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    Contripar

    Apren

    utos do Cina o Ensino

    izagem doa teoria prtica

    Marta Filipa Barbosa Martinho

    Porto, 2011

    ma

    LE:

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    ndice

    Introduo ...................................................................................... 4

    1. Breve reflexo acerca do cinema .......................................... 62. Cinema nos manuais de PLE .............................................. 12

    3. Desenvolvimento de competncias em PLE atravs docinema ...................................................................................... 22

    4. O cinema na aula de PLE: da teoria prtica .................... 32

    5. Propostas de explorao do cinema na aula de PLE ........ 38

    Concluso ................................................................................ 84

    Bibliografia ................................................................................... 86

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    Introduo

    O Cinema uma parte do patrimnio cultural Portugus, que aglutina uma

    srie de factores de extrema importncia em vrios mbitos: o cultural, o

    artstico, o social, o econmico e, o que mais nos interessa no contexto deste

    trabalho, o educativo. O cinema a manifestao artstica mais importante dos

    sculos XX e XXI, integrando o esplio cultural e artstico do Homem.

    Actualmente, mais do nunca, na nossa sociedade de informao, de

    comunicao e da imagem, uma ferramenta para aprender a conhecer, a

    fazer, a viver e a ser, os quatro pilares do ensino (cf. Gordillo, 2003).

    Este estudo constitui um trabalho de investigao-aco com o qual

    pretendemos contribuir para o ensino-aprendizagem de PLE, explorando

    algumas estratgias que visam o aproveitamento das potencialidades do

    cinema nesse mbito.

    Comeando por uma breve reflexo sobre o lugar do cinema na sociedade

    actual, procedemos a uma anlise de diferentes manuais adoptados no ensinode PLE, para aferir da presena ou ausncia desta temtica nesses manuais.

    Esta tarefa parece-nos pertinente, porque, por um lado, nos permitir

    determinar qual o papel do cinema nesses instrumentos orientadores do

    trabalho de muitos professores e, por outro, destacar a produtividade de

    estudos como estes para dinamizar as potencialidades inerentes a esta

    ferramenta de trabalho.

    Prosseguimos, averiguando diversas fontes bibliogrficas, que abordam apertinncia do cinema na aprendizagem de uma segunda lngua e de uma

    lngua estrangeira, acentuando o seu papel como instrumento relevante no

    contexto de uma metodologia de base comunicativa inovadora.

    Na sequncia dessa reflexo terica, apresentamos um trabalho prtico,

    constitudo pela planificao de estratgias e aplicao de actividades

    relacionadas com a utilizao do cinema dentro e fora da sala de aula.

    So as seguintes as actividades apresentadas:

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    1. Actividades didcticas relacionadas com o visionamento do filme,

    subdivididas em actividades de pr-visionamento, visionamento

    propriamente dito e ps-visionamento.

    2. Actividades de desenvolvimento das vrias competncias inerentes

    aquisio de uma lngua estrangeira, tais como aprender vocabulrio,

    rever gramtica, trabalhar um tema cultural, exprimir-se e agir oralmente,

    produzir material escrito, etc.

    3. Actividades de desenvolvimento de destrezas comunicativas,

    nomeadamente no que se refere aos descritores de desempenho de um

    estudante de nvel C, o nvel dos estudantes aos quais leccionmos

    durante o ano lectivo a que se refere este relatrio, ao nvel da

    compreenso e interaco:

    Na compreenso da interaco entre falantes nativos, em C1,

    o aluno capaz de seguir com facilidade interaces

    complexas entre terceiros numa discusso ou num debate de

    grupo, mesmo sobre assuntos abstractos, complexos e queno lhe so familiares QECRL - (Ministrio da Educao /

    GAERI, 2001)

    4. Actividades a partir da considerao do filme como recurso pedaggico:

    imagem e som, imagem sem som, com som e sem imagem, etc.

    5. Actividade complementar de apresentao oral do filme preferido.

    6. Organizao de um ciclo de cinema para visionamento das longas-

    -metragens analisadas de forma segmentada em sala de aula.

    Findo este percurso, proceder-se- a uma avaliao dos resultados e

    consecuo dos objectivos propostos, atendendo em especial ao papel a

    desempenhar pelo cinema no ensino-aprendizagem de uma lngua estrangeira.

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    1. Breve reflexo acerca do cinema

    O cinema foi utilizado para fins pedaggicos desde a sua origem, com ointuito e mostrar realidades s quais no se tinha acesso e que se podiam

    conhecer atravs das imagens, incluindo o facto de, na poca, se estar privado

    do meio televisivo.

    Por outro lado, ao cinema chamamos stima arte, pelo facto de

    superar possibilidades estticas de outros meios audiovisuais com menos

    recursos. O cinema ainda um meio de comunicao fortemente enraizado

    nos nossos hbitos sociais, porque usufrui de um lugar de destaque na vidapessoal e social, considerando-se uma prestigiosa fonte de cultura, de lazer e

    entretenimento.

    Por ltimo, realamos que o cinema oferece uma variedade muito

    diversa de temas, respondendo a diferentes interesses de diferentes pblicos,

    com a capacidade de os transportar para o mundo das personagens, viver por

    algum tempo num universo de fantasia, abstraindo-se dos problemas do seu

    dia-a-dia.

    No podemos ainda esquecer a grande capacidade sugestiva da

    imagem, que vai alm da palavra. Nem sempre temos presente a ideia de que

    a comunicao humana no um simples sistema de descodificao do cdigo

    lingustico, mas o cinema mostra-nos que ela no possvel sem apoio de um

    contexto e de um cdigo verbal que lhe atribua sentido completo.

    Assim, a relao entre cinema e educao, seja num contexto de

    educao escolar ou informal, parte da prpria histria do cinema. Com

    efeito, desde os primrdios das produes cinematogrficas, produtores e

    directores de cinema consideraram-no como uma poderosa ferramenta para

    instruo, educao e reflexo humanas (vd.

    http://www.infoescola.com/pedagogia/relacao-entrecinema-e-educao).

    No temos dvida da eficcia deste recurso como meio de desenvolver

    competncias e achamos adequado fazer um breve enquadramento histrico

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    do cinema portugus, sublinhando o facto de ter sido na cidade do Porto que

    ele se impulsionou.

    O cinema portugus tem o seu incio com curtas-metragens amadoras

    da autoria do empresrio da cidade do Porto, Aurlio Paz dos Reis. A Sada do

    Pessoal Operrio da Fbrica Confiana, de 1896 uma rplica sua do filme

    dos irmos Lumire (1894 1895). Paz dos Reis realiza os primeiros

    experimentos sobre cinema na cidade do Porto e mais tarde a Invicta Film, por

    volta de 1918 reactiva o Ciclo do Porto.

    Embora a cidade no tenha conseguido manter essa vitalidade

    cinematogrfica at hoje, foi na cidade do Porto que nasceu o cineasta mais

    velho do mundo, em actividade, Manoel de Oliveira (11 de Dezembro de 1908).

    Tendo por base esta tradio cinfila do Porto e a importncia do

    cinema na vida de um indivduo a diferentes nveis, com a consequente

    incidncia na sua produtividade nas aulas de lngua estrangeira, escolhemos

    alguns filmes representativos da realidade portuguesa para trabalhar nas aulas

    de PLE, em relao aos quais comeamos por atestar essa representatividade

    e evidenciar a sua importncia nesse domnio. Para o fazer, procedemos de

    seguida transcrio de algumas das crticas feitas aos filmes, comeando por

    uma subdiviso entre longas e curtas-metragens e, no seu mbito, fazemos a

    sua catalogao por ordem alfabtica.

    Assim, agruparemos as crticas relativas s longas-metragens A

    Esperana Est onde Menos se Espera, Atrs das Nuvens e Jaime, integrando

    num segundo grupo as curtas-metragens Mateus eMomentos.

    1.1. A esperana est onde menos se espera

    Relativamente a este filme, seleccionmos trs crticas, cada uma delas

    abordando aspectos diferentes: o desempenho das personagens, o

    desempenho do seu realizador e o contedo do filme.

    Em , produzida a seguinte apreciao do filme:

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    H aqui uma dimenso demasiado televisiva - e num ou

    noutro momento o dramatismo tpico de telenovela. Mas

    o prprio Joaquim Leito resolve, a espaos, alguns doslugares comuns com sensibilidade esttica toda a cena

    com a curiosa neve lisboeta, por exemplo, muito bem

    conseguida. E Virglio Castelo, com uma ptima

    interpretao, compensa as debilidades do restante

    elenco, maioritariamente amador.

    Por sua vez, Jorge Leito, do jornal Expresso, produz o seguinte juzo

    sobre o filme:

    O que mais espanta no que o filme seja mau, o

    desnorte que ele materializa na carreira de um cineasta

    que j demonstrou ser capaz de infinitamente melhor.

    Finalmente, no stio feita a

    seguinte crtica:

    Fora o actor principal (que era um bocado fraco), penso

    que no panorama do cinema portugus est muito bom,

    apresenta uma nova realidade que a da crise, e

    tambm um ambiente multicultural. Est bem

    conseguido, com alguns momentos de humor. Passa-se

    um bom bocado.

    1.2. Atrs das Nuvens

    Relativamente a este filme, mereceu-nos a ateno um breve

    apontamento de Marco Oliveira, produzido em Premire, no stio

    , que passamos a citar:

    (...) apenas uma banalidade, um clich, um filme

    suportvel, mas perfeitamente dispensvel.

    1.3. Jaime

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    Realando o impacto do Porto no cinema, temos ainda a possibilidade

    de desfrutar da cidade no filme Jaime, uma vez que o cenrio portuense que

    lhe serve de fundo.

    Neste contexto, seleccionmos uma crtica ao filme, de Loureno,

    confirmando a sua ligao sociedade portuguesa:

    Um excelente filme do Antnio Pedro Vasconcelos de

    facto este talvez seja o melhor realizador que temos por

    c, Jaime consegue transmitir bem o drama de muito do

    que se passa na sociedade portuguesa. Dos filmes

    portugueses que mais gostei de assistir

    (http://cinema.ptgate.pt/filmes/2665).

    1.4. Mateus

    No stio a LG, , foi produzido o seguinte

    comentrio a esta curta-metragem:

    Foi com certeza o ponto alto do evento, com umarealizao cuidada e muito bem conseguida, tocante e

    comovente. Mas o que mais me surpreendeu foi o uso

    feito do 3D: no tivemos ali nada a saltitar do ecr para

    fora, a incomodar. Alis, nem toda a curta-metragem

    estava em 3D pois esta tecnologia foi apenas utilizada

    numa parte do filme e com um propsito muito

    especfico, trazendo fora narrativa e mergulhando-nos ainda mais numa histria j de si interessante.

    1.5. Momentos

    No stio , esta curta-metragem avaliada da seguinte forma:

    Fala-nos sobre sensaes, sobre um mendigo que

    reencontra, no lugar a que chama casa, lembranas deum tempo que viveu. A assinatura da marca mantida,

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    Lifes Good e sem dvida uma das melhores curtas a

    nvel nacional que vi nos ltimos tempos, algo divino,

    digno de promoo e buzz para o mercado Mundial.Simplesmente maravilhosa. Produzida na cidade do

    Porto, envolveu cerca de 30 pessoas entre equipa

    tcnica e artstica liderada por Nuno Rocha que comea

    a ser um realizador de sucessos. A rodagem durou 3

    dias depois de um adiamento devido chuva que se fez

    sentir durante o ms de Abril

    E, em , afirma-se

    que:

    O mais recente trabalho do realizador aoriano Augusto

    Fraga. Esta curta-metragem realizada para a LG a

    primeira produo nacional a utilizar tecnologia 3D. O

    cinema portugus como todo o cinema reflecte as

    particularidades culturais de um povo e aqui deixamosuma breve referncia.

    As crticas apresentadas atestam as potencialidades dos filmes

    comentados no contexto da sua relao com a cultura e a sociedade

    portuguesas, bem como com o objecto artstico, que a sua essncia. Nesse

    sentido, servem, neste estudo, uma dupla finalidade:

    Servir como introduo do filme que ser usado como instrumento

    para o desenvolvimento de competncias diversas e para uma

    exposio dos estudantes cultura e a questes sociais

    relevantes no s em Portugal, mas tambm nos pases de onde

    so provenientes os aprendentes.

    Produzir uma apreciao formatada sob um determinado gnero

    discursivo, que permitir ao estudante, por um lado, apreender

    caractersticas lingusticas e discursivas com esse tipo de

    discurso e, por outro, apresentar matria para discusso oral, no

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    sentido em que, depois de analisado o filme, o estudante poder

    confirmar ou infirmar o que leu, produzindo, em sequncia, a sua

    prpria crtica do filme analisado.

    Atestada a importncia do filme como veculo cultural e ferramenta

    relevante no ensino-aprendizagem do PLE, decidimos analisar vrios manuais

    de Portugus Lngua Estrangeira, com o intuito de verificarmos em que medida

    essa realidade considerada actualmente nos manuais mais divulgados. Por

    isso, decidimos fazer uma breve incurso nos referidos manuais e aferir do

    grau de presena ou ausncia desta temtica e deste material nos referidos

    manuais, extraindo algumas ilaes quanto importncia que neles conferida

    relao entre cinema e ensino-aprendizagem de PLE.

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    2. Cinema nos manuais de PLE

    No mundo global em que vivemos, com recurso constante televiso einternet, entre outros meios de comunicao, importante reconhecer que

    estes recursos, nos quais se inclui o cinema, no so meros materiais

    recreativos, utilizados para efeitos ldicos.

    Nesse sentido, seria de prever que a sua incluso nos manuais de PLE

    fosse uma opo recorrente, tanto como tema de referncia, como instrumento

    de desenvolvimento de competncias diversas.

    A nossa pesquisa teve em conta os seguintes parmetros relativamenteao grau de presena deste tpico nos referidos manuais:

    No tem qualquer referncia;

    Faz referncias;

    Apresenta actividades;

    Inclui uma unidade.

    A anlise proposta considerou 15 manuais destinados a diferentes nveis

    de proficincia, porque consideramos que, embora se trate de um recurso com

    mais potencialidades pedaggicas em nveis mais avanados, por exemplo, B

    ou C, passvel de ser trabalhado em nveis mais baixos, desde que haja uma

    adequao ao estdio de desenvolvimento dos aprendentes.

    2.1. Bacelar, Lusa; Junqueira, Snia; (Reviso Cientfica) a!, Rui, Falas Portugus? - "veis#1$#2 Juvenil %nsino &ortu'us no estran'eiro *nicia+o, &orto %itora

    - anual /alas &ortu'us0 "veis #1$#2 Juvenil estina$se a toos os ovens que, e &ortu'alou no estran'eiro, inicia a sua areni!a'e o ortu'us coo ln'ua no aterna. 3oos osconte4os este roeto esto e acoro co o 5%CR (5uaro %uroeu Cou e Refernciaara as Ln'uas) e co o 5uaR%&% (5uaro e Referncia ara o %nsino &ortu'us no%stran'eiro).

    . 6 coosto or 17 catulos, or'ani!aos e torno e iferentes teas, que aresenta8istrias e 4ltilos e9erccios;

    . *nclui :'inas relativas a festiviaes, notas 'raaticais e autocolantes;

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    . &ara coleentar, ossui u C :uio que en'lo

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    - voca

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    2.. irec+o$Aeral e *nova+o e e esenvolviento Curricular (#nti'o %B), "ort8Destinster Sc8ool of Lonon; Portugus a toda a ra!de"$ &ac $ Livro #luno co C$>uio Caerno e %9erccios; Liel %itores

    T&ortu'us a toa a Raie!T I u &roecto S-CR#3%S a Fnio %uroeia, reali!ao earceria elo =inistIrio a %uca+o ortu'us e a "ort8 Destinster Sc8ool e Lonres.

    3rata$se e u curso acelerao ara rinciiantes e ortu'us. - livro o aluno a cores coC$:uio I coleentao or u caerno e e9erccios.

    %stes ateriais, quer usaos na sala e aula quer e fora ineenente, conu!e oestuante atI Q entraa ara a universiae. Ftili!ano tIcnicas oernas, ua 'ranevarieae e e9erccios ensina, consolia e testa a ln'ua se erer e vista a 8istria e a

    cultura o uno lusfono.# 'ra:tica, as estruturas e as e9ressKes o ortu'us, aresentaas e fora inovaora, oao estuante a ossiuio uloque contI a 'rava+o sonora a Fniae *ntroutria

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    irecionaas ara a coifica+o e escoifica+o a ensa'e oral e escrita, co esecialrelevo ara as ativiaes e car:cter recetivo e interativo. *nclui u Caerno e oca

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    - Itoo aotao te or ouio; Liel %itores

    =anual arovao ela A*C (277VX17) ara a iscilina e &L"= %nsino Secun:rio

    %sta o

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    "este nvel o aluno ever: esenvolver a coreenso e a e9resso oral e situa+Kes reaise fala, elo que no final este nvel o aluno sentir$se$: ato araN ar e eir infora+Kes ecar:cter essoal, 'eral e rofissional; fa!er er'untas, eios e arca+Kes; eir e ar

    instru+Kes; fa!er escri+Kes; relatar factos assaos e a via quotiiana; fa!er lanos; ar asua oinio, iscorar ou anifestar acoro; e9ressar$se nos v:rios estauio; Liel %itores

    =anual arovao ela A*C (277VX17) ara a iscilina e &L"= %nsino Secun:rio

    "o final este nvel, o aluno no s ficar: a con8ecer uitos asectos que se relaciona co avia cultural e social ortu'uesa, coo se ever: sentir ato araN coreener iferentes tiose te9tos e irensa; aresentar os seus ontos e vista e efener oiniKes; intervir e trocascounicativas rrias e rela+Kes sociais; coreener fol8etos u

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    O grfico a segui

    resultados obtidos qu

    Nessa amostra, r

    facto de oferecerem

    compreenso oral em C

    tm oportunidade de ob

    gestos, hesitaes e m

    lngua, pois muitos de

    extraco de contextos

    A mesma escas

    domnios, pois expre

    sendo propostas vrias

    Em face da anli

    clara a concluso de qu

    termos de contedos e

    usar manual, ultrapassa

    de actividades que envo

    Isto, porque o cine oferece ao professor

    18%

    6%6

    Cin

    Ensino Aprendizagem:

    apresentado permite-nos fazer a leitur

    anto importncia do cinema ne

    essalta um trao comum maior parte

    tipicamente os recursos para as

    D udio. Na maior parte deste material,

    servar a comunicao oral na sua tota

    rcas da oralidade tpicas da nossa cult

    sses materiais so produzidos e no

    e usos reais da lngua.

    ez de propostas e recursos no se

    sso escrita, por exemplo, dada gr

    stratgias e actividades para o seu des

    se realizada e dos resultados obtidos,

    e o espao concedido ao cinema ain

    e recursos, cabendo ao docente de P

    essa lacuna com o recurso planifica

    lvam o cinema, para ensinar a lngua.

    ema apresenta uma dimenso formativuitas possibilidades para o seu uso n

    70%

    ma nos Manuais de PLE

    No tem qu

    Faz refern

    Apresenta a

    Inclui uma u

    19

    dos principais

    tes manuais.

    deles, que o

    ctividades de

    os alunos no

    lidade, com os

    ra e da nossa

    resultado de

    erifica noutros

    ande ateno,

    nvolvimento.

    pensamos ser

    a escasso em

    E, no caso de

    o e execuo

    em si mesmoaula: ajuda a

    lquer referncia

    ias

    ctividades

    nidade

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    melhorar os conhecimentos sobre a lngua estrangeira, consolida competncias

    gramaticais, pragmticas e socioculturais, desenvolve a capacidade de ouvir,

    falar e interagir, para alm da dimenso cultural em comparao com aprovenincia dos diferentes alunos.

    Dedicamos o captulo seguinte ao levantamento das potencialidades do

    cinema para o desenvolvimento da competncia comunicativa em PLE, bem

    como dos condicionalismos a considerar na didactizao deste recurso.

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    3. Desenvolvimento de competncias em PLEatravs do cinema

    Estamos conscientes de que vivemos num mundo em constante

    progresso. Cada vez mais contactamos directa ou indirectamente com novos

    sistemas de comunicao desde idades muito jovens. Por isso, consideramos

    que a implicao dos alunos em sistemas audiovisuais enriquecedora na

    medida em que contribui eficazmente para o processo global da aprendizagem

    comunicativa.

    O cinema deixou de ser um recurso de difcil acesso. Hoje, o professortem sua disposio, um conjunto de tecnologias que facilitam a sua utilizao

    na aula de PLE.

    O cinema de tal forma verstil e as temticas aglutinadoras que nos

    projectam para o domnio de um conjunto de competncias.

    Para a identificao dessas competncias, apoiamo-nos essencialmente

    no Quadro Europeu Comum de Referncia para as Lnguas(QECR) que um

    instrumento orientador para a elaborao de programas de ensino de lnguas,manuais, exames, etc. Assim:

    Descreve exaustivamente aquilo que os aprendentes de uma

    lngua tm de aprender para serem capazes de comunicar

    nessa lngua e quais os conhecimentos e capacidades que

    tm de desenvolver para serem eficazes na sua actuao.

    O nvel que nos ocupa neste estudo o nvel C. Segundo o QECR onvel do Utilizador Proficiente: C1:

    capaz de compreender um vasto nmero de textos longos e

    exigentes, reconhecendo os seus significados implcitos.

    capaz de se exprimir de forma fluente e espontnea sem

    precisar de procurar muito as palavras. capaz de usar a

    lngua de modo flexvel e eficaz para fins sociais, acadmicos

    e profissionais. Pode exprimir-se sobre temas complexos, de

    forma clara e bem estruturada, manifestando o domnio de

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    mecanismos de organizao, de articulao e de coeso do

    discurso.

    A caracterizao do nvel C2 idntica do C1, mas funciona a umnvel superior em termos de grau de proficincia do falante.

    No que se refere s competncias gerais, segundo o QECR, o cinema

    transversal a todas elas, desenvolvendo o conhecimento declarativo

    (conhecimento do mundo sociocultural e intercultural), as capacidades e a

    competncia de realizao (capacidades prticas e interculturais), a

    competncia existencial e a competncia de aprendizagem (conscincia da

    lngua e da comunicao)

    Baddock (1996), citado por (Amens Pons, 1999), afirmam que:

    () the most authentic use of a film is to sit and enjoy it. And

    the real raison dtre of using films in the language class is

    that people like watching them. This requires and makes

    worthwhile the effort to make sense of them.

    A viso multicultural da sociedade, associada pluralidade lingusticaexistente e o crescimento constante de novas tecnologias, tem modificado os

    mtodos de ensino. Quando um aluno adquire uma segunda lngua, ele faz a

    aquisio dos signos lingusticos e dos signos socioculturais, ou seja novos

    modos de viver, novas culturas e diferentes formas de pensar.

    O cinema exibe situaes de comunicao muito prximas das

    autnticas, proporcionando contextos reais na aula e aspectos socioculturais

    da lngua estrangeira.

    Segundo vrios autores, entre os quais (Amens Pons, 1999), o cinema

    facilita a experimentao e integrao de conhecimentos lingusticos,

    socioculturais e interculturais.

    Na mesma sequncia de ideias, Summerfield (1993), citado por

    (Amens Pons, 1999), afirma:

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    () Film helps to create a unique environment for cross-

    cultural learning Learning about stereotypes,

    ethnocentrism, discrimination and acculturation in theabstract can be flat and uninspiring. But if we experience

    intercultural contact with our eyes and ears, we begin to

    understand it.

    O objectivo principal de qualquer professor que os alunos

    comuniquem, logo tem de haver a preocupao de desenvolver a sua

    competncia comunicativa atravs da prtica de quatro competncias

    lingusticas bsicas a Expresso Oral e Escrita e Compreenso Oral e Escrita,ou melhor dizendo: Ler; Falar, Ouvir e Escrever.

    A nica forma que temos de promover competncias comunicativas de

    forma global e coerente faz-lo atravs de contextos sociais culturais reais,

    os quais esto patentes nos audiovisuais, nomeadamente no cinema.

    Sendo o cinema um exemplo de recurso audiovisual, um material real,

    que proporciona aos alunos a oportunidade de se familiarizarem com usos

    autnticos da lngua, tal como sugere Amens (1999), citado por (Mathur,

    2008):

    () Una pelcula es sin duda un documento real, fruto de la

    labor creativa de un equipo, y fruto a la vez de la sociedad en

    la que nace y que la consume como producto cultural y/o

    espectculo de entertenimiento.

    Atravs do cinema, o professor dispe de variadssimas possibilidadesde explorao, seja com um filme completo ou fragmentos seleccionados,

    pondo prova o seu entusiasmo e criatividade. Os alunos desenvolvem as

    diferentes competncias comunicativas atravs da linguagem verbal e no

    verbal das personagens cinematogrficas, incluindo a competncia

    sociocultural e intercultural, como j foi referido.

    Baddock (1996), citado por (Mathur, 2008) destaca os principais usos

    do cinema nas aulas de PLE:

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    Introduo de temas de conversao;

    Motivao dos alunos;

    Desenvolvimento a compreenso auditiva;

    Introduo, ilustrao e reforo dos aspectos lingusticos;

    Ilustrao das questes culturais;

    Desenvolvimento de tarefas diversas: Expresso Escrita, Role playing;

    Articulao dos aspectos referidos anteriormente numa mesma

    actividade ou sequncia didctica.

    Como j foi referido anteriormente o cinema oferece a autenticidade do

    uso do idioma. No s tem a capacidade de elemento motivador, mas tambm

    pode ser manipulado, para se adequar aos interesses da turma.

    No cinema () os registos da lngua, gestos, comportamentos, e

    elementos socioculturais correspondem realidade o melhor meio para

    poder modificar as imagens mentais que desenvolvemos aprioristicamente

    sobre uma outra cultura.

    Em contrapartida (Mrquez, 2009) sublinha que este tipo de material

    promove o ensino orientado para a aco, na medida em que a aprendizagem

    da lngua ocorre num contexto social mais amplo implicando o desenvolvimento

    de competncias gerias do indivduo, assim como a integrao das diferentes

    destrezas necessrias aquisio da competncia comunicativa.

    Especificando o exposto realamos que o aprendente, ao ver um filme

    acciona uma srie de mecanismos pessoais de assimilao e interpretao do

    contedo da histria e da forma como contada.

    Para o desenvolvimento desses mecanismos, o aluno tem que estar

    consciente da existncia de diferentes contextos com as suas condies e

    limitaes.

    O acto de comunicao implica um contexto ou um domnio (esferas de

    aco ou reas de interesse)

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    Se no ensino de crianas ideal o desenvolvimento do domnio

    educativo com uma aprendizagem direccionada essencialmente para os gostos

    e interesses dos alunos, no ensino de adultos os empresrios do prefernciaao desenvolvimento do domnio profissional, enquanto os jovens estudantes

    preferem um domnio mais direccionado para as relaes pessoais e sociais.

    Segundo o QECR (pp. 75-79) existem quatro domnios fundamentais:

    Privado o domnio privado no deve, de forma alguma, ser

    considerado uma esfera parte (considerem-se a penetrao dos media

    na famlia e na vida privada; a distribuio de vrios documentos

    pblicos em caixas de correio privadas; a publicidade; os textos

    pblicos nas embalagens de produtos usados na vida privada do

    quotidiano; etc.)

    Pblico O domnio pblico, com tudo o que implica em termos de

    transaces e interaces administrativas e sociais e de contactos com

    os media estende-se aos outros domnios.

    Profissional no qual o indivduo est empenhado no seu trabalho ouprofisso.

    Educativo no qual o indivduo est empenhado numa aprendizagem

    organizada, especialmente (mas no necessariamente) numa instituio

    de ensino.

    Logo, atravs do cinema, possvel apresentar diferentes contextos,

    meios de interaco e at os seus limites e condies.

    Como sabemos, o aprendente pode ter alguma dificuldade em

    compreender a L2 quando confrontado com condies adversas, muito

    diferentes das que est habituado num ambiente de sala de aula com um nico

    exemplo de oralidade.

    No cinema podem-se apresentar condies fsicas diferenciadas (boa ou

    m dico, rudos de ambiente, interferncias, condies meteorolgicas, etc.)

    e condies sociais (nmero de interlocutores, estatuto relativo dos

    participantes, relaes sociais entre eles, presena/ausncia de pblico, etc.).

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    (Ramos & Vecino, 1998)realam que, atravs do uso da sequncia de

    um filme, provocamos o dilogo e comunicao entre os estudantes, para alm

    de revelarmos a importncia da anlise dos aspectos no verbais dacomunicao. Estes autores enfatizam sobretudo a combinao do lingustico

    com a complexidade e experincia cultural.

    O aluno de nvel C precisa de ampliar o seu lxico e o domnio de certos

    usos e construes gramaticais de maior complexidade, especialmente no que

    respeita comunicao, interveno num debate ou mesmo num contraste

    de opinies.

    O professor deve preocupar-se em orientar o aluno no sentido de

    utilizao criativa da L2, controlando, no entanto, todos os seus conhecimentos

    e habilidades. Cada aluno tem a sua especificidade no processo da

    aprendizagem, ou seja, no processamento da informao. Assim sendo, h os

    alunos visuais que aprendem lendo e vendo a televiso, os auditivos que

    preferem aprender escutando e falando, e os quinestsicos que preferem

    aprender escrevendo e implicando-se fisicamente na aprendizagem.

    Para responder de um modo eficaz aos diferentes interesses e

    necessidades dos alunos, o professor deve ser verstil e utilizar o maior

    nmero de recursos, estando entre eles, evidentemente, o audiovisual.

    Relativamente compreenso do oral ou compreenso auditiva,

    diferentes autores, como (Rixon, 1986), (Amens Pons, 1999) e (Mathur,

    2008), reiteram que o uso de materiais audiovisuais na aula preciso nos dias

    de hoje, j que estes, entre outros aspectos, oferecem ao aluno a oportunidade

    de ouvir variedades lingusticas distintas das do professor. Por outro lado,

    consideram que, ao facilitar-se o vocabulrio apropriado antes de ver o vdeo,

    se assegura maior compreenso auditiva por parte dos alunos.

    Segundo (Corts Bueno, 2005) conveniente seleccionar o que se

    considera necessrio, tanto pela novidade e desconhecimento por parte do

    aluno, como para recordar, ao ouvido do estudante, palavras j conhecidas.

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    Deste modo, destaca-se a importncia do uso do cinema como

    instrumento pedaggico, uma vez que ajuda a exercitar o ouvido do aluno em

    diversas actividades como:

    Compreenso do texto oral,

    Explorao de actividades para apresentar ou aprofundar contedos

    lingusticos (gramtica, vocabulrio e pronuncia) e/ou contedos

    sociocultural e ainda rever e/ou assimilar aspectos j estudados.

    Reforando o exposto, Bisaillon (1996), citado por (Peiffer, 2002)aborda

    a grande vantagem deste recurso para exercitar o ouvido dos alunos:

    las nuevas tecnologias juegan un papel especialmente

    importante en la enseanza de la compreensin auditiva.

    Quando os alunos ouvem o idioma estrangeiro eles so capazes de

    discriminar diferentes sons, tonalidades, pronncias e registos, inclusive imit-

    los e reproduzi-los, logo esto a trabalhar a compreenso auditiva.

    Por outro lado os dilogos das personagens proporcionam inputs deexpresso e interaco oral. Os contextos de sala de aula devem propiciar

    momentos de grande dilogo, sem que o aluno tenha medo de errar, ou seja, o

    ambiente deve ser descontrado.

    Por sua vez, (Calvo Martinez, 2002) destaca a importncia do vdeo

    para ensinar e interpretar elementos visuais de modo eficaz, trabalhando

    simultaneamente a expresso, a interaco, o oral e os alunos:

    incita a hablar. La imagen provoca fenmenos de

    identificacin con personagens

    Atravs de uma participao mais activa, os alunos desenvolvem maior

    auto-estima e progressivamente perdem medo ao falar uma L2. fundamental

    que no s comuniquem em lngua estrangeira como tambm comecem a

    pensar e a reflectir nessa lngua.

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    Nunca demais referir que o cinema proporciona a integrao da cultura

    na aula e consequentemente uma aprendizagem mais completa e activa,

    acrescentando-se ainda outros objectivos como:

    Capacidade para desenvolver a comunicao;

    Produo oral e escrita;

    Trabalho em grupo.

    Atravs de uma participao mais activa, os alunos desenvolvem maior

    auto-estima e progressivamente perdem medo ao falar uma L2. fundamental

    que no s comuniquem em lngua estrangeira como tambm comecem apensar e a reflectir nessa lngua.

    Nunca demais referir que o cinema proporciona a integrao da cultura

    na aula e consequentemente uma aprendizagem mais completa e activa,

    acrescentando-se ainda outros objectivos como:

    Capacidade para desenvolver a comunicao;

    Produo oral e escrita;

    Trabalho em grupo.

    O trabalho em grupo favorece a interaco, que (Preti, 2002) associa ao

    conceito de conversao definindo-a do seguinte modo:

    a interaco com um nico foco de ateno visual e

    cognitiva, como a conversao, em que os falantes por um

    momento se concentram um no outro e se ligam, no s

    pelos conhecimentos que partilham, mas tambm por outros

    factores socioculturais, expresso na maneira como produzem

    o seu discurso e conduzem o dilogo.

    Associado palavra conversao est um conjunto de actividades de

    comunicao verbal, como sejam as falas ocasionais do dia-a-dia at dilogos

    com temas determinados previamente, que se vo modificando em funo das

    circunstncias desencadeadas pela prpria interaco. (Preti, 2002) acentua

    que

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    A rigor, os falantes criam um texto em conjunto, colaborando

    ou contra-argumentando ou, s vezes, at completando-se,

    para levarem adiante o dilogo.

    A competncia conversacional de um falante passa pelo domnio de

    diferentes tarefas discursivas, que podem resultar em sucesso da sua

    argumentao ou no.

    As manifestaes de poder ou de solidariedade entre os interlocutores,

    que se reflectem no uso prolongado do turno, ou na cooperao no dilogo

    provocam simetria ou assimetria dos turnos.

    A competncia conversacional tambm passa pela fluncia numa

    estreita relao com os conhecimentos prvios ou partilhados com o

    interlocutor. No decurso de uma estratgia conversacional adequada com a

    consequente insegurana em argumentar, o falante recorre aos marcadores

    conversacionais interactivos que chamam a ateno do ouvinte no sentido de

    acompanhar os argumentos, mas tambm a comprometer-se com eles.

    (Preti, 2002) cita Marcushi (1986), dizendo que

    esses marcadores fazem parte do que se poderia chamar

    sintaxe da interaco, na lngua falada e passamos a dar

    alguns exemplos: No ?, Ts a entender?, ok?.

    Estes marcadores, segundo (Preti, 2002)

    no tm apenas um valor ftico, pois sua presena indica

    que o falante solicita a aceitao dos seus argumentos peloouvinte.

    (Rodrigues, 1998)acrescenta, a este propsito,

    na interaco est-se em presena de enunciados

    lingusticos e comportamentos no lingusticos, factos

    concretos ou reais com que os interactantes atribuem

    sentido interpretam o contexto comunicativo e do

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    indicaes de sentido, como ajuda de compreenso ao

    parceiro da interaco.

    Parece-nos ser, portanto, necessrio reforar a ideia de que na

    interaco est implcita a conversao, esta s ocorre em situao de pares

    ou grupo e proporciona o aprimorar de competncias pessoais na

    comunicao.

    Tendo estabelecido o enfoque terico em que nos movimentamos,

    passamos a uma reflexo de carcter mais terico-prtico, para dar conta dos

    elementos que intervm no tratamento do cinema na sala de aula e que

    presidem proposta das propostas prticas a apresentar no captulo seguinte.

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    4. O cinema na aula de PLE: da teoria prtica

    O cinema como ferramenta didctica na aula implica um propsito e umaseleco de sequncias pedaggicas prvias e posteriores ao visionamento do

    filme, como j dissemos.

    (Delgado, 2005) enfatiza as numerosas vantagens da utilizao do

    cinema em contexto de aula, considerando-o um meio indispensvel, que

    engloba aspectos lingusticos e culturais imprescindveis na comunicao, ao

    manifestar-se em contexto comunicativo autntico, difcil de recriar com total

    fidelidade na aula, como o caso dos diferentes dialectos e registos de lngua.De certa forma, transportamos para a aula um pouco do mundo, com as

    suas problemticas sociais, que podem ser exploradas de diferentes formas.

    Acrescentamos ainda que parece no haver uma forma correcta de

    utilizar o cinema, seno muitas possveis, adaptadas a situaes de

    aprendizagem variveis, ora tratando-se de exibir o filme completo ou

    sequncias previamente seleccionadas.

    No nosso caso, optmos ao longo das aulas assistidas por trabalhar

    segmentos cinematogrficos em detrimento dos filmes integrais, deixando esse

    trabalho para exerccios complementares de natureza no lectiva, por uma

    questo de tempo e de organizao das sequncias didcticas, mas tambm or

    esse tipo de abordagem nos permitir proporcionar aos estudantes o contacto

    com um conjunto mais alargado de filmes portugueses.

    Por esse facto, pensamos que, ao trabalhar com cinema, o professor

    deve estar atento a aspectos prvios, com fins pedaggicos, como sejam: o

    conhecimento que o aluno tem da cultura e da lngua meta, o grau de

    proximidade da cultura de procedncia com a LE (lngua estrangeira), a idade

    dos alunos, os diferentes interesses, assim como a capacidade de assimilao.

    A nossa convico reitera a proposta de (Gordillo, 2003), quando

    afirma:

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    Pasemos ahora al material con tratamiento didctico. Del

    cine no podemos decir que sea a priori un material

    didctico porque no ha sido creado para ese fin, peroprecisamente ah reside su valor, la diferencia que marca

    con respecto otros recursos especficamente educativos, que

    lo reviste de un aura especial, lo hace ms interesante y

    motivador a los ojos de los alumnos.

    Para alm dos aspectos considerados anteriormente, no momento de

    tomar decises, o professor deve ter em conta o ambiente de trabalho e as

    caractersticas especficas do grupo, com o intuito de se centrar em questessocioculturais mais representativas tendo como base, segundo Amens (2000),

    citado por (Gordillo, 2003), el respecto a las sensibilidades ajenas y el afn

    informativo y pedaggico.

    Por outro lado, entender um filme implica lidar com uma srie de

    condicionantes tcnicas, como a qualidade do som, a modalidade da lngua

    usada, o tipo de dico dos actores segundo as personagens que interpretam,

    a rapidez das intervenes imitando o uso real da lngua falada etc.O material deve ser atractivo para os alunos e adequado situao de

    aprendizagem concreta, pelo que, sempre que possvel, dever negociar-se

    com os alunos considerando as suas capacidades, necessidades e gostos, por

    exemplo proporcionando informao sobre os filmes, para facilitar a sua

    seleco/escolha.

    Se no h um trabalho prvio que permita conhecer o contexto do filme,

    assim como a planificao de actividades que favoream a sua compreenso

    em profundidade, pode produzir-se um efeito negativo que desanime os alunos.

    Haver sempre necessidade de planificar rigorosamente qualquer

    projeco, definindo-se objectivos, elaborando uma srie de procedimentos

    que ajude o aluno a dar sentido sequncia de actividades.

    Os elementos cinematogrficos ajudam-nos a contextualizar actividades,

    a torn-las mais atractivas, a dispor de amostras reais da lngua, a incorporar

    elementos culturais, etc.

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    Com o cinema portugus, estamos a aproximar os alunos da cultura

    portuguesa e a promover o gosto e a curiosidade por ela, assim como

    reforamos a aprendizagem da lngua. O rendimento que podemos retirar dofilme deve ser incentivo suficiente para o seu uso, e para superar todas as

    dificuldades que possam surgir. No h a menor dvida de que a competncia

    comunicativa est intrincada na cultural. A lngua um veculo para as

    manifestaes culturais dos falantes.

    Outro aspecto a ter em considerao na passagem da teoria prtica

    diz respeito seleco do material audiovisual. Para essa escolha, o professor

    deve atender, entre outros, aos seguintes aspectos:

    Filmes que no tenham uma grande carga de dilogos, nem estruturas

    lingusticas complicadas em excesso;

    No apresentem vocabulrio ou jogos de palavras complexos e que

    tenham suficiente apoio visual para que a histria se explique, em

    grande medida por si mesma;

    Os filmes devem abordar temticas realistas, representando ao mximoos contextos de vida;

    O material escolhido deve ter sido testado anteriormente para evitar

    desastres tcnicos durante a aula.

    O professor pode explorar tanto a longa como a curta-metragem.

    A curta-metragem uma boa escolha se se pretende visualiz-la na sua

    totalidade durante a aula. possvel fazer uma explorao completa com

    prvisualizao durante a aula.

    Contudo, comparando com as longas-metragens, muitas vezes as

    curtas-metragens no so do conhecimento da maioria dos alunos e o seu

    acesso a elas muito difcil.

    A longa-metragem, por outro lado, inclui filmes acessveis e divulgados,

    o que nos d (a ns professores) acesso a outro tipo de materiais.

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    Ao escolher a longa-metragem, o professor tem de atender ao nmero

    de horas de aula. O professor pode optar por exibir o filme na aula, em vrias

    partes, ou fora do horrio de aula, numa sesso de cinema.

    Neste caso, geralmente, no possvel explorar todo o filme na aula, no

    entanto, no deixa de ser concebvel uma pr-visualizao, visualizao e ps-

    visualizao, sendo estas, talvez em aulas diferentes.

    Tanto a longa como a curta-metragem so opes possveis. Cabe ao

    professor garantir as condies para a concretizao da sua opo.

    O filme, no geral, pode ser explorado por inteiro, por partes, sem som,

    sem imagem, com legenda e sem legenda ou at com mais do que uma destas

    tcnicas.

    No geral, trabalhando uma ou outra, o professor pode fazer uma

    explorao do filme em trs partes: antes da visualizao, durante a

    visualizao e aps a visualizao.

    Tendo como base a literatura consultada na rea da explorao do

    cinema como ferramenta pedaggica, vamos dar algumas sugestes geraispara cada um destes momentos de aula:

    Antes da visualizao do filme

    As actividades propostas neste contexto podem ser executadas no

    princpio da aula ou numa aula inteira, dando, em consequncia, hiptese

    visualizao extra-horrio ou na aula seguinte. A este nvel, so possveis

    actividades como: Contextualizao da poca histrica do filme;

    Introduo ao tema principal;

    Informao sobre o realizador ou um actor presente;

    Criao de sinopse atravs de imagens do filme;

    Apresentao da ficha tcnica;

    Explorao do site do filme;

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    Visualizao do trailerdo filme;

    Apresentao de um ou mais itens gramaticais ou lexicais a

    trabalhar depois;

    Leitura da sinopse;

    Durante a visualizao do filme

    Na visualizao, o professor continua a explorao iniciada na pr-

    visualizao ou pode iniciar a aula neste ponto.

    Nesta fase so inmeras as formas e os elementos a serem explorados

    num filme, algumas sugestes so:

    Explorar o tema do filme;

    Exerccios gramaticais/lexicais;

    Anlise de elementos culturais;

    Debater sobre o que viram ou ouviram;

    Propor o que no viram ou ouviram;

    Explorar as marcas do discurso oral;

    Representao humana de uma cena;

    Aps a visualizao do filme

    Neste contexto, consideramos que podem ser desenvolvidas actividades

    mais autnomas, fora da sala de aula, como, por exemplo, sob a forma de

    trabalho de casa, ou mesmo na aula, por exemplo, em pares ou em grupos

    maiores. Entre essas actividades contamos como produtivas as que

    implicam:

    Dar um final diferente;

    Descrever, criticar ou opinar;

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    Partilhar pareceres;

    Representao humana de uma cena

    Desenvolver a temtica do filme com uma nova

    perspectiva;

    Debater temtica(s);

    Desenvolver um item lingustico e/ou gramatical.

    Ficha de trabalho com:

    Ordenao de momentos da histria;

    Anlise da ficha tcnica ou sinopse do filme;

    Caractersticas das personagens, espaos,

    objectos, etc.

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    5. Propostas de explorao do cinema na aula dePLE

    As seguintes propostas apresentam-se em cinco aulas de duas horas cada,

    com cerca de 15 alunos de nacionalidades diversas, maioritariamente

    hispnicos.

    Seleccionmos cinco filmes que se reportam s duas ltimas dcadas. Ao

    ritmo alucinante em que as sociedades vivem e se transformam, julgamos ser

    mais pertinente motivar os alunos com problemticas actuais e

    contextualizadas (desemprego, excluso social, corrupo, morte, separao,violncia domstica, etc.).

    Todos eles, trs longas-metragens e duas curtas-metragens, so do gnero

    dramas familiares. Escolhemos este gnero, porque rico em dilogos, com

    registos de lngua semelhantes aos discursos espontneos, os quais podem

    ser explorados em relao s expresses orais e outros domnios da lngua, se

    assim entendermos.

    Os dramas familiares, de uma forma directa ou indirecta podem ir ao encontro

    de vivncias experienciadas pelos alunos ou, por outro lado, podem contribuir

    para uma melhor perspectiva da comunicao e, consequentemente, provocar

    reflexes/anlises de vida.

    5.1. Os filmes

    Dentro das longas-metragens, temos os seguintes filmes:

    5.1.1. Jaime

    Ficha Tcnica:Realizao: Antnio Pedro VasconcelosArgumento: Carlos Saboga e Antnio Pedro VasconcelosProdutor: Lus Galvo Teles, Jani Thiltges e Claude WaringoAno: 1999

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    Gnero: DramaDurao: 111

    Elenco:Sal Fonseca (Jaime)Fernanda Serrano (Marta)Joaquim Leito (Abel)Sandro Silva (Ulisses)Vtor Norte (Garcez)Guilherme Leme (Antnio)Nicolau Breyner (Coluna)Rogrio Samora (Gil)

    Prmios:

    San Sebastin International Film Festival,Espanha (1999) Prmio Especial do JriCaminhos do Cinema Portugus, Portugal(2000) Prmio do PblicoFestival de Cannes, Frana (2000) GrandePrmio Cannes Jnior e Prmio C.I.C.A.EGlobos de Ouro, Portugal (2000) MelhorActor (Vtor Norte), Melhor Realizador eMelhor Filme

    Nomeaes:San Sebastin International Film Festival, Espanha (1999) Melhor FllmeEuropean Film Awards (2000) Melhor Fotografia (Edgar Moura)Brussels International Film Festival, Blgica (2000) Melhor FilmeGlobos de Ouro, Portugal (2000) Melhor Actor (Sal Fonseca) e Melhor Actriz(Fernanda Serrano)

    Sinopse:Madrugada. Padaria no Porto. No meio dos adultos, alguns midos fazem po.Um deles trabalha com uma mquina.Um grito de dor lana a confuso. Maldizendo a sorte, o patro transporta a

    criana ferida ao hospital. Jaime (Sal Fonseca) acompanha-os. Carrega namo um saco de gelo com os dedos decepados do amigo. A violncia da cenano perturba o sangue frio do patro que despede Jaime para evitar problemascom a Inspeco do Trabalho.Este o ponto de partida da aventura de Jaime, um mido com treze anosque trabalha de noite s escondidas da me e do pai, convencido de que odinheiro lhe permitir comprar a felicidade perdida.JAIME no aceita que os pais estejam separados e tudo far para os juntar denovo

    Fonte: http://filmesportugueses.com/jaime/

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    Este filme desenrola-se no Porto, na zona histrica. Achamos interessantemostrar um filme cujo cenrio se centra numa cidade j conhecida pelosalunos.

    Neste filme podemos tratar o trabalho infantil, a precariedade e a corrupo.

    5.1.2. A esperana est onde menos se espera,

    Ficha Tcnica:Realizao: Joaquim LeitoArgumento: Tino Navarro e Manuel AroucaProdutor: Tino NavarroAno: 2009Gnero: DramaDurao: 122

    Elenco:Carlos Nunes (Loureno Figueiredo)Diana Figueiredo (Lusa)Ana Padro (Helena Figueiredo)

    Virglio Castelo (Francisco Figueiredo)Sofia Grilo (Ftima)Tino Navarro (Professor de Matemtica)Toms Wallenstein (Gordo)Jlio Csar (Empresrio)Alcdia Vaz (Ktia)Yolanda (Ana)Nuno Homem de S (Marinho)ngelo Rodrigues (Empregado da Loja de Msica)Heitor Loureno (Professor de Educao Fsica)Sara Graa (Professora na Escola Secundria)

    Loureno Henriques (Gerente da Pizzaria)Jos Carlos Cardoso (Man)Sir Scratch (Rapper)

    Sinopse:Loureno (Carlos Nunes) filho de Francisco Figueiredo (Virglio Castelo), umtreinador de futebol que comea a construir uma carreira de sucesso. Tudocorre bem aos Figueiredos: a equipa de Francisco vai final da Taa dePortugal e Loureno vai receber o prmio de melhor aluno de um dos melhorese mais caros colgios da zona de Cascais. De repente, tudo comea a corrermal. Francisco despedido e Loureno tem de deixar o colgio e passar a

    frequentar uma Escola Secundria oficial cujos alunos so predominantementeda Cova da Moura

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    Loureno, ao mesmo tempo que luta para se integrar numa nova e durarealidade, vai tambm ajudar o Pai a recuperar a dignidade perdida.E a esperana est onde menos se espera

    Fonte: http://filmesportugueses.com/a-esperanca-esta-onde-menos-se-espera/

    Este filme bastante actual e fala de temticas como futebol, a corrupo,desemprego e excluso social.

    Continua na mesma linha do filme anterior por se tratar de uma histriadramtica de uma criana a enfrentar a reviravolta na sua famlia e vida.

    5.1.3. Atrs das nuvens

    Ficha Tcnica:Realizao: Jorge QueirogaArgumento: Jennifer Field e Jorge QueirogaProdutor: Franois dArtemare e Maria JooMayerAno: 2007Gnero: DramaDurao: 83

    Elenco:Nicolau Breyner (Miguel Salgado)Rben Silva (Paulo)Sofia Grilo (Me)Carmen Santos (Irene)Jos EduardoGraciano Dias (Pai)

    Prmios:Caminhos do Cinema Portugus, Portugal(2007) Melhor FilmeToronto International Portuguese Film Festival, Canada (2007) Melhor FilmeStockholm International Film Festival Junior, Sucia (2007) Meno de Honra

    Nomeaes:International Kinder Film Festival Frankfurt, Alemanha (2007) CompetioInternacionalAuburn International Film & Video festival for Childrens & Young audience,Austrlia (2007) Competio Oficial

    International Festival of Television Programs for Children & youth (2007) Prix

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    DanubeCineKid, Holanda (2007) Competio Oficial

    Outros Festivais em que participou:Rio de Janeiro International Film Festival, Brasil (2007)Mostra de Cinema de So Paulo, Brasil (2007)Wien Kinderfilfestival, ustria (2007)Festival de Cinema de San Luis, Argentina (2007)

    Sinopse:Onde te escondes para sonhar?Paulo (Rben Silva), um rapaz de 9 anos, vive com a me (Sofia Grilo) emLisboa. Um dia, descobre um molho de fotografias e, nelas, o av que noconhece. Decide procur-lo, nem que para isso tenha que iludir a me. Num

    monte alentejano, encontra finalmente o av Miguel (Nicolau Breyner), umexcntrico solitrio.A viagem prosseguir agora a dois num antigo e fantstico carro que s acumplicidade e a imaginao sabem fazer arrancar, ao encontro dos segredose das mgoas da famlia

    Fonte: http://filmesportugueses.com/atras-das-nuvens/

    Este filme, numa continuidade dos filmes anteriores, fala de uma criana quelida com o sofrimento da perda.

    De uma forma menos dramtica e mais fantasiosa, o rapaz faz tudo para ter asua famlia de volta e efectivamente aproxima a me do av.

    5.1.4. Momentos,

    Ficha Tcnica:Realizao: Nuno RochaArgumento: Nuno Rocha e

    Victor SantosProdutor: Filmes da MenteAno: 2010Gnero: DramaDurao: 720

    Elenco:Rui Pena (Mendigo)Ana Ferreira (Me)Dbora RibeiroValdemar SantosRicardo AzevedoTeresa Loureiro

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    Diogo BarrosoPedro ResendeVtor Nunes

    Momentos, foi produzido para a LG Portugal com o conceito A vida boa.

    Sinopse:Um mendigo vive em frente de uma loja vazia. Certa noite, surgem doishomens numa carrinha e comeam a colocar televises no interior dessa loja.O mendigo tenta entender o que est a acontecer

    Fonte: http://filmesportugueses.com/momentos/

    Este filme, na mesma linha temtica, trata a famlia, mas tambm a excluso

    social.

    um filme que no pode ser explorado pela oralidade mas no deixa de poderser trabalhado em PLE, recorrendo-se a outras estratgias.

    5.1.5. Mateus,

    Ficha Tcnica:

    Realizao: Augusto FragaArgumento: Augusto Fraga e RuiVieiraProduo: Krypton films em co-Produo com Nova Imagem / 3dHookAno: 2010Gnero: DramaDurao: 636

    Elenco:

    Rita Calada BastosGustavo VicenteMateus Vilela

    Mateus a 3 curta-metragem,realizada para a LG Portugal com oconceito A vida boa.

    Sinopse: a histria de uma criana cuja vida marcada pela instabilidade criada porconstantes discusses entre os pais. Uma noite, a desiluso leva-o a sair de

    casa. Sozinho, perdido, acaba por encontrar um amigo. Um pequeno rob queo vai acompanhar no seu dia-a-dia.

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    Fonte: http://filmesportugueses.com/mateus/

    Este filme tambm se inclui no tema da famlia. uma curta-metragem com

    pouco dilogo mas, por isso mesmo, pode provocar o dilogo na aula, empequeno ou grande grupo.

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    5.2. Propostas didcticas

    5.2.1. Proposta de aula 1

    Nvel: C

    Tema: O cinema portugus

    Guio da Aula

    Expresso Oral

    Compreenso Oral

    Explorao Lexical

    Produo Escrita

    Explorao Lexical

    ompreenso do Oral

    1. Dilogo com a turma sobre cinema1.1. Hbitos de cinema portugus (J viram filmes

    portugueses? No, porque?)

    1.2. Gneros de filmes preferidos.

    1.3. Que filmes portugueses j viram?

    2. Visualizao do trailer de um filme portugus

    2.1. Dilogo sobre o que foi entendido pelo trailer

    2.1.1. Qual a personagem principal?

    2.1.2. Sobre o que fala o filme?

    2.2. Trabalho de grupo: produo escrita de uma

    proposta de sinopse (cerca de 50 palavras)

    2.2.1. Apresentao e correco dos exerccios em

    acetato.

    2.3. Ficha de trabalho da sinopse do filme

    2.3.1. Correco da ficha de trabalho

    3. Visualizao de um excerto do filme Jaime

    3.1. Dilogo sobre o que observaram

    3.1.1. Que personagens esto representadas no

    excerto?

    3.1.2. O que revela este excerto em relao ao

    enredo da histria, que no foi revelado j no

    trailer?

    3.2. Ficha de trabalho individual

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    Explorao Oral

    Investigao

    3.2.1. Correco da ficha de trabalho

    4. Expresses orais

    4.1. Exerccios de explorao das mesmas4.2. Correco dos exerccios

    5. TPC trabalho infantil em Portugal

    6. Distribuio da ficha do filme Jaime e marcao da

    visualizao do filme na ntegra

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    Com base no trailerdo filme Jaime, complete os espaos em branco, Com

    base no trailer do filme Jaime, complete os espaos em branco,

    selecionando do quadro abaixo transcrito a expresso que melhor seadequa no contexto

    Jaime

    SINOPSE

    Madrugada. Padaria no Porto. No meio dos adultos, alguns _____1_____

    fazem po. Um deles trabalha com uma mquina.

    Um grito de dor lana a confuso. Maldizendo a sorte, o patro transporta a

    criana ferida ao hospital. Jaime acompanha-os. Carrega na mo um saco de

    gelo com os _____2______ do amigo.

    A violncia da cena no perturba ______3______ que despede Jaime para

    evitar problemas com a Inspeco do Trabalho.

    Este o ponto de partida da 'aventura' de JAIME, _____4______ que vive

    ____5_____ com a sua me, ______6_____.

    Jaime pensa que _____7_____ foi causada pelo roubo da mota do pai, que

    fez com que ele perdesse o emprego. O rapaz _____8_____ s escondidas da

    me e do pai, convencido de que _____9_____ lhe permitir comprar a

    felicidade perdida.

    Jaime no aceita que ___10________ e far tudo para ___11_______

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    1 a. padeiros b. midos c. grados d. crianas

    2 a. dedos decepados b. plos decepados c. laches d. cortes

    3 a. o sangue frio do

    amigo

    b. o bom humor do

    patro

    c. Jaime d. o sangue frio do

    patro

    4 a. um mido bem

    disposto

    b. um mido com

    treze anos

    c. um jovem d. um rapaz

    pequeno

    5 a. em Vila Nova de

    Gaia

    b. na ribeira c. na cidade do

    Porto

    d. beira mar.

    6 a. e padrasto. b. que quer seguir

    uma carreira

    c. pois seu pai est

    para fora

    d. que se separou

    recentemente do

    seu pai.

    7 a. a separao b. a unio c. o afastamento d. a infelicidade8 a. pede dinheiro b. comea a c. deixa de ir d. visita o pai

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    trabalhar escola

    9 a. crdito b. uma casa c. o dinheiro d. o casamento

    10 a. os pais estejamseparados

    b. a mota tenha sidoroubada

    c. o dinheiro nochegue

    d. o pai more longe

    11 a. ficar com o pai b. que se voltem a

    ver

    c. morarem num

    apartamento

    d. os juntar

    novamente

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    Ficha de questes de compreenso aps a visualizao de um excerto do filmeJaime.

    1. Responda s seguintes questes de escolha mltipla

    A me fica irritada ao ouvir o filho falar do pai porque:

    a) o pai toxicodependente.b) Acha que o pai no vela nada.c) no quer que Jaime fique com o pai.d) o pai a traiu.

    Ao chegar a casa, Jaime:

    a) simula que dormiu em casa.b) vai ver a irm.c) v se a me dorme.d) vai para o seu quarto.

    Jaime fala ao homem do bar.

    a) O homem oferece-lhe um emprego a lavar a loia.b) Jaime pede emprego no bar.c) O homem oferece-lhe emprego num filme que vai fazer onde pagam

    bem.d) O homem diz que ele no tem idade para lavar a loia.

    Jaime chega a casa vindo:

    a) do trabalho.b) da escola.c) de comprar o po.d) de estar com o pai.

    Antnio :

    a) o patro da me de Jaime.b) o namorado da me de Jaime.c) Imigrante.d) o sustento da famlia.

    A relao do pai e da me de Jaime est acabada:

    a) por questes econmicas.b) porque o pai est desempregado.

    c) porque a me no o ama.d) porque a me se apaixonou por Antnio.

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    Jaime mora:

    a) num bairro social.

    b) na ribeira do Porto.c) numa moradia da zona industrial.d) na ribeira de Vila Nova de Gaia.

    Indique a relao de Antnio e Jaime.

    a) Antnio padrasto de Jaime.b) Jaime gosta de Antnio.c) Jaime quer que Antnio seja o sustento da famlia.d) Jaime acha que Antnio prejudica a famlia.

    2. No excerto do filme so usadas expresses da oralidade.2.1. Identifique a(s) personagem(ns) que a(s) utiliza(m).2.2. Indique a personagem dizer com cada uma das expresses transcritas.

    Olha que acordas o Antnio

    _______________________________________________________________

    No julgues

    ______________________________________________________________

    E depois?

    _______________________________________________________________

    Ests a ver?

    ______________________________________________________________

    3. Atenda s expresses abaixo transcritas.

    Passa a vida a pedir dinheiro

    Ajuda a

    Estou-me nas tintas

    Que que tens a ver com isso?

    No me digas que ests com cimes

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    V l

    Olha

    3.1. Explicite o significado de cada uma dessas expresses.

    a.______________________________________________________________

    b.______________________________________________________________

    c.______________________________________________________________

    d.______________________________________________________________

    e.______________________________________________________________

    f. ______________________________________________________________

    g.______________________________________________________________

    3.2. Crie um dilogo em que reutilize trs dessas expresses, respeitando a

    indicao do ambiente que lhe foi atribudo para a interao.

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    __________________________________________________________

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    Ambientes:

    Ambiente Escolar

    Ambiente Comercial

    Ambiente de EscritrioAmbiente Familiar

    Ambiente Noturno Discoteca

    Ambiente Desportivo

    Ambiente Turstico

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    Atravs da leitura dos seguintes artigos na Internet, responda s questes:

    http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=994393

    http://www.peti.gov.pt/docs/trabalho_infantil_sociedade_portuguesa.pdf

    Indique quantas crianas, em Portugal, estavam em actividade em 1998.

    _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Explicite que trabalho foi feito no sentido de erradicar o trabalho infantil emPortugal desde ento.

    _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    Indique qual a situao actual.

    _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Apresente as actividades laborais que so mais comuns no trabalho infantil.

    _______________________________________________________________

    ______________________________________________________________________________________________________________________________

    Para finalizar, pode dirigir-se a http://www.peti.gov.pt/quiz.asppara responder aum quiz acerca do tema.

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    5.2.2. Proposta de aula 2

    Nvel: C

    Tema: O cinema portugus

    Guio da Aula

    Expresso Oral

    Expresso Oral

    Explorao Lexical

    Produo Escrita

    Explorao Lexical

    ompreenso do Oral

    1. Correo dos trabalhos de casa sobre trabalho infantil1.1. O que pensam que motiva o trabalho infantil?

    1.2. Acham que possvel hoje em dia haver trabalho

    infantil?2. Apresentao do ttulo do filme A esperana est

    onde menos se espera e comparar com o filme

    Jaime

    3. Visualizao do cartaz/capa do filme A esperana

    est onde menos se espera

    3.1. Dilogo sobre o que conseguem compreender pela

    capa.3.1.1. Qual a personagem principal?

    3.1.2. Sobre o que falar o filme?

    3.2. Visualizao de uma sequncia de imagens do

    filme

    3.2.1. Que se consegue entender com esta

    sequncia?

    3.2.2. Personagens? Local?

    3.3. Trabalho de grupo: produo escrita de uma

    proposta de sinopse (cerca de 50 palavras)

    3.3.1. Apresentao e correo dos exerccios em

    acetato.

    3.4. Visualizao de uma pequena reportagem do

    filme.

    3.4.1. Levantamento das palavras-chave do filme:

    Corrupo, excluso social e relao pai-filho.

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    Explorao Oral

    Investigao

    3.4.2. Eleio da sinopse que mais se aproxima

    com a realidade do filme.

    4. Visualizao de um excerto do filme A esperana estonde menos se espera

    4.1. Dilogo sobre o que observaram

    4.1.1. Que personagens esto representadas no

    excerto?

    4.1.2. O que revela este excerto em relao ao

    enredo da histria, que no foi revelado j na

    sequncia de imagens?4.2. Ficha de trabalho individual

    4.2.1. Correo da ficha de trabalho

    5. Expresses orais do excerto do filme

    5.1. Exerccios para a sua explorao

    5.2. Correo dos exerccios

    6. Distribuio da ficha do filme A esperana est onde

    menos se esperae marcao da visualizao do filme

    na ntegra.

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    Imagens do filme A esperana est onde menos se espera:

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    Ficha de questes de compreenso aps a visualizao de um excerto dofilmeA esperana est onde menos se espera.

    1. Responda s seguintes questes de escolha mltipla

    O edifcio que aparece em primeiro lugar

    a) a escola do Lourenob) o colgio do Lourenoc) a escola da me do Lourenod) o ATL (Atelier de Tempos Livres) do Loureno e da me

    A turma onde o Loureno est

    a) mistab) indisciplinadac) problemticad) exemplar

    Os colegas de Loureno

    a) so indiferentes presena de Lourenob) no gostam de Lourenoc) so s colegas

    d) so amigos de Loureno

    Marinho acha que o jogo

    a) foi uma desgraab) foi interessantec) foi muito bomd) foi uma derrota

    Francisco vai fala com Ernesto

    a) num restauranteb) num cafc) num bard) num bufete

    Francisco vai falar com Ernesto, porque

    a) no recebeu o ordenado de h dois mesesb) foi despedido e no tinha sido informadoc) foi despedido e vinha ali receber o ordenado a que tinha direito

    d) Ernesto lhe devia dinheiro

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    Ernesto

    a) amigo de Francisco

    b) treinador do clubec) gerente do clubed) presidente do clube

    Francisco no recebe o dinheiro que lhe cabe, porque

    a) o presidente do clube est chateado com eleb) o presidente do clube s tem dinheiro para pagar aos jogadoresc) Ernesto tambm no recebeud) no tem direito a esse dinheiro

    Depois da conversa com Ernesto,

    a) Francisco arranjou empregob) Francisco conseguiu o seu ordenadoc) Francisco zangou-se com Ernestod) ficaram de se encontrar mais uma vez para falar de outros clubes

    Ernesto no arranja outro clube para Francisco, porque

    a) ele um treinador desleixado

    b) um pssimo treinadorc) um treinador injustod) um treinador extremamente ntegro

    Nas frias, a famlia Figueiredo vai para

    a) o Algarveb) Parisc) Aveirod) as Ilhas Canrias

    Em relao s frias, a famlia

    a) est toda entusiasmada com a viagemb) esto aborrecidos por o pai no irc) o pai informa-os de que no vod) s o filho est entusiasmado por ir ter com os amigos

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    Durante a discusso, pai e filho

    a) esto irritados por no irem de frias

    b) discutem, porque nunca esto juntosc) ficam tristes, porque as frias eram a altura mais importante para os doisd) discutem, porque Francisco no quer dar boleia ao filho

    Depois da discusso, Loureno

    a) sente-se injustiadob) compreende o paic) fica um pouco tristed) decide ir de frias na mesma

    2. No excerto do filme so usadas expresses da oralidade.3.1. Identifique a(s) personagem(ns) que a(s) utiliza(m).3.2. Indique o que a personagem quer dizer com cada uma das expresses

    transcritas.

    Fiquem vontade

    _____________________________________________________________

    No preciso de ti para nada

    _______________________________________________________________

    Fecham-me as portas

    _______________________________________________________________

    Vai ser fixe

    _______________________________________________________________Esforcei-me bu

    ______________________________________________________________

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    Transcreva a situao em forma de dilogo, utilizando a expresso oralindicada, tal como o exemplo:

    Ernesto diz que o presidente do clube est farto de Francisco. (est-te com ump)

    Ernesto O gajo est-te com um p!_________________________________

    Francisco no pode ficar sem emprego. (dar-me ao luxo)

    _______________________________________________________________

    O pai de Loureno acha que o filho o usa s para boleias. (s existo chofer)

    _______________________________________________________________

    A me de Loureno pede ao filho para verificar se os cales lhe servem. (vl)

    _______________________________________________________________

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    5.2.3. Proposta de aula 3

    Nvel: C

    Tema: O cinema portugus

    Guio da Aula

    Expresso Oral

    Compreenso oral

    Produo Escrita

    Explorao Lexical

    Produo Escrita

    1. Aps a visualizao do filme Atrs das Nuvens de

    Jorge Queiroga, oralmente:

    1.1. Identificar o gnero, justificando

    1.2. Opinio pessoal sobre o filme1.3. Descrio sobre o que sentiram

    2. Ficha de trabalho de compreenso do filme

    2.1. Organizao do enredo da histria

    2.2. V ou F acerca do filme

    2.3. Caracterizao de personagens

    2.4. Correco da ficha de trabalho

    3. Expresses de Oralidade3.1. Jogo de caracterizao de personagens com

    expresses de oralidade

    3.2. Exerccio de identificao e significado das

    expresses orais

    3.3. Correco do exerccio

    4. TPC texto crtico em relao ao filme

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    Ficha de questes de compreenso aps a visualizao do filme Atrs dasnuvens de Jorge Queiroga

    1. Organize os seguintes momentos do enredo do filme:

    A me vai buscar Paulo.

    O av de Paulo leva-o ao autocarro.

    Paulo planeia a fuga.

    Paulo visita a antiga casa dos pais.

    Paulo descobre o que se passou com o pai.

    O av leva o Paulo no seu carro.

    Paulo conduz o carro sozinho.

    O av de Paulo fica doente.

    Paulo chega a casa do av.

    Paulo chega ao Alentejo.

    2. Indique se so verdadeiras ou falsas as seguintes afirmaes:

    Paulo fugiu de casa porque estava aborrecido com a me. _______

    O av de Paulo no reconheceu o neto. __________

    O av no gostava de ter o neto em casa. ________

    A me de Paulo culpava o av da morte do pai de Paulo. _________

    Paulo perdeu-se no Alentejo. _______

    A me de Paulo adorou ver o carro do av. ________

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    3. Caracterize as personagens do filme, ligue as personagens s suascaractersticas:

    Paulo

    Av

    Me

    Teimoso/a

    Preso/a ao passado

    Velho/a

    Em busca de respostas

    Magoado/a

    Alegre

    Sonhador/a

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    5.2.4. Proposta de aula 4

    Nvel: C

    Tema: O cinema portugus

    Guio da Aula

    Compreenso oral

    ompreenso escrita

    Produo Escrita

    Produo oral

    Explorao Lexical

    1. Visualizao da curta-metragem momentos de Nuno

    Rocha

    1.1. Em grupo, criao de uma sinopse para o filme.

    1.2. Apresentao e correco das sinopses1.3. Escolha da melhor sinopse

    2. Ficha de trabalho sobre o filme

    2.1. Verdadeiro ou falso

    2.2. Escolha mltipla

    2.3. Correco da ficha de trabalho

    3. A pobreza e os sem-abrigo

    3.1. Leitura de uma crnica Menos pobres de PedroAdo e Silva

    3.2. Ficha de trabalho de compreenso do texto

    3.3. Correco da ficha de trabalho

    3.4.Dilogo sobre o tema do filme e do texto

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    CRNICA ESPECTADOR COMPROMETIDO

    Menos pobrespor Pedro Ado e Silva, Publicado em 19 de Dezembro de 2009

    No passa muito tempo sem que sejamos confrontados com os nveis intolerveis de

    pobreza em Portugal. bom que tenhamos presente a dimenso do problema ajuda a

    manter o combate !s desigualdades como prioridade poltica. Por"m# ao mesmo tempo queisso acontece# conv"m valorizar colectivamente o muito que vai sendo feito para enfrentar o

    fen$meno.

    %sta semana# no meio do pessimismo que varre o pas# o padre &ardim Moreira# da 'ede%uropeia (ntipobreza# revelava o seu espanto com o sucesso da estrat"gia nacional para os

    sem)abrigo# que est a ultrapassar as melhores e*pectativas. Metade dos objectivos

    tra+ados para seis anos foram alcan+ados em nove meses e s$ no Porto mais de mil pessoasdei*aram de dormir nas ruas. & a (ssocia+o Nacional de ,ireito ao -r"dito celebrou dez

    anos# durante os quais apoiou# atrav"s do microcr"dito# o empreendedorismo emancipador

    de mais de mil pobres. No final da semana# o presidente da -ais sublinhava que

    sem transferncias sociais (entre elas o rendimentomnimo) a nossa taxa de pobreza seria de 41%.

    o motivos de satisfa+o# mas servem tamb"m para revelar como o nosso sucesso relativo

    na resposta ! pobreza mais grave no tem sido acompanhado pelo combate ao conjunto das

    desigualdades. e temos hoje instrumentos para combater as formas e*tremas de pobreza#continuamos estrangulados por nveis salariais que fazem dos trabalhadores uma parte

    importante dos pobres. isso que est em causa com aumentos do salrio mnimo acima

    dos dos m"dios.

    Politlogo

    Publicado em http://www.ionline.pt/conteudo/38354-menos-pobres

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    Ficha de questes de compreenso aps a visualizao da curta-metragem Momentos de Nuno Rocha.

    1. Organize os seguintes momentos do enredo do filme:

    A televiso projecta a cara do sem-abrigo.

    Ele enxota os outros sem-abrigo.

    A filha abraa o pai.

    Levanta-se para ver as televises.

    So instaladas as televises.

    Comea a ser projectada a famlia do sem-abrigo

    Chega uma carrinha com a famlia.

    Outros sem-abrigo juntam-se a ele.

    2. Descreva o que o sem-abrigo sentiu com toda a experincia.

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    ______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

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    5.2.5. Proposta de aula 5

    Nvel: C

    Tema: O cinema portugus

    Guio da Aula

    Compreenso oral

    Produo oral

    ompreenso escrita

    Produo Escrita

    Produo oral

    1. Visualizao da curta-metragem momentos de Nuno

    Rocha

    2. Dilogo acerca da situao visualizada.

    3. Ficha de trabalho sobre o filme3.1. Escolha mltipla

    3.2. Perguntas de resposta directa

    3.3. Correco da ficha de trabalho

    4. Em grupos, criao de um guio com falas para as

    personagens

    4.1. Encenao desse guio na aula.

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    Ficha de questes de compreenso aps a visualizao da curta-metragemMateus

    A. Responda s seguintes questes de escolha mltipla.1. Quando os pais de Mateus discutiam, Mateus:

    a) Corre atrs do co;

    b) Foge;

    c) Esconde-se na floresta.

    d) Vai procura de um lugar novo.

    2. Os pais de Mateus discutem:a) Por causa de dinheiro;

    b) Por causa de Mateus;

    c) Porque esto fartos um do outro;

    d) Porque j no gostam um do outro

    3. O rob entra no seio familiar:

    a) Para animar Mateus;

    b) Para filmar tudo o que se passava;

    c) Para ganhar uma famlia;

    d) Para chamar a ateno dos pais de Mateus.

    4. A relao de Mateus com o co:

    a) de suporte emocional;

    b) idntica que tem com os pais;

    c) de brincadeira;

    d) de dependncia.

    5. Mateus usa o rob principalmente para:

    a) Brincar;

    b) Se alhear do problema;

    c) Explorar o que o robot faz;

    d) Filmar;

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    B. Responda s seguintes questes:

    1. Indique onde Mateus encontrou o rob.

    ______________________________________________________________________________________________________________

    ___________________________________________________

    2. Mateus uma criana feliz ou infeliz? Justifique.

    _______________________________________________________

    _______________________________________________________

    __________________________________________________

    3. Acha que o rob concluiu a sua misso? Justifique._______________________________________________________

    _______________________________________________________

    _______________________________________________________

    _______________________________________________________

    __________________________________________________

    C. Descreva num pequeno texto, o que faria se fosse o rob.

    __________________________________________________________

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