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TRATAMENTO CL TRATAMENTO CL Í Í NICO DA LIT NICO DA LIT Í Í ASE URIN ASE URIN Á Á RIA RIA Dr. Márcio Augusto Averbeck

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Page 1: Aula litíase urinária_Dr Márcio Averbeck

TRATAMENTO CLTRATAMENTO CLÍÍNICO DA LITNICO DA LITÍÍASE URINASE URINÁÁRIARIA

Dr. Márcio Augusto Averbeck

Page 2: Aula litíase urinária_Dr Márcio Averbeck

Márcio Augusto Averbeck, MD

Médico Urologista

EAU Clinical Fellowship – Neurourology Unit Innsbruck/Austria

Médico Urologista da Secretaria da Saúde de Porto Alegre

Serviço de Urodinâmica – Santa Casa de Porto Alegre

Consultório: Mãe de Deus Center (51 3378 9995)

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LITÍASE URINÁRIA

Doença caracterizada pela formação de concreções no aparelho urinário

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INTRODUÇÃO

• Litíase (rim/bexiga): múmias - 4.800 a.C.

• 1 – 5 % da população

• Risco de litíase ao longo da vida

• 10-15% da população apresentará algum evento agudo ao longo da vida

• Recorrência (Oxalato de cálcio):

10% em 1 ano / 35% em 5 anos / 50% em 10 anos

Kidney Int. 691, 760 (2006)

Cálculo renal volumoso

(coraliforme)

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Litíase Renal

• Responsável por 0,9% das

internações hospitalares

• Duração média do período de

internação: 3 dias

• Custo de 1,83 bilhões de

dólares/ano (EUA)J Urol. 154, 2020-2024, 1995

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ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS

Fatores de risco para desenvolver litíase urinária:• Hereditariedade: doença poligenética (cistinúria / ac. Tubular renal)

• Idade e sexo:

Incidência > 3ª. E 4ª. Décadas

Homens > Mulheres (3:1) Cálculo no ureter esquerdo

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ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS

Outros fatores de risco:Geográficos (áreas tropicais, desérticas e montanhosas)

• Climáticos e Sazonais (estações quentes)

• Ingestão hídrica

• Alimentação (sal / proteínas)

• Fatores ocupacionais (sedentarismo / altas temperaturas)

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Cálculo volumoso na bexiga urinária

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Cálculo volumoso na bexiga urinária –Cirurgia para remoção do cálculo

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DISTÚRBIOS METABÓLICOS QUE AFETAM A SOLUBILIDADE DA URINA

• Hipercalciúria

• Hiperuricosúria

• Cistinúria

• Hiperoxalúria

• Hipocitratúria

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COMPOSIÇÃO DOS CÁLCULOS

• Oxalato de cálcio (75%)

• Estruvita (15%) – Fosfato Amônio de Magnésio

• Ácido úrico (8%)

• Fosfato de cálcio (<5%)

• Cistina, xantina (1%)

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LITÍASE URINÁRIA: POR QUE INVESTIGAR FATORES METABÓLICOS?

1. Problemas metabólicos persistem após o tratamento do cálculo

2. É necessário prevenir a recorrência

5-10 anos: 50%

20 anos: 75%

A Correção da causa => diminui o risco de formação

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INDICAÇÕES PARA A AVALIAÇÃO METABÓLICA (EXAME DE URINA DE 24 H)

• Cálculos de ácido úrico, cistina e estruvita

• Pacientes com gota

• Crianças (sempre)

• História familiar *

• Recidiva da doença *

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INVESTIGAÇÃO METABÓLICA

Testes diagnósticos mínimos

• Exame qualitativo de urina / Urocultura

• Rx simples de abdome, ultra-som...

• Análise do cálculo

• Dosagem sérica de cálcio, fosforo, eletrólitos, ácido úrico e creatinina

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INVESTIGAÇÃO METABÓLICA

VALORES NORMAIS EM URINA DE 24 H:

• Oxalato < 45mg

• Cálcio < 250mg

• Ác. Úrico < 700mg

• Cistina < 250mg

• Citrato > 640mg

• Fosfato < 1300mg

• Magnésio >50mg

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INVESTIGAÇÃO METABÓLICA

Orientação dietética inicial:

• Se volume urinado < 2 L = aumentar a ingestão hídrica

• Se sódio urinado > 200 mEq = restrição de sal

• Se oxalato > 45mg = restringir ingestão (chá, chocolate, espinafre, nozes, vitamina C)

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INVESTIGAÇÃO METABÓLICA

Orientação dietética inicial:

• Se cálcio > 250mg = diminuir a ingestão de cálcio (leite e derivados)

• Se ácido úrico > 700mg e sulfato > 30 nmol = diminuir ingestão de proteína animal

• Se pH, potássio e citrato estão baixos = aumentar a ingestão de frutas cítricas

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CONDUTA APÓS MODIFICAÇÃO DIETÉTICA INICIAL:

• Repetir o exame de urina de 24 horas após as modificações dietéticas e comparar com o exame inicial

• A normalização dos resultados indica que o problema era por fatores ambientais

• A persistência de alguns resultados anormais indica doença metabólica

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CONCLUSÕES – TTO CLÍNICO DA LITÍASE

• O PONTO CHAVE DO TRATAMENTO É A PREVENÇÃO

• UMA CUIDADOSA HISTÓRIA MÉDICA E DIETÉTICA, EXAMES LABORATORIAS, ANÁLISE DO CÁLCULO, VÃO, NA MAIORIA DOS CASOS, AJUDAR NO TRATAMENTO CLÍNICO FUTURO DOS PACIENTES COM LITÍASE URINÁRIA