contributos do cinema para o ensino.pdf
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Contripar
Apren
utos do Cina o Ensino
izagem doa teoria prtica
Marta Filipa Barbosa Martinho
Porto, 2011
ma
LE:
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ndice
Introduo ...................................................................................... 4
1. Breve reflexo acerca do cinema .......................................... 62. Cinema nos manuais de PLE .............................................. 12
3. Desenvolvimento de competncias em PLE atravs docinema ...................................................................................... 22
4. O cinema na aula de PLE: da teoria prtica .................... 32
5. Propostas de explorao do cinema na aula de PLE ........ 38
Concluso ................................................................................ 84
Bibliografia ................................................................................... 86
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Introduo
O Cinema uma parte do patrimnio cultural Portugus, que aglutina uma
srie de factores de extrema importncia em vrios mbitos: o cultural, o
artstico, o social, o econmico e, o que mais nos interessa no contexto deste
trabalho, o educativo. O cinema a manifestao artstica mais importante dos
sculos XX e XXI, integrando o esplio cultural e artstico do Homem.
Actualmente, mais do nunca, na nossa sociedade de informao, de
comunicao e da imagem, uma ferramenta para aprender a conhecer, a
fazer, a viver e a ser, os quatro pilares do ensino (cf. Gordillo, 2003).
Este estudo constitui um trabalho de investigao-aco com o qual
pretendemos contribuir para o ensino-aprendizagem de PLE, explorando
algumas estratgias que visam o aproveitamento das potencialidades do
cinema nesse mbito.
Comeando por uma breve reflexo sobre o lugar do cinema na sociedade
actual, procedemos a uma anlise de diferentes manuais adoptados no ensinode PLE, para aferir da presena ou ausncia desta temtica nesses manuais.
Esta tarefa parece-nos pertinente, porque, por um lado, nos permitir
determinar qual o papel do cinema nesses instrumentos orientadores do
trabalho de muitos professores e, por outro, destacar a produtividade de
estudos como estes para dinamizar as potencialidades inerentes a esta
ferramenta de trabalho.
Prosseguimos, averiguando diversas fontes bibliogrficas, que abordam apertinncia do cinema na aprendizagem de uma segunda lngua e de uma
lngua estrangeira, acentuando o seu papel como instrumento relevante no
contexto de uma metodologia de base comunicativa inovadora.
Na sequncia dessa reflexo terica, apresentamos um trabalho prtico,
constitudo pela planificao de estratgias e aplicao de actividades
relacionadas com a utilizao do cinema dentro e fora da sala de aula.
So as seguintes as actividades apresentadas:
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1. Actividades didcticas relacionadas com o visionamento do filme,
subdivididas em actividades de pr-visionamento, visionamento
propriamente dito e ps-visionamento.
2. Actividades de desenvolvimento das vrias competncias inerentes
aquisio de uma lngua estrangeira, tais como aprender vocabulrio,
rever gramtica, trabalhar um tema cultural, exprimir-se e agir oralmente,
produzir material escrito, etc.
3. Actividades de desenvolvimento de destrezas comunicativas,
nomeadamente no que se refere aos descritores de desempenho de um
estudante de nvel C, o nvel dos estudantes aos quais leccionmos
durante o ano lectivo a que se refere este relatrio, ao nvel da
compreenso e interaco:
Na compreenso da interaco entre falantes nativos, em C1,
o aluno capaz de seguir com facilidade interaces
complexas entre terceiros numa discusso ou num debate de
grupo, mesmo sobre assuntos abstractos, complexos e queno lhe so familiares QECRL - (Ministrio da Educao /
GAERI, 2001)
4. Actividades a partir da considerao do filme como recurso pedaggico:
imagem e som, imagem sem som, com som e sem imagem, etc.
5. Actividade complementar de apresentao oral do filme preferido.
6. Organizao de um ciclo de cinema para visionamento das longas-
-metragens analisadas de forma segmentada em sala de aula.
Findo este percurso, proceder-se- a uma avaliao dos resultados e
consecuo dos objectivos propostos, atendendo em especial ao papel a
desempenhar pelo cinema no ensino-aprendizagem de uma lngua estrangeira.
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1. Breve reflexo acerca do cinema
O cinema foi utilizado para fins pedaggicos desde a sua origem, com ointuito e mostrar realidades s quais no se tinha acesso e que se podiam
conhecer atravs das imagens, incluindo o facto de, na poca, se estar privado
do meio televisivo.
Por outro lado, ao cinema chamamos stima arte, pelo facto de
superar possibilidades estticas de outros meios audiovisuais com menos
recursos. O cinema ainda um meio de comunicao fortemente enraizado
nos nossos hbitos sociais, porque usufrui de um lugar de destaque na vidapessoal e social, considerando-se uma prestigiosa fonte de cultura, de lazer e
entretenimento.
Por ltimo, realamos que o cinema oferece uma variedade muito
diversa de temas, respondendo a diferentes interesses de diferentes pblicos,
com a capacidade de os transportar para o mundo das personagens, viver por
algum tempo num universo de fantasia, abstraindo-se dos problemas do seu
dia-a-dia.
No podemos ainda esquecer a grande capacidade sugestiva da
imagem, que vai alm da palavra. Nem sempre temos presente a ideia de que
a comunicao humana no um simples sistema de descodificao do cdigo
lingustico, mas o cinema mostra-nos que ela no possvel sem apoio de um
contexto e de um cdigo verbal que lhe atribua sentido completo.
Assim, a relao entre cinema e educao, seja num contexto de
educao escolar ou informal, parte da prpria histria do cinema. Com
efeito, desde os primrdios das produes cinematogrficas, produtores e
directores de cinema consideraram-no como uma poderosa ferramenta para
instruo, educao e reflexo humanas (vd.
http://www.infoescola.com/pedagogia/relacao-entrecinema-e-educao).
No temos dvida da eficcia deste recurso como meio de desenvolver
competncias e achamos adequado fazer um breve enquadramento histrico
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do cinema portugus, sublinhando o facto de ter sido na cidade do Porto que
ele se impulsionou.
O cinema portugus tem o seu incio com curtas-metragens amadoras
da autoria do empresrio da cidade do Porto, Aurlio Paz dos Reis. A Sada do
Pessoal Operrio da Fbrica Confiana, de 1896 uma rplica sua do filme
dos irmos Lumire (1894 1895). Paz dos Reis realiza os primeiros
experimentos sobre cinema na cidade do Porto e mais tarde a Invicta Film, por
volta de 1918 reactiva o Ciclo do Porto.
Embora a cidade no tenha conseguido manter essa vitalidade
cinematogrfica at hoje, foi na cidade do Porto que nasceu o cineasta mais
velho do mundo, em actividade, Manoel de Oliveira (11 de Dezembro de 1908).
Tendo por base esta tradio cinfila do Porto e a importncia do
cinema na vida de um indivduo a diferentes nveis, com a consequente
incidncia na sua produtividade nas aulas de lngua estrangeira, escolhemos
alguns filmes representativos da realidade portuguesa para trabalhar nas aulas
de PLE, em relao aos quais comeamos por atestar essa representatividade
e evidenciar a sua importncia nesse domnio. Para o fazer, procedemos de
seguida transcrio de algumas das crticas feitas aos filmes, comeando por
uma subdiviso entre longas e curtas-metragens e, no seu mbito, fazemos a
sua catalogao por ordem alfabtica.
Assim, agruparemos as crticas relativas s longas-metragens A
Esperana Est onde Menos se Espera, Atrs das Nuvens e Jaime, integrando
num segundo grupo as curtas-metragens Mateus eMomentos.
1.1. A esperana est onde menos se espera
Relativamente a este filme, seleccionmos trs crticas, cada uma delas
abordando aspectos diferentes: o desempenho das personagens, o
desempenho do seu realizador e o contedo do filme.
Em , produzida a seguinte apreciao do filme:
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H aqui uma dimenso demasiado televisiva - e num ou
noutro momento o dramatismo tpico de telenovela. Mas
o prprio Joaquim Leito resolve, a espaos, alguns doslugares comuns com sensibilidade esttica toda a cena
com a curiosa neve lisboeta, por exemplo, muito bem
conseguida. E Virglio Castelo, com uma ptima
interpretao, compensa as debilidades do restante
elenco, maioritariamente amador.
Por sua vez, Jorge Leito, do jornal Expresso, produz o seguinte juzo
sobre o filme:
O que mais espanta no que o filme seja mau, o
desnorte que ele materializa na carreira de um cineasta
que j demonstrou ser capaz de infinitamente melhor.
Finalmente, no stio feita a
seguinte crtica:
Fora o actor principal (que era um bocado fraco), penso
que no panorama do cinema portugus est muito bom,
apresenta uma nova realidade que a da crise, e
tambm um ambiente multicultural. Est bem
conseguido, com alguns momentos de humor. Passa-se
um bom bocado.
1.2. Atrs das Nuvens
Relativamente a este filme, mereceu-nos a ateno um breve
apontamento de Marco Oliveira, produzido em Premire, no stio
, que passamos a citar:
(...) apenas uma banalidade, um clich, um filme
suportvel, mas perfeitamente dispensvel.
1.3. Jaime
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Realando o impacto do Porto no cinema, temos ainda a possibilidade
de desfrutar da cidade no filme Jaime, uma vez que o cenrio portuense que
lhe serve de fundo.
Neste contexto, seleccionmos uma crtica ao filme, de Loureno,
confirmando a sua ligao sociedade portuguesa:
Um excelente filme do Antnio Pedro Vasconcelos de
facto este talvez seja o melhor realizador que temos por
c, Jaime consegue transmitir bem o drama de muito do
que se passa na sociedade portuguesa. Dos filmes
portugueses que mais gostei de assistir
(http://cinema.ptgate.pt/filmes/2665).
1.4. Mateus
No stio a LG, , foi produzido o seguinte
comentrio a esta curta-metragem:
Foi com certeza o ponto alto do evento, com umarealizao cuidada e muito bem conseguida, tocante e
comovente. Mas o que mais me surpreendeu foi o uso
feito do 3D: no tivemos ali nada a saltitar do ecr para
fora, a incomodar. Alis, nem toda a curta-metragem
estava em 3D pois esta tecnologia foi apenas utilizada
numa parte do filme e com um propsito muito
especfico, trazendo fora narrativa e mergulhando-nos ainda mais numa histria j de si interessante.
1.5. Momentos
No stio , esta curta-metragem avaliada da seguinte forma:
Fala-nos sobre sensaes, sobre um mendigo que
reencontra, no lugar a que chama casa, lembranas deum tempo que viveu. A assinatura da marca mantida,
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Lifes Good e sem dvida uma das melhores curtas a
nvel nacional que vi nos ltimos tempos, algo divino,
digno de promoo e buzz para o mercado Mundial.Simplesmente maravilhosa. Produzida na cidade do
Porto, envolveu cerca de 30 pessoas entre equipa
tcnica e artstica liderada por Nuno Rocha que comea
a ser um realizador de sucessos. A rodagem durou 3
dias depois de um adiamento devido chuva que se fez
sentir durante o ms de Abril
E, em , afirma-se
que:
O mais recente trabalho do realizador aoriano Augusto
Fraga. Esta curta-metragem realizada para a LG a
primeira produo nacional a utilizar tecnologia 3D. O
cinema portugus como todo o cinema reflecte as
particularidades culturais de um povo e aqui deixamosuma breve referncia.
As crticas apresentadas atestam as potencialidades dos filmes
comentados no contexto da sua relao com a cultura e a sociedade
portuguesas, bem como com o objecto artstico, que a sua essncia. Nesse
sentido, servem, neste estudo, uma dupla finalidade:
Servir como introduo do filme que ser usado como instrumento
para o desenvolvimento de competncias diversas e para uma
exposio dos estudantes cultura e a questes sociais
relevantes no s em Portugal, mas tambm nos pases de onde
so provenientes os aprendentes.
Produzir uma apreciao formatada sob um determinado gnero
discursivo, que permitir ao estudante, por um lado, apreender
caractersticas lingusticas e discursivas com esse tipo de
discurso e, por outro, apresentar matria para discusso oral, no
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sentido em que, depois de analisado o filme, o estudante poder
confirmar ou infirmar o que leu, produzindo, em sequncia, a sua
prpria crtica do filme analisado.
Atestada a importncia do filme como veculo cultural e ferramenta
relevante no ensino-aprendizagem do PLE, decidimos analisar vrios manuais
de Portugus Lngua Estrangeira, com o intuito de verificarmos em que medida
essa realidade considerada actualmente nos manuais mais divulgados. Por
isso, decidimos fazer uma breve incurso nos referidos manuais e aferir do
grau de presena ou ausncia desta temtica e deste material nos referidos
manuais, extraindo algumas ilaes quanto importncia que neles conferida
relao entre cinema e ensino-aprendizagem de PLE.
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2. Cinema nos manuais de PLE
No mundo global em que vivemos, com recurso constante televiso einternet, entre outros meios de comunicao, importante reconhecer que
estes recursos, nos quais se inclui o cinema, no so meros materiais
recreativos, utilizados para efeitos ldicos.
Nesse sentido, seria de prever que a sua incluso nos manuais de PLE
fosse uma opo recorrente, tanto como tema de referncia, como instrumento
de desenvolvimento de competncias diversas.
A nossa pesquisa teve em conta os seguintes parmetros relativamenteao grau de presena deste tpico nos referidos manuais:
No tem qualquer referncia;
Faz referncias;
Apresenta actividades;
Inclui uma unidade.
A anlise proposta considerou 15 manuais destinados a diferentes nveis
de proficincia, porque consideramos que, embora se trate de um recurso com
mais potencialidades pedaggicas em nveis mais avanados, por exemplo, B
ou C, passvel de ser trabalhado em nveis mais baixos, desde que haja uma
adequao ao estdio de desenvolvimento dos aprendentes.
2.1. Bacelar, Lusa; Junqueira, Snia; (Reviso Cientfica) a!, Rui, Falas Portugus? - "veis#1$#2 Juvenil %nsino &ortu'us no estran'eiro *nicia+o, &orto %itora
- anual /alas &ortu'us0 "veis #1$#2 Juvenil estina$se a toos os ovens que, e &ortu'alou no estran'eiro, inicia a sua areni!a'e o ortu'us coo ln'ua no aterna. 3oos osconte4os este roeto esto e acoro co o 5%CR (5uaro %uroeu Cou e Refernciaara as Ln'uas) e co o 5uaR%&% (5uaro e Referncia ara o %nsino &ortu'us no%stran'eiro).
. 6 coosto or 17 catulos, or'ani!aos e torno e iferentes teas, que aresenta8istrias e 4ltilos e9erccios;
. *nclui :'inas relativas a festiviaes, notas 'raaticais e autocolantes;
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. &ara coleentar, ossui u C :uio que en'lo
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- voca
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2.. irec+o$Aeral e *nova+o e e esenvolviento Curricular (#nti'o %B), "ort8Destinster Sc8ool of Lonon; Portugus a toda a ra!de"$ &ac $ Livro #luno co C$>uio Caerno e %9erccios; Liel %itores
T&ortu'us a toa a Raie!T I u &roecto S-CR#3%S a Fnio %uroeia, reali!ao earceria elo =inistIrio a %uca+o ortu'us e a "ort8 Destinster Sc8ool e Lonres.
3rata$se e u curso acelerao ara rinciiantes e ortu'us. - livro o aluno a cores coC$:uio I coleentao or u caerno e e9erccios.
%stes ateriais, quer usaos na sala e aula quer e fora ineenente, conu!e oestuante atI Q entraa ara a universiae. Ftili!ano tIcnicas oernas, ua 'ranevarieae e e9erccios ensina, consolia e testa a ln'ua se erer e vista a 8istria e a
cultura o uno lusfono.# 'ra:tica, as estruturas e as e9ressKes o ortu'us, aresentaas e fora inovaora, oao estuante a ossiuio uloque contI a 'rava+o sonora a Fniae *ntroutria
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irecionaas ara a coifica+o e escoifica+o a ensa'e oral e escrita, co esecialrelevo ara as ativiaes e car:cter recetivo e interativo. *nclui u Caerno e oca
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- Itoo aotao te or ouio; Liel %itores
=anual arovao ela A*C (277VX17) ara a iscilina e &L"= %nsino Secun:rio
%sta o
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"este nvel o aluno ever: esenvolver a coreenso e a e9resso oral e situa+Kes reaise fala, elo que no final este nvel o aluno sentir$se$: ato araN ar e eir infora+Kes ecar:cter essoal, 'eral e rofissional; fa!er er'untas, eios e arca+Kes; eir e ar
instru+Kes; fa!er escri+Kes; relatar factos assaos e a via quotiiana; fa!er lanos; ar asua oinio, iscorar ou anifestar acoro; e9ressar$se nos v:rios estauio; Liel %itores
=anual arovao ela A*C (277VX17) ara a iscilina e &L"= %nsino Secun:rio
"o final este nvel, o aluno no s ficar: a con8ecer uitos asectos que se relaciona co avia cultural e social ortu'uesa, coo se ever: sentir ato araN coreener iferentes tiose te9tos e irensa; aresentar os seus ontos e vista e efener oiniKes; intervir e trocascounicativas rrias e rela+Kes sociais; coreener fol8etos u
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O grfico a segui
resultados obtidos qu
Nessa amostra, r
facto de oferecerem
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tm oportunidade de ob
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lngua, pois muitos de
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domnios, pois expre
sendo propostas vrias
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18%
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apresentado permite-nos fazer a leitur
anto importncia do cinema ne
essalta um trao comum maior parte
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e usos reais da lngua.
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stratgias e actividades para o seu des
se realizada e dos resultados obtidos,
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melhorar os conhecimentos sobre a lngua estrangeira, consolida competncias
gramaticais, pragmticas e socioculturais, desenvolve a capacidade de ouvir,
falar e interagir, para alm da dimenso cultural em comparao com aprovenincia dos diferentes alunos.
Dedicamos o captulo seguinte ao levantamento das potencialidades do
cinema para o desenvolvimento da competncia comunicativa em PLE, bem
como dos condicionalismos a considerar na didactizao deste recurso.
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3. Desenvolvimento de competncias em PLEatravs do cinema
Estamos conscientes de que vivemos num mundo em constante
progresso. Cada vez mais contactamos directa ou indirectamente com novos
sistemas de comunicao desde idades muito jovens. Por isso, consideramos
que a implicao dos alunos em sistemas audiovisuais enriquecedora na
medida em que contribui eficazmente para o processo global da aprendizagem
comunicativa.
O cinema deixou de ser um recurso de difcil acesso. Hoje, o professortem sua disposio, um conjunto de tecnologias que facilitam a sua utilizao
na aula de PLE.
O cinema de tal forma verstil e as temticas aglutinadoras que nos
projectam para o domnio de um conjunto de competncias.
Para a identificao dessas competncias, apoiamo-nos essencialmente
no Quadro Europeu Comum de Referncia para as Lnguas(QECR) que um
instrumento orientador para a elaborao de programas de ensino de lnguas,manuais, exames, etc. Assim:
Descreve exaustivamente aquilo que os aprendentes de uma
lngua tm de aprender para serem capazes de comunicar
nessa lngua e quais os conhecimentos e capacidades que
tm de desenvolver para serem eficazes na sua actuao.
O nvel que nos ocupa neste estudo o nvel C. Segundo o QECR onvel do Utilizador Proficiente: C1:
capaz de compreender um vasto nmero de textos longos e
exigentes, reconhecendo os seus significados implcitos.
capaz de se exprimir de forma fluente e espontnea sem
precisar de procurar muito as palavras. capaz de usar a
lngua de modo flexvel e eficaz para fins sociais, acadmicos
e profissionais. Pode exprimir-se sobre temas complexos, de
forma clara e bem estruturada, manifestando o domnio de
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mecanismos de organizao, de articulao e de coeso do
discurso.
A caracterizao do nvel C2 idntica do C1, mas funciona a umnvel superior em termos de grau de proficincia do falante.
No que se refere s competncias gerais, segundo o QECR, o cinema
transversal a todas elas, desenvolvendo o conhecimento declarativo
(conhecimento do mundo sociocultural e intercultural), as capacidades e a
competncia de realizao (capacidades prticas e interculturais), a
competncia existencial e a competncia de aprendizagem (conscincia da
lngua e da comunicao)
Baddock (1996), citado por (Amens Pons, 1999), afirmam que:
() the most authentic use of a film is to sit and enjoy it. And
the real raison dtre of using films in the language class is
that people like watching them. This requires and makes
worthwhile the effort to make sense of them.
A viso multicultural da sociedade, associada pluralidade lingusticaexistente e o crescimento constante de novas tecnologias, tem modificado os
mtodos de ensino. Quando um aluno adquire uma segunda lngua, ele faz a
aquisio dos signos lingusticos e dos signos socioculturais, ou seja novos
modos de viver, novas culturas e diferentes formas de pensar.
O cinema exibe situaes de comunicao muito prximas das
autnticas, proporcionando contextos reais na aula e aspectos socioculturais
da lngua estrangeira.
Segundo vrios autores, entre os quais (Amens Pons, 1999), o cinema
facilita a experimentao e integrao de conhecimentos lingusticos,
socioculturais e interculturais.
Na mesma sequncia de ideias, Summerfield (1993), citado por
(Amens Pons, 1999), afirma:
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() Film helps to create a unique environment for cross-
cultural learning Learning about stereotypes,
ethnocentrism, discrimination and acculturation in theabstract can be flat and uninspiring. But if we experience
intercultural contact with our eyes and ears, we begin to
understand it.
O objectivo principal de qualquer professor que os alunos
comuniquem, logo tem de haver a preocupao de desenvolver a sua
competncia comunicativa atravs da prtica de quatro competncias
lingusticas bsicas a Expresso Oral e Escrita e Compreenso Oral e Escrita,ou melhor dizendo: Ler; Falar, Ouvir e Escrever.
A nica forma que temos de promover competncias comunicativas de
forma global e coerente faz-lo atravs de contextos sociais culturais reais,
os quais esto patentes nos audiovisuais, nomeadamente no cinema.
Sendo o cinema um exemplo de recurso audiovisual, um material real,
que proporciona aos alunos a oportunidade de se familiarizarem com usos
autnticos da lngua, tal como sugere Amens (1999), citado por (Mathur,
2008):
() Una pelcula es sin duda un documento real, fruto de la
labor creativa de un equipo, y fruto a la vez de la sociedad en
la que nace y que la consume como producto cultural y/o
espectculo de entertenimiento.
Atravs do cinema, o professor dispe de variadssimas possibilidadesde explorao, seja com um filme completo ou fragmentos seleccionados,
pondo prova o seu entusiasmo e criatividade. Os alunos desenvolvem as
diferentes competncias comunicativas atravs da linguagem verbal e no
verbal das personagens cinematogrficas, incluindo a competncia
sociocultural e intercultural, como j foi referido.
Baddock (1996), citado por (Mathur, 2008) destaca os principais usos
do cinema nas aulas de PLE:
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Introduo de temas de conversao;
Motivao dos alunos;
Desenvolvimento a compreenso auditiva;
Introduo, ilustrao e reforo dos aspectos lingusticos;
Ilustrao das questes culturais;
Desenvolvimento de tarefas diversas: Expresso Escrita, Role playing;
Articulao dos aspectos referidos anteriormente numa mesma
actividade ou sequncia didctica.
Como j foi referido anteriormente o cinema oferece a autenticidade do
uso do idioma. No s tem a capacidade de elemento motivador, mas tambm
pode ser manipulado, para se adequar aos interesses da turma.
No cinema () os registos da lngua, gestos, comportamentos, e
elementos socioculturais correspondem realidade o melhor meio para
poder modificar as imagens mentais que desenvolvemos aprioristicamente
sobre uma outra cultura.
Em contrapartida (Mrquez, 2009) sublinha que este tipo de material
promove o ensino orientado para a aco, na medida em que a aprendizagem
da lngua ocorre num contexto social mais amplo implicando o desenvolvimento
de competncias gerias do indivduo, assim como a integrao das diferentes
destrezas necessrias aquisio da competncia comunicativa.
Especificando o exposto realamos que o aprendente, ao ver um filme
acciona uma srie de mecanismos pessoais de assimilao e interpretao do
contedo da histria e da forma como contada.
Para o desenvolvimento desses mecanismos, o aluno tem que estar
consciente da existncia de diferentes contextos com as suas condies e
limitaes.
O acto de comunicao implica um contexto ou um domnio (esferas de
aco ou reas de interesse)
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Se no ensino de crianas ideal o desenvolvimento do domnio
educativo com uma aprendizagem direccionada essencialmente para os gostos
e interesses dos alunos, no ensino de adultos os empresrios do prefernciaao desenvolvimento do domnio profissional, enquanto os jovens estudantes
preferem um domnio mais direccionado para as relaes pessoais e sociais.
Segundo o QECR (pp. 75-79) existem quatro domnios fundamentais:
Privado o domnio privado no deve, de forma alguma, ser
considerado uma esfera parte (considerem-se a penetrao dos media
na famlia e na vida privada; a distribuio de vrios documentos
pblicos em caixas de correio privadas; a publicidade; os textos
pblicos nas embalagens de produtos usados na vida privada do
quotidiano; etc.)
Pblico O domnio pblico, com tudo o que implica em termos de
transaces e interaces administrativas e sociais e de contactos com
os media estende-se aos outros domnios.
Profissional no qual o indivduo est empenhado no seu trabalho ouprofisso.
Educativo no qual o indivduo est empenhado numa aprendizagem
organizada, especialmente (mas no necessariamente) numa instituio
de ensino.
Logo, atravs do cinema, possvel apresentar diferentes contextos,
meios de interaco e at os seus limites e condies.
Como sabemos, o aprendente pode ter alguma dificuldade em
compreender a L2 quando confrontado com condies adversas, muito
diferentes das que est habituado num ambiente de sala de aula com um nico
exemplo de oralidade.
No cinema podem-se apresentar condies fsicas diferenciadas (boa ou
m dico, rudos de ambiente, interferncias, condies meteorolgicas, etc.)
e condies sociais (nmero de interlocutores, estatuto relativo dos
participantes, relaes sociais entre eles, presena/ausncia de pblico, etc.).
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(Ramos & Vecino, 1998)realam que, atravs do uso da sequncia de
um filme, provocamos o dilogo e comunicao entre os estudantes, para alm
de revelarmos a importncia da anlise dos aspectos no verbais dacomunicao. Estes autores enfatizam sobretudo a combinao do lingustico
com a complexidade e experincia cultural.
O aluno de nvel C precisa de ampliar o seu lxico e o domnio de certos
usos e construes gramaticais de maior complexidade, especialmente no que
respeita comunicao, interveno num debate ou mesmo num contraste
de opinies.
O professor deve preocupar-se em orientar o aluno no sentido de
utilizao criativa da L2, controlando, no entanto, todos os seus conhecimentos
e habilidades. Cada aluno tem a sua especificidade no processo da
aprendizagem, ou seja, no processamento da informao. Assim sendo, h os
alunos visuais que aprendem lendo e vendo a televiso, os auditivos que
preferem aprender escutando e falando, e os quinestsicos que preferem
aprender escrevendo e implicando-se fisicamente na aprendizagem.
Para responder de um modo eficaz aos diferentes interesses e
necessidades dos alunos, o professor deve ser verstil e utilizar o maior
nmero de recursos, estando entre eles, evidentemente, o audiovisual.
Relativamente compreenso do oral ou compreenso auditiva,
diferentes autores, como (Rixon, 1986), (Amens Pons, 1999) e (Mathur,
2008), reiteram que o uso de materiais audiovisuais na aula preciso nos dias
de hoje, j que estes, entre outros aspectos, oferecem ao aluno a oportunidade
de ouvir variedades lingusticas distintas das do professor. Por outro lado,
consideram que, ao facilitar-se o vocabulrio apropriado antes de ver o vdeo,
se assegura maior compreenso auditiva por parte dos alunos.
Segundo (Corts Bueno, 2005) conveniente seleccionar o que se
considera necessrio, tanto pela novidade e desconhecimento por parte do
aluno, como para recordar, ao ouvido do estudante, palavras j conhecidas.
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Deste modo, destaca-se a importncia do uso do cinema como
instrumento pedaggico, uma vez que ajuda a exercitar o ouvido do aluno em
diversas actividades como:
Compreenso do texto oral,
Explorao de actividades para apresentar ou aprofundar contedos
lingusticos (gramtica, vocabulrio e pronuncia) e/ou contedos
sociocultural e ainda rever e/ou assimilar aspectos j estudados.
Reforando o exposto, Bisaillon (1996), citado por (Peiffer, 2002)aborda
a grande vantagem deste recurso para exercitar o ouvido dos alunos:
las nuevas tecnologias juegan un papel especialmente
importante en la enseanza de la compreensin auditiva.
Quando os alunos ouvem o idioma estrangeiro eles so capazes de
discriminar diferentes sons, tonalidades, pronncias e registos, inclusive imit-
los e reproduzi-los, logo esto a trabalhar a compreenso auditiva.
Por outro lado os dilogos das personagens proporcionam inputs deexpresso e interaco oral. Os contextos de sala de aula devem propiciar
momentos de grande dilogo, sem que o aluno tenha medo de errar, ou seja, o
ambiente deve ser descontrado.
Por sua vez, (Calvo Martinez, 2002) destaca a importncia do vdeo
para ensinar e interpretar elementos visuais de modo eficaz, trabalhando
simultaneamente a expresso, a interaco, o oral e os alunos:
incita a hablar. La imagen provoca fenmenos de
identificacin con personagens
Atravs de uma participao mais activa, os alunos desenvolvem maior
auto-estima e progressivamente perdem medo ao falar uma L2. fundamental
que no s comuniquem em lngua estrangeira como tambm comecem a
pensar e a reflectir nessa lngua.
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Nunca demais referir que o cinema proporciona a integrao da cultura
na aula e consequentemente uma aprendizagem mais completa e activa,
acrescentando-se ainda outros objectivos como:
Capacidade para desenvolver a comunicao;
Produo oral e escrita;
Trabalho em grupo.
Atravs de uma participao mais activa, os alunos desenvolvem maior
auto-estima e progressivamente perdem medo ao falar uma L2. fundamental
que no s comuniquem em lngua estrangeira como tambm comecem apensar e a reflectir nessa lngua.
Nunca demais referir que o cinema proporciona a integrao da cultura
na aula e consequentemente uma aprendizagem mais completa e activa,
acrescentando-se ainda outros objectivos como:
Capacidade para desenvolver a comunicao;
Produo oral e escrita;
Trabalho em grupo.
O trabalho em grupo favorece a interaco, que (Preti, 2002) associa ao
conceito de conversao definindo-a do seguinte modo:
a interaco com um nico foco de ateno visual e
cognitiva, como a conversao, em que os falantes por um
momento se concentram um no outro e se ligam, no s
pelos conhecimentos que partilham, mas tambm por outros
factores socioculturais, expresso na maneira como produzem
o seu discurso e conduzem o dilogo.
Associado palavra conversao est um conjunto de actividades de
comunicao verbal, como sejam as falas ocasionais do dia-a-dia at dilogos
com temas determinados previamente, que se vo modificando em funo das
circunstncias desencadeadas pela prpria interaco. (Preti, 2002) acentua
que
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A rigor, os falantes criam um texto em conjunto, colaborando
ou contra-argumentando ou, s vezes, at completando-se,
para levarem adiante o dilogo.
A competncia conversacional de um falante passa pelo domnio de
diferentes tarefas discursivas, que podem resultar em sucesso da sua
argumentao ou no.
As manifestaes de poder ou de solidariedade entre os interlocutores,
que se reflectem no uso prolongado do turno, ou na cooperao no dilogo
provocam simetria ou assimetria dos turnos.
A competncia conversacional tambm passa pela fluncia numa
estreita relao com os conhecimentos prvios ou partilhados com o
interlocutor. No decurso de uma estratgia conversacional adequada com a
consequente insegurana em argumentar, o falante recorre aos marcadores
conversacionais interactivos que chamam a ateno do ouvinte no sentido de
acompanhar os argumentos, mas tambm a comprometer-se com eles.
(Preti, 2002) cita Marcushi (1986), dizendo que
esses marcadores fazem parte do que se poderia chamar
sintaxe da interaco, na lngua falada e passamos a dar
alguns exemplos: No ?, Ts a entender?, ok?.
Estes marcadores, segundo (Preti, 2002)
no tm apenas um valor ftico, pois sua presena indica
que o falante solicita a aceitao dos seus argumentos peloouvinte.
(Rodrigues, 1998)acrescenta, a este propsito,
na interaco est-se em presena de enunciados
lingusticos e comportamentos no lingusticos, factos
concretos ou reais com que os interactantes atribuem
sentido interpretam o contexto comunicativo e do
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indicaes de sentido, como ajuda de compreenso ao
parceiro da interaco.
Parece-nos ser, portanto, necessrio reforar a ideia de que na
interaco est implcita a conversao, esta s ocorre em situao de pares
ou grupo e proporciona o aprimorar de competncias pessoais na
comunicao.
Tendo estabelecido o enfoque terico em que nos movimentamos,
passamos a uma reflexo de carcter mais terico-prtico, para dar conta dos
elementos que intervm no tratamento do cinema na sala de aula e que
presidem proposta das propostas prticas a apresentar no captulo seguinte.
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4. O cinema na aula de PLE: da teoria prtica
O cinema como ferramenta didctica na aula implica um propsito e umaseleco de sequncias pedaggicas prvias e posteriores ao visionamento do
filme, como j dissemos.
(Delgado, 2005) enfatiza as numerosas vantagens da utilizao do
cinema em contexto de aula, considerando-o um meio indispensvel, que
engloba aspectos lingusticos e culturais imprescindveis na comunicao, ao
manifestar-se em contexto comunicativo autntico, difcil de recriar com total
fidelidade na aula, como o caso dos diferentes dialectos e registos de lngua.De certa forma, transportamos para a aula um pouco do mundo, com as
suas problemticas sociais, que podem ser exploradas de diferentes formas.
Acrescentamos ainda que parece no haver uma forma correcta de
utilizar o cinema, seno muitas possveis, adaptadas a situaes de
aprendizagem variveis, ora tratando-se de exibir o filme completo ou
sequncias previamente seleccionadas.
No nosso caso, optmos ao longo das aulas assistidas por trabalhar
segmentos cinematogrficos em detrimento dos filmes integrais, deixando esse
trabalho para exerccios complementares de natureza no lectiva, por uma
questo de tempo e de organizao das sequncias didcticas, mas tambm or
esse tipo de abordagem nos permitir proporcionar aos estudantes o contacto
com um conjunto mais alargado de filmes portugueses.
Por esse facto, pensamos que, ao trabalhar com cinema, o professor
deve estar atento a aspectos prvios, com fins pedaggicos, como sejam: o
conhecimento que o aluno tem da cultura e da lngua meta, o grau de
proximidade da cultura de procedncia com a LE (lngua estrangeira), a idade
dos alunos, os diferentes interesses, assim como a capacidade de assimilao.
A nossa convico reitera a proposta de (Gordillo, 2003), quando
afirma:
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Pasemos ahora al material con tratamiento didctico. Del
cine no podemos decir que sea a priori un material
didctico porque no ha sido creado para ese fin, peroprecisamente ah reside su valor, la diferencia que marca
con respecto otros recursos especficamente educativos, que
lo reviste de un aura especial, lo hace ms interesante y
motivador a los ojos de los alumnos.
Para alm dos aspectos considerados anteriormente, no momento de
tomar decises, o professor deve ter em conta o ambiente de trabalho e as
caractersticas especficas do grupo, com o intuito de se centrar em questessocioculturais mais representativas tendo como base, segundo Amens (2000),
citado por (Gordillo, 2003), el respecto a las sensibilidades ajenas y el afn
informativo y pedaggico.
Por outro lado, entender um filme implica lidar com uma srie de
condicionantes tcnicas, como a qualidade do som, a modalidade da lngua
usada, o tipo de dico dos actores segundo as personagens que interpretam,
a rapidez das intervenes imitando o uso real da lngua falada etc.O material deve ser atractivo para os alunos e adequado situao de
aprendizagem concreta, pelo que, sempre que possvel, dever negociar-se
com os alunos considerando as suas capacidades, necessidades e gostos, por
exemplo proporcionando informao sobre os filmes, para facilitar a sua
seleco/escolha.
Se no h um trabalho prvio que permita conhecer o contexto do filme,
assim como a planificao de actividades que favoream a sua compreenso
em profundidade, pode produzir-se um efeito negativo que desanime os alunos.
Haver sempre necessidade de planificar rigorosamente qualquer
projeco, definindo-se objectivos, elaborando uma srie de procedimentos
que ajude o aluno a dar sentido sequncia de actividades.
Os elementos cinematogrficos ajudam-nos a contextualizar actividades,
a torn-las mais atractivas, a dispor de amostras reais da lngua, a incorporar
elementos culturais, etc.
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Com o cinema portugus, estamos a aproximar os alunos da cultura
portuguesa e a promover o gosto e a curiosidade por ela, assim como
reforamos a aprendizagem da lngua. O rendimento que podemos retirar dofilme deve ser incentivo suficiente para o seu uso, e para superar todas as
dificuldades que possam surgir. No h a menor dvida de que a competncia
comunicativa est intrincada na cultural. A lngua um veculo para as
manifestaes culturais dos falantes.
Outro aspecto a ter em considerao na passagem da teoria prtica
diz respeito seleco do material audiovisual. Para essa escolha, o professor
deve atender, entre outros, aos seguintes aspectos:
Filmes que no tenham uma grande carga de dilogos, nem estruturas
lingusticas complicadas em excesso;
No apresentem vocabulrio ou jogos de palavras complexos e que
tenham suficiente apoio visual para que a histria se explique, em
grande medida por si mesma;
Os filmes devem abordar temticas realistas, representando ao mximoos contextos de vida;
O material escolhido deve ter sido testado anteriormente para evitar
desastres tcnicos durante a aula.
O professor pode explorar tanto a longa como a curta-metragem.
A curta-metragem uma boa escolha se se pretende visualiz-la na sua
totalidade durante a aula. possvel fazer uma explorao completa com
prvisualizao durante a aula.
Contudo, comparando com as longas-metragens, muitas vezes as
curtas-metragens no so do conhecimento da maioria dos alunos e o seu
acesso a elas muito difcil.
A longa-metragem, por outro lado, inclui filmes acessveis e divulgados,
o que nos d (a ns professores) acesso a outro tipo de materiais.
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Ao escolher a longa-metragem, o professor tem de atender ao nmero
de horas de aula. O professor pode optar por exibir o filme na aula, em vrias
partes, ou fora do horrio de aula, numa sesso de cinema.
Neste caso, geralmente, no possvel explorar todo o filme na aula, no
entanto, no deixa de ser concebvel uma pr-visualizao, visualizao e ps-
visualizao, sendo estas, talvez em aulas diferentes.
Tanto a longa como a curta-metragem so opes possveis. Cabe ao
professor garantir as condies para a concretizao da sua opo.
O filme, no geral, pode ser explorado por inteiro, por partes, sem som,
sem imagem, com legenda e sem legenda ou at com mais do que uma destas
tcnicas.
No geral, trabalhando uma ou outra, o professor pode fazer uma
explorao do filme em trs partes: antes da visualizao, durante a
visualizao e aps a visualizao.
Tendo como base a literatura consultada na rea da explorao do
cinema como ferramenta pedaggica, vamos dar algumas sugestes geraispara cada um destes momentos de aula:
Antes da visualizao do filme
As actividades propostas neste contexto podem ser executadas no
princpio da aula ou numa aula inteira, dando, em consequncia, hiptese
visualizao extra-horrio ou na aula seguinte. A este nvel, so possveis
actividades como: Contextualizao da poca histrica do filme;
Introduo ao tema principal;
Informao sobre o realizador ou um actor presente;
Criao de sinopse atravs de imagens do filme;
Apresentao da ficha tcnica;
Explorao do site do filme;
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Visualizao do trailerdo filme;
Apresentao de um ou mais itens gramaticais ou lexicais a
trabalhar depois;
Leitura da sinopse;
Durante a visualizao do filme
Na visualizao, o professor continua a explorao iniciada na pr-
visualizao ou pode iniciar a aula neste ponto.
Nesta fase so inmeras as formas e os elementos a serem explorados
num filme, algumas sugestes so:
Explorar o tema do filme;
Exerccios gramaticais/lexicais;
Anlise de elementos culturais;
Debater sobre o que viram ou ouviram;
Propor o que no viram ou ouviram;
Explorar as marcas do discurso oral;
Representao humana de uma cena;
Aps a visualizao do filme
Neste contexto, consideramos que podem ser desenvolvidas actividades
mais autnomas, fora da sala de aula, como, por exemplo, sob a forma de
trabalho de casa, ou mesmo na aula, por exemplo, em pares ou em grupos
maiores. Entre essas actividades contamos como produtivas as que
implicam:
Dar um final diferente;
Descrever, criticar ou opinar;
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Partilhar pareceres;
Representao humana de uma cena
Desenvolver a temtica do filme com uma nova
perspectiva;
Debater temtica(s);
Desenvolver um item lingustico e/ou gramatical.
Ficha de trabalho com:
Ordenao de momentos da histria;
Anlise da ficha tcnica ou sinopse do filme;
Caractersticas das personagens, espaos,
objectos, etc.
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5. Propostas de explorao do cinema na aula dePLE
As seguintes propostas apresentam-se em cinco aulas de duas horas cada,
com cerca de 15 alunos de nacionalidades diversas, maioritariamente
hispnicos.
Seleccionmos cinco filmes que se reportam s duas ltimas dcadas. Ao
ritmo alucinante em que as sociedades vivem e se transformam, julgamos ser
mais pertinente motivar os alunos com problemticas actuais e
contextualizadas (desemprego, excluso social, corrupo, morte, separao,violncia domstica, etc.).
Todos eles, trs longas-metragens e duas curtas-metragens, so do gnero
dramas familiares. Escolhemos este gnero, porque rico em dilogos, com
registos de lngua semelhantes aos discursos espontneos, os quais podem
ser explorados em relao s expresses orais e outros domnios da lngua, se
assim entendermos.
Os dramas familiares, de uma forma directa ou indirecta podem ir ao encontro
de vivncias experienciadas pelos alunos ou, por outro lado, podem contribuir
para uma melhor perspectiva da comunicao e, consequentemente, provocar
reflexes/anlises de vida.
5.1. Os filmes
Dentro das longas-metragens, temos os seguintes filmes:
5.1.1. Jaime
Ficha Tcnica:Realizao: Antnio Pedro VasconcelosArgumento: Carlos Saboga e Antnio Pedro VasconcelosProdutor: Lus Galvo Teles, Jani Thiltges e Claude WaringoAno: 1999
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Gnero: DramaDurao: 111
Elenco:Sal Fonseca (Jaime)Fernanda Serrano (Marta)Joaquim Leito (Abel)Sandro Silva (Ulisses)Vtor Norte (Garcez)Guilherme Leme (Antnio)Nicolau Breyner (Coluna)Rogrio Samora (Gil)
Prmios:
San Sebastin International Film Festival,Espanha (1999) Prmio Especial do JriCaminhos do Cinema Portugus, Portugal(2000) Prmio do PblicoFestival de Cannes, Frana (2000) GrandePrmio Cannes Jnior e Prmio C.I.C.A.EGlobos de Ouro, Portugal (2000) MelhorActor (Vtor Norte), Melhor Realizador eMelhor Filme
Nomeaes:San Sebastin International Film Festival, Espanha (1999) Melhor FllmeEuropean Film Awards (2000) Melhor Fotografia (Edgar Moura)Brussels International Film Festival, Blgica (2000) Melhor FilmeGlobos de Ouro, Portugal (2000) Melhor Actor (Sal Fonseca) e Melhor Actriz(Fernanda Serrano)
Sinopse:Madrugada. Padaria no Porto. No meio dos adultos, alguns midos fazem po.Um deles trabalha com uma mquina.Um grito de dor lana a confuso. Maldizendo a sorte, o patro transporta a
criana ferida ao hospital. Jaime (Sal Fonseca) acompanha-os. Carrega namo um saco de gelo com os dedos decepados do amigo. A violncia da cenano perturba o sangue frio do patro que despede Jaime para evitar problemascom a Inspeco do Trabalho.Este o ponto de partida da aventura de Jaime, um mido com treze anosque trabalha de noite s escondidas da me e do pai, convencido de que odinheiro lhe permitir comprar a felicidade perdida.JAIME no aceita que os pais estejam separados e tudo far para os juntar denovo
Fonte: http://filmesportugueses.com/jaime/
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Este filme desenrola-se no Porto, na zona histrica. Achamos interessantemostrar um filme cujo cenrio se centra numa cidade j conhecida pelosalunos.
Neste filme podemos tratar o trabalho infantil, a precariedade e a corrupo.
5.1.2. A esperana est onde menos se espera,
Ficha Tcnica:Realizao: Joaquim LeitoArgumento: Tino Navarro e Manuel AroucaProdutor: Tino NavarroAno: 2009Gnero: DramaDurao: 122
Elenco:Carlos Nunes (Loureno Figueiredo)Diana Figueiredo (Lusa)Ana Padro (Helena Figueiredo)
Virglio Castelo (Francisco Figueiredo)Sofia Grilo (Ftima)Tino Navarro (Professor de Matemtica)Toms Wallenstein (Gordo)Jlio Csar (Empresrio)Alcdia Vaz (Ktia)Yolanda (Ana)Nuno Homem de S (Marinho)ngelo Rodrigues (Empregado da Loja de Msica)Heitor Loureno (Professor de Educao Fsica)Sara Graa (Professora na Escola Secundria)
Loureno Henriques (Gerente da Pizzaria)Jos Carlos Cardoso (Man)Sir Scratch (Rapper)
Sinopse:Loureno (Carlos Nunes) filho de Francisco Figueiredo (Virglio Castelo), umtreinador de futebol que comea a construir uma carreira de sucesso. Tudocorre bem aos Figueiredos: a equipa de Francisco vai final da Taa dePortugal e Loureno vai receber o prmio de melhor aluno de um dos melhorese mais caros colgios da zona de Cascais. De repente, tudo comea a corrermal. Francisco despedido e Loureno tem de deixar o colgio e passar a
frequentar uma Escola Secundria oficial cujos alunos so predominantementeda Cova da Moura
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Loureno, ao mesmo tempo que luta para se integrar numa nova e durarealidade, vai tambm ajudar o Pai a recuperar a dignidade perdida.E a esperana est onde menos se espera
Fonte: http://filmesportugueses.com/a-esperanca-esta-onde-menos-se-espera/
Este filme bastante actual e fala de temticas como futebol, a corrupo,desemprego e excluso social.
Continua na mesma linha do filme anterior por se tratar de uma histriadramtica de uma criana a enfrentar a reviravolta na sua famlia e vida.
5.1.3. Atrs das nuvens
Ficha Tcnica:Realizao: Jorge QueirogaArgumento: Jennifer Field e Jorge QueirogaProdutor: Franois dArtemare e Maria JooMayerAno: 2007Gnero: DramaDurao: 83
Elenco:Nicolau Breyner (Miguel Salgado)Rben Silva (Paulo)Sofia Grilo (Me)Carmen Santos (Irene)Jos EduardoGraciano Dias (Pai)
Prmios:Caminhos do Cinema Portugus, Portugal(2007) Melhor FilmeToronto International Portuguese Film Festival, Canada (2007) Melhor FilmeStockholm International Film Festival Junior, Sucia (2007) Meno de Honra
Nomeaes:International Kinder Film Festival Frankfurt, Alemanha (2007) CompetioInternacionalAuburn International Film & Video festival for Childrens & Young audience,Austrlia (2007) Competio Oficial
International Festival of Television Programs for Children & youth (2007) Prix
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DanubeCineKid, Holanda (2007) Competio Oficial
Outros Festivais em que participou:Rio de Janeiro International Film Festival, Brasil (2007)Mostra de Cinema de So Paulo, Brasil (2007)Wien Kinderfilfestival, ustria (2007)Festival de Cinema de San Luis, Argentina (2007)
Sinopse:Onde te escondes para sonhar?Paulo (Rben Silva), um rapaz de 9 anos, vive com a me (Sofia Grilo) emLisboa. Um dia, descobre um molho de fotografias e, nelas, o av que noconhece. Decide procur-lo, nem que para isso tenha que iludir a me. Num
monte alentejano, encontra finalmente o av Miguel (Nicolau Breyner), umexcntrico solitrio.A viagem prosseguir agora a dois num antigo e fantstico carro que s acumplicidade e a imaginao sabem fazer arrancar, ao encontro dos segredose das mgoas da famlia
Fonte: http://filmesportugueses.com/atras-das-nuvens/
Este filme, numa continuidade dos filmes anteriores, fala de uma criana quelida com o sofrimento da perda.
De uma forma menos dramtica e mais fantasiosa, o rapaz faz tudo para ter asua famlia de volta e efectivamente aproxima a me do av.
5.1.4. Momentos,
Ficha Tcnica:Realizao: Nuno RochaArgumento: Nuno Rocha e
Victor SantosProdutor: Filmes da MenteAno: 2010Gnero: DramaDurao: 720
Elenco:Rui Pena (Mendigo)Ana Ferreira (Me)Dbora RibeiroValdemar SantosRicardo AzevedoTeresa Loureiro
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Diogo BarrosoPedro ResendeVtor Nunes
Momentos, foi produzido para a LG Portugal com o conceito A vida boa.
Sinopse:Um mendigo vive em frente de uma loja vazia. Certa noite, surgem doishomens numa carrinha e comeam a colocar televises no interior dessa loja.O mendigo tenta entender o que est a acontecer
Fonte: http://filmesportugueses.com/momentos/
Este filme, na mesma linha temtica, trata a famlia, mas tambm a excluso
social.
um filme que no pode ser explorado pela oralidade mas no deixa de poderser trabalhado em PLE, recorrendo-se a outras estratgias.
5.1.5. Mateus,
Ficha Tcnica:
Realizao: Augusto FragaArgumento: Augusto Fraga e RuiVieiraProduo: Krypton films em co-Produo com Nova Imagem / 3dHookAno: 2010Gnero: DramaDurao: 636
Elenco:
Rita Calada BastosGustavo VicenteMateus Vilela
Mateus a 3 curta-metragem,realizada para a LG Portugal com oconceito A vida boa.
Sinopse: a histria de uma criana cuja vida marcada pela instabilidade criada porconstantes discusses entre os pais. Uma noite, a desiluso leva-o a sair de
casa. Sozinho, perdido, acaba por encontrar um amigo. Um pequeno rob queo vai acompanhar no seu dia-a-dia.
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Fonte: http://filmesportugueses.com/mateus/
Este filme tambm se inclui no tema da famlia. uma curta-metragem com
pouco dilogo mas, por isso mesmo, pode provocar o dilogo na aula, empequeno ou grande grupo.
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5.2. Propostas didcticas
5.2.1. Proposta de aula 1
Nvel: C
Tema: O cinema portugus
Guio da Aula
Expresso Oral
Compreenso Oral
Explorao Lexical
Produo Escrita
Explorao Lexical
ompreenso do Oral
1. Dilogo com a turma sobre cinema1.1. Hbitos de cinema portugus (J viram filmes
portugueses? No, porque?)
1.2. Gneros de filmes preferidos.
1.3. Que filmes portugueses j viram?
2. Visualizao do trailer de um filme portugus
2.1. Dilogo sobre o que foi entendido pelo trailer
2.1.1. Qual a personagem principal?
2.1.2. Sobre o que fala o filme?
2.2. Trabalho de grupo: produo escrita de uma
proposta de sinopse (cerca de 50 palavras)
2.2.1. Apresentao e correco dos exerccios em
acetato.
2.3. Ficha de trabalho da sinopse do filme
2.3.1. Correco da ficha de trabalho
3. Visualizao de um excerto do filme Jaime
3.1. Dilogo sobre o que observaram
3.1.1. Que personagens esto representadas no
excerto?
3.1.2. O que revela este excerto em relao ao
enredo da histria, que no foi revelado j no
trailer?
3.2. Ficha de trabalho individual
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Explorao Oral
Investigao
3.2.1. Correco da ficha de trabalho
4. Expresses orais
4.1. Exerccios de explorao das mesmas4.2. Correco dos exerccios
5. TPC trabalho infantil em Portugal
6. Distribuio da ficha do filme Jaime e marcao da
visualizao do filme na ntegra
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Com base no trailerdo filme Jaime, complete os espaos em branco, Com
base no trailer do filme Jaime, complete os espaos em branco,
selecionando do quadro abaixo transcrito a expresso que melhor seadequa no contexto
Jaime
SINOPSE
Madrugada. Padaria no Porto. No meio dos adultos, alguns _____1_____
fazem po. Um deles trabalha com uma mquina.
Um grito de dor lana a confuso. Maldizendo a sorte, o patro transporta a
criana ferida ao hospital. Jaime acompanha-os. Carrega na mo um saco de
gelo com os _____2______ do amigo.
A violncia da cena no perturba ______3______ que despede Jaime para
evitar problemas com a Inspeco do Trabalho.
Este o ponto de partida da 'aventura' de JAIME, _____4______ que vive
____5_____ com a sua me, ______6_____.
Jaime pensa que _____7_____ foi causada pelo roubo da mota do pai, que
fez com que ele perdesse o emprego. O rapaz _____8_____ s escondidas da
me e do pai, convencido de que _____9_____ lhe permitir comprar a
felicidade perdida.
Jaime no aceita que ___10________ e far tudo para ___11_______
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1 a. padeiros b. midos c. grados d. crianas
2 a. dedos decepados b. plos decepados c. laches d. cortes
3 a. o sangue frio do
amigo
b. o bom humor do
patro
c. Jaime d. o sangue frio do
patro
4 a. um mido bem
disposto
b. um mido com
treze anos
c. um jovem d. um rapaz
pequeno
5 a. em Vila Nova de
Gaia
b. na ribeira c. na cidade do
Porto
d. beira mar.
6 a. e padrasto. b. que quer seguir
uma carreira
c. pois seu pai est
para fora
d. que se separou
recentemente do
seu pai.
7 a. a separao b. a unio c. o afastamento d. a infelicidade8 a. pede dinheiro b. comea a c. deixa de ir d. visita o pai
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trabalhar escola
9 a. crdito b. uma casa c. o dinheiro d. o casamento
10 a. os pais estejamseparados
b. a mota tenha sidoroubada
c. o dinheiro nochegue
d. o pai more longe
11 a. ficar com o pai b. que se voltem a
ver
c. morarem num
apartamento
d. os juntar
novamente
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Ficha de questes de compreenso aps a visualizao de um excerto do filmeJaime.
1. Responda s seguintes questes de escolha mltipla
A me fica irritada ao ouvir o filho falar do pai porque:
a) o pai toxicodependente.b) Acha que o pai no vela nada.c) no quer que Jaime fique com o pai.d) o pai a traiu.
Ao chegar a casa, Jaime:
a) simula que dormiu em casa.b) vai ver a irm.c) v se a me dorme.d) vai para o seu quarto.
Jaime fala ao homem do bar.
a) O homem oferece-lhe um emprego a lavar a loia.b) Jaime pede emprego no bar.c) O homem oferece-lhe emprego num filme que vai fazer onde pagam
bem.d) O homem diz que ele no tem idade para lavar a loia.
Jaime chega a casa vindo:
a) do trabalho.b) da escola.c) de comprar o po.d) de estar com o pai.
Antnio :
a) o patro da me de Jaime.b) o namorado da me de Jaime.c) Imigrante.d) o sustento da famlia.
A relao do pai e da me de Jaime est acabada:
a) por questes econmicas.b) porque o pai est desempregado.
c) porque a me no o ama.d) porque a me se apaixonou por Antnio.
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Jaime mora:
a) num bairro social.
b) na ribeira do Porto.c) numa moradia da zona industrial.d) na ribeira de Vila Nova de Gaia.
Indique a relao de Antnio e Jaime.
a) Antnio padrasto de Jaime.b) Jaime gosta de Antnio.c) Jaime quer que Antnio seja o sustento da famlia.d) Jaime acha que Antnio prejudica a famlia.
2. No excerto do filme so usadas expresses da oralidade.2.1. Identifique a(s) personagem(ns) que a(s) utiliza(m).2.2. Indique a personagem dizer com cada uma das expresses transcritas.
Olha que acordas o Antnio
_______________________________________________________________
No julgues
______________________________________________________________
E depois?
_______________________________________________________________
Ests a ver?
______________________________________________________________
3. Atenda s expresses abaixo transcritas.
Passa a vida a pedir dinheiro
Ajuda a
Estou-me nas tintas
Que que tens a ver com isso?
No me digas que ests com cimes
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V l
Olha
3.1. Explicite o significado de cada uma dessas expresses.
a.______________________________________________________________
b.______________________________________________________________
c.______________________________________________________________
d.______________________________________________________________
e.______________________________________________________________
f. ______________________________________________________________
g.______________________________________________________________
3.2. Crie um dilogo em que reutilize trs dessas expresses, respeitando a
indicao do ambiente que lhe foi atribudo para a interao.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
__________________________________________________________
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Ambientes:
Ambiente Escolar
Ambiente Comercial
Ambiente de EscritrioAmbiente Familiar
Ambiente Noturno Discoteca
Ambiente Desportivo
Ambiente Turstico
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Atravs da leitura dos seguintes artigos na Internet, responda s questes:
http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=994393
http://www.peti.gov.pt/docs/trabalho_infantil_sociedade_portuguesa.pdf
Indique quantas crianas, em Portugal, estavam em actividade em 1998.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Explicite que trabalho foi feito no sentido de erradicar o trabalho infantil emPortugal desde ento.
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
Indique qual a situao actual.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Apresente as actividades laborais que so mais comuns no trabalho infantil.
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
Para finalizar, pode dirigir-se a http://www.peti.gov.pt/quiz.asppara responder aum quiz acerca do tema.
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5.2.2. Proposta de aula 2
Nvel: C
Tema: O cinema portugus
Guio da Aula
Expresso Oral
Expresso Oral
Explorao Lexical
Produo Escrita
Explorao Lexical
ompreenso do Oral
1. Correo dos trabalhos de casa sobre trabalho infantil1.1. O que pensam que motiva o trabalho infantil?
1.2. Acham que possvel hoje em dia haver trabalho
infantil?2. Apresentao do ttulo do filme A esperana est
onde menos se espera e comparar com o filme
Jaime
3. Visualizao do cartaz/capa do filme A esperana
est onde menos se espera
3.1. Dilogo sobre o que conseguem compreender pela
capa.3.1.1. Qual a personagem principal?
3.1.2. Sobre o que falar o filme?
3.2. Visualizao de uma sequncia de imagens do
filme
3.2.1. Que se consegue entender com esta
sequncia?
3.2.2. Personagens? Local?
3.3. Trabalho de grupo: produo escrita de uma
proposta de sinopse (cerca de 50 palavras)
3.3.1. Apresentao e correo dos exerccios em
acetato.
3.4. Visualizao de uma pequena reportagem do
filme.
3.4.1. Levantamento das palavras-chave do filme:
Corrupo, excluso social e relao pai-filho.
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Explorao Oral
Investigao
3.4.2. Eleio da sinopse que mais se aproxima
com a realidade do filme.
4. Visualizao de um excerto do filme A esperana estonde menos se espera
4.1. Dilogo sobre o que observaram
4.1.1. Que personagens esto representadas no
excerto?
4.1.2. O que revela este excerto em relao ao
enredo da histria, que no foi revelado j na
sequncia de imagens?4.2. Ficha de trabalho individual
4.2.1. Correo da ficha de trabalho
5. Expresses orais do excerto do filme
5.1. Exerccios para a sua explorao
5.2. Correo dos exerccios
6. Distribuio da ficha do filme A esperana est onde
menos se esperae marcao da visualizao do filme
na ntegra.
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Imagens do filme A esperana est onde menos se espera:
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Ficha de questes de compreenso aps a visualizao de um excerto dofilmeA esperana est onde menos se espera.
1. Responda s seguintes questes de escolha mltipla
O edifcio que aparece em primeiro lugar
a) a escola do Lourenob) o colgio do Lourenoc) a escola da me do Lourenod) o ATL (Atelier de Tempos Livres) do Loureno e da me
A turma onde o Loureno est
a) mistab) indisciplinadac) problemticad) exemplar
Os colegas de Loureno
a) so indiferentes presena de Lourenob) no gostam de Lourenoc) so s colegas
d) so amigos de Loureno
Marinho acha que o jogo
a) foi uma desgraab) foi interessantec) foi muito bomd) foi uma derrota
Francisco vai fala com Ernesto
a) num restauranteb) num cafc) num bard) num bufete
Francisco vai falar com Ernesto, porque
a) no recebeu o ordenado de h dois mesesb) foi despedido e no tinha sido informadoc) foi despedido e vinha ali receber o ordenado a que tinha direito
d) Ernesto lhe devia dinheiro
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Ernesto
a) amigo de Francisco
b) treinador do clubec) gerente do clubed) presidente do clube
Francisco no recebe o dinheiro que lhe cabe, porque
a) o presidente do clube est chateado com eleb) o presidente do clube s tem dinheiro para pagar aos jogadoresc) Ernesto tambm no recebeud) no tem direito a esse dinheiro
Depois da conversa com Ernesto,
a) Francisco arranjou empregob) Francisco conseguiu o seu ordenadoc) Francisco zangou-se com Ernestod) ficaram de se encontrar mais uma vez para falar de outros clubes
Ernesto no arranja outro clube para Francisco, porque
a) ele um treinador desleixado
b) um pssimo treinadorc) um treinador injustod) um treinador extremamente ntegro
Nas frias, a famlia Figueiredo vai para
a) o Algarveb) Parisc) Aveirod) as Ilhas Canrias
Em relao s frias, a famlia
a) est toda entusiasmada com a viagemb) esto aborrecidos por o pai no irc) o pai informa-os de que no vod) s o filho est entusiasmado por ir ter com os amigos
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Durante a discusso, pai e filho
a) esto irritados por no irem de frias
b) discutem, porque nunca esto juntosc) ficam tristes, porque as frias eram a altura mais importante para os doisd) discutem, porque Francisco no quer dar boleia ao filho
Depois da discusso, Loureno
a) sente-se injustiadob) compreende o paic) fica um pouco tristed) decide ir de frias na mesma
2. No excerto do filme so usadas expresses da oralidade.3.1. Identifique a(s) personagem(ns) que a(s) utiliza(m).3.2. Indique o que a personagem quer dizer com cada uma das expresses
transcritas.
Fiquem vontade
_____________________________________________________________
No preciso de ti para nada
_______________________________________________________________
Fecham-me as portas
_______________________________________________________________
Vai ser fixe
_______________________________________________________________Esforcei-me bu
______________________________________________________________
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Transcreva a situao em forma de dilogo, utilizando a expresso oralindicada, tal como o exemplo:
Ernesto diz que o presidente do clube est farto de Francisco. (est-te com ump)
Ernesto O gajo est-te com um p!_________________________________
Francisco no pode ficar sem emprego. (dar-me ao luxo)
_______________________________________________________________
O pai de Loureno acha que o filho o usa s para boleias. (s existo chofer)
_______________________________________________________________
A me de Loureno pede ao filho para verificar se os cales lhe servem. (vl)
_______________________________________________________________
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5.2.3. Proposta de aula 3
Nvel: C
Tema: O cinema portugus
Guio da Aula
Expresso Oral
Compreenso oral
Produo Escrita
Explorao Lexical
Produo Escrita
1. Aps a visualizao do filme Atrs das Nuvens de
Jorge Queiroga, oralmente:
1.1. Identificar o gnero, justificando
1.2. Opinio pessoal sobre o filme1.3. Descrio sobre o que sentiram
2. Ficha de trabalho de compreenso do filme
2.1. Organizao do enredo da histria
2.2. V ou F acerca do filme
2.3. Caracterizao de personagens
2.4. Correco da ficha de trabalho
3. Expresses de Oralidade3.1. Jogo de caracterizao de personagens com
expresses de oralidade
3.2. Exerccio de identificao e significado das
expresses orais
3.3. Correco do exerccio
4. TPC texto crtico em relao ao filme
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Ficha de questes de compreenso aps a visualizao do filme Atrs dasnuvens de Jorge Queiroga
1. Organize os seguintes momentos do enredo do filme:
A me vai buscar Paulo.
O av de Paulo leva-o ao autocarro.
Paulo planeia a fuga.
Paulo visita a antiga casa dos pais.
Paulo descobre o que se passou com o pai.
O av leva o Paulo no seu carro.
Paulo conduz o carro sozinho.
O av de Paulo fica doente.
Paulo chega a casa do av.
Paulo chega ao Alentejo.
2. Indique se so verdadeiras ou falsas as seguintes afirmaes:
Paulo fugiu de casa porque estava aborrecido com a me. _______
O av de Paulo no reconheceu o neto. __________
O av no gostava de ter o neto em casa. ________
A me de Paulo culpava o av da morte do pai de Paulo. _________
Paulo perdeu-se no Alentejo. _______
A me de Paulo adorou ver o carro do av. ________
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3. Caracterize as personagens do filme, ligue as personagens s suascaractersticas:
Paulo
Av
Me
Teimoso/a
Preso/a ao passado
Velho/a
Em busca de respostas
Magoado/a
Alegre
Sonhador/a
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5.2.4. Proposta de aula 4
Nvel: C
Tema: O cinema portugus
Guio da Aula
Compreenso oral
ompreenso escrita
Produo Escrita
Produo oral
Explorao Lexical
1. Visualizao da curta-metragem momentos de Nuno
Rocha
1.1. Em grupo, criao de uma sinopse para o filme.
1.2. Apresentao e correco das sinopses1.3. Escolha da melhor sinopse
2. Ficha de trabalho sobre o filme
2.1. Verdadeiro ou falso
2.2. Escolha mltipla
2.3. Correco da ficha de trabalho
3. A pobreza e os sem-abrigo
3.1. Leitura de uma crnica Menos pobres de PedroAdo e Silva
3.2. Ficha de trabalho de compreenso do texto
3.3. Correco da ficha de trabalho
3.4.Dilogo sobre o tema do filme e do texto
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CRNICA ESPECTADOR COMPROMETIDO
Menos pobrespor Pedro Ado e Silva, Publicado em 19 de Dezembro de 2009
No passa muito tempo sem que sejamos confrontados com os nveis intolerveis de
pobreza em Portugal. bom que tenhamos presente a dimenso do problema ajuda a
manter o combate !s desigualdades como prioridade poltica. Por"m# ao mesmo tempo queisso acontece# conv"m valorizar colectivamente o muito que vai sendo feito para enfrentar o
fen$meno.
%sta semana# no meio do pessimismo que varre o pas# o padre &ardim Moreira# da 'ede%uropeia (ntipobreza# revelava o seu espanto com o sucesso da estrat"gia nacional para os
sem)abrigo# que est a ultrapassar as melhores e*pectativas. Metade dos objectivos
tra+ados para seis anos foram alcan+ados em nove meses e s$ no Porto mais de mil pessoasdei*aram de dormir nas ruas. & a (ssocia+o Nacional de ,ireito ao -r"dito celebrou dez
anos# durante os quais apoiou# atrav"s do microcr"dito# o empreendedorismo emancipador
de mais de mil pobres. No final da semana# o presidente da -ais sublinhava que
sem transferncias sociais (entre elas o rendimentomnimo) a nossa taxa de pobreza seria de 41%.
o motivos de satisfa+o# mas servem tamb"m para revelar como o nosso sucesso relativo
na resposta ! pobreza mais grave no tem sido acompanhado pelo combate ao conjunto das
desigualdades. e temos hoje instrumentos para combater as formas e*tremas de pobreza#continuamos estrangulados por nveis salariais que fazem dos trabalhadores uma parte
importante dos pobres. isso que est em causa com aumentos do salrio mnimo acima
dos dos m"dios.
Politlogo
Publicado em http://www.ionline.pt/conteudo/38354-menos-pobres
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Ficha de questes de compreenso aps a visualizao da curta-metragem Momentos de Nuno Rocha.
1. Organize os seguintes momentos do enredo do filme:
A televiso projecta a cara do sem-abrigo.
Ele enxota os outros sem-abrigo.
A filha abraa o pai.
Levanta-se para ver as televises.
So instaladas as televises.
Comea a ser projectada a famlia do sem-abrigo
Chega uma carrinha com a famlia.
Outros sem-abrigo juntam-se a ele.
2. Descreva o que o sem-abrigo sentiu com toda a experincia.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
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5.2.5. Proposta de aula 5
Nvel: C
Tema: O cinema portugus
Guio da Aula
Compreenso oral
Produo oral
ompreenso escrita
Produo Escrita
Produo oral
1. Visualizao da curta-metragem momentos de Nuno
Rocha
2. Dilogo acerca da situao visualizada.
3. Ficha de trabalho sobre o filme3.1. Escolha mltipla
3.2. Perguntas de resposta directa
3.3. Correco da ficha de trabalho
4. Em grupos, criao de um guio com falas para as
personagens
4.1. Encenao desse guio na aula.
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Ficha de questes de compreenso aps a visualizao da curta-metragemMateus
A. Responda s seguintes questes de escolha mltipla.1. Quando os pais de Mateus discutiam, Mateus:
a) Corre atrs do co;
b) Foge;
c) Esconde-se na floresta.
d) Vai procura de um lugar novo.
2. Os pais de Mateus discutem:a) Por causa de dinheiro;
b) Por causa de Mateus;
c) Porque esto fartos um do outro;
d) Porque j no gostam um do outro
3. O rob entra no seio familiar:
a) Para animar Mateus;
b) Para filmar tudo o que se passava;
c) Para ganhar uma famlia;
d) Para chamar a ateno dos pais de Mateus.
4. A relao de Mateus com o co:
a) de suporte emocional;
b) idntica que tem com os pais;
c) de brincadeira;
d) de dependncia.
5. Mateus usa o rob principalmente para:
a) Brincar;
b) Se alhear do problema;
c) Explorar o que o robot faz;
d) Filmar;
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B. Responda s seguintes questes:
1. Indique onde Mateus encontrou o rob.
______________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________
2. Mateus uma criana feliz ou infeliz? Justifique.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
__________________________________________________
3. Acha que o rob concluiu a sua misso? Justifique._______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
__________________________________________________
C. Descreva num pequeno texto, o que faria se fosse o rob.
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