confederação dos indios guerens

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CONFEDERAÇÃO DOS INDIOS GUERENS CONFEDERAÇÃO DOS INDIOS GUERENS BORGES DE BARROS, Francisco. Bandeirantes e Sertanistas Bahianos. Bahia: Imprensa Official do Estado, 1919, (p.p. 173-194). Confederação dos IndiosGuerens 1568 João Amaro Depois da pacificação dos Aymorés, os Guerens retiraram-se para o sertão. Reapareceram durante a invasão hollandeza fazendo investidas pelas mattas e pela Villa de Ilhéus; e afim de se poderem retirar com dia assaltavam a Viilla pela manhã. Correndo, levantavam o seu grito de guerra e em um instante, cahiam mortas as pessoas por eles attingidas. Em Ilhéus, Camamú, Cayrú, Boipeba e Porto Seguro, famillias inteiras foram exterminadas. Após a chacina da família de Bartholomeu Lopes da França, resolveu o Governador Alexandre de Souza Freire pôr côbro a semelhantes desatinos. Levantou forte em Cayrú e entregou o commando ao Capm. Manoel Barbosa de Mesquita que na primeira investida, foi morto. Após este desastre o Governador recorreu aos Paulistas, tomando serviço, mediante a somma de 800 cruzados, um corpo desses homens resolutos commandadospor João Amaro.

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Este é o fichamento do livro Bandeirantes e Sertanistas Bahianos, de Francisco Borges de Barros, que foi escrito em 1919. Este fichamento é da parte do livro de trata da Confederação dos índios Guerens - conhecidos como os botocudos.

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  • CONFEDERAO DOS INDIOS GUERENS

    CONFEDERAO DOS INDIOS GUERENS

    BORGES DE BARROS, Francisco. Bandeirantes e Sertanistas Bahianos.

    Bahia: Imprensa Official do Estado, 1919, (p.p. 173-194).

    Confederao dos IndiosGuerens 1568

    Joo Amaro

    Depois da pacificao dos Aymors, os Guerens retiraram-se para o

    serto.

    Reapareceram durante a invaso hollandeza fazendo investidas pelas

    mattas e pela Villa de Ilhus; e afim de se poderem retirar com dia assaltavam

    a Viilla pela manh.

    Correndo, levantavam o seu grito de guerra e em um instante, cahiam

    mortas as pessoas por eles attingidas.

    Em Ilhus, Camam, Cayr, Boipeba e Porto Seguro, famillias inteiras

    foram exterminadas.

    Aps a chacina da famlia de Bartholomeu Lopes da Frana, resolveu o

    Governador Alexandre de Souza Freire pr cbro a semelhantes desatinos.

    Levantou forte em Cayr e entregou o commando ao Capm. Manoel

    Barbosa de Mesquita que na primeira investida, foi morto.

    Aps este desastre o Governador recorreu aos Paulistas, tomando

    servio, mediante a somma de 800 cruzados, um corpo desses homens

    resolutos commandadospor Joo Amaro.

  • Joo Amaro trouxe um corpo de adestrados caadores de homens,

    sendo a maior parte Indios ensinados e encaminhou-se para os sertes a dar

    caa aos Guerens.

    Percorreu a costa sul, atravessou as mattas de Ilhus, os rios Pardo,

    Jequitinhomha, Salsa e foi ao S. Francisco, matando selvagens, destruindo

    aldeias e abrindo estradas.

    Os prisioneiros foram remetidos para este Capital e vendidos por 10

    cruzados por cabea para os servios dos engenhos.

    Foi to bem feito o trabalho de Joo Amaro, que por mais de meio

    seculo no se tornou a ouvir falar em tropelias dos indigenas.

    Em recompensa, Joo Amaro recebeu uma grande sesmaria e o

    senhorio de uma Villa que se lhe permitiu fundar, e que effetivamente principiou

    do lado da Bahia com o nome e invocao de Santo Antnio, nome a que o

    povo com razo substituiu o do mesmo fundador.

    Vendendo sua sesmaria, voltou Joo Amaro sua terra natal,

    provavelmente para continuar na antiga vida aventureira.

    Muitos de seus companheiros obtiveram sesmarias nas novas

    conquistas.

    Estevo Ribeiro Bayo Parente e

    Braz Rodrigues de Arzo 1673

    O [sic] bandeirantes paulistas Bayo Parente e Rodrigues de Arzo

    chegaram a Bahia em 1671, commandando duas grandes bandeiras.

    Estas bandeiras venceram em 1673 os Indios de Maracs e Orob.

    Os Indios aprisionados foram remetidos a Casa forte do Paraguass e

    logo aps para Ibituruca e Piranhas.

  • As ultimas aldeias vencidas F. Freire foram as de PixoPixo e as de

    Camiso.

    Os chefes bandeirantes fora felicitados pelo Governador Geral que lhes

    recompensou com terras e com o captiveiro de indios.

    Rebelio dos Barbaros da Regio Central da Bahia

    No frutificaram por largo tempo os inestimaveisbeneficios feitos pelos

    audazes bandeirantes paulistas Joo Amaro, Estevo Ribeiro Bayo e

    Rodrigues de Arzo.

    Causas diversas influiram para este estado de cousas, que se foi

    tornando indefinido, assumindo propores de pouca significao, quando as

    vistas da Cora se voltavam para assumptos de maior monta, enumerando-se

    os da guerra da Hollanda, que absorveu, nos extremos, os recursos da Colonia

    e os haveres de Portugal, sobre que como tambem sobre o Brazil, recahio o

    peso da campanha feita pelos Estados-Gerais; ora, tangenciando pela

    gravidade mais ameaadora.

    E assim que as regies batidas pelos expedicionarios paulistas, no

    tardaram em ser o theatro de novos acontecimentos que se extremaram em

    sangrias e latrocinios.

    No h negar no valor militar dos bandeirantes paulistas, mas a luz

    desses novos documentos que vo surgindo, dia a dia, vamos nos

    apparelhando com dados seguros dos indigenas do sul muito se differenciavam

    das daquelles que habitavam as latitudes septntrionaes [sic].

    Eram mais violentos os lances dos sulistas; tribus ou naes que se

    revoltassem, confederadas ou no, tinham no pulso forte daquelles

    aventureiros, a represso mais tremenda na altura da ofensa.

    O exito proveitoso na correrias [sic] do sul decorria do unico facto de

    escorrazar e expelir dos pontos conflagrados as tribus que encarniadamente

  • embargavam o passo dos caadores de ouro e aos descortinadores dos

    sertes.

    Vencidas as naes de indios aguerridos, os restantes procuravam as

    terras mais centraes ou ento demandavam o norte, onde se aliavam a outras

    raas.

    Levas de Aymors, subjugados por Mem de S, e variastribus da raa

    Tapuyasemprehenderam desde os primeiros anos da [sic] desbravamento dos

    sertes do sul um a [sic] longa jornada.

    Uns procurara as terras do Matto-Grosso, outros, errebanhando em sua

    marcha alguns alliados, estacionaram nos sertes da Bahia, Pernambuco

    Piauhy, Goyaz e Maranho.

    - Observa-se que os aborigens perseguidos nas paragens do sul foram

    constituindo, pela premente necessidade de conservao, os seus pontos de

    resistencia no centro e nordeste da Colonia.

    No foi baldada a longa peregrinao dos Aymors, por entre os

    Botocudos, Nomgoys [sic], os Payayzes, os Orizes e Procazes, os Guerens,

    os Galaches, AnaysAramarizes, Kariris, Piocolegs e tantas outras que

    habitavam o norte.

    Desbancados os Guerens, os restantes casaes internaram-se e 1673 na

    mattas dos Rios das Contas, Pardo, Grongogy, e Jequitinhonha e

    confederados com os Payayzes, os Mongoys os Botocudos, os Maracs.

    Rstes [sic], por sua vez, aliados dos Aramarizes, os Orizes e Procazes, os da

    Pedra Branca, de Jaguaripe e Maragogipe, inicirvam [sic] a terceira e mais

    prolongada phase de resistencia aos brancos invasores.

    Ao elemento indigenaalliava-se um outro de no menos importancia: os

    negros fugidos ao captiveiro, os quaes se aquilambavam nos recessos das

    mattas.

    As resolues regias considerando livres os selvicolas,apezar de seu

    rigorismo o no tinham applicao pratica: e entre os dictames da justia, raras

    vezes efficiente neste particular e a aco dos catechisadores e dos

  • Sertanistas e bandeirantes s uma soluo se lhes afigurava plausivel: a

    revolta.

    Reduzidos por Joo Amaro, no cessram de toda guerra, j ento

    insuflada pelos negros dos mocambos.

    Mas um facto grave, que lhe offendeu o amor proprio, reacendeu a

    rebelio, ento levantada pela nao Jaguaripe. Em 1651, em virtude da Carta

    Regia de 2 de Maro, foram tirados dessa tributrescasaes que se pediram para

    vigiar os Tapuyas do norte que faziam parte dos confederados Cariris.

    Tanto bastou para o inicio da nova e prolongada campanha que durou

    at 1806, ora attenuada, ora desordenada e sangrenta.

    Puzram-se de novo em p de guerra os alliados deu [sic]

    Confederao dos Guerens.

    Desceram os barbaros do Rio S. Francisco, Para Cuja represso foi

    nomeado Francisco de Souza Almeida.

    Os de Cayr atacaram as fronteira de madeiras Os da Serra da Tiba

    uniram-se aos negros e atacaram o Rio S. Francisco, encontrando resistencia

    em Felisberto Ribeira Lisboa.

    Joo Roz Vieira foi mandado reprimir os negros fugidos que se uniram

    aos Barbaros do Rio das Contas.

    Joo Ribeyro Dias, Franc da Silva Sampayo, Manoel Mendes Maria,

    Jos da Motta Verde, Joo de Souza Fereyra, Nicollau de Souza e Silva foram

    incumbidos pela Cora de bater os indios e mocambos que levantram

    desdeJaguaripe, Jequitinhonha, Rio Pardo, Rio de Contas, Cayr, Conquista

    at Arassuahy.

    As sortidas desses Barbaros eram to violentas quanto as dos

    selvagens que se rebelaram em Cear Grande, Ass, Piranhas e outras partes

    do nordeste.

    bem de aquilatar o prejuizo da CoraPortugueza.

  • Basta dizer-se que estava em franco desenvolvimento a minerao de

    ouro em Jacobina, Rio de Contas e norte de minas e o levante dos

    Barbarosneutralisava os progressos dessa industria em uma epoca em que

    Portugal anceava pelos cabedais do Brazil para fazer face s indemnisaes

    de guerra e ao fausto da realeza.

    Alm do mais, grandes desordens, roubos e descaminhos do ouro se

    desenrolavam effectuavam em Arassuhy, Serro do Frio no arraial de Matias

    Cardoso.

    Manoel Maya da Hora e Isidorio Pacheco formaram em Arassuahy uma

    conspirao, de que como corollario, se tem derivado todas as mais que,

    repetidamente, estavam em nos nossos sertes como os mesmos agentes, os

    bandoleiros, os Jagunos, os garimpeiros que do casa s tristes scenas que

    nos deprimem.

    Amotinados, elles, frente de grande massa de povo, derrubaram o

    mastro, onde na Casa de Fundio, se levantava o estandarte real e o fim era

    de deporem Pedro Leolino Maris do cargo de Superintendente das minas.

    Aberta a devassa, apurou-se a responsabilidade do Padre Fellippe Pinto,

    intituladoVigarioforaneo e o Governo attendeuao pedido do PedroLeolino Maris,

    creando um Regimento de Drages, cujo comando foi confiado a Belchior dos

    Reys de Mello.

    Este regimento ter por misso, disse o Superintentente [sic] ao Vice

    Rey, preservar a Casa de Fundio das Minas, conter os sediciosos, guardar

    as estradas, quintar o ouro, impedir a extracodelle e cohibir os abusos dos

    vigrios. (*)

    Nota de rodap da pgina 176

    ______________

    (*) Os IndiosGuerenspossuiam muitas terras nos seusaldeamentos, e foram esbulhados pelosinvasores nos ultimosdias do Imperio.

  • Outras providencias foram pedidas por Pedro Leolino Maris, que com

    Pedro Barbosa Leal e Quaresma Deogado foi o grande capitaneador do

    movimento do centro, fertil em ouro.

    Decorrente dellas, nomeou por carta patente Domingos Dias do Prado

    para a conquista do gentil brbaro de corso que occupava as vizianas das

    minas novamente descobertas nos rios Jequitinhonha, Piaguhy e Arassuahy,

    do serto desta capitania, de modo que os Indinos no impedissem o

    prosseguir em novos descobrimentos to uteis aos reaes interesses, no sendo

    de menor consequencia o de se evitar o descaminho do ouro que say por todas

    estradas daquelles sertes.

    Franc Dias Prado, Pedro Ferreyra da Silva, Geraldo Domingos, Manoel

    Moreyra de S, Luiz Dias de Souza, Domingos Adorno e outros foram

    encarregados de reprimir os Indios confederados, [sic] fazer descobrimentos

    no centro da Bahia e norte das minas, franquear os sertes incoginto e fazer

    publicas as minas que nelle h. (Patente 1730)

    *

    * *

    As resistencia, pois, dos bandeirantes e sertanistas bahianos ps-se em

    campo durante grande periodo de 1651 a 1806.

    Os aborgenes, da regio centra da Bahia, allliados aos negros dos

    mocambos que a infestavam, traaram naquellaepoca remota a diretriz a ser

    seguida pelos seus descendentes, derivados dos innumeros cruzamentos de

    raas que ali se encontravam.

    As guerrilhas, os levantes inopinados, os morticnios e sangreiras, to

    commmuns na [sic] regies compreendidas entre Conquista, Maracs,

    Condeba, Ilhos, cabeceiras dos rios de Contas, Jequitinhonha, Pardo,

    Gurungogy, Belmonte, Macahubas, Lavras Diamantinas e toda margem do S.

    Francisco, encontram as suas origens no banditismo que assolou esses

    sertes durante o periodo acima citado.

  • Elementos perigosos que aqui se perpeturam pela descendencia,

    agravados pela carencia de instruco que os chamasse obidiencia e pela

    falta de communicaesfaceis, por cujo o meio se effetivasse a aco dos

    governos, so ellas os mesmos, so estas as mesmas causas que, por

    seguros, tm convulsionado os sertes do norte, onde ficaram as indesejaveis

    reservas dos descendentes dos antigos Cariris e tantas outras tribus citadas

    em outro capitulo, e que se tem desenvolvido no Cear, em Pernambuca e na

    Bahia com a variedade de denominaes: Guerreiros e Milites em Remanso

    e Pilo Arcado; Volta Grande na Chapada Diamantina; Cavinoteiros em

    Remanso;tragedia de Jequi por Zezinho dos Laos e sucedneos; Brotas de

    Macabas, com a reedio de Barra dos Mendes; as tropelias dos Cauasss e

    Rabudos, Canudos com seus funereos sucessos a hecaqombe de Tamandu,

    em Conquista.

    A luz da vasta documentao, at ento seputada no olvido, e como

    estudo dessa amalgama de raas que occupam os nossos sertes, pode-se

    hoje assentar em bases bem seguras as causas determinantes desses factos

    que tem seus manadeiros nesse passado longinquo. Aqui ficam estes leves

    traos para serem bem definidos por quem com competencia o possa fazer.

    ......................

    Carta do Conde de Obidos, em que d providencias para a represso dos Tapuyas.

    PARA O CAPM-MR DOR [sic] ILHOS MANOEL PEREIRA DEA ...

    (Extrahido de restos de Cartas do anno de 1664. Estes docs. Foram muito

    estragados pela agua, sendo necessarioleval-os ao sol)

    ......................

    Sinto a hostilidade que os Tapuyas fizeram:.....nesta Capitanya se

    padecem tambemsem remedio havendo toda preveno que os pode.....ser

    melhor meyo para a segurana ver se pode vir domesticas ainda que

    vizinhos.......impossivel o reparo daquelle dano que sempre fazem de

    improviso, por mayor que seja o cuidado e poder. Contudo se prevenindo V. M.

    e ajudando os Indios nas aldeas, e mais gente.......obrigada e capaz de os ir

    buscara sua Alda e de toda Capitanya; e lhe parece que surte o effeitoinfalivel

  • para que ha vez se livrem esses moradores do perpetuo susto em que vivem:

    por esta dou a V. M. poder e lhe ordeno que reconduza todos os Indios de

    quaesquerAldas, e os mulatos livres, e gente que voluntariamente quizer ir a

    essa entrada (como beneficio tanto de todos) e aja ou mande fazer pela pessoa

    de que mais confiana despuzer: pois h o unicoremedio que tem essa

    Capitania destruir os Tapuyas e atemorizar os que escaparem de maneyra que

    nam tornem mais a ella, ou melhor os obrigue a hapas perpetua. Mas se ha

    inconvenientes que se difficutem estas entrada, e s com assistirem a

    ellaalgsIndios do Camam, se pde evitar o dano; V. M. os mande ir

    alternadamente com essa obrigao: mas eu considero que se as companhia

    de infantaria, que estam de guarniam nas cabeceiras de Jaguaripe, e

    ...............................................................................................................................

    ......(no se l) Pelo que se manda destruir esses Tapuyas....... parecerahy os

    mais experimentados e a Camara com que V. M. consultar esta minha carta

    de ordem que se poders com bom successo, e p mais excitar a vontade dos

    que ella forem seus todos os Tapuyas, que cativarem, na forma do ultimo

    assento que esta Capitanya tem parecido. E do que se assentar me far logo

    aviso com suma brevidade p mandar as ordens que forem necessarias e a de

    que ha de levar a cabo, e mandando V. M. noticia de tudo que convier sobre

    esta maneira e a nomeao da pessoa que pode ir por cabo e que numero de

    gente poder mandar ajuntar, e que plvora e munioensseramnecessarias.

    Guarde Deus a V. M. B e de Abril 1 de 1664.

    Conde de Obidos

    ..............................

    Carta para o Capito-mr da Capitanya dos Ilhos Manoel PeyxotoDea

    Suposto no querer o Tapuya ajuda alga para sua guerra: V. M. em

    virtude dessa Carta mande por copiadella autentica pedir a todos as Capitanias

    de que se posso tirar Indiosp favorecer os Tapuyas e que esse ......deseja

    ajudar, todos que forem necessarios, que os Capitaesmres os daramnam

    impedindo ao de Porto Seguro occupaam dos que aly tem a sua ordem.

  • E porque os Tapuyas no querem mais ajuda que a dos Indios, e esses

    no sabem usar das armas de fogo, e a plvora se pode molhar e perder e com

    o murram dar de noyte noticia sua a seus contrarios, e a frecharia h a arma

    mais secreta, namconvemmardar-sepolvora porque com ella no percam o

    bom successo. Nosso Senhor. B e de Abril 19 de 1664.

    O Conde de Obidos (Restos de cartas 1664)

    ......................................

    Os paulistas Domingos Dias Pardo [sic], contemporaneos de Quaresma

    Deogado, Manoel de Queiroz, Gaspar Rodrigues Adorno, Silva Guimares e

    outros penetraram penetraram no seculo XVIII, os sertes bahianos, obtiveram

    sesmarias e estabeleceram comercio de gado para o S. Francisco, Rio das

    Velhas, Arassuhay e para varios outros pontos.

    Obtida do Governo uma sesmaria entre o sertes de Jequiri, Rio das

    Contas e Jacobina, esses bandeirantes dedicaram-se pesquisa do ouro e ao

    comercio de gado.

    -- Os irmos Prado estabeleceram nesses sertes um regimen

    despotico, a ponto de chamarem a atteno do Governador Geral.

    H dezeseis annos, diz o Conde de Sabugosa, em informao ao Rey,

    um delles commeteu quatro mortes degolando e enforcando.

    Rigoroso no cumprimento de deveres, o Conde capturou-os em 17322.

    Na informao abaixo transcrita do livro 29 de Ordens Rgias do anno

    de 1732, encontra-se o que se segue:

    SENHOR O mestre de Campo Domingos Dias Prado e seu irmo o

    Cel Francisco Dias Prado, filhos de S. Paulo, e das principaes familias daquella

    capitania, servio a V. Magrstade em algumas conquistas e descobrimentos,

    porem cometendo muitos e graves excessos, a requerimento de partes os

    mandey prender na anno de 1724; e difficultando-se esta diligencia pelo temor

    que causava o seu respeito, viero ultimamente a ser prezos em hum sitio

    onde se Davao por seguros, e conduzidos para a cadeya desta cidde com

  • parte de suas culpas, que ainda assim constavo de quatro mortes, e se lhes

    fes sumario, e foi sentenciado a morte o Coronel e mostrando aos ultimos

    embargo a sua nobreza passou do Patibulo da Forca ao Pillourinho, donde o

    degullaro: ao mestre de Campo se recebero alguns artigos, mas como tem

    parte que novamente accusa, entende que lhe succeder o mesmo que a seu

    irmo, principalmente constando que est culpado em outras tantas mortes,

    feitas a 15 ou 16 annos, e no obstante se terem degullado mortos...............

    h tal o genio dos homens, que vivem no serto mais remoto, que a sua

    liberdade e tirania os faz esquecer destes exemplos.

    A Real Pessoa de V. Magestade guarde Deus muytos annos.

    Bahia e Setembro 16 de 1732 O Conde de Sabugosa

    ......................................

    As entradas de Ferno Dias Paes Leme, de Mathias Cardoso e Antonio

    Gonalves Figueira, pelos annos de 1676, abriram caminhos entre a Bahia e S.

    Paulo, por onde logo se fez movimentado commercio do gado das vastas

    fazendas de S. Francisco, Inhambupe, Itapicur e Rio Real.

    DUPLA MISSO

    .....................................

    BATER OS BARBAROS DESCOBRIR OURO E PEDRS PRECIOSAS

    EM 1651 O Vice-Rey expedido para bater os Barbaros a Francisco da

    Rocha, que partiu de Ilhos, seguindo para Marah, Rio de Contas, e Camam,

    bateu os Nongoys, Botocudos e, e Patachs e tomando o centro, percorreuo

    Rio de Contas e seus affluentes, indo Serra dos Aymors, onde enfrentou

    aquelle gentio.

  • No mesmo anno Gaspar Rodrigues Adorno percorreu o Jequitinhonha,

    Pardo, Paraguass e todos os affluentes e enfrentou os Maracazes que

    predavam os estabelecimentos dos brancos.

    Os Payayazes, dos mais imortantes da confederao central, o

    receberam a som de guerra, recolhendo-se elle a Capital sem ter podido

    destruil-os.

    - Em sua substituio seguiu Thom Dias Laos, que voltou da jornada

    sem obrar mais que renovar pazes com as mesmas aldas e fazel-as de novo

    com outras mais, de que trouxe consigo uma rapariga que lhe deram como filha

    de um Principal em refns da ditas pazes.

    No Governo de Franc Barreto fizeram-se entradas junto a Serra do

    Orob, levantando-se uma Casa Forte para mais facilidade de guerra dos

    gentios, cujas aldeias ficavam por aquellas partes.

    Por ser o sitio doentoi, mudou-se de direo e o capm-mr Domingos

    Barbosa Calheyros, que se utilizou dos Payayazes que fizerm pazes com

    Adorno, se dirigiu Serra da Jacobina para dali ir destruir as Aldeias que fazio

    damno.

    Esta jornada no logrou effeito, porque mal guiados e enganados,

    principalmente por um crioulo do Padre Antonio Pereyra, de quem se firam,

    foram levados por serras inteis e montanhas speras sem mais nunca chagar

    s aldeias que buscavam, cavsando [sic] da industria de aconselharem aos

    nossos de no atirassem para matar nem cortassem pos para tirar mel, por

    nam serem sentidos pelos Tapuyas que nos faziam o mal. (*)

    - Os Payayases mataram os gurdas das munies da Alda de

    Tapuriss e comeram, forando os expedicionarios a retrocederem com novos

    companheiros da Bandeira que era de 200 homens.

    Ficaram, por este tempo, devastados os corraes de Joo Peixoto

    Vigas, morador em Itapororocas, o qual pelos seus relevantes servios

    Cora, havia obtido em 1619 grandes sesmarias naquellas paragens.

  • - Em 1655 os Maracases da Serra do Orob foram afinal vencidos por

    Pedro Gomes da Frana e Elias adorno.

    Ferno Carrilho, chefe de uma grande bandeira, auxiliado pelas

    Companhia de Ordenanas da Torre de Garcia dAvila e Campos do Rio Real,

    venceu os mocambos de Geremoabo e os Indios de assur e Itapicur-mirim.

    Em 1694 este bandeirante foi encarregado de bater os Indios do Rio

    Grande.

    - Domingos Rodrigues de Carvalho em 1688 levou uma bandeira ao alto

    S.. [sic] Francisco, onde venceu Indios Anays, como lugar tenente de

    Francisco Dias de Avilla, trazendo para a Capital 500 indios reduzidos a

    captiveiro.

    - Em 1628 Nicolo Aranha Pacheco e vrios companheiros localizaram-

    se no Rio S. Francisco, e luctaram com os Indios Acro e Chicriabs, que

    habitavam os rios Pretos e das Eguas.

    Em 1700 PEDRO GOMES DA FRANCA partio de Ilhos em busca do

    Rio Patipe. Percorreu o Patipe (Rio Parodo) seria Rio Pardo? e Jequitinhonha,

    o rio de Contase o Paraguass batendo os Indios e trazendo amostras de ouro.

    - No mesmo anno a Bandeira do Capm. Joo de Castro Fragoso e de

    Manoel da Silva Pacheco explorou as minas de prata e de pedras preciosas da

    Serra da Picaraca.

    ________

    [Nota de roda p]

    (*) Arch. Publ/ Documentos.

    ..............................................

    LUCAS DE FREITAS

    Em 1724 A [sic] bandeira de Lucas de Freitas partio de Ilhos, foi a Porto

    Seguro e dahi ao Rio Verde.

    Encontrou ouro e pedras verdes e enfrentou o gentio Aymor.

  • Em 1700 Pedro Barbosa Leal que explorava os sertes do salitre,

    recebia um regimento especial commandado pelo Capm, de campo Joo da

    Costa que era obrigado a fazer entradas nos mocambos dos negros fuggidos

    e agregar todo gentio que estivesse for das misses e andar por catingas e

    por casas particulares para se aldearem donde o Coronel P. Barbosa Leal,

    administrador do Salitre o entendesse

    (L de Pat. Do Gov. 1679-1703 Pag. 176v.)

    ....................................

    Em 1726 entra em campo na regio central da Bahia o Capm-mr

    Antonio Velloso a bater os ndios Confederados, que continuava a fazer

    tropelias e saques.

    SENHOR: - Ordeney ao Capm.mr Antonio Velozo [sic] fizesse terceira

    entrada para ver se podia se encontrar com o gentio brabo, que insulta algas

    vezes, as cabeceiras de Cayr e Jequiri e depois de campear, muitos mezes

    no serto, e partes donde podia achar, deu com a sua trilha, e seguindo ath

    [sic] a aldeya donde rezedia, ahy fizero alto alguns pondo-se em defena,

    para melhor escaparem as suas farinhas; e com effeito sendo batido, e mortos

    parte delles, por no serem de casta de render-se retiraro os mais, e indo em

    seu seguimento se prezionaro sette, entre mulheres e meninos: e voltando

    depois para a mesma alde, arrancaro as mandiocas e mais plantas que

    tinho para sua sustentao, e lhes tomamos ferramentas, arcos e tres mil

    frexas que com a pressa tinho deixado, demulindo-lhe tambem os ranchos; e

    como eu tinha mandado o Coronel Joo Peixoto Viegas com grande corpo

    porque se offereceo fazello a sua custa, ordeney ao dito Capm-mr

    estabelecesse Arayal no rio Uma donde certamente lhe vir parar este gentio,

    obrigados das diligencias do dito Coronel: porem como a falta de agua e de

    mantimentos dificultou aquelle estabelecimento mandey que buscasse sitio,

    sem menos dificuldade, donde se pudesse mandar com o mesmo fim, e

    escolheu o da Palma, donde fica, e seu com a esperana de que de tudo se

    extingo estes brbaros, que so os que empedio tambem as marchas e

    Jornadas de alguns mineiros.

  • A Real Pessoal de V. Magestade guarde Nosso Senhor, como seus

    vassallos havemos mister.

    B e Julho 23 de 1726. Vasco Fernandes Cezar de Menezes.

    ..................................

    PARA O CAPM-MR DAS ALDEIAS DOS INDIOS

    O Capm-mr das Aldeias dos Indios de Jaguaripe, tanto que o Pe.

    Administrador della lhe der e entregar esta ordem far promptos e armados

    todos os Indios de guerra da mesma Alda para acompanharem o Capito mor

    Antonio Velloso da Silva, na nova conquista que por ordem minha vay fazer ao

    Gentio Barbaro que infestas os moradores da Villa de Cayr, Jequiri, a cuja

    entrada h de dar principio por todo o presente mez de Setembro: e declare

    aos ditos Indios que o que faltar em acompanhar o dito Capito ath tornar a

    recolher da entrada ha [sic] de ser prezo e castigado, a meu harbitrio.

    B e................................Setembro 1722.

    Vasco Fernandes Cezar de Menezes

    ....................................

    Portaria para o CAPM-MR Antonio Velloso da Silva

    Como pelos avizos do Coronel Andr da Rocha Pinto se dificulto os

    descobrimentos, e mais projectos, em que por ordem minha anda occupado,

    sendo o principal motivo desta dificuldade as duas Aldeyas de Gentio brabo

    entre o Rio Pardo e o Rio das Contas; ha da naso do Gongay e ser

    conveniente destruil-os lhe d toda ajuda de que precise, fornecendo ndios e

    mais mamelucos, e mulatos foros. B Maro 6 de 1732 C. de sabugosa

    .................................

  • Portaria para o Desembargador Provedor Mr

    O Dez(or) Provedor mor da fazenda mande entregar a ordem do Coronel

    Pedro Barbosa Leal seis arrobas de polvora, e doze de chumbo que so

    necessarias para se continuarem os progressos da Conquista do Rio das

    Contas de que He encarregado o Coronel Andr da Rocha Pinto, que agora me

    pede esse socorro por se achar ha nao de gentio Barbaro que lhe impedia a

    sua diligencia. B e Novembro 21 de 1731 Conde de Sabugosa.

    .....................................

    Portaria para o Desembargador Provedor Mr

    O Dez(or) Provedor mor da Fazenda mande entregar ao Sargento-mr

    da Conquista Francisco Marques o que consta na memoria junta, para se

    destribuido para os Indios, que ho de acompanhar ao capitam-mr Antonio

    Velloso da Silva, na guerra que mando fazer ao gentio brabo, entre o Rio Pardo

    e Rio das Contas.

    Memria que acsusa a portaria acima.

    480 varas de linhagem para os 60 Indios se vestirem e sacos para as

    moxilas.

    180 covados de baeta para se dar 3 covados a cada hum.

    8 arrobas de munio.

    2 arrobas de bala.

    2 barris de plvora.

    50 pessas de linha de tic.

    100 anzoes pequenos.

    200 pedras de fogo.

    Meia libra de enxofre.

    Idem idem de pedra hume.

  • 4 alqueires de sal. (1731 L. de Ports. 1731)

    ....................................

    Portaria para o Desembargador Provedor Mr

    O Dez(or) Provedor mor da Fazenda mande entregar logo dez armas

    bem preparadas alm [sic] das cinco que viero da Aldeya de Jequiri h

    bastante tempo para se encontrarem, a Ambrosio Cardoso, indio da mesma

    aldeya, o qual vem a receber as ditas por mando do administrador delle, por

    serem precisas e necessrias para se oporem aos insultos do gentio braboe

    poder-se assim cobrirem por hora as pessoas que trabalho nas feitorias de

    madeyra de Cayr, sem o susto a que se acham presentemente, advertindo

    que ao dito indio Ambrosio Cardoso, se ham de entregar tambem quatrocentas

    bellas, duas arrobas de plvora o [sic] cem pederneiras, e assim mais duas

    arrobas de munio grossa.

    Bahia e Maro 20 de 1730 Conde de Sabugosa.

    ....................................

    Servios de Joo Peixoto Viegas represso dos brbaros da Confederao dos Guerens

    Joo Peixoto Viegas e seu irmo Fellippe Peixoto obtiveram por proviso

    de 1619 uma sesmaria em Itapororocas e

    [Nota de roda p da pg. 184]

    _______

    NOTA No livro de Cartas do Governo, de 1664 a 1672, o qual se acha muito estragado, encontram-se

    varias dellas escriptas aos capites-mres encarregados da entrada no serto.

    Em uma apenas se l: Carta que se escreveu aos Capites-mres da entrada do serto

    Agostinho Pereira e Francisco Dias.

    Mais adiante se l: com a cem boccas de fogo que pediram e com mais gente bastante a peleja e

    conduo das monioens.

    Todo este livro trata da jornada contra os Tapuyas do norte e do centro e foram assignadas as

    cartas pelos Governadores Alexandre de Souza Freira e Affonso de Castro Ryo de Mendona.

    Entre os que combateram os Tapuyas que se confederaram no centro da Bahia, devemos

    accrecentar Francisco Dias de Avilla, Agostinho Pereira, Guilherme Barbalho Bezerra Cavalcante e Joo

  • Peixot Viegas que enfrentaram os indios do Apor ate Maragogipe. Joo Peixo Viegas e Dias de

    Almmeida grandes fazendeiros no Apor e Itapororocas foram muy perseguidos pelos Tapuyas.

    Estes indios eram os da Jacobina, como se v da carta escripta por Freire ao Capm. Agostinho

    Pereira.

    O final desta carta diz: O principio est illegivel

    Vm ajuste com Francisco Dias o tempo em que dahy hade partir em busca delle para vir poucos

    dias antes de 15 de Julho.

    Espero que faa VM. Hir e com providencia e zelo o bom effeito que est pedido e eu lhe encarrego.

    Alexandre de Souza Freire

    _______

    [Continuao do ltimo pargrafo da pgina 184]

    Jacuipe e muito auxiliaram a represso dos brbaros que conflagaram o centro

    da Bahia, no s combatendo como dando do seu bolso, grandes donativos.

    Recebi a carta de Vm. que acompanhou o escrito de................tocantes

    ao donativo que Vm, faz para a jornada do serto.

    Aos indios que dessas aldeias foram na jornada do anno passado, tenho

    ordenado se d para os contentar o que Vm. assinou ao Provedor-mr da

    Fazenda...........................................................................................................

    Aos Capitaens dos Indios payayazes, cuja memria Vm. me enviou a

    margem da sua..............os animo a acompanharem os Paulistas com as

    Regalias que ficam p se lh enviar; e vay um Sargento com dois soldados p

    reconduzir e trazer com sigo ao Apor com os 20 arcos qye cada um delles

    ordeno t o ultimo de Mayo, tempo em que a gente da conquista h de achar

    ally.

    B e de Fevereira 6 de 1672.

    (L 4 de Cartas 1667-1672 Arch Publico.)

    ......................................

    Carta que se escreveu a Joo Peixoto Viegas dos Indios que havia de remeter dos Paulistas

  • Ma hora antes de me chagar a carta de V. M de 26 de Abril lhe havia

    chegado outra do Governador da Conquista de 8 do mesmo mez dando-me

    conta de no haver achado os Tapuyas que V. M. havia de remeter, e deste

    cuidado.............haver V M. j recebido a minha ordem para se acharem no

    Apor pela Pascoella. J l os supponho e que se achem muito contentes com

    o que ordeney ao Provedor-mr se lhes enviasse, como elle deve a V. M.

    Os trinta porque V. M. espera, creyo devem ser chegados.

    V. M. os remeta logo para o Apor que aly acharo que ham de seguir. E

    asy ordeno ao Governador da Conquista. Em tudo V M. obra com o zello, que

    deve e sempre tem no servio de S. A.

    Guarde Deus a V. M. Bahia e Mayo 10 de 1672.

    Affonso Furtado de Castro do Ryo de Mendona.

    (L 4 de Cartas do Governo 1664-1672 Arch. Pub.)

    .......................................

    Carta para o Capm.mr Gaspar Rodrigues Adorno

    H muito importante socorrer-se j a gente da conquista. Fica p partir o

    Capm. Manoel de Hinojosa com alga farinha que daquy mando.

    VM. tenha junto todos os Indios e os mais que puder agregar ao numero

    dos que viero e estejo promptos para irem com as farinhas que derem

    conduzir, p que aquelles homens vejo o cuidado............................................

    (nada se l)

    Guarde Deos a VM. ..........B.........1672.

    Affonso Furtado de Castro do Ryo Mendona.

    (L 4 de Cartas 1664-1672.)

    ...........................................

    Carta que se escreveu ao Coronel Guilherme Bezerra Cavalcanti.

  • Quando faley ao Coronel Francisco, [sic] Dias o fiz para se lhe

    encarregar............desta jornada..........(nada se l)...........me dizer que aceita

    com muito gosto a empresa e em ter grande....................................................e

    a felicidade a conseguir pois ainda quer ir pelejar com os Barbaros; ser a

    Victoria mayor por muita diferenciao do que se pelejasse com os

    hollandezes: grande o servio que S S a S. M. de que darey conta da

    eleyo de que S. Magd(e) por TAM varias cartas suas se srvio

    encarregarme.

    Com todo labor se ficam dispondo as prevenoens para a partida do

    bando que elle levou desta cidade....................................

    Guarde Deus S. S B e de Maro 11 de 1669.

    Alexandre de Souza Freire

    ....................................

    Carta que se escreveu aos Capitaens Francisco Barbosa Leal, Sebastio Gonalves Aranha, Balthazar da

    Motta Peixoto e Antonio Guedes de Paiva sobre admisso da farinha que se lhe encarregou para a

    conquista.

    Nam esperava que V. M. houvesse com tanta omissam no expediente

    das farinhas que tocavam a sua Companhia como que se tem experimentado

    nella, e em todas as mais. No mesmo ponto que V. M. receber esta a faa pr

    a caminho se j o nam oo tem feito como suponho. E para ajudar V. M. mando

    a sua ordem este sargento que executivamente far cobrar a farinha, negros e

    cavallos que a cada hum tocar e a despacho V. M. na forma das ordens dadas

    com a advertncia que vo em sacos bem acondicionados como mandey e V.

    M. me d conta do dia em parte, quantos alqueires lhes toco enviando-me

    listas dos negros e cavallos e donos a que toco e que cabo vay: e de novo

    torno a encarregar............................................................................................

    ....................(estragado).....................................1672

    Affonso Furtado de Castro do Ryo de Mendona.

    (L 4 das Cartas 1664-1672 Arch. Pub.)

    ..................................