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BETELGEUSE BOLETIM INFORMATIVO DA A.A.G.G. ANO: 15 JULHO A DEZEMBRO N.: 51 ] J 1998

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BETELGEUSEBOLETIM INFORMATIVO DA A.A.G.G.

ANO: 15 JULHO A DEZEMBRO N.: 51

]J1998

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Fundada em 1978Declarada de Utilidade Pública Estadual - Lei 4.150/88

Caixa Postal 010-089629001-970 Vitória - Espírito Santo - BrasilE-mail: aagg@ zaz.com .br

Conselho Adm inistrativo

Diretor Presidente: Antônio Carlos Garcia Júnior Diretor Adjunto: Adilson José Cruzeiro

Conselho Consultivo

Prof. Antônio Rezende Guedes - UFJF/M GProf. Ronaldo Rogério de Freitas M ourão - M AST/CNPq/RJProf. Nelson Travnik - OM A/OM P/OM CJN/SPProf. Rubens de Azevedo - AAA/CE

Administração

Secretário/T esoureiro: Coordenador de Projetos: Coordenador de Fotografias: Editor Betelgeuse:

Francisco de Almeida Gusmão M arco Junio de Faria Godinho W alace Fernando Neves Antônio Carlos Garcia Júnior

CAPA: Eclipse Total do Sol - El Pico/V enezuela (26 de fevereiro de 1998). Foto de W alace Fernando Neves (AAGG/OACF)

Sumário

. Editorial 02

. Asteroide em Rota de Colisão com a Terra (Nelson Falsarella) 03

. Observação de Satélites Artificiais ( Cláudio Melluzi Mendes) 05

. Tributo ao Professor Sérgio Menge (Nelson Travnik) 06

. Agenda Astronômica do 2o Semestre/98. 07

. Cidade Sagradas dos Incas Possui Fama Equivocada (Carlos H. A. Andrade) 09

. Ocultação de Júpiter pela Lua - 7 de setembro 10

. Eclipse Total do Sol 26 de fevereiro de 1998 (Relatório) (Antônio C. Garcia Júnior) 11

. O Canto do Galo Velho 15

Betelgeuse Ano 15 - JULHO a DEZEM BRO - N2 51

Associação Astronômica Galileu Galilei

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E l E í l ü ú í l I

O ano começou cheio de prom essas, afinal fizemos a grande aventura do eclipse total do sol na Venezuela em 26 de fevereiro, cujo relatório simplificado apresentamos neste boletim. Foi um a grande aventura compartilhada por alguns membros da AAGG e alguns astronômos amadores de outras partes de nosso país em especial de São Paulo. Foi uma festa e um a grande oportunidade de congraçamento entre os amadores brasileiros.

Ainda neste primeiro semestre solidificam os junto às pessoas físicas e júridicas de nosso Estado, o projeto de nossa entidade denominado “ Sítio Astronôm ico”, pelo qual todos estamos m entalizando um futuro grandioso. Onde pensamos m orar quando a aposentaria chegar, será um refugio à disposição de todos os amantes da astronomia no Brasil. Esperamos detalhar este projeto no próximo número do Betelgeuse, depois de tantas promessas.

Participamos com a presença do M arco Godinho, W alace Fernando Neves e M aria Yonnita Aguiar do Encontro de Astronom ia ocorrido em Campos/RJ, entre os dias 29 a 31 de maio. Entre várias palestras interessantes valeu o encontro do pessoal da astronomia amadora brasileira, que trava um a luta enorme para m anter acessa a luz de Urânia em nosso país. Este encontro foi preparatório para a realização do Encontro Nacional dos Astronomos Am adores Brasileiros a acontecer ainda este ano. Houve inclusive uma candidatura da AAGG para prom over o encontro aqui em Vitória, ainda não decidido. Caso sejamos escolhidos para promover este encontro ele se dará simultaneamente à realização da VI Semana Capixaba de Astronomia. Afinal, poderemos comemorar festivam ente junto aos colegas de todo o Brasil os 20 anos de atividades de nossa entidade.

Tivemos ainda a ocultação de Vênus e Júpiter pela Lua, o Cometa SOHO, a redescoberta dos satélites artificiais e do Hubble passeando luminosos pela esfera celeste, e muito mais. O céu é nosso parque de diversão cósmico, a brincadeira continua neste segundo semestre. Brinquem sem parança!

O Editor.

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ASTEROIDE EM ROTA DE COLISÃO COM A TERRA?

Nelson Falsarella

1- A Descoberta

Em 6 de dezembro de 1997, o astronômo Jim Scotti do Laboratório Lunar e Planetário da universidade do Arizona, descobriu um asteroide, com um tamanho estimado em 1,6 km, denominado 1997 X F11. A analise de sua órbita determinou que este passaria entre a Lua e a Terra às 2h 30m da madrugada do dia 26 de outubro de 2028. Isso o coloca como um objeto de grande perigo para a humanidade, pois ainda não houve uma analise tão apurada de sua órbita, podendo então ocorrer um choque com o nosso planeta. Observações feitas depois por astronômos amadores japoneses, conduziram a um novo calculo de orbita que o traria a uma distância bem pequena da Terra. Por isso ele foi colocado numa lista de objetos asteroidais ou cometários que podem um dia se chocarem com a Terra. Essa lista já conta com 108 desses objetos. O primeiro cálculo de orbita estimou que este passaria a 800.000 Km da terra, ou quase duas vezes a distância da Lua. O calculo feito por Donaldo K. Yeomans , do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) dos E.U.A, celebre especialista em cálculos de orbitas de objetos celestes, resultou num a distância minim a de 80.000 Km. Passando por nós num a distância tão pequena, ele seria visivel a olho nu, deslocando-se rapidamente pelas constelações em poucas horas, como uma estrela com um brilho de magnitude 3, semelhante às famosas “Três M arias” .

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1Ô97XF-1JPO

Fotos 1 e 2: Asteroide 1997 XF11 (Nasa)

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Cálculos m ais recentes deram um resultado mais confortável, da ordem de 950.000 Km. N a verdade, ainda não existe um resultado seguro, mas apesar da pequena chance de um choque com a Terra, o asteroide merece um a atenção maior, pois nesses 30 anos os cientistas poderão pensar numa solução, caso ele realmente venha para cim a de nós.

2- O Resultado de Uma Colisão

O asteróide 1997XF11, com 1,6 Km de diâmetro e viajando no espaço a uma velocidade m édia de 40 Km por segundo, toma-o como um projétil com uma imensa energia cinética. O choque deste asteróide com a superfície terrestere, criaria uma cratera dezenas de vezes maior que seu tam anho, A explosão do choque , segundo os cálculos de choques planetários mais recentes, liberaria uma energia de 100.000 m egatons, cerca de 8 milhões de vezes o poder destruidor da famosa bomba de Hiroshima, durante a Segunda Grande Guerra Mundial. A onda de choque provocada pelo rápido deslocamento de ar, arrasaria centenas de Km, destruindo cidades inteiras.

A terra liberada durante a formação da cratera ficaria dispersa pela atm osfera terrestre, reduzindo significativam ente a luminosidade do Sol por anos, O poder destruidor seria de um hemisfério da Terra.

3- Famílias de Asteróides Rasantes à Terra e o Perigo de Impacto

A maioria dos asteróides situa-se entre as órbitas dos planetas Marte e Júpiter. Porém conhece-se familias de asteróides que viajam em grupos, ou quando não, com as mesmas órbitas desses grupos. Os astrônomos conhecem pelo menos dois tipos de familias, conhecidas como Apollo e Aten, que representam um certo perigo para a humanidade. O problem a é que , diferentemente da maioria dos asteróides, essas familias cruzam a órbita da Terra. Nesses caminhos eles podem um dia encontrar a terra e se chocarem. Hoje existem program as desenvolvidos em observatórios astronômicos como os norte-am ericanos “ Spacewatch Telescope” e o “Palomar Earth- Crossing Asteroid Survey” que consistem em fazer fotografias de campos estelares para descobrir esses asteróides que passam rasantes à Terra. Os dois programas juntos tem descoberto cerca de 35 asteróides rasantes por ano. Alguns dos asteróides encontrados já fizeram história. Em 22 de m arço de 1989, o asteroide Asclepius, de 800 metros de diâmetro, passou a 666 mil quilôm etros da Terra, pouco mais de uma vez e meia a distância da Terra a Lua. Se a Terra tivesse atrasada 6,5 horas em sua órbita, Asclepius teria caido em nosso planeta. O record de maior aproximação conhecido foi do asteroide 1994 XM 1, que em 9 de dezembro de 1994, passou a 100 mil quilôm etros do nosso planeta, menos de um terço da distância da Terra a Lua. O problema maior, foi que ele foi descoberto a apenas 14 horas antes de sua passagem por nós. M uitos dos asteróides nem são descobertos quando passam próximos de nós. Cálculos feitos por Tom Gehrels e David Rabinowitz do “ Space Telescope” indicam

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que, a cada dia, pelo menos 15 pequenos asteroides passam entre a Terra e a Lua. Os satélites militares espiões tam bém detectam os choques dos meteoroides com a atmosfera terrestre e a revelação desse fato causou espanto na comunidade científica.

O geológo norte-americano Eugene M. Shoemaker, falecido no ano passado num acidente de carro na A ustrália e que era um grande especialista em choques cósmicos, calculou que todo ano, em média, um fragmento de asteroide ou cometa se destroi na atmosfera, liberando um a energia cinética de 20.000 toneladas de T.N.T, um pouco mais que a bom ba de Hiroshima. A sorte é que na m aioria das vezes, a atmosfera terrestre segura a queda desses objetos, cujo atrito com o ar, provoca-lhes suas explosões e desintegrações a m uitos quilômetros de altitude, não danificando a superfície terrestre. Cada grande m eteorito, presum ivelm ente possui 10 m etros de diâmetro, pesa mil toneladas e chega na velocidade de 15 a 20 km por segundo.

Em bora essas grandes rochas espaciais não acertem o planeta Terra, estudos tem revelado que o choque que ocorre entre os proprios membros das famílias de asteroides, geram milhares de fragm entos dos quais muitos acabam caindo em nosso planeta na forma de meteoritos.

Nelson Falsarella, o autor do texto é médico e astronônomo amador em São José do Rio Preto.

O BSERVAÇÃO DE SATÉLITES

Cláudio Meluzzi M endes

Os satélites podem ser facilm ente observados, desde que se respeitem alguns horários. Como estão girando em torno da Terra, o momento apropriado para sua observação é no início da noite ou no início do dia, quando o Sol não está a vista. D essa forma a luz solar atinge o satélite e não atinge o observador terrestre. A luz do Sol é refletida no satélite e retom a ao observador na Terra.

Os satélites podem ser dos m ais variados tipos, tendo diferentes velocidades e alturas. Há também os satélites geoestacionários, que permanecem sobre o mesmo ponto relativo à Terra, girando na m esm a velocidade em que nosso planeta faz seu movimento de rotação.

Estações espaciais (a MLR é um exem plo), o telescópio Hubble e o ônibus Espacial são objetos que emitem um brilho muito forte e são fácéis de serem observados. Há na internet sites que, dadas as suas coordenadas geografícas, são fornecidas as próximas passagens de satélites na próxim a semana.

Um satélite é visto de form a semelhante a uma estrela, como um ponto luminoso. Sua magnitude (brilho) pode variar durante seu percurso, de acordo com a incidência dos raios solares.

Usando a astrofotografía pode-se registrar a passagem de um satélite (o rastro deixado por ele) como na fotografia abaixo feita pelo autor deste artigo.

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Foto 3: Passagem do Telescópio Hubble na constelação de Hydra, a foto foi tirada no centro de Goiania/GO no dia 14/04/98 às 19 h. Objetiva de 50 mm, filme ISO 100, 25 segundos de exposição.

PRO FESSO R SÉRGIO M ENGE DE FREITAS

Nelson Travnik *

A comunidade astronôm ica brasileira perdeu no último dia 25 de março, uma de suas figuras mais expressivas: Sérgio M enge de Freitas, astrônomo do Observatório do Valongo - UFRJ e da Fundação Planetário do Rio de Janeiro. Conhecia o Sérgio desde o tempos heróicos da estruturação do Valongo. Estivemos juntos em muitos congressos inclusive aquele m em orável da Liga Ibero-Americana de Astronomia, celebrado em 1967 em Natal —RN. Até 1976, época em que me transferi pra Campinas, SP, praticam ente todos os meses visitava o Valongo e sempre me detinha naquele papo gostoso com o Sérgio.

Acho que até falávam os m ais de musica do que Astronomia. Era meu campanheiro inseparável contra os astrólogos. Admirava-o como profissional e como pessoa. As vezes quando saiamos do Observatório a conversa term inava em meio a muitos chopps seja no Bar do Luiz na rua da Carioca ou na Bar Brasil na Lapa. N unca o ouvi criticar alguém, detendo-se sempre num a conversa construtiva. Nosso último encontro foi este ano no Planetário do Rio de Janeiro no dia 21 de janeiro. Estava bastante debilitado pela doença que o m inava implacavélmente. Sérgio agora é mais uma estrela no céu. Pouco a pouco nossa m usa Urânia vai convocando seus filhos mais diletos. A ausência do Sérgio abre um a lacuna difícil de ser preenchida.

Em atenção a sua memória, usando de minhas atribuições como astrônomo responsável pelo Observatório Astronôm ico de Piracicaba, SP, a biblioteca do mesmo passa doravante a denominar-se “Biblioteca Prof. Sérgio M enge de Freitas” .

(*) Nelson Travnik é astrônomo do OM A e membro do Conselho Consultivo da AAGG.

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☆Agenda Astronômica

Julho

Dia Hora Fenômeno01 15:42 Lua Quarto Crescente02 15:00 Lua no Apogeu (404.222 Km da Terra)03 02:00 Vênus a 4°N de Aldebaran03 21:00 Terra no Afélio09 13:03 Lua Cheia14 16:00 Júpiter a 1,0° N da Lua (Ocultação)16 12:09

14:00Lua Quarto MinguanteLua no Perigeu (369.696 Km da Terra)

17 00:0002:00

Mercúrio Elongação Máxima (26,7°L) Saturno a 2,2°N da Lua

18 20:00 Ceres a 1,1° da Lua (Ocultação)22 00:00 Marte a 5° N da Lua23 10:00

10:45Netuno em Oposição Lua Nova

25 11:0018:00

Mercúrio2,l° S da Lua Regulus a 0,7°S da Lua

30 09:00 Lua no Apogeu (404.305 Km da Terra)31 09:05 Lua Quarto Crescente

Agosto

Dia Hora Fenômeno02 21:00 Antares a 10°S da Lua03 14:00 Urano em Oposição05 00:00 Vênus a 0.8°S de Marte06 22:00 Netuno 2°S da Lua07 23:12

23:26Lua CheiaEclipse Penumbral da Lua (mag 0,118)

10 21:00 Júpiter a 0,9° N da Lua11 09:00

18:00Lua no Perigeu (366.446 Km da Terra) Marte a 6°S de Pollux

13 09:0021:00

Saturno a 2,2° N da Lua Mercúrio em Conjunção Inferior

14 16:46 Lua Quarto Minguante16 00:00 Aldebaran 0.2°S da Lua.19 17:00 Marte a 3,8° N da Lua.20 11:00 Vênus a 2.7° N da Lua.21 23:04

23:07Lua Nova.Eclipse Anular do Sol (mag: 0,969).

25 20:00 Mercúrio a 3°S de Vênus.26 07:00 Spica a 7°S da Lua27 03:00 Lua no Apogeu (405.152 Km da Terra)30 02:07

05:00Lua Quarto Crescente Antares a 10°S da Lua

31 06:00 Mercúrio Máxima Elongação (18,2° W)

S etem b ro

Dia Hora Fenômeno04 00:00 Urano 3°S da Lua06 06:07

08:23Eclipse Lunar Penumbral (mag: 0,804) Lua Cheia

07 01:0012:00

Júpiter a 0,5° N da Lua (Ocultação) Vênus no Periélio

08 03:00 Lua no Perigeu (361.374 Km da Terra)09 15:00 Satumo a 2.0° N da Lua10 21:00 Mercúrio a 0,4°N de Vênus12 05:00

22:59Aldebaran 0,3°S da Lua (Ocultação) Lua Quarto Minguante

15 13:00 Pollux 10°N da Lua16 02:00

03:00Pallas em Oposição (Mag:8,6) Júpiter em Oposição

17 10:00 Marte a 2,5° N da Lua20 14:03 Lua Nova23 02:39

19:00Equinócio de PrimaveraLua no Apogeu (406.173 Km da terra)

25 17:00 Mercúrio em Conjunção Superior28 18:11 Lua Quarto Crescente30 16:00 Netuno 2°S da Lua

Outubro

Dia Hora Fenômeno04 04:00

06:00Pallas 1°S da Lua. Júpiter a 0,2° N da Lua

05 17:14 Lua Cheia06 10:00

22:00Lua no Perigeu (357.633 Km da Terra) Satumo a 1.8° N da Lua

09 19:00 Ceres a 0.9°S da Lua.11 08:00 Netuno Estacionário12 08:15

19:00Lua Quarto Minguante Pollux a 10°N da Lua

16 01:00 Marte a 1,0° N da Lua18 22:00 Urano Estacionáio19 20:00 Spica a 7°S da Lua.20 07:11 Lua Nova21 02:00

15:00Lua no Apogeu (406.667 Km da Terra) Mercúrio 7°S da Lua

23 15:0019:00

Satumo em Oposição Antares a 10°S da Lua

28 08:4717:00

Lua Quarto Crescente Urano a 2°S da Lua

30 01:00 Vênus em Conjunção Superior31 13:00 Júpiter a 0,2° N da Lua

☆Agenda Astronômica

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D ezem b ro

i^Agenda Astronômica

Novembro

Dia Hora Fenômeno03 06:00

22:00Saturno a 1,7° N da LuaLua no Perigeu (356.615 Km da Terra)

04 )2:20 Lua Cheia05 23:00 Aldebaran 0.6°S da Lua.06 01:00 Ceres 0,3°S da Lua (Ocultação)09 02:00

06:00Pollux a 10°N da Lua. Mercúrio 1.9°N de Antares

10 21:34 Lua Quarto Minguante11 06:00

19:00Mercúrio Elongação Máxima (22,9° E) Regulus 0,3°N da Lua (Ocultação)

13 15:0022:00

Marte a 0,5° S da Lua (Ocultação) Júpiter estacionáio

16 02:00 Spica a 7°S da Lua.17 03:00 Lua no Apogeu (406.494 Km da Terra)19 01:28 Lua Nova20 01:00 Antares a 10°S da Lua.21 11:00 Mescúrio Estacionário25 00:00 Urano 2°S da Lua.26 21:23 Lua Quarto Crescente27 22:00 Júpiter a 0,6° N da Lua28 Ceres em Oposição (Mag: 7,1)30 14:00 Saturno a 1,8° N da Lua

Dia Hora Fenômeno01 12:00 Mercúrio em Conjunção Inferior02 09:00 Lua no Perigeu (358.844 Km da terra)03 03:00

12:21Ceres a 1,2°N da Lua Lua Cheia

09 03:00 Regulus a 0,03°N da Lua.10 15:00 Lua Quarto Minguante11 03:00 Mercúrio Estacionário.12 05:00 Marte a 1.8° S da Lua14 14:00 Lua no Apogeu (405.758 Km da Terra)16 21:00

22:00Mercúrio 3°S da Lua. Marte no Afélio

18 19:44 Lua Nova20 01:00 Mercúrio Máxima Elongação (21.6° W)21 22:58 Solstício de Verão (Hemisfério Sul)22 20:00 Urano 1,8°S da Lua.25 08:00 Júpiter a 1,2° N da Lua26 07:48 Lua Quarto Crescente27 20:00 Saturno a 2.2° N da Lua28 21:00 Vênus no Afélio30 13:00

15:0020:00

Saturno Estacionário.Lua no Perigeu (363.787 Km da Terra) Aldebaran 0,6°S da Lua.

Fonte:Efemérides Astronômicas 1998, Observatório Nacional, Anuário de Astronomia 1998, Ronaldo R.F. Mourão

^Agenda Astronômica

A R Q U E O A S T R O ^ O Ü iM

CIDADE SAGRADA DOS INCAS POSSUI FAM A EQUIVOCADA

Carlos H. A. Andrade (*)

Adorada por místicos e esotéricos de todo o mundo, a cidade peruana de M achu Picchu, distante aproxim adam ente 120 quilômetros de Cuzco (a antiga capital dos incas), ao contrário do que é descrito nos livro de História e Geografia, e ao que tudo

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indica, não era desconhecida pelos espanhóis, e o mais interessante: a fama de “Cidade Sagrada” possivelm ente não cabe à ela, e sim à cidade de Ollantaytambo, no interior de Cuzco, o “um bigo do m undo” na cultura Inca. M achu Pichu, que no idioma quéchua (antiga lingua dos Incas) significa “M ontanha Velha”, muito provavélmente teve, por m uitos anos, a simples função de educar, e sobretudo proteger as filhas dos soberanos Incas (as chamadas virgens do Sol) das constantes invasões espanholas. Prova disso é de que foram encontradas até hoje nessa cidade apenas 173 ossadas humanas, das quais 150 eram de m ulheres jovens, de aproxim adam ente 15 anos!

Essa cidade, situada nos Andes peruanos à 2.400 metros de altitude, tinha a exclusiva função de ensinar às jovens adolescentes da elite incaica, noções de inúmeras áreas do conhecimento humano, tais como: Geografia, Matemática, Arquitetura, Engenharia e principalm ente Astronom ia, a ciência do céu.

Dali, naquela altitude, tinham fácil acesso ao céu estrelado e percebiam dessa forma diversos fenôm entos que ocorriam. Não é a toa que, até nossos dias, 90% das atividades dos descendentes Incas dependem de sua relação com o mundo astral.

M achu Picchu foi, por assim dizer, um a universidade. Talvez a melhor delas. Onde seus freqüentadores tiveram a oportunidade de observar “in loco” fenômenos das mais diversas áreas.

Ao contrário tam bém do que é amplamente divulgado em nossos livros, não foram o Incas que a construíram (muito menos “deuses astronautas” ...), mas sim alguma civilização pré-Inca, pois como disseram os antigos cronistas peruanos, “ ...na época da chegada dos Incas à região, já existiam ruinas dessa cidade” .

Estudando a história de algum as antigas civilizações pré-incaicas, podemos então supor que a fam osa “Cidade Sagrada dos Incas”, foi construída pelos Tiwanacotas.

O berço dessa civilização, a cidade de Tiwanaco (ou Thiauanaco) na Bolivia, guarda a maior prova dessa teoria, tida por m uitos como absurdo: A Porta do Sol.

Esculpida em um único bloco de pedra, esta obra possuí diversos símbolos enigmáticos, sendo que vários deles, estão também presentes em M achu Picchu.

O interessante é que, segundo pesquisas realizadas, a cidade de Tiwanaco possui no minimo 5.000 anos a mais que a civilização Inca. Portanto, M achu Picchu nos parece (e isso por vários outros motivos) ser muito mais antiga que imaginamos, e não meros 500 anos, como até hoje supúnhamos.

Os Incas tiveram seu auge próximo do ano 1400, data muito recente para a cronologia histórica.

Outra coisa importante é o fato de, antes dos Incas, terem existido inúmeras outras civilizações espalhadas pela Am érica do Sul. Dentre elas podemos citar os Paracas, os M ochicas, os Chavin, os Nazcas, etc... Isso faz com que, o que hoje convencionalm ente cham am os de Inca, nada mais é de que a fusão de todas essas antigas raças, sendo que o Filho do Sol (o Inca) é o mais recente nessa escala histórica.

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O termo “Cidade Sagrada dos Incas”, consoante à inúmeras pesquisas arqueológicas e antropológicas, é errôneo para M achu Picchu. Tal título era utilizado pra Ollantaytambo. Ali, naquela m inúscula cidade, os Filhos do Sol tinham seu contato íntimo com o mundo astral e místico.

O SANTUÁRIO DE OLLANTAYTAM BO

Este antiquíssimo santuário que se encontra à 89 quilômentros da cidade peruana de Cuzco, no Vale Sagrado dos Incas, é um dos maiores complexos astroarqueológicos do peru. Possui um a área aproxim ada de 600 hectares, formada por complexos religiosos, astronôm icos, administrativos, urbanos e agrícolas, os quais fizeram do local um dos mais im portantes para o desenvolvimento do império Inca dos Andes.

Sua função principal era determinar as m elhores épocas relativas ao plantio e colheita, inicio e fim das estações do ano, bem como pra seus rituais astrais. Toda a cidade, vista sob um determinado ponto de vista, toma a estranha função de um observatório astronômico.

Ainda hoje, tida pela com unidade científica mundial como um “museu vivo”, Ollantaytambo nos impressiona por seus mistérios.

Pesquisas futuras, quem sabe (e isso muito provavelmente), nos mostrarão que, não M achu Picchu, ,mas sim Ollantaytam bo é que realmente foi “A Cidade Sagrada dos incas” ...

(*) Carlos H.A.Andrade é astrônomo do Observatório M unicipal de Am ericana e responsável pelo Projeto Inti.

OCULTACÂO DE JÚPITER PELA LUA - 7 DE SETEM BRO DE 1998.

Este ano estamos sendo presenteados com várias conjunções de planetas com a Lua, e em algumas delas com a ocultação do planeta pelo nosso satélite natural.

N a m adrugada do dia 7 de setembro novamente poderemos observar de quase todo o Brasil a ocultação de Júpiter pela Lua. Os dados preliminares que pudemos obter utilizando o software Lodestar é que o meio da ocultação ocorrera às 01 h 49m 18.4s.

Assim é conveniente que a partir das 23h do dia 6 de setembro os observadores se ponham a postos para acom panhar, cronom etrar e fotografar este fenômeno.Como aperitivo pode-se tambem observar a ocultação da estrela SAO 146271, de magnitude +6.44 que vai imergir às OOh 56m 36,5s e emergir às 01 h 55m 56,9s.

Sucesso nas observações.

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ECLIPSE TOTAL DO SQL DE 26 FEVEREIRO DE 26/02/98

Antônio Carios Garcia Júnior

1 - Apresentação

Com a facilidade que tem os hoje em dia de viajar pelo mundo, ver eclipses totais do Sol tornou-se uma opção de turismo bastante explorado por agencias especializadas em todo o primeiro mundo, com destaque para os Estados Unidos da América. Os brasileiros, pelo menos a pequena comunidade de astronomos amadores, vão aos poucos aderindo a esta mania. Pois, como já disse um filósofo desconhecido “quem viu um eclipse total do Sol, há de querer ver outro” . Dado as características do fenômeno que só é visível em um pequeno trecho da superfície terrestre, os adeptos do eclipse-mania todos os anos se programam, fazem as malas e rumam para mais uma aventura.

Para nós da AAGG foi assim no eclipse total do Sol de Tefé/AM em 1992, que foi observado pelo socio fundador Antônio Rezende Guedes, o eclipse total de 1993 visivel do Atlântico Sul desta feita observado por três sócios da AAGG a bordo de um Boeing da VASP, em um a expedição preparada pelo Planetário do Rio de Janeiro, o eclipse Total do Sol de novembro de 1994 observado de Foz do Iguaçu/PR já contou com presença m aciça de observadores capixabas, o eclipse anular de abril de 1995 quando tivemos duas equipes um a em Fortaleza/CE e outra na Pam aíba/PI e finalmente o eclipse total do Sol de 26 de fevereiro de 1998 que observamos de El Pico, Estado de Falcon na Venezuela, cuja aventura será relatada a seguir.

2- Introdução à Viagem

Os momentos que anteceram à escolha do local de observação do eclipse foram de indecisão, sendo que até outubro de 1997 ainda não havíamos resolvido nosso destino. No final resolvem os acom panhar o pessoal da REA, que havia planejado uma expedição para a mesma região que escolhemos, a Península de Paraguaná na Venezuela. A viagem foi organizada através da Agencia de Turismo Escala de São Paulo, e nossa equipe foi com posta de 7 pessoas que sairam de Vitória no dia 21 de fevereiro de 1998, um sábado de carnaval.

N ossa primeira parada foi em Caracas, na noite do dia 21. No dia seguinte, após comer alguns “Jam ons”, fizemos o deslocamento para a cidade de Santa Ana de Coro, Estado de Falcon, viajem feita em um carro alugado. Em Coro ficamos hospedados na Pousada Punta dei Piedra, situada a cerca de 18 km de Coro. Neste mesmo local ficaram hospedados vários colegas de São Paulo, membros da REA e do Observatório do Capricórnio.

A região de Coro se caracteriza climaticamente por um semi arido, com vegetação muito parecida com a nossa caatinga. Este aspecto foi um dos motivos que

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nos fizeram escolher esta região de pouca nebulosidade e baixa pluviosidade. Esta informação foi confirm ada depois pelos moradores. Os primeiros dias foram de exploração e turismo pela região com o intuito de escolher o local mais próximo da linha central do eclipse e com m elhor estrutura para a equipe realizar o trabalho de observação. Assim conhecem os os lagos de sal cor de rosa, as beleza das dunas de Los M edanos, os sertões de El Vínculo, as praias de El Pico e do Cabo San Martin.

Como se dá em todas nossas viagens, acabamos conhecendo m uita gente boa, que foram especialm ente hospitaleras. A professora M aria Auxiliadora Sembrano Hidalgo interagiu com nosso grupo e de guia acabou nossa amiga e membro de nossa equipe. O astral foi muito grande e como de costume membros da AAGG divulgaram através de entrevistas em radios, jornais e para a Rede de TV “ Venevision” informações sobre o eclipse e os principais registros que nossa missão iria realizar. Éramos todos tratados pelo termo espanhol “los científicos” .

Estas histórias estão melhor documentadas no relatório completo da missão, onde todos os documentos da viagem, uma verdadeira mem orabilia desta aventura está a disposição daqueles que quiserem obter mais informações ou terem acesso ao acervo fotográfico. Aqui fazemos um relato m ais sintético desta viagem.

3 - 0 Eclipse e Sua Observação

Esperando grande trafego de carros da região continental para a península de Paraguaná, acordamos de m adrugada do dia 26 de fevereiro e às 4 horas da m adrugada rum am os em direção ao local de observação.

O local escolhido foi El Pico cujas coordenadas geográficas foram obtidas através de um GPS Garmin - 38 (Lat: 11° 51’ 36,5” N e Long: 70° 51’ 36,5” W) e - 9 o de declinação magnética. A área foi isolada pelas autoridades Venezuelanas, e o acesso foi restrito a turistas e a imprensa. El Pico é um a praia, tem um visual muito bonito m as se constitui em um grande areai a beira mar, com poucas arvores e ou obstáculos. N esta situação os observadores foram vitimas de um forte vento sendo necessário arrum ar alguma proteção naquele descampado. Acabamos dando sorte ao encontrar um amontoado de areia e restos vegetais de terraplenagem, que serviu como anteparo aos ventos. Escolhido o sítio para a observação, montamos os equipamentos e preparam os as planilhas.

3.1- Cronometragens

A largura da faixa de totalidade deste eclipse foi estim ada em 140 Km e a velocidade da sombra em 3.500 Km/h. Desta vez a aproximação da sombra foi facilmente visivel, já que ela vinha da direção do mar do Golfo da Venezuela e não havia nenhum obstáculo que pudesse dificultar sua visão grandiosa. O momento do inicio do fenômeno foi bastante emocionante, o tempo estava muito bom e o calor era escaldante.

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A cronom etragem do eclipse não foi planejada com o devido cuidado e por isso não confiamos na sua precisão assim mesmo fazemos seu registro neste relatório apenas para ilustrar e relatar o tempo que registramos.

Tabela 1: Cronometragens

Fase Previsto Registrado1 ° Contato 16h 36m 58s 16h 38m OOsInicio da Totalidade 18h 08m lOs 18h 09m OOsFim da Totalidade 18h l lm 52s 18h 12m lOs4o Contato 19h 34m 55s 19h 34m 35s

Obs: 1- Devido ao entusiasmo do momento estimamos nosso erro de cronometragem nos dois primeiros contatos em ±30s.

3.2- Tem peratura e Iluminação

M onitoram os a variação da tem peratura e iluminamento no local de observação. Os registros foram obtidos em espaçam entos iguais, podemos observar no gráfico de variação de tem peratura que a prim eira medição ocorreu ás 16 h e 38m, primeiro contato da Lua com o Sol, a tem peratura era de 36,2°C, já na fase da totalidade às 18h 09m registramos a menor tem peratura em 29,3°C, uma variação de 6,9°C. Nosso último registro ocorreu às 19h 34m 35s quando do último contato e a tem peratura registrada foi de 33,8°C.

\ ^ H o r a r i o TU

Neste eclipse não houve grande escurecimento do céu como foi observado no eclipse de Foz do Iguaçu em novembro de 1994. Apenas ficaram visiveis os planetas Vênus, Júpiter e Saturno. Nenhum a estrela foi vista a olho nu, frustando muita gente, inclusive os astronomos que planejavam observar cometas rasantes. N a tabela abaixo

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podemos analisar as variações de luminosidade do local de observação do eclipse. No inicio do eclipse registramos 275.000 lux às 16h 38m e durante a totalidade 3.400 lux, que é um a iluminação suficiente para ler tranquilam ente um livro, já no final do eclipse às 19 h 34m 35s tinha-m os 138.000 lux.

Tabela 02: Iluminam ento em Lux

Horário 16h 38mOrdem 01 02 03 04 05 06 07 08 09

Lux 275.00 275.00 109.900 109.900 50.600 50.600 50.600 17.200 6.450

18h 09m 18h lOm 19h 34m10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

3.400 17.200 50.600 50.600 50.600 109.900 109.900 138.000 138.000 138.00

Observação: Ordens: 01- Io Contato, 10- Inicio da Totalidade, 11- Fira da Totalidade e 19- Fim do Eclipse.

4- Considerações Finais

No dia seguinte ao eclipse a equipe da AAGG, se dirigiu para Caracas onde pudemos visitar o M useu de Ciência de Los Ninos. Ao visitar este museu nos perguntamos porque o nosso país não constroi algo semelhante em todos os Estados. Com certeza isso m elhoraria em muito a qualidade da educação oferecida às nossas crianças, contribuindo decisivam ente para o surgimento de uma geração de pessoas m ais responsáveis e que poderiam exercer m elhor sua cidadania, sem falar na formação de técnicos e cientistas capazes de alavancar um processo de desenvolvimento e m elhoria de nossa sociedade.

O resultado fotográfico foi bastante interessante e pode ser apreciado na capa deste boletim e no relatório completo feito pela AAGG.

No geral a observação deste eclipse que é o último do século xx observável das Américas foi de um prazer incomensuravél, assim podemos considerar que nossa expedição foi coroada de exíto e a equipe já está pensando em 11 de agosto de 1999 na Europa.

5- Equipe

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Angelo Correa Ribeiro (Fotografias e cronometragem)Antônio Carlos Garcia Júnior (Coordenação geral e fotografias)Laércio Ferracíolli (Fotografias)M arco Junio Faria Godinho (Luminosidade e fotografias)Maria Carmem Viana (Tem peratura e relações públicas)Raquel Cardoso Ribeiro (Cronom etragens)W alace Fernando Neves (Coordenação de fotografias, localização e fotografias)

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0 Conto d o Galo V e b1- Planetários Brasileiros: N oticia divulgada pelo M arcom ede Rangel Nunes na Intemete. “Uma cupula, de projeção, de 11 metros de diâmetro, do planetário Zeiss ZKP-3, já embarcou no navio M aersk-Brasil, saindo de Hamburgo, no dia 21 de junho de 1998, em direção ao porto da cidade de Belem, no Pará. Deverá chegar em pouco menos de um mês (24 de julho). O cronogram a de montagem, está previsto para os primeiros dias de agosto. As obras de prédio do planetário estão a todo vapor. Fica próximo ao Estádio M angueirão, em Belém. A idéia do planetário surgiu depois da Observação do eclipse anular do Sol de 11 de abril de 1995. O governo do Estado do Pará, aprovou a idéia e concretizou o projeto” .

2- Satélites Artificais: Tem estado na m oda observar a passagem de satélites artificiais, do telescópio Hubble e da MIR. Os Iridium estão fazendo o maior sucesso e os interessados em saber os horários de passagem deste objetos poderão entrar na internet no endereço: http://w w w 2.gsoc.dlr.de/satvis/. Entrando é so clicar no botão de especificação de localização que após a digitação de suas coordenadas terão as previsões de passagem dos satélites visiveis em sua cidade.

3- Palestra: O sócio Angelo Correa Ribeiro proferiu palestra em Vitória, no dia 29/04/98 sobre o tema “Os Equinócios”, para os maçons da Loja M açônica Fraternidade e Humildade.

4- Revista Superlnteressante: M ais um a vez tivemos o prazer de ver uma foto astronômica de um sócio da AAGG publicada na revista Superinteressante N°5 do mês de maio. A foto do Eclipse Total do Sol de 26/02/98, foi tirada na Venezuela por W alace Fernando Neves.

5- Observatório Astronôm ico HM . O sócio Antônio Carlos Garcia Júnior de férias no Parque Nacional do Caparaó, conheceu na pequena cidade de Alto do Caparaó o dentista e astrônomo amador Hodias M iranda que construiu um Observatório Astronômico naquela cidade m ineira. Chamou a atenção a qualidade da construção da cupula e da estrutura do observatório. Até o final deste ano o simpático Dr. Hodias estará instalando o instrumento M eade de 16”, modelo informatizado. Esperamos estar presentes na inauguração do OAHM.

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