final de cada verso for agudo e a abaixarem a mão, quando
for grave. As crianças fazem os gestos conforme forem cantando as músicas.
6º momento: Esta atividade deve ser realizada algumas vezes, até a percepção de que o
interesse das crianças esteja se esgotando. Então os alunos são convidados a participarem de
outra atividade.
7º momento: As crianças formam um círculo e, sentadas cantam a música “A barata
mentirosa”.
A barata diz que tem
sete saias de filó.
é mentira da barata
ela tem é uma só.
ah! ah! ah!
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Fonte: portaldoprofessor.mec.gov.br/.../roda.jpg
oh! oh! oh!
ela tem é uma só. (bis)
A barata diz que tem
sete saias de balão.
é mentira da barata
não tem dinheiro nem pro sabão
ah! ah! ah!
oh! oh! oh!
nem dinheiro pro sabão. (bis)
A barata diz que tem
um sapato de fivela.
é mentira da barata
o sapato é da mãe dela.
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ah! ah! ah!
oh! oh! oh!
o sapato é da mãe dela.(bis)
8º momento: Uma criança fica com um apito. Ao som do 1º apito, as crianças baixam o
volume (cantam baixinho); Ao som do 2º apito, aumentam o volume (cantam mais alto). Ao som
do 3º apito, desligam o som (param de cantar).
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TIMBRE
O Timbre é a “cor” do som.
Aquilo que distingue a
qualidade do tom ou voz de um
instrumento ou cantor, por
exemplo a flauta do clarinete,
o soprano do tenor.
Cada objecto ou material
possui um timbre que é único,
assim como cada pessoa
possui um timbre próprio de
voz.
http://agnazare.ccems.pt/eb23emus/2_ciclo/timbre.htm
Fonte sonora: Timbre Fonte sonora: Timbre Fonte sonora: Timbre Fonte sonora: Timbre Materiais: CD, aparelho de som,
lenço, sulfite, lápis coloridos.
Desenvolvimento:
1º Momento: O professor diz aos alunos
que eles são capazes de identificar a voz de uma
pessoa que conhecem quando ouvem mesmo sem vê-la, e
que isto ocorre até pelo telefone. Explica a eles que
isto ocorre porque há um timbre específico para cada
voz, instrumento ou material que é como se fosse a cor
do som. Assim como somos capazes de identificar
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Para saber Para saber Para saber Para saber mais...mais...mais...mais...
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diversas tonalidades da mesma cor, também somos capazes de identificar timbres diferentes.
Às vezes dizemos que alguém tem a voz "estridente" e, já de outra pessoa, dizemos que tem a
voz "rouca". É justamente o timbre que as diferencia. O mesmo ocorre com os diferentes
instrumentos.
O professor conversa com as crianças dizendo que cada som que ouviram no passeio pelos
arredores da escola veio de fontes diferentes: das árvores, dos pássaros, do vento e outros
mais. Assim ao ouvir um som, se conhecemos a sua fonte podemos identificá-la. Então os
alunos são convidados para fazer uma experiência para identificar a fonte sonora através de
um jogo ao som da música Samba-lelê e depois Sapo cururu;
2º momento: Formação: Os alunos ficam em pé formando um círculo.
3º momento: O professor coloca a música Samba-le-lê; todos ouvem e cantam juntos,
batendo palmas, seguindo o ritmo da música.
Samba-le-lê tá doente
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Tá com a cabeça quebrada
Samba le-lê precisava
É de umas boas lambadas.
4º momento: Em seguida inicia-se o jogo: Um aluno fica no centro do círculo com os olhos
vendados. Dado o sinal de início, os alunos de mãos dadas rodam para a direita ou para a
esquerda. Em dado momento, o jogador do centro bate palmas e a roda para. Em seguida
aponta para o círculo e o aluno indicado deve cantar: “Samba-le-lê ta doente, tá com a cabeça
quebrada”. Se o aluno do centro reconhecer o timbre da voz diz: “O nome do aluno é ............
precisava é de umas boas lambadas”, ex: Rosilene precisava é de umas boas lambadas. Caso
erre pode ainda proclamar dois nomes. Acertando o que for apontado ocupa o centro e o outro
o substitui na roda.
5º momento: Coloca-se o CD com a Música: Sapo Cururu para que todos aprendam cantar;
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“Sapo Cururu na beira do rio
Quando o sapo grita, ó Maninha, diz que está com frio
A mulher do sapo, é quem está lá dentro
Fazendo rendinha, ó Maninha, pro seu casamento”.
6º momento: o professor, enquanto ouve a música, pula imitando um sapinho e pede para
as crianças a fazerem a mesma coisa;
7º momento: O professor começa a imitar o som parecido com o coaxar do sapo e os
alunos repetem o mesmo.
8º momento: Cada criança faz sua imitação e todos devem observar os diferentes
timbres dos sons emitidos.
9º momento: Juntos professor e alunos escolhem os timbres mais parecidos.
10º momento: Após esta etapa é feito um coral com os diversos timbres emitidos,
alternando-se.
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11º Depois que os alunos perceberam o que é timbre, o professor faz uso das cartelas, as
quais terão figuras recortadas de gibis (onomatopéias), ou nomes para que as crianças
identifiquem os sons e os representem. Esta atividade deve integrar os elementos sonoros,
sendo assim os alunos devem montar suas partituras e apresentá-las à turma.
12º Momento: sonorização de histórias. Conta-se para as crianças a história “Dona
Baratinha”:
Era uma vez uma baratinha que varria o salão quando, de repente, encontrou uma
moedinha:
- Oba! Agora fiquei rica, e já posso me casar!
Este era o maior sonho da Dona Baratinha, que queria muito fazer tudo como tinha visto
no cinema:
Então, colocou uma fita no cabelo, guardou o dinheiro na caixinha, e foi para a janela
cantar:
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- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?
Um ratinho muito interesseiro estava passando por ali, e ficou imaginando o grande
tesouro que a baratinha devia ter encontrado para cantar assim tão feliz.
Tentou muito chamar sua atenção e dizer: "Eu quero! Eu quero!" Mas ele era muito
pequeno e tinha a voz muito fraquinha e, enquanto cantava, Dona Baratinha nem ouviu.
Então chegou o, com seu latido forte, foi logo dizendo: - Eu quero! Au! Au!
Mas, Dona Baratinha se assustou muito com o barulhão dele, e disse:
- Não, não, não, não quero você não, você faz muito barulhão!
E o cachorrão foi embora.
O ratinho pensou: agora é minha vez! Mas...
- Eu quero, disse o elefante.
Dona Baratinha, com medo que aquele animal fizesse muito barulho, pediu que ele
mostrasse como fazia. E ele mostrou:
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- Não, não, não, não quero você não, você faz muito barulhão!
E o elefante foi embora.
O ratinho pensou novamente: "Agora é a minha vez!", mas...
Outro animal já ia dizendo bem alto: "Eu quero! Eu quero!"
E Dona Baratinha perguntou:
- Como é o seu barulho?
- GRRR!
- Não, não, não, não quero você não, você faz muito barulhão!
E vieram então vários outros animais: o rinoceronte, o leão, o papagaio, a onça, o tigre ...
A todos Dona Baratinha disse não: ela tinha muito medo de barulho forte.
E continuou a cantar na janela:
- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?
Também veio o urso, o cavalo, o galo, o touro, o bode, o lobo, ... nem sei quantos mais.
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A todos Dona Baratinha disse não.
Já estava quase desistindo de encontrar aquele com quem iria se casar.
Foi então que percebeu alguém pulando, exausto de tanto gritar: "Eu quero! Eu quero!"
- Ah! Achei alguém de quem eu não tenho medo! E é tão bonitinho! - disse a Dona
Baratinha. Enfim, podemos nos casar!
Então, preparou a festa de casamento mais bonita, com novas roupas, enfeites e,
principalmente, comidas.
Essa era a parte que o Ratinho mais esperava: a comida.
O cheiro maravilhoso do feijão que cozinhava na panela deixava o Ratinho quase louco de
fome. Ele esperava, esperava, e nada de chegar a hora de comer.
Já estava ficando verde de fome!
Quando o cozinheiro saiu um pouquinho de dentro da cozinha, o Ratinho não aguentou:
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- Vou dar só uma provadinha na beirada da panela, pegar só um pedacinho de carne do
feijão, e ninguém vai notar nada...
- Que bobo! A panela de feijão quente era muito perigosa, e o Ratinho guloso não devia
ter subido lá: caiu dentro da panela de feijão, e nunca mais voltou.
Dona Baratinha ficou muito triste que seu casamento tenha acabado assim.
No dia seguinte, decidiu voltar à janela novamente e recomeçar a cantar, mas...
Desta vez iria prestar mais atenção em tudo o que era importante para ela, além do
barulhão, é claro!
- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?
Em seguida os alunos serão indagados sobre o que fazer em cada momento da história.
- Como cantamos a música da Dona Baratinha, imitando sua voz? E a voz dos outros
personagens?
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-Pode haver uma música de introdução, como ela pode ser?
- E no final da história, não pode haver também uma música?
- É possível representar de forma escrita os sons produzidos por Dona Baratinha e seus
pretendentes?
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DICA:DICA:DICA:DICA: No portal Dia a Dia Educação você
Encontra Fábulas e Histórias Infantis:
• O Burro e o Grilo • O Burro e o Sal • O Carvalho e o Junco • Chapeuzinho Vermelho e o Lobo
Guará • Os Dois Sapos • Dom Quixote • A Formiga e a Pomba • O Gato de Botas • O Macaco e a Velha
Sonorização de Histórias
74
ReferêReferêReferêReferênciasnciasnciasncias
BRITO, Teca Alencar. A barca virou: o jogo musical das crianças Música na Educação Básica.
REVISTA DA ABEM: Porto Alegre, 2009.
BRUNER, J. O Processo da Educação. Tradução de Lólio Lourenço de Oliveira. 7. ed. São
Paulo: Nacional, 1978.
CUNHA, Susana Rangel V.(org.) Cor, som e movimento – A expressão plástica, musical e
dramática no cotidiano da criança. In LINO, Dulcimarta Lemos. Porto Alegre, Ed Mediação,
2005.
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HENTSCHKE Liane; BEN Luciana Del. Aula de música: do planejamento e avaliação à
prática educativa. In: HENTSCHKE Liane; BEN Luciana Del (Orgs). Ensino de Música:
Propostas para pensar e agir em sala de aula. São Paulo: Moderna, 2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares para o ensino de Arte do Estado do Paraná, Curitiba,
SEED, 2008.
PARANÁ. Secretaria Estadual de Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do
Estado do Paraná. SEED. CURITIBA: 1990.
SNYDERS, George. A escola pode ensinar as alegrias da música? São Paulo: Cortez, 1990.
__________________Música na Educação Infantil. Proposta para a formação integral
da criança. São Paulo: Peirópolis, 2003.
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QUELUZ, Ana G. A pré-escola centrada na criança: uma influência de Carl Rogers. São
Paulo, Pioneira, 1984, p. 64-65
REVISTA DA ABEM. Música na Educação Básica, v 1 nº 1, Porto Alegre, outubro de 2009
SNYDERS, George. A escola pode ensinar as alegrias da música? São Paulo: Cortez, 1990.
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Fonte: http://www.seed.pr.gov.br/diaadia/livrodidatico
78 III UNIDADEIII UNIDADEIII UNIDADEIII UNIDADE
III UNIDADE
A PRÁTICA DE FORMAÇÃO
E O COMPROMISSO
DO TRABALHO PEDAGÓGICO
COM A MÚSICA
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A Prática de Formação no curso de Formação de Docentes é um momento muito propício
para que o aluno possa iniciar o seu aprendizado como futuro professor e cabe ao educador
responsável por supervisionar esta fase auxiliar os alunos apresentando a eles metodologias
que venham colaborar para o ensino e aprendizagem musical voltado para as séries iniciais do
Ensino Fundamental, pois como coloca TOURINHO (1995)
A idéia, compreensível e justificável, era - e é - a de que, através do estágio, o professor tenha condições de iniciar seu aprendizado sobre as realidades das salas de aula, formando sua atitude profissional e adquirindo habilidades para atuar no contexto institucionalizado do ensino (TOURINHO, 1995, p. 4).
A mesma autora considera que os estágios devem ser realizados em escolas públicas, pois
são nestas instituições que se encontra a grande maioria dos educandos. Também são nesses
locais onde há as menores oportunidades educacionais, como também uma carência enorme de
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materiais de apoio. Além disso, há pouco acesso a outras atividades que são importantes na
formação cultural dos alunos.
O estágio, portanto, é considerado como um espaço que possibilita ao estudante, futuro professor, observar, analisar, atuar e refletir sobre as tarefas características de sua profissão. Essas ações estão inseridas, assim,, no que denominamos de prática de ensino, uma vez que o estágio é o ponto de partida da experiência de campo e em campo que permitirá ao licenciado experimentar a prática de ensinar e se comprometer com a profissão de ser professor. (TOURINHO, 1995, p.17).
A prática de ensino é um período fundamental para a formação do aluno-estagiário, no
entanto não se pode desperdiçá-lo, sendo necessário que o professor supervisor esteja atento
na orientação metodológica e no acompanhamento, pois se trata de uma das partes
integrantes e essenciais à formação, e necessita ser repensado enquanto prática profissional,
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uma vez que as novas resoluções atribuem ao estágio curricular supervisionado novas
perspectivas.
Na LDB o estágio supervisionado recebe o nome de Prática de Ensino sendo o único
componente curricular definido em lei (Lei 9394/96 art. 65): “a formação docente, exceto
para a educação superior, incluirá prática de ensino de, no mínimo, 300 horas”.
Conforme coloca BURIOLLA (2001) o estágio supervisionado é:
...o lócus apropriado onde o aluno estagiário treina o seu papel profissional, devendo caracterizar-se, portanto, numa dimensão de ensino-aprendizagem operacional (...) o estágio é o lócus onde a identidade profissional do aluno é gerada, construída e referida; volta-se para o desenvolvimento de uma ação vivenciada, reflexiva e crítica e, por isso, deve ser planejado gradativa e sistematicamente (BURIOLLA, 2001, p.11- 13)
Assim, o período de Prática de Ensino deverá ser visto como um espaço para se refletir
acerca da prática pedagógica dentro de uma formação contínua tanto para os estagiários
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como para o professor supervisor que deverá, “Refletir com seus alunos sobre as experiências
que já trazem e projetar um novo conhecimento que re-signifique que suas práticas,
considerando as condições objetivas, a história e as relações de trabalho vividas” (PIMENTA
e LIMA, 2004, p.127).
E no que se refere ao trabalho pedagógico voltado para a música BELLOCHIO (2001) esclarece:
...é preciso que a teoria sobre como agir em educação, especialmente em educação musical, possa ser guiada pela prática educativa real e seus desafios, produzindo saberes mais conscientes frente as incertezas e realidades sócio-educacionais (BELLOCHIO, 2001, p. 41).
É necessário que nas aulas de metodologia da música se coloque os alunos em contato com
a enorme riqueza de elementos presentes, especificamente, no caso desta proposta de
intervenção, nos estilos das cantigas de roda e músicas populares infantis. Assim não se pode
ensinar o conceito de timbre, por exemplo, sem vivenciá-lo de forma expressiva, sem entoar
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uma canção, sem ouvir uma melodia, para melhor aprender diferenciá-lo, sem se envolver com
a música e expressar as emoções, sem usar o parâmetro timbre de uma forma musical ou
artística.
Assim, cabe ao educador musical ter o compromisso de possibilitar ao aluno a descoberta
de um universo de significados intersubjetivos que só o contato com a música permite. E para
que a ação educativa se cumpra, é necessário que os professores revisem constantemente os
planejamentos e as avaliações para, acima de tudo, auxiliar o aluno no seu processo de
desenvolvimento musical (HENTSCHKE e DEL BEN, 2003).
HENTSCHKE e DEL BEN (2003) ao tratar sobre o planejamento para a aula de música
consideram–no como tendo um papel primordial pois “planejar e avaliar, em qualquer área do
conhecimento escolar, são condições sine qua non para a efetivação do ensino” (2003, p.176).
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A importância do planejamento está justamente no fato de ele ser uma projeção daquilo
que se quer, daquilo que se pretende em relação ao ensino e de como ele poderá ser realizado
em sala de aula. Mas é preciso ter em mente que, embora o plano oriente a ação de ensinar,
isso não significa que essa ação possa ser determinada previamente em todos os detalhes.
Assim
Ao educador musical “não é permitido” permanecer imóvel e inerte diante das inúmeras possibilidades de acesso ao conhecimento. Há a preocupação de não se perder num emaranhado de procedimentos que podem, ao invés de avançar na compreensão dos elementos constitutivos da linguagem musical, levar ao caos no momento da organização das experiências musicais (LOUREIRO, 2008, P. 196).
Pode-se dizer que quanto mais se oportunizar a criança o acesso a este bem cultural,
maior será a sua capacidade para aprender a música, e mais eficaz será o trabalho educativo.
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“Educar musicalmente é propiciar à criança uma compreensão progressiva da linguagem
musical, através de experimentos e convivência orientada”, (MARTINS, 1985: 47).
ATIVIDADESATIVIDADESATIVIDADESATIVIDADES
Estudo teórico sobre a importância da música na escola e na formação do professor para
as séries iniciais do Ensino Fundamental através de seminário com pesquisa, discussão e
debate com os alunos do curso de Formação de Docentes.
1. Preparação: distribuição de temas, organização do calendário das apresentações,
pesquisa e desenvolvimento dos temas: Observação, reflexão e análise de práticas de
educação musical. Compreensão dos significados da música na sociedade, na escola e para
os alunos. Investigação científica da realidade cotidiana da prática educativa.
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Conhecimento e análise do desenvolvimento musical dos alunos. Teorias da Educação
Musical;
2. Apresentação dos temas e debates: uso de data show, distribuição de um texto roteiro
e discussão do tema;
3. Relatórios: trabalhos escritos em forma de resumos, onde cada participante apresenta
idéias e conclusões, baseadas na preparação e reformuladas pela discussão.
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PORTFÓLIOPORTFÓLIOPORTFÓLIOPORTFÓLIO
Confecção doConfecção doConfecção doConfecção do Portfólio: Portfólio: Portfólio: Portfólio:
Os alunos do curso de Formação de Docentes organizam um portfólio com todas as
atividades realizadas, anexando fotos, gravações e CDs com áudio, que servirão de subsídios
para a prática de estágio.
O portfólio enquanto possibilidade de registro acolhe toda a produção do aluno ao longo
de seu processo de formação. Consideramo-nos bastante democrático, pois os alunos têm
habilidades diferentes e caminhos diferentes na construção do conhecimento. Da mesma
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forma, têm mais facilidade em um determinado tipo de registro do que em outro. Assim, cada
aluno pode se expressar da forma que considerar mais adequada e ter sua produção valorizada
de acordo com suas características próprias. (...) o portfólio tal como o concebemos permite
uma interação constante com o professor que semanalmente acompanha a produção do aluno,
comentando e sugerindo, questionando e estimulando a reflexão. O aluno revê o que foi feito e
retorna para o professor com as modificações sugeridas, e tendo já levantado as questões.
Isso pode acontecer por várias vezes até que ambos estejam satisfeitos com o resultado.
Aqui o professor despe-se da função de quem “sabe e ensina” para vestir-se de curiosidade,
vontade de conhecer e de viver uma relação de trocas com o aluno, o que impõe, naturalmente,
situações de reflexão (GONÇALVES e COSTA, 2002, p.152-153).
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ReferênciasReferênciasReferênciasReferências
BELLOCHIO, Cláudia Ribeiro. Educação musical: olhando e construindo na formação e ação
de professores. REVISTA ABEM, p. 41,2001.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96. Disponível em:
www.planalto.gov.br/ccivil. Acesso dia 23 de novembro de 2009.
BURIOLLA, Marta A. Feiten. O estágio supervisionado. São Paulo: Cortez, 2001.
HENTSCHKE Liane; BEN Luciana Del. Aula de música: do planejamento e avaliação à prática
educativa. In: HENTSCHKE Liane; BEN Luciana Del. Ensino de Música: Propostas para
pensar e agir em sala de aula. São Paulo: Moderna, 2006.
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LOUREIRO,Alicia Maria Almeida. O ensino de música na escola fundamental. Campinas, Papirus, 2008. MARTINS, Raimundo. Educação musical: conceitos e preconceitos. Rio de Janeiro,
FUNARTE, Instituto Nacional de Música, 1985.
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. São Paulo:
Cortez, 2004.
TOURINHO, Irene. Atirei o pau no gato mas o gato não morreu. Divertimento sobre
estágio supervisionado.REVISTA DA ABEM: Porto Alegre, nº 2. Junho de 1995. p. 35-52.
GONÇALVES, Lilia Neves e COSTA, Maria Cristina Souza. O Portfólio como uma proposta de
documentação, registro e avaliação na prática de ensino em música. In: MATEIRO, Teresa;
SOUZA, Jusamara (orgs.). Práticas de ensinar Música. Porto Alegre, Editora Sulina, 2008.
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SITES VISITADOS: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ Acesso em 25/05/10
http://agnazare.ccems.pt/eb23emus/2_ciclo/timbre.htm/ Acesso em
18/05/10
http://www.mundoeducacao.com.br/fisica/velocidade-intensidade-
som.htm/ Acesso em 22/04/10
http://agnazare.ccems.pt/eb23emus/2_ciclo/altura.htm/ Acesso em
06/04/10
http://agnazare.ccems.pt/eb23emus/2_ciclo/duração.htm/ Acesso
em 06/04/10
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/ Acesso em 05/05/10
http://lengalalenga.blogspot.com/Acesso em 01/06/10
http://www.palavracantada.com.br/ Acesso em 02/06/10
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Considerações Finais
As atividades deste Caderno
Pedagógico tiveram a pretensão de otimizar
as atividades musicais escolares, buscando
associar a prática da canção popular com a
construção de conceitos musicais, de
maneira lúdica.
Assim nas aulas de música os alunos
poderão aprender os conceitos fundantes
da disciplina: Materiais Sonoros, Caráter Expressivo e Forma, através das diversas
formas de expressão e jogos musicais. Isso
porque acreditamos que esses recursos
contribuem na orientação dos educandos na construção do saber musical.
Ronda Infantil. Portinari. http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/5379/imagens/rondainfantil.jpg
CirandaCirandaCirandaCiranda, , , , CirCirCirCirandinha...andinha...andinha...andinha...
Fazendo MúsicaFazendo MúsicaFazendo MúsicaFazendo Música nananana
EscolaEscolaEscolaEscola
Rosilene Candido de AzevedoRosilene Candido de AzevedoRosilene Candido de AzevedoRosilene Candido de Azevedo
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