central ferreo 05 abr2013

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N° 05 | OUTONO 2013

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  • N 05 | OUTONO 2013

  • 2CENTRAL FERREO OUTONO 2013

    ndice

    Editorial 03Tem novidade na linha 63Novidades no hobby 66Projeto 71Mural 75Foto do ms 82Ferreo Dicas 83Eventos de ferreomodelismo 84Clubes e associaes de ferreomodelismo no Brasil 85Lista de lojas de ferreomodelismo no Brasil 87

    De

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    Como fazer moldes de siliconeProduzir suas prprias peas de ferreomodelismo no to difcil quanto parece. Conhea as formas de se fazer moldes para esse fim.Por Cristiano Pires

    51

    Como constru um vago em bitola HOn30Veja o passo-a-passo para a construo de um pequeno box de madeira da bitolinha da Companhia Paulista.Por Leandro Guidini

    35

    A maquete modular do Frreo Clube do ABCConhea em detalhes essa maquete que tem estado presente em diversos encontros e entenda melhor o conceito de maquete modular.Por Guilherme Calidonna Stabelin

    11

    Bitolinha em escalaO Brasil teve e ainda tem pequenas ferrovias industriais com bitola inferior a 1m. Este artigo trata da sua reproduo em escala.Por Ricardo Melo Araujo

    19

    Construindo AMVsConstruir seus prprios AMVs (ou desvios) em escala HO possvel e no to difcil quanto parece. Veja como fazer nesta matria.Por Alexandre Antoniutti Passos

    54Construindo os vages da VCPComo reproduzir em HO os vages que a VCP utiliza em parceria com a ALL para transporte de celulose.Por Fernando da Silva Rodrigues

    24

    Motorizando a automotriz da SVESaiba como motorizar o modelo esttico da automotriz HO produzido pela Microtransport e comercializado pela Serra Verde Express.Por Alexandre Fressatto Ramos

    42

  • 3CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Procuram-se maquetes...Prezados, parece fcil, realmente parece fcil... Mas, no . Chegamos quinta edio. Ufa! Novamente tivemos muito trabalho para compor a revista. A chamada deste editorial foi uma das dificuldades que enfrentamos, pois at o incio de maro no tnhamos a confirmao de nenhuma maquete para retratar. Mas se acalmem, pois nesta edio retrataremos a maquete modular da nossa entidade co-irm, o Ferreoclube do ABC. E o futuro est garantido, nas prximas edies teremos novas maquetes, uma mais bonita que a outra...

    Nesta edio inclumos mais uma seo permanente, Eventos de Ferreomodelismo, por sugesto do ferreof G. Estrela. Ento, sabendo de algum evento, encontro, etc nos escreva informando.

    Tambm estamos pagando diversas promessas, como modelar os fechados da VCP/Fibria (FLC e FLE). Isso mesmo, dois vages, por Fernando da Silva Rodrigues; tambm a aguardada motorizao da Automotriz Budd da Microtransport/SVE, por Alexandre Fressatto Ramos. Temos tambm um artigo sobre a construo de desvios, por Alexandre Antoniutti Passos, soluo simples para customizao das maquetes e outro artigo sobre bitolas estreitas (HOe, HOn3. HOi, etc) em escala HO, suas diversas formas de apresentaes, e o que podemos representar com elas. Pegando o gancho nesse assunto das bitolas, Leandro Guidini mostra como modelou um vago fechado de madeira da bitolinha da Cia. Paulista.

    Nesta edio ficaremos devendo o artigo sobre envelhecimento de modelos, a ser escrito pelo nosso amigo Fillipe Forster, pois compromissos diversos impediram o mesmo de fazer.

    No se esqueam de entrar no grupo da Central Ferreo no Yahoo (http://groups.yahoo.com/group/centralferreo/). L so enviadas somente mensagens relacionadas revista.

    Ento vamos deixar a conversa de lado e vamos comear a leitura da CF5!

    Ricardo Melo Araujo Presidente da APFMF

    Direo e produo:Luciano J. PavloskiRicardo Melo Araujo

    Colaboradores:Alexandre Antoniutti PassosAlexandre Fressato RamosFernando da Silva RodriguesJesse Cavalheri FagundesLuciano J. PavloskiMarcelo CitaroMrio Csar de OliveiraRicardo Melo Araujo

    Projeto grfico e diagramao:Luciano J. Pavloski

    Escreva-nos:[email protected]

    Site:www.ferreomodelismo.org.br

    Aviso sobre autoria das fotos e contedos:Procuramos checar a autoria de fotos e textos antes da publicao. Caso encontre algum erro de creditao, nos contate para que possamos fazer a retificao correspondente.

    Nossa capa: vista parcial de um dos mdulos da maquete modular do Frreo Clube do ABC, retratada nesta edio. As duas pequenas com-posies vapor so da So Paulo Railway.

    N 05 | OUTONO 2013

    A Central Ferreo recomenda:

    Cartel Caipira:http://cartelcaipira.ning.com/

    Centro-Oestehttp://www.vfco.brazilia.jor.br/

    Frateschi Trens Eletricoshttp://www.frateschi.com.br/

    Mafia CTChttp://www.mafiactc.com/site/

    Portal do Tremhttp://www.portaldotrem.com.br/

    Trens Modelismohttp://www.trensmodelismo.com.br/

    Trenes & escalashttp://portaldetrenes.com.ar/revista-completo.php

    Editorial

  • A Hobbytec produz carcaas de loco-motivas G12 e GL8 em escala HO nos padres utilizados pela maioria das ferrovias brasileiras.

    A produo artesanal, sob encomen-da, e cada pea feita com extremo cui-dado e ateno aos menores detalhes.

    As carcaas so enviadas na forma de kits sem pintura que incluem as seguintes peas: acabamentos dos truques na escala 1:87, cobertura do tanque e caixas de baterias, number-boards, lentes dos faris e janelas.

    G12 FASE I modelo de bitola mtrica, indicado para modelar RFFSA, Cia. Mogiana, Fepasa, EFVM, e ALL.

    WWW.HOBBYTEC.COM.BRG12 Cabine redonda com numberboards envolventes modelo de bitola mtrica, indicado para modelar RFFSA, EFVM e ALL.

    G12 Cabea de Sava modelo de

    bitola larga, indicado para modelar Cia. Paulista,

    Fepasa e ALL.

    G12 Cabine espartana modelo de bitola mtrica, indicado para modelar RFFSA, EFVM, FCA e ALL.

    GL8

    CARCAAS DE LOCOMOTIvAS

    conhea nosso trabalho em:

  • PRODUTOS ARSENAL HMProdutos para detalhamento de maquetes com qualidade ecusto acessvel.

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    LDH 7F1.5-E Modelo de uso geral em HO com e sem conector de 8 pinos

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    A Casa do Modelista Sorocaba-SPFone: (15) 3233-6054

    Alfredo Lupatelli So Paulo-SPFone: (11) 3227-5388/1002

    Cordeiros Hobby Shop Santo Andr-SPFone: (11) 4426-1867 Site: www.cordeiroshobby.com.br

    Giltec So Paulo-SP Fone: (11) 3255-0296

    Hobby Modelismo Site: www.hobbymodelismo.com.br

    Jorge Trens So Paulo-SP Fone: (11) 2276-5153

    Lucas De Ponte Araraquara-SPFones: (16) 3322-8201 e (16) 3322-5704

    ModelTrem So Paulo-SPFone: (11) 99619-6438 Site: www.modeltrem.com.br

    Rio Grande Modelismo So Paulo-SPFone: (11) 3256-8741

    Shop Ferreo Araraquara-SPFone: (16) 3324-1223 Site: www.shopferreo.com.br

    Trem Mania Jundia-SPFones: (11) 2709-6550 e (11) 6555

    Para conhecer detalhes dos produtos acesse:

    Dvidas tcnicas: Sebastian Ricardo Burone (diretor): [email protected]

  • Quem somos?Somos profissionais no ramo da pintura automotiva, nossa misso oferecer miniaturas de nibus perso-nalizadas profissionalmente utilizando um mtodo avanado e inovador de pintura com acabamento em alta definio e qualidade, alm disso, oferecemos nossa prestao de servios na restaurao de mi-niaturas de nibus.Atualmente trabalhamos em parceria com a RailBR, aps surgir a necessidade de atendermos e atingir-mos um pblico apaixonado por ferreomodelismo.

    Em www.maquetedeonibus.com encontraro miniatu-ras em escala HO 1:87, entre outros produtos essenciais para o hobby.

    HistriaNosso trabalho iniciou em abril de 2011, divulgamos nas redes sociais para vermos a reao das pessoas e para nossa surpresa houve grande repercusso, as vendas dispararam nas primeiras semanas. Oferecamos dois modelos de maquetes de nibus, mas pensando em atender outras preferncias decidimos abrir o leque e trabalhamos em favor daqueles que procuravam ampliar ou incluir um novo modelo em sua coleo e atualmen-te disponibilizamos mais de dezesseis modelos. O site foi desenvolvido em Dezembro de 2012 com o intuito de facilitar e atingir o maior nmero de admiradores de miniaturas e temos como objetivo a aproximao com esses admiradores, para oferecermos produtos que fa-am parte da histria individual de cada um.

    GMC PD4103Cometa e Expresso Brasileiro

    MB O321Cometa, Itapemirim, til

    MB O305 Trolebus

    MB O305 articulado

    GMC TDH3610CMTC e Expresso Brasileiro

    Setra S416GT Princesa dos Campos

    MB O350Princesa do Norte

    CMA Flecha Azul Cometa Andorinha Volvo 9700

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    A maquete Modular doFrreo Clube do ABC

    Por Guilherme Calidonna Stabelin

    A formao do grupoH muito tempo se discute a idia de montagens de maquetes modulares entre os ferreomodelistas de diversos locais, mas na grande maioria das vezes que isso ocorreu as conversas nunca chegavam na fase de projeto e construo. A maquete modular do Frreo Clube do ABC tem como premissa bsica a intercambiabilidade dos mdulos permitindo combinaes independentes, com a formao de cenrios diferenciados justamente pela padronizao dos elementos de fixao, conexo eltrica e via principal dupla.

    Em meados de 2006 um grupo de amigos da regio do Grande ABC-SP comeou a se conhecer melhor, a principio com pequenos encontros nas residncias dos colegas, e em 2008 efetivamente iniciando as primeiras anlises para a construo

    de uma maquete modular, sendo em 2010 o ano em que esse sonho comeou a se tornar realidade.

    Depois de diversas reunies, inmeros projetos, idias e muito trabalho, em 15 de novembro de 2010 foi montada pela primeira vez a maquete modular do Frreo Clube ABC. Essa montagem ocorreu com uma significativa quantidade de 14 M-dulos, somando mais de 45 metros de trilhos em duas vias e diversos ramais. Uma semana depois a maquete j estava sendo exposta no XV Encontro Brasileiro de Ferreomodelismo / V Concurso de Ferreomodelismo de Paranapiacaba, realizan-do assim a sua primeira apresentao pblica.

    As duas linhas principais seguem um padro em todos os mdulos, ou seja, de acordo com o espao ou falta de algum segmento modular da configurao

    1. Pequena vila cortada pela ferrovia em um dos mdulos da maquete.

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    original, a maquete pode ser montada em qualquer outra configurao, deixando a operao das linhas principais sempre constante.

    A maquete possui dois ptios de manobras grandes o que permite uma grande movimentao e ainda abre a possibilidade de montar o ptio nas mais diversas posies, sendo uma delas saindo de um mdulo entre as curvas para o interior da maquete, junto com o ptio principal ou no lado oposto a esse ou mesmo entre duas curvas.

    Atualmente a maquete modular do Frreo Clube do ABC contm 30 mdulos ativos, sem considerar os que atualmente se encontram em fase de construo. Diferentemente de outras maquetes modulares, no FCABC cada integrante responsvel pelo seu mdulo, tanto na montagem realizada em datas previamente acertadas como nos encontros pblicos.

    MdulosJ nas primeiras reunies foi definido um tamanho padro, que seria ideal para haver uma boa movimentao ferroviria, bom espao para cenrio e facilidade para o transporte. O mdulo de reta tem 600mm x 900mm e o primeiro mdulo de curva contempla uma fuso desse padro original, resultando basicamente em um hexgono regular com os cantos de forma a otimizar espao.

    TrilhosOptou-se por utilizar trilhos flexveis e desvios da Atlas Code 100 em todas as linhas. Os trilhos foram assentados sobre cortia de 3mm. As junes dos trilhos entre mdulos feita de forma livre ou seja, sem talas de junes interligando os mdulos.

    Com a premissa de haver duas linhas principais, ficou definido que a primeira linha teria 150mm de distncia do lado externo do mdulo e a segunda teria 220mm, sendo 70mm a distncia que divide estas linhas. Estas so as medidas com relao ao centro da barra de trilho.

    O Raio de curva da linha interna tem 680mm e da linha externa tem 750mm, garantindo que qualquer material rodante opere sem problemas.

    Cenrio e construesCada mdulo decorado conforme o gosto do proprietrio, sem preocupao com a continuidade do cenrio o que permite uma grande diversidade, surgindo com isso praticamente uma diversa variedade de dioramas na montagem da maquete completa. No percurso, possvel ver cenas rurais, urbanas, oficinas de locomotivas, diversas estaes ferrovirias, uma escavao arqueolgica, a reproduo da capela de Santa Cruz em Rio Grande da Serra-SP e construes de Paranapiacaba, alm de cenas pitorescas encontradas em diversos cenrios.

    2. Dois mdulos de sees retas prontos para o transporte ou armazenamento.O sistema visto nas laterais, com ripas de madeira fixadas por meio de borboletas, foi pensado para juntar os mdulos e facilitar seu transporte e armazenamento, permitindo uma montagem prtica e rpida.

    3. Um mdulo de curva, usado nos cantos da maquete modular.

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    Grande parte das construes foi realizada pelos prprios colegas, outras so de pequenos produtores, como ModelTrem e Queralt Models, entre outros, alm de kits de montagens de empresas consagradas como Walthers, Atlas e a nacional Frateschi.

    Foram utilizadas vrias tcnicas e materiais no cenrio, como serragem, isopor, gesso e tambm material mais refinado do fabricante Woodland Scenics etc.

    Por conta da mobilidade, grande parte das construes ficam soltas, permitindo que sejam retiradas para um transporte mais fcil e seguro, porm tambm existem contrues fixas, de acordo com o cenrio.

    Atualmente a maquete do Frreo Clube do ABC fica exposta em eventos da Prefeitura de Santo Andr, Vila de Paranapiacaba, Sabana entre ou-tros.

    Desde 2011 realizado o Encontro de Ferreomodelismo em Paranapia-

    4 Trens da RFFSA no ptio da estao de um dos mdulos da maquete.

    caba, onde alm da exposio oficial da maquete modular tam-bm ocorrem sorteio de brindes, venda de artigos relacionados ao hobby entre outras atividades. Em 2013 o grupo pretende expor a maquete mais vezes, justamen-te para contribuir com a dissemi-nao do hobby e da histria das ferrovias. Em todos os encontros realizados existem amostras de mdulos e so tiradas as dvidas dos interessados em montar m-dulos similares.

    O Frreo Clube do ABC um pequeno grupo de ferreomodelistas sem uma sede fixa e que se rene em torno de uma maquete modular, na qual cada scio pode ter um ou mais modlos.site: www.ferreoclubeabc.come-mail: [email protected]

    Sobre o Frreo Clube do ABC

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    6. Alguns detalhes nos mdulos da maquete.

    5. Uma pequena vila representada em um dos mdulos de canto. 7. Uma agncia dos correios prxima a uma passagem de nvel.

    Nome: Maquete Modular FCABCEscala: HOTamanho mximo: 9,00m x 5,00mProttipo: freelanceEstilo: ModularLocal: ABC Paulista-SPEra: AtualRaio Mnimo: 68cmEstrutura de Construo: Chapas de compensado com ripas de madeiraAltura do cho aos trilhos: 1,00mVia Permanente: Trilhos assentados sobre cortia de 3mm no tabladoTrilhos: Atlas code 100AMVs: Atlas code 100Cenrio: Relevo construdo com gesso e isopor. Estruturas diversas, de vrios fabricantes e de fabricao prpria.Controle: MRC Tech 4 280 DC e preparao para DCC

    A maquete em detalhes

  • 15CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    8. A maquete modular exposta em Paranapiacaba (SP) durante um encontro de ferreomodelismo.

    9. A maquete modular no mesmo lugar da foto anterior, porm montada com uma configurao diferente. O conceito de maquete modular permite variaes na posio dos mdulos.

    10. Exemplo da unio de quatro mdulos para formar um grande ptio ferrovirio.

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    11. Cruzamento de trens na maquete.

    12. Nos dias 16 a 18 de abril de 2013 a Maquete Modular, em sua verso reduzida, foi montada durante o ISC BRASIL 2013 8 Feira e Conferncia Internacional de Segurana, realizada em So Paulo (SP).

    13. Durante essa feira a Maquete Modular foi utilizada para demonstrao de um sistema capaz de realizar a leitura de matrcula de vages de acordo com as normas da Receita Federal Brasileira para portos, sistema esse desenvolvido pelas empresas Constec Brasil e Ipronet. A cmera do lado direito da foto faz a leitura da numerao dos vages que passam pela maquete, como numa situao real.

    14. Outra vista da demonstrao do sistema de leitura de matrcula de vages durante o ISC BRASIL 2013. Observe a composio passando em frente cmera, a qual est realizando no momento a identificao do segundo vago do trem, um HPT da Rumo Logstica. No telo ao fundo possvel observar a imagem do vago sendo identificado pelo sistema, no caso sua matrcula HPT 030004-7.

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    Planta da Maquete Modular do Frreo Clube do ABCComo se trata de uma maquete modular, a posio dos mdulos e das estruturas, como casas, oficinas etc relativa, podendo variar conforme a maquete for montada.

    As setas numeradas indicam a posio de algumas fotos apresentadas nesta matria.

    1

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    7

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    ISSO CHAMOU SUA ATENO!!!anuncie:

    [email protected]

  • 19CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Bitolinha em escala Ricardo Melo Araujo

    Muitas ferrovias no Brasil foram construdas em bitola estreita, menor que um metro, principalmente no estado de So Paulo. Estas ferrovias de carter agrcola ou industrial encontram-se no imaginrio de muitos ferreomodelistas. Mas a surge uma questo: como representar ferrovias com bitola menor que 1000mm?

    J relativamente comum o uso de escalas maiores (O = 1:45) e para representar esse tipo de ferrovias usa-se a bitola Oe (com trilhos de 16,5mm), existindo ainda outras variaes (O14, O12, On30 etc). Muitos modelos so fabricados industrialmente, principalmente pela Bachmann, para prottipo americanos e a Fleischmann produzia prottipos austracos e alemes. Mas da surge outro dilema: como compatibilizar duas escalas diferentes O e HO, est ltima a mais modelada pelos brasileiros?

    Comeando a resolver o dilemaPodemos modelar bitolas estreitas utilizando a escala HO, onde temos uma infinidade de bitolas que podem ser adotadas, para construir nossas ferrovias agrcolas ou industriais em escala.

    Nossas ferrovias industriais (como a E. F. Perus-Pirapora) ou agrcolas (E. F. Matte Larangeira, E. F. Santa Rita, entre outras) foram construdas em bitola de 600mm (aproximadamente 2 ps). J a Estrada de Ferro Oeste de Minas foi construda

    Busch GmbH & Co. KG

  • 20CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    em bitola de 762 mm (2.1/2 ps).As duas principais entidades de padronizao do hobby (parece chato, mas

    importante), a NMRA (americana) e a MOROP / NEM (europia) apresentam normas no que tange s bitolas estreitas, menores que um metro.

    Conforme a padronizao da NMRA temos abaixo as seguintes bitolas:

    Escala BitolaBitola

    representadaObservao

    HOn310,5

    milmetros914 mm ou 3 ps Bitola tpica de ferrovias madeireiras

    HOn309

    milmetros610 mm ou 2 ps

    Ferrovia da regio do estado do Maine, pode-se utilizar trilhos N. No padronizada pela NMRA.

    HOn27

    milmetros610 mm ou 2 ps

    Ferrovia da regio do estado do Maine, usualmente se utiliza bitola de 6,5mm (Z)

    A padronizao da NEM indica as escalas abaixo:

    Escala BitolaBitola

    representadaObservao

    H0e9,0

    milmetros650 a 850 mm

    e do francs troit para indicar bitola estreita. Usualmente utilizada para representar ferrovias de 750mm (2.1/2 ps), a bitola mais indicada para modelar a EFOM.

    H0i6,5

    milmetros400 a 650 mm

    i indicao de bitola industrial, tambm em alemo recebe a denominao HOf (feldbahn Ferrovia de campo), outro termo seria grubenbahn (ferrovia de mina) Usada para representar ferrovias industriais, agrcola ou de mina. a bitola mais indicada para se usar para modelar ferrovias de bitola 600mm.

    H0p4,0

    milmetros300 a 400 mm

    Ferrovia de parques.Obs.: no disponvel comercialmente, salvo algum micro produtor

    Fabricantes Escala HOn3Escala comum nos EUA, utilizada para representar as linhas estreitas da D&RGW

    BlACkStONE Tradicional fabricante de modelos de bitola estreita americano, tem a linha direcionada a modelos da ferrovia D&RGW, produzindo modelos da East Broad Top Railroad (EBT) e Rio Grande Southern Railroad. Possui quatro modelos de locomotivas a vapor e 12 modelos diferentes de vages (gado, box, gndola, prancha, tanque, caboose e hopper aberto) e carros de passageirosSite: http://www.blackstonemodels.com

    Uma locomotiva a vapor rodagem 2-8-0 e um vago box da Blackstone, ambos em escala HOn3.

    GRANdt liNEProduz muitos itens para detalhamento de modelos e construes. Quanto aos modelos em escala produz dois tipo de locomotivas a GE 25Ton (ver mais deta-lhes na pgina 41 da Central Ferreo 2) e GE 23Ton, com opo de HOn3 ou HO, alm de vages box, gado e caboose.Site: http://www.grandtline.com

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    Locomotiva GE 25Ton e vago de gado em escala HOn3 da Grandt Line.

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    , Inc

    .

  • 21CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    MiCRO-tRAiNS liNEA Micro-Trains oferece trs modelos de vages (fechado, prancha e gndola) e dois modelos de truques (Bettendorf e Arch Bar), alm de kits de construo cor-tados a laser e cargas em HOn3.Site: http://www.micro-trains.com/pl-HOn3.php

    lA BEllEOferece uma serie de kits de carros de passageiros (6 modelos) baseados princi-palmente na D&RGW e vages de carga (gado, fechado, caboose e gndola).Site: https://www.labellemodels.com/

    Vages plataforma com carga e box de madeira da Micro-Trains em HOn3.

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    ro-T

    rain

    s Li

    ne C

    o.,

    Inc.

    Carro de passageiros e vago box da La Belle. O fabricante oferece apenas kits para montagem, sem pintura, cortados a laser, em madeira e outros materiais. Ambos os modelos das fotos foram montados, pintados e decalcados.

    ROuNdHOuSE Ainda possvel encontrar kits de locomotivas 2-8-0 ou Shay a vapor fabricados pela Roundhouse venda principalmente no eBay americano (a Roundhouse foi comprada pela Athearn).

    Uma locomotiva Shay de dois truques em HOn3 da Roundhouse. O modelo era vendido em kit para montagem e ainda pode ser encontrado no mercado de usados.Como opo para se modelar uma Shay em HOn3, o fabricante americano NWSL vende um kit que permite converter a Shay de trs truques da Bachmann escala HO para HOn3.

    Escalas HOe / HOn30 / HOn1/2 Os modelos HOe foram introduzidos pela empresa alem Egger-bahn em 1963.

    Este modelo de locomotiva diesel, de estilo tipicamente alemo, foi produzido pela Brawa em escala HOe e ainda encontrado com facilidade no mercado de usados.

    BRAwAFabricante alemo, produziu modelos em escala HOe, ainda possvel encontrar no mercado de usados modelo de locomotiva diesel fabricada pela Brawa.Site: http://www.brawa.de/en/products/h0/locomotives.html

    BEMO Modelleisenbahnen GmbH u. Co KG

    Locomotivas a vapor e diesel produzidas pela Bemo em escala HOe.

    BEMOFabricante alemo, especializado nas ferrovias alpinas suas, oferece diversos tipos de locomotivas a vapor (geralmente tipo tanque) e locomotivas diesel.Site: http://www.bemo-modellbahn.de/

  • 22CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Modelos das Liliput em escala HOe. As duas locomotivas a vapor tem rodagem 0-6-2T. Todos os modelos reproduzem prottipos tipicamente europeus, sendo as locomotivas diesel os que mais diferem dos modelos comumente usados no Brasil.

    B

    achm

    ann

    Ind

    ustr

    ies,

    Inc.

    liliPutTradicional fabricante austraco, hoje pertencente Bachmann, oferece dois mo-delos de locomotiva a vapor (tipo tanque), uma locomotiva diesel de manobra e outro modelo de linha.Site: http://www.liliput.de/

    ROCOOutro tradicional fabricante austraco, oferece quatro modelos de locomotiva a vapor, um modelo de locomotiva eltrica (rodagem C-C) e uma manobreira diesel (rodagem C).Oferece tambm 9 modelos de carros de passageiros e dezenas de vages de carga, com dois ou quatro eixos.Site: http://www.roco.com/

    Locomotivas a vapor (rodagem 0-6-0T) e manobreira diesel produzidas pela Roco em escala HOe.

    R

    om

    an &

    Co

    mp

    any.

    Escala HOi

    AuHAGENEsse fabricante alemo lanou em 2013, um kit de bitola estreita, porm es-ttico.O modelo da locomotiva uma Jung EL 105, com dois modelos de vages pranchas e um de gndola, alm de trilhos. Uma vantagem o preo, onde o kit bsico com trilhos (cerca de 2,5 metros), locomotiva e trs gondolas tem preo de referencia de 25,90 euros.Site: http://www.auhagen-shop.de

    Locomotiva e vages gndola (acima) e pranchas (abaixo) oferecidos nos kits da Auhagen. Os kits completos so composto tambm dos trilhos e material para decorao.

    Locomotiva a vapor Krauss com alguns dos vrios tipos de vages produzidos pela Minitrains em escala HOn30.Veja mais algumas imagens de modelos do fabricante na seo Novidades no Hobby desta edio.

    Standard Light GmbH

    MiNitRAiNSA marca Minitrains, tradicional marca de modelos em escala HOn30 (HOn1/2), foi introduzida nos EUA pela AHM, sendo os modelos fabricado pela Egger-bahn, mais tarde por Roco e Mehano.

    Foi relanada recentemente, dispondo de duas locomotivas diesel (Plymouth e Gmeinder) e trs modelos de locomotiva a vapor, tipo tanque (Porter, Krauss e Koppel). Existe uma infinidade de modelos de dois e quatro eixos diferentes (gndolas, box, caboose, guindastes, etc)Site: http://bigcityhobbies.com/ e http://www.minitrains.eu

    R

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    Co

    mp

    any.

  • 23CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    O kit da ferrovia de mina lanado em 2010 pela Busch (no alto), alm da locomotiva e dos vages conta com um grande nmero de acessrios que podem ser comprados em separado, como a entrada da mina visvel na foto. A locomotiva diesel modelo Gmeinder (acima, esquerda) foi lanada em 2012 nas verses com e sem cabine, juntamente com novos conjuntos de vages e acessrios. A locomotiva com braagens (acima, direita) dever ser lanada durante 2013.

    BuSCHA alem Busch lanou em 2010 um kit de ferrovia de mina (Grubenbahn), com locomotiva tipo B 360, e muitos acessrios, inclusive sistema de trilhos. Uma par-ticularidade do sistema que ele movido pilha AA.Em 2012 novo lanamento de kit (Feldbahn) com locomotiva modelo Gmeinder 15/18 (com e sem cabine) e muitos acessrios para se montar ferrovias industriais (como as pranchas de tijolos na foto de abertura desta matria) ou agrcola (por exemplo, gndolas). Provavelmente ser lanada uma nova locomotiva em 2013, com biela e braa-gens, conforme foto, assim como novos vages.Site: http://www.busch-model.com/

    tiHOFabricante austraco, oferece kit de pedreira ou mina com locomotiva Jenbacher Pony (esttica) e diversos tipos de vages. possvel adquirir trilhos extra assim como vages. Site: http://81.223.140.138/homep_2.htmlVendas via Winco (UK) com Narobahn http://www.winco.uk.com/NarobahnHOf.html

    Outros micro-produtores de material HOe e HOf: wEStMOdEl site: http://www.westmodel.de PRziSiONSMOdEllBAu site: http://www.praezisionsmodellbau-heinrich.de/ PROFi MOdEll tHyROw site: http://www.pmt-modelle.de/2011/index.html

    Kits fabricados pela TiHO: TF 103 ( direita) um kit com locomotiva e vages gndola para modelar uma pedreira. O TF 104 (acima) o kit para modelar uma mina. Ambos so compostos de locomotiva, vages, trilhos e rvores para decorao.

    CAROCAR PANiERFabricante alemo, oferce uma extensa linha de locomotivas,vages e acessrios em HOe, HOn2 e HOf.Site: http://www.carocar.com

    Locomotivas diesel Gmeinder com e sem cabine (acima, esquerda), gndola de 4 eixos (acima, direita) e locomotivas Jung com e sem cabine ( esquerda) esto entre os vrios produtos da Carocar Panier.

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    Gm

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  • 24CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Construindo os vages da vCP

    1. IntroduoNeste artigo descreverei como constru os dois modelos de vages que a ALL vem adotando para transportar celulose de Jupi (distrito de Trs Lagoas-MS) at o porto de Santos-SP, pelos trechos da ex-NOB e ex-EFS.

    Fernando da Silva Rodrigues

  • 25CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    2. Lista dos principais materiais: Vages prancha da Frateschi modelos 2083, 2033 e 2036 (para construir os mo-

    delos FLE) e 2000 para (para construir o modelo FLC) Chapas de estireno de 1,00 mm e 0,3 mm de espessura. Vigas H da Plastruct de 1/16 e 1.6 mm Cdigo 90541 Vigas em formato triangular da Plastruct 0,40 / 1mm, cdigo 90842 Perfis de trilho escala N Plstico laminado liso 20 da Vulcan (utilizado para forrar pranchetas) e folhas de

    decais. Como o plstico s vendido nas cores verde piscina, branco e azul; foi necessrio estamp-lo com tinta de silk-screen num tom de verde mais escu-ro (relativa a cor dos vages) e em seguida estampar as inscries em branco. Tanto o plstico quanto a folha de decais podem ser adquiridos na SIRAP (http://sirapvisual.webnode.com.br/). H um pequeno erro de impresso do n-mero da matrcula na lona do vago FLC.

    Pedao de carcaa da G12 ou G22U. arame de 0,5 mm de dimetro, grampo de papel cartela de comprimidos Ferramentas e acessrio em geral: estilete, cola tipo bonder e epxi, rgua de

    ao, lixa dagua, solvente metil etil cetona, pincel fino, alicates pequenos de bico fino e de corte, broca e mandril de fornitura, bisturi ou estilete

    3. Procedimento3.1. Montagem da estrutura dos vages Iniciei os trabalhos cortando com um estilete todos os suportes laterais dos dois modelos de vages e lixando com uma lixa dagua fina (foto 1). Em seguida retirei um pedao do vago plataforma Frateschi (2083, 2033 e 2036) da parte central, e colando as duas extremidades, deixando--o com um comprimento final de 180 mm. Nas late-rais destes vages, colei uma chapa de estireno de 0,3 mm de espessura para dar acabamento e nas la-terias dos vages Frates-chi (2000) fixei um pedao de estireno de 1,00 mm de espessura, porm fa-zendo um corte diagonal nas extremidades (foto 2). Note que a outra platafor-

    ma, j possui o corpo no formato desejado. Uma outra tarefa que realizei nestes vages, foram reduzir a altura do eixo que prende os truques ao corpo do vago, com o auxlio de uma serra de ourives, retirei por volta de 1/3 da altura do eixo, isso para poder rebaixar o vago. Note que isso um trabalho complicado, e de-pendendo do rodeiro que for usar, a flange pode encostar no chassis, por isso caso deseje fazer esta parte do procedimento, recomendvel que use os rodeiros RP-25 da prpria Frateschi (fotos 3 e 4).

    1. Lixando as laterais das pranchas com lixa dgua fina.

    2. Chapa de estireno de 1mm de expessura colada na lateral de um vago prancha.

    3. Os suportes dos truques foram cortados (observe direita) para reduzir a altura do vago.

  • 26CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Finalizada esta etapa do trabalho, tratei de iniciar a construo das testeiras utilizan-do pedaos de estireno de 1,00mm de espessura. Foi necessrio montar uma chapa sobre a outra, na parte superior desta, para que as vigas H da Plastruct preenches-sem sem ficar sobressaindo. Fiz o acabamento com massa epxi e depois cortei as vigas H da Plastruct em vrios pedaos pequenos e colei-as nas testeiras. Para fazer esta parte do trabalho, recomendvel que se use uma boa pina que pode ser encontrada em lojas de produtos cirrgicos ou odontolgicos (fotos 5, 6, 7 e 8).

    4. Suportes dos eixos cortados e lixados.

    5. Testeiras prontas para serem cortadas na chapa de estireno.

    6. Testeiras e viga H da Plastruct.

    7. Incio da colocao dos resforos das testeiras.

  • 27CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    importante mencionar que medidas no esto rigorosamente corretas na escala HO e nos vages FLC estas testeiras foram coladas sobre o vago, enquanto que nos FLE, elas foram coladas nas laterais. Coladas as testeiras no corpo do vago, comecei a montar o teto, para isso cor-tei os pedaos de estireno nas medidas aproximadas em que coincidissem com o espao entre as duas testeiras, aps a colagem, lixei para dar acabamento e colei por cima, pedaos de estireno de 0,3 mm de espessura, envolvendo todo o telha-do e as laterais. No interior dos vages colei pedaos de estireno para reforar o telhado, e tambm fiz bordas para fixar as lonas. (fotos 9, 10 e 11)

    8. Testeiras com as vigas j coladas.

    9. O teto do vago.

    10. A estrutrura do vago, com os reforos de estireno no interior para fortalec-la.

    10. O prximo passo foi a confeco das bordas internas para a fixao das lonas das laterais.

  • 28CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    3.2 Detalhamento Comecei a detalhar os vages adicionando as calhas no teto, para os vages FLC, utilizei as mesmas vigas H da Plastruct, colando-as ao corpo do vago e preen-chendo um dos sulcos da viga com massa epxi e tiras de estireno de 0,3 mm de espessura bem finas, j nos vages FLE, usei tiras em formato triangular da plas-truct. A altura da calha e da base do vago FLE ficou em 27mm e a altura corres-pondente ao vago FLC ficou em 29mm, essa medida importante para posterior-mente efetuar o corte da lona. No caso do vago FLC, a lona pode entrar no sulco da calha dando um aspecto melhor ao modelo (fotos 12, 13, 14 e 15).

    12. Confeco das calhas do teto dos vages.

    13. As vigas H da Plastruct foram usadas nos vages tipo FLC.

    14. Viso superior das calhas do teto finalizadas.

    15. Viso inferior das calhas do teto finalizadas.

  • 29CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Terminandas as calhas, adicionei mais itens ao modelo, como os pega-mos e os estribos. Para fazer os pega-mos, e as alavancas de desengate utilizei arame fino de 0,5 mm alm de brocas e mandril de fornitura. No caso dos estribos laterais, uti-lizei pedaos de grampo de papel e os estribos das testeiras, utilizei pedaos bem pequenos da viga H da Plastruct e pedaos de cartela de comprimido (fotos 16, 17, 18, 19 e 20).

    16. Confeco dos pega-mos e escadas.

    17. Colocao das escadas.

    18. Escadas j colocadas nas extremidades dos vages.

    19. Estribos laterais e testeiras feitos com viga H da Plastruct e pedaos de cartela de comprimidos.

  • 30CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Os iadores nos vages FLE, foram feitos com pedaos quadrados de estireno, onde um dos vrtices foi arredondado com auxlio de uma lixa (fotos 21 e 22) e os tirantes na parte inferior dos vages FLC foram feitos soldando perfis de trilhos escala N.

    3.3 Pintura e colocao da lonaCom o vages quase prontos, efetuei a etapa de pintura utilizando esmalte sinttico na cor verde pinheiro suo da Coral (fotos 24 , 25, 26, 27 e 28). Esta cor foi a que mais se enquadrava na tonalidade das lonas, que foram feitas antes dos vages.

    20. Iadores feitos de estireno.

    21. Iadores colados nas testeiras.

    22. Os modelos pintados.

    23. FLC (acima) e FLE (abaixo) pintados e decalcados, faltando apenas a colocao das lonas.

  • 31CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Depois da pintura, apliquei os decais e em seguida apliquei o verniz fixador fosco da colorgin em spray seguido pelo verniz da humbrol acetinado. Aps a secagem apliquei as lonas nas laterias dos vages. Para fazer isso importante cortar a lona de acordo com o espao do vago, utilizando uma superfcie plana e no forando a lmina do bisturi ou estilete na lona, pois por ser emborrachada, o corte pode no ficar uniforme. Deve-se espalhar a cola (tipo cianocrilato) nas bordas do vago e fixar a lona sobre ela, e tomando o mximo de cuidado para no ficar torto, pois a lona tem uma aderncia muito grande (foto 26).

    As presilhas que prendem a lona foram feitas cortando as maanetas das portas laterais de uma carcaa velha de G12 ou G22U Frateschi, porm recomendo fazer estas presilhas com pedaos de estireno pois o custo de cortar uma carcaa de locomotiva pode deixar a confeco do modelo invivel (foto 27)

    4. Consideraes finais Apesar de no terem ficado rigorosamente na escala HO, gostei dos resultados. O tempo gasto na confeco deles foi grande, e uma boa parte deste tempo foi pesquisando materiais de tapearia que pudessem ser adequados para fazer a lona. A confeco da estrutura deles tambm foi bem trabalhosa. Sinceramente j fiz locomotivas que no demandaram tanto trabalho quanto estes vages!

    24. Testeiras dos FLC (esquerda) e FLE (direita).

    25. Os vages pintados.

    26. Espalhando cola nos suportes para a colagem das lonas das laterais.

    27. As maanetas das portas de G12 (ou G22U) Frateschi foram extradas e pintadas de preto para reproduzir as presilhas. Mas isso tambm pode ser feito com pedaos de estireno.

  • 32CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Os modelos finalizados

    28. Vago tipo FLC.

    29. Vago tipo FLE.

    30. FLC (em primeiro plano) e FLE.

    31. Vago tipo FLE.

  • 33CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Fotos dos prottiposMais fotos dos FLC foram publicadas na pgina 38 da edio 1 da Central Ferreo. Consulte para visualizar mais detalhes.

    34. FLE 054022-6 em Jupi, Trs Lagoas-MS, em 7 de maio de 2009. Fernando da Silva Rodrigues.32. FLC 302555-1Z em Jupi, Trs Lagoas-MS, em 7 de maio de 2009. Fernando da Silva Rodrigues.

    35. FLE 630487-7 em Sorocaba-SP, 27de fevereiro de 2009. Fernando da Silva Rodrigues.33. FLC 633478 em Jupi, Trs Lagoas-MS, em 7 de maio de 2009. Fernando da Silva Rodrigues.

  • 34CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Vages FLC e FLE medidas principais

    FlC

    FlE

    Desenhos apenas para orientao, no esto em escala e no guardam as propores exatas entre as partes. Medidas dos modelos reais, em milmetros. Nota do editor: o projeto completo do vago FLC foi publicado na seo Projeto da Central Ferreo nmero 1 (pginas 35 a 38). Consulte para verificao de deta-

    lhes, medidas, informaes complementares e fotos dos vages reais.

  • 35CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Como constru umvago em bitola HOn30

    leandro Guidini

    O incio: escolhendo a bitolaPrimeiro, falemos da escala HO e suas bitolas. Os trilhos que ns, modelistas brasileiros, utilizamos esto corretos para a bitola de 1453 milmetros, que a bitola standart, ou padro, que, reduzida escala de 1:87,1 resulta em 16,5 mi-lmetros. Convenientemente, para quem modela a bitola larga de 1,6 metros, a diferena torna-se pouco relevante de menos de 2 milmetros. Para aqueles que modelam bitola mtrica, a diferena j mais gritante, de 5 milmetros. Por este motivo, vrios mode-listas pelo mundo modelam em bitolas mais estreitas chamadas de HOe, genericamente. A bito-la estreita mais utilizada em mo-delismo a chamada Hon3, que representa a bitola estreita nor-te-americana, de 914 milmetros, resultando, em escala, 10,5 mil-metros. Temos outras variaes de bitola na escala HO, como o HOm (12 mm), que representa a bitola mtrica fielmente e sua utilizao esta crescendo aqui no Brasil.*

    Toda essa introduo foi ne-cessria para apresentar os motivos que me le-varam a modelar bitola de 60 centmetros em HO. Eu sempre fui fas-

    cinado pelas bitolinhas. Tive um primeiro contato fsico com alguma coisa modelada para represent-las com a introduo dos produtos da Bachmann em On30, para rodarem em trilhos HO. Achei fascinante e logo comprei ma-terial rodante, mas me deparei com uma coisa fundamental. Todo o resto era mais difcil de conseguir, detalhamentos, personagens etc, fora que a escala o dobro do tamanho. O ponto culminante foi o detalhe: Eu no quero mo-delar duas escalas, insano!. Ento, ca nas graas da HOn30, por j mode-lar nesta escala. uma conveno mundial que padronizou a bitola de 9 mm (bitola N) para representar, em escala HO, as ferrovias entre 75 e 60 centme-tros de bitola. O correto mesmo, para modelar a bitolinha de 60 seria utilizar uma escala artesanal, denominada HOn2, que utiliza trilhos da escala Z (6,5

    mm). Tudo nessa escala tem que ser fabricado artesanalmente, diferente do HOn30 que tem muita coisa comercial,

    incluindo trilhos e desvios e vrios micro-produtores desse material.

    *N.E. o artigo Bitolinha em escala, publicado nesta mesma edio, aprofunda-se no assunto das bitolas na escala HO.

  • 36CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    A modelagemEscolher o prottipo foi relativamente fcil. Escolhi um vago bem representativo, do qual eu possua boas e detalhadas informaes de sua construo. Munido dos desenhos descritivo e tcnico, reproduzidos no final da matria, e de algumas fo-tos, comearam as medies.

    Muita pacincia, um paqumetro e calculadora definiram as dimenses princi-pais do modelo. Com a ajuda de um amigo, Leandro Gouveia, foi confeccionada a caixa em estireno de 0,5 e 1 mm (foto 2).

    1. Um trem da bitolinha da Cia. Paulista na estaco de Santa Rita do Passa Quatro-SP, nos anos 1950. Foto do acervo do autor.

    Com a caixa pronta, revesti a mesma por completo com ripas de caxeta** cor-tadas nas medidas de 2mm de largura por 0,5mm de espessura e dei o primeiro acabamento com lixa (fotos 3 e 4).

    2. A caixa do vago, feita em estireno de 0,5 e 1mm.

    3. O incio do revestimento com ripinhas de caxeta.

    4. O revestimento completado.

    **Caxeta: tipo de madeira, tambm chamada caixeta, pau-caixeta, pau-paraba, pau-de-tamanco, tabebuia, tamanco, tamanqueira e pau-de-viola.

  • 37CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Com todo o madeiramento pronto, chegou a hora de fabricar as portas e os reforos laterais e das testeiras. Tudo foi feito com a sobreposio da caxeta co-lada (foto 5).

    Depois desse passo, foi feita a furao geral do vago para os detalhes (foto 6). Utilizei um mandril

    de mo com uma broca de 0,7mm

    para a furao. Os pegas-mos, trilhos da porta e

    haste do freio fo-ram fabricados em arame de 0,7mm. Os detalhes dos re-foros de ao na la-

    teral e encostos da porta foram fabricados em estire-

    no de 0.5mm. Foi utiliza-do um volante de freio

    fundido em estanho da Model Trem,

    de 4 mm de dimetro. O

    5. Confeco das portas e reforos.

    6. Incio da confeco dos detalhes.

    chassi foi fabricado em estireno de 0,5 e ripas de cedro de 1,5 mm. Duas pequenas porcas de ao foram utilizadas como peso (fotos 7 e 8). Com isso, o vago estava pronto para a pintura (foto 9).

    7. Chassi, parte superior (interna).

    8. Chassi, parte inferior.

    9. O vago prontro para receber pintura.

  • 38CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Com a caixa completamente pronta, chegou a hora da pintura. Utilizei tinta tipo duco sinttica na cor marrom-caf, aplicada com aergrafo. Aps esse processo, apliquei decais e revesti tudo com um banho de verniz (foto 10).

    O prximo passo foi a confeco do engate. O tipo de engate deste vago era o boca-de-sino e, como nada foi encontrado no mercado a pronta entrega, decidi fabrica-los. Utilizei estireno de 1mm para a haste e estireno de 0,5mm para as laterais e batente, colando dois pequenos quadrados sanduichando a haste, com a frente co-lada para criar o batente e fechar o conjunto. Aps a furao e ajuste, feita com man-dril de mo e broca de 0,7mm, recebeu pintura de preto-grafite fosco (fotos 11 e 12).

    10. A caixa do vago pintada e decalcada.

    11. Engate confeccionado em estireno.

    Os truques foram comprados da mar-ca Black Stone. So prprios para a bitola HOn3, e tive que reduzir a distncia das ro-das, de 10,5 para 9 mm. O tamanho dimi-nuto e riqueza de detalhes compensam o trabalho de reduo, e no final, quase no se nota a diferena. O truque foi pintado de preto-grafite fosco, e as rodas tiveram seus aros pintados de branco (foto 13).12. Engates prontos.

    Tudo foi montado e o modelo finalizado. Para nvel de comparao, as fotos 14 e 15, na prxima pgina, mostram a diferena de tamanho entre o vago da bito-linha e um vago de madeira da marca Frateschi, colocados lado a lado. O vago-zinho est sobre um trilho de HOn30, code 70, e o vago Frateschi em um trilho HO code 83.

    A foto 16 mostra o vago finalizado.Este foi um primeiro trabalho, realizado nas noites de folga. Gostei do resultado final,

    mesmo sabendo das limitaes de se modelar nesta escala. Havero prximos desafios, como a modificao de uma locomotiva 0-4-0 da marca Minitrains para uma 2-4-2 da Estrada de Ferro Perus-Pirapora. Tambm j esta em processo de desenvolvimento a construo de uma locomotiva 2-6-2 da Cia Paulista, tudo em bitola HOn30.

    Para todos aqueles modelistas que desejam ter essa bitola em suas maquetes, mas tem medo do desafio, fica a dica. Tudo pode ser modelado com trilhos e ma-terial de escala N, facilmente encontrados. A no ser o truque (que teve um custo de R$ 30,00) e a pacincia, nada neste modelo foi caro. Tudo o que utilizei nele facilmente encontrado nas lojas especializadas. Mesmo assim, na nova maquete da Sociedade Brasileira de Ferreomodelismo, haver uma linha desta bitola (e de todas as outras bitolas estreitas) para os associados poderem se divertir. Portanto, mos obra!

    13. Truques e rodas

  • 39CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    14. Comparativo de tamanho com um vago de HO bitola larga Frateteschi.

    16. Modelo finalizado.

    15. Nesta foto, alm do tamanho dos vages, fica bem visvel a diferena entre as bitola nas escalas HO e HOn30.

  • 40CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    17. Desenho descritivo do vago. Acervo do autor.

  • 41CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    18. Desenho detalhado do vago. Acervo do autor.

  • 42CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Com esse artigo iniciamos a srie de textos apresentando como o modelista de Curitiba-Paran, Alexandre Fressatto motorizou um modelo de automotriz Budd, comercializado pela Serra Verde Express como um item promocional. O texto foi por ele dividido em uma trilogia, com as outras duas partes a se-

    rem publicadas nesta revista em suas prximas edies. Com isso mantemos em um tamanho aceitvel de artigo e propiciamos ao modelista tempo hbil para adquirir os materiais e executar em seu modelo as tarefas aqui expostas. A proposta da motorizao por ele apresentada o mais simples possvel. Ob-viamente existem inmeros mtodos mais elegantes, complexos e de opera-

    o mais suave, entretanto seus objetivos para este artigo eram possibilitar a execuo da motorizao com a menor quantidade possvel de ferramental, conhecimento e investimento necessrio, alem de tentar preservar ao mximo a fidelidade ao prottipo, o detalhamento e o interior do modelo, para que este pudesse representar o interior da automotriz. Basicamente a trilogia esta dividida em: Parte I: histrico e motorizao bsica. Parte II: interior e correes a serem efetuadas na carcaa. Parte III: iluminao, eltrica e pintura.

    Motorizando a automotriz da Serra verde Express parte I

    Alexandre Fressatto Ramos

    1. O modelo da automotriz da SVE original conforme foi adquirido, antes da motorizao.

  • 43CENTRAL FERREO OUTONO 2013 NDICE

    Durante todo texto haver agradecimentos a vrios modelistas que ajudaram durante toda tarefa com seus conhecimentos em iluminao, cores, mecanismos, eletrnica, pintura, histrico e etc. Todas essas dicas sero tambm aqui partilha-das, cada qual no devido estgio de montagem, para se tornar mais conveniente e no ser esquecida entre edies. Espero que todos faam uma boa leitura e quais-quer dvidas que possam vir a aparecer podero ser respondidas pelo prprio Fressatto neste e-mail: [email protected]

    Histrico das automotrizes BuddA Budd Manufacturing Co., fabricante de carros de passageiros em inox de longa data, lanou no ps II Guerra suas unidades automotrizes, denominadas RDC (Rail Diesel Car). Consistiam de um carro de passageiros auto-propelido (automotriz).

    Era um conceito antigo, que vinha desde o tempo das automotrizes a vapor. Entretanto, com a tecnologia da solda ponto, a construo com o design inconfun-divel dos carros Budd, a tecnologia dos motores de combusto interna da poca, que j permitia certa confiabilidade dentro de um consumo aceitvel e um projeto pensando em manuteno rpida, que gerasse o menor numero de unidades imo-bilizadas e operao espartana (apenas um maquinista e um chefe de trem podiam fazer todo servio a bordo de uma unidade em trao simples ou multipla), fizeram das RDC um grande sucesso em todas as ferrovias logo aps a II Guerra Mundial.

    Eram movidas por 2 motores diesel Detroit de 275hp cada, conectados por eixos card e juntas universais a uma transmisso hidrulica automtica da marca Allison, o que permitia que sua troca fosse feita em 2 horas e com uma equipe bastante reduzida. Seu projeto envolvia materiais e conceitos operacionais dos mais mo-dernos para a poca, como a caixa em ao inox e solda ponto, vidros espelhados tipo Ray-Ban de tonalidade escolha da ferrovia, padronizao de parafusos tipo Phillips, sistema de freios do tipo pina e disco (nas unidades da mtrica), seme-lhante ao usado hoje em automveis; pisos vinilicos, cozinhas com todo o mobili-rio em inox, ar condicionado, painis bidirecionais e transmisso hidrulica sem trancos de mudana de marcha, comuns nas automotrizes da poca, entre os pon-tos mais relevantes.

    As primeiras automotrizes Budd que rodaram no Brasil foram do modelo RDC 1 e 2, ambas na EFCB (j abordadas em detalhes na Central Ferreo nmero 3), que ento estava sendo incorporada a RFFSA recm-criada. Devido ao sucesso nos EUA e apelo comercial junto aos passageiros, na poca j disputados com a ponte area Rio-So Paulo, alm da economia gerada, chamaram grande ateno por parte da administrao da RFFSA.

    To logo pode, o governo fez um financiamento junto ao Eximbank, com a RFFSA como avalista, para compra de modernos carros de ao inox a fim de modernizar os trens que ainda operavam com carros de madeira. Isso envolveu no s a RFFSA, como tambm ferrovias como a Sorocabana e E. F. Araraquara, lembrando que a Fepasa estava em projeto, mas ainda levaria anos at efetivamente ser consolidada.

    Nessa encomenda foram adquiridos os carros tipo Pionner III, para serem mon-tados no Brasil. Operaram em trens de bitola mtrica da Sorocabana e alguns

    foram repassados Mogiana, chegando a compor o Bandeirante, oTrem para Braslia, alm de diversos outros trens de grande renome no estado de So Paulo. Os carros da bitola larga ficaram com a EFA, operando na malha de bitola alargada daquela ferrovia e no tronco da Cia. Paulista.

    Junto a esses carros, foi feita tambm a encomenda de 23 automotrizes Budd destinadas RFFSA. Quatro unidades para a bitola larga da EFCB/RFFSA, seguin-do os mesmos padres das RDC norte americanas e das que j operavam no Brasil e as demais unidades seriam de bitola mtrica, tendo seu gabarito reduzido e sen-do praticamente reprojetadas externamente, baseando-se no design dos carros Pioneer III. A corcova onde ficam os radiadores e escapamentos da RDC deixou de ser no teto, passando ao chassis dessas unidades, que tambm receberam truques diferenciados. Devido maior complexidade de fabricao das automotrizes do que dos carros, elas tiveram de ser manufaturadas na fbrica norte-americana da Budd, em Red Lion.

    A encomenda da bitola mtrica contemplava 11 unidades tipo Coach, com ca-pacidade original para 56 poltronas e que passariam a ser denominadas como Salo pela RFFSA, ficando numeradas de M600 a M610 e pesando 41.100kg. As outras 8 unidades eram do tipo Buffet, pesando 42.800kg, e alm de 48 poltronas contavam com uma pequena cozinha toda em inox. Estas receberam a numerao M700 a M707, gravados como padro pela Budd por oxi-reduo, podendo estes nmeros ser vistos at hoje nas chapas originais polidas e repintadas quando olha-das contra o sol.

    As unidades chegaram dos EUA no final de 1962 e foram distribudas inicialmen-te por toda malha, ficando 5 com a NOB, EFL e RVPSC e 4 com a RMV. Entretan-to, foram remanejadas inmeras vezes, enfrentando uma infinidade de condies

    2. A automotriz M602 ainda na fbrica da Budd, nos EUA. Fonte: catlogo da The Budd Company.

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    adversas, como linhas precrias, oficinas mal equipadas, pesso-al destreinado para sua manu-teno e etc.

    Pude listar que as RDC da mtrica operaram em Ser-gipe, no Cear, na diviso Nordeste; na Viao Ferrea Centro-Oeste, na Noroeste do Brasil, na Leopoldina, na Rede Mineira de Via-o, na Donna Thereza Cristina, no Rio de Janei-ro por pouco tempo, na Mogiana, alm, claro, da Rede de Viao Pa-ran Santa Catarina, lo-cal de sua operao de maior destaque.

    Um fato interessante que a Mogiana obviamente no fazia parte da RFFSA, mas trocou nos anos 60 com a Centro Oeste algumas motrizes por carros de passageiros. Alis, a maior veloci-dade em bitola mtrica confirmada foi atingida em trechos retificados da Mogiana, onde essas automotrizes operavam regularmente a 90 km/h, chegando a 110 km/h para bater esse recorde. Relatos dessas mquinas operando entre 70 e 90 km/ho-rrios no so incomuns tambm no Paran, onde atingiam essa velocidade nos servios regulares nas linhas do norte do Paran e nas plancies litorneas prximo a Morretes, depois da retificao de parte daquele trecho.

    Essas mquinas fizeram histria na RVPSC no trecho entre Corup, So Francisco do Sul e Joinville (SC), no norte do Paran e obviamente na E. F. Paranagu-Curiti-ba, onde so atrao h mais de 50 anos. Alguns anos atrs a Serra Verde Express adaptou duas das trs unidades operacionais ao seu trem de luxo, o Great Brazil Express, com interior diferenciado e luxuoso, para atender a um caro pacote des-tinado a turistas estrangeiros que atravessariam o Paran pelos trilhos, conhecen-do seus pontos tursticos e chegando at o final da Ferroeste, de onde seguiriam para Foz do Iguau por avio. O projeto, porm, no teve a demanda esperada e as motrizes tambm continuaram atendendo o trecho entre Curitiba e Paranagu.

    Outra unidade tambm foi trazida da EFDTC e reformada, para operar no trem das montanhas no litoral do Esprito Santo. Uma outra unidade se encontrava en-costada sem boa parte da mecnica e foi leiloada durante a privatizao da RFFSA. Hoje a mesma se encontra em uma propriedade particular na estao de Roa Nova, na serra do mar do Paran. Quanto s demais, no saberia dizer em que es-tado se encontram, alm das da Mogiana que ainda existem em estado razovel de conservao, mas sem dono, trancadas em um ptio junto com outros carros

    de inox da antiga Fepasa. Um levantamento mais completo de dados, fatos histricos e numricos, alm

    de muitas fotos, como de costume, aguardado com o possvel lanamento do segundo volume do livro Carros Budd no Brasil: os trens que marcaram poca, de Jos Emlio Buzelin, que vai tratar somente dos trens de So Paulo, TUEs e, claro, das automotrizes de mtrica, fechando a proposta iniciada pelo volume I.

    Apresentao do modeloO modelo em escala HO da automotriz Budd de bitola mtrica tipo salo comeou a ser vendido dia 23 de julho de 2012, como um item promocional da Serra Verde Express para sua composio de luxo, o Great Brazil Express.

    Os modelos foram projetados e produzidos pela LFRC, uma marca da Mi-crotransport (www.microtransport.com.br/modelismo.html) para ferreomode-lismo. So modelos estticos, de eixos fixos e no operacionais, tambm no apresentam engates ou detalhes maiores. So, conforme o que foram proje-tados para ser: modelos de prateleira, sem fim para ferreomodelismo opera-cional. Apenas 200 unidades foram produzidas, tornando esse modelo to ou mais exclusivo que as sries especiais da Frateschi. So vendidos com exclusi-

    3. Nesta antigapropaganda da Cia. Mogiana,

    um registro da poca da operaodas automotrizes Budd naquela ferrovia.

    4. A automotriz M601 da RFFSA no incio da dcada de 1980 no trecho onde elas se tornariam mais conhecidas: a ferrovia Curitiba-Paranagu. Foto: Carlos Jansen de S/RFFSA.

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    vidade pela Loja do Trem (http://www.lojadotrem.com.br/).A questo que motivou essa matria : por que no operacionalizar um modelo

    produzido em escala HO e que representa uma automotriz que circulou amplamen-te em toda malha nacional de bitola mtrica? Com isso, e um modelo em mos cedido pela APFMF, foi executada uma avaliao e desmontagem descrita a seguir.

    Um detalhe importe e que representa um dilema na hora de motorizar a automo-triz o fato de toda representao do ar condicionado, radiador, vlvula de freio, compressor, reservatrios e demais equipamentos mecnicos serem representa-dos de maneira chapada, com profundidade em torno de 2 mm, estranhos para o olho, mas de complexa representao com as medidas certas de profundidade.

    Outro fator que pode o modelista querer se aventurar a corrigir a posio da caixa dos motores diesel, aquele caixote revestido de ao inox que fica abaixo, da automotriz, junto com demais equipamentos mecnicos. No prottipo ele rebatido, isto , sua posio espelhada em relao ao centro, enquanto que no modelo os dois esto para o mesmo lado (veja indicao na foto 5), necessitando para a perfeita representao do modelo, que um dos lados seja cortado com mui-to cuidado para no estragar a pea e reposicionado na locao correta.

    desmontagem do modeloO modelo veio todo colado, entretanto a quantidade de cola aplicada entre as partes era mnima, j prevendo esse tipo de desmontagem e motorizao. Cada uma das partes foi separada, terminando com: 2 discos de freio colados a cada acabamento de truque, em nmero de quatro; 2 truques dummy, muito semelhantes ao formato do truque da GE 70 ton HO da Bach-mann, chassis e carcaa.

    Na carcaa ainda estavam fixos os fechamentos das janelas, em filme preto brilhante. Nessa parte gostaria de fazer um agradecimento especial ao Raul C. Neto, que alem de infor-maes importantes a respeito da desmontagem do modelo tambm cedeu algumas ideias e apresentou o projeto original da automotriz que foi usinado para fazer a matriz.

    lista de materiais para a fase i Automotriz Microtransport/SVE Conjunto mecnico da Bachmann GE 70 ton modelo antigo (com dois

    motores pequenos, um em cada truque) Estireno nas espessuras de 0,30mm, 1,00mm e 2,00mm Parafusos pequenos Serra de hobby Morsa Lima

    Avaliao do modeloO modelo que dispnhamos era do tipo standard, e foi entregue fixo a uma base de madeira fresada, sobre um trilho Frateschi. Sua fixao se d por um parafuso que prende a mquina pelo chassis base de madeira. Sua pintura, representando o esquema do Great Brazil Express da Serra Verde Express, bastante satisfatria, sendo o chassis e os acabamentos dos truques verdes e moldados na cor, enquan-to os redutores so em preto. A carcaa veio pintada de verde e um cinza que se aproxima ao usado pela Frateschi em seus carros Budd. Todas as inscries e in-clusive as faixas dos limpa-trilhos foram feitas com decalques, de qualidade louv-vel. Os vidros so filmes pretos espelhados, representando vidro fum e com isso resolvendo problemas de interior e acabamentos. De modo geral, a qualidade de acabamento da carcaa muito boa como ponto de partida para um modelo em HO, entretanto, seu detalhamento e operacionalidade precisam ser inteiramente feitos pelo modelista.

    Com um paquimetro, diagramas e plantas da automotriz e fotos de fbrica, pu-demos averiguar a conformidade com o prottipo, chegando a valores muitssimo prximos da proporo 1:87,1, excetuando-se no comprimento da unidade, que est em torno de 7mm mais curta. Segundo o Raul, da Microtransport, isso se deve s limitaes da mesa de usinagem que fez a matriz. Entretanto esses mil-metros faltantes foram proporcionalmente distribudos por todo o comprimento da unidade, tornando sua ausncia quase imperceptvel. Somente pessoas muito familiarizadas com o prottipo conseguem notar isso sem o auxlio de plantas ou medidas. A impresso que fica para a maioria que o modelo est um pouco mais alto do que deveria, impresso essa errada. Os ngulos de curvatura que pude conferir estavam todos bastante corretos, assim como a qualidade e quantidade dos chanfros no teto e laterais.

    5. Um truque e o acabamento em resina, conforme fornecido no modelo.

    6. A carcaa removida do chassi. A caixa dos motores, cuja posio est indicada, pode ser corrigida.

    caixa dos motores

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    descrio das partes O chassis moldado em resina verde. Essa parte deve ser descolada com mui-to cuidado para evitar trincas. Sua estrutura ser aproveitada mais adiante como chassis do modelo motorizado. Existem verses desse chassis que so fechadas, isso , sem os furos. No sei se padro ou quantas unidades saram assim, mas o fato que existem e podem dar mais trabalho ao modelista que tiver o azar de comprar uma com chassis todo fechado.

    Adaptao dos motoresApesar dos truques feitos em resina que acompanham o modelo seguirem basica-mente a geometria dos da GE 70 ton antiga da Bachmann, o modelo motorizado possui uma torre onde fica o motor. J o truque em resina liso. Sendo assim pre-cisamos efetuar alguns recortes e construir utilizando peas do chassis original da Bachmann e beros de estireno ou lato.

    Como pretendia apresentar o modelo em funcionamento para o Encontro de Fer-reomodelismo de Curitiba de 2012 e tinha poucos dias, optei por fazer todas as mo-dificaes necessrias em estireno devido agilidade com que poderia executa-las. A fabricao de um chassis em lato envolve ajustes mais demorados de se fazer, de-vido ao fato do lato ser bem mais resistente ao corte e desbaste que o poliestireno.

    7. Vista da parte interna da carcaa com o chassis.

    8. Chassis.

    Pretendia, aps o encontro, fazer um novo chassis, inteiramente do zero e em lato, j que no tinha limitaes de tempo, para que o modelo ganhasse peso e baixasse o centro de gravidade, alm, claro, de aumentar seu esforo de trao. Depois de terminada essa parte do trabalho verifiquei que o prprio peso da auto-motriz finalizada j era suficiente para sua trao, e mesmo de outra unidade sem motor com eixos livres em rampas de at 2,5%.

    9. Truque original da automotriz Microtransport.

    10. Motores nos beros para testes.

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    Montagem dos beros Na GE 70 ton da Bachmann, o sistema de fixao dos truques ao chassis se d por meio de plats, que permitem movimentos livres em dois eixos mas no no ter-ceiro, fazendo uma bela base de sustentao, quase ideal para qualquer tipo de inscrio em curvas e rampas. Devido ao fato desse sistema ser bastante satisfat-rio e o chassis que forneceu os motores no ter aproveitamento, remove-se esses suportes do mesmo e adapta-se, para servir de bero, no chassis da motriz.

    Obviamente essa pea poderia ser facilmente feita em torno e com as mesmas medidas, entretanto nem todos os ferreomodelistas tem acesso a um torno me-cnico ou mesmo a um torneiro que execute o servio. Portanto, a seguir vamos descrever como se faz o processo de adaptao. Conforme j dito acima, para aqueles que optarem por executar todo o conjunto em lato, a dica executar esses suportes tambm, para poder sold-los ao chassis, ao invs de fixar com pa-rafusos como fizemos.

    Primeiro cortamos o chassi da Bachmann nas partes que apre-sentam furos de for-mato retangular com uma serra de verga-lho, aquela serrinha usada em construo civil. A mesma bara-ta, d conta do recado e poupa o uso de fer-ramentas mais caras.

    Aps a remoo das duas peas, com ajuda de uma mor-sa limamos todos os cantos e imperfeies que esses beros pos-sam apresentar, fa-zendo-os assumir um formato ortodrico conforme apresenta-do abaixo. Surge a um problema a ser re-solvido: um dos ber-os ter 2,3 mm de espessura a menos que o outro (ao menos foi o que ocorreu no chassis que eu tinha disponvel). Ento teremos que fabricar um calo de 2,3 mm para balancear esse problema. Conforme podemos observar na figura abaixo, os beros j esto furados transversalmente para a fixao no chassis.

    11. Bero cortado de um dos lados.

    Fizemos um calo com 2,3mm cortando uma chapa de 2,0mm de estireno e uma de 0,3mm, sendo essa pea colada junto ao bero menor. Os modelistas que encontrarem dificuldades em localizar estireno de 0,3mm podem recorrer a cartas de baralho ou embalagens plsticas como tampa de pote de margarina, dando preferncia ao primeiro por ser de estireno mais denso e menos compressvel.

    Podemos ver o calo execu-tado e preso ao bero por pa-rafusos na foto 15. A diferena entre os dois ficou na ordem de dois centsimos de milme-tro, medidos com micrmetro. Isso em escala HO represen-ta coisa na ordem de 1,5cm. Entretanto essa informao apenas terica, pois um alinha-mento visual j seria mais que o suficiente para uma opera-o satisfatria.

    Com o calo feito e fixado no bero devemos abrir o furo que pode ser observado no bero maior, original, na foto 15, por onde entra o parafu-so que trava a torre do motor. Esse furo pode ter 2,4mm ou mesmo 3mm.

    Devemos agora remover do chassis os travesses que su-portam os truques de resina para poder acomodar a torre dos motores. Uma serrinha de hobby e uma lima so muito bem-vindas. Aos modelistas que dispe de uma morsa, o ideal prender o chassis sanduichado

    12. Os dois berso cortados. Observe a diferena de espessura.

    13. O calos de estireno ( esquerda) prontos para serem fixados nos beros dos truques ( direita).

    14. Calo preso por parafusos na pea da esquerda.

    15. Vista das peas do outro lado, faltando furar o calo.

    16. Motores com beros montados e fixados. Observe o furo no calo do bero menor.

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    por estireno dos dois lados e usar a linha da morsa como linha de corte para obter cortes alinhados.

    Adaptao do chassis

    O prximo passo para os modelistas que quiserem modificar o chassis da au-tomotriz de maneira a torn-lo mais fiel ao prottipo, remover o caixote sob o chassis que serve como reforo estrutural e uma espcie de acabamen-to para o modelo de prateleira. Uma serra, uma rgua, pouca fora e muita paciencia removem essa caixa sem grandes dificuldades.

    Cuidado ao executar as prximas operaes com o chassis sem este caixo-te, pois este o momento de maior fragilidade do projeto. Trincas por flexo e empenamentos so muito fceis de acontecer at adicionarmos os reforos definitivos.

    IMPORTANTE: O recorte de qualquer pea em resina, especialmente com microretficas (tipo Dremel), deve ser feito com cuidado. Alm das partculas, os gases gerados pela queima da resina por discos de corte de alta rotao so extremamente daninhos sade e podem at matar pela inalao direta. Portanto, o corte das peas deve ser feito em bai-xa rotao, evitando a queima do material. E de preferncia, o trabalho deve ser executado em local aberto e bem ventilado.

    Para suportar os beros dos motores vamos fazer uma estrutura em forma de U em estireno. Devemos locar essa estrutura conforme a foto abaixo, de modo a fechar apenas parte de uma janela (que depois pode ser escondida por uma cortina) e do outro lado fique quase totalmente escondida pelo local onde fica o banheiro da automotriz. Lembrando que no executar essa estrutura ir deixar o motor exposto pela janela, diminuindo o realismo e tornar o chassis mais suscetvel a tores e empenamentos pela carga da carcaa e tenses de operao e manuseio do modelo.

    17. Teste de gabarito do chassis.

    18. Vista do chassis j sem os travesses e a caixa de acabamento.

    Conforme o modelista ir observar, os suportes originais do modelo interferem na estrutura em U do lado do banheiro da automotriz. Devemos remov-los com uma serra de hobby e executar novos, alguns milmetros adiante e de maneira a no interferir no acondicionamento dos motores.

    19. O chassi e retngulos de estirenos que sero usados para confeccionar as esturturas que iro servir para suportar e esconder os motores.

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    20. Vista do chassis com as estruturas em U prontas. Os beros no so presos nelas, estando ali apenas apoiados para foto. Encaixes sero executados mais adiante para prend-los.

    21. Os suportes laterais devem ser removidos da carcaa a fim de que no interfiram na estrutura interna de estireno.

    22. Vista dos suportes j removidos. Muito cuidado para no trincar a carcaa nessa operao.

    23. Novos suportes sendo fixados adiante com auxilio de prendedores que aplicaram tenso durante algumas horas para a cola secar. Colocar borrachinhas ou placas de estireno do lado de fora para no marcar os frisos.

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    Devemos ento montar os suportes dos beros, que consistem em uma chapa de estireno de 2mm e dois filetes para a centralizao dos beros. Tudo deve ser colado e o bero parafusado nessas peas.

    24. Vista dos novos suportes.

    25. Peas desmontadas.

    26. Vista final do chassis. As estruturas em U apresentam furos de 3 mm alinhados aos furos do bero para podermos fixar e soltar os motores. Entre as estruturas em U devemos colar uma chapa de estireno de 1,00mm ou 1,50 mm que servir de piso da motriz.

    27. A primeira fase do trabalho finalizada.

    Isso conclui a primeira fase do trabalho. Na fase II veremos como modelar o inte-rior, a iluminao, as cabines, vidros cortinas e acabamentos. At a prxima edio!

    29. O detalhamento interno ser o assunto da segunda fase do trabalho, na edio 6 da Central Ferreo.

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    Como fazerMoldes de Silicone

    Cristiano Pires

    No so poucas as vantagens de se utilizar moldes no ferreomodelismo, principalmente porque facilita muito a reproduo de peas repetidas, fazendo com que certas etapas da construo de maquetes e modelos sejam muito mais rpidas. Sem falar que dependendo do material e tcnica que se utiliza para fazer as cpias, pode-se reproduzir de tudo na maquete.

    Neste tutorial vamos aprender a fazer dois tipos de moldes, um simples e um bipartido, que basicamente diferem apenas de acordo com a comple-xidade da matriz que se deseja copiar. Com certeza seria muito sbio que os marinheiros de primeira viagem comeassem tentando fazer o molde simples para tirarem suas prprias concluses sobre cada etapa do processo, avaliando seu prprio desempenho e, se for o caso, adaptando as tcnicas sua prpria experincia ou realidade, afinal de contas, aqui, os fins justificam os meios, ento no importa que material voc usa ou como voc faz, o que importa o resultado final!

    Dito isso, vamos pr a mo na massa.

    Molde simplesPrimeiro deve-se escolher um objeto para copiar (vamos chama-lo de matriz), o mesmo tem que ter alguma superfcie plana para se acomodar eficientemente na massa de modelar, como mostrado na figura 1. Nessa mesma figura nota-se a presena de suportes ou esbarros (que podem ser feitos de estireno) que foram usados para que a massa de modelar ficasse plana com a ajuda de uma esptula.

    Agora chegou a hora de utilizarmos a borracha de silicone. Veja na figura 2. Primeiro faa os esbarros maiores, porm desta vez eles precisam se fechar em volta da matriz, caso contrrio o silicone ir vazar , causando desperdcio e sujeira em excesso. Dependendo da complexidade da matriz, bom pincelar um pouco de silicone j catalisado em sua superfcie depois de fixa-lo na massa de modelar, prevenindo assim bolhas de ar no interior do molde ( importante que o iniciante catalise a borracha de silicone somente o suficiente e controle sua ansiedade sabendo esperar durante horas, fazendo testes de

    dureza apenas nas bordas do molde ou em uma amostra separada da mesma borracha catalisada).

    Aps a borracha de silicone endu-recer completamente (figura 3) che-ga a hora de retirar a matriz de den-tro do molde.

    Essa tambm uma etapa crtica do processo. Primeiro deve-se tirar os es-barros, tire eles com muito cuidado, muito importante aprender a ter muita pacincia para no danificar o molde, ok? Depois disso s tirar a massa de modelar de baixo do molde (o que mais fcil, pois ela mole como o si-licone) e tirar a matriz de dentro com certo cuidado,

    Finalmente agora vamos fazer al-guns testes com resina. No catalise muito porque, ao contrrio do silico-ne, que apenas endurece mais rpi-do, a resina muito catalisada no en-durece nunca e fica cheia de bolhas, frustrando o amigo leitor. Agora, com um pincel macio (para no danificar o molde), espalhe resina catali-sada dentro do molde como se estivesse pintando. Lembra do silicone na matriz? a mesma tcnica, antes que ela seque, s preencher o resto do buraco com a mesma resina e aparar o excesso, esperar secar e o mol-de estar pronto para fabricar muitas cpias (figura 4).

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    Molde bipartidoOba! Agora vamos para a parte

    mais divertida da brincadeira: vamos fazer um molde bipartido.

    Vamos comear observando a fi-gura 5, note como a nova matriz idntica nas duas laterais e tambm de cima para baixo, o que descarta a possibilidade de um molde simples, note tambm que a matriz foi parcial-mente enterrada na massa de mode-lar para que a borracha de silicone s atinja a parte exposta da matriz.

    Deve-se fazer buracos ou elevaes (tanto no sentido do comprimento quanto da largura da matriz) na massa de modelar para que a borracha de silicone forme PINOS que iro auxi-liar no encaixe perfeito das partes do molde, agora s fazer os esbarros inferiores e superiores (da massa de modelar e da borracha de silicone res-pectivamente), pincelar a matriz com silicone catalisado e preencher o resto (dessa vez voc poder catalisar mais para ir mais rpido, mas cautela, ok?)

    Bom, o prximo passo ser a prepa-rao para a Segunda parte do molde (PARTE B), com o silicone j endure-cido comece tirando os esbarros com cuidado e depois a massa de modelar, note os pinos j formados pela borra-cha de silicone e faa duas pequenas peas que podem ter a forma cnica como mostra a figura 6, elas sero os canais usados para a entrada de resi-na e sada de ar do molde quando ele estiver fechado (observe as figuras 8 e 9), porm essas peas no pre-cisam serem feitas obrigatoriamente de massa de modelar, como mostra as figuras 6 e 7, podendo serem tam-

    bm feitas de canudos, palitos ou at serem unidas a prpria massa de mo-delar perto dos pinos de encaixe do molde (para fazer com que o proces-so de acabamento das cpias seja o mais rpido possvel deve-se escolher uma rea da matriz que seja plana e sem detalhes prximos para locali-zar esses canais sabendo que aquela ser a posio de uma futura rebarba nas cpias).

    Faa os esbarros maiores e agora vamos isolar a primeira parte do mol-de, pois a borracha de silicone cata-lisada adere muito bem mesma j endurecida, podendo ocasionar uma colagem que ir por todo o trabalho a perder. Eu uso tinta automotiva tipo duco aplicada com aergrafo (figura 7) para fazer esse isolamento pois a camada de tinta fica muito fina no alterando a matriz e evitando o uso de materiais oleosos como vaselina. Agora s pincelar borracha de si-licone catalisada sobre a matriz que estar completamente limpa sem ne-nhum resduo de massa de modelar, encaixada perfeitamente na parte A do molde e devidamente isolada. Agora s preencher com silicone catalisado (figura 8).

    Aps o endurecimento da parte B do molde s repetir o cuidadoso processo de remoo dos esbarros e separao daspartes do molde (se a borracha de silicone no estiver com-pletamente endurecida, a parte B do molde poder ficar empenada devi-do a sua falta de flexibidade), retire a matriz e comece a fazer cpias (figura 9, a figura 10 mostra a mesma eta-pa vista em trs dimenses) primei-

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    ro pincelando as partes do molde por dentro com resina catalisada e depois preencha o resto com a mesma resina, dependendo do molde que voc fizer, as cpias podero apresentar rebarbas tanto na diviso das partes do molde quanto nos canais de resina e ar, sempre tenha em mente que cpias geralmen-te precisam de acabamento, mesmo sendo feitas em excelentes moldes.

    Observaes: sempre bom pintar as matrizes por completo antes de tirar o molde,

    pois a borracha de silicone pode aderir (grudar) em algumas partes das mesmas. Um exemplo: se h resduo de algum material aderente na matriz, pinta-se e a camada de tinta isolar o problema.

    Para limpar pincis sujos com borracha de silicone ou resina, pode-se usar uma estopa e solvente ou semelhantes, como querosene, aguar-rs, acetona.

    Costumo usar borracha de silicone AZUL das marcas AEROJET e VI FY-BERGLASS. J tenho moldes que iro completar 4 anos e apresentam as mesmas caractersticas fsicas de quando foram fabricados. Existe uma borracha de silicone na cor ocre/bege facilmente encontrada em lojas de artigos artesanais que considero pouco confivel, pois h relatos de moldes feitos com a mesma que ficaram flcidos e oleosos com o tempo.

    Ento isso, pessoal. Com a prtica possvel ir aprimorando essas tcnicas. At a proxima!

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    AMV (aparelho de mudana de via), chave ou o popularmente chamado des-vio, um aparelho que permite que o trem passe de uma via para a outra atra-vs da comutao de 2 agulhas.

    Ele tambm uma das partes mais crticas de uma linha frrea por ser uma das poucas a conter elementos mveis.

    No ferreomodelismo no diferente. Grande parte dos problemas na confec-o de um traado de uma maquete so causados pelos desvios.

    Existem muito fabricantes que disponibilizam uma variada linha de AMVs, mas porque no construir seus prprios AMVs?

    De incio a idia pode parecer assustadora, mas veremos que a construo no to complicada assim. Basta uma certa dose de pacincia e um pouco de habi-lidade para a idia sair do papel, literalmente.

    Digo isto porque todo o processo se inicia com o gabarito do AMV impresso numa folha de papel.

    Este gabarito, que seria a parte mais complexa do projeto, j foi feito por uma empresa norte americana chamada Fast Tracks. Eles esto disponveis para download em formato PDF no endereo http://www.handlaidtrack.com/ na seo Track Template Library.

    A Fast Tracks tambm comercializa vrias ferramentas e gabaritos usinados em metal para facilitar a vida de quem deseja se aventurar no ramo da constru-o de seus prprios AMVs. Na homepage deles h ainda uma srie de vdeos mostrando como usar este material, realmente vale a pena conhecer.

    O processo que mostrarei no conta com estas facilidades adicionais. Da Fast Tracks, somente usaremos o gabarito em papel.

    Construindo AMvs Alexandre Antoniutti Passos

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    Lista de material necessrio: Gabarito impresso (2 vias); Cola PVA; Pedao de chapa de madeira, MDF ou compensado para servir de base para a

    montagem (no pode estar empenado nem ser demasiadamente fino); Alfinetes nmero 24 ou preguinhos finos; Martelo pequeno; Placa para confeco de circuito impresso; Barra de trilho flexvel (a quantidade vai variar de acordo com o modelo de

    AMV selecionado, para o #4 uma barra suficiente); Lima; Alicate de corte especfico para trilho ou serrinha fina; Micro retfica com disco de corte; Ferro de solda, estanho e fluxo para solda; Gabarito da NMRA.

    Antes de continuar, farei uma breve apresentao das partes do trilho e do AMV.

    O perfil do trilho que conhecemos, chamado Vignole e composto por pa-tim, alma e boleto:

    J o AMV, pode ser dividido da seguinte forma:

    1. Principais ferramentas utilizadas.

    2. Nomenclatura das partes de um trilho.

    3. Partes que compe um AMV.

    ponta de diamante

    agulha ou chave

    corao ou jacar

    contra-trilho

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    Alguns dos termos apresentados nas figuras 2 e 3 sero referenciados no de-correr desta matria.

    Vamos comear nosso trabalho imprimindo duas cpias do gabarito do mode-lo de AMV desejado, neste caso um #4.

    Aps ter feito o download do PDF correspondente, certifique-se que a impresso ser feita sem nenhum tipo de redimensionamento, preciso imprimir mantendo o tamanho em 100% com relaao ao original. Desmarque qualquer opo que redimensione o desenho para caber na pgina, pois isto acarretaria numa distoro do desenho, deixando o gabarito fora da escala desejada.

    Com a impresso em mos, vamos col-la, com cola PVA, na chapa de madeira.Enquanto seca, vamos fazer os dormentes estruturais do AMV. Eu chamo de

    dormentes estruturais os dormentes que sero soldados nos trilhos, dando sus-tentao ao conjunto. No gabarito, eles so os que aparecem com um corte no meio e na figura abaixo, destacados em vermelho :

    Os que esto com destaque em verde, transformei em estruturais por conta prpria para dar maior robustez ao conjunto.

    Posteriormente, ser preciso fazer este corte nos dormentes a fim de

    romper a camada superficial de cobre evitando fechar curto entre os dois trilhos.

    Na verso antiga dos arquivos da Fast Tracks, os dormentes estruturais eram representados na cor cinza, o que facilitava a identificao.

    Agora mea no gabarito o comprimento de cada um dos dormentes es-truturais e v anotando.

    Pegue a placa para confeco de circuito impresso e corte tiras de apro-ximadamente 3 mm de largura (foto 6).

    Em seguida cor-te o comprimento de acordo com as medidas anotadas (foto 7)

    Conforme for cor-tando, cole-os com cola PVA em cima de seus respectivos

    4. Gabarito impresso e colado na chapa de madeira.

    5. Dormentes estruturais do AMV.

    6. Dormentes cortados.

    7. corte dos dormentes utilizando uma serrinha e morsa para fixao.

    6. Placa de circuito im-presso e as tiras cortadas.

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    locais. dormentes. Como a nica madeira que eu dispunha era muito dura, realizei o processo sem a fixao com alfinetes, o que dificultou um pouco mais o trabalho.

    Solde o trilho com cuidado para manter o posicionamento correto e para que ele fique com o patim perfeitamente nivelado em cada um dos dormentes.

    No preciso usar muita solda, evite que ela suba pela alma do trilho, pois isto afetar negativamente a esttica do resultado final. Tambm importante que no seja soldado o lado interno nos dormentes aonde a agulha se desloca. A solda faria com que o movimento ficasse prejudicado. Quanto mais lisa esta rea, melhor.

    8. Dormentes j colados.

    10. Primeiro trilho soldado.

    Quando todos j estiverem colados, remova os trilhos das grades plsticas.

    Comearemos pelas duas maiores sees de trilho, que vo do incio ao fim do desvio sem interrupo.

    Pegue um dos trilhos e corte no comprimento da seo reta do desvio. bom sempre deixar uma margem de segurana no comprimento, que depois

    pode ser cortada ou acertada na lima.Com uma lima, faa o desgaste do local aonde a agulha se encaixar. Use

    como base o gabarito.Agora solde o trilho nos dormentes. Para facilitar, utilize os alfinetes para fixar

    o trilho no local aonde ser soldado. Espete de forma intercalada (um em cada lado do trilho) em vrios pontos para que no haja deslocamento no sentido dos

    9. Trilhos removidos das grades de dormentes.

    Corte o segundo pedao de trilho, que ser a seo curva.Para acertar a curvatura, segure fixamente com uma das mos numa das pontas

    e com a outra mo, faa o trilho deslizar entre o dedo e o indicador enquanto exerce, com o dedo, uma presso suficiente para o trilho ir se curvando.

    11. Dobrando o trilho.

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    Pegue o segundo gabarito impresso e use para conferir se o formato j est correto.

    Lembre-se que o ajuste fino pode ser dado no ato da soldagem, j que o trilho ter os dormentes como guia.

    Com a lima, faa o desgaste do local aonde a agulha se encaixar no trilho.

    Observe a angulao do gabarito e comece a limar as 2 partes que compem a ponta (sempre a parte interna) at que, quando encaixadas, fiquem aproximada-mente com o mesmo ngulo que o do desenho.

    12. Segundo trilho j soldado.

    Agora vamos para o diamante e seus prolongamentos. Corte 2 pedaos de trilho sempre deixando uma pequena sobra para qualquer eventualidade.

    13. Fazendo a preparao para a confeco do diamante.

    Se ficar uma fresta na parte interna da unio entre os dois trilhos, no h pro-blema, pois ser preenchido com solda.

    O que no pode acontecer de forma alguma a ponta do diamante ficar com ngulo maior que o do desenho e depois tentar acertar limando a parte externa.

    Isto faria com que ao invs do trilho seguir em linha reta, da ponta do diamante em direo oposta da agulha, formasse um bico que causar bastante proble-ma na passagem dos rodeiros.

    Quando a parte interna estiver desbastada o suficiente, una-as e solde cuida-dosamente pelo lado de dentro da ponta. Lembre-se, sempre fixe os pedaos de trilho antes de soldar para que no percam o alinhamento.

    14. Limando.

    15. A unio dos trilhos soldada.

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    Para dar acabamento e remover eventuais rebarbas e solda, basta usar uma lima fina com cuidado para no criar deformidades nos trilhos. Se for preciso, d um acabamento com uma lixa fina.

    Terminado o diamante, solde-o em seu devido lugar e vamos para os contra trilhos.

    Corte um pedao de trilho do tamanho aproximado do contra trilho. Se no tiver segurana quanto ao comprimento exato, pode-se deixar uma pequena sobra para qualquer eventualidade, afinal, melhor sobrar do que faltar, j que o trilho pode ser cortado mas dificilmente emendado de forma satisfatria.

    Use o gabarito impresso para marcar no trilho os pontos aonde o mesmo ser dobrado. Pode ser feito no patim com algo pontiagudo de forma que no estra-gue a esttica do trilho.

    Fixe o trilho no torno deixando a marcao alinhada com o topo da pina do torno. Usando um alicate de ponta lisa (para no marcar o trilho) segure firme no trilho e dobre-o para o lado desejado.

    Com a ajuda do gabarito impresso, v acertando o angulo. Quando estiver cor-reto, faa da mesma forma a dobra do outro lado.

    Dependendo do trilho que estiver sendo usado, pode ser que aparea uma sa-lincia na parte debaixo do patim no local onde o trilho foi dobrado. Neste caso, acerte o nvel com uma lima fina.

    16. Fazendo a dobra do trilho com o uso de uma morsa e alicate.

    Repare na, imagem abaixo, um contra trilho pronto e o outro sendo marcado para a dobra.

    17. Observe a dobra do patim ficou no ngulo certo e sem salincias na parte debaixo.

    18. Contra trilho pronto (abaixo) e outro sendo marcado para dobra (acima).

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    Feito isto, verifique se as angulaes esto de acordo com o modelo.

    19. Os dois contra trilhos prontos.

    Agora solde-os, em seus respectivos lugares, apenas pelo lado do jacar. Dei-xe o lado virado para o trilho externo com a passagem da flange desobstruda. Use sempre pouca solda e procure fazer com que a mesma fixe apenas a base do patim. Verifique, com a ajuda do gabarito NMRA, se a distncia entre o trilho e contra trilho est de acordo.

    20. Os contra trilhos soldados no conjunto.

    Chegou a hora das agulhas e do jacar. Estas peas sero feitas unidas e pos-teriormente isoladas com a ajuda de uma serra de joalheiro. Isto garantir o per-feito alinhamento durante a montagem.

    Para confeccion-las, usaremos os mto-dos j vistos.

    Co